NSS Tese Doutorado Rev05final PDF
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So Paulo
2008
So Paulo
2008
concentrao:
Engenharia
So Paulo
2008
FICHA CATALOGRFICA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
O planejamento estratgico de lavra corresponde ao processo para se
determinar o melhor projeto e sequenciamento da lavra, segundo uma estratgia
previamente estabelecida. considerado um elemento chave para o sucesso de um
empreendimento de minerao, uma vez que subsidia o processo decisrio sobre a
sua conduo e desenvolvimento. Mtodos de planejamento estratgico de lavra
convencionais esto baseados em modelos determinsticos, que no so capazes
de tomar em considerao a variabilidade intrnseca dos principais elementos que os
compem, consequentemente, podem apresentar resultados bastante distantes da
realidade e muitas vezes at comprometer a viabilidade do empreendimento. As
incertezas geolgicas so consideradas como as principais contribuintes para que
projetos de minerao falhem em alcanar as expectativas originalmente projetadas.
Este estudo apresenta uma metodologia abrangente, que de forma multi-estagiada,
utiliza modelos condicionalmente simulados para quantificar e transferir os riscos
associados s propriedades geolgicas ao longo do processo de planejamento de
lavra. Esta funo de transferncia integra e incorpora distintos mtodos de anlises
quantitativas, incluindo: Teoria Grfica; Teoria dos Conjuntos; Realces Flutuantes; e
Programao Dinmica. Seus resultados so finalmente convertidos em atividades
de lavra, constituindo um sequenciamento de lavra global, controlado pelos riscos, e
adicionalmente refinado a partir de uma interface PERT-GANTT. Logo, anlises
qualitativas podem tambm ser consideradas, possibilitando que elementos de
flexibilidade e adaptao estratgicas participem deste processo. Os resultados
obtidos por esta metodologia, quando comparados aos mtodos tradicionais,
asseguram um planejamento estratgico de lavra que ao mesmo tempo que
maximiza o valor presente lquido, delimitado pelas restries operacionais e
estratgias previamente adotadas, tambm capaz de avaliar a sensibilidade do
empreendimento s variaes dos seus principais componentes, consequentemente,
oferecendo maior segurana e correo ao processo decisrio a este relacionado.
Palavras-Chave: Lavra. Planejamento Estratgico. Sequenciamento. Anlises de
Riscos e Incertezas.
ABSTRACT
Strategic mine planning corresponds to the process to determine the best
mine design and scheduling according to a previously stablished strategy. It is
considered as a key element for the success of a mining venture, once supports the
decision process related to it conduct and development. Conventional strategic mine
planning methods are based on deterministics models, which are not capable to take
into account the intrinsic variability related to it main components. Therefore, it can
present results which are fairly distant from the reality and even compromise mine
feasibility. Geological uncertainties are considered to be a major contributor to
projects which fail to meet expectations. This study presents a comprehensive, multistage, mine planning methodology which utilizes conditional simulated models to
address the risks and uncertainties associated with geological properties in order to
measure, quantify and assess these factors throughout the mine planning process.
This transfer function integrates and encompasses different quantitative analysis
methods including graph theory, set theory, floating stopes and dynamic
programming. Those are driven by risk measurements and the results are converted
into mine activities whose final scheduling can be further refined in a PERT-GANTT
interface. This also allows for qualitative analysis being undertaken in the final mine
scheduling hence ensuring that operating flexibility and strategic adaptability could be
also taken into account. The products obtained from this methodology, when
compared with traditional methods, ensure that a strategic mine planning could
achieve net present value maximization, constrained by operational elements and a
strategy previously adopted, and at the same time it is also capable to evaluate the
mine sensitivities according to it main components variation. Hence this methodology
will offer and deliver higher safety and correction to the decision process associated
to the mine venture.
Keywords: Mining. Strategic Planning. Scheduling. Uncertainties and Risk Analysis.
