Dissertacao Leandro Erthal
Dissertacao Leandro Erthal
Dissertacao Leandro Erthal
Niteri
2004
AGRADECIMENTOS
A DEUS: pela minha sade fsica e mental, pelas experincias vividas, pelas
possibilidades e caminhos que me ofereceu, pelas inmeras oportunidades no campo
pessoal e profissional e por tudo que ainda h por vir.
Ao meu orientador, Prof. D.Sc. Gilson Brito Alves Lima, amigo e incentivador desde
os tempos de ps-graduao em engenharia de segurana de trabalho. Colaborador
que possibilitou a abertura de inmeros caminhos profissionais, me incentivando e me
dando oportunidades. Acompanhou meu despertar para a engenharia, desde a minha
ps-graduao ao ingresso na Petrobrs e neste mestrado. Modelo de profissional que
merece o meu reconhecimento, acima de tudo um mestre no sentido amplo da palavra,
ensinando e possibilitando o crescimento profissional e pessoal.
Aos meus pais e irmos, por ter me dado o apoio e dedicao para que pudesse trilhar
por tantos caminhos, apoiado e sustentado, confiante e protegido, para que pudesse ser
capaz de alar vo e buscar minha luz prpria e novos horizontes.
A minha esposa Rita e a minha filha Las, pelo tempo de abdicao dos muitos
momentos no compartilhados e vividos frente de livros, papers, apostila, palestras,
cursos e principalmente, de um teclado de um computador, buscando alcanar a
realizao de um trabalho acadmico e acima de tudo, de um grande sonho pessoal.
RESUMO
Esta dissertao teve por objetivo demonstrar de maneira clara e objetiva, atravs da
estruturao de um estudo de caso, a importncia de se realizar os estudos tcnicos para
classificao de reas atravs de grupos multidisciplinares de trabalho. Neste aspecto,
apresento uma abordagem nos principais referenciais tericos, regulatrios e normativos. No
que tange ao campo de aplicao da classificao de reas, apresento sua conceituao e os
principais fundamentos tcnicos de projeto. Em um outro momento, foram propostos um
mtodo de formao de trabalho e algumas condies estruturais a serem seguidas para o
sucesso deste tipo de atividade, buscando propostas e analisando um projeto de rea
classificada, atravs de um estudo de caso realizado em uma planta industrial da indstria do
petrleo. Na concluso so apresentadas as consideraes finais quanto hiptese-chave
formulada na dissertao com a aplicao dos conceitos e tcnicas adquiridas e os principais
pontos de reflexo.
Palavras-chaves: Atmosferas explosivas e classificao de reas.
ABSTRACT
This dissertation had the intention to demonstrate in an objective and clear mode, through the
structure of a study of case, the importance to do the technical studies for area classification
by multidisciplinary groups of work. In this case, I present an approach with the main
theoretic and regulatory characteristics. In the area classification field, present the concepts
and main technical fundaments for projects. In another moment, there were proposed a
method of work formation and there were presented some structures conditions to be followed
to the accomplishment in this type of activities, looking for proposal and analyzing a
classification area project, through a study of case in an industrial plant of the petroleum
industry. In the conclusions there are presented the final considerations of the hypothetical
key formulated in this dissertation with the application of the concepts and technical acquired
and the main reflections points.
Keywords: explosion atmosfere and area classification
UNESCO
USA
USCG
SUMRIO
________
Pg
1 INTRODUO ..................................................................................................................10
1.1 O PROBLEMA .................................................................................................................10
1.2 SITUAO PROBLEMA ................................................................................................17
1.3 APRESENTAO ........................................................................................................... 25
1.4 QUESTO A SER RESPONDIDA ................................................................................. 27
1.5 OBJETIVOS ......................................................................................................................28
1.5.1 Relevncia ......................................................................................................................28
1.6 REFERENCIAL TERICO ..............................................................................................28
1.7 QUESTIONAMENTO DO TRABALHO .........................................................................29
1.8 MTODO A SER UTILIZADO ........................................................................................29
1.9 DELIMITAO DO ESCOPO DESTE ESTUDO DE CASO ........................................ 30
1.10 O QUE NO SO REAS CLASSIFICADAS .............................................................31
1.11 ENTENDENDO OS TERMOS EMPREGADOS COMO UM LOCAL PERIGOSO.33
1.12 O QUE SO REAS CLASSIFICADAS .......................................................................34
1.13 HISTRICO PARA ENTENDER A NORMA AMERICANA ......................................35
1.14 RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL .................................................................... 37
1.14.1 Responsabilidade civil .................................................................................................37
1.14.2 Pressuposto da responsabilidade civil .......................................................................38
1.14.3 Responsabilidade civil e responsabilidade criminal ................................................39
1.14.4 Responsabilidade civil objetiva e responsabilidade civil subjetiva ........................41
1.14.5 Responsabilidade civil do empregador nas relaes de trabalho ...........................43
1.14.6 Responsabilidade civil do empregador por ato do empregado ...............................44
1.14.7 Responsabilidade administrativa ...............................................................................46
1.14.8 Penas passveis de aplicao .......................................................................................46
1.14.9 Engenharia ...................................................................................................................47
1.14.10 Engenheiro e tcnico eletricista ...............................................................................47
1.14.11 Laudo ..........................................................................................................................47
1.14.12 Responsabilidade tcnica ..........................................................................................47
1.14.13 Sociedade de economia mista ...................................................................................48
1.14.14 Jurisprudncia ...........................................................................................................48
1.14.15 Ao policial relacionada ao acidente de trabalho .................................................48
1.14.16 Concluso ...................................................................................................................49
2 REVISO DA LITERATURA ..........................................................................................51
2.1 ATMOSFERAS INFLAMVEIS OU EXPLOSIVAS .....................................................51
2.2 CLASSIFICAO DE REAS ........................................................................................55
Figura 1- Distncias de zonas para tanques de teto fixo sugerido por codes e
Standards estrangeiros.........................................................................................60
Tabela 1 Resultado de pesquisa realizada na internet......................................................61
2.2.1 Gesto de uma rea classificada ..................................................................................62
2.2.1.1 A aplicao da gesto para o processo de classificao de reas ................................63
2.2.1.2 A gesto como processo de melhoria............................................................................67
2.2.2 Conceitos para uma rea classificada ......................................................................... 73
2.2.2.1Caractersticas que influenciam a anlise de uma rea classificada ............................. 74
2.2.2.2 Classificao dos ambientes na viso das normas CONTEC ...................................... 74
2.2.2.2.1 Para as normas CONTEC N-2154 e CONTEC N-2167............................................ 74
10
1 INTRODUO
1.1 O PROBLEMA
Acidentes ocorridos em vrias partes do mundo, segundo BOSSERT (2001), tiveram
como origem um equipamento eltrico indevidamente especificado para trabalhar em uma
rea cuja presena de substncias inflamveis no ambiente, criava condies especiais para
sua ocorrncia.
11
Nos idos de 1912, segundo JORDO (2002, p.371), ocorreu uma exploso em uma
mina subterrnea de carvo. Houve suspeita de que uma campainha causou o acidente. Assim
sendo, iniciou-se uma pesquisa no sentido de se determinar at que ponto um sinal eltrico
poderia ser considerado seguro sem estar num invlucro prova de exploso. Esta
investigao utilizou primeiramente circuitos de sinalizao de campainhas alimentadas por
transformadores de baixa tenso, do tipo utilizado atualmente como campainha residencial.
As pesquisas sobre estes circuitos trouxeram como resultado a certificao do primeiro
dispositivo de conceito de segurana intrnseca (Inglaterra, 1917). Este dispositivo consistia
12
As refinarias e plantas qumicas tpicas dos anos 30 e incio dos anos 40 nos Estados
Unidos, segundo MAGIRON (1980), eram equipadas com muitos instrumentos de medio
mecnica, tais como medidores de fluxo, medidores de presso etc. Muitos eram de medio
manual ou pneumtica. Estas instalaes possuam poucos problemas de segurana com
13
14
15
Em 1954, segundo BORGES (1997, p.44), foi emitida a norma BS 1259, primeira
norma definindo o termo segurana intrnseca e regras de operao, ensaios e certificao
de equipamentos intrinsecamente seguros. Para GARSIDE (1995/2, p.37), esta norma teve sua
primeira publicao em 1945 e foi revisada em 1958, datas confirmadas para este trabalho
atravs de consulta s fontes primrias desta norma.
16
Normas em elaborao:
17
Norma IEC sobre fontes de ignio de equipamentos de origem no eltrica em reas com
atmosferas explosivas (IEC EN 13463-X); e
Para
maro
de
2004
est
previsto
realizao
da
EXPLORISK
Comunicao pessoal ao autor na palestra proteo de instalaes eltrica para atmosferas potencialmente
explosivas proferida no curso de preparao de engenheiros de segurana da Petrobras, em fevereiro de 2001.
