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Discovery

5
6
0
Programao
Centro Federal de Educao Tecnolgica de Santa Catarina
Gerncia Educacional de Metal Mecnica
Laboratrio de Automao da Manufatura
Prof. Felcio Jos Gesser
Verso 03.05.04
Verso 12.11.05
1


SUMRIO



Sistema de coordenadas ................................................................................ 3
Posio dos eixos e pontos de referncia ....................................................... 5
Funes de posicionamento .......................................................................... 7
Funes especiais ......................................................................................... 7
Funo G0 .................................................................................................... 8
Funo G1 .................................................................................................... 9
Funes G2/ G3 ............................................................................................ 9
G54 Zero pea ........................................................................................... 11
G53 Zero mquina ..................................................................................... 12
G64 Look ahead ......................................................................................... 12
G70 unidade polegada ................................................................................ 13
G71 unidade mm ........................................................................................ 13
G40/ G41/ G42 Compensao do raio da fresa ........................................... 13
Coordenadas polares G111 AP RP ....................................................... 16
Funo REPEAT .......................................................................................... 19
Deslocamento da origem ............................................................................... 20
Modo de avano ........................................................................................... 20
Funes auxiliares M ................................................................................. 21
Ciclo de furao simples CYCLE81 ............................................................. 23
MCALL Chamada modal ........................................................................... 25
Ciclo de furao com tempo de permanncia CYCLE82 ............................... 26
Ciclo de furao com quebra cavacos CYCLE83 .......................................... 26
Mandrilamento CYCLE86 ............................................................................ 29
Ciclo de roscamento com macho rgido CYCLE84 ....................................... 32
Ciclo de faceamento CYCLE71 .................................................................... 34
Funo TURN Na interpolao helicoidal ................................................. 38
















2


LINGUAGEM
DE PROGRAMAO DO CNC SIEMENS
SINUMERIK 810D


O CNC Siemens Sinumerik 810D tm suas regras de programao baseadas
nas normas DIN e ISO. Entretanto, algumas diferenas bsicas so percebidas logo
de incio. Por exemplo, a especificao de raios feita pela palavra CR= e no R.

Muitos recursos de programao avanada foram incorporadas permitindo a
programao paramtrica e estruturada. A programao com funes condicionais e
de repetio permitem gerar seqncias bem aprimoradas e a criao de novos
ciclos pelo prprio usurio.

Obs.: As condies bsicas para a linguagem de comando CNC esto estabelecidas na
norma DIN 66025 (Estruturao de Programa para Mquinas-ferramenta de Comando
Numrico) e pela norma ISO/DIS 6983 e ISO/DP 6983 (Controle Numrico de Mquinas).

As sentenas so constitudas por um determinado nmero de palavras, as
quais so constitudas por letras de endereo e seqncia de algarismos.

Ex.: Sentena constituda por seis palavras de programao:

N500 G01 X50 Y-20 F300 S1850







Em sua ao as palavras de programao podem ser instrues ou condies
complementares, dependendo da letra de endereo com que iniciada a palavra de
programao.

A letra mais importante de endereo para instrues a letra G. Atravs das
instrues G so comandados principalmente os movimentos de deslocamento das
ferramentas.

Letras importantes para endereos e condies complementares so:
X,Y,Z: dados de coordenadas.
F: avano
S: rotao ou velocidade de corte



Letras de
endereo
Letras de
endereo
Seqncia de
algarismos
Seqncia de
algarismos
Palavra de
programao
3
SISTEMAS
DE COORDENADAS

As ferramentas de uma mquina CNC podem executar deslocamentos
definidos de acordo com cada tipo de mquina.
Toda a geometria da pea transmitida ao comando com auxlio de um
sistema de coordenadas.






A programao de uma fresadora pode ser feita atravs de coordenadas absolutas ou
incrementais (relativas).
Os dois sistemas podem ser utilizados de maneira alternada num mesmo
programa. Em algumas situaes a programao no sistema incremental pode
apresentar grande vantagem.
O que diferencia as coordenadas absolutas das incrementais a funo
preparatria que antecede a instruo de trajetria ou posicionamento.
A funo G90 estabelece o sistema absoluto e funo G91 o sistema
incremental. Ambas so modais.
O CNC Sinumerik 810 permite ainda, a programao de coordenadas
incrementais usando o formato:
X=IC(deslocamento) Y= IC(deslocamento) Z= IC(deslocamento)
Eixos bsicos do torno CNC
Eixos bsicos de uma fresadora CNC
4

