APOSTILACapacitaçãoProfessores Fev2011
APOSTILACapacitaçãoProfessores Fev2011
APOSTILACapacitaçãoProfessores Fev2011
br
AULAS PRTICAS
PROJETO CELULAR
25 /Fevereiro/2011
PROJETO CELULAR
Objetivos gerais: Contribuir para o aprimoramento da competncia do professor, alm de estimular o desenvolvimento de projetos e atividades diferenciadas em sala de aula. Objetivos especcos: Formar uma comunidade de aprendizagem constituda pelos professores e alunos envolvidos no projeto; Possibilitar o acesso do professor a diferentes realidades, pessoas, culturas, e experincias; Possibilitar o acesso do professor aos projetos e aes voltados ao seu aperfeioamento profissional; Vivenciar prticas agradveis de aprendizagem de Biologia; Estimular o professor a realizar seu trabalho atravs de projetos desenvolvidos por ele e realizados com seus alunos; Fazer com que o aluno, atravs de seu professor, conhea a constituio e a funo de uma clula atravs de uma demonstrao e/ou criao, adquirindo conceitos de Citologia; Despertar, no aluno, interesse pela atividade de pesquisa. Pblico alvo: Professores de Biologia da Rede Estadual de Ensino, atuando em sala de aula. Justicativa: Os professores da Rede Estadual necessitam de mais uma ferramenta para aprimorar seu conhecimento e ampliar o acesso informao e cultura. O ensino, por meio de projetos, alm de consolidar a aprendizagem, contribui para a boa formao de hbitos, atitudes e para a aquisio de princpios, conceitos ou estratgias que podem ser generalizados para situaes no relacionadas vida escolar. O projeto educativo ainda valoriza as experincias prvias do aluno sobre as questes mais importantes a serem trabalhadas. Pareceria: Centro de Estudos do Genoma Humano Instituto de Biocincias da Universidade de So Paulo e Diretoria de Ensino Norte 2. Instrumentos: Debates, oficinas, simulaes, discusses; Kits de materiais instrucionais para utilizao em sala de aula; Criao de um acervo para o professor, de materiais didticos de apoio e de educao continuada; Frum da internet
Avaliao: Na escola, a avaliao se dar atravs do acompanhamento das atividades e do comportamento do aluno no dia-a-dia.
Alm de nossos olhos h um mundo de curiosidades, encantamento e informao. No entanto, o ensinoaprendizagem do mundo microscpico, da clula em particular, um desafio para professores e pesquisadores envolvidos com a educao em cincias, justamente por inclurem processos e entidades que so invisveis a olho nu. So exemplos dessas dificuldades as confuses entre os conceitos de clula, tomo e molcula e a falta de clareza quanto noo de tamanho das estruturas biolgicas nos diversos nveis de organizao. As aulas prticas de microscopia no ensino mdio contribuem para estimular a curiosidade e o esprito de pesquisador nato do indivduo, levando-o a observar a realidade concreta do mundo. Para tanto, devem ser criadas situaes que permitem a realizao de tateios experimentais que facilitam a descoberta e a construo das relaes significativas entre os fenmenos. A natural curiosidade infantil deve ser incentivada e orientada de modo a criar condies para que o jovem possa reagir aos mltiplos estmulos que decorrem de um contexto cada vez mais caracterizado pela cincia e pela tecnologia. Para isso pelo menos dois requisitos bsicos devem ser observados: Promover o hbito de observar, coletar, investigar, comparar e relacionar pela atividade operativo-construtivista, isto , pela manipulao, pelo tocar, pelo fazer, pelo experimentar, pelo tatear, pelo construir e pelo medir e avaliar a realidade concreta do mundo Dar a devida importncia ao ato de observar as coisas, o mundo e aprender as relaes entre os fenmenos observados. O mundo e a sociedade so o grande laboratrio de pesquisa que permite a aprendizagem de conceitos e princpios cientficos.
As atividades a serem desenvolvidas nas aulas prticas esto contempladas no item 3.1 Organizao Celular da vida Temas estruturadores dos Parmetros Curriculares Nacionais. O uso de instrumentos pticos possibilita a identificao de estruturas formadoras dos diferentes seres vivos e a organizao celular. Alm disso, a observao microscpica pode iniciar a percepo e a discusso das atividades vitais que ocorrem no interior de clulas que so controladas pelo material gentico. Objetivos Criar condies para que os estudantes desenvolvam a habilidade da observao com o uso de equipamento ptico. Motivar o estudante para a compreenso do conceito de clula, sua diversidade e importncia para a compreenso dos processos biolgicos que ocorrem na natureza.
VISUALIZANDO AS CLULAS
As clulas so pequenas e complexas. difcil visualizar suas estruturas, descobrir sua composio molecular e tambm descobrir como funcionam seus componentes. O que podemos aprender sobre clulas depende dos instrumentos a nossa disposio. O microscpio ptico uma ferramenta fundamental para a observao das clulas. Uma das vantagens desse tipo de microscpio reside no fato da luz ser relativamente no destrutiva. Porm, a quantidade de detalhes que ele permite analisar limitada. Os microscpios que utilizam outro tipo de radiao em particular, o microscpio eletrnico podem evidenciar (ou resolver) estruturas muito menores do que com a luz visvel. Isso tem um custo, ou seja, as preparaes para microscopia eletrnica so muito mais complexas de serem feitas e difcil garantir que a imagem que se v corresponde precisamente estrutura real que est sendo examinada. Olhando as estruturas das clulas ao microscpio Uma clula animal tpica tem entre 10 e 30 m de dimetro, o que corresponde a 1/5 do tamanho da menor partcula visvel a olho nu. Porm, algumas clulas nervosas podem ter quase 1 metro de comprimento. Os vulos geralmente so clulas grandes o humano, por exemplo, tem mais do que 100 m. (Obs. As clulas epiteliais geralmente tem grande dimetro porque so clulas achatadas). As clulas animais no so apenas pequenas, mas so tambm incolores e translcidas. Consequentemente, a
3
descoberta de suas principais caractersticas internas dependeu do desenvolvimento, na parte final do sculo dezenove, de uma variedade de corantes que forneceram contraste suficiente para tornar as estruturas celulares visveis. O diagrama da figura 1 mostra imagens ampliadas no fator dez em uma progresso imaginria do dedo polegar, atravs das clulas da pele, at os ribossomos e ao conjunto de tomos que forma parte de uma das protenas que o compem. Detalhes da estrutura molecular, como mostrado nos dois ltimos painis, esto abaixo do poder de resoluo do microscpio eletrnico.
