O Chorar Dos Anjos - Livro I - Os Sete Céus (Bookess)

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Vinicius Littig

Os Sete Cus
O Chorar dos Anjos Livro I

Editora Bookess 2012 Segunda Edi o

Dedico este livro aos seus leitores, aos meus amigos e, principalmente, minha vida. Obrigado por me darem foras e inspirao necess rias, mesmo em momentos de muita dor, para ir adiante.

Prlogo Iniciando o Fim

ida. Uma curta e simples palavra, mas que envolve um complexo e interminvel equilbrio. O incio e o fim desse inacabvel ciclo tm um nome: Morte. Eu ostaria de ol!ar para tudo que " passei e poder di#er que sou normal. $ue, assim como mil!ares de almas que va am pelo planeta, no final sou apenas mais um ser qualquer que terminar seu ciclo e poder receber a %nica pa# verdadeira: a do descanso eterno. O meu nome & $lon. $lon 'arrior Eros. ()o sei o que sou, nem meu real ob"etivo aqui. * min!a idade n)o interessa, n)o far a menor diferen+a. Esse livro n)o & um livro de !ist,rias. - apenas o desabafo mudo da vida de uma criatura perdida, cu"os ob"etivos foram estripados, ale rias dilaceradas, son!os destrudos e certe#as mutiladas. .oda !ist,ria tem um come+o. * min!a tamb&m. Um come+o feli#, um come+o para o qual ostaria de retornar. Mas antes do come+o, vou voltar no labirinto do tempo apenas mais um pouco. Mais exatamente um ano antes. /eve ter sido ali que todas as dimens0es se romperam. Ano 999 da Era Chaos Reino de Seal Estou e! casa" #inha a$erto a %orta& O vento $atia e! suas costas' e (a)ia seus ca$e*os' dou+ rados e *ongos o su(iciente %ara tocar seus o!$ros' esvoaare!& Seus o*hos' de u! a)u* crista*ino e ,uase inco!%ar-ve*' $ri*hava! radiantes dentro de o*heiras %ro(undas& .!a $ar$a %or (a)er dei/ava c*aro o tota* desa%ego %e*a a%ar0ncia& E! seu cor%o re*u)ia u!a ar!adura %rateada' co!%*eta de o!$reiras at1 as !a+ no%*as e grevas& E! sua ! o es,uerda seu e*!o estava seguro' %reso (ir!e+ !ente& A sua ! o direita re%ousava e! ci!a de sua es%ada' %resa 2 cintura' *o+ ca* ,ue ,ueria ,ue e*a %er!anecesse %or te!%o indeter!inado& Era a*to' u! !e+ tro e oitenta& Cor%o (orte' co!o o de todo so*dado deve ser& E e! suas costas a,ui*o ,ue dava seu di(erencia*& Asas& #r0s %ares de*as' grandes e de %enas !eio turvas' a*gu!as ainda !anchadas co! o *3,uido escar*ate do ca!%o de $a+ ta*ha& O seu no!e era 4onan& 4onan 5arrior& 6uerido" 4onan" 7ina*!ente est- de vo*ta"

"

8o a*to das escadas ,ue condu)ia! ao segundo andar desceu sua es%osa' #era Eros& #inha u! !etro e sessenta& Seus o*hos acin)entados $ri*hava! re*u+ )entes de contenta!ento& Seus ca$e*os' negros e *ongos' ,uase tocando o ch o no (i! de u!a trana' $a*anava! de u! *ado %ara o outro en,uanto corria& Ao chegar %erto de seu a!ado' dei/ou o cor%o cair so$re seu %eito& .sava u! *ongo vestido de seda da cor $ranca' ,uase igua* 2,ue*es usados %or noivas& Sa%ati+ *has %e,uenas (itava! seus %1s e %e,uenos orna!entos' co!o u! co*ar de %1+ ro*as negras e u!a torno)e*eira dourada cravejada de dia!antes na %erna direi+ ta' dava!+na u! as%ecto (ino' e*egante' su%erior& 1*presento meus pais. Meu pai se c!ama 2onan 'arrior. * famlia de meu pai vem de uma lon a lin!a em de uerreiros celestiais que, muitas ve#es, sacrificaram suas vidas pelo seu reino. 3im, talve# eu devesse come+ar falando do reino onde vivemos e por que precisa de tal prote+)o... 4ois ent)o, bem-vindos ao 2eino de 3eal. .amb&m c!amado de reino dos an"os, o reino de 3eal & um continente errante, que va a sublime acima das nu vens. - aqui que est)o refu iadas as criaturas celestiais, cu"a miss)o & prote er o planeta evitando a ascens)o e domnio demonacos. .udo o que fa#em & prote er o equilbrio. 5u# e trevas, o bem e o mal. 6oltando a falar da min!a famlia paterna, meu pai &, em suma, o prod io. O uerreiro mais forte de toda uma lin!a em voltada para a uerra. *os 78 anos " !avia tornado-se o eneral mais forte que o reino " tivera, eliminando mil!ares de dem9nios no campo de batal!a com sua espada, passada de era+)o em era+)o. 3anctus. * l:mina dos deuses, espada sa rada. * min!a m)e viera da famlia real. Eros, uardi0es do reino e lderes de um povo. 4rova disso eram seus ol!os acin#entados, marca da famlia. Eles se con!eceram em campo de batal!a, em uma situa+)o um tanto quanto inusitada. Min!a m)e pertencia ao topo da sociedade e, ra+as a isso, n)o saia muito do castelo real. ;nconformada com a inanidade dos bur ueses diante do sofrimento causado pelo confronto, fu iu do castelo para batal!ar em campo, infiltrando-se, clandestinamente, como um soldado. (a &poca tin!a 8< anos. O meu pai, em contrapartida, estava nos seus 8=. (essa idade, os cadetes come+am a ir para a uerra para adquirirem experincias, colocar em prtica aquilo que passaram anos estudando. 4or sorte, o destino fe# min!a m)e, disfar+ada de cadete, ir pa rar ao lado de meu pai, no mesmo batal!)o. Em um momento da luta, ela, que n)o sabia ao certo manusear uma arma, ainda mais uma polearma, viu-se cercada e desarmada, entre ue > sua sorte. E ent)o meu pai socorreu-a. Em uma fra+)o de se undo, os dem9nios foram decapitados e seu san ue manc!ou todo o cenrio. ()o & exatamente a cena que marca o incio de um relacionamento, mas... E, desse incio de rela+)o, sur iu seu romance. /esse ponto, a !ist,ria se inicia aproximadamente sete anos ap,s.? 6uerida&&& eu&&& eu&&&" + 4onan n o encontrava %a*avras %ara e/%ressar

sua a*egria& 9 o %recisa di)er nada se n o ,uiser& A%enas su$a' retire seus e,ui%a+ !entos e to!e u! $anho& Eu %re%ararei u! e/ce*ente jantar en,uanto se a%ronta& At1 *-' descanse&

8eu u! *eve $eijo e! seus *-$ios' e' sa*titando' dirigiu+se 2 co)inha' no (i! do corredor& 4onan (icou a*i' %arado na %orta' a%enas a*guns segundos' en,uanto a%reciava a cidade& Ah si!' sua t o esti!ada Aeria' ca%ita* de Sea*& Cidade ,ue e*e vivera desde seu nascer' a ,ua* e*e (oi ensinado a de(ender& A,ue*e era o %ri + !eiro anoitecer de !ais seis !eses de %a)& 1*!, a pa#. 2e alia que o planeta " n)o tem a muitos, muitos anos. /esde um incidente em um passado remoto, a desordem se ori inou. *s oito ra+as, que antes viviam em perfeito equilbrio e !armonia, esqueceram seus valores e fun+0es e passaram a batal!ar entre si pelo poder. .alve# os an"os, seres puros, fossem os %nicos que n)o tivessem sido afetados por esse incidente que se perdeu dos livros de !ist,rias e, talve#, do consciente coletivo.? 8evaneios 2 %arte' su$iu as escadas e vo*tou ao seu ,uarto' cujo *oca* n o es+ tivera a duas *ongas esta:es& #udo %arecia novo& Os !;veis antigos' a jane*a atr-s da ca!a' co! suas *ongas cortinas a)u*+ce*este' o ta%ete (eito co! %enas de gri(o&&& A nosta*gia to!ou sua ca$ea& #irou sua ar!adura co! !anchas es+ car*ates e co*ocou+a e! seu devido *ugar< u! !ane,ui! antigo' se! asas' ,ue co!%rara e! sua viage! a Co*ossus' a cidade neutra da hu!anidade& A%enas vestindo u! !anto' i!%regnado de suor e sujeira do te!%o ,ue se %assou no ca!%o de $ata*ha' dirigiu+se ao $anheiro& O ,uarto era u!a su3te' n o %recisaria andar %e*os corredores %ara to!ar seu !erecido $anho& Encheu a $anheira de -gua !orna' retirou seu traje e !ergu*hou at1 a ca$ea& 7echou os o*hos' en+ ,uanto %rendia sua res%ira o& Cenas re%etia!+se e! sua ca$ea&&&

$%e&o corpos, ve&o soldados. 'or todo o campo espalhados. (eus corpos, mutilados. De seus olhos e feridas, sangue e l grimas &orrados )orrendo pelo cho em pe*uenos riachos. %is+es *ue dei,am a todos atormentados.-

8e s=$ito' sua ca$ea e!ergiu da -gua& As ri!as anotadas %or e*e e! seu di+ -rio de $ata*ha viera! 2 sua !ente co! (ora assustadora e so!$ria& 8evia es+ tar (icando *ouco& >rinci%a*!ente %or escrever %oesia e! re*at;rios de guerra& 6uerido' a re(ei o" + ?ritou u!a vo) descendo as escadas& 4onan co*ocou u!a es%1cie de @%ija!aA usada %e*os anjos& .!a !anta *onga e $ranca' (eita de a*god o co!u!& Co!o as asas ,ue os anjos %ossue! atra%a+ *ha! na vesti!enta' necessitando criar+se ori(3cios ,ue se ajuste! as suas sa3+ das' rou%as *eves e (o*gadas era! co!u!ente usadas& Ou se!%re havia a o% o de encant-+*as co! !agia' %ara ,ue o tecido %assasse %e*as articu*a:es e %e+ nas& Ou' ainda' ocu*tar as asas co! !agia& E! su!a' o cor%o ange*ica* dava a vantage! do voo' !as' e! contra%artida' criava certas di(icu*dades& 4onan teve u!a agrad-ve* noite conversando co! sua es%osa durante o jantar' en,uanto e*a contava tudo ,ue acontecera na cidade nos !eses anteriores& B- no (ina* da con+ versa' 4onan *e!$rou+se de a*go< 6uerida' deve!os nos %re%arar& A!anh j- 1 a (esta so*ene de nossa (a+ !3*ia& C1us&&& Co!o o te!%o voa&&& >re%arar+nos co!oC B- sa$e!os o ,ue va!os vestir' co!o va!os ir e o te!%o ,ue va!os (icar& 9 o acho ,ue necessite!os de !ais %re%aro' to+ dos os anos s o a !es!a coisa& Si!' !as esse 1 u! ano !uito es%ecia*' !eu a!or& A %ro/i!idade co! a virada !i*enar (a) co! ,ue os !ortais tenha! u!a necessidade es%iri+ tua* !aior' e co! isso sua crena e (1 au!enta!& D $e! ca%a) de esse ano ter!os %resena dos nossos co!%anheiros do !undo ce*estia*&

14ara prosse uir com a !ist,ria, deixem-me explicar al o. O reino de 3eal era sim povoado por an"os, mas n)o todos. (o reino celestial, a casa verdadeira de todos os an"os, tamb&m c!amado de 2eino Eterno ou 4araso, est)o situados os an"os que cuidam da parte @administrativa@. 4ara 3eal foram ordenados apenas aqueles que podem batal!ar, os soldados. *ntes da desordem se ori inar no equilbrio, n)o !avia a necessidade de enviar nen!um an"o para o reino mortal, apenas em raras ocasi0es. Mesmo porque, quando os an"os descem ao lar dos mortais, tornam-se mortais como eles. (o reino celestial podem viver pela eternidade. Mas n)o mortais como um !umano, que c!e a a viver em seu mximo cem anosA *n"os podem viver at& mil anos, e o envel!ecimento de seu corpo & bem diferente. Bomparados a um !umano, desenvolvem-se fisicamente do nascimento at& os 78 anos. /epois disso, permanecem eternamente "ovens e belos, at& sua morte, quando seu rosto enru a e seus cabelos embranquecem. - uma anti a maldi+)o, que n)o posso mencionar ainda...? Ent o' o ,ue acha ,ue deve!os (a)er agora' ,ueridoC 9 o sei' ta*ve)&&&

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Se! ta*ve)& + Interro!%eu+o sua es%osa' co! deter!ina o& + Os an(itri+ :es s o seus %ais' e*es sa$e! o ,ue (a)er& E ta!$1!' o !-/i!o ,ue ire + !os conseguir 1 conversar co! a*gu! de*es& Eas ouvi di)er ,ue durante os anos (ora! (icando arrogantes %or suas (un:es sere!' hi%otetica+ !ente' !aiores ,ue as nossas& A!or' sa$e ,ue n o deve!os (a*ar assi! de*es' e ne! *evantar !ur!=+ rios& A*1! do !ais' deve ser u!a e/%eri0ncia =nica conhec0+*os&&& A !inha (a!3*ia !ant1!+se conectada co! e*es desde ,ue (ora! os es+ co*hidos %ara reinar nesta terra& Eeus %ais !ant0! certos assuntos co! e*es' e co! isso ouvi os $oatos& 8e ,ua*,uer !odo' es%ero ,ue ,uando chegue! nossos F00 anos %ossa!os vo*tar %ara *- e ser %ou%ados da !orte a$so*uta& Si!& Eu a%enas sinto %ena da,ue*es ,ue (ora! !ortos no ca!%o de $a+ ta*ha&&& Onde ser- ,ue suas a*!as est oC

14ara incentivar os an"os a batal!arem, a promessa que receberam foi que suas vidas seriam poupadas, pois quando qualquer corpo mortal morre ele passa a fundir-se com a for+a do planeta, de uma certa forma. *inda & demasiado cedo para explanar certos detal!es. Mas, depois disso, nin u&m sabe seu destino al&m dos deuses. Ent)o, nada mais "usto do que recompensar bravos soldados que por anos lutaram com um descanso no 4araso, sua terra intocada.? 8e ,ua*,uer !odo' o dia seguinte seria contur$ado& 7ora! deitar+se cedo' a!ando+se durante a noite& G Ao raiar do so* do dia seguinte' *a!entos %odia! ser ouvidos& CHnticos e! *a+ ti! e %essoas se a!ontoando nas *-%ides' tentando ver o se%u*ta!ento de !ais u! cor%o ,ue %ara a terra se (oi& A casa dos 5arrior era $e! e! (rente ao ce!i+ t1rio de Aeria' o ,ue (a)ia co! ,ue todos os dias da vida de 4onan (osse! usa+ dos %ara u!a %ro(unda re(*e/ o so$re a vida e a !orte& 8o %ara%eito da %e,uena varanda e! (rente ao seu ,uarto' de$ruado estava' aco!%anhando o cor%o descer 2 terra& Os coveiros atirava! so$re e*e a,ui*o ,ue *ogo o a$sorveria& Sua (a!3*ia regava sua *-%ide co! *-gri!as' desconso*ada& Isso (a)ia co! ,ue %en+ sasse e! co!o seria o seu enterro& Cada cor%o ,ue via ser engo*ido %e*a terra ti+ nha sua (ace& 9enhu! dos (a!i*iares tinha rosto& O %adre' u! de!Inio& #ais so + nhos ocu%ava! seus %ensa!entos en,uanto dor!ia& 9e! !es!o o ca*or de sua a!ada ou o vento (resco da !anh %arecia! acord-+*o& >or !uito te!%o sentia+se !ais !orto do ,ue vivo& As (o*has secas co!eava! a cair das -rvores' !arcando o in3cio do outono& A 1%oca se! guerra' %ois o c*i!a es(riaria e o sangue (rio dos de!Inios conge*ar' ainda !ais na,ue*a a*titude& Era! os seis !eses !ais %acatos ,ue o reino entra+

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va' o in3cio do outono ao (i! do inverno& 6uando vo*tasse a %ri!avera' guerras sucessivas tiraria! a %a) dos ha$itantes de Sea* at1 o (i! do ver o& Esse cic*o re%etia+se ano a%;s ano no decorrer do !i*0nio& E se a*gu1! ,ueria so$reviver no reino' ou deveria ser u!a !u*her' ,ue servia o%ciona*!ente ao e/1rcito' ou deveria ser (orte' %ara en(rentar a !orte e ainda assi! so$reviver& 6uerido' j- de %1C + >erguntou #era indo ao seu encontro& E ,ue! consegue dor!ir co! esse $aru*ho e! (rente de casaC Se eu (osse voc0' n o rec*a!aria& 6ue! co!%rou esse terreno (oi voc0& Si!& Eas ta!$1!' esta cidade est- toda ocu%ada& 9 o ,ueria construir u!a casa !uito *onge do centro e ta!$1! n o ,ueria as rega*ias ,ue ti+ nha ,uando !orava co! !eus %ais' ou seus %ais& .! dos !otivos ,ue !e (e) treinar tanto (oi&&& Inde%end0ncia& Eu j- sei& Voc0 j- (e) ,uest o de co!entar isso cerca de ce! ve)es' ainda n o se cansouC + 8isse #era e! to! de riso& A%ro/i+ !ou+se de*e e deu u! $eijo e! seu rosto& + Agora' v- se arru!ar& Voc0 ainda n o cuidou tota*!ente de sua a%ar0ncia& Ca$e*os ouriados' $ar$a %or (a)er' unhas %or cortar&&& Sugiro ,ue se arru!e& #e! ra) o ,uerida& E n o se es,uea de %er(u!ar+se $e!& O cheiro de suor e sangue estt o i!%regnado e! seu cor%o ,ue vai de!orar se!anas %ara sair&

4onan cheirou seu %unho& >recisava de u! novo $anho& G En,uanto 4onan (a)ia o (avor de a%ru!ar+se %ara a grande noite' #era saiu 2s ruas %ara co!%rar u! novo vestido na a*(aiataria& Co!o era costu!eiro %ara u!a %rincesa' ja!ais usara o !es!o vestido de (esta e! ocasi:es di(erentes& A,ue*es ,ue j- usava' doava& 9o ca!inho %ara *-' ouviu a*guns !ur!=rios das don)e*as ,ue saia! cedo de casa %ara (o(ocar& Voc0 (icou sa$endoC 8o $ai*e dos 5arriorC Si!' (i,uei& >arece ,ue Jurius estar- *-" Jurius' o e/i*adoC Shhhh" 7i,ue ,uieta" >arece ,ue e*e retornou do e/3*io %ara vingar+se de 4onan& Essa $ata*ha eu gostaria de ver" Eas e*es n o s o ir! osC S o" E*e %egou o e/3*io %or tentar assassin-+*o' !as %arece ,ue arre%en+ deu+se& Ees!o assi!' acho ,ue seria inevit-ve* u! acerto de contas&

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6uando %erce$era! ,ue o vu*to de #era as encarava' dis%ersara!& Be!' se o ru!or era !es!o rea*&&& 9 o ,ueria ne! %ensar nisso& A*1! do !ais' co!o duas si!%*es cidad s sa$eria! dissoC >egou seu vestido enco!endado havia !eses e %agou+o co! a*gu!as !oedas de ouro& Era %reto' e contrastava co! sua %e*e de u!a (or!a su$*i!e' es%etacu*ar& Vo*tou %ara casa e seu !arido estava no jar+ di!' cuidando dos roseirais& 1*c!o que seria bom descrever a casa em seu exterior. Era uma casa de dois andares, com um terceiro andar sendo o s,t)o acima do quarto de meus pais. Os muros eram randes, de pedra, c!e avam a dois metros de altura e eram co bertos por mus os e ramos de trepadeiras. *ssim com as paredes da casa. .amb&m feitas de pedras, mas pintadas de branco, eram cobertas por plantas @deco rativas@, pelo menos no andar de baixo, pelo fato da casa ter sido concluda dois anos antes na lin!a do tempo desta narrativa. O "ardim era rande, e rodeava toda a casa. (os fundos, uma pequena estufa e al umas rvores fa#endo sombra em um la o coberto por flores de l,tus completavam o cenrio.? 6uerido' aconteceu a*goC Voc0 se *e!$ra de ,uando co!ea!os a construir esse jardi!' *ogo no outono ,ue co!%*etei essa casaC + 8isse' de$ruado so$re u! canteiro& Si!' voc0 disse ,ue co*ocaria (*ores *indas' %ara a%reciar!os todos os dias sentados na varanda& D& E at1 hoje n o tive o %ra)er de ver tais (*ores desa$rochare!&

.!a (*or se des!anchou diante de seus o*hos' junto co! u! (orte vento ,ue carregou o cha%1u ,ue #era estava usando %ara *onge& #era %er!aneceu e! si+ *0ncio& 7oi at1 onde seu cha%1u se encontrava e o co*ocou nova!ente e! sua ca$ea& Vo*tou ao *ugar e! ,ue seu !arido %er!anecia a$ai/ado e sentou+se nas %edras ,ue revestia! a %assage! condu)indo at1 a entrada& #udo $e!' !eu a!or& Ees!o ,ue n o as veja desa$rochar' voc0 cuida de*as durante todo o inverno' %rotegendo+as& A%osto ,ue ,uando e*as de+ sa$rocha! durante a %ri!avera s o !uito gratas %or todo o te!%o e es+ (oro ,ue dedica a e*as& + 8isse #era co! u! !eigo sorriso e! sua (ace& Agora ande& Va!os entrar' ,uero ,ue !e ajude co! o vestido& E ta!+ $1!' tenho ,ue contar a*go i!%ortante& O ,ue seria assi! t o i!%ortanteC + Assustou+se o so*dado& Conto *- dentro& 9 o ,uero ,ue os vi)inhos oua!& 9essa cidade %arece ,ue o %r;%rio vento reve*a segredos&&& A!or' nossos vi)inhos est o !ortos& + Le!$rou+a&

4onan entendeu o ,ue e*a ,uis di)er&

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Ah&&& D !es!o& + 9otou e! u!a !esc*a de constrangi!ento e risadas a$a(adas&

En,uanto 4onan ajudava #era a se trocar e! seu ,uarto' e*a e/%*icou o ,ue ouvira nos !ur!=rios ,ue %ercorria! as ruas de Aeria& Ent o ,uer di)er ,ue !eu ,uerido ir! o)inho vai estar 2 !inha es%era %ara vingar+seC Es%*0ndido" @Es%*0ndidoA voc0 di)C Acho isso e/tre!a!ente %erigoso" E a*1! do !ais' i!agine a $a*$=rdia ,ue seria u!a $ata*ha e! !eio a u!a (esta %acata" Ainda !ais co! re%resentantes dos sete c1us" Si!' est- certa& 8e ,ua*,uer !odo' n o dei/arei de carregar !inha es%a+ da caso e*e ,ueira atacar+!e& Voc0 1 *oucoC D %or essa herana de (a!3*ia ,ue tanto $rigara! e %or causa de*a seu ,uerido ir! o)inho (oi condenado ao e/3*io" 8everia *e!+ $r-+*o da hist;riaC 9 o ser- necess-rio' e*a ainda asso!$ra a*guns de !eus sonhos& E co!o %Ide ver' ne! (oi u! grande e/3*io assi!& .!a d1cada a%enas& Acho ,ue os ju3)es de nosso reino (ora! $on)inhos de!ais& >ara a*gu1! ,ue tentou !atar seu ir! o en,uanto dor!ia' concordo %*e+ na!ente& Vai ver e*e est- arre%endido& Voc0 deveria estar !ais ca*!a& Eu' ,ue sou o a*vo' se,uer estou %reocu%ado& S; %or,ue sua ha$i*idade 1 grande e voc0 1 o !ais (orte so*dado do rei+ no' eu n o estaria t o con(iante& #udo %ode acontecer a %artir do !o!en+ to ,ue voc0 entrar %e*a %orta da,ue*e %a*-cio&

E*a estava certa' e e*e sa$ia& Jurius era seu ir! o' !as' !es!o assi!' %arecia n o ter a ess0ncia dos 5arrior& Era o (i*ho !ais ve*ho' o %ri!og0nito' !as' !es+ !o tendo a,ue*a d-diva' o esco*hido %ara rece$er a es%ada da (a!3*ia (ora 4o+ nan& Sanctus' a es%ada su%re!a' ,ue (ora (orjada e! u! te!%o re!oto e cuja hist;ria era contada atrav1s de *endas& >or causa da esco*ha dos %ais' Jurius re+ $e*ou+se e tentou !atar 4onan e! u! ato i!%ensado' atacando+o en,uanto dor+ !ia& 4onan (oi ha$i*idoso ao %erce$er e de(ender+se do ata,ue co!o %odia& >e+ gou a es%ada ,ue n o saia de seu *eito e sacou+a ra%ida!ente' arrancando u! %edao de u!a das asas de seu ir! o& Co!o %ena %or ta!anha crue*dade' Ju+ rius (oi sentenciado ao e/3*io + vagar entre os hu!anos co!o u! !orta* ,ua*,uer + %or u! te!%o indeter!inado' at1 ,ue seu arre%endi!ento (osse co!%rovado& 8e ,ua*,uer !odo' 4onan n o achava ,ue e*e iria vingar+se& 9 o ,uando u!a

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@condiciona*A estava e! jogo& >or via das d=vidas' usou sua so*ene rou%a de co+ !andante %ara ocasi:es (or!ais e %rendeu a es%ada nova!ente e! sua cintura& A (esta co!ea ao %Ir+do+so*& Ainda te!os te!%o' ne! chega!os no Cu!e& O ,ue (are!osC + 8isse 4onan&

14ara um nvel de curiosidade, naquela &poca o tempo do dia era medido pelas sombras e pelo sol no c&u. /e acordo com a inclina+)o das sombras pro"etadas em um rel, io solar, era possvel saber em que perodo do dia estava. (a cultura an elical, existiam cinco perodos. O nascer do sol representava a @*scens)o@. $ualquer um que n)o se levantasse nessa !ora era considerado um pre ui+oso. O se undo perodo & o c!amado @/espertar@. *s randes atividades do dia se iniciam nessa !ora e duram at& o @Bume@, a metade do dia. O @Bume@ durava um cerca de duas !oras, que eram de @descanso obri at,rio@. *cabado o @Bume@ iniciava-se o @/eclive@. Cora de terminar as tarefas e preparar-se para o descanso que vin!a ap,s o p9r-do-sol no perodo c!amado @3ombra@, que se estendia do p9r ao nascer do pr,ximo sol.? @O ,ue (are!osAC 6ue ta* !e contar tudo ,ue ocorreu nos =*ti!os seis !esesC A(ina* de contas' sou sua es%osa& 9 o acho ,ue gostaria de sa$er so$re cad-veres e sangue& Isso 1 de+ !ais %ara u!a %rincesa& + 8e$ochou 4onan& 9 o gosto dessas %iadinhas' sa$e $e!& S; %or,ue voc0 teve ,ue !e %roteger a,ue*a ve)&&& Isso n o signi(ica nada& 8urante o te!%o ,ue este+ ve (ora' estive treinando !inhas %er3cias co! o arco& Concordo' seu ca$e*o se!%re est- $e! %enteado&

1*rco era, al&m do t)o famoso componente do arco e flec!a, uma esp&cie de pente que era uma metade de crculo com diversos @dentes@ e buracos, feito para desembara+ar os cabelos. *penas curiosidade.? Engraadinho& E*es es%erara!' conversando' %or a*gu!as horas& 4onan contou co!o (ora no ca!%o de $ata*ha e co!o a situa o estava di(3ci* %ara e*e nos =*ti!os anos& A %ro/i!idade co! a virada do !i*0nio n o (a)ia as %essoas de%ositare! suas crenas a%enas no $e!& Eagia negra era (eita co! !ais (re,u0ncia' o ,ue (orta + *ecia !uito os de!Inios& >or (i!' contou ,ue a %r;/i!a guerra seria a !ais di(3ci* de sua vida' e ,ue n o tinha certe)a de seu retorno& A%;s aca$ar' (icara! o*han+ do u! ao outro' ca*ados& O so* desa%areceu do c1u e os %ostes (ora! acesos nas ruas& Estava na hora de %artire!& 8era! as ! os e sa3ra! ca!inhando %e*a so!$ria Aeria' i*u!inada %e*a *u) da *ua e de %oucos %ostes& 1(aquela noite fatdica a roda do destino come+ou a irar com for+a, descontrolavelmente. /ia 7= de Devereiro de EEE da era B!aos.?