SUMRIO
1. INTRODUO E OBJETIVOS
1.1 INTRODUO
1.2 OBJETIVOS
2. REVISO BIBLIOGRFICA
10
2.1 ESTRATGIA
10
11
16
18
22
23
26
29
32
34
38
47
49
49
52
59
65
69
3. DESCRIO DA METODOLOGIA
72
3.1. PREMISSAS
72
76
76
76
78
79
79
80
4. ESTUDO DE CASO
81
82
84
86
87
87
88
91
94
96
100
100
102
104
5. DISCUSSO
107
6. CONCLUSO
111
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
113
1. INTRODUO E OBJETIVOS
1.1 INTRODUO
O planejamento estratgico de lavra representa o processo para determinar o
melhor projeto e sequenciamento da lavra, baseado numa estratgia previamente
estabelecida. Visa alcanar os objetivos de longo prazo, maximizando os valores
econmicos do empreendimento e obedecendo s restries tcnicas, operacionais,
ambientais e de segurana. No uma atividade que deva ser realizada somente
uma nica vez (por exemplo, com a finalidade de estudar a viabilidade do projeto),
mas sim periodicamente, principalmente devido a uma multitude de razes, as quais
podem incluir alteraes de variadas fontes: circunstncias econmicas, condies
de mercado, novas informaes relacionadas ao corpo mineralizado, dentre outras.
Riscos
metalrgicos:
relacionados
representatividade
dos modelos
Tradicionalmente,
os
processos
de
desenvolvimento,
projeto
Modelos Condicionalmente
Simulados
Mltiplas Respostas
continuidade,
parada/retomada,
ou
rejeio,
de
um
empreendimento de minerao;
Figura 3: Representao grfica dos resultados contendo os inventrios de reservas estimada e real.
Modificado de Dimitrakopoulos et. al. (2002).
1.2 OBJETIVOS
econmica
preliminar
de
um
empreendimento
de
minerao;
Possibilitar a aplicao de tcnicas capazes de lidar com propriedades
probabilsticas, de modo a incorporar e processar medidas de riscos ao
longo do desenvolvimento da metodologia;
Oferecer flexibilidade metodologia, no sentido de poder acomodar
distintas estratgias de planejamento de lavra;
10
2. REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 ESTRATGIA
11
condicionada
invariavelmente
demandam
eficientes
significativos
decises
nveis
de
estratgicas,
experincia
as
quais
prtica
conhecimento cientfico.
De uma maneira geral, a palavra estratgia implica:
Processo;
Criatividade;
Equipe;
Flexibilidade;
Objetivos.
Whittle (2004), sugeriu que os fatores que fazem com que o planejamento de
12
Isto,
frequentemente,
dificulta
consideraes
na
sua
13
14
da gradual reduo das reservas mais acessveis, contendo teores mais altos, a
indstria da minerao vem sendo pressionada a ter que trabalhar com reservas
contendo teores em declnio e com maior complexidade para a sua extrao e
beneficiamento. Como resultado disso, trs aspectos da tecnologia mineral vem se
tornando cada vez mais crticos:
15
do
beneficiamento;
corpo
mineralizado;
estimativas
de
custos
deciso
dos
operacionais
mtodos
e
de
de
lavra
capital;
e
o
so
reconhecidamente
fatores
crticos
para
sucesso
do
16
17
Figura 4: Representao grfica entre valores estimados (Krigragem), valores simulados (simulao
sequencial Gaussiana) e valores reais. Modificado de Chils e Delfiner (1999).
18
Valores Estimados
Valores Simulados
19
20
de
risco.
Numa
simulao
estocstica,
reproduzir
certas
21
22
23
24
25
26
27
1)
28
2)
29
30
31
Para o clculo dos valores econmicos nos blocos, segundo Hanson (1994), o
algoritmo de Lerchs e Grossmann utiliza trs regras bsicas, para os propsitos de
otimizao.
Qualquer custo que deve cessar assim que a lavra pra, precisa ser excludo
tanto do custo de lavra quanto do custo de processamento. Inversamente,
qualquer custo que no cesse se a lavra parar, precisa ser includo na funo
benefcio que valoriza todos os blocos.
32
problemas
de
decises
sequenciais,
ou
multi-estagiadas.
Possui
33
Em cada etapa, decide-se para cada estado, qual o estado da etapa seguinte
que oferece melhor retorno para a soluo do problema (mudana de estado).
34
35
Mistura do minrio;
Transporte do minrio;
Ventilao.
matemticas
simples.
Frequentemente,
muitas
das
aplicaes
36
37
Vale ainda salientar que estas podem conceber uma abordagem iterativa,
conduzida de modo a avaliar os efeitos econmicos de corpos satlites, mediante
ajuste do teor de corte e teor de alimentao, com o intuito de levar em conta o
desenvolvimento primrio necessrio para acessar e extrair cada corpo satlite.
38
39
diretas
entre
planos
otimizados
no
so
produtivas.
