Modelo Consultoria Final
Modelo Consultoria Final
Modelo Consultoria Final
Consultor(es) Responsável(eis):
Alisson Rocha da Silva (CORECON-RN: 1774)
Contato: [email protected]
( Este modelo de consultoria encontra-se disponível para visualização em:
http://alissonconsultoria.blogspot.com/2009/10/modelo-de-consultoria.html )
APRESENTAÇÃO
2
Prezado(a) cliente,
Muito obrigado,
1
Um trabalhador com carteira assinada pode ter direitos como: férias remuneradas (e
adicional de 1/3), pagamento de FGTS, previdência, repouso semanal remunerado,
auxílios (alimentação, transporte), multa em caso de demissão sem justa causa. Neste
cenário, há a tendência de se recorrer ao trabalho autônomo para atividades
auxiliares, ou não operacionais, nas empresas e contratar – sob regime CLT – apenas
os funcionários que trabalham com o chamado “core”(núcleo) dos negócios.
2
Alisson Rocha da Silva é Bacharel em Economia pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), campus Natal. Possui alguns trabalhos publicados na área de
Economia Aplicada tendo, inclusive, a sua monografia sido premiada pelo Centro de
Ciências Sociais Aplicadas da UFRN.
3
LISTA DE FIGURAS Pág.
Figura 1 – “Fluxograma” dos cenários para vendas de gasolina
comum no RN ........................................................................................................................... 21
4
• ANÁLISE DOS DADOS
3
A gasolina comum – no Brasil – é composta de álcool anidro e de gasolina tipo “A”
(aquela que é derivada do petróleo). Vez por outra, a proporção de álcool anidro x
gasolina é alterada. Atualmente, essa proporção é de 25% de álcool anidro e 75% de
gasolina “A”, conforme resolução do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento) nº37, de 27/6/07.
5
1.000 litros. Então, para converter os valores da tabela para litros, deve-se
multiplicá-los por 1.000. Ilustrando: Janeiro do ano 2000 apresentou vendas de
19.130.000 (19.130 x 1000) litros, fevereiro de 2001 teve vendas de
17.288.000 (17.288 x 1000) litros e assim por diante.
Então, temos uma série temporal4 dos dados para o período de janeiro do
ano 2000 até setembro do ano de 2008. Os meses de outubro/2008,
novembro/2008 e dezembro/2008 serão os meses que terão a sua venda
prevista.
A primeira coisa a ser feita é plotar o gráfico da série de dados enviada
pelo cliente (no caso, as vendas de gasolina comum no RN). Esse gráfico está
logo abaixo:
4
Uma série temporal é uma seqüência de dados obtidos em intervalos regulares de
tempo durante um período específico.
6
A partir do gráfico (1) podemos observar várias coisas. Primeiramente, a
variável analisada está crescendo ao longo do tempo, pois os valores dela no final
do período (ano 2008) estão em um nível maior do que o início do período de
análise (ano 2000). Se consultarmos a tabela (1) veremos que – por exemplo – as
vendas de janeiro do ano 2000 foram de 19.130 m³ ao passo que as vendas em
janeiro de 2008 se situaram no valor de 25.541 m³, ou seja, houve um aumento
de aproximadamente 33%. Estas letras no gráfico representam os meses. Temos
a seqüência J(janeiro), F(fevereiro), M(março), A(abril), M(maio), J(junho),
J(julho), A(agosto), S(setembro), O(outubro), N(novembro) e D (dezembro).
Depois do D(dezembro) a seqüência se inicia novamente.
Analisando as vendas de acordo com o mês, podemos observar que
dezembro (D) foi o mês com maior nível de vendas em praticamente todos os
anos (com exceção dos anos 2001 e 2002). Olhando por outra ótica, ou seja, o
mês mais fraco em vendas, nota-se um padrão menos definido com o mês de
fevereiro (F) sendo o de menor venda em três dos nove anos analisados, seguido
de março (M), abril (A), julho (J), setembro (S), outubro (O) e novembro (N) –
uma vez cada. Ou seja, para o período analisado, fica bem definido o mês que
parece ser o de melhores vendas (dezembro), mas não há um mês que possa ser
considerado o pior para a variável analisada. O que se pode extrair disto é que
em sete dos nove anos, o mês mais fraco para vendas de gasolina comum no RN
não esteve compreendido entre o mês de outubro e dezembro, ou seja, não se
deu no último trimestre do ano.