Figura 1. Mergulho nas estruturas invisveis.
O poder de resoluo Os tamanhos das clulas e seus componentes esto desenhados numa escala logartmica, indicando a gama de objetivos que podem ser resolvidos pelo olho desarmado (nu) e pelos microscpios pticos e eletrnicos (Figura 2). As seguintes unidades de comprimento so comumente empregadas em microscopia: m (micrmetro) = 10-6 m nm (nanmetro) = 10-9 m (Angstrom) = 10-10 m
Figura 2. Variao de tamanhos discernidos pelo olho humano, microscpio ptico e eletrnico.
Informaes gerais Nas pginas subseqentes esto apresentadas as opes de aulas prticas dependentes ou no de microscopia ptica. O material necessrio para cada aula prtica est organizado em kits. O professor pode optar por emprestar um ou mais kits O material ptico (10 microscpios) ser instalado no laboratrio da escola ou em sala apropriada, que ser utilizada exclusivamente para as aulas prticas durante o perodo em que o material permanecer na escola. A sala dever estar equipada com bancadas ou mesas estveis, para acomodar os microscpios, e dever possuir pelo menos um ponto de fornecimento de energia eltrica (tomada) O material permanecer na escola por 3 semanas. Em cada semestre de 2011 sero atendidas 10 escolas da Diretoria Regional de Osasco. Apenas os professores que realizarem a capacitao tero acesso aos microscpios e kits. O calendrio de visitas s escolas ser efetuado pela Diretoria de Ensino. No dia da capacitao o professor escolher os kits que deseja utilizar. O material emprestado dever ser devolvido em condies para que o prximo colega possa utiliz-lo, ou seja, limpo. A reposio de solues ser realizada por equipe da USP. Qualquer perda ou quebra de equipamento dever ser comunicada no momento de sua retirada da escola para que a reposio possa ser providenciada.
A vista humana no pode perceber objetos com dimetros inferiores a um dcimo do milmetro. Esto abaixo dessa medida as clulas dos organismos eucariticos, as bactrias, ovos de vermes e muitas estruturas dos seres vivos. O microscpio ptico utilizado para a observao de clulas vivas ou mortas. As clulas mortas precisam ser fixadas e coradas. Ocular
Canho ou revlver
Charriot
O microscpio ptico tem duas partes: 1. Parte mecnica P ou base - o local de apoio do aparelho feito de ligas de metais pesados; Estativa, brao ou coluna suporte pesado que sustenta os tubos, a mesa, o porta-condensador, os parafusos micro e macromtrico; Platina ou mesa redonda ou quadrangular, pode ser fixa, mvel ou giratria no plano horizontal. Sobre ela fica a lmina com o material a ser observado. Apresenta uma abertura no seu centro permitindo a passagem dos raios luminosos, coletados pelo espelho e convergindo sobre o material da lmina pelo condensador e diafragma. Os raios chegam atravs da lente objetiva do tubo e da ocular at o globo ocular (retina) do observador; Tubo ou canho nos microscpios monoculares (que possuem uma s ocular), o tubo representa um cilindro metlico que pode ser reto ou oblquo. Os microscpios binoculares (que possuem duas oculares) podem ser inclinados, com ajuste para as distncias entre os olhos de cada observador; Parafuso macromtrico com eles pode-se fazer a focalizao grosseira do material. Possui um percurso vertical com cerca de 7,5 cm, e parafuso micromtrico focalizao mais limitada, permitindo o deslocamento do tubo a apenas dois milsimos de milmetro ou menos; Revlver ou tambor fica acima da platina. As objetivas se encaixam numa pea rotatria e giram sempre no sentido do menor para o maior aumento; Charriot pea opcional localizada na mesa e que serve para movimentar a lmina no campo
6
2. Parte ptica Lente ocular encaixada na extremidade superior do tubo, sua funo aumentar a imagem formada pela objetiva. As oculares fornecem, geralmente, ampliaes iguais s obtidas por lentes ou lupas manuais. O aumento fornecido pela ocular est, geralmente, gravado nela prpria. Por exemplo: 5x, 8x, 10x, etc. Lente objetiva fornece a imagem ampliada de um objeto qualquer. Pode tambm corrigir os defeitos das cores dos raios luminosos. Em todas as objetivas h sistemas secos e de imerso. Para se aproveitar a maior quantidade de luz possvel, coloca-se entre a objetiva e a lamnula uma gota de leo de cedro. Quanto maior for a ampliao, menor a quantidade de raios luminosos que atravessa o tubo do microscpio. Com esse processo, captam-se os feixes luminosos que com as objetivas secas so desviados. O aumento fornecido por cada uma das objetivas est nelas gravado. Condensador ou diafragma localizado abaixo da platina, sua funo principal fornecer bastante luz, indispensvel nas grandes ampliaes do material a ser observado. Fecha-se o diafragma quando se usam objetivas de pouco aumento, para eliminar os raios laterais. Abre-se o diafragma na medida em que se aumentam as ampliaes. Espelho ou fonte de luz encaixado por baixo do condensador, num vo do p do microscpio. redondo e possui duas faces: uma plana e outra cncava. A face plana colhe e projeta os raios paralelos e divergentes. usado nas grandes ampliaes e na imerso. A face cncava colhe e projeta os raios convergentes e usado nas pequenas ampliaes.