Exemplo de posicionamento para furao:












Sistema Absoluto:

G90 G0 X20 Y20
X50
X80
X110

Sistema Incremental:

O ponto de partida o furo n
o
1:

G91 G0 X30
X30
X30

Ou:
G0 X=IC(30)
X=IC(30)
X=IC(30)


O ponto de partida o furo n
o
4:

G0 X=IC(-30)
X=IC(-30)
X=IC(-30)








5

POSIO DOS EIXOS
E PONTOS DE REFERNCIA



A posio dos eixos numa fresadora CNC estabelecida pela norma DIN
66217. importante observar as vrias construes de fresadoras e centros de
usinagem (horizontais e verticais). Como o cabeote motriz pode ter orientaes
diferentes, aqui vo algumas regras para identificar os eixos principais de uma
fresadora ou centro de usinagem:
? O cabeote motriz move-se na direo Z
? O carro (transversal) move-se em Y
? A mesa move-se em X


















A programao de uma fresadora ou centro de usinagem independentemente
de sua construo pode ser facilitada se imaginarmos que somente a ferramenta se
movimenta.

No espao operacional encontram-se os seguintes pontos de referncia:
? Ponto zero da mquina (M)
? Ponto de referncia (R)
? Ponto zero da pea (P)





6

























Espao operacional do Centro de Usinagem Discovery 560


O ponto zero da mquina que define o sistema de coordenadas da mesma;
a ele se referem os demais pontos de referncia.
O ponto de referncia define uma posio fixa de todos os eixos da mquina
atravs de um interruptor. Deste modo, o ponto de referncia tem uma posio
invarivel em relao ao zero mquina.
O ponto de referncia utilizado para setar o sistema de medio da
mquina (encoders).
Ao ligar a mquina o operador deve referenciar a mquina. Quando todos
os eixos atingirem a posio de referncia a mquina liberada para os outros
procedimentos operacionais.
A posio do ponto zero da pea de trabalho flexvel e livremente ajustada
para facilitar a programao do contorno da pea. O zero pea utilizada para
introduzir as coordenadas de programao no sistema absoluto.






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FUNES
DE PROGRAMAO



FUNES DE POSI CI ONAMENTO

Funo X:

Posio no eixo longitudinal

Funo Y:

Posio no eixo transversal

Funo Z:

Posio no eixo de aproximao



FUNES ESPECI AI S

Funo N:

Numerao seqencial de blocos

Exemplo: N10 G71 G64 G17 G40
N20 G53 G0 Z-110 D0
N30 T04


Funo /:

Evita a execuo de blocos.
Se o caracter / for digitado na frente de alguns blocos, estes sero ignorados pelo
comando, desde que o operador tenha selecionado a opo INIBIR BLOCOS
(BLOCK SKIP) no painel do comando.

Funo ;:

Introduo de comentrios no programa
8


Exemplo: N05 G17
N10 G53 G0 Z-110 D0
N15 T07
N20 M6
N25 ;DESBASTE DA CAVIDADE 2
N30 S4500 M3
N35 .........


Funo T:

Esta funo usada para selecionar a ferramenta no magazine.

T01

01: ferramenta na posio 1 do magazine.

Obs.: Logo aps a funo T devemos programar M6 para liberar a troca de
ferramenta. Ex.: T15
M6


FUNES PREPARATRI AS

Este grupo compreende principalmente, as funes G. Elas definem a
mquina o que fazer, preparando-a para executar um tipo de operao, ou para
receber uma determinada informao.

Funes G modais: uma vez programadas permanecem na memria do
comando valendo para os blocos posteriores at que aparea uma outra funo de
cancelamento.

Funes G no modais: so vlidas somente nos blocos que as contm.


Funo G0 - Posicionamento rpido

Os eixos movem-se para o ponto programado com a maior velocidade de
avano disponvel para cada modelo de mquina.

A funo G0 modal e cancela G1, G2 e G3.

G0 X Y Z;

9

Funo G1 - Interpolao linear com avano programvel.

Com esta funo obtm-se movimentos retilneos com qualquer ngulo,
calculados atravs de coordenadas e com um avano F definido pelo
programador.

A funo G1 modal e cancela as funes G0, G2 e G3.