De uma maneira geral, o empresário deste setor pode esperar vendas
mais aquecidas no quarto trimestre e vendas mais fracas no primeiro e/ou
segundo trimestre. Isto está bem exposto na tabela (2), logo abaixo:
7
Da tabela (2) fica bem claro a força das vendas no quarto trimestre e
um enfraquecimento – em relação aos demais trimestres – no primeiro e/ou
segundo trimestre. Esse comportamento – principalmente do último trimestre -
reflete a existência de sazonalidade 5 nas vendas de gasolina comum no RN. A
principal implicação disto é que devemos ter cuidado ao comparar vendas em
épocas sazonalmente fortes com as mesmas em períodos sazonalmente fracos.
No caso analisado neste modelo de consultoria – vendas de gasolina
comum no RN – o setor comercial de uma distribuidora de combustíveis, tendo
a posse das informações aqui expostas, deve saber que se ele estabelecer uma
meta de vendas para – por exemplo – o mês de fevereiro ou março que seja
superior ao mês de dezembro, a mesma dificilmente será atingida. Para o
período aqui analisado (janeiro do ano 2000 até setembro de 2008) em nenhum
ano o mês de dezembro teve vendas de gasolina abaixo do mês de fevereiro ou
março.
Este tipo de análise também pode ser feita para outros meses, e outras
periodicidades (ex: observar trimestres ao invés de meses) bastando que o
cliente analise a possível existência de padrões que se repetem ao longo do
período analisado.
Por último, é necessário ter a consciência de que não é porque sempre se
vendeu mais gasolina comum no RN no mês de dezembro comparado a
fevereiro, que isto ocorrerá em todos os anos. Os negócios em geral estão
sujeitos a fatores controláveis e não-controláveis que os afetam em maior ou
menor escala. O setor de combustíveis – por exemplo – é afetado pelo
desempenho da economia e a tributação, coisas que estão fora do controle do
empresário.
5
Explicando de maneira simples, uma sazonalidade seria os padrões de movimentos
que se refletem ao longo do tempo e de uma periodicidade (ex: mensal, trimestral,
etc). Praticamente toda atividade econômica apresenta sazonalidade, como, por
exemplo, os hotéis que ficam cheios na alta estação, as fábricas de chocolate que
vendem muito no período da páscoa ou as vendas de sorvete que crescem no verão
(meses quentes).
8
A seguir, os dados das vendas trimestrais – da tabela (2) - foram agregados 6 e
foi elaborado um novo “gráfico de pizza”, plotado abaixo:
6
Agregar os dados para o gráfico (2) significa que foram somadas todas as vendas do
primeiro trimestre em todos os anos, as do segundo trimestre em todos os anos,
terceiro trimestre em todos e do quarto trimestre em todos. Em seguida, foi elaborado
o gráfico (2) para, justamente, ver qual foi a participação total da soma de cada
trimestre em relação às vendas totais.
9
segundo trimestre demandará menos 7 mão-de-obra, as receitas serão menores,
o caixa tende a ser menor, etc. Por outro lado, os custos variáveis 8 têm que ser
menores em relação aos demais trimestres e, se isto não estiver ocorrendo,
cobre do seu setor financeiro/custos a explicação.
O mesmo tipo de análise feita para o gráfico (2) está disponível no gráfico
(3), apenas com uma alteração na periodicidade que passa a ser mensal e não
mais trimestral. Com isso podemos perceber que o mês de dezembro realmente
7
O período mais fraco do ano, obviamente, varia de um negócio para outro.
8
Lembrando que os custos totais de um negócio são divididos em custos fixos e custos
variáveis. O custo variável é diretamente afetado pela produção, ou seja, quanto maior
a produção – ou as vendas, no caso de um comércio – maior tende a ser este custo
variável. Já o custo fixo é aquele que tende a se manter constante ao longo de um
determinado período, como, por exemplo, gastos com aluguel.