Manejo do microscpio A intensidade luminosa regulvel: aumenta-se a intensidade luminosa subindo-se o condensador e abrindose o diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo o condensador e abaixando-se o diafragma. A ampliao consiste no grau de aumento da imagem em relao ao objeto. A ampliao total obtida com o microscpio ptico consiste no produto da ampliao da objetiva pela ampliao da ocular. Esta, sem distoro, no ultrapassa 1.200x. O fator mais significativo para a obteno de uma boa imagem , contudo, o poder de resoluo, que corresponde distncia mnima que necessrio existir entre dois pontos para que possam ser distinguidos ao microscpio. Para o microscpio ptico essa distncia de 0,2 m devido ao comprimento de onda das radiaes visveis. Com efeito, a propriedade da ampliao s tem interesse prtico se for acompanhada de um aumento do poder de resoluo. Precaues ao usar o microscpio 1. Ao transport-lo, use as duas mos, segurando com uma delas o brao e com a outra a base do aparelho, 2. Durante o trabalho seguir as seguintes instrues: a. no gire indefinidamente o micromtrico para mover o canho. Ele usado girando-o para frente e para trs para ajustar o foco e para observaes de profundidade b. no passe o dedo nas lentes para limp-las. Se elas estiverem sujas chame o professor c. no molhe o microscpio quando estiver usando preparaes feitas com gua; se isso ocorrer chame o professor; d. no use a objetiva de maior aumento (100x) nas aulas e. no desmonte qualquer parte do microscpio 3. Quando acabar o trabalho com o microscpio desligar a lmpada, retirar a lmina que voc terminou de observar, colocar a objetiva de menor aumento e abaixar o canho. Para a correta observao do material citolgico, seguir o seguinte procedimento: 1. 2. 3. 4. 5. Ligar a fonte luminosa. Colocar a preparao a observar a mesa ou platinado. Com o auxlio do condensador e do diafragma obter uma boa iluminao Rodando a cremalheira aproximar a objetiva de 10x o mais perto possvel da preparao (cerca de 0,5 cm). Rodando novamente a cremalheira, puxar a objetiva de 10x para cima at obter uma imagem ntida do espcime. 6. Depois de a preparao estar focada com a objetiva de 10x focar com a objetiva de 40x. Com o auxlio do parafuso micromtrico podem-se obter diferentes planos das estruturas a observar. 7. Caso seja necessrio recorrer a uma ampliao mais elevada (objetiva de 100x) proceder do seguinte modo: afastar a objetiva de 40x e, sobre a preparao, colocar uma gota de leo de imerso. Em seguida, com o auxlio do parafuso micromtrico, focar com a objetiva de 100x. Quando se utiliza o leo de imerso deve evitar-se o seu contacto com as objetivas de 10 e 40x.
7
Se a lmina no estiver corada (exame a fresco): a observao feita apenas com objetivas secas, do seguinte modo: 1. Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a iluminao no seja muito intensa, j que as lminas no esto coradas. 2. Com a objetiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar. 3. Em seguidafoca-se com a objetiva de 40x, fazendo uma primeira aproximao da objetiva lmina por controle visual externo, e s depois a focagem por afastamento usando o parafuso macromtrico e posteriormente o micromtrico para focagem final. 4. Se a lmina est corada a preparao pode tambm ser analisada com objetiva de imerso procedendo do seguinte modo: a. Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regula-se a iluminao da fonte luminosa no mximo, de modo a conseguir-se uma iluminao intensa, apropriada para a observao de lminas coradas. b. Coloca-se na lmina uma gota de leo de imerso e procede-se focagem. Primeiro aproximando a objetiva lmina com controle visual externo, seguidamente a focagem propriamente dita com o parafuso macromtrico e finalmente o aperfeioamento da focagem com o parafuso micromtrico. c. Alguns microorganismos esto no limiar do poder de resoluo do microscpio ptico. A sua observao pode ser facilitada com o emprego de tcnicas especiais de microscopia ptica. Utilizando o microscpio responda: 1. Que pea se move quando giramos o parafuso macromtrico? 2. O que ocorre quando se gira o parafuso micromtrico? O movimento to ntido quanto o anterior? Para que serve? 3. Eleve o canho girando o macromtrico e observe as objetivas. So todas iguais e do mesmo tamanho? Verifique os nmeros gravados nas objetivas. 4. Qual o procedimento para se calcular o aumento que o microscpio fornece? 5. Qual a funo do espelho? 6. Onde se coloca a lmina preparada para a observao do material e qual objetiva deve ser inicialmente usada? 7. A que distncia da lmina deve focar a objetiva antes de ser focalizado o material desejado? 8. Que parafuso deve ser usado inicialmente para focalizar o material? 9. Para que serve o micromtrico? 10. Que outras partes do microscpio voc dever controlar para obter maiores aumentos? 11. Para ter certeza de que a preparao est em cima do foco de luz voc observa por fora do microscpio ou diretamente atravs da ocular? 12. Qual o procedimento para saber de quantas vezes o material observado tem a sua imagem aumentada? 13. Acoplado ao condensador existe um diafragma. Mova a alavanca do diafragma e verifique o que ocorre. 14. Colocar a objetiva de menor aumento, abaixar o canho girando o macromtrico. Procurar achar uma posio do espelho que ilumine o interior do tubo. Tanto melhor ser a focalizao quanto mais claro estiver o crculo que voc est vendo. Este crculo o campo do microscpio. Quando voc quiser mostrar qualquer coisa que estiver observando dever coloc-la no centro geomtrico do campo iluminado. Na ocular h uma pestana (que funciona como uma seta). Girando-se a ocular a pestana se move e voc pode us-la para indicar uma estrutura que esteja querendo mostrar para algum. 15. Colocar um pedao de jornal com aproximadamente 1cm2 e preparar uma lmina procedendo da seguinte maneira: a. limpar bem a lmina e, com um conta-gotas, pingar uma gota de gua; b. sobre a gota colocar o pedao de jornal e esperar alguns segundos; c. sobre o jornal colocar uma lamnula limpa; d. se houver bolhas de ar pressionar levemente uma pina sobre a lamnula; e. levar a preparao ao microscpio; f. observar em menor aumento (100x, sendo 10x da objetiva e 10x da ocular) 16. Se voc precisar transportar um microscpio, qual a melhor maneira de segura-lo?