40
O modelo
Devido complexidade de cada aplicao, a modelagem sempre envolve um
grau de compromisso entre a realidade e a manuseabilidade. A questo saber at
que ponto, em termos de realidade, o modelo pode ser aceitvel, com o intuito de se
chegar a uma representao qual seja solucionvel na prtica. Logicamente que
sempre existir a tentao de se adotar um modelo j conhecido para ser
solucionado. A programao linear um histrico exemplo. uma tcnica poderosa,
bem conveniente a sistemas de computao e foi uma das primeiras a alcanar
sucesso e aceitao na indstria. Como uma consequncia, muitos profissionais
buscaram aplicaes e foram frequentemente persuadidos a distorcer a aplicao
em si, de modo a ajustar-se tcnica.
Modelos geolgicos
uma prtica padro adotar-se uma representao de blocos regularizados
41
Modelos de mina
Os exemplos dominantes so de minas a cu aberto. A cava geralmente
42
Modelos econmicos
Estes encontram vasta aplicao por toda atividade industrial e de comrcio.
43
O critrio
A adoo de um nico critrio claramente no realstico, em projetos com
significativas implicaes econmicas e sociais. possvel impor condies dentro
da estrutura de um modelo econmico, para que certas combinaes de valores
sejam excludas, mas, mesmo assim, qualquer critrio nico est baseado na
simplificao. Em realidade, um plano precisa envolver algum compromisso entre
requisitos conflitantes.
O critrio mais comum atualmente em uso o Valor Presente Lquido, do
fluxo de caixa proveniente da operao do empreendimento. A taxa de desconto
geralmente derivada a partir de uma anlise do custo de capital, baseado sobre os
ativos do modelo de preos. Este modelo, assim como tantos outros modelos
economtricos, possui um apelo intuitivo, mas se este ajusta-se ou no aos fatos,
est longe de ser provado. As estimativas a partir de dados de mercado tendem a
ser grosseiras e os resutados dos ndices utilizados, podem apresentar distores.
Os dados
Este um problema bem conhecido. No planejamento de lavra, os dados
advm de diversas fontes, cada uma com seus prprios problemas. Os dados de
teores j foram mencionados. Grande cuidado geralmente dispensado para as
amostragens e ensaios de laboratrio, mas a escassez de dados provenientes
destas fontes, sustentadas pelos custos oriundos de dados adicionais, permanecem
44
tcnicos
engenheiros
costumam
trabalhar
com
custos
unitrios,
Segundo Nilsson (1992), muito tem sido escrito sobre como se encontrar a
profundidade tima de uma cava final. Existem diversos livros, artigos, ensaios,
softwares, entre outros, que abordam o assunto, porm, parte deles no justifica
apropriadamente fatores importantes e que impactam significativamente na
superfcie final da cava tima. Ainda segundo Nilsson (1992), por exemplo, no
consideram:
a taxa de desconto;
se tivermos o dinheiro agora, no existe o risco de algo dar errado e este ser
perdido;
45
Figura 9: Seo com 4 diferentes alternativas de cava final e projeo de mina subterrnea.
(Nilsson, 1992)
depsito
inteiro.
A futura
operao de
lavra
subterrnea,
46
Tabela 1: Valor Presente Lquido de um depsito lavrado a partir de mina cu aberto e subterrnea
(Nilsson, 1992)
Profundidade (m)
Mina a Cu Aberto
Mina Subterrnea
TOTAL
6
100
290
211
501
150
386
147
533
200
443
98
541
250
456
46
502
Cabe aqui ressaltar, que na presente pesquisa foi adotada uma tcnica para que
fossem consideradas comparaes entre a lavra de blocos a cu aberto, ou
subterrnea, durante a determinao das superfcies de cavas finais, pelo algoritmo
de Lerch e Grossmann.
47
48
49
Senhorinho (2001), afirmou que a cava final representa a superfcie maior que
maximiza o benefcio operacional instantneo (fluxo de caixa no descontado), de
uma jazida possvel de ser lavrada a cu aberto. Como esta superfcie uma funo
de todas as variveis tcnicas e econmicas de um projeto de lavra, sua forma final
50
pode
afetar
de
maneira
considervel
ngulo
de
talude
51
longo quanto do curto prazos, a partir do menor custo possvel. No longo prazo, o
acesso principal deve estar localizado de maneira que no seja necessrio removlo posteriormente, to longo a cava seja expandida. Ao mesmo tempo, no curto
prazo, este deve permitir que as frentes de produo sejam acessadas atravs da
rota mais curta.
Segundo Achireko (1998), o projeto e a otimizao dos limites de lavra so de
fundamental importncia para se obter informaes sobre a avaliao do potencial
econmico de um depsito mineral, alm de possibilitar a projeo para o
desenvolvimento dos planos de longo, mdio e curto prazos da mina.