9
Acumular os dados para o gráfico (3) significa que foram somadas todas as vendas de
janeiro em todos os anos, as de fevereiro, março e assim por diante. Em seguida, foi
elaborado o gráfico para ver qual foi a participação total da soma de cada mês em
relação às vendas totais.
10
costuma ser o destaque de vendas. Por outro lado, o mês de julho foi em média o
mês mais fraco para o período analisado, com participação de 7,47% em relação
ao total das vendas. As mesmas observações (fluxo de caixa, custos, etc.) feitas
com relação ao gráfico (2) podem ser observadas no gráfico (3) só que
utilizando-se de uma abordagem mensal.
Dando continuidade a análise dos dados enviados pelo cliente, chegamos
ao gráfico (4) que descreve a evolução da participação mensal das vendas de
gasolina comum no RN para o período analisado, o conhecido “gráfico de rosca”.
A leitura10 do mesmo se dar da seguinte forma: primeiro consulta-se o quadro
de legendas para ver as cores do gráfico correspondente a cada mês. Se
tomarmos a cor laranja claro, veremos que corresponde ao mês de dezembro.
10
Perceba que os meses estão em ordem no sentido horário. Assim, o mês de
dezembro tem novembro a sua esquerda e janeiro a sua direita, janeiro tem dezembro
a sua esquerda e fevereiro a sua direita, e assim sucessivamente. Por sua vez, a
ordem dos anos vai das roscas com menor diâmetro para as de maior diâmetro
conforme apontado no gráfico.
11
Uma vez escolhido o mês, basta analisar os valores apresentados como
sendo as vendas em dezembro de cada ano, começando no ano 2000 e seguindo
até o ano de 2007. Desta forma, a participação de dezembro em relação ao
total de vendas do ano foi de 8,8% no ano 2000, 8,4% em 2001, 9,2% em 2002,
10,4% em 2003, 9,8% para 2004, 9,2% em 2005, 9,1% em 2006 e 9,3% em
2007.
O gráfico de rosca – como é o caso do gráfico (4) – tem diversas
utilizações, dentre as quais estão: análise da evolução de um período (mês,
trimestre, ano, etc) ao longo do tempo, detecção de períodos em que a variável
analisada apresenta maiores ou menores participações em relação ao total,
detecção de mudanças de hábito de consumo/produção e auxílio nas previsões
de variáveis com a abordagem top-down11.
Para fazer a análise da evolução escolhemos um período – por exemplo,
abril – e vemos que em 2000 as vendas deste mês representaram 7,9% do total
do ano, 8,1% em 2001, 8,0% em 2002, 7,3% em 2003, 8,2% em 2004, 8,1% em
2005, 7,5% em 2006 e 7,8% em 2007. Nota-se também que houve variação
(para mais e para menos) na participação total do mês em relação ao ano. Se,
por exemplo, essa participação estivesse sempre crescendo ao longo do tempo
poderia significar uma mudança 12 de hábito do consumidor (ou do mercado).
11
Suponha que um supermercadista queira prever as vendas mensais de refrigerante
na sua loja. Existem diversas marcas – Pepsi, coca-cola, guaraná antarctica, etc –
para serem analisadas. Na abordagem top-down, faz-se uma previsão para o agregado
(somatório das vendas de todas as marcas) e, baseado no histórico de cada marca,
chega-se à previsão individual. Por exemplo: foi prevista a venda de 100mil litros em
uma determinada loja, sendo que, segundo os históricos da mesma, Coca-cola
representa (em média) 30% das vendas totais, o guaraná Antarctica 20%, a Pepsi
15%, demais marcas são 35%. Para fazer previsão para cada marca faríamos:
Coca-cola = 100.000 x 30% = 30.000 litros
Guaraná Antarctica = 100.000 x 20% = 20.000 litros
Pepsi = 100.000 x 15% = 15.000 litros
Demais marcas = 100.000 x 35%= 35.000 litros
A grande vantagem desta abordagem é que a previsão de uma variável gerou
informação para outras quatro previsões (vendas Coca-cola, Pepsi, guaraná Antarctica
e demais marcas). A desvantagem é que um estudo individual de cada marca de
refrigerante poderia fornecer uma previsão mais precisa das suas vendas, porém a um
custo (financeiro e computacional) maior.