18
Estes projetos, em geral, tinham como origem industrial o EUA e por conseqncia
direta, traziam todos os conceitos de proteo baseados nas normas americanas, com
aplicao preferencial do conceito de proteo por invlucros prova de exploso.
A indstria petroqumica no Brasil inicia-se devido a algumas iniciativas ligadas
Refinaria Presidente Bernardes (RPBC: refinaria inaugurada em 1955), Cubato, SP, segundo
NEIVA (1993), com a entrada em operao da unidade de amnia e cido ntrico, proveniente
dos gases da refinaria; e com a recuperao de eteno da unidade de craqueamento trmico.
19
2
3
20
A COPENE, segundo UZEDA etal (III EPIAEx, 2002), continuou utilizando prticas
americanas para elaborao dos desenhos de classificao de reas at 1999 e delegava essa
tarefa invariavelmente aos seus projetistas. Neste ano, aps um curso ministrado por um
especialista brasileiro sobre o assunto, foram percebidos os inmeros avanos das normas
internacionais e a conseqente diminuio da utilizao das normas e prticas americanas. A
partir dessa data mudanas significativas ocorreram. O processo de especificao de produto,
de compra e recebimento de equipamentos Ex foi aperfeioado como tambm os mtodos de
instalao, comissionamento e manuteno dos equipamentos eltricos em reas classificadas.
Assim, os desenhos de classificao de reas foram atualizados e foi adotada a terminologia
internacional. Programou-se uma sistemtica de reviso de desenhos de classificao de reas
e utilizao de equipes multidisciplinar para a sua anlise.
Comunicao pessoal do Dcio Miranda de Jordo com o autor no III Encontro Petrobrs sobre instalaes
eltricas em atmosferas explosivas (III EPIAEx), 2002
21
Atualmente existe uma tendncia mundial para a utilizao das normas internacionais,
onde o principal documento americano para este assunto, a NEC, em sua reviso de 1996
introduziu um novo artigo, de nmero 505, que admite que a instalao eltrica em atmosferas
explosivas nos EUA possa ser feita utilizando os conceitos previstos na norma internacional;
na reviso de 1999, a NEC tornou o artigo 505 ainda mais detalhado.
Com a evoluo tecnolgica, as normas sobre classificao de reas esto tendo que
sofrer alteraes e mudanas para a sua adequao devido introduo de novos riscos
gerados pelas novas tecnologias, produtos e conhecimentos.
22
A questo de classificao de reas deve ser encarada como uma questo real que
extrapola as situaes consideradas como industriais. Como exemplo, o Fire Protection
Handbook da NFPA (NFPA, 2002, p. 2-49), traz recomendaes especficas para ambientes
mdicos que utilizam anestsicos inflamveis, definindo que cuidados especiais devem ser
aplicados em salas de operao de hospitais e outros locais onde anestsicos inflamveis so
ou podem ser administrados em pacientes. O NEC define que rea (classificada) de
anestesias qualquer rea na qual qualquer agente de inalao inflamvel ser administrado.
Estas reas incluem salas de operao, salas de emergncias, salas de anestesias e outras reas
quando usados para induo de anestesias com agentes anestsicos inflamveis. Estas reas
so classificadas como classe I, diviso I (que ser definido adiante) com extenso de 1,5
metros acima do cho. Estas reas mdicas so tratadas no captulo 3 da NFPA 99 (Health
Care Facilites).
23
24
Esta prevista a emisso de uma nova portaria do INMETRO, para maro de 2004,
alterando a Regra Especfica de certificao de equipamentos eltricos para atmosferas
25
1.3 APRESENTAO
Este estudo apresenta a pesquisa desenvolvida, no perodo de novembro de 2001 a
janeiro de 2004, sobre classificao de reas para atmosferas explosivas quanto instalao
de equipamentos eltricos, equipamentos estes que podem ser fontes de energia capazes de
fazer inflamar estas atmosferas.
Comunicao pessoal do Dcio Miranda de Jordo ao autor, em fevereiro de 2004, em curso no CENPES.
26
27
28
1.5 OBJETIVOS
29
Ser que as condies locais da unidade afetam os volumes definidos para outras
unidades? e
6. O que pode ser feito para tornar os volumes menores, mantendo o mesmo nvel de
segurana? Isto possvel?
1.8 MTODO A SER UTILIZADO
O trabalho tcnico ser desenvolvido atravs de um estudo de caso de uma rea
industrial da rea do petrleo, que apresente, sob condies normais de operao,
possibilidade de formao de atmosferas explosivas. O desenvolvimento ser pela aplicao
das normas brasileiras e internacionais e com o auxlio das figuras tpicas de classificao de
reas do documento americano API RP 505.
30
Dever-se- levar em conta que, assim como em outros campos da cincia, o mundo
vem experimentando mudanas rpidas, tambm nesta atividade; este dinamismo gera que:
outras literaturas e fontes de consulta sejam cada dia mais necessrio. Sistematicamente novas
normas e tecnologias ampliam o horizonte tcnico e tornam urgente o conhecimento da
melhor forma de aproveit-las. Somente com uma classificao de reas bem executada, ser
possvel obter a segurana adequada dos equipamentos e das novas tecnologias.
31
32
Outro exemplo temos a norma CONTEC N-2166 (2002), que define em suas
condies gerais, pg 6, item 4.2 , reas que so consideradas como reas no classificadas,
mesmo existindo a presena de materiais inflamveis. Neste caso, porm, com caractersticas
prprias que influenciam decisivamente esta deciso. Estas so:
a) reas adequadamente ventiladas onde as substncias inflamveis esto contidas em
sistemas de tubulao fechados sujeito a boa manuteno e nos quais esto includos apenas
tubos, vlvulas, flanges, medidores e acessrios de tubulao;
b) reas com ventilao limitada ou impedida onde as substncias inflamveis esto contidas
em sistemas de tubulao fechados sem vlvulas, flanges e acessrios de tubulao;
c) reas onde as substncias inflamveis so armazenadas e/ou transportadas em recipientes
especificamente aprovados para tal fim por entidade certificadora credenciada;
d) reas ao redor de uma fonte de ignio permanente de origem no eltrica, como fornos,
aquecedores, bico de Bunsen, etc.
33
Para GARSIDE (1995a, p.6), se uma rea considerada no perigosa, ela conhecida
como rea segura ou rea no classificada. Para a ABNT/IEC, a rea considerada, ento,
como rea no classificada.
1.11 ENTENDENDO OS TERMOS EMPREGADOS COMO UM LOCAL PERIGOSO.
Conforme SCHRAM (1993), locais perigosos so algumas vezes citados como um
local classificado ou ainda como rea classificada. Os diferentes cdigos, normas,
padres e manuais utilizam termos diferentes. Alguns utilizam o termo locais perigosos;
outros, o termo rea classificada ou local classificado e em alguns outros, ambos. Deve
existir a preocupao de saber se todos os locais perigosos podem ser descritos como locais
perigosos ou reas classificadas, porque s os so aqueles que forem classificados como
tais. Em funo desta observao, muitos preferem no usar o termo perigoso e outros
preferem no utilizar o termo classificado.
O artigo 500 do NEC (National Electrical Code) utiliza o termo Locais Perigosos
(Classificados) como um de seus ttulos. Nos manuais e padres da NFPA e da NEC, estes
termos so intercambiveis.
34
Para efeito deste trabalho, ser utilizado o termo rea classificada, definida como
volumes de locais previamente classificados como tal.
1.12 O QUE SO REAS CLASSIFICADAS?
reas classificadas, segundo SCHRAM (1993), podem ser definidas como: locais,
reas e espaos onde existe o perigo (a possibilidade de) de fogo ou exploso pela presena de
gases ou vapores inflamveis, lquidos inflamveis, poeiras combustveis ou fibras
inflamveis em suspenso.
Classificar uma rea significa, para JORDO (EPIAEx-2002), elaborar uma planta
arquitetnica ou segundo o prprio, um mapa, com o objetivo principal de identificar o
volume de risco dentro do qual provvel ocorrer uma mistura inflamvel. Com base nesta
planta, outras aes tero que ser tomadas para aumentar a segurana das instalaes.
O artigo 500 da NEC define que quaisquer locais onde gases e vapores combustveis
esto presentes ou podem estar presentes na atmosfera em concentrao suficiente para
produzir uma mistura inflamvel um local classificado. Sendo importante ressaltar que a
classificao de uma rea no necessria, a menos que, estes gases e vapores possam estar
presentes no ar em quantidades explosivas ou inflamveis, sob condio normal ou anormal
de operao. Neste caso, o termo anormal refere-se a situaes previsveis e possveis de
ocorrer numa situao de operao, no incluindo situaes de emergncia.
Para a norma Petrobtas N-2154 (2001), reas classificadas so as regies geradas pelas
fontes de risco e classificadas como zona 0, zona 1 e zona 2.