Material necessrio Lminas e lamnulas Soluo de azul de metileno a 0,3% e gua Conta gotas Cebola, tomate maduro, folhas de Elodea e plo estaminal de Tradescantia Pina e lmina de barbear Papel de filtro Microscpio
IIa. Procedimento para visualizar epiderme de tomate 1. Preparar uma lmina colocando, sobre ela, uma gota de gua. 2. Com o auxlio de uma lmina de barbear recortar um tringulo, de cerca de 1cm de lado, na superfcie de um tomate maduro. 3. Com um pina de ponta fina retirar a epiderme (1a camada externa) do pedao recortado e colocla sobre a gota de gua na lmina. 4. Cobrir a epiderme com uma lamnula. 5. Retirar as bolhas de ar pressionando levemente a lamnula com a pina. 6. Colocar a preparao entre dois pedaos de papel de filtro e pressionar levemente para retirar o excesso de lquido. 7. Observar ao microscpio ptico. Inicialmente, focalizar o material usando a objetiva de 10x e em seguida a de 40x. Mexer vagarosamente o micromtrico do microscpio para obter o melhor foco. 8. Fazer um desenho das clulas observadas. IIb. Procedimento para visualizar epiderme de cebola (Allium cepa) 1. Retirar a casca de uma cebola. 2. Com o auxlio de um conta-gotas pingar uma gota de azul de metileno sobre uma lmina. 3. Com o auxlio de uma lmina de barbear recortar um tringulo, de cerca de 1 cm de lado, na parte inferior de uma das camadas da cebola. 4. Com um pina de ponta fina retirar a epiderme inferior do pedao recortado e coloc-la sobre o azul de metileno na lmina. 5. Com um conta-gotas pingar uma gota de azul de metileno sobre a epiderme da cebola e em seguida cobrir a preparao com uma lamnula. 6. Retirar as bolhas de ar pressionando levemente a lamnula com a pina. 7. Colocar a preparao entre dois pedaos de papel de filtro e pressionar levemente para retirar o excesso de lquido. 8. Observar ao microscpio ptico. Inicialmente, focalizar o material usando a objetiva de 10x e em seguida a de 40x. Mexer vagarosamente o micromtrico do microscpio para obter o melhor foco. 9. Fazer um desenho das clulas observadas. Para observar com detalhes das clulas vegetais necessria a utilizao de corantes especficos como, por exemplo, verde iodo e carmim aluminado para parede celular; vermelho de Sudo III para cutcula e vermelho neutro para vacolo. O azul de metileno um composto aromtico heterocclico solvel em gua, com frmula molecular: C16H18ClN3S. O azul de metileno usado como um corante e como indicador. Tm muitas aplicaes nos mais variados campos como a biologia e da qumica. Azul de Metileno um remdio de cor azul, vendido em farmcias comuns, o azul de metileno um antdoto especfico e est indicado a qualquer paciente com sintomas e/ou sinais de hipxia (mudanas mentais, taquicardia, dispnia, dor torcica).
IIc. Procedimento para visualizar folhas de Elodea* 1. 2. 3. 4. 5. 6. Com um conta-gotas pingar sobre uma lmina uma gota de gua. Com o auxlio de uma lmina de barbear cortar um pedao, com cerca de 1 cm, de uma folha de Elodea. Com uma pina de ponta fina colocar o pedao de folha sobre a lmina contendo a gota de gua. Cobrir a folha com uma lamnula. Retirar as bolhas de ar pressionando levemente a lamnula com a pina. Observar ao microscpio ptico. Inicialmente, focalizar o material usando a objetiva de 10x e em seguida a de 40x. Mexer vagarosamente o micromtrico do microscpio para obter foco. 7. Aps alguns minutos observe a movimentao do citoplasma (ciclose) nas clulas (utilize aumento de 100x). 8. Fazer um desenho das clulas. 9. Descrever, por escrito, a ciclose**.
IId. Procedimento para visualizar plo estaminal de Tradescantia*** 1. Com o auxilio de um conta-gotas, pingar uma gota de gua numa lmina. 2. Com uma pina retirar um plo do estame de uma flor de manto-de-viva e coloc-lo sobre a lmina com uma gota de gua. 3. Cobrir a preparao com uma lamnula 4. Observar ao microscpio. 5. Fazer um desenho das clulas. 6. Aps alguns minutos observe a movimentao do citoplasma (ciclose) nas clulas de Elodea e no plo estaminal de Tradescantia (utilize aumento de 100x) 7. Descrever a ciclose. * Elodea uma planta ornamental usada em aqurios, facilmente adquirida em lojas especializadas. uma monocotilednea pertencente famlia Hydrochatitaceae. As folhas so timas para observao de ciclose, uma vez que os cloroplastos so grandes e possuem apenas duas camadas de clulas. ** A ciclose um movimento do hialoplasma, principalmente em estado de sol, formando uma corrente que carrega as diversas organelas e distribui substncias ao longo do citoplasma. Nesse movimento, so arrastados os cloroplastos para um local de maior intensidade luminosa da clula. A ciclose pode ser bem observada no endoplasma de muitas clulas vegetais. Vdeo sobre ciclose - http://azolla.fc.ul.pt/aulas/Elodea2.mov *** Tradescantia, conhecida como manto-de-viva, facilmente encontrada em jardins ou em reas com ervas daninhas. Responder as questes: 1. Por que no necessrio corar a epiderme de tomate e a folha de Elodea para visualizar as clulas ao microscpio? 2. Qual a funo do azul de metileno? 3. As clulas observadas so do mesmo tamanho? 4. Como voc faria para medir o tamanho dessas clulas? 5. Quais as estruturas das clulas possveis de serem observadas em cada uma das preparaes? 6. Sugira uma explicao para o fato de podermos ver facilmente os cloroplastos, mas no outros componentes como o complexo golgiense, o retculo endoplasmtico ou as mitocndrias.
10
Material necessrio Lminas e lamnulas soluo de azul de metileno (0,5%) folhas de Elodea lmina de barbear e pina Conta-gotas gua destilada Soluo quase saturada de NaCl (cloreto de sdio = sal de cozinha)
Procedimento 1. Com o auxlio de uma lmina de barbear cortar um pedao, com cerca de 0,5 cm, de folha de Elodea. 2. Com um pina de ponta fina colocar o pedao de folha sobre uma lmina. Usando um conta-gotas pingar sobre a folha uma gota de gua. 3. Cobrir a folha com uma lamnula. 4. Retirar as bolhas de ar pressionando levemente a lamnula com a pina 5. Observar ao microscpio e desenhar as clulas 6. Com o auxlio de um conta-gotas pingar, em um dos lados da lamnula, uma gota de uma soluo concentrada de NaCl. Do lado oposto ao que foi colocada a gota de cloreto de sdio, encostar um papel-filtro de forma a substituir a gua pela soluo de cloreto de sdio. 7. Aguardar 1 minuto 8. Observar ao microscpio e desenhar novamente as clulas 9. Descrever o que aconteceu com as clulas aps a colocao do cloreto de sdio
Responder as questes 1. Quais as estruturas das clulas que foram observadas? 2. Por que podemos ver facilmente os cloroplastos, mas no o complexo de Golgi, o retculo endoplasmtico ou as mitocndrias? 3. Qual a evidncia observvel de que ocorreu perda de gua do interior da clula para o meio quando a Elodea foi colocada em uma soluo concentrada de cloreto de sdio? 4. A soluo de NaCl hipotnica ou hipertnica em relao ao meio interno da clula? 5. possvel prever o que vai ocorrer com as clulas da Elodea se elas forem retiradas da soluo de cloreto de sdio e colocadas novamente em gua? Explicar. 6. Se voc quiser testar a sua explicao (hiptese) realize o experimento. 7. O que osmose? Quando ela ocorre?