O desafio do planejador projetar a lavra e otimizar seu sequenciamento, de
modo a assegurar a minimizao da remoo do estril, garantir a segurana
necessria a equipamentos e operadores, alm de maximizar o valor presente
lquido do minrio lavrvel.
A determinao de projetos de cavas otimizadas uma das mais importantes
tarefas dentro do processo do planejamento de lavra a cu aberto, a qual precisa ser
resolvida bem no comeo do planejamento estratgico da lavra. Estes projetos
devem ser continuamente reajustados ao longo da vida da mina, devido s
alteraes e disponibilizao de novas informaes geolgicas, dentre outras.
Whittle (2004), afirmou que a otimizao dos limites de cavas finais uma
etapa de anlise esttica, na qual pouco esforo dispensado para se determinar
quando um determinado bloco ser extrado. Logo, no possvel considerar o fato
de que preos, custos, capacidades e recuperaes, podem mudar ao longo do
tempo. Estes parmetros podem somente ser apropriadamente considerados,
durante a etapa de sequenciamento da lavra.
52
teores,
densidades,
etc),
principalmente
quando
existem
poucas
informaes disponveis.
Whittle e Bozorgebrahimi (2004), afirmaram que a simulao condicional cria
mltiplos modelos geolgicos, cada um contendo uma equi-provvel estimativa do
recurso real. ento possvel gerar contornos de cavas finais para cada um destes
modelos geolgicos, atravs do algoritmo de Lerchs e Grossmann, onde cada cava
tima para o seu correspondente modelo geolgico. Isso significa que:
cada cava obedece s restries dos ngulos de taludes, tal como modelado
pelos arcos da teoria Grfica; e
o valor do fluxo de caixa pode ento ser estimado atravs da aplicao de toda a
famlia de modelos geolgicos para o clculo da cava resultante. Entretanto, a
otimizao da cava de Lerchs e Grossmann relaciona-se a um modelo individual,
que foi usado na sua criao, mais do que para uma famlia de modelos. Ou seja,
para a criao da forma final da cava, no tomada em conta a famlia dos modelos.
Os autores propuseram ento a utilizao de um conceito denominado cavas
hbridas, as quais so derivadas a partir da famlia de cavas, que por sua vez, so
produzidas a partir da famlia de modelos geolgicos. Portanto, as cavas hbridas
so derivadas das cavas Lerchs e Grossmann, so tecnicamente viveis e possuem
caractersticas probabilsticas especficas. Com o intuito de descrever a derivao
das cavas hbridas necessrio estabelecer certos princpios.
53
54
Figura 10: Uma interseo de cavas tecnicamente viveis produzir uma cava hbrida vivel. (Whittle
e Bozorgebrahimi, 2004).
55
Figura 11: Uma unio de cavas tecnicamente viveis produzir uma cava hbrida tecnicamente vivel.
(Whittle&Bozorgebrahimi, 2004).
Uma unio de conjuntos originais constituir uma cava vivel. Para qualquer
bloco x, o conjunto-original ou conjuntos originais do(s) qual(is) este um membro,
deve incluir X (todos os blocos que devem ser lavrados caso x seja lavrado). A cava
pode somente tornar-se invivel, caso os blocos sejam lavrados a partir de um
conjunto-original e a determinao das unies dos conjuntos no conduzam
remoo de nenhum bloco, por estes no renderem valores positivos quando
associados cava final resultante.
Princpio 3 O conjunto de todos os blocos, os quais so mais do que, ou
iguais a m conjuntos originais (A, B, C, D, etc), representa uma cava vivel.
Os conjuntos de blocos que so membros de um ou mais conjuntos originais:
Todos os elementos de AUBUCUD (a unio dos conjuntos A, B, C e D) devem ser
membros de um ou mais conjuntos originais, o que de acordo ao Princpio 2, uma
cava vivel.
Os conjuntos de blocos que so membros de dois ou mais conjuntos originais:
Caso x seja membro de dois ou mais conjuntos originais, ento este deve ser um
membro de um ou mais da seguinte relao:
AB, AC, AD, BC, BD, CD
56
57
58
no lavrar o recurso real alm do necessrio. medida que for sendo lavrada a
cava com reservas de alta confiana, podero haver melhores dados geolgicos
disponveis para o recurso remanescente e isto permitir uma posio mais
confortvel para se determinar a direo na qual a cava deve ser expandida. Este
um exemplo do mecanismo pelo qual a tcnica de Cavas Hbridas pode ser utilizada
como guia de projeto, de modo a permitir um certo grau de minimizao de riscos,
que estejam associados com as altas incertezas dos estgios preliminares do
projeto.