12
Para ilustrar essa mudança de hábito, recorremos aos tempos em que as lojas dos
shoppings não funcionavam no domingo. Após começarem a abrir aos domingos, este
dia especificamente passou a ser um dos mais importantes para o lojista de shopping.
(Continua na próxima página)
12
• SAZONALIDADE
(continuação da nota de rodapé nº 12). Em um gráfico de rosca isso seria bem claro já
que passaríamos de pequenas participações – dias que as lojas praticamente não
abriam no domingo – para grandes participações. Poderíamos nos questionar: o
domingo tomou o lugar do sábado no comércio de shopping? Para auxiliar na resposta,
poderíamos comparar, a partir do momento em que foi implantada a mudança, a
participação do sábado e do domingo e observar qual das duas vem sendo a maior.
13
O leitor pode estar se questionando “o que fazer para que se possam
comparar os dados?”. A resposta é: dessazonalizá-los.
Existem diversas formas de fazer isto, mas a que esta consultoria
utiliza é o método X12-arima considerado como padrão para se ajustar
sazonalmente as estatísticas oficiais. Este método foi desenvolvido pelo U.S.
Census Bureau.15
Aplicando a dessazonalização nos dados da consultoria (vendas de
gasolina comum no RN) chega-se a tabela (3) que contém os dados já sem a
presença de sazonalidade 16.
15
Este instituto é considerado uma espécie de “IBGE Americano”. Seu website é
http://www.census.gov/
16
Uma pequena ressalva sobre o termo “sem a presença de sazonalidade”: é
impossível ter 100% certeza de que toda a sazonalidade foi extraída. Ou seja, não é
possível afirmar, com toda a certeza, que o desempenho de um determinado mês foi
superior – ou inferior - ao outro unicamente devido ao fator sazonalidade. Qualquer
atividade comercial sofre influência de diversos fatores internos e externos que não
apenas a sazonalidade.
14
Perceba, então, como o mês de fevereiro tem desempenho superior 17 ao
mês de dezembro nos anos de 2000, 2001, 2002 e praticamente igual em 2005
e 2006. Com o auxílio da tabela (3) já podemos comparar 18 meses distintos
dentro de um mesmo ano para saber – descontado o fator sazonal – quais
foram os melhores e os piores meses.
Exemplificando:
No ano de 2007, pela tabela (1) – dados enviados pelo cliente – o melhor
mês em vendas de gasolina comum no RN foi o de dezembro e o pior foi o de
fevereiro. Já na tabela (3) – dados dessazonalizados – o melhor mês do ano
2007 foi novembro e o pior foi setembro. Essa mesma análise pode ser feita
para cada ano, bastando que o cliente compare os dados da tabela (1) com os
dados da tabela (3).
De posse da tabela (3) é possível ter uma idéia mais real 19 do
desempenho e perceber que, muitas vezes, a queda das vendas – ou qualquer
outra variável analisada – se deve a fatores de sazonalidade e não por, digamos,
incompetência gerencial.
Para que o cliente possa visualizar melhor o comportamento da série
dessazonalizada, a mesma é plotada no gráfico (5).
17
Isso quando analisamos os dados dessazonalizados no lugar dos dados nominais.
18
É sempre importante lembrar em que nível ocorre essa comparação. Os dados
enviados pelo cliente – também chamados dados nominais – são o real desempenho
da empresa, ou seja, aquilo que ocorre no dia-a-dia do departamento financeiro. As
séries dessazonalizadas – e demais transformações da série nominal - são feitas
especialmente para análise de desempenho do negócio.