Informaes complementares As clulas de qualquer organismo so envoltas pela membrana celular. Essa estrutura permite a passagem controlada de substncias para dentro e para fora da clula. gua, gazes ou alguns ons pequenos podem passar pela membrana sem gasto de energia (transporte passivo). Uma das formas de transporte passivo a osmose, ou seja, a passagem do solvente de uma soluo menos concentrada para a soluo mais concentrada, atravs de uma membrana semipermevel. A observao ao microscpio do fenmeno osmtico permite uma boa discusso com os alunos sobre a organizao da membrana celular sua permeabilidade e importncia para a viabilidade da clula.
11
Quando clulas so observadas em microscopia ptica geralmente fcil visualizar o ncleo que aparece como um corpo mais escuro dentro do citoplasma. O ncleo contm os cromossomos, formados pelo material gentico, o DNA, e protenas (cromatina). A replicao correta dos cromossomos (material gentico) vital para que as novas clulas produzidas funcionem adequadamente. A menos que uma clula esteja para se dividir, os cromossomos no interior do ncleo no esto muito evidentes, pois a cromatina est pouco condensada. Entretanto, durante a diviso, os cromossomos so duplicados, ficam mais espessos e curtos (mais condensados) e podem ser visualizados como entidades discretas. O nome cromossomo derivado do grego que significa corpos corados. Por meio da mitose so feitas cpias das clulas. A mitose, processo de produo de novas clulas, comum reproduo assexuada, ao reparo de partes do organismo e ao crescimento de plantas e animais.
IVa. Obteno e xao das razes de cebola: procedimento que antecede a aula Retirar as razes velhas de uma cebola raspando com uma lmina de barbear a parte inferior do bulbo. 1. Colocar a cebola sobre um recipiente com gua, de maneira que a parte inferior do bulbo toque a gua. Depois de 24-48 horas as razes iniciam o seu desenvolvimento. Quando as razes tiverem entre 0,5 cm e 1 cm, seccionar a extremidade (cerca de 0,2 mm) com o auxlio de uma lmina de barbear ou pina de ponta fina.
2. Colocar imediatamente as extremidades das razes no fixador Carnoy*. O material deve ficar fixando de 12 a 24 horas. Em seguida, as pontas de raiz so transferidas para lcool 70%, e conservadas em geladeira. OBSERVAES: existe uma onda sincronizada de diviso ao redor das 16-17 horas. Razes coletadas fora desse horrio mostram um nmero extremamente reduzido de clulas em diviso. Assim sendo, altamente recomendvel que a coleta das extremidades das razes seja feita nesse horrio, para no confundir as razes que tiveram sua coifa (extremidade) retirada, fazer a remoo completa da raiz cuja extremidade j foi retirada. 3. Pode-se tambm utilizar o material fresco (no fixado previamente), logo aps a coleta das razes. Nesse caso, as pontas das razes, aps terem sido cortadas, so imediatamente preparadas (ver protocolo a seguir). 4. aconselhvel ter algumas lminas prontas que contenham todas as fases do ciclo para observao pelos alunos durante a aula. possvel conservar a lmina por vrios dias passando esmalte para unhas entre a lmina e lamnula.
* Carnoy (fixador) - H duas verses desse fixador: uma delas contm clorofrmio e a outra no (usaremos a verso sem clorofrmio): 3 partes de etanol 95% e 1 parte de cido actico glacial.
12
IVb. Procedimento para preparao de raiz de cebola 1. Colocar uma lmina limpa sobre a bancada e pingar sobre ela 3 gotas de orcena ltico/actica a 2%** 2. Colocar uma ponta de raiz de cebola na orcena ltico/actica, com o auxlio de uma pina. Cobrir com a lamnula 3. Retirar a tampa da lamparina de lcool e acender o pavio com um fsforo. 4. Segurar a lmina sobre a chama, a cerca de 5 cm de distncia, por cerca de 3 segundos. Repetir esse procedimento por 3 vezes com um intervalo de 3 segundos entre eles. 5. Se houver necessidade acrescentar mais 1 gota de orcena. 6. Esmagar a ponta de raiz pressionando a lamnula com a ponta da pina. Cuidado para no deslocar a lamnula do lugar. Ateno: a presso dever ser suficiente para esmagar as razes sem quebrar a lamnula. 7. Retirar o excesso de orcena ltico/actica colocando a lmina entre um pedao de papel filtro dobrado e passando o dedo sobre ele. ** Orcena ltico/actica a 2% (corante/fixador) - Misturar 45 mL de cido ltico e 55 mL de cido actico glacial. Aquecer a 50 oC. Dissolver 2g de orcena em 100 mL da mistura acima. Agitar continuamente durante por cerca de 12 horas, sobre placa aquecida a 50oC. Manter a soluo tampada para evitar evaporao. IVc. Analisando e entendendo a mitose em raiz de cebola 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Qual a funo da orcena ltico/actica na preparao de raiz de cebola? Qual o papel do aquecimento na preparao da ponta de raiz? possvel contar o nmero de cromossomos da cebola? Quantos so ? Examinar ao microscpio. Focalizar a preparao em menor aumento e, em seguida, observar com aumento de 400 vezes. Procure encontrar clulas em diferentes fases do ciclo celular Identificar as fases da mitose prfase, prometfase, metfase, anfase e telfase e descrever as principais caractersticas de cada fase Esquematizar o ncleo interfsico Em que fase do ciclo celular ocorre a duplicao do DNA cromossmico? Em que fase do ciclo celular os nuclolos esto visveis? Com relao quantidade de DNA, comparar um ncleo interfsico com outro em prfase e outro em telfase. Em que estgios ocorrem: a. A condensao da cromatina nos cromossomos? b. O alinhamento dos cromossomos no centro da clula? c. A ruptura da membrana nuclear? d. A chegada dos cromossomos nos plos da clula? Na lmina examinada, quais as fases do ciclo celular observadas com maior freqncia? Qual a razo disso?
11.
13
Outras atividades Que podem ser desenvolvidas em paralelo com a aula prtica de mitose
3. Perceber que coloraes especficas evidenciam estruturas diferentes. No caso, o material gentico est corado em azul e os microtbulos em vermelho. Comparar com a foto da preparao anterior que no evidencia os microtbulos. (Figura B)
4. Montar caritipos (ver Trabalhando Temas fundamentais: Mitose e Meiose (I) J. M. Amabis e G. R. Martho Temas de Biologia No 9, julho 1998. Editora Moderna.)