A rea delimitada pelas cavas Cava-Hbrida (1) e Cava-Hbrida (n), representa
a rea pela qual o contorno timo para o recurso real pode existir. Caso a rea seja
grande, indica que a varincia do modelo do corpo mineralizado, tal como
expressado nas simulaes, conduz a um alto grau de incerteza, relacionada
posio do limite timo da cava final. Caso a rea seja pequena, indica que existe
um baixo grau de incerteza, relacionada posio do limite timo da cava final.
Os princpios acima podem ser generalizados da seguinte forma:
A probabilidade da cava tima para o recurso real ser um sub-conjunto da
Cava-Hbrida (m) de m/n.
Esta a maneira pela qual estimativas de probabilidades especficas podem
ser aplicadas. Isto significa que existe um grau quantificvel da incerteza associada
com qualquer Cava-Hbrida (m). Caso m aumente:
1.
2.
aumenta.
na indstria e poder desta forma, ser aplicado de maneira mais corriqueira. De uma
maneira geral, defendem para a determinao das formas das cavas, um equilbrio
aceitvel entre certeza (reduo do risco) e tamanho (maximizao das reservas).
59
60
para obter estimativas realsticas do VPL, o planejador precisa ter tempo para
lavrar em locais especficos da mina e conhecer taxas de lavra e nveis de
produo de minrio, alm da vida til da mina. Esta informao no dada
nem pela cava final, a qual determina somente qual parte do depsito deve
ser considerada para a lavra, nem pelas cavas intermedirias (tambm
referidas por fases), produzidas pela parametrizao e fornecimento de linhas
gerais, para o desenho dos avanos operacionais.
da
mina
(basicamente
as
cavas
finais
operacionalizadas)
61
62
63
64
65
66
como:
viabilidade para que possa servir de suporte de uma deciso por um dos dois
mtodos. Alm disso, existem muitos depsitos que podem ser lavrados por ambos
os mtodos. Ou seja, inicialmente por lavra a cu aberto e ento, assim que a cava
se torne mais profunda, por lavra subterrnea. Alguns depsitos so lavrados por
ambos os mtodos de maneira simultnea, normalmente durante o perodo de
transio da lavra a cu aberto para a subterrnea.
67
68
69
70
Shimizu (1984), ponderou que de modo a aplicar o mtodo PERT num projeto
necessrio que o mesmo possua as seguintes caractersticas:
as atividades podem ser executadas numa dada sequncia, e cada uma pode
ser iniciada ou interrompida, de modo independente;
Grficos GANTT
Um grfico Gantt, Gantt (1974), corresponde a uma matriz, que lista todas as
atividades a serem realizadas. Cada linha contm a identificao nica da atividade,
a qual normalmente consiste da combinao de letras e nmeros. As atividades so
relacionadas segundo sua durao e cada perodo pode ser expresso em qualquer
unidade de tempo, como horas, dias, semanas, meses, anos, ou outras unidades. A
71
72
3. DESCRIO DA METODOLOGIA
Neste captulo, sero apresentadas e descritas as tcnicas empregadas pela
metodologia de planejamento estratgico de lavra utilizada na presente pesquisa.
3.1 PREMISSAS
A principal premissa para o desenvolvimento da metodologia proposta foi
certificar-se que esta pudesse incorporar, ou estar baseada em algum dos principais
cdigos ou regras internacionais para a converso de recursos em reservas. Sendo
assim, pautada nos padres de definio do CIM - Canadian Institute of Mining,
Metallurgy and Petroleum - 2004, para a converso de recursos em reservas
minerais, a concepo da metodologia de planejamento estratgico de lavra
proposta foi baseada no objetivo de fornecer como produto a um Profissional
Qualificado, o pr-requisito mnimo aceitvel pelo CIM, neste caso a concluso de
um estudo de viabilidade econmica preliminar. Para a escolha deste cdigo de
padro internacional, no foi utilizado um critrio especfico de seleo e nem foi
uma preocupao desta pesquisa buscar pontos que motivassem uma escolha em
particular. A verdade que existe certo grau de semelhana entre os principais
cdigos internacionais, no que diz respeito converso de recursos em reservas, e
o CIM foi uma opo entre estes.