Nos manuais e normas pela NEC, o termo vapor utilizado significando gases
inflamveis emitidos de uma superfcie de um lquido combustvel ou inflamvel. Segundo
35
SCHRAM (1993), esta no a definio cientfica6, mas a forma mais comum de expressar
este termo. Os materiais, segundo o mesmo autor, no tm que estar no estado gasoso para
uma exploso ocorrer. Seu exemplo mais bvio so as poeiras combustveis. Lquidos
inflamveis pulverizados, mesmo abaixo do seu ponto de fulgor, queimam extremamente
rpidos.
Quanto menor o tamanho das partculas, maior ser sua velocidade de queima. A
ignio de partculas muito finas destes lquidos, mesmo abaixo de seu ponto de fulgor, pode
resultar em uma velocidade de queima compatvel com a exploso do mesmo material em
estado gasoso. A velocidade de chama, ou seja, a velocidade de queima ou taxa de queima,
dos materiais varia com sua constituio fsica e com sua concentrao. Quanto mais alta for a
sua taxa de queima, mais violenta ser a exploso resultante, isto , maior ser a presso de
exploso e a taxa de exploso.
Segundo Quagliano (1979), as molculas que possuem energia cintica acima de certo valor mnimo, que
depende do lquido considerado e que so capazes de escapar do estado lquido e passar para o estado gasoso,
constitui o vapor do lquido, sendo esta uma definio cientfica.
36
acetileno. Tanto era realidade, que os equipamentos e suas protees para utilizao em
atmosferas de hidrognio eram muito mais sofisticados e conseqentemente mais caros.
Com a passagem dos anos a lista de materiais se expandiu com mais testes e
informaes, sendo necessria a classificao de materiais adicionais. Na edio de 1968 do
NEC, os grupos foram expandidos para:
37
Por causa desta enorme expanso da lista de produtos qumicos, o NEC decidiu em
sua edio de 1984, especificar somente os maiores grupos qumicos, como era feito no
passado.
Nos primrdios da humanidade, o mal sofrido pelo indivduo, em sua pessoa ou bens,
ensejava como reao natural vingana privada, afinal, reconhecida pela coletividade, ao
instituir-se a pena de Talio: olho por olho, dente por dente.
38
No direito romano, a reao contra o delito passou a ser exercido exclusivamente pelo
Estado. Confere-se ao ofendido o direito de acionar o ofensor independentemente da punio
penal que se lhe pudesse aplicar. O jurista comeou a distinguir a pena e a reparao. A culpa
surgiu como a fonte inspiradora das aes de indenizao. Sendo o ser humano um ser
racional e livre, deve responder pelos seus atos. Assentou-se ento, a noo clssica da
responsabilidade.
Foi, no entanto, no direito francs, com a edio do cdigo Napoleo, que o instituto
da responsabilidade civil ganhou suas linhas definitivas, seja na forma contratual, seja na
extra contratual, tambm denominada aquilina.
39
2. Dano; e
3. Elo de causalidade entre ao/omisso e dano.
Para que algum seja responsabilizado civilmente por um dano, preciso que algum
ato tenha sido praticado ou deixado de praticar, seja pelo prprio agente ou por pessoa ou
animal de que ele seja responsvel. necessrio, portanto, a ocorrncia de um ato humano do
prprio responsvel ou de um terceiro, ou ento o fato de um animal ou coisa inanimada,
afastando-se, de logo, a responsabilidade por danos causados em funo de caso fortuito, algo
que no poderia ser previsto, ou fora maior, algo que, mesmo que pudesse ser previsto, seria
inevitvel.
J o dano, tem de ser efetivo, seja na esfera do patrimnio material, seja no campo dos
danos morais ou extra patrimonial, como prefere denominar uma parte da doutrina moderna.
No h como se responsabilizar civilmente uma pessoa, sem a prova real e concreta de
uma leso certa a determinado bem ou interesse jurdico. Por fim, exigida a prova do elo de
causalidade entre o dano e a ao/omisso, pois se h um dano, mas este se deu, por exemplo,
em funo de culpa exclusiva da vtima, que agiu com dolo, ou ento por motivo de fora
maior ou caso fortuito, no h como se responsabilizar, via de regra, o ru.
1.14.3 Responsabilidade civil e responsabilidade criminal
Uma classificao bastante relevante a que diz respeito distino entre
responsabilidade civil e responsabilidade penal.
Um primeiro ponto que deve ser enfocado o fato de que, pela responsabilidade civil,
o agente que cometeu o ilcito tem a obrigao de reparar os danos causados, buscando
restaurar o status quo ante, ou seja, situao idntica a que existe antes do fato, obrigao
esta que, se no for mais possvel, convertida no pagamento de uma indenizao, na
possibilidade de avaliao pecuniria do dano ou de uma compensao, na hiptese de no se
poder estimar o valor patrimonial este dano, enquanto, pela responsabilidade penal ou
criminal, deve o agente sofrer a aplicao de umas cominaes legais, que pode ser privativa
de liberdade, como por exemplo: priso; restritiva de direitos, como por exemplo: perda da
carta de habilitao de motorista; ou mesmo pecuniria, como por exemplo: multa.
Nas palavras de Bittar in Oliveira (III EPIAEx, 2002,s/p.),
A reparao representa meio indireto de devolver-se o equilbrio s relaes
privadas, obrigando-se o responsvel a agir, ou a dispor de seu patrimnio para a
40
Assim sendo, o princpio que governa toda essa matria o do neminem laedere,
um dos princpios gerais do direito, consoante o qual a ningum se deve lesar, cujos efeitos
em concreto se espraiam pelos dois citados planos, em funo do interesse maior violado, de
pessoa, ou de pessoas, de um lado; da sociedade ou da coletividade, de outro; e conforme a
tcnica prpria dos ramos do Direito que a regem, a saber: a) Direito Civil, para as violaes
privadas; b) o direito Penal, para a represso pblica.
Desta forma, conforme aponta Valler in OLIVEIRA (III EPIAEx, 2002), baseado em
Nelson Hungria, a ilicitude jurdica uma s, do mesmo modo que um s, na sua essncia,
o dever jurdico. Em seus aspectos fundamentais h uma perfeita coincidncia entre o ilcito
civil e o ilcito penal, pois ambos constituem uma violao da ordem jurdica, acarretando, em
conseqncia, um estado de desequilbrio social. Mas, enquanto o ilcito penal acarreta uma
violao da ordem jurdica, quer por sua gravidade ou intensidade, a nica sano adequada
a imposio da pena, no ilcito civil, por ser menor a extenso da perturbao social, so
suficientes as sanes civis, tais como: indenizao, restituio em espcie, anulao do ato,
execuo forada, etc. A diferena entre o ilcito civil e o ilcito penal , assim, to somente,
de grau ou de quantidade.
Esta distino tem grande importncia para o entendimento do tema, tendo em vista
que o dano moral implica responsabilizao tanto na esfera civil, quanto penal, pelo que se
conclui que as sanes tambm se consubstanciaro de formas jurdicas distintas, de acordo
com o respectivo ramo do Direito. Por isso, explicite-se que a diferena entre estes institutos
de grau, e no de substncia, do que resulta a possibilidade de sua aplicao conjunta, em
funo de um mesmo fato.
41
Nesse sentido, num caso tpico de execuo que s faz confirmar a regra, existe o
disposto nos arts. 160, 1519 e 1520 do Cdigo Civil (2002), cuja anlise sistemtica faz
vislumbrar uma hiptese de indenizao por ato lcito.
Sendo assim, para fins de fixao de entendimento, adota-se o conceito de
responsabilidade penal de Fragoso in OLIVEIRA (III EPIAEx, 2002), para quem a
responsabilidade penal o dever jurdico de responder pela ao delituosa que recai sobre o
agente imputvel.
Em outras palavras, a
42
Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizar quando o agente causador do dano
atuar com negligncia ou imprudncia, atravs da interpretao da primeira parte do art.159
do Cdigo Civil (2002)7.
Conforme Valler in OLIVEIRA (III EPIAEx, 2002), que apesar do Cdigo Civil
Brasileiro ter adotado a teoria clssica, a teoria objetiva se estabeleceu em vrios setores da
atividade, atravs de leis especiais. Assim , por exemplo, que o Decreto n. 2681, de 1912,
7
Art. 159: Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito, ou causar
prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.
43
disciplina a responsabilidade civil das estradas de ferro, tendo em vista o risco da atividade
exercida. Em matria de acidente do trabalho, a Lei 6367, de 19 de novembro de 1976, se
fundou no risco profissional e a reparao dos danos causados aos trabalhadores passou a se
fazer independentemente da verificao da culpa, e em valores prefixados. Tambm o Cdigo
Brasileiro do Ar (Decreto Lei 32, de 18 de novembro de 1966), tendo em conta o risco da
atividade explorada, estabelece em bases objetivas a responsabilidade civil das empresas
areas. A Lei 6453, de 17 de outubro de 1977, em termos objetivos, disps sobre a
responsabilidade civil por danos nucleares.