G1 X Y Z F;



Funes G2 e G3 - Interpolao circular

Tanto G2 e G3 executam operaes de usinagem de arcos predefinidos
atravs de uma movimentao apropriada e simultnea dos eixos.

G2: interpolao circular no sentido horrio
G3: interpolao circular no sentido anti-horrio

G2(ou G3) X Y Z I J K (CR=) (F);

X,Y,Z: coordenada final do arco
I: coordenada do centro do arco no eixo X (incremental)
J: coordenada do centro do arco no eixo Y (incremental)
K: coordenada do centro do arco no eixo Z (incremental)
CR=: valor do raio (positivo para arcos at 180
o
e negativo para arcos maiores que
180
o
)
F: velocidade de avano





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Sobre o controle de avano na interpolao circular:

No fresamento de um arco de circunferncia o CNC est preparado para
aplicar o valor de F sobre o contorno do arco. Dessa forma, num arco externo a
velocidade de avano no centro da fresa aumentada para manter constante a
velocidade sobre o contorno. Isso pode acarretar uma carga excessiva sobre a
ferramenta.
Para corrigir o problema empregamos as funes CFTCP e CFIN.
CFTCP: F constante no centro da fresa para arcos externos
CFIN: F constante no centro da fresa para arcos internos.


Exemplo de utilizao de G0, G1, G2 e G3:



;T1 D12
;T2 D4
;(FRESAMENTO DA MOLDURA)
;(OBS: CONSIDERAR RAIO DA FRESA)
G17 G64 G40
T1
M6
G54 D01
11
S2000 M3
CFTCP; -> vetor velocidade F para o centro da fresa
G0 X-2 Y-8 Z2
Z-2
G1 Y48 F300
G2 X12 Y62 CR=14
G1 X92
Y-2
X-8
G0 Z10 M5
(FRESAMENTO DO RASGO CIRCULAR)
T2
M6
G54 D01
S3600 M3
G90 G0 X0 Y30 Z2
G1 Z-2 F300
X25
(INT. CIRC. ANTI-HORAR.)
G3 X25 Y30 I20 J0
(OU: G91 G3 I20)
G0 Z2
X65
G1 Z-2
X90
G0 Z10 M5
G53 G0 Z-110 D0; -> Recuo para ponto de troca
M30



Funo G54 Zero Pea

A funo G54 ou G55, G56 e G57 definem programao em funo do zero
pea predefinido na operao de PRESET.
O G54 aparece no programa logo abaixo da chamada de ferramenta,
acompanhado da funo D1. Esta ltima l o corretor de ferramenta para o eixo Z
armazenado na pgina de Parmetros Correo de Ferramentas.

Exemplo:

T01; chamada de ferramenta magazine posio 1
M6; libera a troca fsica de ferramenta
G54 D1; zero pea por G54, corretor Z para a ferramenta T01
S4500 M3; rpm 4500, liga eixo rvore sentido horrio





12


Funo G53 Zero Mquina

A funo G53 ou SUPA definem programao em funo do zero da
mquina. Elas cancelam temporariamente a funo G54 (G55, 56, 57).
O G53 no modal, ou seja, valida somente para o bloco atual.

Exemplo:

G53 G0 Z-110 D0; PONTO DE TROCA
T02
M6
G54 D1
S7500 M3
G0 X30 Y10 Z5
G1 Z-3 F340
.......
......
...
G53 G0 Z-110 D0; PONTO DE TROCA
M30

G53: Programao com base no zero mquina que fica na parte superior do
centro de usinagem Discovery.
G0 Z-110: Deslocamento rpido para 110 mm abaixo do zero mquina. Este
valor corresponde altura do magazine.
D0: Cancela o corretor de comprimento da ferramenta D1.

Funo G64 Look Ahead

A funo G64 ativa o recurso de Look Ahead (Olhar adiante). Neste modo de
trabalho o CNC l e processa uma srie de blocos frente e calcula a otimizao de
velocidade de avano, controlando a acelerao e desacelerao ao passar pelos
vrios pontos do contorno programado.
Sem esse recurso, o CNC passa pelos pontos programados de forma precisa
(ponto a ponto) diminuindo a velocidade de avano at atingir a coordenada (XYZ)
e praticamente pra sobre o ponto e ento acelera at a velocidade F de encontro ao
prximo ponto e assim por diante.
A funo G64 modal e pode ser programada no incio do programa.