Segundo as normas do CIM, um estudo de viabilidade econmica preliminar
corresponde a um estudo abrangente da viabilidade de um empreendimento de
minerao, que avanou para um estgio onde mtodos eficazes de lavra e de
processamento mineral, foram estabelecidos. Alm disso, no momento da
publicao do inventrio de reservas, anlises econmicas baseadas em razoveis
consideraes tcnicas, de engenharia, legais, operacionais, fatores econmicos e
avaliao de outros fatores relevantes, devem ser suficientes, de modo que um
Profissional Qualificado possa determinar se todo, ou parte do recurso mineral,
possa ser classificado como reserva mineral. Um inventrio de reserva mineral deve
73
incluir parmetros como diluio e perdas, que podem ocorrer durante a operao
de lavra.
De um modo geral, a presente metodologia converte recursos em reservas,
focando na adio de valor ao projeto e maximizao de aspectos de oportunidade,
sem no entanto desconsiderar as incertezas e riscos que permeiam o seu processo,
concentrando o controle destes elementos num sequenciamento final da lavra
abrangente e flexvel.
Alm da principal premissa supra-citada, durante o processo de seleo das
tcnicas utilizadas pela metodologia, houve tambm ateno sobre:
matemticas
de
simulao,
otimizao
heursticas,
com
74
distintas
combinaes de lavra, uma ou mltiplas cavas e/ou minas subterrneas, podem ser
utilizadas a partir de ajustes na disposio dos estgios apresentados. As Figuras
13 e 14, a seguir, representam dois exemplos distintos para a aplicao da
metodologia. A Figura 13, utilizada como exemplo no estudo de caso que ilustra a
presente metodologia, corresponde a um cenrio em que um mesmo corpo
mineralizado dever ser lavrado simultaneamente por lavra a cu aberto e
subterrnea. Na Figura 14, a metodologia se aplica a um projeto com dois corpos
mineralizados independentes. Sendo que um dos corpos ser lavrado a cu aberto e
o outro corpo mineralizado ser lavrado por via subterrnea.
75
Figura 13: Metodologia multi-estagiada de planejamento estratgico de lavra aplicada para a lavra
simultnea a cu aberto e subterrnea, a partir do mesmo corpo mineralizado.
Figura 14: Metodologia multi-estagiada de planejamento estratgico de lavra aplicada para a lavra
simultnea de dois corpos mineralizados, sendo um lavrado a cu aberto e outro, por via subterrnea.
76
100
realizaes
equi-provveis,
principalmente
devido
ao
tempo
de
77
lavra subterrnea dos recursos geolgicos disponveis (caso uma alternativa de lavra
subterrnea seja considerada para o mesmo corpo mineralizado) e por restries
geotcnicas, foram calculadas as superfcies que correspondem s representaes
de cavas finais que entregam o maior valor econmico, para cada modelo simulado.
Os modelos de blocos compreendidos em cada cava resultante, puderam ser
importados para um programa de computador, que permitiu a manipulao destes
arquivos. Foi ento possvel criar um procedimento para contabilizar quantas vezes
um mesmo bloco foi selecionado para participar de cada uma das superfcies de
cava final, calculadas pelo algoritmo de Lerchs e Grossmann. Logo, utilizando os
conceitos da Teoria dos Conjuntos, foi possvel criar um novo conjunto de cavas,
denominadas cavas hbridas, a partir da gradao unitria entre os blocos de
interseo e de unio, para todas as cavas finais calculadas com o algoritmo de
Lerchs e Grossmann. Pde-se ento definir estatisticamente, a probabilidade de que
cada bloco participou da cava final real e utilizou-se este valor como parmetro de
clculo de uma funo de benefcio econmica, que por fim auxiliou no clculo da
cava final resultante. Isto permitiu que o bloco que participou mais vezes do conjunto
de cavas finais, possusse um peso maior para o cmputo final do processo de
seleo da superfcie de cava final. Ao trmino deste processo, os conjuntos
relacionando todas as cavas finais calculadas pelo algoritmo de Lerchs e Grossmann
e mais as cavas finais hbridas, estiveram dispostos de forma a compor uma matriz
com os modelos geolgicos com os valores simulados, procedendo-se ento s
avaliaes econmicas, onde os valores dos teores simulados, combinados com os
pesos resultantes da probabilidade do bloco participar da cava final real, foram
utilizados como base para estas avaliaes. Por fim, a superfcie de cava final que
obteve o maior valor econmico mdio foi selecionada.
Os blocos contidos pela superfcie de cava selecionada foram objeto de
procedimentos estatsticos, onde foram calculados a mdia e o desvio padro para
cada bloco. Tais parmetros serviram de base para a determinao da distribuio
de probabilidade padro, utilizando os teores obtidos por krigagem como referncia,
e logo, pde-se determinar uma medida de risco, relacionada aos teores krigados,
para cada bloco dentro da cava final selecionada.