Constituio Federal, 1988. Art. 7, XXVIII :seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
44
b) A outra de natureza subjetiva, com base no antigo art. 159 do cdigo civil brasileiro
(2002), quando, a sim, a responsabilizao integral do agente patronal que provoca a leso.
Esta regra somente diz respeito responsabilidade civil do empregador por ato seu.
Este fato importante pelo fato de que, tratando-se de ato do empregado, alm da
responsabilidade civil objetiva do empregador.
1.14.6 Responsabilidade civil do empregador por ato do empregado
importante ser realizada a seguinte pergunta: qual a responsabilidade do
empregador pelos atos de seu empregado?
A resposta a esta questo se encontra expressa na previso legal dos artigos 1521 a
1523 do Cdigo Civil Brasileiro (2002), que dispem:
Art.1521: So tambm responsveis pela reparao civil:
I - Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia;
II - tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas
condies;
III - patro, amo ou comitente, por seus empregados, serviais e prepostos, no
exerccio do trabalho que lhes competir, ou por ocasio dele (art. 1522);
IV - Os danos de hotis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se albergue
por dinheiro, mesmo para fins de educao, pelos seus hspedes, moradores e
educandos;
V - Os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, at a
concorrente quantia.
Art. 1522. A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, n III, abrange as
pessoas jurdicas, que exercerem explorao industrial.
Art.1523. Excetuadas as do art.1521, V, s sero responsveis s pessoas
enumeradas nesse e no art. 1522, provando-se que elas concorreram para o dano por
culpa, ou negligncia de sua parte.
45
preposto, o que demonstra esta responsabilizao legal por ato de terceiros, o que responde a
uma responsabilidade objetiva, ou, no mnimo, a uma responsabilidade civil com culpa
presumvel.
desconto ser lcito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrncia de
dolo do empregado.
Consolidao das Leis Trabalhistas, art. 462, pargrafo 1 Ao empregador vedado efetuar qualquer desconto
nos salrios do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato
coletivo.
46
Com efeito, no se tem como observar esse direito do acusado se a infrao apurada
mediante sindicncia ou outro meio sumrio, que pelas suas caractersticas so incompatveis
com os institutos do contraditrio e da ampla defesa.
Logo, nula a pena, qualquer que seja ela, aplicada a servidores em que esses direitos
no lhes foram assegurados, mesmo que tenha sido precedida de sindicncia, ou decorra da
aplicao dos princpios da verdade sabida ou da flagrncia.
10
Constituio Federal do Brasil, art. 5o., inc. LV aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral so assegurados os contraditrios e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
47
1.14.9 Engenharia
Engenharia, segundo OLIVEIRA (III EPIAEx, 2002), consiste na arte de aplicar os
conhecimentos tcnicos e cientficos inveno, objetivando a correta aplicao tcnica
individual em todas as dimenses e nos mais variados campos de ao.
Para uma boa elaborao pode-se atender ordem genrica que se prope, com
possveis documentos, fotos, etc que instruam o trabalho tcnico, sem embargo de elementos
outros que sejam fundamentais, sem fugir advertncia de que cada caso possa exigir uma
conotao prpria.
1.14.12 - Responsabilidade Tcnica
O perito que, por dolo ou culpa, prestar informaes inverdicas, responder pelos
prejuzos que causar parte, ficar inabilitado a funcionar em outras percias por dois anos, e
incorrer na sano que a lei penal estabelecer, segundo OLIVEIRA (III EPIAEx, 2002).
48
O Cdigo Penal pune a falsa percia no Art. 342, ao dizer: Fazer afirmao falsa,
negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intrprete em processo
judicial, policial ou administrativo, ou em juzo arbitral.
1.14.14 - Jurisprudncia
Comprovada desdia imputvel empresa estatal que, tendo contratado empreiteira
para execuo de servios em uma de suas plataformas de explorao de petrleo,
deixou de tomar as providncias que lhes incumbiam para garantir proteo e
segurana aos trabalhadores, impem-se lhe carrear a obrigao de reparar os danos
causados em razo de tal conduta. (Supremo Tribunal de Justia 4 Turma
Responsvel: Relator Slvio de Figueiredo J.30.11.93 Rio de Janeiro 700/268)
49
Discorrendo sobre este crime, Delmanto (2000, p.262) enfatiza que tal infrao:
Visa proteo da indenidade de qualquer pessoa. Ela foi instituda em virtude,
principalmente, dos acidentes do trabalho sofridos por operrios em razo do
descaso na tomada de medidas de proteo por parte dos patres. Esse importante
aspecto no vinha sendo lembrado na aplicao deste artigo.
50
51
2 REVISO DA LITERATURA
Este captulo tem por objetivo esclarecer os principais conceitos pela viso de diversos
autores e normas, de modo a estabelecer um referencial terico sobre o assunto.
2.1 ATMOSFERAS INFLAMVEIS OU EXPLOSIVAS
O processo industrial, segundo GARSIDE (1995b, p.2), freqentemente envolve o
uso, processamento ou armazenamento de materiais perigosos (inflamveis). Evidentemente
as plantas industriais associadas com estas operaes necessitam ser dispostas e controladas
de modo que estes materiais no se inflamem ou causem exploso, gerando danos s pessoas
ou a prpria planta. Deste modo, pode ocorrer em determinadas locais a mistura de gases,
vapores, poeiras e fibras inflamveis que associadas com o ar, em adequadas propores,
formam o que denominada atmosfera explosiva. Do ponto de vista qumico, a oxidao,
combusto e exploso so reaes de diferentes velocidades, sendo iniciadas por ignio ou
detonao.
52
explosiva em concentraes tais que exijam a adoo de medidas especiais, a fim de garantir a
proteo da segurana e da sade dos trabalhadores afetados. De forma idntica, uma rea em
que improvvel a formao de atmosfera explosiva tal que exija a adoo de medidas de
preveno especiais considerada rea no perigosa. A mesma diretriz define que as
substncias e/ou combustveis so consideradas substncias susceptveis de formar atmosferas
explosivas, exceto se a anlise de suas caractersticas qumicas demonstrarem que, em
misturas com o ar, essas substncias no podem propagar espontaneamente uma exploso.
53
54
A afirmativa de JORDO (III EPIAEx, 2002) de que alm das solues tcnicas que
viabilizam o equipamento para operar neste tipo de atmosfera, deve-se observar que nada
disto resultar em uma operao segura se a montagem, operao e manuteno das
instalaes no forem feitas por pessoal qualificado e com conhecimento comprovados sobre
este assunto, o que est em consonncia com a preocupao observada na DIRECTIVA
1999/92/C (1999, anexo II, p.11, item 2.5), que determina como medida de proteo contra
exploses que:
Devero ser tomadas todas as medidas necessrias para garantir que o local de
trabalho, o equipamento de trabalho e os respectivos dispositivos de ligao postos
disposio dos trabalhadores foram concebidos, construdos, montados e instalados,
e sero mantidos e utilizados de forma a minimizar os riscos de exploso.
J a legislao Brasileira, segundo ARAJO (2002, p.229), determina atravs da NR10 norma regulamentadora do Ministrio do Trabalho e Emprego, que:
item 10.3.2.7: As instalaes eltricas devem ser inspecionadas por profissionais
qualificados, designados pelo responsvel pelas instalaes eltricas nas fases de
execuo, operao, manuteno, reforma e ampliao.
item 10.3.7.1: Deve ser fornecido um laudo tcnico ao final dos trabalhos de
execuo, reforma ou ampliao de instalaes eltricas, elaborado por profissional
devidamente qualificado e que dever ser apresentado, pela empresa, sempre que
solicitado pelas autoridades competentes.
55
56
Para (RANGEL, III EPIAEx, 2002, p.1), rea na qual uma atmosfera explosiva de
gs est presente ou na qual provvel sua ocorrncia a ponto de exigir precaues especiais
para a construo, instalao e utilizao de equipamento eltrico. Nota-se nesta definio,
que o autor limita em atmosfera explosiva de gs, porm este um caso especfico entre as
atmosferas inflamveis. Esta limitao conceitual foi definida no foco do trabalho apresentado
sobre o aterramento do neutro de sistemas de fora instalados em reas classificadas zona 1 e
zona 2.
Toda rea onde possa existir uma atmosfera potencialmente explosiva necessita ser
classificada para se determinar as possveis substncias que podem presente
bem como a freqncia com que tais substncias ocorrem; da o termo rea
classificada, s vezes erroneamente denominada por rea perigosa.
57
ocorrncia muito baixa. As ocorrncias de certas falhas devem ser mantidas em limites
estritas de aceitabilidade por: correto projeto, construo, manuteno e operao do
equipamento.
Pela IP - parte 15 (2002), a rea classificada no deve ser utilizada como a principal
ferramenta na determinao de um leiaute. Contudo, aspectos de reas classificados devem
ser considerados na determinao das distncias de separao entre os equipamentos. Os guias
devem ser tomados como recomendaes de espaamento de segurana entre equipamentos,
acessos de pessoas e outras mquinas, incluindo fontes de ignio.