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Cap. 1 Boas Vindas Calorosas

noite estava c*ara& 9enhu!a nuve! no c1u estre*ado& As *ojas (echa+ va! suas %ortas e as ruas esva)iava!+se& A%enas a*gu!as se*etas %essoas andava! %e*as ruas de Aeria' dirigindo+se ao caste*o no norte da cidade& O da (a!3*ia 5arrior& A,ue*a n o era ,ua*,uer noite& Era a noite do in3+ cio de outono' e u! grande $ai*e estava %ara se iniciar& Os convidados era! a%e+ nas a,ue*es ,ue !antinha! re*a o co! a (a!3*ia& Eas' e! u!a sociedade onde %ratica!ente todos se conhece! e vive! at1 !i* anos' a se*e o era u! %ouco !ais rigorosa& 4onan e #era andava! %e*as ruas si$i*antes da cidade en,uanto via! v-rias outras %essoas se dirigire! ao !es!o *oca*& A*gu!as e! carruagens e*egantes' orna!entadas co! ouro' %rata e %edras %reciosas& Outras voando %e*os c1us' co! !edo de ,ue seus trajes (inos se sujasse!& 9 o ,ueria! !anter contato co! ningu1!& 4onan e #era andava! ca$is$ai/os a %assos *entos' desejando n o sere! notados& Andava! do *ado direito da rua' !es!o *ado e! ,ue 4onan !antinha a $ainha de sua es%ada e do *ado ,ue andava junto de #era& #udo %ara esconder a i!acu*ada Sanctus' sua es%ada ,ue era o s3!$o*o da (a!3*ia& Ees!o dentro da $ainha' ainda e!itia sua *u) a)u*+ce*este& Entrara! e! u! tortuoso $eco %or a*guns segundos& Sentia! ,ue estava! sendo seguidos& 4onan co*o+ cou a ! o no ca$o de sua es%ada e ocu*tou+se nas so!$ras' !as a =nica a*!a ,ue %assou %e*a rua a%;s e*es era u! gato vira+*atas& A%;s u! sus%iro a*iviado' continuara! seu %ercurso at1 atingir o %onto a*to da *adeira onde estava situado o caste*o da (a!3*ia& E ,ue caste*o& 9os ,uatro cantos de sua !ura*ha %er(eita!ente ,uadrada' ,uatro torres de vig3*ia !antinha! ar,ueiros e/%erientes ,uando seu servio era re,uisitado& Os !uros de tr0s !etros enco$ria! a vis o das -rvores (rut3(eras es+ %a*hadas ao seu redor' $e! cuidadas %e*os jardineiros& O %ort o de entrada era grandioso' %ossuindo cinco !etros de sua $ase ao to%o e tr0s de u! *ado ao ou+ tro do !uro& 8o *ado dos %ort:es' %ostes i*u!inava! a %assage! ,ue se esten+ dia at1 u!a %e,uena %onte' cru)ando o *ago arti(icia* ,ue circundava o caste*o& 8e%ois da %onte' u!a enor!e %orta (eita de !adeira' co! duas est-tuas de ca + va*eiros viradas %ara e*a& Aci!a da entrada' u!a g-rgu*a de %edra vigiava a %as+ sage! e encarava co! !aus o*hos os visitantes&

1!

O caste*o e! si era dividido e! ,uatro se:es< As tr0s torres' ao norte' *este e oeste da entrada' a grande c=%u*a centra*' os (undos e o a*tar su$terrHneo& A %or+ ta de entrada *evava 2 grande c=%u*a' *oca* onde era! rea*i)adas ceri!Inias so+ *enes e' no caso' as (estas& A torre do *este continha os ,uartos dos e!%regados' a torre oeste os re*ic-rios da (a!3*ia' sa*as e a*guns ar!a)1ns& 9a torre do norte se *oca*i)ava! os ,uartos da (a!3*ia& 9os (undos' a estu(a' ca!%os de treina+ !ento e casa de (erra!entas& Eas a %arte !ais i!%ortante do caste*o era o a*tar su$terrHneo' onde era! rea*i)adas reuni:es (a!i*iares %ara a discuss o de as+ suntos %ertinentes 2 (a!3*ia e certos rituais so*enes& Ao su$ir a *adeira' 4onan e #era se sur%reendera! co! os rece%cionistas< os %ais de 4onan' senhor e senhora .*isses e Juna 5arrior& E e' %aiC O ,ue est o&&& + Antes ,ue %udesse %ro(erir !ais ,ua*,uer %a+ *avra' sua ! e' Juna' a$raou+o %e*a cintura (orte!ente' (a)endo esca+ %ar todo o ar de seus %u*!:es& 7i*ho" Eas ,ue honra ter voc0 a,ui' e! nosso *ar' nova!ente" 7ica!os !uito %reocu%ados este ano' ouvi!os di)er ,ue a guerra estava !uito co!%*icada %ara nosso *ado& Si! ! e& E %oderei contar !ais durante o jantar se voc0 %uder evitar de ,ue$rar as !inhas coste*as& Oh" Ei* descu*%as& + 8isse Juna' desvinci*hando+se de seu a!ado (i*ho& + E voc0 #era' co!o te! %assadoC 9 o a vejo (a) u! ou dois !eses& Ah' estou $e!& 7e*i) agora ,ue seu (i*ho retornou %ara casa& + res%on+ deu' a$raando 4onan %e*os o!$ros& 7i*ho' est-va!os ansiosos %or sua chegada& + >ronunciou+se .*isses& + Va!os' entre!& Vie!os a,ui (ora a%enas %ara es%erar %or voc0s& Sua ir! !ais ve*ha' K**e' j- est- a,ui& E ,uanto a JuriusC + >erguntou+o 4onan& JuriusC 9 o rece$i not3cias de*e& E*e n o estava e! e/3*ioC 4u!ores ,ue corre! a cidade di)e! ,ue e*e (oi read!itido 2 sociedade& 8i)ia! ,ue e*e estaria a,ui hoje& Se e*e rea*!ente arre%endeu+se' + Interro!%eu+os Juna& + n;s o aceitare+ !os a,ui de novo& 9 o 1 !es!o' .*issesC

A e/%ress o (acia* de .*isses' ,ue !antinha u! curto e agrad-ve* sorriso na (ace' *ogo !udara nova!ente& 8esde o incidente %e*o contro*e da es%ada da (a+ !3*ia' onde se desentendera co! seu (i*ho Jurius' guardava u! %ro(undo desa+ %onta!ento e! seu cora o& 9 o conseguia entender o desejo %or %oder ,ue seu (i*ho !ais ve*ho %ossu3a& 9 o o criara assi!&

1"

Os %ais de 4onan era!' e! a%ar0ncia' t o jovens ,uanto e*e& Eas a%enas e! a%ar0ncia& O seu %ai' .*isses' tinha 1LF anos& Sua ! e' Juna' MM2& A!$os jo+ viais& 8e seus ir! os' era o cau*a& K**e tinha 101 anos e Jurius 10N& 9asceu e! u!a 1%oca ,ue seus %ais at1 desistira! de ter !ais (i*hos' a%esar de sa$e + re! ,ue era necess-rio criar herdeiros de sangue *eg3ti!o %ara %reservar a *inha+ ge! dos 5arrior& 1*ntes que eu prossi a, mais uma curiosidade: para manter uma certa lin!aem pura, era conveniente que al uns irm)os se casassem. ;sso preservava os @ enes@ da famlia. Blaro que n)o eram obri ados, tanto que 2onan casou-se com a fil!a de outra famlia. Mas, ainda assim, era uma tradi+)o que era preservada por necessidade.? O %ai de 4onan' .*isses 5arrior' era u! res%eitado cava*eiro da (a!3*ia 5ar+ rior& Assi! co!o seu (i*ho' e! sua juventude con,uistara v-rios t3tu*os' !as n o se e,ui%arava! ao do seu %rod3gio& #inha ca$e*os negros' curtos' co! u!a (ran+ ja ,ue enco$ria seus o*hos& >ossu3a cerca de u! !etro e setenta' e u! %orte at*1tico ainda !uito $o!& Assi! ,ue teve seu terceiro (i*ho' a%osentou+se da car+ reira !i*itar co! u! $ri*hante hist;rico de MFO&OO2 de!Inios destru3dos& A ! e de 4onan' Juna' era !ais ve*ha ,ue seu !arido' !as isso n o contava !uito& E*a' co!o toda 5arrior' esco*hera servir ao e/1rcito' ,ue %ara as (0!eas torna+se o%ciona*' e co! isso ganhara a a%osentadoria *ogo a%;s seu %ri!eiro (i*ho& Era u!a dedicada a!a)ona& E!%unhava sua *ana co! orgu*ho e a%osentou+se co! 1&L1P&QL0 de!Inios destru3dos& >assar de u! !i*h o de !ortes e! seu conta+ dor 1 a*go inco!u!' ainda !ais %ara u!a !u*her& A !1dia de !ortes causadas %e*os dois' %or ano' era assustadora& .*isses causava NOQF %or ano& B- Juna' MMP0 %or ano& Se!%re ,ue era conveniente' e*a jogava isso contra .*isses' !as a%enas %ara irrit-+*o& A(ina*' e! !enos anos de servio do ,ue seu ir! o' !atara !uito !ais do ,ue e*e %r;%rio conseguira& Eas' !es!o sendo ir! os' Juna n o se a%arentava co! seu !arido& E si! co! seu (i*ho' o ,ua* ju*gava ser seu c*one !ascu*ino& A!$os tinha! ca$e*os *oiros' o*hos a)uis+crista*inos e u!a %e*e $ranca& A%enas a a*tura ,ue os di(erenciava& Juna ti+ nha cerca de u! !etro e cin,uenta& >e,uena' !as no ca!%o de $ata*ha isso se tornava u!a enor!e vantage! contra seres !onstruosos& 6uerida' Jurius errou& + >onderou .*isses& + Ees!o ,ue e*e tenha arre+ %endido+se' deve!os trat-+*o co! rigide)& Se cria!os e*e durante u!a vida inteira' ,ueria ao !enos u! %ouco de res%eito da %arte de*e& E a%osto ,ue vai ter& Eas deve!os ser %acientes co! e*e& Viver entre os de!ais !ortais j- deve ter sido u!a %uni o severa de!ais %ara su%or+ tar& Aguentar sua %r;%ria (a!3*ia tratando+o !a* a%;s isso&&&& 9 o creio ,ue deva ser agrad-ve*& Eu (arei o !-/i!o %oss3ve* %ara a!$ient-+*o' !as s; se e*e es(orar+se %ara de!onstrar sua !udana& + 7ina*i)ou seu es%oso&

1#

Os %ais de 4onan %odia! ser gentis e carinhosos' !as' assi! co!o os che(es de cada (a!3*ia' era! e/tre!a!ente r3gidos e i!%arciais& A(ina*' u!a (a!3*ia de cava*eiros de %ri!eira c*asse deve !anter contro*e so$re a *inhage!& Continua+ ra! a conversar en,uanto atravessava! a %onte e %rosseguia! seu ca!inho di+ rigindo+se %ara o sa* o de (estas' ,ue *oca*i)ava+se na grande c=%u*a& 9o corre+ dor %rinci%a* ,ue *evava ao sa* o' u! *ongo ta%ete vinho co! $ordados e! dou+ rado guiava+os at1 o *oca* da ceri!Inia' en,uanto ,uadros de antigos !e!$ros da (a!3*ia os o*hava! das %aredes& Antes !es!o de chegar ao *oca* era %oss3ve* distinguir a*guns $aru*hos< vo)es agitadas de %essoas conversando' os %assos no %iso de %edra do sa* o' o so! de taas de vidro chocando+se *eve!ente u!a contra a outra e! u! $rinde e as notas !usicais e!itidas da har%a e do %iano ,ue' discreta!ente' dava! u! (un+ do !usica* ao a!$iente& #odos esses sons e! un3ssono ecoava! %e*as sa*as e corredores do caste*o' tirando a (rie)a ha$itua* do dia a dia da,ue*e enor!e a!ontoado de %edras& Ao entrare! no sa* o' 4onan %erce$eu a !es!a decora o& O enor!e *ustre %reso ao teto' as !esas co! suas toa*has $rancas e $ordados dourados' as to+ chas es%a*hadas %ara ajudar na i*u!ina o' a !esa co! o $an,uete' es%erando cordia*!ente a %resena do 4ei e 4ainha %ara ser tocada' e o %e,ueno %a*co %erto da varanda co! suas i!ensas %ortas (eitas de vidro& Esco*hera! u!a !esa %r;/i!a ao %a*co' co!o .*isses gostava& >ara e*e' o so! de toda a,ue*a gente era terr3ve*' e e*e %re(eria ouvir u!a $oa !e*odia do ,ue o arranhar de cor+ das vocais gerado %e*os convidados& Ao sentar+se' #era %erce$eu ,ue 4onan n o %arava de o*har ao redor se,uer u! segundo& Estava certa!ente 2 %rocura de Jurius& Sua ! o re%ousava so$re o ca$o da Sanctus& Estava %re%arado %ara ,ua*,uer !ovi!ento& G A conversa na !esa de*es n o durou ne! !eia hora' e a !=sica %arou& Cochi+ chos se es%e*hava! %e*o sa* o e !uito r-%ido a not3cia chegou ao ouvido de to+ dos< os reis estava! %resentes& E os an(itri:es da (esta n o estivera! no %ort o %ara rece$0+*os& 9 o ,ue isso i!%ortasse& A(ina*' e*es j- era! !e!$ros da (a!3+ *ia& E n o de!orou !uito at1 ,ue e*es se dirigisse! 2 !esa e! ,ue estes esta+ va! sentados& #era *evantou+se de s=$ito %ara cu!%ri!entar os %ais< Irving e O%a* Eros& Assi! co!o .*isses e Juna' era! ir! os& Eas co! u!a hist;ria u! %ouco !ais co!%*icada& Cinco anos a%;s Irving nascer' O%a* nasceu& 9a 1%oca o rei estava na guerra' e todo o reino (oi dei/ado nas ! os de u!a criana de cinco anos' %ois' a%;s o %arto' a rainha adoecera& En,uanto o rei estava envo*vido na guerra' travando *u+ tas no ca!%o de $ata*ha' a rainha !orreu& Se! sa$er disso' o rei continuou a ca!%anha iniciada' !as' no (i!' ta!$1! veio a (a*ecer nas ! os de u! dos OO grandes generais do in(erno&

1.

Irving' co!o o re!anescente !ais ve*ho da (a!3*ia rea* ainda vivo' co!eou a reinar !uito jove!' e guiou o reino %or 1%ocas -rduas' !as se!%re co! seu ins+ tinto de *iderana e a ajuda de s-$ios conse*heiros& Ao co!%*etar 1Q anos' to!ou co!o noiva sua ir! ' O%a*' e juntos era! rei e rainha desde ent o& O re*aciona+ !ento dos dois era u! %ouco (rio' no sentido ,ue carecia de to,ues' !as cheio de a!or& #a*ve)' %or conta disso' havia! dado a *u) a u!a =nica (i*ha& 9o !o!ento do $ai*e' Irving tinha MQ0 anos' e sua es%osa' O%a*' MOL& Irving era %arecid3ssi!o co! sua ir! & A!$os ruivos de o*hos %rateados' !as co! %enteados di(erentes& A rainha' assi! co!o sua (i*ha e todas as rainhas antes de*a' nunca cortara seu ca$e*o' o ,ue (a)ia co! ,ue e*e arrastasse *itera*!ente %e*o ch o& #inha u! !etro e sessenta' %e,uena e !agra' a*1! de !uito t3!ida& O rei era ,uase o o%osto& .! ca$e*o curto' ,ue !a* chegava nas ore*has& 9 o !uito !ais a*to' u! !etro e setenta' e u! cor%o ro$usto' co!o o de todo so*dado ,ue' assi! co!o e*e' $ata*hava constante!ente nas guerras& 9a,ue*a noite' o rei vestia u! e*egant3ssi!o (ra,ue a)u*+escuro co! deta*hes dourados e' a rainha' u! *ongo vestido' ta!$1! a)u*+escuro' (eito de seda& Ora' ora' ora" Se n o 1 !eu !e*hor genera*' 4onan 5arrior" Eajestade' 1 u! %ra)er rev0+*o& + 8isse 4onan curvando+se e! (or!a de rever0ncia& Se! !uitas cordia*idades a,ui' 4onan" Eu sou seu sogro" + 8isse o a(e+ tuoso Irving' a$raando+o& + E ent o' ,uando %retende dar+nos u! netoC >ai" + Intro!etera+se #era& + Isso n o 1 u! assunto %ara se tratar a,ui& E a*1! do !ais' acho ,ue esta!os !uito novos %ara ta*& 9unca se 1 !uito novo ,uando te! a!or' (i*ha& Eu e sua ! e tenta!os ter u! (i*ho desde ,ue nos casa!os' e o*ha ,uantos s1cu*os de%ois voc0 veio a surgir" 6uerido" + Es$ravejou O%a*' dando+o u! ta%a no rosto& + Isso n o 1 coisa ,ue se diga" Euito $e!' vou %arar %or a,ui antes ,ue !inha *inda es%osa (i,ue !ais ver!e*ha ,ue seus ca$e*os& Va!os sentarC

E durante horas e*es %er!anecera! a*i' conversando e vendo as horas %assa+ re!& At1 ,ue' e! u! deter!inado !o!ento da (esta' u!a !=sica !ais *enta co+ !eou a tocar& Era a dana dos casais& #era' !inha a!ada' concederia a seu es%oso o %ra)er desta danaC + >ediu 4onan' curvando+se %or e*egHncia& Si!' no$re cava*heiro& + 4es%ondeu #era en,uanto estendia sua ! o di+

2/

reita e co! a es,uerda a$a(ava risadas ,uase inaud3veis& Os dois danara! no sa* o' junto co! outros casais& Era u!a va*sa $e! *enta' a !es!a ,ue se costu!a tocar e! (estas de casa!ento& Os dois n o desgruda + va! o o*har& Voc0 acha ,ue 1 hora de tentar' 4onanC #entar o ,u0C #er u! (i*ho& + 8isse #era' escondendo u! %ouco o rosto& Eu adoraria ter u! (i*ho co! voc0& + Sussurrou e! seu ouvido& + E' co!o a gen1tica de nossas (a!3*ias 1 ra)oave*!ente estranha' a%osto ,ue irherdar a caracter3stica (3sica de seus %ais& COE LICE9RA' ES>E4O 9SO ES#A4 A#4A>ALTA98O A 7ES#A&

4onan sorriu *eviana!ente e deu u! suave $eijo nos *-$ios de sua !u*her&

E*es ria! ti!ida!ente da %iada' at1 ,ue&&& .!a vo) veio de ci!a das escadarias ,ue condu)ia! 2 torre norte& .!a vo) conhecida %or 4onan' %ois e*a n o saia de seus %ensa!entos desde a,ue*a noi+ te& Era e*e< Jurius' seu ir! o renegado& 4onan !andou #era de vo*ta %ara a !esa da (a!3*ia' en,uanto todos o*hava! es%antados a Jurius' descer do a*to da escadaria co! u!a es%ada !ontante sendo segurada e! sua ! o es,uerda& 4onan' visua*i)ando a cena' sacou a Sanctus t o r-%ido ,uanto u! %iscar de o*hos& E*a $ri*hava intensa!ente' distinguindo+se !es!o co! a i*u!ina o do a!$iente& Jurius era %arecido co! o %ai' !as de u!a (or!a !uito !ais so!$ria& O seu ca$e*o ta!$1! era negro co!o a noite' assi! co!o seus o*hos& Assi! co!o 4onan' tinha u! ca$e*o !1dio+*ongo' e !uito !a* cuidado& Era a*to' u! !etro e noventa de a*tura& Seu cor%o era (orte' !uito $e! treinado' e re%*eto de cicatri)es' todos no sa* o %odia! ver& E*e usava u!a ca%a negra nas costas& .!a ca*a *onga revestia suas %ernas at1 suas grevas& Suas !ano%*as agarra+ va!+se 2 sua es%ada' ,ue !antinha constante!ente a%ontada %ara o %eito de seu %e,ueno ir! o& 9 o %ossu3a u!a %rote o na ca$ea ou no tronco' o ,ue 4onan %ensava ser seu %onto (raco& Jurius" O ,ue ,uer a,uiC + Indagou 4onan' %revendo a res%osta& Aca$ar a,ui*o ,ue co!ea!os a a*guns anos atr-s' ir! o)inho& Voc0 te! a*go ,ue !e %ertence %or direito& Jurius' saia j- da,ui" + ?ritou a vo) de seu %ai' .*isses' vinda de entre as !esas& >ai' j- ,ue n o ,uis dar o ,ue era !eu' vi! reivindicar %or !i! !es!o& 7oi isso ,ue se!%re nos ensinou' n o 1 verdadeC Ser honesto' justo' *ea*

21

e $ata*har %or a,ui*o ,ue 1 seu& S; n o entendo %or ,ue n o !e deu e*a ,uando co!%*etei !inha !aioridade" Sou !uito !ais ve*ho do ,ue 4o+ nan" A es%ada ,ue esco*heu a 4onan co!o seu !estre' e n o voc0" 6uando sua !aioridade chegou e derra!ei seu sangue so$re a es%ada' e*a n o $ri*hou" Voc0 nunca (oi o esco*hido" Voc0 e essas *endas de (a!3*ia de novo" 8esde ,uando %ode u!a es%a+ da se*ecionar seu !estreC Isso 1 %ura *oucura" 9 o !e venha co! essas hist;rias to*as' eu sou o %ri!og0nito" E se!%re (oi o %ri!og0nito nesta (a+ !3*ia ,ue a rece$eu' e agora 1 !inha ve)" Ees!o ,ue a %egue' voc0 nunca %oder- ativar o %oder ocu*to de*a' seu to*o" >ara voc0 e*a n o ir- %assar de u! %edao ,ua*,uer de ao' o ,ua* nunca !anusear- direito" Isso se conseguir i-+*a" S; sa$erei disso se %uder %eg-+*a"