78
Como uma lavra subterrnea foi tambm considerada para o mesmo corpo
mineralizado, determinou-se por estudos geomecnicos, uma extenso radial alm
da superfcie da cava final, correspondente ao pilar de proteo entre a transio de
lavra a cu aberto para subterrnea, e logo, removeu-se todos os blocos inseridos
nesta nova superfcie. Os blocos remanescentes corresponderam aos recursos que
serviram de objeto para a determinao das envoltrias lavrveis, para a mina
subterrnea.
79
tcnicos/operacionais
Logo,
os
realces
prevalecem,
em
projetados
foram
detrimento
dos
clculos
segmentados,
segundo
80
81
4. ESTUDO DE CASO
Minrio 1;
Minrio 2.
Os mtodos de lavra adotados, para a criao dos cenrios estratgicos,
82
Figura 15: Seo vertical apresentando o modelo de blocos legendado pelos domnios tipolgicos.
83
Figura 16. Arquivo de modelo de blocos contendo 40 valores de teores de cobre simulados.
84
85
Figura 18: Exemplo da configurao dos ndices de recuperao metalrgica para cada simulao.
86
87
A partir desta conjuntura, caso o bloco, que pde ser extrado tanto a cu
aberto, quanto subterraneamente, obtivesse um valor, representado pela varivel
Novo Valor, positivo, este foi ento selecionado para ser lavrado a cu aberto e
esteve dentro da superfcie resultante de cava final. Desta maneira, evitou-se incluir
blocos que renderiam um benefcio maior, caso fossem lavrados subterraneamente
e buscou-se maximizar os valores econmicos do projeto, como um todo.
88
89
90
Este processo repetido para cada banco, em cada fase, at que a cava final
seja exaurida. A sequncia de extrao criada a partir deste mtodo chamada
Sequncia Otimizada de Extrao (SOE), pois fornece o mais alto VPL possvel para
a cava final.
91
referncia obtido igual a US$ 97.771.985, foi possvel calcular o valor da distribuio
de probabilidade normal padro (1):
Z = (X - ) / (1)
Z = (97.771.985 - 105.846.899) / 10.472.996 = -0.771022351
Onde 105.846.899, corresponde mdia aritmtica dos 40 VPLs e
10.472.996 corresponde ao desvio padro destes valores.
92
Figura 20: Seo vertical N/S com as intersees das 10 primeiras cavas hbridas.
93
Figura 21: Seo vertical N/S com a interseo do modelo de blocos original dos recursos, legendado
pelo campo COUNT.
A Figura 22 apresenta uma vista tri-dimensional com o modelo de blocos original dos
recursos, legendado pelo campo COUNT.
Figura 22: Vista 3-D com o modelo de blocos original dos recursos, legendado pelo campo COUNT.
94
Como pode ser observado pelas Figuras 20 e 21, as varincias dos teores de
cobre, expressados pelos 40 modelos simulados, conduz s incertezas com relao
localizao da superfcie da cava final na poro sul do depsito. A cava hbrida 40
corresponde a superfcie de cava interna. Esta pode ser usada como contendo a
reserva com mais alto grau de confiana do depsito. A cava hbrida 1 representa a
superfcie de cava final externa. Esta tambm expressa alta confiana em relao a
que a superfcie de cava final Otimizada para a reserva real, no se estender alm
dos seus limites.
95
C-2
C-3
C-4
C-40
H-1
H-2
H-3
H-4
H-40
SIM1
101.4
SIM2
115.7 132.3
99.8 101.4
110.7
SIM3
99.8
SIM4
102.3 114.5
95.6
98.8 126.6
SIM40
103.4
MDIA
100.9
96
A partir dos teores de cobre simulados, foi possvel criar novos campos no
arquivo de modelo de blocos. Tais campos referem-se a parmetros e medidas
estatsticas necessrias pra que se calcule os ndices de risco em cada bloco,
relacionados ao teor de cobre de referncia, neste caso o teor Krigado de cobre. O
procedimento similar quele descrito para o clculo do ndice de risco para os
VPLs obtidos nas cavas finais LG e comparados ao VPL de referncia (tem 4.3.1),
sendo que desta vez o valor do teor de cobre Krigado para cada bloco foi utilizado
como referncia. A Figura 23 apresenta o arquivo original de modelo de blocos, em
formato de tabela, contendo entre outros campos, MEAN (com as mdias aritmticas
dos 40 teores de cobre simulados, em cada bloco), ST.DEV (com os desvios padro
em torno das mdias, para cada bloco), STDIZE (com os valores normalizados da
distribuio dos teores simulados de cobre, de cada bloco) e RISK (com o resultado
da medida de risco em alcanar ao menos o valor de teor de cobre de referncia,
tambm calculado para cada bloco).