Por
muitos
anos,
observa
MACMILLAN
(1986)
em
seu
estudo,
in JORDO (2002, p.215), uma enorme quantidade de tempo e dinheiro foi empregada por
governos, instituies de normalizao e pela prpria indstria com o objetivo de estabelecer
58
regras claras para a classificao de reas e aplicao de equipamentos eltricos nestas reas.
Desta forma, o resultado que muitas situaes apresentam riscos similares, mas so
classificadas de maneiras completamente diferentes por diversos grupos encarregados deste
trabalho. Alm disto, continua o autor, muitas empresas desenvolveram normas prprias para
orientar e desenvolverem a planta de classificao de reas, que variam conforme a filosofia
de segurana utilizada e a origem quanto ao seu pas gerador ou detentor do conhecimento.
Essas tcnicas foram adotadas por usurios, ora obrigados por determinao legal, ora na
ausncia de legislao pertinente, pela prpria concepo de seus projetos originais. Todas
so estrangeiras e, portanto, com caractersticas prprias.
Levando em considerao que a classificao de reas no uma cincia exata, que
depende de fatores externos at mesmo de carter subjetivo, a determinao da forma e
extenso das reas classificadas torna-se uma tarefa difcil, conforme JORDO (1998).
Corroborando com esta viso, segundo COX et allii (1990), como as teorias de
classificao de reas foram desenvolvidas de forma independente, com muitas filosofias e
conhecimentos diferentes, at hoje inexiste uma prtica comum. Na verdade standards e
codes foram desenvolvidos por diferentes entidades, ao longo do tempo, e possuem suas
prprias especificidades.
A norma Petrobras CONTEC N-2166, por exemplo, foi criada com o fim especfico de
auxiliar na seleo e aplicao dos equipamentos, dispositivos e materiais eltricos para uso
em atmosferas inflamveis ou explosivas em refinarias de petrleo. Nestas, gases e lquidos
inflamveis so processados, manuseados, armazenados e submetidos a operaes de
carregamento e descarregamento. Da mesma forma, nestes locais, as substncias inflamveis
so continuamente processadas sob condies de elevadas presses, vazes e temperatura em
equipamentos, em sua maioria, de grande porte. A norma Petrobras CONTEC N-2167, tem
como objetivo fixar as condies exigveis para a classificao de reas para unidades de
transporte de petrleo, gases e derivados. Entendendo como unidades de transporte quelas
que contenham estaes de bombeamento, estaes de compresso, parque de
59
60
API
500
SS 421 08
20 (Sucia)
10 m
Escala
zona 1
zona 2
Figura 1: Distncia de para tanques de teto fixo sugerido por codes e standards
estrangeiros. Fonte: UZEDA etal. (III EPIAEx, 2002).
61
Nmero de votos
Percentual de votos
18.18
9.09
9.09
27,27
18.18
18.18
Total
11
100
62
63
Administrao, como profisso, nasceu na rea pblica para expressar uma funo
subordinada aos conselhos, s assemblias ou ao poder poltico. A expresso mais
nobre da administrao tem origem no sculo XVII, com a institucionalizao mais
clara do cargo de ministro; do latim minus (menos), que se contrape magis
(mais), de magister ou magistrado. O administrador era assim o executor das
decises emanadas dos rgos polticos superiores ou dos parlamentos e das
assemblias legislativa.
A palavra gerncia, segundo LUND (2003), passou a ser utilizada na rea privada para
significar a funo subordinada queles que esto nos conselhos superiores. Desta forma, o
administrador, no cargo de gerente ou de executivo, a pessoa encarregada de executar as
ordens de diretores, proprietrios ou membros dos conselhos de administrao das empresas.
rea classificada, como j foi visto , segundo GARSIDE (1995), aqueles locais, em
reas comuns ou industriais, onde uma atmosfera potencialmente explosiva pode existir. A
substncia inflamvel usualmente um gs ou vapor, mas pode ser tambm uma poeira ou
fibra. Estas reas so classificadas em termos do tipo de perigo e com que probabilidade esta
pode estar presente no ambiente.
2.2.1.1 A aplicao da gesto para o processo de classificao de reas
A classificao de reas deve ser incorporada dentro do programa de gerenciamento de
segurana, meio ambiente e sade da empresa, conforme recomendao da norma
IP parte 15 (2002).
Em consonncia com o citado, segundo JORDO (2002), a classificao de reas
tradicionalmente um documento da especialidade eltrica. No entanto, ele um resumo das
informaes das diversas especialidades envolvidas, tais como: de processo, ventilao,
arranjo, eltrica, instrumentao, operao, segurana e manuteno. Em resumo, a planta de
classificao de reas um documento multidisciplinar. Mais do que isto, nela est inserida
parte importante da segurana da unidade, independente de seu porte. Completa JORDO
(INFORM-Ex, n 34, 2002), as informaes contidas na classificao de reas tm carter de
segurana industrial, pois a falta de conhecimento dessas informaes pode levar pessoas a
cometer atos que podem por em risco de exploso ou incndio a planta industrial e por
conseqncia, a vida de pessoas que estejam diretamente ou indiretamente envolvidas, seja
empregados, visitantes ou at mesmo as pessoas da comunidade.
64
o IP parte 15 (2002). O trabalho de classificao de reas requer que este objetivo possua
uma viso interdisciplinar. recomendvel que esta equipe seja integrada por pessoas que
possuem total conhecimento dos processos e dos equipamentos, e ser assessorada pelas reas
de segurana industrial, de preveno de perdas e pela equipe de engenharia eltrica. Os
entendimentos alcanados sobre a classificao de reas devem ser formalmente registrados,
continuamente revisados e mantidos atualizados.
Para que serve tudo isso? Pergunta JORDO (EPIAEx, 2002), respondendo em
seguida: uma questo de SEGURANA! pois nada disso teria sentido caso no se
estivesse trabalhando em prol da preservao de vidas, instalaes e meio ambiente.
A boa prtica recomenda, segundo UZEDA etal. (EPIAEx, 2002), que o desenho de
classificao de reas seja revisado logo aps a entrada em operao de uma planta nova.
Possveis desvios das premissas adotadas no projeto podem ser encontrados, e o desenho deve
ser revisado adequando-o realidade operacional da planta. O bom senso tambm recomenda
que revises peridicas ocorram para garantir que no haja ocorrncia de desvios durante as
manutenes, alterando as premissas de proteo estabelecidas na classificao de reas.
65
66
Aps observao, anlise e comunicao oral com especialistas sobre as mudanas que
vm ocorrendo na forma de administrao de pessoas e empresas, podem-se perceber a
tendncia holstica que se implanta no gerenciamento de projetos e em especial, as novas
propostas para a realizao de classificao de reas.
Ouso dizer que, como cita FERGUSON in TAVARES (1993, p.110), [...] uma nova
tica transcendental, social e de comrcio, caracterizada pela autodeterminao,
preocupao com a qualidade de vida, tecnologia apropriada, iniciativa, descentralizao,
tica ecolgica e espiritualidade se torna necessria na empresa do sculo XXI.
Uma
11
Relato pessoal do engenheiro. Dcio Miranda de Jordo, em 04/12/2003, durante um trajeto de viagem.
67
A gesto, segundo FOLLET in LUND (2003 p. 16), uma funo, uma disciplina e
no pode ser tratada como uma caixa de ferramentas, com procedimentos, tcnicas, mtodos e
prticas, como algumas empresas tentam enquadr-la, em busca somente de crescentes
resultados econmico-financeiros. necessrio integrar interesses, pois integrao a
conexo entre a relao de duas atividades, sua influncia interativa e os valores assim
criados. A realidade est na relao, na atividade mtua, no processo comportamental onde
o sujeito e o objeto so igualmente importantes, de modo que quando uma situao muda,
no tem uma nova variao de um fato antigo, mas um fato novo.
Analisar , segundo WEIL (1993, p.131), fracionar um todo nos seus elementos
constituintes. o mtodo de decomposio, centrado nas partes, desenvolvido por Descartes.
Graas a este processo, foi possvel superar o paradigma aristotlico medieval, que mesclava
religio com cincia, em uma simbiose obscurecista, caracterizada pelo fator subjetivo. Nos
68
seus momentos mais sombrios, essa mistificao revelou-se como um pavoroso terrorismo
consciencial. O Iluminismo, desta forma, foi um saudvel movimento compensatrio, de
resgate da razo e da objetividade cientfica. Este enfoque disciplinar analtico gerou a
especializao. A sua necessidade deveu-se vastido do conhecimento humano e da diviso
do trabalho, especialmente a partir da Revoluo Industrial.
Assim sendo, ao se pensar em gesto, deve-se lembrar que KUHN (1998) cita que toda
revoluo cientfica uma revoluo de transformao dos princpios organizadores do
conhecimento. Ele cria o famoso conceito da necessidade de mudar de paradigmas como
forma de evoluo. No campo da classificao de reas este princpio atual e correto. Existe
um paradigma a ser quebrado, que a idia de que este assunto referente atividade
eltrica, quando na verdade, estamos dentro de uma conscincia de segurana industrial, que
envolve conhecimentos que transcendem a uma determinada especialidade.