8i)endo isso' %egou i!%u*so at1 cinco !etros adiante' onde se encontrava seu ir! o& A !aioria dos convidados j- havia (ugido& S; restara! a*i #era' O%a*' Juna' .*isses e Irving& #odos chocados o*hando os aconteci!entos& O i!%acto das *H!inas se chocando (oi ensurdecedor& A !ontante de Jurius (ora travada %e*a *H!ina da Sanctus' ,ue 4onan %arecia segurar se! (a)er !uita (ora& Ju+ rius' %e*o contr-rio' (ocava todos os seus !=scu*os e! sua ar!a& 4onan deu u! i!%u*so %ara tr-s e a es%ada de Jurius tocou o %iso do sa* o' (or!ando u!a cra+ tera ,ue engo*ira !etade das !esas e o %a*co& #rocava! o*hares& Jurius n o escondia sua (=ria& Co! cada ve) !ais (ora se+ gurava sua ar!a' en,uanto es%erava %or a*gu!a a o de 4onan& Co*ocara a !ontante aci!a da ca$ea' e! sua %osi o de ata,ue& >arecia ter es%erado a vida toda %or a,ue*e !o!ento& 4onan' %e*o contr-rio' %er!anecia ca*!o& Sua Sanctus estava (orte!ente segura' !as n o ao %onto de es!agar seu ca$o& Suas %ernas estava! se%aradas e seu tronco *eve!ente a*ongado %ara (rente& Sua es%ada (oi %osta e! u!a hori)onta* %er(eita' na a*tura de seus o!$ros' na (rente de seu %eito& >or u! certo %er3odo' o $aru*ho irritante do si*0ncio to!ou conta do a!$iente& E e! u!a (ra o de segundo' !ais u! tinti*ar de *H!inas& Segundos a%;s' !ais u!& E !ais u!' e !ais u!& Os dois cor%os havia! desa%arecido no ar& A%enas o vento ,ue era constante!ente cortado assoviava' e as *H!inas so*tava! (a3scas& Ve) ou outra' u!a !esa era destru3da& >artes do %iso trans(or!adas e! %oeira' %aredes es$uracava!+se& #udo nu!a (ra o de segundo t o r-%ida ,ue o*hos destreinados n o %odia! ver& 8e re%ente' o $aru*ho cessou& Os (a!i*iares o*hava! es%antados no andar de $ai/o' en,uanto no a*to do corri! o da escadaria estava 4onan' co! u!a incr3+

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ve* %ose heroica e nenhu!a gota de suor e! seu rosto& A es%ada ainda estava $e! (ir!e e! sua ! o& 9a %arte de $ai/o da escadaria estava Jurius' visive* + !ente cansado& O(egava (orte!ente' !as n o havia e! seu cor%o se,uer u!a (erida& 8esiste' JuriusC + >erguntava 4onan de u!a (or!a cordia*& At1 %arece ,ue n o !e conhece' n o 1 !es!oC + 4es%ondeu Jurius' sorrindo' !as o$via!ente irritado& Se voc0 continuar usando essas t1cnicas in=teis' n o conseguir- ne! ao !enos !e cansar& #e! certe)a ,ue deseja %rosseguirC

Jurius (e) u! !ovi!ento co! sua enor!e es%ada' e u!a rajada de vento (oi na dire o de 4onan' ,ue a%enas virando o cor%o de *ado dei/ou %assar& O go*+ %e a$riu u! enor!e rasgo na %arede e ,ue$rou todos os vitrais do andar su%e+ rior e in(erior& Ai est- sua res%osta& E! !ais u!a tentativa' Jurius usou sua investida (u*!inante %ara atacar& E! u! go*%e e! u!a vertica* %er(eita' tentou acertar 4onan' ,ue ne! se,uer usou sua es%ada %ara $*o,uear& >arou a !ontante de seu ir! o a%enas co! sua ! o nua& Co! u! chute de(erido contra a $arriga de Jurius' 4onan o atirou 20 !etros %ara tr-s' (a)endo co! ,ue ca3sse no %ri!eiro andar e a$risse !ais u!a cratera no %iso& Se esse 1 o !-/i!o ,ue se (orti(icou no e/3*io' deveria reconsiderar *utar contra !i!& Ees!o ,ue tenha treinado $astante' eu *utei contra tantos de!Inios ,ue !inha e/%eri0ncia e! co!$ates au!entou e/%onencia*+ !ente& 9 o ser- ca%a) se,uer de !e cansar& Eas esse 4etrucou Jurius' *evantando+se& n o 1 ne! ao !enos o in3+ cio da *uta& Va!os encontrar+nos nova!ente' 4onan& E ,uando essa hora chegar' eu !ostrarei todo o ;dio ,ue tenho guardado %or voc0& Ide!&

Co!o u!a so!$ra' Jurius desa%areceu no ar' se! dei/ar rastros' e! a%enas u! !i*1si!o de segundo& 4onan e!$ainhou sua ar!a nova!ente e (oi ao en+ contro de #era& Est- tudo $e!C Eu ,ue deveria %erguntar isso& + 8isse #era' a$raando+o& 7i*ho' acha !es!o ,ue e*e vai vo*tarC + Eani(estou+se .*isses& Assi! co!o eu e voc0 sa$e!os' %ai' Jurius nunca (oi a*gu1! ,ue desis+ tia do ,ue ,uer& 8uvido !uito ,ue essa 1 a =*ti!a ve) ,ue eu v- v0+*o&

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9 o se %reocu%e' 4onan& 9ossos so*dados o ca%turar o e o *evar o ao e/3*io& .! e/3*io na Lua' %ara ,ue nunca !ais retorne"+ ?arantiu+o Irving& Eu n o tentaria& S; haver- !ais !ortos& E*e n o 1 o !es!o Jurius de antes' %ude sentir isso en,uanto troc-va!os go*%es& A (ora de*e au!en+ tou considerave*!ente&

>or u! segundo' %arara! de conversar so$re Jurius e vo*tara! a se (ocar na (esta' ,ue estava arruinada& >ai& + Cha!ou 4onan& O ,ue (oi' (i*hoC Os e!%regados (ora! dis%ensadosC

#odos ca3ra! e! garga*hadas e %usera!+se a *i!%ar o estrago (eito %e*o e!+ $ate (a!i*iar& 1*p,s limparem os estra os, posso di#er que meus pais voltaram para casa e fi#eram amor a noite toda. E, naquela noite, eu fui erado. 4ara constar, enquanto os an"os permaneciam no 4araso a reprodu+)o n)o envolvia contato sexual ou fecunda+)o. Os deuses criavam os an"os de acordo com as necessidades impostas. Mas quando foram viver com os mortais, tudo neles se tornou mortal. *t& a reprodu+)o. /e qualquer modo, naquela noite, pode-se di#er que eu fui concebido. E a ravide# an elical demora exato um ano, ent)o demoraria at& que eu viesse ao domnio mortal. E enquanto isso, mais coisas importantes estavam para acontecer...? Ano 999 da Era Chaos Fim do Inverno 6uerido' j- vaiC + #era gritava da varanda de sua casa& Ainda era o %er3odo da So!$ra& O so* n o nascia no hori)onte& A neve a!on+ toada nas ca*adas e na rua derretia gradativa!ente assi! co!o a %ri!avera tra)ia ca*or e! sua chegada& #era j- estava gr-vida a a%ro/i!ados seis !eses& Seu ventre crescera e era e/i$ido co! orgu*ho %e*a (a!3*ia' ,ue %assara a vis+ t-+*os constante!ente desde a desco$erta da gravide)& Era o dia e! ,ue os so*+ dados retornaria! %ara a guerra& 4onan estava do *ado de (ora' co! sua ar!a+ dura nova!ente e! seu cor%o' !as as !anchas de sangue j- havia! sido retira+ das e a ar!adura %o*ida& Ainda estava escuro' !as !es!o se! !uita *u) e*a es+ tava t o $ri*hante ,ue %arecia u! es%e*ho& D a hora&&& Voc0 sa$e& Ao !enos !e %ro!eta a*go& >ro!eta ,ue ir- retornar vivo" Eu juro& + 7oi sua res%osta& E %artiu&

4onan sorriu& #odo ano e*a (a)ia co! ,ue %ro!etesse a !es!a coisa&

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Cap. 2 Um Confronto Predestinado

oda %ri!avera era a !es!a& O aro!a do desa$rochar das (*ores era !anchado co! o %=trido cheiro de cad-veres e! deco!%osi o& Esse ano seria a !es!a coisa' e 4onan estava certo disso& Assi! co!o todo retorno do *ongo inverno' os generais se reuniria! %ara discutir as t-ticas de guerra e e*a$orar a*guns %*anos %ara %egar @des%revenidosA os de!Inios& Eas esse ano era di(erente& Seria u! e!$ate de a%enas duas (rentes& Anjos contra 8e!Inios' (ace a (ace& #odos os so*dados das duas (oras de cada *ado do ca!+ %o& 9 o haveria ata,ues sur%resa ou outras estrat1gias %ara v-rias (rentes de co!$ate e! di(erentes %osi:es& 4onan' es%ere" + ?ritava u!a vo) na $ase !i*itar& + Voc0 %or acaso te! ideia da situa oC Se!%re tive' >Uros& Co!o !eu !e*hor a!igo' deveria sa$er $e! disso& >or !ais ,ue a situa o esteja ca;tica' n;s' os A*!as Ardentes' %ode+ !os dar ca$o da situa o" Ees!o ,ue seja! u!a tro%a a%enas de dragoneiros' (a)er isso 1 co!o arriscar a vida de todos e*es" E %re(ere ,ue co*o,ue!os na (rente so*dados ine/%erientes %ara conter a %ri!eira e devastadora ondaC 9osso e/1rcito seria %ratica!ente ani,ui+ *ado" Escute a ra) o 4onan" Os cava*eiros !ais (ortes s o se!%re os =*ti!os a atacar" 9esse caso' n o"

1Bomo nota explicativa: *lmas *rdentes era o nome da tropa do meu pai, a tro pa mais forte de todo o reino. E dra oneiros s)o cavaleiros que usam uma ou mais artes de combate de uma maneira extraordinria. 3)o considerados os invencveis. 3, um dra oneiro derrota um dra oneiro, era o que sempre se ouvia.? 8esta ve) 4onan (ora ousado& 9a reuni o' dissera ,ue sua tro%a' A*!as Ar+ dentes' %er!aneceria na *inha de (rente e seria usada %ara u!a *i!%e)a !ais r-+ %ida e e(ica) do ca!%o de $ata*ha' %ois so*dados co!uns n o conseguiria! ta*

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tare(a& 9esse ano os de!Inios viria! co! toda a sua (ora' e 4onan sa$ia disso& Eas' antes de tudo' ,ueria %rovar sua (ora e %roteger seu reino a todo o custo& 4onan %odia ser !uito cava*heiro' !as ,uando se tratava de o%ini o era inating3+ ve*& .sava u!a *;gica ,uase ina$a*-ve* e sustentava toda a sua (1 ne*a& 9 o ,ueria ser derrotado ne! e! sua !ente e' %or !ais ,ue houvesse argu!entos contra e*e' se!%re !antinha a sua o%ini o& 4onan' sua es%osa est- gr-vida& Leve e! considera o&&& >Uros' eu j- *evei tudo e! considera o& Estou *utando %or e*es& E a*1! do !ais' h- !ais u! !otivo %ara eu (icar na *inha de (rente&&& 9 o acha %erigoso de!aisC Co! esta es%adaC Est- $rincandoC Voc0 !es!o j- viu seu %oder u!a ve)& Sa$e o ,ue %osso (a)er co! e*a& Eu n o vou !ais !e intro!eter nesse assunto& A vida 1 sua' e voc0 co+ !anda nossos e/1rcitos& S; es%ero ,ue sai$a o ,ue est- (a)endo& 9 o s; co!o ?enera* Su%re!o e dragoneiro' !as co!o %ai e descendente dos 5arrior& Con(ia e! !i!C Con(iei %or todos esses anos' e nunca %erde!os se,uer nenhu!a $ata+ *ha& 4econ,uista!os at1 !es!o a*gu!as i*has sat1*ites& Ent o se aca*!e& 9o (ina*' dar- tudo certo' voc0 ver-&

4onan saiu da %resena de >Uros e dirigiu+se ao seu ga$inete& >Uros era' a*1! de seu vice+genera*' seu !e*hor a!igo e e/+co!%anheiro de Base& Era a*to e ro$usto& #inha no rosto u!a cicatri) (eita %or u!a ,uei!adura& E*a estava na !etade es,uerda de sua (ace' e o dava u! as%ecto ate!ori)ante& #inha !=scu*os $e! de(inidos e era u! e/3!io es%adachi! co!o 4onan& Eas 4onan usava u!a es%ada de duas+! os' ,ue a !aioria das ve)es usava at1 !es!o co! u!a ! o& B- >Uros usava u!a es%ada curta e u! escudo' a%esar de a*gu!as ve)es i!%rovisar co! outras ar!as& Assi! co!o 4onan' 2L anos& 9o dia' usava u!a ar!adura *eve& Enco$ria a%enas o tronco e a cintura& Botas co!uns de couro (itava! os %1s& 9 o gostava de e*!os& Os so*dados !ais antigos' co! !ais de u! s1cu*o de vida' achava! a nova gera o de so*dados sur%reendente& Isso deveria ser %or causa do novo diretor ,ue assu!ira havia a*guns anos& A !aioria dos novos so*dados ganhava t3tu*os a*tos !uito ra%ida!ente& Se! contar seu vigor e! co!$ate& Vo*tando o (oco %ara 4onan&&& Seu ga$inete era %e,ueno %ara ?enera* Su%re!o' !as e*e !es!o es+ co*hera assi!& 9a %arede' atr-s de sua escrivaninha e %r;/i!o 2 jane*a' *ado es+ ,uerdo' u!a %intura de ,uando era criana& 8o outro *ado' u!a %intura de seu casa!ento& A*1! de sua escrivaninha' a%enas u! ar,uivador %erto da %orta' u!

2!

ta%ete co! o $ras o da (a!3*ia e u! *ustre %e,ueno& Sua sa*a era g1*ida' toda (eita co! %edras& 8uas co*unas sustentava! o teto& 8a jane*a era %oss3ve* ver< sua sa*a (icava no to%o de u!a torre da $ase !i*itar& E*e achava ,ue assi! %ode+ ria visua*i)ar !e*hor os so*dados e (isca*i)-+*os& #a* atitude cativava u!a %onta de inveja de outros generais' todos !uito !ais ve*hos ,ue e*e' cinco ou seis s1cu + *os& 6uando a$riu a %orta' o ar g1*ido ,ue se concentrava *- dentro veio de en+ contro at1 sua (ace& >e*a jane*a (echada %assava! a*guns raios de so*' ,ue indi+ cava! o a!anhecer& 9a sua escrivaninha %e,uena' !as a$arrotada de %a%1is' %egou u!a caneta dourada& 8e u!a gaveta tirou u!a (o*ha e! $ranco e co!e+ ou a escrever& Registros da Guerra Primavera de 999 O apocalipse final est chegando. Legies de demnios vm ao nosso encontro. e tudo !ue poder"amos fa#er$ tomamos a decis%o mais cora&osa !ue pod"amos' ficar e lutar. (%o sa)emos por !uanto tempo iremos conse* guir suportar a onda de ata!ues e muito menos proteger nosso reino$ mas sa)emos !ue lutaremos at+ nosso ,ltimo suspiro neste mundo mortal. -aso nossas tropas percam a guerra$ outros oficiais evacuar%o as cida* des e levar%o todos para um local mais seguro. .as a mensagem !ue nos* sa ra/a representa a todos os mortais deve permanecer viva. 0 esperan/a de !ue o )em possa prevalecer. 1speramos so)reviver e vencer a )atalha e$ assim !ue as folhas inicia* rem sua !ueda e o frio vier$ possamos retornar s%os e salvos para nossas moradias. -aso n%o consigamos$ !ue nossos entes !ueridos nos honrem em nossos enterros. 0cho !ue falo por toda uma na/%o ao escrever estas palavras. 2or/a para n3s. A%;s escrever tais di)eres' enro*ou o %a%e* co!o u! %erga!inho e o co*ocou dentro de u! $a=' onde havia a*guns outros desses& Acho ,ue chegou a hora de cu!%rir a !inha %ro(ecia& 9o (ina* das con+ tas' a,ue*a ve*ha estava certa&&&

4etirou+se de sua sa*a e (oi %ara o %-tio %rinci%a*' onde v-rios so*dados o es+ %erava!& Era sua tro%a' A*!as Ardentes& A*i-s' n o a%enas e*es& Co!o 4onan era o ?enera* Su%re!o' todas as tro%as ange*icais estava! a*i %ara ouvir o seu discurso& 4ostos o encarava! co! !uita concentra o' es%erando ouvir de sua $oca as %a*avras ,ue' nos =*ti!os anos' enchera! os cora:es dos so*dados de es%erana e con(orto& #odos j- e,ui%ados e %re%arados %ara a $ata*ha' !anti+ nha! ar!as e! riste en,uanto escutava! atenta!ente< So*dados' este ano n o tenho nada !uito di(erente %ara di)er a*1! do ,ue j- disse nos outros anos& A%enas a*go a !ais %ara acrescentar< es+

2"

%ero ,ue tenha! des%edido+se de tudo a,ui*o ,ue a!a! de u!a !anei+ ra a%ro%riada& Euitos %ode! n o vo*tar e' a*i-s' !uito %rov-ve* ,ue a !aioria de voc0s n o vo*te& #a*ve) nenhu! de voc0s' ou at1 !es!o eu& Eas' %or !ais ,ue esta situa o seja adversa' *e!$re!+se de !anter e! seus cora:es a,ui*o ,ue a nossa raa !e*hor re%resenta e! todos os cora:es !ortais' !es!o o da,ue*es ,ue sa$e! de n;s a%enas *endas e nunca nos vira! rea*!ente< es%erana& A es%erana de ,ue' ainda ,ue seja u! sonho distante' a %a) reine no cora o de todos& Ent o' a %artir do !o!ento ,ue entrare! no ca!%o de $ata*ha e vire! a,ue*as hordas in(ernais' n o sinta! !edo' %ois !es!o ,ue tire! nossas vidas' ja!ais tirar o e*a' a es%erana& Levantar ar!as" + ?ritou >Uros' seu a!igo' *acri!ejando de e!o o& #o+ dos' inc*usive os generais' o$edecera!& + Tonre! nosso !aior genera*' 4onan 5arrior" Virtus" ?*oria" S%ero" VCorage!" ?*;ria" Es%erana"W Agora + ?ritou 4onan& + siga! seus generais at1 o ca!%o de $ata*ha e !ostre! co!o os anjos %ode! ser ate!ori)antes"

#odos os so*dados' se! nenhu!a e/ce o' gritara! eu(;ricos<

#odos a$rira! as asas& >enas esvoaava!& O %ri!eiro a voar (oi 4onan' se+ guido %or sua tro%a& Logo a%;s' os outros oito generais (i)era! o !es!o' e con+ du)ira! seus $ata*h:es %e*os c1us& #odos voava! so$re Aeria& >enas $rancas ca3a! de suas asas& Sendo agora u! %ar' dois %ares ou tr0s %ares' n o i!%orta + va !ais& #odos e*es havia! tornado+se iguais< anjos %rontos %ara dar sua vida %e*o seu %ovo& 1Bomo uma breve nota explicativa, os an"os que !aviam vindo para o planeta eram apenas de trs tipos, aqueles que podiam uerrear: *n"os, com um par de asas, *rcan"os, com dois pares, e 3erafins, com trs pares. O n%mero de pares no reino celestial servia para mostrar uma classe superior. $uanto mais pares, maior a classe e sua import:ncia. ;sso ser explicado mel!or adiante em meus relatos...? Os cidad os da cidade dava! adeus %ara seus !-rtires' acenando a*egre+ !ente& Eas #era %er!anecia da varanda de sua casa' o*hando distante %ara seu a!ado ir e!$ora& ?r-vida de seis !eses e co! seu ventre j- grande' chorava a*+ gu!as *-gri!as e re)ava %ara ,ue seu !arido vo*tasse intacto& G A viage! n o (ora t o *onga& 8e Aeria at1 onde seria o ca!%o de $ata*ha' as grandes %*an3cies de >ateo' (oi !enos de u!a hora de voo& Assi! ,ue chega + ra!' todos os so*dados se %usera! a ar!ar tendas& Os !1dicos j- estava! *dentro' todos co! !edica!entos e devida!ente %re%arados %ara ,ua*,uer even+

2#

tua* e!erg0ncia& Eanti!entos era! estocados e! grandes cai/as de !adeira& Cada genera* cha!ou suas tro%as a%;s se arru!are! %ara %assar as =*ti!as instru:es& So*dados' este ano estare!os na *inha de (rente& Correre!os o !aior de todos os riscos' en(rentando o %ri!eiro i!%acto dos de!Inios& 9 o te+ !os !uito a*1! de P00 so*dados' !as !es!o assi!' so!os os !ais (or+ tes e e/%erientes de todo o reino& D honroso sa$er ,ue' !es!o e! !ui+ tos anos de guerra' nunca %erde!os se,uer u! integrante& #udo %ode vir a !udar hoje' !as ainda assi! acredito e! sua ca%acidade e %or isso os !antenho nesta e,ui%e de e*ite&

Interro!%endo suas %a*avras' u! in(or!ante chegou at1 seu ouvido e sussur+ rou a*gu!as coisas& Be!' %e*o visto' n o te!os !uito te!%o antes ,ue e*es chegue!& >or isso %recisa!os ser r-%idos e! nossas t-ticas& >ri!eira!ente' ,ua*,uer ti%o de conjurador dever-' assi! co!o todos os outros' (icar escondido e conjurar suas !agias si*enciosa!ente& Os !agos $rancos e ,ua*,uer ou+ tro !ago ,ue use !agias %ara au/i*iar ou curar dever o %er!anecer en+ tre os !1dicos& Caso sinta! necessidade' n o evite! e! $usc-+*os&

8i)endo isso' tais !agos de grandes ro$es $rancos se dirigira! 2s tendas' e outros !agos' estes enca%u)ados e de ar !isterioso' se escondera! e! a*gu+ !as -rvores da (*oresta %r;/i!a& 6uanto a todos os co!$atentes' escute! co! aten o< #odos a,ue*es ,ue usa! ata,ues de *ongo a*cance' co!o ar,ueiros' dever o (icar na =*+ ti!a *inha de co!$ate e' de %re(er0ncia' co! u!a adaga ou ar!a $ranca *eve %ara o caso de (urare! nossa de(esa& Os *anceiros (icar o na (rente da %ri!eira *inha e *ogo atr-s %er!anecer o os es%adachins e $-r$aros' %ois est o !ais (orte!ente %rotegidos e co! ar!as de a*cance !aior& 6ua*,uer u! cujo a*cance da ar!a se estenda a !enos de cin,uenta cent3!etros da sua ! o dever- dar co$ertura %ara a %ri!eira *inha' co!+ %ondo a segunda *inha& A*gu!a d=vidaC Xti!o& Os de!Inios est o vindo e est o a !enos de de) !inutos da,ui& Sugiro ,ue entre! e! (or!a o co! as outras tro%as e' %or !ais di(3ci* ,ue seja' so$reviva!& Le!$re!+se< no !eio do ca!%o de $ata*ha' na hora e! ,ue as t-ticas des!orona! e a (or!a o inicia* aca$a' s; have+ r o voc0s e sua ha$i*idade %ara su%ortar& Boa sorte a todos&

9ingu1! se %ronunciou&

Aca$ando de se %ronunciar' co*ocou o seu e*!o& Ajeitou as !ano%*as e sacou a Sanctus& A sua *H!ina a)u*ada $ri*hava' ainda ,ue u! %ouco a%enas' co! a *u) do so* ,ue $atia so$re e*a&

2.