19
Outro exemplo para deixar bem claro por que analisar o desempenho comercial (das
vendas) sob a ótica dessazonalizada: suponha que um empresário fabrique ar-
condicionado e tenha duas equipes de vendas. A primeira venderá o aparelho em uma
cidade da Rússia, durante o inverno, onde a temperatura média é de 10 graus abaixo
de zero; a segunda venderá na mesma cidade, durante o verão, que apresenta
temperatura média de 28 graus. Ao final deste período, o segundo time vendeu 200
aparelhos de ar-condicionado e o primeiro vendeu 100 aparelhos. Será que a segunda
equipe teve o dobro do desempenho da primeira? Analisando os dados nominais, sim,
mas essa é uma comparação injusta, pois vender ar-condicionado no inverno deve ser
bem mais difícil do que no verão. Para ter um panorama mais seguro sobre a real
diferença de desempenho entre as duas equipes seria interessante descontar a natural
facilidade das vendas no verão e a natural dificuldade trazida pelo inverno. É isso que
a dessazonalização dos dados se propõe a fazer.
15
O gráfico (5) tem o intuito de servir de comparação com o gráfico (1),
porém, o (1) utiliza os dados enviados pelo cliente e o (5) usa os dados enviados
já dessazonalizados.
16
Fazendo um paralelo com o exposto na nota de rodapé nº 19 (da venda
de ar-condicionado), e guardando-se as devidas proporções, é como se
dezembro fosse o mês do verão e abril o mês do inverno. O mesmo raciocínio
pode ser utilizado para os índices dos demais meses.
Uma última coisa a se destacar é que os meses de maio, julho e
novembro possuem índice de sazonalidade igual, ou seja, “podem” 20 ser
comparados entre si pela tabela (1) de dados nominais.
20
As aspas foram utilizadas para chamar a atenção em duas coisas: primeiro, o mais
correto - mesmo em meses com mesmo índice de sazonalidade- é comparar os dados
dessazonalizados, ou seja, os da tabela (3); em segundo lugar, cabe afirmar mais uma
vez que não existe método capaz de retirar em 100% o fator sazonal.
17
• PREVISÕES
21
Relembrando: o cliente enviou dados que vão do mês de janeiro/2000 a setembro
de 2008 e deseja o cálculo das vendas para os três meses seguintes (outubro,
novembro e dezembro de 2008).
22
Fazer análises estatísticas envolve muito mais dificuldades do que se aparenta, pois
os dados, quando analisados sem os devidos critérios, podem levar a conclusões (ou
números) enganosas(os). Quase sempre há de ser feita alguma operação matemática
em cima dos valores enviados pelos clientes. Porém, não há motivo para preocupação:
os dados fornecidos pelo modelo estatístico são convertidos para o mesmo tipo de
número enviado originalmente.
18
Assim, o gráfico (7) servirá de base para a elaboração da tabela (5) que
nada mais é do que as previsões das vendas de gasolina comum no RN já
convertidas para a mesma escala na qual os dados foram enviados, junto dos
cenários 23 e das previsões mensais e trimestral.
23
Esses cenários são construídos a partir de intervalos de probabilidade do valor
previsto. Quanto maior a probabilidade de acerto desejada, maior o tamanho dos
intervalos de previsões calculados.
19
Cenário otimista (cor azul): é aquele em que, como no caso muito otimista,
apresenta um conjunto de fatores que impulsionam o valor da variável em
análise. Embora seja mais provável de acontecer do que o cenário muito
otimista, ainda é algo que foge aos padrões. No contexto da venda de gasolina,
poderia, hipoteticamente, acontecer numa conjuntura de redução de impostos
sobre combustíveis e crescimento econômico moderado;
20
Sendo muito otimista, a venda de gasolina comum no RN será de
34.364,86 m³ para o mês de outubro/2008, 35.773,76 m³ em Nov/08 e
39.726,74 m³ em dez/08. A soma dos três valores será 109.865,36 m³.
Por sua vez, sendo muito pessimista, a venda de gasolina comum será
22.276,99 m³ em out/2008, 22.273,65 m³ em Nov/2008, 22.343,7 m³ em
dez/2008 e 66.894,34 m³ para o trimestre (set a dez/2008).