7. Rever a organizao de um cromossomo. Chamar a ateno para o fato dos centrmeros estarem tambm duplicados durante a diviso (a representao de um nico centrmero na prfase e metfase um erro muito freqente em livros de ensino mdio). (Figura E)
http://www.bio.georgiasouthern.edu/bio-home/harvey/lect/images/MITOSIS2.gif
14
Material necessrio Lminas Lamnulas Vaselina Pincel Pipeta de plstico Cultura com microorganismos Microscpio Lpis/papel
Procedimento 1. Desenhar em uma lmina limpa a forma geomtrica correspondente a uma lamnula. Usar para fazer esse desenho um pincel de ponta fina molhado em vaselina lquida. 2. Coletar, com uma pipeta de plstico, uma gota da cultura de microorganismos, com um pouco de restos de matria orgnica que servem de alimento. 3. Colocar a gota com microorganismos no centro da lmina com a forma da lamnula desenhada com vaselina. 4. Cobrir a gota com uma lamnula limpa 5. Colocar a lmina preparada no microscpio. Focalizar para anlise com aumento de 100x. 6. E a? Quantos organismos diferentes voc viu? Desenhar os microorganismos presentes em maior nmero. 7. Utilize as pranchinhas para saber mais sobre alguns dos organismos visualizados.
Como iniciar uma cultura de eucariotos microscpicos 1. Coletar, com a ajuda de uma colher, um pouco de terra em um local onde algum acumulo de folhas no solo. Algumas folhas cadas no solo podem tambm ser coletadas. 2. Colocar o material coletado em um vidro limpo do tipo usado para palmitos, molho de tomate, gelia, etc. 3. Cobrir com gua mineral o material coletado. 4. Aps cerca de 3 dias, coletar amostras de gua com o auxlio de uma pipeta. Analisar ao microscpio. Coletar a gua em diferentes profundidades. A maioria dos microorganismos estar prxima ao fundo, mas alguns tipos preferem regies mais superficiais. 5. A coleta pode tambm ocorrer na gua acumulado em pratos de vasos. 6. A coleta tambm pode ser feita em lagos, retirando junto com a gua matria orgnica depositada no fundo.
Observao: H empresas que vendem protozorios e porferos como alimento para peixes em aqurios.
15
Esfregao de mucosa bucal (adaptado de Atividades Experimentais e Didticas de Biologia Molcula e Celular Elgion L.S.Loreto e Lenira M.N.Sepel. Sociedade Brasileira de Gentica, 2002.)
Material necessrio lminas e lamnulas palitos de fsforo lamparina lcool 70% azul de metileno 0,5% papel de filtro frasco com capacidade de 250 mL (Becker ou outro vidro de uso domstico) microscpio
Procedimento 1. Com um palito de fsforo, raspar a parte interna da bochecha e, depois, esfregar o palito sobre uma lmina de vidro. 2. Colocar o etanol 70% no recipiente plstico para tratamento de lminas. 3. Mergulhar a lmina com as clulas no etanol 70%. Aguardar 2 minutos. 4. Colocar uma gota de azul de metileno sobre o material e aguardar 2 minutos 5. Com o auxlio de uma piceta remover o excesso de azul de metileno jogando sobre a lmina um jato de gua. 6. Cobrir a preparao com uma lamnula. Secar a parte inferior da lmina e observar ao microscpio com aumento de 100x e, em seguida, com 400x. 7. Desenhar as clulas observadas em aumento de 400x. Responder as questes: 1. 2. 3. 4. 5. Ao raspar a bochecha com um palito de fsforo que tipo de tecido est sendo coletado? Voc pode pensar em uma explicao de por que tratar as clulas com etanol 70%? Qual a funo do azul de metileno? Quais so as estruturas da clula de bochecha que podem ser visualizadas? Por que as clulas da preparao de bochecha aparecem isoladas umas das outras e no unidas como em um tecido?
Informaes complementares Fixao o processo de preservao dos componentes estruturais dos tecidos. A maior parte dos tecidos no pode ser observada in vivo. Devido a esse fato, eles devem ser submetidos a processos de fixao para que suas estruturas morfolgicas se mantenham preservadas. Vrios processos degenerativos de autlise celular, denominados degenerao post-mortem, ocorrem logo aps a morte dos tecidos. A fixao a primeira etapa para a obteno de uma preparao citolgica permanente e tem as seguintes finalidades: (i) evitar a autlise, que a destruio da clula pelas suas prprias enzimas; (ii) impedir a atividade e a proliferao de bactrias; (iii) endurecer as clulas, para que possam resistir melhor s etapas seguintes da tcnica citolgica; (iv) aumentar a afinidade das estruturas celulares pelos corantes citolgicos, tornando-as assim mais facilmente corveis. Para evitar a autlise que se inicia logo aps a morte dos tecidos e a prpria digesto do material por bactrias, deve se empregar substncias que, ao ligarem-se aos principais componentes estruturais do tecido (geralmente protenas), mantenham a estrutura do material a ser estudado. As substncias que executam o processo de fixao so chamadas fixadores. Os fixadores so substncias qumicas que matam rapidamente as clulas, conservando a morfologia e composio. A fixao pode ser realizada por agentes fsicos, como o calor, que muito utilizado para as fixaes de bactrias e leveduras. O outro mtodo consiste na utilizao de agentes qumicos.
16
I. MORANGO Procedimento 1. Tirar o cabinho verde de 3 morangos. Colocar dentro de um saquinho plstico para macerao e pressionar entre os dedos at obter uma pasta quase homognea. Transferir a massa de morango para um copo, vertendo o contedo do saco plstico. 2. Num outro copo misturar 150 mL de gua, uma colher e meia (sobremesa) de detergente e uma colher de ch de sal de cozinha. Mexer bem, porm cuidadosamente para no fazer muita espuma. 3. Colocar cerca de 1/3 da mistura de gua, sal e detergente sobre a massa de morango. Misturar levemente com a colher. 4. Incubar a temperatura ambiente por 30 minutos. Mexer de vez em quando. 5. Colocar uma peneira sobre um copo limpo e passar a mistura pela peneira para retirar os pedaos de morango. 6. Dividir o lquido resultante em dois tubos de ensaio. Colocar apenas cerca de 3 dedos no fundo do tubo. 7. Despejar delicadamente sobre a soluo nos tubos dois volumes de lcool comum. No misturar o lcool com a soluo. Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA comear a precipitar na interfase. 8. Passo opcional. Usar um palito de vidro ou de para enrolar as molculas de DNA. Gire o palito na interface entre a soluo e o lcool.