G 9 o de!orou !uito %ara avistare!& .!a nuve! negra surgindo e! u! dia en+ so*arado n o 1 !uito co!u!& E cada ve) crescia !ais& Era co!o u!a te!%esta+ de& 9o ch o do continente (*utuante' %ouco !ais ,ue 100&000 so*dados' ou seja' todas as tro%as ce*estiais' es%erava! !ais de u! !i*h o de de!Inios& E a,ui*o' %e*o ,ue %arecia' era a%enas o co!eo&&& So*dados" >re%are! suas ar!as" + ?ritava 4onan de dentro de seu e*!o& + Agora 1 a hora" Atacar"

En,uanto de!Inios dava! seu rasante %ara o ata,ue' anjos ascendia! e! voo %ara $uscar os cor%os de seus ini!igos ainda no ar& 4onan ia na (rente de todos& Co! sua es%ada e! ! os' nada !ais te!ia& >erdera todos seus senti+ !entos e! u!a (renesia t o (orte ,ue rou$ara at1 sua sanidade& A%enas u!a %a*avra %oderia descrever co! %er(ei o seu estado< Loucura& E' e! a*guns segundos' o %ri!eiro cor%o desa$ara do c1u& 4onan havia corta+ do sua ca$ea& 9 o de!orou !uito %ara sangue se es%a*har e co$rir u! ca!%o verde e *3!%ido co! u!a tonicidade aver!e*hada& 7eridas e arranh:es ia!' aos %oucos' se acu!u*ando nos cor%os' !es!o ,ue %rotegidos' dos so*dados& En+ ,uanto as tro%as ange*icais se concentrava! e! atacar so!ente o %ared o de+ !on3aco' 4onan ia cada ve) !ais (undo adentrando a,ue*a !assa negra' $us+ cando a*tos co!andantes e generais& Se a ca$ea cai' o cor%o todo %erece& En+ ,uanto %enetrava a concentra o de seres dis(or!es cha!ados de de!Inios' v-rios desses o cercava!& Eas era %or (ra:es de segundos' at1 seus cor%os se+ re! suave!ente (atiados %or sua *H!ina i!orta*& 8e *onge' !agos e ar,ueiros conjurava! !agias e *anava! (*echas' des!ante*ando aos %oucos a grande !ura*ha ,ue se des*ocava at1 e*es co! i!enso (u*gor& #odo u! e/1rcito e! har+ !onia e u! grande genera* arriscando sua vida& 14ara fins de con!ecimento, dem9nios s)o seres disformes, criados por dese"os impuros e tenta+0es mortais. Mesmo um an"o poderia criar um se pecasse. Os randes enerais dos dem9nios s)o todos *n"os Bados, que se voltaram contra o reino celestial e buscaram o poder dentro de seus cora+0es fracos, extremamente volteis.? 6uanto !ais dentro das trevas entrava' !ais %erigoso (icava' e n o de!orou !uito at1 %erce$er ,ue havia sido cercado %or !i*hares de*es' todos o*hando co! co$ia %ara seu cor%o& Ora ora ora&&& Busta!ente ,ue! eu estava es%erando& Voc0 se!%re (oi !uito %revis3ve*' ir! o& + 4econheceria a,ue*a vo) e! ,ua*,uer *ugar& Jurius" E ,ue! !ais %oderia serC

3/

Eu i!aginava ,ue voc0 era $ai/o' !as nunca i!aginei ,ue seria t o re+ %ugnante a %onto de se juntar a a,ue*es ,ue voc0 se!%re esteve contra" Eu tenho u! desejo' e !eu desejo 1 sua es%ada& Ee o(erecera! at1 u! grande cargo a%enas %ara aca$ar co! voc0& E acha !es!o ,ue conseguir-C Ir! o&&& 9 o se atreva a !e cha!ar de ir! o& Odiaria ter de considerar o !eu sangue e o seu sangue iguais& Ent o&&& 4onan& Eu disse ,ue !ostraria a !inha verdadeira (ora hoje& 9o e/3*io' !eu cor%o %ode n o ter !udado tanto' !as no in(erno&&& 7ora! *ongos anos es%erando a%enas %or esse !o!ento& 9 o ,uero ,ue ningu1! nos interro!%a& Va!os at1 o ch o& L- tere!os !ais *i$er+ dade %ara nos en(rentar& Eeus de!Inios n o ir o inco!odar&

Jurius a$riu u! sorriso s-dico& Sangue escorria de seus o*hos e sua $oca&

4onan (e) co!o ordenava o (igurino& A%enas desceu at1 as %*an3cies' se! tirar Jurius de vista& 6uando %ousara!' Jurius !ostrou o ,ue ,ueria& Agora veja' ,uerido ir! o" Veja o verdadeiro %oder ,ue o !eu ;dio %or voc0 !e trou/e"

O cor%o de*e crescia assustadora!ente& Veias sa*tava! dos seus !=scu*os& Seus ca$e*os crescia!' unhas a*ongava! e a(iava!& Seus dentes se trans(or!a+ ra! e! u!a @serraA' t o %ontiagudos e a(iados ,ue !astigaria! at1 ao& Aca$a+ da sua trans(or!a o' %assara tran,ui*a!ente de tr0s !etros& Sua !ontante' ,ue e/i$ia co! orgu*ho' adentrava %e*o $rao e (undia+se ao seu cor%o& Art1rias e veias do seu cor%o se es%a*hava! %or e*a' e e*a %arecia ter ganhado vida %r; + %ria& Agora 1 sua ve)& >ro!eteu !ostrar+!e todo seu %oder hoje& Creio eu n o ser necess-rio& Se isso 1 tudo ,ue %ode de!onstrar&&& Sinto seu cheiro de (ra,ue)a de *onge& COEO DC" E! co!%ensa o' nor!a*!ente uso LY das !inhas (oras contro*ando a Sanctus& 8essa ve)' usarei 20Y& O ,ue !e di)C Voc0 est- se achando !uito (orte" Aca$arei co! voc0' ver!e"

Co! seu @$rao+es%adaA' atacou 4onan e! u!a diagona* ,ua*,uer' es,uerda %ara direita& 4onan es,uivou se a$ai/ando& .! na vertica*' $ai/o %ara ci!a& 4o+ nan jogou o cor%o %ara o *ado& Tori)onta*& 4onan %u*ou& Cerca de de) ata,ues

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assi! acontecera! e! u! segundo' !as e! todos os ata,ues investidos %or Jurius' 4onan se anteci%ava e es,uivava& Seus ata,ues s o %revis3veis' *entos e e/tre!a!ente ine(ica)es& B- vi !uitos !onstros sere! !ais (ortes e -geis do ,ue isso& AI98A ASSIE EE I9S.L#ASC"

9ova!ente Jurius atacou deses%erada!ente& Euito !ais r-%ido e co! !uita !ais (ora& 9o seu =*ti!o ata,ue' hori)onta* da direita %ara a es,uerda' 4onan su$iu e! ci!a de sua ar!a e correu so$re e*a& Co! sua es%ada e! ! os' cor + tou o $rao ini!igo na a*tura dos o!$ros' e de re(*e/o %u*ou %ara tr-s' %arando na !es!a distHncia ,ue estivera de*e !o!entos antes de a $ata*ha co!ear& Jurius so*tou u! $erro ' !as *ogo desatou a rir& Sa$e o ,ue 1 !ais go)adoC D ,ue eu n o sinto !ais dor& Co! o $rao ,ue restara' encai/ou o outro de vo*ta no *ugar' e esse reintegrou+ se so)inho ao cor%o& Onde hav3a!os %aradoC Co! voc0 sendo envergonhadoC + Zo!$ou 4onan' !antendo a co!%os+ tura&

Eais u! ata,ue da %arte de Jurius& Se!%re co! (=ria' se!%re se! raciocinar& Sua @*H!ina+vivaA n o %arava de go*%ear o ar e o ch o& 9e! !es!o se a%ro/i+ !ava o su(iciente de 4onan %ara' ta*ve)' acert-+*o& [s ve)es 4onan %u*ava cerca de nove !etros %ara tr-s' a%enas %ara iniciar u!a %ersegui o vinda de Jurius& Circundara! u!a enor!e -rea' e ne! assi! seu ir! o o acertara& Se,uer de ras% o& B- estava visive*!ente cansado' n o se aguentava ne! !ais de %1& 4o+ nan' %or sua ve)' !antinha+se ina$a*-ve*& 9e! se,uer estava o(egante& A*1! da sua honra' %erdeu ta!$1! o seu (I*ego& 9 o !e %rovo,ue" Ainda tenho energia o su(iciente %ara durar %or u!a eternidade" Se de%ender de !i!' n o ir- durar os %r;/i!os de) !inutos&

4onan tirou seu e*!o& E*e *i!itava sua vis o& Entrou na sua (a!osa %osi o de co!$ate& A !es!a ,ue usara da ve) anterior contra o !es!o o%onente' no cas+ te*o de seus %ais& Venha at1 !i!& Estou %ronto& + Cha!ou 4onan& Aceitando (aci*!ente sua %rovoca o' Jurius correu at1 e*e& 4onan correu ao seu encontro' e! u!a ve*ocidade assustadora!ente grande& E a%enas tr0s !o+ vi!entos (ora! necess-rios %ara desativar de ve) o ata,ue ini!igo&

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O %ri!eiro cortou seu @$rao+ar!aA& .!a vertica* de ci!a %ara $ai/o& A$ai/an+ do seu cor%o e des*ocando+se *atera*!ente' da es,uerda %ara a direita' arranco as duas %ernas de ve) e' no !ovi!ento seguinte' %u*ou' e co! sua *H!ina usou u! go*%e vertica* e ascendente' arrancando o outro $rao& 6uando vo*tou a %ou+ sar suave!ente no so*o' 4onan o*hou %ara tr-s e viu o cor%o de seu ir! o no ch o& 9 o estava !orto' !as seria di(3ci* se reco!%or agora& Vo*tando+se %ara e*e' %Is+se a di)er %oucas %a*avras< >or !ais ,ue eu deteste di)er isso' voc0 ainda 1 !eu ir! o& Ees!o n o !erecendo !inha !iseric;rdia' (i,ue !ais (orte& #enho certe)a ,ue' a*+ gu! dia' vo*tare!os a nos en(rentar& 9esse dia estar- !ais a%to' eu creio& E se! de%ender da (ora de !ais ningu1!' %or,ue era !uito !ais %oderoso ,uando sua inveja n o o havia consu!ido&

E a%;s esse $reve discurso' 4onan %egou seu e*!o ,ue havia *argado de *ado' co*ocou e! sua ca$ea e retornou %ara sua guerra& Sua insanidade ,ue havia cessado %or u! $reve es%ao de te!%o en,uanto discutia co! seu ir! o vo*tara de s=$ito a !ente& A escurid o e! ,ue havia !ergu*hado vo*tara aos seus o*hos e tudo ao seu redor n o %assava de carne %ronta %ara ser (atiada& En,uanto isso' no ch o' Jurius ainda !antinha u! sorriso s-dico e! sua $oca& 8e seus o*hos' sangue jorrava !isturado co! *-gri!as& Eas n o de arre%endi+ !ento& Seus !e!$ros outrora es%a*hados %e*a ar!a de seu ir! o retornava! *enta!ente de encontro ao seu cor%o& E n o %arava de re%etir %ara si !es!o' dentro de seus %ensa!entos< @Eu era a%enas a distra o %ara %rovar a sua ca+ %acidade& Se esses era! seus 20Y de %oder' estar- !orto antes do inverno vo* + tar&A G A noite caiu no ca!%o de $ata*ha& A %*an3cie (ora regada o dia todo& Agora' o c1u estava *i!%o& As estre*as $ri*hava! e a *ua crescente sorria no c1u' %ara os anjos vitoriosos& Ees!o co! a*gu!as %erdas' os de!Inios so(rera! $e! !ais& Euito !ais do ,ue !etade de sua %ri!eira onda de i!%acto havia sido (aci*!ente derrotada e seus cor%os agora ,uei!ava! e! u!a grande (ogueira ,ue servia %ara a,uecer os a*i!entos& Os !agos e !1dicos nas tendas tinha! u! -rduo tra$a*ho& Conter sangra!entos 1 a*go ra)oave*!ente (-ci* ,uando seu n3ve* de %oder e conheci!ento 1 e*evado' !as re%arar ;rg os' conter he!orragias inter+ nas' regenerar !e!$ros %erdidos&&& Isso n o 1 a*go (aci*!ente arru!ado& 4onan (itava as %*an3cies %rocurando %or a,ui*o ,ue j- sa$ia n o estar !ais a*i& Co!o es%erado' o cor%o havia regenerado+se e e*e havia (ugido& Eas e*e !a* sa + $ia ,ue' en,uanto seus so*dados (estejava! a %ri!eira vit;ria da ca!%anha' so+ (ri!ento !aior viria %ara e*es no decorrer dos e!$ates& A guerra estava a%enas co!eando& 9o entanto' na sua ca$ea' n o i!%ortava ,uando ter!inaria& En+ ,uanto sua (renesia o do!inasse' $astava a e*e viver no %resente&

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Cap. 3 Cinzas ao Vento

! u!a se!ana a guerra havia a*astrado+se de ta* (or!a ,ue todas as %*an3cies ,ue circundava! Aeria estava! cheias de cad-veres e! de+ co!%osi o& As outras cidades de Sea* estava! tota*!ente *acradas %or !agia $ranca& 9ada entrava ou saia& Aeria era o =nico %onto $ranco e! u! !ar negro tota*!ente in;s%ito e hosti*& 9 o de!orara !uito %ara ser iniciado u! to,ue de reco*her& 9o ca!%o de $ata*ha a situa o era ca;tica& Ata,ues era! rea*i)ados e! ondas !uito grandes e e! curtos es%aos de te!%o& Os anjos n o tinha! te!%o %ara descansar ou se recu%erar& Era u!a $ata*ha intensa' travada a cada res%ira o o(egante de u! so*dado e/austo& E! sua tenda' 4onan estava sentado na !aca& Era u! a!anhecer recheado de nuvens enco$rindo o c1u& Anotava e! u! %edao de %a%e* a situa o atua* do e/1rcito& Os !anti!entos iria! aca$ar de%ressa se n o chegasse o %r;/i!o carrega!ento& Era! necess-rios !ais !agos $rancos %ara atender os (eridos& Os rios ,ue cortava! a cidade e unia!+se e! u! *ago centra* (ora! envenena+ dos %e*os de!Inios' tornando sua -gua inconsu!3ve*& A =nica -gua ,ue e*es $e+ $ia! vinha de %oos& 14ara entenderem mel!or a eo rafia, *eria, como a rande capital, ficava rodeada de plancies e pequenas concentra+0es de rvores, n)o o suficiente para serem c!amadas de florestas. /ois rios cortavam a capital e ambos se uniam no centro da cidade, formando um pequeno la o. *cima de tal la o estava construdo o castelo real Eros.? Os anjos era! visive*!ente !ais (ortes e !ais %re%arados ,ue os de!Inios& E! !1dia' u! anjo carregava ce! de!Inios& E at1 o dado instante' %oucas era! as $ai/as vindas do e/1rcito ce*estia*& Ainda assi!' se o rit!o continuasse da,ue*e !odo' n o de!oraria !uito %ara as $ai/as au!entare! gradativa!ente& Sr& 5arrior" + .! in(or!ante co!%arecera a sua tenda& 6ua* a situa o' so*dadoC Eais u!a onda de ata,uesC 9 o& Euito %ior& >arece ,ue u! dos OO generais est- co!andando a *egi+ o !ais %r;/i!a& 6ua* de*esC + A e/%ress o de 4onan se (echou&

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A$igor& >re%are os so*dados& E*es deve! estar %rontos %ara u! ata,ue a ,ua*+ ,uer instante& A$igor 1 o !ais crue* e s-dico dos OO generais& 8a =*ti!a ve) ,ue e*e veio %essoa*!ente a guerra' dois ou tr0s s1cu*os atr-s' u! dos do)e caste*os ,ue circunda! Aeria (ora destru3do&

1*eria era uma cidade muito bem plane"ada, e prova disso eram os do#e randes castelos que a circundavam. Bada castelo pertencia a uma das tre#e randes famlias de serafins, os an"os mais fortes e de maior import:ncia nos ex&rcitos ou na poltica. O 8FG castelo era o castelo real. 3erafins eram c!amados de @Hra+os /ivinos@, taman!a sua import:ncia e responsabilidade. Bada castelo tin!a vitalidade na defesa da cidade, sendo eles os responsveis pelas ma ias brancas que a prote iam, como %ltima lin!a de defesa. 3e um dos castelos cas se, si nificava que um rande buraco se abriria na barreira m ica. Blaro que, como toda ma ia, ! um enorme consumo de esfor+o espiritual para mant-la ativa. 4or isso era mais fcil prote er apenas a cidade do que todo o continente. E toda ma ia pode ser quebrada com uma do elemento oposto, desde que a sua for+a se"a maior. O castelo destrudo s&culos atrs era a prova disso, fora alvo de uma ma ia de *bi or.? E o senhor' genera*C O ,ue %retende (a)erC O ,ue ,ua*,uer genera* ,ue se %re)e (a)& 7icar 2 (rente de seu $ata*h o e encarar o ini!igo& O senhor est- %ensando e!&&& C Si!' vou due*ar co! A$igor&

4onan co*ocara seu e*!o e a $ainha de sua es%ada e! sua cintura& Sua ar!a+ dura estava tota*!ente ru$ra' !ergu*hada no *3,uido ,ue inundava os grandes ca!%os& Acu!u*ara a*guns arranh:es na sua su%er(3cie' !as nada o acontecera (isica!ente& A%esar das %1ssi!as condi:es higi0nicas ,ue se encontrava' enco+ $erto de %oeira e sangue' isso n o atra%a*hava seu dese!%enho& Ea* aca$ara de dar as ordens e o sino tocou& Eais u!a onda de ata,ues vinha e! sua dire + o& Correu %ara o *ado de (ora' onde tudo estava u! caos& .!a enor!e correria %ara os %re%arativos (inais& Cinco !inutos era! u! te!%o %recioso' e todos os generais sa$ia! disso ao dar suas discretas e a%ressadas ordens& Assi! co!o (ora as outras ve)es' 4onan assu!ira a *inha de (rente& 9 o %recisara ordenar nada 2 sua tro%a< e*es j- sa$ia! os !ovi!entos de cor& ?uerreiros' acontea o ,ue acontecer' n o se deses%ere!" A onda chegou& 7u*!inante e arrasadora& O so! das garras chocando+se con+ tra os escudos dava gasturas& 4onan so)inho (ora atacado %or tr0s& 9 o era grande coisa' co*ocara a enor!e *H!ina da Sanctus na (rente %ara %roteg0+*o&

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.sando as duas ! os' co! u! !ovi!ento dece%ou o de!Inio !ais a es,uerda& O da direita tentou a(undar suas unhas na ar!adura' !as girando o seu cor%o cortou ao !eio o de!Inio do centro e' de ,ue$ra' encravou a es%ada na testa do to*o de!Inio ,ue tentara o acertar& Co! u! i!%u*so' %u*ou %ara dentro do $o*o de ini!igos& En,uanto %assava' sua re*u)ente es%ada di*acerava ,ua*,uer u! ,ue adentrasse de) cent3!etros do sua @auraA& A*gu!as ve)es dece%ava' outras' cortava ao !eio& 9unca !uti*ar' nunca dei/ar vivo& A%enas !atar& >ara isso (ora treinado& En,uanto o $ravo 4onan aventurava+se %ara dentro da enor!e !assa negra' *- dos c1us' %arado e! u! cava*o negro de crina e cauda e! cha!as' a*gu1! o o$servava& #inha u!a ar!adura co!%*eta' co!o a de 4onan' !as %arecia !uito !aior e !ais %esada& A viseira de seu e*!o tinha u!a (resta %e,uena' onde a *i+ nha de vis o era !3ni!a& 8as costas de sua ar!adura' asas de %enas negras saia!' tornando a,ue*a a =nica %arte vis3ve* de seu cor%o& #inha u!a ca%a negra co!o a noite' rasgada e ,uei!ada co! o te!%o& Ent o' esse 1 o genera* 4onan' su$ordinadoC Si!' 1 e*e& + 8isse Jurius& + >retende con(ront-+*oC A res%osta 1 ;$via& Eas eu ,uero o ver *utando !ais a s1rio& V- e o (aa !ostrar co!o se co!%orta e! u! due*o !ais i!%ortante& Se eu (or desta ve)' e*e %ode !atar+!e" Voc0 %re)a %e*a sua %r;%ria vidaC G #e!eC 9 o' !eu a!o& Se tu !es!o n o a %re)as' i!agine eu& Agora' %ara o nosso Lorde' voc0 n o %assa de u! cordeiro de sacri(3cio& Co!%reendeC G Si!' !eu a!o& >ara n;s' anjos ca3dos' chegar ao %osto ,ue chega!os' a*1! da nossa (ora tive!os de (a)er coisas rea*!ente ruins& #er ;dio do seu ir! o e tentar !at-+*oC At1 !es!o u! re*es hu!ano %oderia (a)er isso& 9os *i+ vra!os de anjos ca3dos (racos co!o voc0 !uito antes ,ue tenha! re+ nascido nas cha!as do in(erno& Se ,ueres !es!o se tornar a*gu1! i!+ %ortante %ara o Lorde' dever-s tornar+se rea*!ente detest-ve*& Eu entendo' !eu a!o& Agora %egue esse $ruto %edao de !eta* ,ue cha!a de ar!a e o d0 a*+ gu!a uti*idade& V-"

3!

Ao ouvir isso' Jurius voou e! dire o ao seu ir! o& Co! sua !ontante aci!a da ca$ea' girou+a e %re%arou %ara u! i!%acto destrutivo& >ara sua in(e*icidade' 4onan j- havia %revisto seu !ovi!ento !uito antes de e*e rea*i)-+*o& E !ovendo seu cor%o %ara tr-s' dei/ou ,ue e*e %assasse e! dis%arada' go*%eando o ch o& Co!o das outras ve)es' a$rira u!a cratera& Eas a,ue*a era !uito !aior ,ue a anterior& >e*o ,ue vejo' ainda n o a%rendeu seu *ugar' n o 1 !es!oC O !eu *ugar 1 aci!a do seu t=!u*o' co! !inha herana e! ! os" #o*o& Eu n o gostaria de (a)er isso t o cedo' !as irei e*i!in-+*o' a,ui e agora& 9 o ,uero ,ue atra%a*he ainda !ais !inhas $ata*has' voc0 nada !ais 1 %ara !i! do ,ue u! %eso&

Cego %e*o ;dio' Jurius tentou encravar a es%ada no %eitora* de 4onan' !as esse ne! saiu de sua %osi o& A%enas %arou o ata,ue de seu ir! o' segurando a %onta de sua es%ada& Bogou+o %ara *onge dos ata,ues' %ara u! canto !ais iso*ado' e o seguiu& 9 o entendeu ainda' n o 1 !es!oC >ode ser !uitos anos !ais ve*ho' !as sua (ora n o se co!%ara a !inha& Besteira"

Co! u! i!%u*so recuou o cor%o %ara tr-s& #rans(or!ou+se de novo no ser ,ue 4onan en(rentara da =*ti!a ve)& Eu sou o !ais ve*ho" Eu sou o !ais (orte" E eu !ereo essa es%ada" 6uer tanto assi! e*aC >egue+a' se conseguir& Se acha ,ue rea*!ente %ode e!%unh-+*a' tire+a do ch o e !e ata,ue&

4onan cravou a Sanctus no ch o e a(astou+se& Era tudo o ,ue Jurius ,ueria ouvir& Eais r-%ido ,ue as (*echas ,ue voava! ve + *o)!ente aci!a de sua ca$ea e !atava! de!Inios aos !i*hares' agarrou o ca$o da co$iada es%ada& 8eu u! urro de dor e tirou a sua ! o %ara tr-s co!o re(*e/o& Estava ,uei!ada& 4onan %er!anecia i!;ve*' conte!%*ando a cena co! u! sorriso idiota no rosto& Se acha es%erto' n o 1" A%osto ,ue a encantou" EuC 9 o %reciso disso& E*a j- 1 origina*!ente encantada& Besteiras" #ente de novo&

4onan recostou+se e! u!a -rvore co! o tronco ,uase tota*!ente des%edaa+

3"

do en,uanto assistia& Ignorando a dor' Jurius *evou a ! o ao ca$o da Sanctus e co! u! enor!e es(oro tentou %u/-+*a da terra' !as n o se !overa se,uer u! !i*3!etro& Voc0 a a(undou !uito na terra" 8esgraado" 4onan a%enas se a%ro/i!ou' retirou a es%ada e! u! si!%*es !ovi!ento e a atirou ao ch o& A%anhe+a& >or !ais ,ue Jurius tentasse i-+*a' a%enas %assava vergonha e gastava suas energias& 4onan sorria *eve!ente' escondendo os dentes' en,uanto o*hava o $ruta!ontes agachado ge!er de dor& Est- %erce$endo agora %or ,ue esta es%ada n o 1 suaC Ba!ais conse+ guir- se,uer e!%unh-+*a& A es%ada esco*he seu !estre' e n o o contr-+ rio& >erce$e agoraC

Jurius se jogou ao ch o e desatou a chorar co!o u!a criana ,ue %erde o $rin,uedo !ais %recioso& 4onan %odia ser duro' ge*ado e r3s%ido ,uando era ne+ cess-rio' !as !es!o e*e se co!oveu co! a cena& Eas o choro (oi instantanea+ !ente interro!%ido %or u!a *ana ,ue varou os c1us e caiu na ca$ea de Jurius& A *ana atravessou sua $oca e o ,uei!ou de dentro %ara (ora' trans(or!ando seu cor%o e! cin)as nu! %iscar de o*hos& 9o in(erno n o h- es%ao %ara arre%endi!entos& + 8i)ia u!a grossa vo)' nunca antes ouvida %or 4onan& + In=ti*' ne! !es!o conseguiu cu!%rir !inhas ordens&

E descendo do c1u veio o cava*o @e! cha!asA e seu cava*eiro& >ousara! %r;+ /i!os ao !onte de cin)as e o cava*eiro a%anhou de vo*ta a sua *ana& Est-s co! raiva de !i! %or ter !atado seu ir! oC A%esar do susto' n o& Se ,uer sa$er $e! a verdade' a*gu!a hora eu aca$aria (a)endo isso& E*e n o desistiria a%enas co! a,ui*o& Ent o acho ,ue (i) !a* e! !atar o so*dado ,ue eu !es!o a*iciei& 9 o (oi voc0 !es!o ,ue disse ,ue no in(erno n o h- es%ao %ara arre+ %endi!entosC

O grande cava*eiro ca*ou+se& 8esceu do seu cava*o e (e) u!a rever0ncia' %ronta!ente retri$u3da& >e*os seus $ons !odos' ha$i*idade co! a es%ada e co!ent-rios inte*i+ gentes' vejo ,ue 1s 4onan 5arrior& D u!a honra conhec0+*o& >e*a $oa !ira' rude)a e to! irInico de vo)' vejo ,ue 1 u! de!Inio %o+

3#

deroso& A$igor' devo su%orC Si!& 9 o 1 %ra)er nenhu! conhecer voc0& Ba!ais conte!%*ei u! ser co! ta+ !anha arrogHncia& 9unca ouvistes hist;rias !inhasC Si!' j- as ouvi& Ent o deves sa$er %or ,ue sou arrogante& E n o tens !edoC Ba!ais te!eria a*gu1! !ais (raco do ,ue eu&

>or dentro de seus e*!os' trocava! aca*orados o*hares& 8e u! *ado' 4onan segurava (orte!ente sua es%ada& 8o outro' A$igor estava re*a/ado' co! sua *an+ a e! ! os e se! to!ar nenhu!a %osi o de ata,ue se,uer& Ds inso*ente& Eu gosto disso& 8e ,ua*,uer !aneira' n o acho ,ue a,ui e agora seja o *oca* a%ro%riado %ara reso*ver!os nosso due*o& E ,uando seria o !o!ento certoC Toje' !eia+noite' de$ai/o da *u) da *ua e neste !es!o *oca*& E at1 *- es%era o ,ue es%era ,ue eu (aa' g0nioC #enho so*dados es%e+ rando %or !eu retorno& 4etire suas tro%as& 80 a e*es u! descanso' deve! estar e/austas& 9e+ nhu! de!Inio atacar- at1 *-' tens a !inha %a*avra& E desde ,uando %osso con(iar na %a*avra de u! de!InioC E/ce*ente o$serva o&

A$igor urrou co!o u! drag o (urioso& #odos no ca!%o (icara! %ratica!ente %ara*isados& #ravados e! u!a !es!a %osi o' !a* conseguia! res%irar& Aos %oucos' os de!Inios (ora! se retirando' dei/ando os anjos e/tre!a!ente %er+ %*e/os& A !inha (un o a,ui co!eou A$igor 1 co!andar as *egi:es e des+ truir os grandes generais ,ue a%arece! diversas ve)es durante a hist;+ ria& Sua (a!a chegou ao in(erno' Senhor 4onan& EC Voc0 1 u!a enor!e %edra e! nosso ca!inho g*orioso& >or isso %ersuadi Jurius e %or isso estou desa(iando+o& 6uere!os voc0 e*i!inado' n o i!+ %orta o !eio& Ent o Jurius&&&

3.