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Exemplo:

G40 G90 G64
G53 G0 Z-110 D0
T20
M6
G54 D1
S2350 M3
G0 X-10 Y-10 Z4
G1 Z-2 F250



Ou:

G40 G90
G53 G0 Z-110 D0
T20
M6
G54 D1
S2350 M3
G64
G0 X-10 Y-10 Z4
G1 Z-2 F250


Funo G70 - Entrada de dados em polegadas

A funo G70 deve aparecer no incio do programa para definir entrada de
dimenses em polegadas.



Funo G71 - Entrada de dados em milmetro.

A funo G71 o modo ativo na inicializao do CNC.



Funes G40, G41 e G42 - Compensao do raio da ferramenta

As funes G41 e G42 permitem a programao de contornos sem considerar
o ponto central da fresa. O clculo da trajetria do ponto central executado pelo
comando que considera o raio da ferramenta armazenado na pgina de Correo de
Ferramentas.

G41: compensao de raio quando a fresa se desloca esquerda do contorno.

G42: compensao de raio quando a fresa se desloca direita do contorno.

G40: desativa a compensao de raio.

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Sobre o primeiro movimento aps G41 ou G42:

O CNC Sinumerik 810D tem como padro de aproximao aps a
compensao o modo normal. Neste caso, a fresa toca o primeiro ponto do contorno
segundo uma reta normal (perpendicular). Veja ilustrao:






















Compensao do raio da
fresa esquerda do contorno
Compensao do raio da
fresa direita do contorno
15
Exemplo de utilizao de compensao:




































G17 G40 G64
CFTCP; -> Velocidade de avano (F) constante no centro da fresa para arcos
convexos
T6
M6
G54 D1
S2000 M3
G0 X170 Y180 Z3
Z-3
G42 G1 X115.21 Y160 F200
X24.79
16

G3 X15.36 Y146.67 CR=10
G2 X15.36 Y33.33 CR=170
G3 X24.79 Y20 CR=10
G1 X115.21
G3 X124.64 Y33.33 CR=10
G2 X124.64 Y146.67 CR=170
G3 X115.21 Y160 CR=10
G1 X90 ; Ultrapassagem para usinagem completa do arco
G40 G1 X70 Y205 F700 ; Afastamento para descompensao
G53 G0 Z-110 D0 -> para o ponto de troca
M30


Funo G111/ RP/ AP Programao com coordenadas polares.

Podemos especificar pontos atravs da definio do raio e do ngulo formado
entre a linha radial e a linha de referncia. O ponto de referncia neste caso recebe o
nome de Plo e definido pela funo G111 com coordenadas cartesianas.

Sintaxe:

G111 X__ Y__
G0/ G1 AP=__ RP=__
G2/ G3 AP=__ RP=__


AP: ngulo polar. A referncia o eixo horizontal para a direita (AP=0)
RP: Raio polar (O centro do raio o plo definido pela funo G111).


















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Exemplo 1:
T20
M6
G54 D1
S2600 M3
G64
G0 X75 Y42 Z4
Z-3
G111 X30 Y26
G42 G1 AP=54 RP=22 F350
AP=126
AP=198
AP=270 ; ou AP=-90
AP=342 ; ou AP=-18
AP=54
X30 Y65
G40 G1 Z3 F1000
G0 Z150
M30


18

Exemplo 2:
























T19
M6
G54 D1
S2000 M3
CFTCP
G64
G0 X105 Y32 Z5
Z-2.5
G111 X42.5 Y32 ; primeiro plo
G41 G1 AP=0 RP=28 F200 ; ou: G41 G1 X70.5 Y32 F200
G2 AP=150 RP=28 ; P2
G111 X-6 Y60 ; segundo plo
G3 AP=30 RP=28 ; P3
G111 X42.5 Y88 ; terceiro plo
G2 AP=-30 RP=28 ; P4
G111 X91 Y60; quarto plo
G3 AP=210 RP=28 ; P5
G111 X42.5 Y32 ; primeiro plo
G2 AP=-30 RP=28 ; P6
G1 Y-18
G40
19
G0 Z150
M30


Funo REPEAT/ LABEL Repetio de uma parte do programa.


A funo REPEAT permite a execuo de uma seo do programa CNC
delimitada por um indicador (LABEL) de incio e outro de fim. A funo P define o
nmero de repeties.