69
foi
forjado
por
Jean
Piaget,
em
um
encontro
sobre
70
holstica sobre o assunto. Segundo WEIL et allii (1993, p.38), o termo holstico, utilizado
pela primeira vez por Jan Christian Smuts, em 1926. Isto implica numa viso resultante de
uma experincia, que por sua vez, geralmente o resultado de uma combinao da prtica
experimental com o estudo intelectual. Complementando que pode ser visto como um
enfoque analtico e sinttico, de uma mobilizao das funes ligadas ao crebro direito e
esquerdo e da sua sinergia, de um equilbrio entre as quatro funes psquicas, ou seja, a
sensao, o sentimento, a razo e a intuio.
71
comunidades empresariais. Defendia que uma empresa no era meramente uma unidade
econmica, mas uma instituio social, sendo parte significativa da sociedade. Este conceito
no teve grande aceitao. As sociedades e empresas deste perodo, de um modo geral,
adotaram as teorias de administrao de Taylor12, que buscava somente a efetividade de
negcios e lucros em detrimento do ser humano.
O processo inicia-se com uma fase exploratria que consiste na obteno de dados
primrios ou bsicos, capazes de orientar a pesquisa e servir como um diagnstico do
problema. So realizadas em grupos amostrais. necessrio um planejamento adequado dos
objetivos a serem alcanados, da preparao das equipes, do material a ser utilizado, da
aplicao dos procedimentos, da analise e interpretao dos resultados, dos relatrios a serem
gerados e de como os relatrios sero divulgados.
Os dados da fase exploratria serviro para focar os principais pontos de pesquisa,
sempre atravs de amplo consenso e participao de grupos de estudo e apoio, que geram um
grupo permanente com funo principal de decidir e propor aes. As questes, depois de
analisadas e separadas, sejam em discusso em grupo, sejam em seminrios, pode sofrer
tratamento por grupos satlites.
12
Frederick Taylor: Principal mentor do movimento da administrao cientfica, no incio do sculo XX. No
livro Os princpios da Administrao Moderna, publicada em 1911, definiu as idias centrais do que seria
conhecido como perodo de administrao taylorista.
72
Em consonncia com a proposio acima, (WEIL etal., 1993, p.69) afirma que, de
forma a que haja um progresso na pesquisa transdisciplinar, a metodologia de
pesquisa/trabalho deve ser aperfeioada em vrios planos, sendo necessrio:
1- Elaborar princpios de trabalho para as equipes interdisciplinares;
2 Formar as equipes interdisciplinares para uma atuao de alta qualidade ao
aplicar estes princpios;
3 - Definir as axiomticas transdisciplinares dentro do novo paradigma holstico.
Alguns aspectos tm que ser tratados para serem superadas algumas barreiras que
impedem parcial ou completamente o trabalho interdisciplinar. importante, segundo (WEIL,
1993, p. 69), alguns destes princpios lingsticos, psicossociolgicos, psicolgicos:
cognitivos, afetivos e conativos; metodolgicos e transdisciplinares, a saber:
1 - O princpio lingstico diante da complexibilidade dos vocabulrios, quando
no de jarges e grias intradisciplinares, os participantes devero fazer um esforo
mtuo para simplificar ao mximo a linguagem, sem, no entanto, perder a preciso
terminolgica.
2 - O princpio psicossociolgico para facilitar a comunicao e a elaborao de
hipteses de trabalho ou concluses em grupo, indispensvel desenvolver uma
cultura altamente participativa, onde a sinergia e a cooperao sejam realadas ao
mximo. E se faa um esforo recproco para respeitar e compreender
profundamente o ponto de vista de cada disciplina e do seu representante, assim
como do limite de cada disciplina.
3 - O princpio psicolgico do ponto de vista cognitivo, muito importante que
haja um conhecimento mnimo das outras disciplinas, assim como ter informaes
73
1.
Gerar cooperao de todos os envolvidos, graas aceitao despertada pela
participao no processo decisrio;
2.
Procurar consenso, ou melhor, a soluo integrada; e
3.
Dar oportunidade a cada especialista ou disciplina a mostrar o seu enfoque
especial.
Visto que a gesto deve ser transdisciplinar, importante reconhecer que, conforme
FREIRE (1999, p.52), Saber que ensinar no transferir conhecimentos, mas criar as
possibilidades para a sua prpria produo ou a sua construo.
2.2.2 Conceitos para uma rea classificada
2.2.2.1 Caractersticas que influenciam a anlise de uma rea classificada
74
75
76
por um perodo total de 5 minutos em cada 24 horas, tais como: - portas para acesso a parte
interna de mquinas e recipientes normalmente fechados; - outros.13
2.2.2.3 Classificao dos ambientes na viso das normas americanas para reas classificadas
O National Eletrotecnical Code define em seus manuais as reas classificadas, para os
padres americanos, da seguinte forma:
Classe I locais onde vapores ou gases inflamveis esto ou podem estar presentes no ar em
quantidade suficiente para produzir misturas inflamveis ou explosivas. Estes locais so por
sua vez subdivididos em: diviso I e diviso II.
Diviso 1: a) locais cuja concentrao inflamvel de gases e vapores inflamveis podem
existir sob condies normais de operao; ou b) locais cuja concentrao inflamvel de
certos gases e vapores inflamveis podem existir freqentemente por causa de reparos e
manutenes ou por motivos de vazamentos; ou c)onde paradas e falhas de equipamento ou
processo podem gerar concentraes inflamveis de gases ou vapores , e pode tambm causar
falha simultnea de equipamento eltrico. importante ressaltar que em cada caso,
concentraes inflamveis so mencionadas. Isto significa concentraes entre o limite
inferior e superior de inflamabilidade ou explosividade. A NEC define atravs de uma nota de
seu material explicativo a descrio de um nmero de reas e locais que so normalmente
classificados como local do tipo Classe I, Diviso I. Ele usa a expresso: lquidos volteis
inflamveis. Este item especificamente definido no artigo 100 da NEC. Basicamente, eles
so lquidos inflamveis que tem um flash point abaixo de 100F (38C) ou lquidos
combustveis ou inflamveis raised abaixo de seu ponto de fulgor.
Diviso 2 Locais que:
a) onde lquidos volteis inflamveis ou gases inflamveis so manuseados, processados ou
usados, mas cujos lquidos, vapores ou gases, sero normalmente confinados em recipientes
fechados ou sistemas fechados de onde eles somente podero escapar no caso de ruptura
acidental, quebra ou colapso de seu invlucro ou sistema, ou ainda de operao anormal do
equipamento, ou;
b) cuja concentrao inflamvel de gases e vapores so normalmente protegido por ventilao
mecnica positiva, e que pode tornar-se perigoso atravs de falha ou operao anormal do
equipamento de ventilao; ou c) Aqueles locais que so adjacentes a Local Class I, Diviso I,
13
Observao: No foram citados todos os itens existentes na norma. Os tpicos foram para efeito
demonstrativo.
77
78
inflamveis, sob a forma de gs, vapor ou nvoa. Para o IP parte 15 (2002) a parte da rea
perigosa na qual uma atmosfera inflamvel esperada ocorrer em operaes normais.
Zona 2 - rea onde no provvel, em condies normas de funcionamento, a formao
ocasional de uma atmosfera explosiva constituda por uma mistura de substncias
inflamveis, sob a forma de gs, vapor ou nvoa, ou onde, caso se verifique, essa formao
seja de curta durao. Para o IP parte 15 (2002) a parte da rea perigosa na qual uma
atmosfera inflamvel no esperada ocorrer em operaes normais e, se ocorrer, s existir
por curtos perodos.
Zona 20 rea onde est presente no ar permanentemente, durante longos perodos, ou
freqentemente, uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustvel.
Zona 21 - rea onde provvel, em condies normais de funcionamento, a formao
ocasional no ar, de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira
combustvel.
Zona 22 - rea onde improvvel, em condies normais de funcionamento, a formao no
ar, de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma nuvem de poeira combustvel ou onde,
caso se verifique, essa formao seja de curta durao.
Como nota explicativa, a referida DIRECTIVA completa:
1. As camadas, os depsitos ou as concentraes de poeiras combustveis devem ser
considerados como qualquer outra fonte susceptvel de produzir atmosferas
explosivas; e
2. Por condies normais de funcionamento, entende-se a situao em que as instalaes
so utilizadas de acordo com os parmetros que presidiram a respectiva concepo.