Essas análises podem ser feitas para quaisquer dos cenários descritos,
bastando para isso que o cliente consulte a tabela (5) e siga o raciocínio
exposto anteriormente. Caso prefira, poderá utilizar a figura (1) que contém os
mesmos dados da tabela (5) só que na forma de um “fluxograma” 24.
Assim sendo, sempre que houver uma série temporal de alguma variável
de interesse, podemos fazer previsões para o comportamento futuro da
mesma. Utilizar algum método estatístico para este fim costuma ser bem
melhor do que fazer meras suposições a respeito.
24
O fluxograma da figura (1) segue o mesmo esquema de cores da tabela (5), com o
verde representando valores do cenário muito otimista, azul para otimista, laranja para
cenário base, amarelo para pessimista e vermelho para muito pessimista.
21
ANEXO I
Neste anexo, queremos convidá-lo(a) a ler outros trabalhos produzidos por nós:
22
ANEXO II
PIB real
2007 2008 2008 T4 2009 T1 2009 T2 2009 M04 2009 M05 2009 M06
2007 2008 2008 T3 2008 T4 2009 T1 2009 M03 2009 M04 2009 M05
2007 2008 2008 T4 2009 T1 2009 T2 2009 M04 2009 M05 2009 M06
23
ANEXO III
Neste anexo, sugerimos que o(a) cliente conheça dois bancos de dados
que podem auxiliá-lo(a) nos seus negócios, seja na pesquisa de dados
econômicos do país como um todo – dados macroeconômicos – ou na pesquisa
das características econômico-sociais dos Estados ou cidades brasileiras.
IPEADATA:
O Ipeadata é um banco de dados mantido pelo IPEA 25 com diversos
indicadores econômicos do Brasil e do mundo. Lá, tanto é possível ter acesso a
séries históricas quanto a previsões (expectativas) do mercado sobre o
comportamento de variáveis como a taxa de juros selic, o câmbio, a inflação, o
crescimento do PIB (produto interno bruto), etc. O acesso é gratuito pelo site
www.ipeadata.gov.br e eu recomendo – fortemente – que este site seja uma
constante fonte de consulta do empresário aos principais dados
macroeconômicos do Brasil.
IBGE:
O IBGE 26 por sua vez também disponibiliza um enorme banco de dados
ao público, com destaque para a “plataforma” países@, estados@ e cidades@.
Em países@, o usuário pode visualizar diversos indicadores sócio-
econômicos de, praticamente, todos os países do mundo. O link para acessá-lo é
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php .É especialmente útil para quem
deseja conhecer a realidade de outro país, para o qual, por exemplo, o(a)
cliente deseje viajar ou exportar/importar produtos.
25
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é uma fundação pública federal
vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Suas
atividades de pesquisa fornecem suporte técnico e institucional às ações
governamentais para a formulação e reformulação de políticas públicas e programas de
desenvolvimento brasileiros.
26
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma instituição da
administração pública federal, subordinado ao Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão.
24
população (distribuição entre crianças, jovens, adultos e idosos), percentual de
casas com saneamento, escolaridade por faixa etária, percentual de casas com
computador e internet, frota de carros, número de rebanhos, e inúmeros
outros importantes indicadores. Para acessá-lo, utilize o link
http://www.ibge.gov.br/estadosat/
Por fim, e talvez mais importante, a “plataforma” cidades@ fornece
acesso a respeito dos dados 27 sócio-econômicos de cada cidade do Brasil.
Temos, por exemplo, dados de frota de veículos, número de agências bancárias,
indicadores de finanças públicas, Produto Interno Bruto e renda per capta do
município, número de habitantes, produção agrícola, etc. Como exemplo do uso
destas informações suponha que um empresário da área de informática está
decidindo se abre ou não uma filial em uma determinada cidade. Acessando a
plataforma cidades@ a pessoa pode pesquisar, no próprio computador, quais as
cidades que possuem o perfil – renda, escolaridade, faixa etária, etc – do
cliente que freqüenta o seu estabelecimento. Para utilizá-la basta acessar o
site http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
27
A quantidade de informações e o ano em que foram obtidas podem variar de um
município para outro.
25
Esta página intencionalmente em branco
(Utilize-a para anotações)
26