Sintaxe:
......
.........
LABEL_INI:
... ; parte do programa para repetir
...
...
...
LABEL_FIM:
...
REPEAT LABEL_INI LABEL_FIM P

Exemplo:

Tomemos o Exemplo 2 de coordenadas polares. Considere que o fresamento
do contorno vai at a profundidade de 10 mm e cada passe no pode exceder a
profundidade de corte axial de 2 mm. Logo, precisaremos de 5 passes de
fresamento.
O uso de coordenadas incrementais na definio da profundidade
indispensvel.
Observe que no final da seo a ser repetida a fresa levada a posio inicial
sem alterar o Z atual.

T19
M6
G54 D1
S2000 M3
CFTCP
G64
G0 X105 Y32 Z5
Z0
PAZ:
G0 Z=IC(-2)
G111 X42.5 Y32
G41 G1 AP=0 RP=28 F200
20

G2 AP=150 RP=28
G111 X-6 Y60
G3 AP=30 RP=28
G111 X42.5 Y88
G2 AP=-30 RP=28
G111 X91 Y60
G3 AP=210 RP=28
G111 X42.5 Y32
G2 AP=-30 RP=28
G1 Y-18
G40 G0 X105 ; Retorno ao ponto inicial em dois passos
Y32
MUNDIAL:
REPEAT PAZ MUNDIAL P4 ; repetir mais 4 vezes pois um nvel (-2) j foi
executado na primeira leitura
G0 Z150
M30


Funo TRANS - Deslocamento da Origem


A funo TRANS pode ser utilizada para deslocar a origem de programao,
sempre que a programao se tornar mais fcil a partir de outra origem.
O deslocamento da origem se d em relao ao zero pea definido pelo G54.

Exemplo:



Funes G94 e G95 - Modo de avano

G94: avano em mm/min ou pol/min

G40 G64 G17
G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
G54 D1
S3250 M3
TRANS X50 Y50;
; A NOVA ORIGEM PARA
PROGRAMAO O CENTRO
DA PEA
.
21
G95: avano em mm/rot ou pol/rot




FUNES AUXI LI ARES

As funes auxiliares abrangem os recursos da mquina no cobertos pelas
funes anteriores. Estas funes tm formato M00.


M0: parada de programa

M2: fim de programa

M3: liga eixo rvore (sentido horrio)

M4: liga eixo rvore (sentido anti-horrio)

M5: desliga o eixo rvore

M6: mudana automtica da ferramenta

M8: liga fludo de corte

M9: desliga fludo de corte

M17: fim de subprograma

M30: fim de programa

M31: avano o magazine (TAF)

M32: recua o magazine (TAF).


OBS.: Dependendo do fabricante e dos acessrios da mquina, outras funes
auxiliares podem ser listadas.







22















































23


CICLOS DE FURAO


Para facilitar a tarefa de programao, o comando CNC oferece a
possibilidade de usar ciclos automticos.
A finalidade dos ciclos programar, de forma resumida, processos de
usinagem repetitivos.


CYCLE81 - Ciclo de furao simples

CYCLE81 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR)

Onde:

RTP: Nvel de retorno em G0 (absoluto)
RFP: Nvel de referncia para a furao (absoluto)
SDIS: Distncia segura para ativar o avano F de furao (sem sinal)
DP: Profundidade final da furao (absoluto)
DPR: Profundidade final da furao relativa ao nvel de referncia (sem sinal)























24





















Exemplo de utilizao de CYCLE81:




G40 G90 G71 G17
G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
S1800 M3
G54 D1
G0 X6 Y6 Z7
F120
Furo 1
Furo 6
Furo 2
25
CYCLE81 (4,0,2,-20)
X44
CYCLE81 (4,0,2,-20)
X82
CYCLE81 (4,0,2,-20)
Y52
CYCLE81 (4,0,2,-20)
X44
CYCLE81 (4,0,2,-20)
X6
CYCLE81 (4,0,2,-20)
M5
G53 G0 Z-110 D0
M30


Outra forma de programar uma seqncia de furos:

Atravs da funo MCALL (chamada de sub-rotina)

Sintaxe: MCALL CYCLE_ ( ); ativa sub-rotina de furao
Posio do furo 1
Posio do furo 2
Posio do furo n
MCALL; fim de sub-rotina.