Si!& E*e n o %assava de u! teste& E n o (oi di(3ci* %ersuadir e*e no e/3*io& O ;dio ,ue e*e a*i!entava de voc0 era t o grande ,ue eu a%enas disse o ,ue e*e ,ueria ouvir& E o ,ue voc0 disseC @Siga !inhas ordens e eu ajudarei a !atar teu ir! o&A Se eu sou$esse ,ue era assi! t o (-ci* o convencer' tinha (eito e*e desis + tir disso tudo no $ai*e& Euito $e!' (arei co!o ,uiser&

4onan virou+se de costas e (oi e/%*icar a situa o a seus %er%*e/os so*dados& Ao aca$are! de ouvir' 4onan ordenou< #raga!+!e u!a urna& Os so*dados (icara! ainda !ais %er%*e/os de in3cio' !as (i)era! sua vontade& Ao %egar a urna' 4onan dirigiu+se aos restos !ortais de seu ir! o& Co! a ! o' %egou as cin)as ,ue ainda n o havia! sido *evadas %e*o vento e as atirou dentro do reci%iente co! todo seu r=stico cuidado& Ao aca$ar' co*ocou a ta!%a do vasi+ *ha!e' ,ue era %e,ueno e ci*3ndrico' co! v-rios desenhos (*orais en(eitando+o& 9e! i!aginava ,ue! tinha *evado ta* urna %ara u!a guerra&&& Eensageiro' a%ro/i!e+se& 8o !eio de u! !onte de so*dados' u! %e,ueno anjo co!u! %edia *icena' tro!$ando no cor%o de enor!es co!$atentes& Si!' senhorC 6uero ,ue envie esta urna %ara o caste*o da (a!3*ia 5arrior e diga ao %a+ triarca da (a!3*ia ,ue o seu (i*ho !ais ve*ho est- dentro de*a& >ode (a)er issoC C*aro' senhor& O caste*o de*es n o 1 t o distante da,ui& Ent o v-' antes ,ue anoitea&

8e s=$ito' o anjo %*anou e voou ru!o ao su*& 9a,ue*e e/ato instante' as chu + vas' ainda t3!idas' co!eara! a derra!ar suas gotas e *i!%ar os $ravos guerrei+ ros' sujos de sangue e suor' e *avar o ca!%o de $ata*ha& G O sino da %orta (ora $atido& .!a servia* (oi atender ao cha!ado& Ao a$rir a %orta' se de%arou co! u! anjo' tota*!ente !o*hado e co! u!a urna e! ! os& L- (ora estava escuro& 4aios i*u!inava! os c1us e trov:es ,ue$rava! o si*0ncio da noite& Isso tornava todo a,ue*e cen-rio u! %ouco tene$roso' !as !antendo a costu!eira ca*!a a servia* %ronunciou+se< O ,ue desejaC

4/

.!a entrega noturna es%ecia* %ara o %atriarca da (a!3*ia 5arrior& S; u! instante' eu irei cha!-+*o&&& 9 o %recisa& + .!a vo) atr-s de*a a %ersuadiu e ,uase a (e) %u*ar co! o susto& + Eu j- ouvi& Vo*te a descansar&

A e!%regada ent o desa%areceu e! !eio aos in(ind-veis corredores do caste+ *o& Assi! ,ue e*a havia desa%arecido' .*isses %erguntou ao !ensageiro< >osso ajud-+*oC Senhor' o ?enera* Su%re!o 4onan 5arrior !andou+!e entregar isso& E e*e disse o ,ue eraC E*e disse ,ue o (i*ho !ais ve*ho dos 5arrior estava a,ui dentro' e ,ue era %ara eu entregar direta!ente ao senhor&

Segurando as *-gri!as na (rente de u! co!%*eto estranho' .*isses a%enas disse< B- cu!%riu sua !iss o' so*dado& Vo*te agora ao seu %osto& Co! sua *icena&&& + E voou %ara $e! *onge da*i&

.*isses (echou a %orta& O vento ge*ado ,ue adentrara o *oca* (ora o su(iciente %ara dei/ar ainda !ais so*it-rio a,ue*e %e,ueno corredor ,ue *evava ao sa* o de (estas& As tochas acesas nas %aredes' cujo (ogo cre%itava ti!ida!ente' n o era! su(icientes %ara a,uecer a,ue*e *asti!-ve* !o!ento& .*isses caiu de joe*hos no ch o' en,uanto %oucas *-gri!as corria! %or sua (ace sens3ve*& A$raou o jarro contra seu cor%o en,uanto a*guns so*uos esca%ava! %e*a garganta& >arado a*i' chorando' %erce$era ,ue !es!o renegando seu (i*ho' ainda assi! tinha u! a!or incondiciona* %or e*e e arre%endia+se& #a*ve) %or n o o ter criado da (or!a correta' n o o ter a%oiado nos !o!entos necess-rios' !as se arre%endia& G Chovia !uito a,ue*a noite& ?otas enor!es $atia! na tenda' dei/ando+a en+ charcada& O vento (orte ta!$1! asso*ava o aca!%a!ento' ,uase carregando %ara *onge as !oradias te!%or-rias dos so*dados& >e*o !enos havia u! *ado $o! e! !arcar o due*o co! A$igor na,ue*e instante< os guerreiros seria! %ou + %ados de doenas& 4onan saiu da tenda& Co!o todas as outras ve)es' usava a ar!adura co!%*eta& A Sanctus estava e! sua cintura e o e*!o e! sua ca$ea& Ca!inhava a %assos *argos' co!o se estivesse atrasado& A *ua' !es!o enco$erta %e*as densas nuvens de chuva' dava o ar de sua gra+ a a*gu!as ve)es' a%arecendo %or %e,uenas (restas no c1u& Isso ajudava a i*u + !inar as so!$rias %*an3cies ,ue %arecia! se estender ao in(inito nas trevas da noite& O *oca* n o era t o *onge' !as !es!o assi! a *a!a ,ue %rendia as grevas

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ao ch o (a)ia %arecer ,ue cada %asso (osse de)& O vento (orte o e!%urrava %ara tr-s' e as adversidades c*i!-ticas tornava! at1 !es!o a ca!inhada da,ue*e $ravo e (orte so*dado di(3ci*& 8e!orou& >or acaso n o sa$e o ,ue 1 %ontua*idadeC A vo) vinha de u!a c*areira no ca!%o& Eas o (ogo vinha de u! cava*o& 8o *ado de*e es%erava A$igor' co! sua ar!a e! ! os' %ronto %ara co!$ater& Voc0 n o te! !edo do cava*o @a%agarA no !eio dessa chuvaC .! $e*o senso de hu!or& >ena ,ue retirarei o sorriso do seu rosto& E n o de!orarei !uito& >or ,u0C Vai (a)er %iadas de hu!or negroC Engraadinho& Viestes %ara *utar ou %ara %rovocar+!eC Os dois& >ri!eiro %rovoco' de%ois *uto& Se!%re (oi assi!' ajuda a !e re+ *a/ar antes de u! co!$ate& 9 o deverias re*a/ar antes do co!$ate ,uando seu o%onente est- %ronto %ara dece%-+*o& 8everias re*a/ar de%ois de ter vencido' caso consiga& Eu j- venci esta *uta ,uando !e convidou& Co!o assi!C A$igor garga*hou&

4onan sacou sua es%ada da $ainha& A Sanctus re*u)ia !uito !ais (orte do ,ue as outras ve)es& >ouca coisa se sa$e so$re esta es%ada& 4ea*!ente !uito %ouco& Eas o ,ue se sa$e de*a 1 ,ue re*u) !ais (orte ,uando os %oderes de seu usu-+ rio est o no auge& E o %ico de !eus %oderes 1 justa!ente 2 noite& [ noiteC Isto signi(ica&&& Si!' signi(ica ,ue !eu e*e!ento natura* 1 #revas' ao contr-rio da Lu) ,ue todos os outros anjos' ou ,uase todos' %ossue!& Ees!o co! essa ano!a*ia' (ui %ou%ado e %ude treinar co!o ,ua*,uer outro& #a*ve) justa+ !ente %or causa de*a devo ter (icado t o (orte e =ti* ao e/1rcito&

A$igor engo*ira e! seco& >or certo' a,ue*e e*e!ento sur%resa !udava todos os seus %*anos' ,ue %arecia! eva%orar de sua !ente crue*& >*anos ,ue' agora' tornava!+se %ensa!entos vo*-teis& Veio a,ui %ara (icar o*hando ou %ara due*arC Sa$e' a noite %ode ser *on+ ga' !as !inha %aci0ncia n o& + E 4onan co*ocou+se na %ostura de co!+ $ate&

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Cap. 4 D elo da !eia "oite

u3dos %odia! ser ouvidos& O $aru*ho do vento so%rando (orte contra o cor%o de 4onan' as gotas de chuva ,ue caia! na terra e a res%ira o dos dois co!$atentes& A!$os co! as ar!as e! ! os' encarando u! ao outro' !es!o se! %odere! se en/ergar co!%*eta!ente& A escurid o da noite *i!itava !uito a vis o& Se n o (osse %e*a c*aridade e!itida %e*a crina do cava*o' a $ata*ha seria 2s cegas& >or !ais de cinco !inutos e*es a%enas %er!anecera! %arados' ana*isando o advers-rio& Eas ,uando o %ri!eiro raio cru)ou o c1u' u! i!%u*so (oi to!ado dos dois *ados& A es%ada de 4onan vinha e! u! go*%e de ci!a %ara $ai/o& A$igor %arou sua *ana na hori)onta* e *evantou os $raos& .sando sua ar!a co!o es+ cudo' conseguiu evitar ,ue o go*%e atingisse+o e! cheio a ca$ea& A%enas dois cent3!etros se%arava! a $ri*hante *H!ina da Sanctus do enor!e e*!o de A$igor& Eais u! raio varou o c1u& A so!$ra %rojetada %e*o encontro das suas ar!as ti + nha a (or!a de u!a cru)& #a*ve) a,ui*o devesse signi(icar a*go& Co! sua enor!e (ora' A$igor (orou a *ana contra a *H!ina de seu o%onente' e!%urrando+o %ara tr-s& A%roveitando a $recha na de(esa' tentou %er(urar 4onan co! a %onta de seu es%eto' !as e! u! !ovi!ento suave 4onan girou o seu cor%o e recuou' en+ ,uanto vo*tava %ara a %osi o inicia*& 9 o de!orou !uito e A$igor tentou sua %ri!eira investida' nova!ente co! u! co!u! go*%e de %er(ura o' visando a $arriga de 4onan& Este' %or sua ve)' !o + veu o cor%o %ara o *ado' agarrou o ca$o da *ana e a %u/ou %ara si' tra)endo A$i + gor' ,ue estava a (avor do vento %ara %erto& .sou a sua es%ada e cravou+a a$ai + /o de seu %escoo' na go*a da ar!adura Vcha!ada gorja*W& O sangue negro e es+ %esso do genera* de!on3aco sujou sua (ace j- !o*hada %e*a -gua& O de!Inio (e) (ora %ara recuar' !as 4onan !antinha+se (ir!e segurando sua *ana& E o vento ,ue estava ao seu (avor n o o ajudava ne! u! %ouco' a%enas e!%urrava sua garganta cada ve) !ais %r;/i!a %ara o ca$o da es%ada o%onente& E! u! =*ti!o es(oro' voou na dire o de 4onan' sur%reendendo+o co! u!a joe*hada na (ace' ,ue arrancou seu e*!o e o (e) *argar o ,ue estava $e! %reso e! suas ! os< a *ana ini!iga& 4onan veio ao so*o' !as e! !i*1si!os de segundo j- estava de %1 nova!en+ te& Vo*tou+se i!ediata!ente %ara vis*u!$rar seu con(rontante' ,ue estava co! a

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! o e! seu %escoo& >or causa do go*%e da Sanctus' a,ue*a %arte de sua ar!a+ dura estava esti*haada' e sua %e*e !orena *a!$u)ada co! seu sangue escuro estava e/%osta& A$igor a%ertava seu %escoo tentando estancar a he!orragia' !as o go*%e (ora cr3tico' atingira u!a art1ria& E! u! !o!ento de deses%ero' e*e %egou sua *ana e tocou a (erida co! sua %onta& .! urro de dor ,ue$rou o si*0n + cio da nature)a e u! cheiro de carne ,uei!ada to!ou conta do ar& A (erida (ora cicatri)ada' ao !enos& Eu i!aginava ,ue seria insano' !as n o a ta* %onto& + >rovocou 4onan& Adorei o seu senso de hu!or' %ena ,ue co! o te!%o torna+se tedioso& S; se torna tedioso ,uando o a*vo de %iada 1 voc0' n o 1 !es!oC 6uer di)er ,ue esse 1 todo o %oder do grandioso genera* A$igorC

A$igor estava (urioso& Sua (ace n o %odia ser vista %ara con(ir!ar isso' !as a (ora co! ,ue es!agava o ca$o da %r;%ria ar!a di)ia %or si s;& Isso n o (oi ne! o co!eo da de!onstra o das !inhas ha$i*idades" 8i)endo isso' iniciou u!a conjura o %ro(erindo %a*avras e! *ati!& 4onan sa+ $ia ,ue !agias' na,ue*e instante' n o seria! $oas not3cias %ara e*e& Eais do ,ue de%ressa' %Is+se a atacar A$igor' !as este havia criado u!a es(era de energia ao seu redor& O cor%o de 4onan $ateu na $arreira e vo*tou& En,uanto isso' ne! !es!o a chuva ,ue$rava o ca!%o de energia& A vegeta o ,ue estava dentro da,ue*a %rote o era consu!ida e! cha!as' $e! aos %oucos' en,uanto A$igor aca$ava o encanto& $uod aeterna flamma consumeret itA ;nferneA V6ue as cha!as eternas o consu!a!" In(erno"W

La$aredas de *ava ascendia! do ch o e o *3,uido ,uente ia co!o u! jato ao encontro de 4onan& E*e evitava o !-/i!o ,ue %odia se es,uivando' !es!o sen+ do jatos ve*o)es e a*guns ,ue sa3a! at1 !es!o de$ai/o de*e& Os ,ue ia! de en+ contro direto a e*e e n o o dava! !aneira de es,uivar' $*o,ueava usando sua es%ada co!o guarda+chuvas' girando+a %e*o ca$o e! torno de seu %r;%rio ei/o& Isso dava te!%o o $astante %ara A$igor usar sua estrat1gia< en,uanto 4onan se ocu%ava co! sua !agia' e*e sorrateira!ente se !ovia %e*o ca!%o e tentava e!$osc-+*o& Ees!o !ovendo+se ve*o)!ente' ainda %odia !anter sua conjura+ o& E a estrat1gia (uncionou no %ri!eiro go*%e& 6uando u!a *a$areda de *ava veio at1 o rosto de 4onan e e*e %recisou usar sua es%ada %ara de(ender+se' A$i+ gor a%*icou u! go*%e co! a *ana nas costas do ini!igo& O go*%e varou sua ar+ !adura e atingiu+o na a*tura da c*av3cu*a' %er(urando+o e (a)endo %arte dos seus !=scu*os se ,uei!are!' !es!o no $reve contato& 4onan sa*tou %ara a (rente e ,uase (ora atingido %or !ais u!a *a$areda ,ue sa3a do ch o ao seu encontro' !as a te!%o su(iciente (oi %ara seu *ado es,uerdo& Bastou isso %ara rece$er ou+ tro go*%e de A$igor' u!a voadora nas coste*as' ,ue o (e) cair no ch o e arrastar+

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se %or a*guns !etros& Ent o sua ha$i*idade 1 usar u!a conjura o en,uanto atacaC Interes+ sante&

A$igor !antinha concentrando sua conjura o (a*ando $e! $ai/o' %or isso n o %odia !ais res%onder as %rovoca:es de 4onan& Se essa 1 sua grande ha$i*idade' sai$a ,ue n o 1 o =nico ,ue a %ossui& 4onan %Is+se de %1 e %egou u! i!%u*so %ara os c1us' en,uanto (ugia dos ja+ tos de !ag!a ,ue %assava! a %oucos cent3!etros de seu cor%o& 6uando che + gou $e! a*to' ao %onto de !ais nenhu! jato %oder chegar at1 e*e' (oi a ve) de conjurar sua !agia& Ostendit manus et obscuram noctem. Bonsumere omnis luxA ObscuraA VA noite negra estende suas ! os& Consu!a toda a *u)" O$scuro"W

A *u) se esvaiu de todo o cen-rio& 9e! !es!o as cha!as do cava*o de A$igor %odia! !ais ser vistas& A *u) dos trov:es n o cru)ava! !ais os c1us' a%enas seu $aru*ho %odia ser ouvido& As gotas de chuva tocava! suas %e*es onde a ar+ !adura se ,ue$rara& A$igor %arou de conjurar& 9 o sa$ia !ais e! ,ue %osi o estava! suas *a$aredas e ne! se %oderia atingir 4onan co! e*as& Estava tudo si*encioso& Eas $astou !i*1si!os de segundo %ara tudo se tornar o caos& E! !ovi!entos t o suaves co!o u!a $risa e t o r-%idos ,uanto vu*tos' 4onan go*+ %eava centenas de ve)es a A$igor& O $ri*ho a)u*ado da Sanctus %arecia! inter+ !in-veis flas!es' ,ue cortava! a escurid o tota* aos %oucos& Assi! ,ue todos os go*%es (ora! cessados e a *u) a!$iente retornou gradati+ va!ente' gerada %e*a crina do ani!a* a*i %resente e os in=!eros *a!%ejos dis+ tantes no c1u' A$igor estava ca3do no ch o& Sua ar!adura triturada junta co! o seu cor%o& 4onan' co! e*egHncia' go*%eou o ar co! sua ar!a' (a)endo o es%es + so sangue advers-rio ser *i!%o da *H!ina& A chuva ajudou ainda !ais a %uri(icar o !eta*& A$igor *evantou+se se! !uitos %ro$*e!as& 4etirou a carcaa de sua ar+ !adura e atirou+a ao ch o& Seis enor!es asas de %enas negras surgira!& 6uan+ do retirou seu e*!o' o ine/%*ic-ve*& .! $e*o rosto' co!o o de u!a %intura' surgi+ ra& Ca$e*os negros' ,ue tocava! seus o!$ros' e o*hos aver!e*hados (or!ava! sua (ace& Contornos ange*icais' u!a (ace $e! de*ineada& O seu cor%o era justa+ !ente o ,ue se es%erava de*e& 7orte' $ruto e' agora' cortado& O seu @;*eoA escor+ ria %e*o cor%o e !anchava sua veste interna 2 ar!adura& Co!etestes u! erro ao !e *ivrar da ar!adura' cava*eiro& D !es!oC 6ua* erroC A,ue*a ar!adura %esava !ais de u!a tone*ada e de*i!itava !uito !eus !ovi!entos& Agora estou !uito !ais ve*o)& E acha ,ue !es!o co! essa vantage! %oder- vencer+!eC

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S; testando %ara se desco$rir&

A$igor desa%areceu no ar' nenhu! ru3do& >ouco te!%o de%ois' 4onan %erce+ $eu %or ,ue e*e havia contado vantage!& 6uando !enos es%erava' a %onta da *ana (incou e! sua %erna& 9o !es!o instante ,ue entrou' u!a dor aguda %er+ correu o cor%o do genera* ce*estia*' !as n o %arara %or a*i< !ais u!' !ais u! e !ais u!& #odos go*%eando in(indave*!ente o cor%o de 4onan' (urando a ar!adu+ ra e trans(or!ando+o e! u!a @%eneiraA& #odos os noventa go*%es ,ue o atingira! n o durara! ne! u! segundo se,uer& Ao aca$ar a sess o de go*%es' A$igor %er!aneceu %arado' i!;ve* na (rente de 4onan' co! sua *ana ensanguentada e! riste& Este %or sua ve) ne! ca3ra ao ch o& A dor *acerante ,ue %ercorria seus nervos i!%edira ,ua*,uer u! de seus !ovi!entos' at1 !es!o o si!%*es ato de cair& Agora j- sa$e %or ,ue conto vantage! se! a ar!adura& .!a $oa t1cnica' !as&&& 9 o %ense ,ue ta!$1! 1 o =nico ao $ata*har co! u!a ar!adura es%ecia*& Agora ,ue a !inha est- co!%*eta!ente %er(urada' n o vejo !otivos %ara continuar usando+a&

8i)endo isso' 4onan (e) o !es!o ,ue A$igor& Aos %oucos' !ano%*as' greva' o!$reiras' saiote&&& #udo caia ao ch o e' ,uando tocava o so*o' (a)ia $a,ues $e! aud3veis& >or (i!' tirou a cota de !a*ha e atirou+a ao so*o& Assi! co!o a ar!adu+ ra' (e) u! $a,ue tre!endo& Ao todo' era! 1LQM ,ui*os a !ais& Acho ,ue agora nossas ve*ocidades vo*tara! a se e,ui%arar' n o 1 !es!oC Isso n o signi(ica nada& #a*ve) %ara voc0 n o' !as o %rinci%a* !otivo de eu usar a,ue*a ar!adu+ ra 1 ,ue e*a n o !e %rotegia a%enas dos !eus ini!igos' !as ta!$1! de !i! !es!o& 6uando entro e! co!$ate sou to!ado %or u!a estranha (renesia' e a,ue*a ar!adura de*i!ita !inhas a:es& Eas agora ,ue estou se! e*a&&& Co! (renesia ou n o' ainda sou ca%a) de te derrotar& >ode tentar&