79
80
81
f - Imersos em leo Ex-o: Tipo de proteo na qual o equipamento eltrico ou parte deste
esto imersas em um lquido de proteo de tal modo que, se houver uma atmosfera
inflamvel acima do lquido ou na parte externa do invlucro, esta no possvel de ser
inflamada. Ateno especial deve ser dada a que, para a norma NEC, esta permite a aplicao
desta tcnica a dispositivos que, em condies normais de operao, produzam arcos,
centelhas ou altas temperaturas, isto , dispositivos que sejam capazes de inflamar uma
atmosfera explosiva. A restrio que somente poder ser utilizada em reas de diviso 2
(zona 2). No Brasil, por fora das normas internacionais, somente poder ser especificado este
tipo de proteo para dispositivos no centelhantes em condies normais de operao, porm
estes podero ser aplicados em zona 1. Norma aplicvel: Norma ABNT NBR 8601 e IEC
60079-2.
82
influncias ambientais e de tal modo que a atmosfera explosiva no pode ser inflamada quer
seja por centelhamento, quer seja por alta temperatura que possa ocorrer no interior do
encapsulamento. O IP recomendada o seu uso em zona 1 e zona 2. Norma aplicvel: IEC
60079-18 e BS EN 50028
i - Proteo especial Ex-s: Este conceito de proteo reconhecido pela IEC e pelas normas
de muitos pases. Este tipo de proteo no possui nenhum tipo de definio ou meno a
qualquer norma sobre o assunto. A idia de se prever este tipo de conceito de proteo devese ao fato de no bloquear a criatividade dos fabricantes e inventores e permitir o
desenvolvimento de novos tipos de proteo que no sejam nenhuns daqueles que so
previstos em normas, ou ainda, possibilitar a combinao de tipos de proteo; Para estes
casos, necessrio que uma entidade certificadora credenciada emita um certificado de
equivalncia, em que atestado que aquele equipamento ou dispositivo possui um nvel de
segurana equivalente queles definidos em normas. A entidade certificadora dever
identificar no certificado o local adequado para a aplicao do dispositivo. Pelo IP, certos
tipos de protees Ex-s podem ser especialmente certificados para zona 0. Norma aplicvel:
IEC 60079-0.
11- Fontes de risco de magnitude relativa: a quantificao da fonte de risco em
funo de valores de volume, presso e vazo. Segundo JORDO (2002, p.89), esta
pode ser quantificada conforme tabela abaixo:
Equipamento de
Processo
Volume
Presso
Vazo
Unidade
Pequena/Baixa
m
kg/cm
< 19
<7
< 6.5. 10-
m/s
Mdia/Moderada Grande/Alta
19 a 25
7 a 35
6.5. 10-
a 32.5. 10-
> 95
> 35
> 32.5. 10-
83
responsveis ficam sabendo quem ir executar os servios. Isso d mais segurana quanto
aplicao do material adequado.
84
IIC indica qual o grupo para o qual o material permitido a instalao segura, segundo a
classificao de reas da IEC, sendo:
Grupo I - ocorre em minas onde prevalecem os gases da famlia do metano.
Grupo II - indstrias de superfcie e subdivide-se em:
IIC - predominam os gases da famlia do acetileno e hidrognio;
IIB - predominam os gases da famlia do etileno;
IIA - predominam gases da famlia dos hidrocarbonetos entre C1 a C5, tais como propeno etc.
T3 - indica classe de temperatura da superfcie do equipamento, devendo ser menor que a
temperatura de ignio dos gases presentes neste ambiente.
85
86
87
1. De posse do novo original, uma inspeo geral deve ser realizada, para
verificao das instalaes eltrico-eletrnicas da planta industrial;
2.
1 Fase: Preparao:
88
3 Fase: Inspeo:
89
4 CERTIFICAO
Este captulo aborda a obrigatoriedade de verificao e guarda da documentao
tcnica que os equipamentos eltricos projetados, construdos e certificados para operarem em
atmosferas potencialmente explosivas, devem possuir para serem comercializados e instalados
no Brasil.
90
No item 1.3 do mesmo documento l-se: [...]. cada vez mais usual o carter
compulsrio da certificao para a comercializao de produtos que se relaciona com sade,
segurana e meio ambiente.
4.1 REALIDADE DO SISTEMA DE CERTIFICAO
A portaria do INMETRO em vigor a de n 176, de 17 de julho de 2000. Segundo
JORDO (2002), vivemos hoje um cenrio que est exigindo de todos ns aes enrgicas e
urgentes, pois h evidncias que demonstram o seguinte:
a) Alto percentual dos equipamentos eltricos para atmosferas explosivas comercializado
sem o Certificado de Conformidade;
b) Existem fabricantes que sequer conhecem os conceitos primrios para a fabricao desses
equipamentos. So meros repetidores de processos industriais lucrativos, mas que no tem
significado algum especial para eles;
c) Na indstria qumica em geral, ainda grande o desconhecimento, tanto sobre aspectos
tcnicos, quanto sobre a legislao que obriga certificao.
d) Alguns usurios bem como alguns fornecedores tentam justificar sua inadimplncia
alegando desconhecimento da lei.
e) O INMETRO, em que pese o grande nmero de denncias e solicitaes de fiscalizao,
no tem conseguido desenvolver aes mais fortes e efetivas;
91
f) Existem usurios que descumprem os preceitos legais simplesmente porque acham que o
sistema de certificao se constitui em ato cartorrio, burocrtico, que emperra o fluxo de
suprimento;
g) Existem fabricantes srios que investiram em certificao de seus produtos e esto
perdendo concorrncias para outros que no tm compromisso algum com a lei e muito
menos com a segurana;
h) Outros fabricantes, apostando na impunidade, abusam ao veicularem propaganda em meios
de comunicao sobre equipamentos
mesmos;
i)Aconteceram exploses em postos de servio por inadequao de equipamento eltrico
aplicado em filtros-prensa de leo diesel, provocando aes do INMETRO (Portaria
INMETRO 103, de 16.06.98).
- A filosofia de Certificao.
92
Falta de uma ao mais efetiva da ABIQUIM, que congrega grande parte dos
usurios, para a disseminao desse conceito.
93
94
5.1 HISTRICO
Uma unidade industrial necessitava ampliar suas instalaes e para isto, precisava
construir uma nova planta industrial14 de tratamento, para obter o produto comercial desejado
dentro de padres e qualidade exigido pela legislao e pelo seu mercado consumidor. Esta
unidade industrial no possua outra planta de tratamento similar.
14
95
Um engenheiro de segurana;
Ao:
1 Fase: Preparao. Realizada em 3 etapas, a saber:
1 etapa O especialista realiza uma explanao sobre as normas de classificao de reas
aplicadas, os tipos de proteo de equipamentos eltricos que sero aplicados neste ambiente
e uma viso geral para as outras disciplinas envolvidas na reunio de trabalho. Algumas
dvidas conceituais em relao primeira classificao de reas so explanadas para o grupo,
como ponto de partida do trabalho;
2 etapa As plantas atualizadas de leiautes da planta industrial, com seus respectivos cortes
e arranjos, foram, previamente, elaboradas; e
3 etapa Foi elaborado previamente um formulrio para esta reunio com a lista completa
dos equipamentos que operam com material inflamvel.
Observao: Em colunas distintas foram colocados os equipamentos, as substncias que iro
estar presente ou sero produzidas nestes equipamentos, seus dados de projeto, tais como:
96
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Mtodo utilizado: Anlise da planta industrial para a classificao de reas atravs de equipe
interdisciplinar, seguindo os preceitos da norma IEC 60079-10, com utilizao de figuras
padro da norma americana. API 505, conforme tratado nos captulos anteriores desta
dissertao.
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O resultado obtido pela equipe interdisciplinar foi diferente daquele obtido pela
execuo de um nico profissional contratado para tal finalidade, principalmente nos
seguintes pontos:
1. A rea classificada foi reduzida, diminuindo o custo de compra, instalao,
manuteno e operao, mantendo o mesmo nvel de segurana;
2. Mesmo tendo a primeira classificao de reas sido realizada aplicando as normas
indicadas pela empresa contratante, ocorreram erros conceituais por no contemplar
situaes que somente as pessoas que esto envolvidas diretamente no processo
podem analisar e consolidar;
3. A tarefa realizada individualmente acrescentou margens de segurana demasiadas
(que aumentam os custos operacionais do projeto);
4. A norma API RP 505 traz em seu prprio nome que : prtica recomendada
(RP = recommended practice), significando que deve servir como parmetro, mas
necessita de anlise individualizada para aplicao;
5. Para efeito de densidade relativa do produto, o grupo de trabalho considerou que:
produtos mais leve do que o ar so aqueles que possuem densidade relativa ao ar
menor que 0,8. Os que possuem densidade relativa entre 0,8 e 1,1 foram considerados
com o comportamento similar ao ar e os que possuem densidade relativa maior que
1,1 foram considerados como pesados;
6. Foram considerados que todos os locais da instalao so bem ventilados. Em uma
anlise de ventilao, os nmeros encontrados de velocidade dos ventos, tendo como
referncia o nvel do solo, foram sempre acima de 0,5 m/s. Houve predominncia de
ventos em torno de 3 m/s, com variaes at 6 m/s;
7. Diversas reas foram definidas como no classificadas por apresentarem significativa
presena de H2S. Esta definio no est escrita em nenhuma norma comnhecida,
mas por similaridade ao recomendado na norma API RP 505 para a amnia, o grupo
de trabalho, por consenso, validou que esta situao poderia ser aplicada. O H2S,
conforme j exposto anteriormente, um gs que apresenta alta toxicidade para o ser
humano e apresenta densidade relativa ao ar de 1,19, considerado como um gs
pesado. Em condies normais de operao, o principal risco est nesta caracterstica
do produto e a presena de equipamentos eltricos no acrescenta riscos maiores
instalao. Desta forma, houve a recomendao de instalao de conjunto de sensores
deste gs para identificao de nveis de presena de H2S muito inferiores queles
necessrios para ocasionar uma atmosfera explosiva;
99
100
101
15. Na classificao de reas original, a instalao era definida como grupo IIC em
virtude da presena de hidrognio em todos os locais. Na anlise do grupo de
trabalho, muitas reas passaram a ser definidas como IIA. O motivo que o produto
qumico de maior concentrao, possibilidade de vazamento e risco associado ser
hidrocarbonetos e no hidrognio. A simples presena do elemento qumico com
possibilidade de formao de gs ou vapor inflamvel no classifica uma rea.