G40 G90 G71 G17
G53 G0 Z-110 D0
T01
M6
S1800 M3
G54 D1
G0 X6 Y6 Z7
F120
MCALL CYCLE81 (4,0,2,-20)
X6 Y6; furo 1
X44; furo 2
X82
Y52
X44
X6; furo 6
MCALL
M5
G53 G0 Z-110 D0
M30
26


CYCLE82 - Ciclo de furao com tempo de permanncia

CYCLE82 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB)

Onde:

RTP: Nvel de retorno em G0 (absoluto)
RFP: Nvel de referncia para a furao (absoluto)
SDIS: Distncia segura para ativar o avano F de furao (sem sinal)
DP: Profundidade final da furao (absoluto)
DPR: Profundidade final da furao relativa ao nvel de referncia (sem sinal)
DTB: Tempo de permanncia na profundidade final do furo.





















CYCLE83 - Ciclo de furao com quebra de cavacos

CYCLE83 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, FDEP, FDPR, DAM, DTB, DTS, FRF,
VARI)

Onde:

RTP: Nvel de retorno em G0 (absoluto)
RFP: Nvel de referncia para a furao (absoluto)
SDIS: Distncia segura para ativar o avano F de furao (sem sinal)
DP: Profundidade final da furao (absoluto)
27
DPR: Profundidade final da furao relativa ao plano de referncia (sem sinal)
FDEP: Primeira profundidade de furao (absoluto)
FDPR: Primeira profundidade de furao relativa ao plano de referncia (sem sinal)
DAM: Valor do decremento. Este valor reduz a profundidade nas passadas
seguintes.
DTB: Tempo de espera no fundo do furo (segundos)
DTS: Tempo de espera na eliminao de cavacos (segundos)
FRF: Fator de avano para a primeira profundidade (0.001 at 1. Onde 1 100% do
avano predefinido)
VARI: Modo de trabalho:
0 : Apenas quebrar cavacos
1 : Eliminar cavacos. Neste caso a broca sobe at o nvel
de referncia + SDIS para liberar os cavacos.
Eliminar cavacos: VARI = 1





28

Quebrar cavacos: VARI = 0


Exemplo:























29

T2
M6
S1600 M3
G54 D1
G0 X0 Y0 Z10
F120
MCALL CYCLE83 (4,0,2,-21.6, ,-10, ,3,1,1,1,0)
X20 Y30
X80 Y16
Y44
MCALL
G53 G0 Z-110 D0
M30


CYCLE86 Mandrilamento com recuo incremental e retorno sem rotao

CYCLE86 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDIR, RPA, POR, RPAP,
POSS)

Onde:

RTP: Nvel de retorno em G0 (absoluto)
RFP: Nvel de referncia para a furao (absoluto)
SDIS: Distncia segura para ativar o avano F de furao (sem sinal)
DP: Profundidade final da furao (absoluto)
DPR: Profundidade final da furao relativa ao plano de referncia (sem sinal)
DTB: Tempo de espera no fundo do furo (segundos)
SDIR: Sentido de rotao da ferramenta. 3 (para M3), 4 (para M4)
RPA: Recuo da ferramenta no eixo X (valor incremental com sinal)
RPO: Recuo da ferramenta no eixo Y (valor incremental com sinal)
RPAP: Recuo da ferramenta no eixo Z (valor incremental com sinal)
POSS: ngulo de parada do eixo rvore no final do furo. Deve ser considerada a
orientao da ponta da ferramenta.











30
































31
















Exemplo:



























T12
M6
32

G54 D1
S2750 M3
G0 X30 Y20 Z10
F300
CYCLE86 (4,0,2,-30, ,1,3,-1,0,0,0)
G53 G0 Z-110 D0
M30

Obs.: Neste caso, a ferramenta foi cuidadosamente montada para que a parada no
ngulo de 0
0
orienta a ponta da pastilha na direo X+. Dessa forma, o recuo da
ferramenta deve ser de RPA= -valor.



CYCLE84 - Ciclo de roscamento com macho rgido

CYCLE84 (RTP, RFP, SDIS, DP, DPR, DTB, SDAC, MPIT, PIT, POSS, SST,
SST1)

Onde:

RTP: Nvel de retorno (absoluto)
RFP: Nvel de referncia (absoluto)
SDIS: Distncia segura (sem sinal)
DP: Z final da furao (absoluto)
DPR: Profundidade final da furao relativa ao nvel de referncia (sem sinal)
DTB: Tempo de permanncia na profundidade final da rosca.
SDAC: Sentido de giro do eixo rvore ao final do ciclo (3, 4 ou 5 para M3, M4 ou
M5 respectivamente)
MPIT: Passo da rosca definido pela especificao da rosca. 3 para M3, 16 para
M16, -16 para M16 esquerda, ....
PIT: Passo da rosca (com sinal () para rosca esquerda)
POSS: Posio angular do eixo rvore para incio de roscamento
SST: Rotao para roscamento
SST1: Rotao para retorno.