A$igor %egou u! i!%u*so t o (orte ,ue o so*o atr-s de*e %arecia ter do$rado+ se& Eirou a %onta de sua *ana no a$dI!en de 4onan' visando aca$ar de ve) co! a *uta& 6uando se a%ro/i!ou de!ais e %arecia ter tocado o seu cor%o' o o$+ jeto %ontiagudo a%enas cortou o vento& 4onan havia des*ocado+se *igeira!ente %ara o *ado e no dado instante' en,uanto A$igor estava na sua (rente' %arado no ar na,ue*a (ra o de segundo' 4onan o (atiou co!o se (atia u!a carne< !ovi+ !entos r-%idos' vora)es& Se! %iedade' se! %estanejar& Os go*%es atravessava! os !=scu*os e os ossos' at1 !es!o suas asas n o era! %ou%adas& Eas A$igor

4!

ne! ao !enos %odia sentir' %ois a dura o de todos e*es havia sido !enor do ,ue u! !i*1si!o de segundo& Aca$ada a cena' no instante e! ,ue o %1 de a%oio do to*o de!Inio tocou o so*o' seu cor%o se di*acerou' e %e,uenos cu$os de carne' ossos e ;rg os inter+ nos es%a*hara!+se %e*a re*va& A%enas a sua ca$ea %er!anecera intacta& 4onan a a%anhou %e*os ca$e*os e a a e*evou at1 a a*tura de seu rosto& Cinco cent3!e + tros se%arava! as duas %ontas de nari)& A%ro/i!ou ent o sua $oca do ouvido do o%onente e disse< Eu duvido !uito ,ue tenha !orrido& E acertou& + 4es%ondeu a ca$ea se! cor%o& + A sua *H!ina santa des+ truiu !eu cor%o' !as' en,uanto !inha ca$ea estiver intacta' %osso re+ generar+!e& >osso dar u! jeito nisso& >ode' !as duvido ,ue (aria& E %or ,ue n oC >ois' se !e !atares agora' so(rer-s co! as %r;/i!as ondas de ata,ue& Os de!Inios viria! co! (ora tota* %ara tentar to!ar Aeria& 8uvido !uito ,ue gostarias disso& So!os generais' Senhor 5arrior& Sa$e!os !uito $e! ,ue s; se %ode! !atar generais e! %oucos !o!entos< antes da guerra se iniciar' %ois daria !edo aos so*dados\ ou %erto de se con,uis+ tar a vit;ria' %ois daria a con(iana necess-ria aos co!$atentes e seria o s3!$o*o da su%re!acia& Concordo& .! e/1rcito e! guerra se! u! genera* 1 to!ado %e*a (=ria e %e*a sede de vingana& Ent o o ,ue %retende (a)er co!igoC O ;$vio& Ser- nosso %risioneiro& Isso traria desonra ao seu e/1rcito e e*es (icaria! !ais descuidados& So!os generais' se *e!$raC Eu adoraria (icar e! u!a ce*a se*ada !agica!ente' !as tenho outros %*anos' descu*%e+!e&

O cava*o de crista e! cha!as deu u! coice na $arriga de 4onan& Co!o re(*e+ /o' este *argou a ca$ea de A$igor' cujo ani!a* de trans%orte o %egou na $oca' %e*os ca$e*os& Eu vi! %ara este due*o Co!eou A$igor a%enas %ara testar suas (or+ as e sa$er ,ue ti%o de genera* era !eu o%onente& A*1! de sa$er ,ue e*e 1' de *onge' !uito !ais (orte do ,ue eu' ta!$1! sou$e a*go !uito !e*hor& 9 o 1 co! esta guerra ,ue deve %reocu%ar+se' genera*& D co! o

4"

,ue acontecer- de%ois de*a& E o cava*o desa%areceu nas trevas da noite' carregando consigo a ca$ea de u! genera* de!Inio derrotado& 4onan (icou no ch o a%;s rece$er o coice& #odo (erido e ensanguentado' estava e/austo& A Sanctus re%ousava ao seu *ado' (ie* e inse%ar-ve*& Estava %ensando na,ui*o ,ue disse seu ini!igo< deveria %reocu%ar+ se co! o ,ue aconteceria de%ois da guerra&&& Eas at1 !es!o esse %ensa!ento %areceu %esado de!ais %ara e*e& Ergueu+se e (oi andando at1 a sua tenda' car+ regando consigo sua ar!a& G A chuva (orte castigava Aeria& Ainda assi! n o estava !uito (rio& A cu*%a era do vento ge*ado' ,ue dava a,ue*a sensa o& #era (icava na %orta de vidro ,ue *e+ vava at1 a varanda de seu ,uarto' a%enas o$servando en,uanto os raios corta+ va! as nuvens i*u!inando todo o continente& Ea* sa$ia e*a ,ue' *- do ce!it1rio' u! vu*to enca%u)ado a o$servava' %erto de u!a -rvore& As so!$ras o escon + dia! e! !eio 2s centenas de covas& 8o outro *ado da rua' (a*tava a%enas u!a ve*a se a%agar& E*e n o ,ueria teste!unhas& Seria r-%ido' e se! dei/ar vest3gio nenhu!' (aria o seu tra$a*ho& O*hos ver!e*hos re*u)ia! %or $ai/o de seu !anto& &&& A%;s !eia hora de *onga es%era' #era havia ido dor!ir& A*guns !inutos de%ois' a ve*a do outro *ado da rua se a%agou& Era a sua dei/a& 7icou !ais cinco !inutos es%erando ,ue a teste!unha si*enciasse todas as suas atividades& Aca$ada a es%era' co!o u! gato %u*ou o !uro& Seus %assos era! co!%*eta!ente inaud3+ veis& E*e %arecia (*utuar& 9 o %recisou ne! ao !enos arro!$ar a %orta& A%enas a atravessou' co!o u! (antas!a& B- dentro da casa' suas vestes n o !o*hava! o ta%ete& 9 o tocava e! o$jetos' n o %erdia te!%o investigando& B- sa$ia o ,ue ,ueria' e onde ,ueria& Su$iu as escadas e de%arou+se co! a %orta do ,uarto do casa*& >or a*guns segundos' %arou %ara ver a %orta& 9 o se %odia! %rever seus %en+ sa!entos& >or cinco segundos (icou a*i %arado' at1 reco$rar sua consci0ncia ori+ gina*& #inha u!a !iss o' u! %ro%;sito& 8evaneios n o era! aceitos& Atravessou ta!$1! a %orta ,ue o se%arava do a*vo& L- estava e*a& 8eitada na ca!a' co$erta a%enas %or u! *eno* $ranco& Aos %oucos se a%ro/i!ou' sorrateira!ente& Eanti+ nha o o*har (i/o ne*a e ao seu redor& 9a escurid o %resente' ningu1! %odia v0+*o& 9e! !es!o e*e& 4etirou u!a adaga de arre!esso das do$ras internas de suas vestes& Eantendo o o*har centrado e! seu a*vo' es%erou ,ue u! raio cru)asse o c1u %ara i*u!inar o ,uarto& A *u) atravessou a jane*a' e e*e atirou a adaga& G O dia co!eava co! u! so* t3!ido no ca!%o de $ata*ha& Os so*dados acorda+ ra! sur%resos& 9 o co! u! ata,ue& Busta!ente o contr-rio& 9ada de hordas ini+ !igas& O $aru*ho ,ue !ais se ouvia era o de %-ssaros %iando %e*os ca!%os& A*+

4#

guns es$oara! u! sorriso' outros !antinha! a e/%ress o sur%resa& E a%;s !uita conversa no !eio de*es' vo*tara! a dor!ir a%;s a troca de vigias& E! sua tenda' 4onan ardia e! (e$re& A*guns !agos concentrava!+se e! cui+ dar das (eridas (eitas %e*a *ana de A$igor& E*e havia chegado no !eio da noite' co$erto e! sangue e arrastando+se %e*os ca!%os& O vigia noturno o carregou %ara sua tenda e cha!ou os !1dicos co! %ressa& A%enas a*guns %udera! sair de seus %ostos visto a ,uantidade de en(er!os& Eas u! genera* 1 u! genera*' seu trata!ento seria es%ecia* de ,ua*,uer !odo& En,uanto a grande di(icu*dade ,ue se en(rentava no aca!%a!ento era curar seu !aior *3der' a da !ente de 4o + nan era d-+*o u! sonho agrad-ve*& 8entro de sua ca$ea' en(rentava v-rios %e+ sade*os' u! a%;s o outro&&& G 4onan estava cercado %or gente& 9 o entendia& Era u! a!ontoado de %es+ soas& Estava co! u!a rou%a (or!a*' e*egante& .! terno %reto $e! desenhado& #entou to!ar es%ao entre todos %ara ver o ,ue se sucedia& 6uando conseguiu o$servar a*go' viu ,ue estava! no ce!it1rio na (rente de sua casa& Logo %ensou ,ue a,ue*e era a%enas !ais uns dos sonhos ,ue costu!ava ter' !as se enga+ nou& 6uando o*hou %ara o cai/ o' o cor%o de sua a!ada es%osa estava *-' deita+ do& Eais %-*ida do ,ue o nor!a*' u! cor%o (rio co! u! $e*o vestido a)u*+escuro& 7oi inevit-ve*& .!a *-gri!a escorreu do seu rosto no dado !o!ento& 6uase e! deses%ero' o*hou u! vu*to atr-s da -rvore& Estava enca%u)ado' !as %odia ver c*ara!ente ca$e*os grisa*hos e o*hos ru$ros co!o sangue& 9 o havia asas& E! u! %iscar de o*hos' todos havia! desa%arecido& Era noite& A%enas e*e e o ser estranho %er!anecia! a*i& 8o nada seu cor%o ta!$1! havia di!inu3do' e e*e se tornara criana nova!ente& O vu*to deu as costas e desa%areceu& G 8e u! esta*o' 4onan *evantou+se& Os sacerdotes' todos assustados e ,uase se! es%eranas' recuara! de i!ediato& ?enera*' o senhor est- $e!C + >erguntou u! de*es& Estou ;ti!o' !as agora %re)o %e*a sa=de de !inha !u*her& Eande u! !ensageiro %ara sa$er co!o e*a est-" [s suas ordens&&&

4onan sentou+se na ca!a' sentindo ainda !uitas dores do con(ronto da noite anterior& 4es%irava de (or!a o(egante' e es%erava ,ue seu sonho (osse a%enas u! sonho rui!& En,uanto aguardava o retorno do !ensageiro' tentou se *evan+ tar' !as se! !uito sucesso& Sentiu tonturas e caiu desacordado nova!ente& G

4.

9 o de!orou !uito %ara ,ue o !ensageiro retornasse& 4onan j- estava acor+ dado nova!ente' !as ainda assi! se recu%erando do incidente& Senhor' tenho ;ti!as not3cias& E ,uais seria!C A sua !u*her est- ;ti!a' se! nenhu! (eri!ento ou se,uer e! u!a con+ di o rui!& E*a n o entendeu o !otivo da %reocu%a o a%arente& A =nica coisa $i)arra ,ue e*a disse ter acontecido (oi encontrar u!a adaga %en+ durada na %arede do ,uarto ao acordar' !as ne! !es!o e*a conseguiu encontrar e/%*ica:es %ara isso& 7ina*!ente' u!a ;ti!a not3cia' %ara variar& + 8isse o genera* ,ue' a%esar de (erido' ainda arru!ou (oras %ara cuidar de suas tro%as& + Eande u! guarda %ara vigiar a !inha casa& A%osto ,ue acontecer- a*gu!a coisa& A(ina*' adagas n o se %endura! so)inhas e! %aredes' n o 1 !es!oC I!ediata!ente' senhor&

O !ensageiro se retirou e 4onan (icou a %ensar' deitado e! seu *eito& Os sa+ cerdotes j- havia! sa3do' e era a %ri!eira ve) e! horas ,ue os de!Inios n o atacava!& Isso signi(icava ,ue A$igor n o estava %ronto& E era !uito %ra)eroso ter u! descanso de%ois de tanto te!%o $ata*hando&&& G Ata,ue" Ata,ue" Levante!+se de suas ca!as agora" 4onan acordou co! o susto& Tavia descansado decente!ente !as seu cor%o ainda estava visive*!ente en(ra,uecido& A adrena*ina ,ue corria %or e*e era ta!a+ nha ,ue (icou de %1& >Is sua nova ar!adura' !as era i!%rovisada e !uito !ais *eve ,ue a nor!a*& O ,ue signi(icava ,ue era !enos resistente' e %or isso n o %o+ dia atacar co!o u! *ouco ,ua*,uer se %re)ava %or sua vida& #o!ou a es%ada e! ! os e correu %ara (ora da tenda' onde as enor!es %*an3+ cies %arecia! ter trans(or!ado+se e! u! enor!e !ar de (ogo& Os de!Inios vi+ nha! !archando a rit!o *ento' cujos %assos ressoava! junto co! o ru(ar de seus ta!$ores& 4onan j- havia visto a,ui*o antes< era u! ata,ue de enor!es di+ !ens:es& E se as enor!es di!ens:es do ano anterior havia! tornado+se %e,ue+ nas di!ens:es na,ue*e ano' !a* %odia i!aginar co!o seria! as di!ens:es grandes agora& Esse ti%o de ata,ue era $o! e rui! ao !es!o te!%o< 8e u! *ado' *i!itava o co!$ate ao so*o' e caso (osse iniciado u! ata,ue a1reo a neutra+ *i)a o seria (-ci*& >or outro' era %1ssi!o' %ois anjos *utava! !e*hor no ar& 8e ,ua*,uer !odo' 4onan !antinha+se con(iante e! sua ha$i*idade& A%;s ter vencido A$igor' sa$ia ,ue e/1rcito nenhu! na (ace do %*aneta o %araria& 4onan" 4onan" + ?ritava u!a vo) e! !eio 2 !u*tid o de ar!as&

5/

Era >Uros& E*e vinha carregando u! enor!e !achado de co!$ate e! ! os' at3%ico de seu uso' usando a%enas a %arte do tronco de sua ar!adura& Visive* + !ente cansado e co!%*eta!ente sujo' !as ainda assi! e! condi:es de *utar& 4onan' as cha!as est o a*tas de!ais& O ,ue (are!osC 6uais riscos %ro%orciona!C >ode! vir a ,uei!ar a cidade& Se chegare! *-' os cidad os e as !agias contidas nos caste*os %rotege+ r o a cidade do (ogo& O !ais intrigante 1 co!o conseguira! co*ocar (ogo nu!a %*anta o co$erta %e*a chuva&&& 8i)e! estar usando %rodutos de a*,ui!ia' senhor& A*,ui!iaC E co!o a,ue*es %ri!atas %udera! arru!ar issoC 9 o acredito ,ue a*gu! genera* de*es seja es%erto o su(iciente %ara isso' sen o n o teria! tra3do os c1us&&& >rovave*!ente e! sua re*a o co! os hu!anos& A*1! do !ais' e/iste! anjos ca3dos no in(erno& 9 o seria estranho se seu conheci!ento ca3sse e! ! os erradas& >actos !a*ditos&&& At1 ,uando esses hu!anos&&& E os traidores&&& Es,ue+ a& 8e ,ua*,uer !odo' se%are u!a %arte de !agos %ara cuidar da con+ ten o das cha!as& Ainda deve!os nos concentrar nos ata,ues& Tu!a horda enor!e a,ui& 9 o creio ,ue consiga!os aca$ar e! !enos de tr0s dias seguidos& Concordo& B- %rovidenciarei os !agos& En,uanto isso' n o !orra& + 8is+ se >Uros co*ocando a ! o no o!$ro de seu !e*hor a!igo& Voc0 ta!$1!& + 4onan retri$uiu o gesto&

Os ini!igos se a%ro/i!ava! r-%ido de!ais& E na (rente das cha!as' guiando e*es' estava A$igor& Se! ne! se,uer usar u!a ar!adura& A,ue*e *ouco est- %*anejando&&& + 4onan (ran)iu as so$rance*has e co*o+ cou a ! o so$re os o*hos %ara tentar en/ergar !ais *onge' se! ,ue as cha!as atra%a*hasse! sua vis o&

4onan avanou u! %ouco co! seu e/1rcito %ara ver ,ua* seria a rea o o%o+ nente& E*es se %usera! a andar !ais r-%ido' assi! co!o seu *3der& Si!' 1 u! ata,ue tota*" So*dados' 1 agora" Lute! %or seus a!igos' sua (a!3*ia&&& E *ute! %ara vi+ ver" A#A6.EE" 4onan gritou co! todos os seus %u*!:es<

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Cap. # $ Verdadeira Face da % erra

cho,ue das ar!as' os gritos de dor' os %assos %esados& Esses sons (or!ava! e! un3ssono u!a sin(onia ,ue os !ais antigos intitu*ava! de @cHntico de $ata*haA& Era a verdadeira har!onia' !es!o dentro do caos' !es!o dentro da guerra& 8e u! *ado' os anjos< $ata*hava! %ara de(ender seu territ;rio' %ara de(ender a,ue*es ,ue a!ava! e %ara de(ender o eterno e,ui+ *3$rio entre o $e! e o !a*& 8o outro os de!Inios' cuja =nica inten o era di(undir o caos' con,uistando antes os seus %rinci%ais ini!igos& Eas' a*1! disso' era o due*o entre u! ser %uro contra o assassino de seu ir! o& [ !edida ,ue os so*dados se desgastava! no ca!%o de $ata*ha' 4onan e A$igor trocava! go*%es e! u! due*o ,ue %arecia n o ter (i!& 6uando es%ada e *ana se tocava!' u!a cascata de (a3scas sa3a das duas& L- no ch o' os so*da+ dos *i!itava! o seu a*cance at1 onde a %arede de (ogo os i!%edia de u*tra%as+ sar& Eas os dois due*ava! nos c1us indo de u! *ado ao outro& >ouco i!%orta+ va! as cha!as ,ue atravessava!& A,ue*e $ai*e de guerreiros era !ais i!%ortan+ te ,ue a dor de seus $ai*arinos& 9 o de!orara !uito e 4onan retirou sua ar!adura& O ar ,uente o su(ocava e a,uecia a,ue*e %edao in=ti* de !eta* ,ue o revestia& A$igor %arecia $e! 2 von+ tade& #a*ve) as cha!as do in(erno o tivesse! tornado resistente ao ca*or& E! co!%ara o ao =*ti!o e!$ate dos dois' A$igor estava !ais (orte' ve*o)' %reciso e resistente do ,ue antes& C*aro ,ue as (eridas n o co!%*eta!ente recu%eradas de 4onan dava! o di(erencia* e! seu rendi!ento& A dor i!%edia ,ue e*e se con+ centrasse& Seus !ovi!entos se redu)ira!' ent o !antinha u!a %ostura !ais de+ (ensiva' a%enas es%erando e $*o,ueando os go*%es co!o %odia& G E! Aeria era !ais u!a noite& E !ais u!a ve) o ser enca%u)ado vigiava a casa de dentro do ce!it1rio& O !anto ,ue o enco$ria estava gasto e sujo' !as e*e n o sentia nenhu!a necessidade de higiene& Estava a*i %or u!a !iss o' e iria cu!%ri+*a' custasse o ,ue custar& E n o de!oraria !uito %ara inici-+*a& So!+ $ras rodava! %e*as %aredes das casas& >or causa das *u)es das ve*as ainda acesas nos %ostes isso era vis3ve*& Eas n o tardaria %ara ,ue e*as (osse! a%a+ gadas %e*os ve*eiros' e *ogo se iniciaria o co!$ate& O guarda seria o %ri!eiro a !orrer' !as sua vida n o i!%ortava&

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G .! go*%e de %er(ura o' es,uerda %ara direita& Atingiu *atera*!ente o $rao& En,uanto 4onan %erdia o !ovi!ento do $rao direito' A$igor investia cada ve) !ais (orte nos ata,ues& Cada ve) !ais r-%ido e !ais %reciso' 4onan !a* %odia desgrudar os o*hos %or u! segundo& Cada distra o o rendia u!a (erida' !es!o ,ue (osse u! %e,ueno corte ou arranh o& Sua %rinci%a* distra o era os seus so*dados e! ca!%o& A invas o de de!Inios cercara todos os seus a*iados' (a+ )endo co! ,ue suas tro%as %arecesse! u!a %e,uena i*ha e! u! !ar %o*u3do& 4ece$eu u! chute no %eitora*' o ,ue o (e) voar %ara tr-s e o (e) des%ertar %ara o seu %r;%rio e!$ate& D seu (i!" + 8i)ia A$igor se a%ro/i!ando do advers-rio' co! *ana e! ! os' %re%arado %ara dar u!a estocada& SE A7AS#E' 4O9A9"

E o re(oro chegou& >Uros' co! seu enor!e !achado a%areceu do nada e usou u! go*%e na hori)onta*' direita %ara es,uerda& A$igor se viu o$rigado a de+ (ender e' co! isso' (ora e!%urrado %ara *onge& >Uros' o ,ue acha ,ue est- (a)endoC + Indagou 4onan& Ajudando& Eas eu %osso vencer a $ata*ha so)inho" 9as atuais condi:es' n o& A*i-s' acho ,ue ne! n;s dois juntos %odere+ !os vencer se *utar!os *ado a *ado& Eas no outro dia&&& Eu acho ,ue no outro dia e*e te (e) sentir su%erior %ara s; agora de+ !onstrar sua verdadeira (ora& Era s; u! teste& Ea*dito" 9 o adianta *asti!ar& Esta!os agora nu!a verdadeira $ata*ha de vida ou !orte& Eu vou ganhar te!%o %ara voc0 reunir %oder e usar seu go*%e (i+ na*' %or isso seja r-%ido&

4onan se es%antou no !es!o instante& 9 o usava seu go*%e (ina* %ois' da =*ti+ !a ve)' e*e aca$ara co! todas as suas energias e destru3ra tudo e! u! raio de !i* !etros' se! contar ,ue n o %odia %rever o e(eito ,ue teria& #a*ve) ne! !es+ !o (uncionasse& >Uros estava se sacri(icando e agora e*e %odia ver $e! isso& >Uros' eu n o vou&&& 8e ,uanto te!%o voc0 %recisa %ara ter!inar o encanta!entoC

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>Uros' eu n o %osso&&& 4onan' de ,uanto te!%o %recisaC

>Uros o*hou (undo nos o*hos de seu a!igo& 4onan via a deter!ina o e! sua e/%ress o& >Uros n o vo*taria atr-s& #r0s !inutos& + 4es%ondeu %or (i! 4onan& E! tr0s !inutos eu o segurarei e o *evarei %ara o a*to' *onge das tro%as& .se seu go*%e *-& E 4onan&&& 8iga& Adeus' co!%anheiro&

>Uros (echou o %unho e $ateu de *eve e! seu o!$ro $o!& Co! essas %a*avras' >Uros (oi ao encontro de A$igor' ,ue estava voando o ca+ !inho de vo*ta a%;s ser arre!essado %ara $e! *onge %e*a (ora da,ue*e $ravo so*dado& 4onan ent o co!eou a %ro(erir o encanta!ento ,ue usara a%enas u!a ve) na vida e cujo e(eito era i!%revis3ve*& Era sua =nica chance& G Acha !es!o ,ue %ode ganhar te!%o %ara e*e se recu%erarC + >ergunta+ va A$igor' en,uanto sua *ana era $*o,ueada %e*o !achado de >Uros& Acha !es!o ,ue %reciso dar e/%*ica:es a u! de!InioC Inso*ente"

A$igor (e) u! %ouco de (ora e jogou >Uros %ara tr-s' !as este n o desistiu& Co! o !achado e! ! os' tentou go*%ear A$igor' ,ue es,uivou+se e go*%eou suas coste*as' %er(urando+o o %u*! o& Este urrou de dor' !as ainda assi! teve !estria su(iciente %ara acertar A$igor na ca$ea co! as @costasA do !achado& Este *argou a *ana e desnorteou+se %or a*guns segundos' te!%o o su(iciente %ara >Uros acertar u! go*%e e! seu tronco' rasgando+o da a*tura do %eito at1 a cintura& Se! se dei/ar a$ater %e*o dano rece$ido' A$igor investiu de ! os nuas visan+ do go*%ear >Uros& Se! ve*ocidade su(iciente' este tentou es,uivar' !as o te!%o n o (oi $astante& 4ece$eu u! go*%e na testa' ,uase nocauteando+o& A%roveitan+ do+se da o%ortunidade' A$igor co*ocou a ! o no ca$o de sua *ana nova!ente e re*utou %ara a(und-+*a !ais u! %ouco nas entranhas da,ue*e ,ue interro!%era seu t o esti!ado entrave& Este se contorceu e gritou de dor' !as co! o cotove*o conseguiu acertar a t0!%ora do riva*' ,ue se a(astou e nova!ente *argou a ar!a no !es!o *oca* ,ue havia dei/ado antes& 8esta ve)' >Uros retirou a *ana do seu cor%o co! sua (ora' arrancando de sua garganta !ais a*guns gritos& A%;s retira + da' *evou u! chute na $arriga e *argou a ar!a riva* no ar& A$igor to!ou+a e e!