Figura 23: Arquivo de modelo de blocos contendo valores de medidas de risco para cada bloco.
97
98
O NPV Scheduler ento cria os avanos operacionais atravs do reordenamento da Sequncia Otimizada de Extrao, de modo a obter conjuntos de
blocos contguos de minrio, para criar uma forma mais operacional de lavra. Os
blocos so acumulados em diferentes combinaes e estas so comparadas at que
uma combinao Otimizada seja alcanada. Este processo j foi pr-condicionado,
pela maneira a qual a SOE foi criada, com os valores buscados frente, os quais
tendem a agrupar o minrio em blocos contguos. Por conta desta abordagem, a
criao de diferentes estratgias de avanos operacionais bastante rpida,
enquanto o resto dos blocos e o coeficiente de suavizao da projeo das cavas,
garantem que o resultado produzir avanos com acessos, tamanhos e formas
operacionais, ao mesmo tempo alcanando critrios de massa de minrio.
99
100
101
102
Cava Hbrida
3
Envoltrias
Run2
Figura 27: Seo vertical com o modelo de blocos original legendado para cobre e e mostrando as
intersees da cava e do conjunto de envoltrias selecionado.
103
Figura 28: Vista 3-D mostrando as envoltrias lavrveis e respectivas relaes entre atividades
predecessoras e sucessoras.
104
105
Figura 29: Vista em planta mostrando a relao entre avanos operacionais da mina a cu aberto e
as correspondentes atividades na interface PERT-GANTT.
A Figura 30, apresenta uma vista 3-D com os elementos de projetos da mina
a cu aberto e da mina subterrnea, coloridos de acordo a perodos mensais,
obtidos aps o sequenciamento combinado da interface PERT-GANTT.
Figura 30: Vista 3-D mostrando elementos de projetos da mina a cu aberto e da mina subterrnea
coloridos por perodos mensais
106
Figura 31: Sequenciamento final combinado, mostrando a relao de atividades, os grficos GANTT e
respectivos relatrios mensais por perodos anuais
107
5. DISCUSSO
108
operacionais,
existentes
numa
operao
de
mina
real.
ndice
de
risco
pr-estabelecido.
Tal
abordagem
109
110
Probabilidade
Valor Verdadeiro,
desconhecido
Modelagem
de
incertezas
acurada
Reservas
Figura 32: Representaes grficas das distribuies normais dos inventrios de reservas obtidos a
partir dos diversos modelos condicionalmente simulados e mais o seu quantitativo real.
111
6. CONCLUSES
Aps as anlises finais dos resultados apresentados por este trabalho, podese concluir que:
A metodologia multi-estagiada de planejamento estratgico de lavra,
desenvolvida ao longo da presente pesquisa, permite a converso de
recursos em reservas minerais, visando a maximizao do valor do
empreendimento de minerao, sem desconsiderar as principais incertezas e
riscos, presentes ao longo de todo o seu desenvolvimento.
Praticamente como um efeito colateral do objetivo principal, a metodologia
oferece subsdios para que um Profissional Qualificado possa concluir um
estudo de viabilidade econmica preliminar e deste modo, ateste que todo, ou
parte do recurso seja convertido em reserva mineral.
A partir da utilizao de modelos condicionalmente simulados, como
principais dados de entrada, a metodologia emprega tcnicas capazes de
lidar com propriedades probabilsticas e estas, cumprindo o papel de agentes
de transferncia, determinam, processam e incorporam medidas de riscos
aos seus estgios subsequentes.
As tcnicas foram selecionadas, estruturadas e logo, relacionadas de uma
maneira que pudessem processar dados e estratgias de planejamento de
lavra distintos, permitindo por exemplo, uma juno entre projetos de minas a
cu aberto e subterrnea.
O sequenciamento final da lavra, obtido a partir de uma interface PERTGANTT, converge os resultados das tcnicas quantitativas, orientadas a
maximizar os benefcios econmicos do empreendimento, a partir de
estratgias previamente adotadas e controladas por restries diversas, com
a participao de anlises qualitativas, de modo a validar, ajustar e refinar os
resultados do sequenciamento global. De uma maneira geral, busca-se
112
investigao
logo,
reduzir
seus
intervalos
de
variao
113
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