II. ERVILHA SECA copo de ervilha seca (100 mL) 1 colher de caf de sal 1 copo de gua 200 mL Bater 15 segundos no liquidificador (velocidade mdia) Coar em um coador de ch Acrescentar 3 colheres de sobremesa de detergente Misturar levemente Incubar de 5 a 60 minutos Retirar a espuma da parte superior com a colher (ela atrapalha a precipitao) Dividir a soluo em tubos de ensaio (10 mL cada) Inclinar o tubo e acrescentar 10 mL de lcool Enrolar no basto Observaes: cada 200 mL de soluo permite 20 precipitaes cada 200 mL de lcool permite 20 precipitaes Usar tubos de centrfuga para a precipitao Questes para responder em grupo: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Por que necessrio macerar o morango? O rompimento das membranas das clulas do morango ocorre em que passo do protocolo? Explique. Qual a funo do sal? Qual o papel do lcool? Por que voc no pode ver a dupla hlice? Considerando os procedimentos de extrao do DNA genmico voc espera obt-lo sem quebras mecnicas e/ou qumicas?
17
Observaes: O mesmo protocolo pode ser usado para a extrao de DNA de uma cebola grande, descascada, ou ainda de uma banana. A banana pode ser amassada com o garfo, em vez de cortada. No caso de se desejar extrair DNA de morango, ao invs de cortar em pequenos pedaos coloque-o dentro de um saquinho zip, feche-o, e amasse o tecido do morango com os dedos. Dois morangos so suficientes. O mesmo procedimento de amassar entre os dedos pode ser usado para o tomate caso ele esteja bem maduro. aconselhvel que o professor, antes de realizar a prtica com seus alunos, faa os experimentos previamente para ajustar as quantidades relativas dos tecidos a partir dos quais o DNA ser extrado e a relao entre o macerado contendo tecido e o lcool utilizado na precipitao. Antes da aula prtica cuja atividade a extrao de DNA, no importa a partir de qual tecido, os alunos j devem ter desenvolvido os seguintes conceitos: O DNA est no ncleo da clula As membranas celulares so formadas por uma dupla camada lipdica Enzimas so catalisadores que aceleram as reaes qumicas Nesta atividade as clulas sero lisadas, liberando todo o contedo celular. O DNA ser separado da mistura contendo as organelas e protenas e poder se observado a olho nu. Os protocolos para extrao de DNA, apesar de apresentarem pequenas diferenas dependendo do material biolgico do qual ele ser extrado, consistem basicamente de duas etapas. Na primeira etapa, provoca-se o rompimento das membranas celulares, o que permite a liberao do DNA. Na segunda, realiza-se um ou mais tratamentos enzimticos ou qumicos para purificar a preparao de contaminantes. Esse passo realizado em laboratrio, mas no em sala de aula para o ensino mdio, pois os compostos qumicos utilizados para a purificao (fenol ou clorofrmio) so de manuseio perigoso.
18
I. Conhecendo o microscpio 1. Quando se gira o parafuso macromtrico a mesa ou platinado se movimenta. 2. Quando se gira o micromtrico a mesa de movimenta, porm muito pouco. 3. Geralmente as objetivas no so uma vez que possuem diferentes poderes de ampliao. O nmero gravado em cada uma delas indica o nmero de vezes de ampliao da imagem observada. 4. Para calcular o aumento basta multiplicar o nmero gravado na ocular pelo nmero gravado na objetiva em uso. Por exemplo, 10 (da ocular) x 40 (da objetiva) = 400x 5. A face plana do espelho colhe e projeta os raios paralelos e divergentes. usado nas grandes ampliaes e na imerso. A face cncava colhe e projeta os raios convergentes e usado nas pequenas ampliaes. 6. A lamina colocada na abertura da platina, local por onde passa a luz proveniente da fonte luminosa (lmpada ou espelho) 7. A lmina deve ser colocada a cerca de 0,5 cm da objetiva de menor aumento. 8. O parafuso inicialmente usado para focalizar o material o macromtrico. 9. O micromtrico serve para o ajuste fino do foco e para observaes de profundidade. 10. As objetivas e oculares. 11. Observa-se pela ocular. 12. Para se saber qual o aumento em uso basta verificar os nmeros gravados na ocular e na objetiva em uso. 13. Movendo-se a alavanca do diafragma a intensidade luminosa que atravessa a preparao citolgica aumenta ou diminui. 14. Observar o campo do microscpio 15. Fazer a preparao para praticar o manuseio da lmina, lamnula e do microscpio. 16. A melhor maneira de segurar um microscpio para transport-lo usar as duas mos. Uma no canho e outra na base ou p. II. Observao de clulas vegetais: 1. No necessrio corar, pois ambos possuem pigmentos naturais: no tomate, as clulas da epiderme possuem licopeno (um carotenide) e na Elodea, os cloroplastos so de um verde intenso. 2. O azul de metileno um corante que permite a visualizao de algumas estruturas das clulas. 3. No. Por ordem de tamanho, da menor para a maior epiderme de tomate, epiderme de cebola, Elodea. 4. Uma possibilidade para estimar grosseiramente o tamanho das clulas compar-la com 1 mm observada ao microscpio. Para isso, pode-se colocar um pedao de papel milimetrado numa lmina e observ-lo ao microscpio para comparao. Lembrar que as comparaes devem ser feitas usando-se o mesmo aumento. 5. Na epiderme de tomate, apenas a parede; na epiderme de cebola: parede, citoplasma, ncleo e nuclolo; na Elodea, parede celular, cloroplastos, citoplasma. 6. Duas hipteses podem ser levantadas: (a) as estruturas no podem ser observadas porque so muito pequenas para serem observadas com os aumentos de 100x e 400x (o que no o caso, pelo menos para o aumento de 400x), ou (b) porque as estruturas so transparentes e, portanto, necessria colorao especfica para serem visualizadas (que o caso). III. Osmose em Elodea 1. Podem ser observados a parede celular e os cloroplastos. 2. Os cloroplastos so verdes e, assim sendo, no necessitam serem previamente corados. As organelas membranosas como o complexo de Golgi, retculo endoplasmtico e mitocndria so incolores e parem serem visualizados necessrio que se faa colorao especfica. 3. A perda de gua pode ser deduzida pela diminuio do volume do citoplasma, visualizada pela aproximao de todos os cloroplastos. 4. Hipertnica.