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u!a (ra o de segundo a encravou na co/a de >Uros' atravessando+a co!%*eta+ !ente& E! u! go*%e de sorte' >Uros usou seu !achado e cortou a %erna direita de A$igor na a*tura de seus joe*hos' arrancando u! grito do i!%iedoso de!Inio& 8es(rutando de seu !o!ento de g*;ria' es,ueceu ,ue dei/ou as costas e/%os+ tas %ara a%*icar o go*%e' e assi! ,ue A$igor %erce$eu a $recha na de(esa' retirou sua *ana da co/a do ini!igo' girou e! seu %r;%rio ei/o %ara acu!u*ar (ora e a cravou no centro da co*una de >Uros& Sangue %assou a sair %or seus o*hos& Achava !es!o ,ue %odia vencer+!e so)inhoC #o*o& Eu n o disse nada ,uanto a vencer& + 4es%ondeu >Uros co! u! sorriso se! energias na (ace& .EA A4EA8ILTA" ?0nio&

Co! sua (ora' A$igor desencravou a *ana e atirou o cor%o de >Uros %ara o ch o& >erce$endo sua distra o' A$igor voou o !ais r-%ido ,ue %odia %ara seu antigo o%onente' 4onan& Este estava ter!inando o encanta!ento< 6eni et liberare mea vera forma. Ultimus lacrimaA VVenha e *i$erte !inha (or!a %ura& ]*ti!a *-gri!a"W

8e *onge' A$igor tentou atirar a *ana e! seu cor%o' !as a !enos de dois !e+ tros e*a ricocheteou e (oi %arar *onge& .! ca!%o de (ora havia (or!ado+se ao redor do cor%o de 4onan& .!a es(era ro/a' ,ue %arecia a$sorver a *u) ao seu re+ dor& 6ua*,uer ,ue (osse o encanta!ento' e*e havia ter!inado& G O ve*eiro %assou e a%agou o =*ti!o %oste& A *u) das casas n o !ais $ri*hava' j- era tarde da noite& Ees!o se! %oder ver as so!$ras' o ser enca%u)ado sentia sua %resena' e sa$ia sua *oca*i)a o& A !aneira ,ue circundava! as ruas era %ecu*iar& #inha! u! a*vo co!u!' e *ogo iniciaria! o ata,ue& Bastava ,ue a %re+ sena do ve*eiro estivesse *onge& 8e dentro das vestes' o vu*to de !anto retirou u!a es%ada de a%ro/i!ados P0 cent3!etros de *H!ina& Era u!a *H!ina escura' tota*!ente o%aca& >er!aneceu ocu*to e! !eio 2 co%a da -rvore' es%erando o %ri!eiro !ovi!ento advers-rio& Assi! ,ue a %ri!eira so!$ra avanou' e*e sa*tou e a cortou no !eio e' (a)endo u!a acro$acia' %arou no ch o& Eantinha u!a %os+ tura (*e/3ve*' girando a es%ada e! sua ! o' %re%arado %ara ,ua*,uer sur%resa& O guarda nada via ou ouvia' estava %arado e! seu %osto %erto do !uro da casa dos 5arrior& .!a das so!$ras' %erce$endo a a!eaa' veio %or tr-s& O !isterioso ser enca+ %u)ado escar%ou e dei/ou a *H!ina a%ontando %ara o c1u' e a %r;%ria so!$ra co!eteu suic3dio rasgando+se e! sua es%ada& Eas os ata,ues estava! a%enas de iniciando' e as so!$ras viria! a noite toda& 7ora! duas' (a*tava! FP&

55

G A es(era de energia ,ue %rotegia 4onan (ina*!ente desa%areceu& .! anjo de asas negras ocu%ou seu *ugar& #inha os !es!os (eri!entos' e ainda estava $a + nhado e! sangue' !as a dor ,ue sentia antes (ora tota*!ente arrancada& Co! u! o*har desa(iador' o*hava %ara A$igor& O*hos a)uis crista*inos' !as ,ue ao in+ v1s de ternura instigava! !edo& Se %recisa de sua ar!a %ara *utar' irei conced0+*a co!o =*ti!o desejo& 4onan *evitou a ar!a de A$igor ,ue ca3ra no ch o e a (e) (*utuar at1 sua (rente& E*e estendeu a ! o e a %egou& 9 o havia tru,ues' e*e estava !es!o devo*ven+ do a ar!a do ini!igo& >or ,ue (e) issoC 9 o vejo g*;ria e! derrotar u! o%onente desar!ado&

Co! a Sanctus e! ! o' cuja *H!ina %erdera tota*!ente o $ri*ho' e*e avanou co!o u! raio na dire o do riva* e %arou na sua (rente' de (or!a ,ue seus rostos (icasse! a cent3!etros u! do outro& A$igor sentia u!a res%ira o ge*ada e! seu rosto& E! u! ato de re(*e/o' tentou go*%ear 4onan co! sua *ana& Este a%enas segurou sua %onta co! a ! o& Seus !=scu*os ne! ao !enos havia! retra3do+ se' en,uanto A$igor e!%enhava toda a energia do seu cor%o na,ue*e ata,ue& Seus es(oros s o in=teis& Eais r-%ido do ,ue os o*hos co!uns %odia! ver' 4onan esticou sua %erna %ara o ar e chutou A$igor e! seu ,uei/o' ,ue recuou junto de sua ar!a& Cus%ira a*guns dentes junto de seu sangue %reto& 6uando vo*tou os o*hos %ara (itar 4o+ nan' este havia su!ido& >rocurou e*e %e*os c1us at1 ,ue u!a vo) (ria co!o a neve de inverno sussurrou no seu ouvido< A sua e/ist0ncia ter!ina a,ui& A$igor tentou girar e! seu ei/o co! a *ana vindo e! u! go*%e hori)onta*' de u!a (or!a ,ue go*%earia a $arriga de 4onan' !as e*e a%enas acertou o vento& O*hava e! todas as dire:es' tentando rastrear o ini!igo& Ainda estava con(iante e! sua vit;ria' !es!o rece$endo u! go*%e t o hu!i*hante& .!a dor *acerante veio das costas& A Sanctus (ora cravada e! sua c*av3cu*a' no !es!o %onto ,ue 4onan havia sido go*%eado antes& Esta!os ,uites& 4etirou a es%ada e a(astou+se a*guns !etros' es%erando a rea o de A$igor ,ue se contorcia tentando ta%ar co! as ! os a nova (erida& 6uando e*e se virou' 4onan %erce$eu ,ue seu go*%e havia varado o cor%o do riva*& #a*ve) eu tenha e/agerado u! %ouco na (ora&&& + Sorriu sadica!ente&

5!

.!a tentativa de investida (rustrada de A$igor& Vindo e! u! rasante' a *ana e! ! os' tentou crav-+*a na $arriga de seu o%onente& Ees!o co! a atua* ve*oci+ dade so$re+hu!ana' n o era o su(iciente %ara ,ue 4onan (osse atingido& E*e teve a i!%ress o ,ue atingiu' !as na verdade a es,uiva de 4onan havia sido t o r-%ida ,ue dei/ara at1 !es!o u! vu*to de*e %ara tr-s& .! go*%e co! o cotove*o nas costas e u!a joe*hada na $arriga (ora! o su(iciente %ara neutra*i)ar ,ua*,uer rea o da %arte de A$igor& Co!eteu u! erro u!a ve) e agora co!ete o !es!oC Isso 1 a%enas u!a %rova de sua inca%acidade co!o *utador&

A$igor rangia os dentes de raiva& >e*a %ri!eira ve) e! toda a sua e/ist0ncia sentia+se verdadeira!ente (raco& .!a se,u0ncia ve*o) de go*%es (oi sua res%os+ ta' !as e! !ovi!entos (*u3dos 4onan esca%ava de*es' u! a u!& A es%ada ,ue estava e! suas ! os estava c*a!ando %or sangue& 9o !eio de suas es,uivas' o genera* dos anjos !oveu sua es%ada' travando a *ana de A$igor na sua !etade& Ainda n o %erce$eu ,ue agora isso 1 in=ti*C 8everia ter e/ter!inado+!e ,uando teve sua chance& A !inha chance ainda n o aca$ou& Aca$ou& Sua ! e nunca o ensinou ,ue nunca deve $rincar co! a co!i+ daC Ees!a coisa co! seus o%onentes& Agora 1 a !inha chance&

Co! u! !ovi!ento vora)' 4onan arrancou os dedos de A$igor ,ue se %ren+ dia! na *ana& E*e a *argou' so*tando u! urro& Eais u! !ovi!ento< 4onan cra+ vou sua Sanctus na $arriga de A$igor& En,uanto o de!Inio contorcia+se de dor' o anjo o*hou $e! %ro (undo de seus o*hos e disse< 7aa u!a $oa viage! de vo*ta ao seu *ar& 7oi a =*ti!a vis o do grande genera* do in(erno' *3der de u!a *egi o de de!I + nios' antes ,ue seu cor%o (osse rasgado e! dois' de $ai/o %ara ci!a& >ara (ina*i+ )ar' o genera* 5arrior estendeu sua ! o e tocou a ca$ea dividida de seu riva*& >ro(eriu a*gu!as %a*avras e! *ati! e desintegrou o cor%o do ini!igo& A%;s aca + $ar co! seu ini!igo' o*hou de vo*ta %ara o ch o& Seus so*dados estava! e! desvantage!& A grande onda de de!Inios (e) co! ,ue recuasse! e reagru%as+ se! e! u! %e,ueno contingente& >recisava ajud-+*os& A noite seria *onga& G A!anheceu& E! Aeria' u! gru%o de curiosos se unia e! (rente a a*gu!as cra+ teras ,ue se (or!ava! nos %isos de %edra ,ue revestia! a cidade& 8a sacada de sua varanda' #era o$servava o !es!o& #odos n o entendia! o ,ue havia acon+ tecido& O guarda dor!ira e! seu %osto e nada vira ou ouvira& 9enhu! rastro de sangue& A%enas a*gu!as %e,uenas crateras es%a*hadas %e*o ch o' archotes ,uei!ados e! u! canto e a*gu!as %aredes co! rachaduras& 9ada a*1! disso&

5"

A descendente ao trono rea* desceu as escadas& O ,ue ,uer ,ue houvesse acontecido na,ue*a noite' nada ouvira& E ta!$1! n o dei/aria de %rosseguir co! sua vida %or isso& 7oi at1 a co)inha' %egou u!a !a e' co!endo+a' ca!inhou at1 a sa*a de jantar& .!a carta ja)ia intacta e! ci!a da !esa& #era a%anhou+a& O*hou %ara os dois *ados< n o havia sina* de invasores& 6ue! ,uer ,ue houves+ se dei/ado a carta a*i havia su!ido& Estava endereada %ara 4onan !as se! ,ua*,uer re!etente& #eve a curiosidade de a$rir a carta %or1! te!eu sua !ensa+ ge!& A*go de %aranor!a* estava no ar& 8ei/ou a carta no !es!o *ugar ,ue %e+ gou e (oi trocar suas vestes& G Ano 1000 da era Chaos Final da Guerra (In io do Outono! O ca!%o de $ata*ha estava destru3do& O (ogo da,ue*a noite consu!ira a re*va& Tavia! in=!eros $uracos no ch o' e cin)as de de!Inios ,uei!ados& As tendas estava! sendo desar!adas e carregadores *evava! %ara a cidade a*guns itens& So*dados (eridos ia! de !aca' e seria! *evados direto %ara o hos%ita* de Ae+ ria' onde rece$eria! u! trata!ento %ro%3cio& Os !ortos era! carregados %or seus %r;%rios co!%anheiros' des(i*ando %e*as ruas da ca%ita* de Sea* %ara ga+ nhar a honra do %ovo ,ue e*es %rotegera! at1 seu =*ti!o sus%iro& O$via!ente' %ara evitar a dor da (a!3*ia do !orto ,ue' at1 dado instante' n o sa$ia de seu (a + *eci!ento' os cor%os ia! ta%ados %or u! *eno* $ranco co! sua ar!a re%ousan+ do so$re o cad-ver& A (a!3*ia reconheceria a ar!a do so*dado e dar as devidas honras %ara e*e' !as se! ,ue seu cor%o (osse e/%osto& 4onan estava entre os (eridos& A%;s a =*ti!a noite de $ata*has' chegara a u! estado de e/aust o t o grande ,ue ca3ra e! u! sono %ro(undo& En,uanto estava sendo trans(erido %ara o hos%ita* e sua es%osa rece$endo a not3cia' e*e sonhava co! o ,ue ouvira na noite e! ,ue >Uros !orrera& &&& A%;s ter derrotado A$igor e antes de co!ear o e/ter!3nio e! !assa de de+ !Inios' e*e se dirigira at1 o cor%o de >Uros' jogado %e*a re*va e ensanguentado& O to!ou e! seus $raos e checou sua %u*sa o& Estava (raca' a he!orragia era !uito grande& Era! seus =*ti!os segundos de vida& >Uros a$riu os o*hos e con+ te!%*ou seu a!igo' trans(or!ado %e*o %oder da Sanctus' ,ue derra!ava a*gu+ !as *-gri!as so$re seu cor%o& A$riu u! sorriso e' co! suas =*ti!as energias' %ro(eriu suas =*ti!as %a*avras ao seu !e*hor a!igo< O$rigado' 4onan' %or ter %er!itido+!e *utar ao seu *ado& E co! o %unho (echado' tocou o o!$ro de seu genera* antes de des(a*ecer %or co!%*eto& A (=ria do cora o de 4onan havia ganhado seu -%ice& G

5#

Onde est- !eu !aridoC"

#era $rigava co! as en(er!eiras %e*o hos%ita*' $uscando o cor%o de seu a!a+ do& Estava no *eito L0LP' dor!indo e/austo& En,uanto e*a *- estava' o des(i*e acontecia %e*a cidade& Antes de ir %ara o evento' rece$era u! !ensageiro %e*a !anh e! sua %orta e/%*icando a situa o& E*a j- estava gr-vida de u! ano e es%erava ter o seu (i*ho a ,ua*,uer instante& Ao chegar no ,uarto de 4onan' aco!%anhada %or u!a en(er!eira' %u/ou u!a cadeira de !adeira e sentou+se ao seu *ado' re%ousando de*icada!ente as ! os e a ca$ea so$re seu %eito' en+ ,uanto chorava si*enciosa!ente& G A noite ca3ra& #era n o saia do *ado de seu !arido& A%;s sa$er ,ue e*e estava $e!' havia aca*!ado+se' !as ainda assi! (icava a*i do *ado de*e& E*e estava $astante en(ai/ado& >ernas' %eitora*' $raos e at1 %escoo& E*e (ora o verdadeiro her;i da guerra' to!ando toda a res%onsa$i*idade %ara si& #era dor!ia sentada' aco!odada na cadeira co! u!a a*!o(ada e u! *eno* ,ue a en(er!eira havia genti*!ente co*ocado& En,uanto dor!ia tran,ui*a!ente' 4onan tinha o !ais si+ nistro de todos os seus %esade*os at1 ent o& &&& Andava %or u!a %onte (eita de ossos e sangue (*u3a a$ai/o de*a& O !es!o *3+ ,uido do rio era o ,ue estava chovendo e! u! te!%ora*& Ees!o estando e! !eio a chuva e*e n o se !o*hava& Suas vestes $rancas %er!anecia! i!acu*a+ das' *i!%as& >ara onde e*e estava indoC 9e! !es!o isso %odia di)er& Era a %ri+ !eira ve) ,ue tinha u! sonho %arecido& 8e ,ua*,uer !odo' %rosseguiu andando %e*a estrada se! se ,uestionar& 6uando chegou ao (ina* de*a' u! enor!e !uro (eito de cad-veres e u! %orta* constru3do co! ossos o %arou& A*go %esou dentro de seu $o*so e e*e encontrou u!a chave& A$riu o cadeado e u!a cena chocante a%areceu ,uando a$riu o %orta*& .! enor!e caste*o' ta!$1! (eito de ossos' o %arou& Es,ue*etos de so*dados %er!anecia! i!;veis %erante a entrada& A*guns de*es e!%a*ados ainda e! seus trajes de guerra& Corvos co!ia! a*guns ;rg os es%a*hados %e*o ch o& 6uando e*e se a%ro/i!ou da %orta' os guardas o saudara! e a a$rira!& .! enor!e corredor condu)ia at1 u! trono' onde u! $e$0 co$erto de sangue chora + va incessante!ente& Atr-s do trono u!a !u*her cruci(icada chorava sangue& Era a sua es%osa& Ao ver a cena' se ajoe*hou e chorou& Eas !es!o no deses%ero n o desgrudava os o*hos da,ue*a cena horrori)ante& >or (i!' so*dados (echara! u!a cortina e ocu*tara! a sa*a do trono& 4onan co!eou a cair %or u! %oo se! (i!' se! conseguir res%irar& Acordou& G Sua !u*her estava de$ruada so$re suas %ernas' dor!indo& #udo n o %assara de u! sonho& O*hou %e*a jane*a& O dia estava c*aro& 8everia ser o !es!o dia do

5.

(estiva* ,ue seus %ais daria! no caste*o& Assi! ,ue acordou' acordou sua !u*her e a $eijou a%ai/onada!ente& D $o! estar e! casa& Eas esta!os no hos%ita*' i!$eci*& + 8isse chorando e rindo ao !es!o te!%o& Ent o !e ajude a sair desta ca!a& Toje a noite te!os u!a (esta %ara ir& Eas voc0 n o est-&&& E! condi:esC Aca*!e+se' eu a%enas estava cansado& 7eridas assi! s o nada %ara !i!& Onde est- sua ar!aduraC 7ora destru3da e! !eio ao %ri!eiro e!$ate co! A$igor& Ent o 1 verdadeC O ,u0C 6ue (oi voc0 ,ue !atou A$igor& Si!' 1 verdade& Eas %ara isso' >Uros deu sua vida&&&

4onan dei/ou u!a *-gri!a escorrer %e*o seu rosto' !as e*a (oi retirada %e*as ! os ternas de sua a!ada es%osa& 9 o a%enas %or seu a!igo' o %esade*o aju+ dara ta!$1!& E*e !orreu co!o u! so*dado honrado& Ire!os ao seu enterro& Si!& Eas antes te!os u!a (esta %ara ir& Eeus %ais nos es%era!' e voc0 sa$e ,ue se e*es n o !e vire!' ir o (a)er u! estarda*hao&

#era achou !eio estranho no co!eo' !as o co!%reendeu& 6ueria (estejar u! %ouco %ara es,uecer a,ui*o ,ue a guerra o in(*igira& E a,ue*a n o havia sido u!a guerra ,ua*,uer' %erdera o seu !e*hor a!igo ne*a& #udo $e!' ,uerido& Eas voc0 deve %ro!eter+!e ,ue n o se es(orarnos %r;/i!os !eses&&& Eu %ro!eto&&& + 8isse co! u! sorriso sincero&

#era cha!ou o !1dico& E*e re*utou %ara dar a*ta ao seu %aciente' ainda !ais u! t o (erido' !as a%;s 4onan a!ea-+*o' e*e cedeu& 4e*utava $astante %ois seu %aciente !a* %odia andar se! a%oiar+se nos o!$ros de sua es%osa' !as a,ue*e era u! dia i!%ortante e' co! ou se! %er!iss o' e*e sairia da*i& 8ia e! ,ue 4onan co!e!oraria %or sua vida' d-diva dada a e*e a%enas duas ve)es< a%;s nascer e a%;s o sacri(3cio de seu !e*hor a!igo& Adeus' >Uros&

!/

Cap. & "ascimento e Partida

ores& O retorno %ara casa (oi di(3ci*& O cor%o s; se recu%erara %arcia*+ !ente' e 4onan teve ,ue se a%oiar no cor%o de sua es%osa %ara con+ seguir andar& #era n o rec*a!ava' e*a estava gostando de ter seu !ari+ do e! casa %or !ais ,ue estivesse (erido& Assi! ,ue a$rira! a %orta' 4onan sentiu seu cor%o a!o*ecer& A ternura do *ar vo*tara instantanea!ente ao seu cora o& Sua es%osa o ajudou a deitar no so(da sa*a e (oi (a)er u! a*!oo es%ecia*& A co!ida de hos%itais n o era $oa& En + ,uanto estava deitado es%erando' 4onan viu u!a carta e! ci!a da !esinha de centro& Esticou o $rao e %egou+a& #inha u! enve*o%e a!are*ado' e u!a $e*a ca+ *igra(ia indicava seu no!e& A$riu+a& .!a ess0ncia son3(era invadiu suas narinas& Ainda consciente' to!ou o %a%e* dentro do enve*o%e& Estava e! $ranco& Logo ador!eceu& G Be!+vindo' 4onan& 6ue! 1 voc0C Aonde estouC

4onan estava e! seus sonhos& .! *ugar co!%*eta!ente escuro' onde u!a *u) vinda do a*to' de *ugar nenhu!& I*u!inava u!a cadeira 2 sua (rente' onde estava sentado u! ser enca%u)ado ,ua*,uer' de %ernas e $raos cru)ados' ca$ea a$ai/ada' co!o se estivesse dor!indo& E*e tentou se a%ro/i!ar' !as era co!o se suas %ernas houvesse! grudado no ch o& 9 o %odia se !over u! !i*3!etro' estava %etri(icado& Voc0 n o %recisa sa$er !eu no!e' a%enas escute o ,ue eu tenho a di+ )er' !e (aria ta* (avorC G >ois $e!& Venho %or !eio desta carta in(or!-+*o de %erigos (uturos& A sua (a!3*ia tornou+se a*vo de u! grande evento&&& EventoC .! (estiva*' u!a (eiraC .! jogo !orta*C

!1

9 o chegou ne! %erto& .! evento te!%ora*' ,ue *aa rea*idades' desti+ nos' te!%o e e,ui*3$rio& 6ue! %artici%a desse evento 1 esco*hido de u!a (or!a a*eat;ria' ou seja' n o (oi nada ,ue tenha! (eito de es%ecia*& >ode!os sair deste eventoC >ara a sua in(e*icidade e a de todos 2 sua vo*ta' n o& Eas e! ,ue e*e consisteC Voc0 n o te! %oder %ara sa$er& A%enas ,ue! de*e ir- %artici%ar& E ,ue! seriaC Seu (i*ho&

4onan sentiu sua es%inha conge*ar& Senti!entos se !isturava! dentro de seu cor%o& 8or' raiva' agonia' triste)a& O ser a sua (rente %er!anecia i!;ve*& E o ,ue deseja vindo a,ui (a*ar isso co!igoC Sua co!%reens o& Coisas estranhas e horr3veis acontecer o ao redor do seu (i*ho e dos atos de*e& E a educa o ,ue o der in(*uenciar- no destino do %*aneta& O ,ue voc0 1' a*gu!a es%1cie de 8eus S-dicoC B- disse ,ue isso n o o interessa& E eu ta!$1! n o sou o cu*%ado deste evento& Se deseja se ,uei/ar co! a*gu1!' ,uei/e+se co! o e,ui*3$rio universa*& E,ui*3$rio universa*C >e*o visto' deverei sinteti)ar a hist;ria&

1* !ist,ria contada no son!o de meu pai "amais me foi mencionada. .udo o que sei & que a @conversa mental@ que os dois tiveram durou !oras, de acordo com o que min!a m)e me relatou.? G 4onan acordou& L- (ora estava escurecendo& #era estava sentada no outro so(-' *endo u! *ivro ,ua*,uer' at1 ,ue (ina*!ente %erce$eu o des%ertar de seu !arido< .! sonho rui!' n o 1 !es!oC Voc0 n o (a) ideia& >ode contar+!e do ,ue se tratavaC

!2

#e contarei ,uando (or a hora certa& + 4es%ondeu 4onan ajeitando seu cor%o no so(-' *evantando+se& Co$rarei& + 8isse co! u! sorriso na (ace& + Ah' 1 !es!o& #enho u!a no+ t3cia dos seus %ais& O ,ue (oiC A (esta deste ano (ora cance*ada& Ainda n o sei os !otivos' !as !andei u! !ensageiro ir convidar seus %ais e os !eus %ara u! jantar& Xti!a ideia& Ent o acho !e*hor eu ir $anhar+!e e tirar estas ataduras& O cheiro do hos%ita* n o saiu ainda do !eu cor%o& Sua vo) %arece tensa& #e! certe)a ,ue est- tudo $e!' a!orC 9 o disse se estava ou n o tudo $e!&

E di)endo isso' su$iu as escadas %ara se $anhar& #odos estava! ao redor da !esa& #era %re%arara u! de*icioso jantar' e todos se de*iciava! en,uanto conversava!& Os %ais de 4onan estava! ca$is$ai/os %or causa dos recentes aconteci!entos envo*vendo seu outro (i*ho' Jurius& E onde est- K**eC + >erguntou 4onan' ,ue$rando u! *ongo si*0ncio ,ue havia (or!ado+se a%;s !encionar os =*ti!os !o!entos de seu ir! o& E*a est- co! a atua* (a!3*ia de*a' e %ediu descu*%as %or estar ausente& Eas disse ,ue' co! certe)a' co!%arecer- ao $ati)ado de seu (i*ho assi! ,ue o !es!o nascer& 7a*ando nisso&&& + #era se %ronunciou& O ,ue (oi' (i*haC + >erguntou O%a*& Acho ,ue e/ata!ente hoje ,ue se co!%*eta u! ano& Co!o %ode ter tanta certe)a' ,ueridaC + Interveio 4onan& + >assa!os todo o inverno juntos& Eu a%enas sinto& Se isso (or verdade + #o!ou a %a*avra .*isses& + ent o da,ui a a*guns !i + nutos e*a entrar- e! tra$a*ho de %arto&