33















Exemplo:






























34

G53 G0 Z-110 D0
T21
M6
G54 D1
G0X20Y30Z10
MCALL CYCLE84 (4, 0, 2, -20, , 0.5, 5, , 1.5, , 600, 800)
G0X20Y30
X80Y16
Y44
MCALL
G53 G0 Z-110 M5 D0
M30



CICLOS DE FRESAMENTO


CYCLE71 - Ciclo de faceamento

CYCLE71 (RTP, RFP, SDIS, DP, PA, PB, LENG, WID, STA, MID, MIDA,
FDP, FALD, FFP1, VARI, FDP1)

Onde:

RTP: Nvel de retorno (absoluto)
RFP: Nvel de referncia (absoluto)
SDIS: Distncia segura (sem sinal)
DP: Profundidade final de fresamento (absoluto)
PA: X inicial da rea a ser faceada
PB: Y inicial da rea a ser faceada
LENG: Comprimento X a ser faceado
WID: Largura Y a ser faceada
STA: ngulo de posicionamento do retngulo de faceamento em relao ao eixo X
MID: Profundidade de corte axial (por passada)
MIDA: Profundidade de corte radial (incremento lateral)
FDP: Folga lateral entre a fresa e a pea para incio do fresamento
FALD: Sobrematerial para acabamento no topo da pea
FFP1: Velocidade de avano (mm/min)
VARI: Modo de usinagem (dois dgitos)
Dezena:
1 : Fresar paralelo ao eixo X com sentido nico
2 : Fresar paralelo ao eixo Y com sentido nico
3 : Fresar paralelo ao eixo X com corte na ida e na volta
4 : Fresar paralelo ao eixo Y com corte na ida e na volta
35
Unidade:
1 : Desbaste por passadas at a profundidade final com sobrematerial
2 : Apenas acabamento.

FDP1: Distncia de ultrapassagem no final de cada passe de faceamento.









































36

CYCLE71 (RTP, RFP, SDIS, DP, PA, PB, LENG, WID, STA, MID, MIDA,
FDP, FALD, FFP1, VARI, FDP1)












































37

Exemplo:


















Fresa 22 T20
Facear ao longo de Y (bidirecional)
Profundidade de corte radial: 14 mm
Sem sobrematerial
Velocidade de avano: 350 mm/min


T20
M6
G54 D1
S3000 M3
G0X-15Y-15 Z8
CYCLE71 (4, 0, 2, -10.5, 0, 0, 85, 120, 0, 3.5, 14, 3, 0, 350, 41 ,5)
G53 G0 Z-110 D0
M30











38


Funo TURN Na interpolao helicoidal.


A interpolao helicoidal permite produzir roscas por fresamento, ranhuras
de lubrificao e alargamento de furos com fresa de topo.

G2 (ou G3) X Y Z I J TURN=

Onde:
X, Y: Ponto final de um ciclo da hlice.
Z: Profundidade final da interpolao helicoidal
I, J: Posio do centro da interpolao (incremental)
TURN=: Nmero de ciclos inteiros da hlice (0 a 999)































39

Exemplo de aplicao:

Usando uma fresa de dimetro 20mm alargar o pr-furo de 25 para 36mm.
Considere uma ultrapassagem para eliminar rebarbas de 4mm no fundo da pea.
A profundidade de corte axial no deve ultrapassar 3mm.






























Passo mximo = 3mm
Profundidade total = altura da pea + ultrapassagem no final = 20 + 4 = 24mm
Nmero de voltas (TURN) = Profundidade total / Passo = 42 / 3 = 8 voltas

G53 G0 Z-110 M5 D0
T12
M6
G54 D1
S2300 M3
G0 X45.5 Y25 Z5 M8
40

G1 Z0 F300
G2 X45.5 Y25 Z-24 I-8 J0 TURN=8
G0 X37.5
Z5
G53 G0 Z-110 M5 D0
M30

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