19
5. possvel prever que haver entrada de gua na clula, uma vez que ela perdeu gua quando em contato com a soluo saturada de cloreto de sdio. 6. Para realizar esse experimento pingar gua em uma das extremidades da lamnula e, com o auxlio de papel de filtro colocado na extremidade oposta, substituir a soluo de cloreto de sdio por gua. 7. Osmose a passagem do solvente de uma soluo atravs de membrana impermevel ao soluto. As clulas contem em seu interior uma soluo aquosa e, geralmente, esto imersas em outra soluo aquosa. Como a membrana plasmtica permevel gua, as molculas de gua podem passar para dentro e para fora da clula. A difuso da gua atravs da membrana celular semipermevel um caso especial de transporte passivo denominado osmose. Ela ocorre toda vez que a clula for colocada em um meio hipertnico ou hipotnico em relao ao meio interno da clula. IV. Mitose em raiz de cebola 1. 2. 3. 4. 5. A orcena ltico/actica funciona como fixador (cido actico + cido ltico) e como corante (orcena). O aquecimento apressa a colorao e, principalmente, distende os cromossomos facilitando sua visualizao. 2n=16, mas a contagem no simples. Anlise da preparao ao microscpio A mitose tem quatro fases: prfase, metfase, anfase e telfase. Lembre-se que os cromossomos se duplicam na interfase, assim sendo, na primeira fase da diviso os cromossomos j esto duplicados. Prfase: os cromossomos se condensam passando da forma difusa observada na interfase para estruturas altamente empacotadas caractersticas da clula em diviso. Em microscopia ptica no possvel definir com preciso a transio de interfase para prfase. Considera-se que a clula est em prfase quando os cromossomos se condensaram a ponto de se tornarem visveis em microscopia ptica. As cromtides irms esto unidas pelo centrmero (que tambm esto duplicados). Metfase: os cromossomos apresentam condensao mxima e esto alinhados na parte central da clula formando a placa metafsica. Anfase: a fase mais curta da mitose, durante apenas alguns minutos. Ela se caracteriza pelo movimento das duas cromtides irms para plos opostos da clula. Todas as cromtides comeam a se separar ao mesmo tempo numa velocidade de 1 m/mim. Uma vez separadas, as cromtides irms passam a ser referidas como cromossomos filhos. Nessa fase possvel verificar a posio do centrmero em cada cromossomo (acrocntrico, metacntrico ou sub-metacntrico). Telfase: cromossomos filhos chegaram aos plos e comeam a se descondensar.
cromatina
7. A duplicao dos cromossomos ocorre no final da interfase, fase S. 8. Os nuclolos esto visveis na interfase, fase em que h sntese de RNA ribossmico. 9. No final da interfase, aps a fase S, os cromossomos esto duplicados. Na telfase, os cromossomos duplicados j foram separados, assim sendo, a quantidade de DNA em final de interfase o dobro em relao telfase. 10. Os seguintes processos ocorrem em: Condensao da cromatina nos cromossomos prfase at o incio de metfase O alinhamento dos cromossomos no centro da clula metfase A desintegrao da membrana nuclear prometfase a membrana integrada ao retculo endoplasmtico A chegada dos cromossomos nos plos da clula telfase. 11. A interfase a fase do ciclo celular mais freqente, pois nem todas as clulas esto em diviso ao mesmo tempo. A fase mais rara a anfase, por ser muito rpida.
20
VII. Observao de clulas humanas 1. 2. 3. 4. 5. O epitlio de revestimento, portanto, tecido epitelial. O etanol 70% um fixador de material biolgico, isto , ele preserva os componentes estruturais dos tecidos. O azul de metileno cora o citoplasma em azul claro e o ncleo em azul escuro. Citoplasma e ncleo. As clulas da bochecha aparecem isoladas, pois o processo de raspagem do epitlio desfez a associao entre as clulas.
VIII. Extrao de DNA de morango 1. O morango precisa ser esmagado, ou a organizao tecidual desfeita, para que os produtos qumicos usados na extrao (detergente e sal) cheguem at as clulas. 2. No passo 3. Os agentes mais empregados para a lise ou solubilizao das membranas so os detergentes. Diferentes detergentes extraem diferentes tipos e quantidades de lipdeos da membrana, juntamente com protenas. Os detergentes solubilizam ou dispersam material insolvel em gua por meio da formao de agregados microscpicos (micelas). 3. O sal proporciona um ambiente favorvel para o processo de extrao, pois contribui com ons positivos (NA+) que neutralizam a carga negativa do DNA. 4. Papel do etanol - O DNA contido na fase aquosa est dissolvido em gua. Na presena de concentraes relativamente altas de ctions monovalentes (Na+), o etanol induz uma mudana estrutural transitria na molcula dos cidos nuclicos ocasionando sua agregao e precipitao. Em outras palavras, o DNA sai de soluo e precipita. Como o DNA tem tambm menor densidade que os outros constituintes celulares, ele se localiza mais prximo superfcie da soluo. 5. A estrutura de dupla hlice s pode ser visualizada de modo indireto e atravs de aparelhos sofisticados. O que voc est observando so milhares de fitas de DNA juntas. 6. Como o DNA genmico formado por molculas muito longas (lembre-se que cada cromossomo formado por uma nica molcula de DNA) inmeras quebras mecnicas so originadas nos procedimentos de extrao. As maiores molculas apresentam tamanho de cerca de 30.000 pares de bases. Por outro lado, como as drogas utilizadas na extrao no eram puras (detergente com corantes, por exemplo) elas ocasionam quebras adicionais nas molculas de DNA.
21
1 cm
olho nu
1 mm
MicrOScpiO pticO
20 mm
2 mm
0,2 mm
100 m
clula vegetal
10 m
clula animal
microscpio eletrnico
1 m
bactria
20 m
2 m
0,2 m
100 nm
vrus e ribossomo
10 nm
protena globular
1 nm
pequenas molculas
20 nm
2 nm
0,2 nm
0,1 nm 1
tomo
Figura 2
Figura 1
22
Figura B Figura A
interfase mitose interfase
origem de replicao
+
centrmero
Figura E
cromossomo
Figura C
cromossomo
cromossomo
Figura D
Figura F
23