necessrio, alm da presena do produto, existir as seguintes condies: risco de
vazamento e possibilidade de concentrao (em volume) capaz de gerar a
probabilidade de formao de atmosferas potencialmente explosivas;
16. Algumas reas foram consideradas no classificadas devido a suas caractersticas
construtivas tornavam a probabilidade de vazamento remota, s ocorrendo em caso
de catstrofe, situao esta no prevista para efeito de classificao de reas. Como
exemplo, temos o caso de equipamentos que foram construdos em ao inox, com
flanges soldados. Neste caso, no previsto o vazamento de produto sob condies
normais ou anormais de operao. Este um caso tpico em que as caractersticas
construtivas do equipamento s eram conhecidas pelo especialista de equipamentos e
que influenciaram na deciso do grupo de trabalho sobre a no classificao da rea
em torno deste equipamento;
17. Considerou-se, para determinar que uma rea em torno de determinado equipamento
como no classificada, a impossibilidade de vazamento de um equipamento pelo
motivo de que ele trabalha em regime de presso negativa. Assim sendo, em caso de
vazamentos, ao invs de haver a possibilidade de sada de produtos qumicos,
ocorrer a entrada de ar no sistema. Esta outra situao onde somente o
conhecimento especfico de um profissional de equipamentos pode gerar informao
apropriada para a no classificao desta rea;
18. A presena de especialista em sistema de processo dos equipamentos e o seu
conhecimento especfico da formao de produtos qumicos residuais geraram
informaes importantes para o grupo de trabalho. Como exemplo, temos o caso de
determinado equipamento que gera como resduo um grande volume de H2S em seu
topo. Este dado no estava disponvel na planilha prvia, por no fazer parte dos
insumos de produtos qumicos com que o equipamento trabalha. Somente durante a
explanao da operao do equipamento, atravs das perguntas do grupo de trabalho,
em suas variadas vises profissionais, foi percebido que esta situao no altera a
102
103
Neste caso podemos citar os equipamentos que operam com gases tipo H2S e H2. Foi
recomendado, nestes casos, o uso de sistema de deteco de gases;
24. Em algumas situaes, equipamentos que operam com produtos considerados como
LAV (Lquidos Altamente Volteis), tiveram suas reas classificadas expandidas,
conforme as figuras padro para estas situaes;
25. O estudo da lista de produtos, suas caractersticas, seus dados de operao e processo,
assim como da planta de classificao de reas, gerou a aplicao de conjuntos de
sensores de gases no previstos originariamente no projeto; e
26. Baseado no item anterior foi reformulada a planta de sensores de gases da instalao,
alterando
nmero
de
sensores
instalados,
suas
caractersticas
seus
posicionamentos fsicos.
Observao: No foi realizada a fase de inspeo, por se tratar de um projeto ainda a ser
construdo.
5.4 APLICABILIDADE DO MTODO
O mtodo proposto demonstra ser eficiente e eficaz, com capacidade de aplicao para
todas as situaes propostas de estudo de classificao de reas.
No foi percebida restrio alguma ao mtodo ou situao em que ele no possa ser
aplicado. Sua base conceitual slida, baseada em modernas tcnicas de gesto de pessoas e
de processos. Sua base prtica apoiada na aplicao de norma internacional de classificao
de reas e o estudo de caso demonstrou sua consistncia e aplicabilidade.
104
Desta forma, este estudo de caso mostra que para a obteno da menor rea
classificada possvel, mantendo os mesmos nveis de segurana, deve haver o envolvimento
de equipes de trabalho dentro das caractersticas profissionais propostas. Este ponto
fundamental para que a melhor relao custo/benefcio seja obtida, independente das normas
de classificao de reas que foram aplicadas. Como visto no decorrer deste trabalho, somente
com a experincia destas equipes de trabalhos, os volumes utilizados para a classificao de
reas podem ser adequados para a realidade individual daquela unidade e dentro de
parmetros aceitveis, evitando ser conservativo em excesso ou no contemplando situaes
que possam gerar riscos desnecessrios. Este processo interdisciplinar possui grande
facilidade de aplicao para a execuo das plantas de reas classificadas, tornando o
processo mais rpido, objetivo e confivel. Outro ponto a ser destacado o envolvimento de
profissionais da unidade com a responsabilidade de divulgar, inspecionar, manter e revisar as
plantas de classificao de reas dentro das propostas das normas especializadas. Este estudo
de caso mostra que as condies locais da unidade afetam os volumes definidos nas normas
de forma significativa, diferenciando sua aplicao para outros projetos similares.
105
106
6 CONSIDERAES FINAIS
6.1 QUANTO AOS OBJETIVOS E QUESTES DO TRABALHO
Este estudo permitiu a abertura de novos horizontes, conhecendo novos autores e
outras vises sobre o tema classificao de reas quanto formao de atmosferas explosivas,
consolidada a importncia da realizao de trabalho interdisciplinar nesta atividade.
Atravs da reviso bibliogrfica foi possvel correlacionar o tema estudado com outros
campos de conhecimento, atravs das interfaces dos vrios segmentos profissionais.
Durante a realizao deste estudo de caso, foi percebida que a classificao de reas
uma poderosa ferramenta para a anlise e execuo de protees preventivas complementares
de uma unidade industrial quanto a riscos provenientes dos gases emanados em seus
processos industriais, atravs de proteo por sensores de gases. Este aspecto no est
informado em nenhuma norma ou recomendao, no sendo ainda utilizada pelos
profissionais envolvidos em projetos de proteo por sensores de gases.
Em certas situaes, normas de outros pases ou organismos, diferentes das que esto
sendo aplicadas como referncias, podem servir de subsdio complementar.
Vale ressaltar que o propsito inicial de minha pesquisa era responder ao seguinte
questionamento:
Qual a gesto de processo de anlise a ser adotado para uma classificao de
reas quanto a atmosferas potencialmente explosivas de uma determinada rea ou
equipamento de uma indstria qumica, petroqumica ou do petrleo?
Esta questo foi plenamente respondida, visto que, o estudo de caso permitiu clareza
107
A classificao de reas da planta industrial deve ser reavaliada a cada dois anos,
segundo MCMILLAN (1998) e a cada trs anos pela IEC 60079-17 (2002). O nmero de noconformidades poder ser muito reduzido se todos participarem da manuteno da adequao
da planta industrial, inclusive com a guarda dos certificados dos equipamentos.
108
Percebe-se que nas empresas onde a gesto gerencial est fragmentada, com estrutura
em forma vertical, baseada em valores e crenas antigas e com as relaes de poder no
compartilhadas, ocorre dificuldade em criar oportunidades de solues criativas. Este tipo de
gesto no permite que a empresa tenha uma estrutura flexvel, onde as pessoas possam
explorar toda a sua potencialidade. Com isto, no h comprometimento pessoal nem estmulo
ao interesse pela melhoria contnua das condies de trabalho e da segurana da coletividade.
109
Pretende-se com este trabalho, colaborar com os profissionais envolvidos com este
tema, de modo a melhorar a conscientizao sobre o assunto de forma a permitir aumentar a
segurana de nossas instalaes da indstria qumica, petroqumica e da indstria do petrleo.
6.2 SUGESTO DE TRABALHOS FUTUROS
Como oportunidade para o desenvolvimento e aprofundamento no tema, sugere-se um
estudo de caso comparativo entre as vrias normas existentes, de modo a verificar se
possvel a reduo dos volumes das reas classificadas de uma unidade industrial, mantendo o
mesmo nvel de segurana. Este estudo dever servir de modelo para a aplicao de uma
norma que seja mais adequada para a realidade brasileira.
110
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