O e*egante re*;gio de %0ndu*o' (eito de !adeira e co! adornos' %onteiro e o %r;%rio %0ndu*o (eito de ouro' ,ue (icava na sa*a de jantar estava ,uase na divi+ s;ria ,ue se%arava o segundo do terceiro ,uarto do %er3odo de So!$ra& E! ou+ tras %a*avras' ,uase !eia+noite&

!3

Einutos ou horas& 9 o h- co!o se sa$er ,uando ,ue os %o!$inhos&&& + Iniciou Juna' !as *ogo (ora interro!%ida %e*o seu (i*ho co! u!a %ergunta so$re co!o estava a co!ida&

Os %ais do casa* rira! na !esa co! o constrangi!ento dos dois' !as n o de+ !orou !uito %ara ad,uire! u! o*har s1rio& #era co!eara a ge!er de dor& >ai' voc0 e sua $oca !a*dita" Va!os' te!os ,ue *evar e*a %ro hos%ita*& 4onan' !es!o (erido' %egou sua es%osa no co*o& Irving e O%a* voara! na (rente %ara re,uisitar u! *eito no hos%ita*' en,uanto Juna e .*isses ajudava! seu (i*ho a co*ocar a es%osa na carruage! ,ue os trou/era at1 a*i& E !ais r-%ido do ,ue u!a (*echa' %artira!& G 4onan andava de u! *ado %ara o outro no sagu o de es%era' contando os se+ gundos& Estava nervoso& Os av;s do seu (uturo (i*ho estava! sentados' e tenta+ va! aca*!-+*o da !aneira ,ue %odia!& Se n o (osse %or Irving ter re,uisitado %essoa*!ente' n o conseguiria! arru!ar u! *eito %ara e*a' visto ,ue era 1%oca das $ai/as de guerra' e sendo assi! !uitos (eridos *otava! o hos%ita*& 4onan %edira descu*%as %ara o so*dado ,ue (ora retirado do seu *eito %ara dar es%ao a sua es%osa' !as o !es!o res%ondera ,ue era u!a honra ceder sua vaga %ara a !u*her do genera* ter seu (i*ho& Os !inutos %assava!' e %arecia! horas nos %ensa!entos de 4onan& Eas n o estava nervoso %e*o (ato de ser o nasci!ento do seu (i*ho& Le!$rava+se do sonho' e (icava %reocu%ado& Ser- ,ue deveria (a)er co!o (ora instru3doC Ser,ue isso seria o certoC G O !1dico ro!%eu a %er%*e/idade dos seus %ensa!entos& Antes ,ue e*e %u+ desse res%onder ,ua*,uer coisa' 4onan o agarrou %e*o %a*et;& Co!o e*es est oC" + ?ritou& Be!' o %rocedi!ento (oi u! sucesso&

4onan *argou o !1dico e correu %ara o ,uarto& #era estava co! seu (i*ho en+ vo*to e! a*guns *en;is e o a!a!entava' cantando u!a can o de ninar& O novo %ai se a%ro/i!ou a %assos curtos e a$ai/ou+se %erto de sua a!ada& #era o*hou %ara e*e de re*ance' co! u! *argo sorriso no rosto& Venha' o*he %ara seu (i*ho& 4onan a%ro/i!ou a ! o e %u/ou a %arte do *eno de seda ,ue ta%ava seu ros+ to& Curtos ca$e*os ruivos (ora! reve*ados& O nen1! !a!ava de o*hos a$ertos& O*hos %rateados' a !arca da (a!3*ia rea*& As %e,uenas e ,uase ocu*tas seis asi+ nhas re%ousava!' $rancas co!o a *u)& 4onan se co!oveu e a$a(ou u! choro&

!4

7i*ho"

Juna a%ro/i!ou+se de 4onan' e *ogo todos os av;s estava! *otando o recinto& #odos o*hava! %ara o (i*ho do grande genera* e encantava!+se co! sua ternura& Os avIs ria! e a$raava!+se' co!e!orando& As av;s (ora! %ara o *ado de #era' a au/i*iar no ,ue (osse %reciso& Eas 4onan n o tinha (oras %ara ta*' a%e+ nas estava (e*i)& E ta*ve) (ora o cansao' ou as dores acu!u*adas ,ue n o a%a+ recia! no !o!ento de adrena*ina' ou at1 !es!o a e!o o' ,ue o (i)era des+ !aiar& G 6uando 4onan acordou estava e! u! *eito do *ado de sua !u*her' nova!ente en(ai/ado& #era dor!ia tran,ui*a!ente en,uanto seu (i*ho descansava entre os dois' e! u! %e,ueno $ero& E*e chu%ava seu dedo en,uanto erguia sua %e,ue+ na ! o)inha %ara o a*to' tentando a*canar o teto& 4onan sentou+se na ca!a' e *ogo u! !1dico entrou %e*a %orta& O !es!o !1dico agarrado %e*a go*a na noite anterior e ,ue' a*i-s' (ora o !es!o a!eaado na !anh do !es!o dia& Oh' doutor& 8escu*%e+!e %e*o co!%orta!ento do dia anterior e&&& 9 o te! i!%ortHncia& Agora escute !eu conse*ho e %asse os %r;/i!os dias e! re%ouso %ara ,ue suas (eridas n o a$ra! !ais u!a ve)& Carre+ gar a es%osa nos $raos 1 u! ato co!u! de u! !acho e! deses%ero' !as aca$ou es(orando+se de!ais& 8escanse ao *ado de*a& Logo os dois %oder o sair& Euito o$rigado& Acho ,ue (a) !uito te!%o ,ue n o dur!o %or vontade %r;%ria' vou a%roveitar %ara tirar u! cochi*o agora&

O doutor saiu' 4onan aco!odou+se e dor!iu& G Al"umas semanas de#ois E ent o' j- sa$e! ,ue no!e dar o a e*eC + >erguntou o sacerdote aos %ais& Si!& + 4es%ondeu 4onan& + Ser- 6*on 5arrior Eros&

Era u!a %e,uena ceri!Inia rea*i)ada na %raa da cidade& Ou era %ara ser' %ois *ogo !uitos curiosos se a!ontoara! %ara ver o (i*ho do her;i& A (a!3*ia esta+ va reunida' e todos vestidos e! !antas $rancas e segurando %e,uenas ve*as& Era noite& O $e$0 envo*to e! %anos (ora co*ocado nas ! os do sacerdote %or #era& O sacerdote era u! dos !ais idosos anjos do reino ainda vivo' FL0 anos& B- tinha rea*i)ado !uitos $ati)ados' !as se di)ia orgu*hoso %or esse& E*e' co! u!a rou%a ceri!onia*' a%anhou o rec1!+no!eado 6*on nos $raos e !o*hou %arte da sua ca$ea na -gua da (onte&

!5

Isso 1 %ara %rovar sua orige!& 9atura* de Aeria' 6*on 5arrior Eros&

Ao contr-rio de !uitos $e$0s' 6*on n o chorou ,uando o sacerdote !o*hou sua ca$ea na (onte& A*i-s' e*e rara!ente chorava' a n o ser ,ue estivesse co! (o!e %or !uito te!%o ou (osse atacado %or c;*icas& E assi! e*e (oi $ati)ado& 1E essa & a !ist,ria do meu nascimento, contada a mim pela min!a m)e. Mas, ap,s meu bati#ado, mais uma coisa muito importante aconteceu.? I Tavia! %assado+se tr0s !eses a%;s o nasci!ento de 6*on& Era u!a (ria noite de inverno& 9evava *- (ora& Era ,uase o (i! do %er3odo de so!$ra& A*guns raios so*ares se inc*inava! no hori)onte& E*e havia a$erto a %orta& Assi! co!o ,uando ia %ara a guerra' 4onan se des%edia de sua a!ada casa& Eas n o trajava sua t3+ %ica ar!adura' ,ue (ora reconstru3da %or u! e/ce*ente (erreiro ,ue e*e con(iava& .sava u! grande so$retudo ,ue tocava suas cane*as' $otas de couro re(ora+ das e u! cacheco* de * & Co! u! triste o*har' tocou o %ort o de ao ,ue dava %ara a rua& .!a sensa o g1*ida' !es!o co! as *uvas de couro co$rindo suas ! os& O*hou %ara a varanda de seu ,uarto& #era sorria e acenava %ara e*e' di+ )endo ,ue ^tudo $e!^ co! o o*har& >or dentro' sentia+se destru3da' !as era o cer+ to a ser (eito& E*e sorriu de *ado' tentando de!onstrar con(iana& E!%urrou o %or+ t o de (erro' ,ue rangeu e a$riu& ^Eu vo*tarei^' disse e*e co! os *-$ios' se! e!itir nenhu! ru3do& ^E eu es%erarei^' retri$uiu sua es%osa& E*e andou %e*a rua %or !uitos !etros' su!indo %or (i! no $ranco ,ue co$ria a cidade& #era entrou e deitou e! sua ca!a' chorando u! %ouco' !as ainda assi! sorrindo& O*hava %ara a %arede do *ado da %orta onde estava u!a %intura& Era a (a!3*ia toda reunida no %ar,ue da cidade& .! $ri*hante *ago co! (o*has secas das -rvores ao redor ca3das so$re sua su%er(3cie' u! gra!ado de verde intenso' e a sua (a!3*ia sentada' a%roveitando a (o*ga& 9os %r;/i!os anos' se! a %resen+ a de 4onan' sa$ia ,ue a,ue*es !o!entos iria! aca$ar& Eas devia criar seu (i+ *ho da !e*hor !aneira %oss3ve*& 8eitou na ca!a e vo*tou a ador!ecer' sonhando e! acordar e %erce$er ,ue a,ui*o tudo n o %assara de u! sonho& So$re a !esa da sa*a de jantar' re%ousava a Sanctus& A$ai/o de*a' u!a carta& E! e*egantes *etras' estava endereada a 6*on 5arrior Eros& @A$rir ,uando en+ trar na BaseA' di)ia co!o o$serva o& G Invernos chegara! e %artira!' assi! co!o outonos' ver:es e %ri!averas& 6uase ,ue se! %erce$er' cinco *ongos anos havia! %assado+se desde ,ue 6*on nascesse& 1(aqueles cinco anos que bem me recordo a min!a m)e me criou so#in!a.

!!

Blaro que com meus familiares do lado, mas o meu pai, ap,s aquele dia de inverno... (unca mais reapareceu. (aquele meio tempo aprendi o bsico que & passado >s crian+as: ler, escrever, e al umas no+0es iniciais de l, ica. E, claro, ouvi as !ist,rias sobre meu pai. Doram cinco feli#es anos. (a verdade, quatro anos e F7J dias. 4ois quando foi meu quinto aniversrio, meu suplcio se iniciou. Min!a m)e me c!amou at& a sala de estar e pediu que esperasse. $uando voltou, tra#ia em m)os a 3anctus e a carta que meu pai me deixara no dia que partira. Ela fora a uardi) da espada durante todo esse tempo, e s, por isso podia er u-la, como ser explicado mais > frente... - aos cinco anos que se entra na base, e eu estava pronto para se uir a tril!a de todo an"o em min!a idade: o trei namento. Bom um pouco de receio, abri a carta e a li. Kamais esquecerei dos seus di#eres... 4uerido filho$ !uem escreve esta carta + teu pai$ Ronan 5arrior. 6ei !ue estes ,ltimos cinco anos devem ter sido e7austivos para voc e sua m%e. Pe/o perd%o por n%o ter sido um pai presente$ mas eu precisava fa#er o !ue tive de fa#er. 0lgum tempo ap3s seu nascimento$ me indi!uei para uma miss%o$ da !ual n%o sei se poderei retornar vivo. Por isso$ dei7o a voc essa espada$ a espada sagrada da fam"lia e !ue a muitas eras + retratada em hist3rias pelos mortais. 8se*a para se proteger e para proteger 9!ueles ao seu redor$ + seu dever como um 5arrior. .as n%o sou ningu+m para fa* l*lo de deveres$ apenas voc e mais ningu+m + dono de seu pr3prio desti* no. 0penas espero !ue se&a s)io em suas decises. Por favor$ continue cuidando de sua m%e como espero !ue este&a fa#en* do$ meu )om garoto. iga*a !ue a amo$ com todas as for/as de meu corpo$ e !ue$ por mais !ue minha ausncia f"sica possa vir a incomodar$ eu sem* pre estarei presente em esp"rito. e seu pai !ue o ama muito$ Ronan 5arrior P.6.' 0 mais forte lu# + a!uela !ue )rilha em um mar de escurid%o. Dec!ei a carta e a entre uei para a min!a m)e. ()o me emocionei, como muitas pessoas adultas fariam. $uem c!oraria de saudades por um pai que nunca viu, al&m do mais um ser de apenas cinco anosL 3empre considerei normal a sua ausncia, e min!a m)e me criou com muitos mimos, o que foi o suficiente para eu n)o sentir falta de nada. Meus av,s fa#iam o mesmo comi o quando me viam, e toda a min!a famlia me tratava como a um prncipe. O que de certa for ma eu realmente era. Mas eu o admirava. /e qualquer modo, pe uei a 3anctus em m)os e a desembain!ei. Era assim como na !ist,ria: uma l:mina pura, que refletia a imensid)o do infinito a#ul celeste. Ma nfica. Di# al uns movimentos com ela fin indo ser um cavaleiro, para c!amar a aten+)o de min!a m)e. ()o percebi que ela c!orara lendo a carta. *

!"

fim de deix-la so#in!a para refletir, subi ao meu quarto com a espada embain!ada em m)os. Ko uei-me na cama e desembain!ei-a de novo, se urando-a acima de meu rosto. Eu podia ver meu reflexo em sua l:mina. E foi a partir dai que a parte aterrori#ante da min!a vida come+ou. 4or al uns se undos, a l:mina refletira meu ol!ar e meu rosto, assim como a um espel!o. Em um piscar de ol!os, ficou opaca e refletira mais nada. Era como se eu !ouvesse desaparecido de meu reflexo. Eu me assustei e, por al uns momentos, busquei o motivo de meu sumi+o no mundo dos espel!os. (ada ac!ei. Boloquei a espada de volta em sua bain!a e me esqueci disso, caindo no sono por al um tempo, enquanto a lu# matinal que entrava pela "anela, atravessava a cortina e ban!ava meu leito me aquecia.? >or u! te!%o #era (icou co! a carta e! ! os' se de$u*hando e! *-gri!as so+ $re o %a%e*& Ees!o *onge e*e sa$ia (a)0+*a (e*i)& E*a do$rou a carta e a guardou e! u!a gaveta& 7oi %ara o ,uarto do (i*ho e encontrou+o dor!indo& 9a,ue*es cin+ co anos #era n o cortara seu ca$e*o se,uer u! dia' e %or isso e*e tinha u!a a%a + r0ncia (e!inina co! seus *ongos e sedosos ca$e*os ver!e*hos& Seu cor%o ta!+ $1! crescera u! %ouco& .! !etro e vinte cent3!etros& Estava %e,ueno' !as ainda era u!a criana& 8ei/ou+o so)inho %or u! te!%o en,uanto (a)ia o a*!oo& O dia seguinte seria di(3ci*& G 1Um dia ap,s completar cinco anos, todo an"o & obri ado a ir para a Hase. * Hase nada era sen)o um campo militar para ensinar o bsico sobre o combate para qualquer cidad)o an elical. *queles que aprendiam apenas o bsico iam embora aos 8M anos. Os que queriam aprender at& o final ficavam at& os 78, ou antes dependendo de sua !abilidade. .odas as crian+as eram submetidas a isso obri atoriamente. *final, saber se defender em &pocas de uerra & mais que um dever, & uma obri a+)o para todos. 4recisar prote er cidad)os in%teis & o dever de um ex&rcito fraco. (em todos devem lutar, mas tamb&m n)o precisam ser pesos mortos. /e qualquer modo, ao acordar naquela man!) de outono me senti extasiado. 4or causa dos mimos concedidos a mim por min!a famlia, "amais !avia passado um dia sequer sem contato com meus parentes. 4or isso aquilo seria uma nova experincia. $ueria aproveitar o mximo dela.? 7i*ho' ande *ogo" O %ort o se a$rir- %ara voc0 e! $reve' e n o s o %er+ !itidos atrasos& + ?ritava #era' descendo as escadas& Se ,uiser %osso ir voando so)inho' ! e& Sa$e ,ue sou !uito $e! voan+ do e sou !ais r-%ido ,ue !uitos adu*tos& 9 o diga $esteiras' 1 ;$vio ,ue irei aco!%anhar+te at1 *-&

6*on saiu de seu ,uarto& #rajava o uni(or!e da Base< u!a ca*a *onga' $otas'

!#

*uvas e !ochi*a de couro %resa a seu cor%o %or u!a a*a %endurada no o!$ro o%osto e u!a ca!isa se! !angas de a*god o $ranca' co! o s3!$o*o da Base nas costas< u!a har%ia e! u! $ras o dourado co! o no!e da institui o& Ee sinto descon(ort-ve* co! essas vestes& >ois se acostu!e' a %artir de hoje s; usara esses uni(or!es %or u! $o! te!%o& Ah si!' u!a coisa ,ue devo contar+te e ,ue a%osto ,ue !orrerde nojo< esse uni(or!e s; %oder- ser *avado aos s-$ados& A*i-s' !es!o dia e! ,ue to!ar-s $anho& Crue*' n oC C*aro& Sa$e ,ue tenho !ania de *i!%e)a e organi)a o& 7icarei neur;tico na,ue*e *ugar& D !es!o o o%osto de seu %ai" + 8isse sua ! e' $eijando a testa do (i*ho&

#era a$riu a %orta& .!a rajada de vento (rio so%rava e o dia estava nu$*ado& E*a estendeu a ! o ao seu (i*ho' ,ue retri$ui atando sua ! o 2 de*a& >rontoC + >erguntou sua ! e' sa$endo ,ue assi! ,ue sa3sse! de casa seria u!a %enosa jornada at1 a i*ha+sat1*ite do continente onde (icava o ca!%o de treina!ento& Si!' estou entusias!ado" + 4es%ondeu 6*on co! e/cita o&

E ent o os dois sa3ra! de casa& O jardi! estava secando junto co! a esta o& Levantara! voo& Co! o te!%o Aeria %arecia cada ve) !ais *onge' e n o de!o+ rou at1 ,ue su!isse co!%*eta!ente de suas vistas' junto co! os *eves !orros ,ue enco$ria! sua e/ist0ncia& Voara! %ara sudeste %or a*gu!as horas' at1 ,ue chegara! a u!a i*hota %e,uena' ,ue a%arentava ser co$erta de -rvores' co! !ontanhas e! suas encostas& >arara! no ar e sua ! e cha!ou sua aten o< S; %osso vir at1 a,ui' j- sa$e& O$rigado ! e& At1 da,ui a a*guns anos& 9 o vai ne! se des%edirC + Es$oava u!a cara triste& E e' j- %assa!os a noite anterior (a)endo isso o te!%o todo& 9 o !e e!ocione nova!ente& Voc0 (a*a !uito $e! %ara u!a criana de cinco anos& >u/ou a inte*ig0n+ cia da ! e& + 8isse sorrindo& + Agora v-' os %ri!eiros raios de so* surge! no hori)onte' 1 o (i! da so!$ra& Sua hora chegou' (i*ho& O$rigado ! e" E ,uando nos vir!os' estarei (orte o su(iciente %ara te %roteger de verdade' assi! co!o o %a%ai (a)ia& At1 $reve& At1' !eu ,uerido anjinho&

6*on sorriu e' voando e! dire o ao so*o' acenou %ara tr-s& >or (i!' co!eara&

!.

Cap. ' Base

nt o %ousou e o*hou %ara o c1u& #era havia su!ido junto co! suas *-+ gri!as& 7ina*!ente e*e estava so)inho& E*e e seu (uturo' $e! 2 (rente' na tri*ha ,ue o condu)iria atrav1s da (*oresta %ara a Base& Co!eava e! u! %ort o de (erro' $e! antigo e en(errujado& A%;s a*guns !etros o ca!inho desa%arecia e! !eio a so!$ra (eita %e*as -rvores ,ue se agru%ava! na densa (*oresta& E!%urrou os %ort:es& E*es rangera! + devia! estar se! ;*eo nas do$ra+ dias + e arrastara!+se no ch o seco& A %assage! se a$riu' e e*e %rosseguiu %e*a tri*ha& Assi! ,ue a so!$ra (icou !ais densa e e*e n o %Ide ver seu ca!inho %e*a !ata' retirou de sua $o*sa de couro u! *a!%i o e o acendeu co! u! (;s(o+ ro& Ees!o co! a escassa i*u!ina o' !a* %odia se ver u! %a*!o 2 sua (rente& Andava %e*a tri*ha co! cuidado %ara n o es$arrar e! %edras ou ra3)es de -rvo+ res& E n o de!orou !uito at1 o seu %ri!eiro desa(io& .! e!aranhado de ga*hos' co!o u!a %arede surgira a sua (rente& >or sorte' a Sanctus estava e! sua cintu+ ra' e!$ainhada& 1@6e"amos o que essa espada pode fa#er@ , pensei comi o mesmo. 2etirei-a da bain!a e olpeei o monte de al!os. Eles se romperam e queimaram em uma c!ama a#ul que eu nunca antes !avia visto. Bonsumidos pelo fo o, eles caram ao c!)o e finalmente pude prosse uir meu camin!o. Embain!ei novamente a 3anctus e, com o meu lampi)o em m)os, prosse ui adentrando a floresta.? O ca!inho se tornara cada ve) !ais sinuoso e inc*inado' e 6*on %erce$era ,ue e*e estava su$indo %or u!a caverna de%ois ,ue es$arrou e! u!a das %are + des& O e!aranhado de ga*hos devia ser a entrada& O*hou %ara seu *ado es,uer+ do e tocou a %arede %ara ajudar a se guiar& Era =!ida e cheia de *odo& Vo*tou seus o*hos %ara o *ado es,uerdo& Co! a ajuda do *a!%i o viu ,ue o ch o ter!i+ nava a !enos de u! !etro de seus %1s& Era u! %reci%3cio& 8everia ser !ais caute*oso ainda& A%;s u!a curva o trecho se tornou estreito o su(iciente %ara a%enas u! %1 de cada ve)& >ensou e! voar' !as o*hou %ara o teto da caverna& Euitas esta*actites es%erava! %ara cair co! o *eve $aru*ho do !over de suas asas& A,ue*a ideia es+ tava descartada& Co! !uito cuidado' arrastou u! %1 de cada ve)& O ch o ta!+ $1! estava cheio de *odo' ent o ,ua*,uer escorreg o %oderia signi(icar a sua vida& 9a sua !ochi*a ainda havia u!a corda e u! canti*' !as n o tinha ideia de

"/

co!o %oderia! ser =teis nu!a situa o co!o a,ue*a& Chutou se! ,uerer u!a %e,uena %edra %e*o %reci%3cio' e isso (oi o su(iciente %ara ,ue diversos !orcegos voasse! e o atra%a*hasse!& @Dec!ei os ol!os, mantive meu corpo pr,ximo a parede e esperei aquela onda de morce os voar para lon e. O camin!o era estreito, qualquer movimento si nificaria a min!a morte. *cabado aquele trec!o, !avia um %nico t%nel. *dentrei por ele. Cavia toc!as acesas presas > parede. ;sso podia si nificar que !avia al u&m ali dentro. .omei a 3anctus em m)os novamente, indo com o mximo de cautela o possvel. (unca !avia entrado em um combate antes, mas !avia lido muito a respeito, e ouvido muito sobre meu pai. 3e eu quisesse ser um rande uerreiro como ele, deveria passar pelos testes que me eram feitos.? 6*on %rosseguiu %e*o t=ne*& Era $e! e/tenso' e n o havia se,uer u!a =nica curva& 8e%ois de vinte !inutos' sentia u!a horr3ve* %ress o& Era co!o se a*gu1! estivesse o o$servando esse te!%o todo& Engo*iu e! seco e co!eou a res%irar !ais (orte& Seu cora o %a*%itava $rusca!ente e suor descia %e*a testa' !o*han+ do seu rosto& G .!a hora ca!inhando& Co! o te!%o a %ress o ,ue sentia se tornou deses%e+ ro' e seus %assos (icara! cada ve) !ais r-%idos& B- havia co*ocado o *a!%i o Vagora a%agadoW e! sua $o*sa %ois n o havia !ais a necessidade de i*u!inar a sua %assage!& O te!%o %assava e o t=ne* n o chegara a u! (i!& Isso estava %reocu%ando a e*e' %ois o deses%ero o consu!ia& 6ueria ver a *u) do so*' ,ueria se sentir seguro nova!ente& Correu at1 teve ,ue %arar $rusca!ente& .! enor!e a$is!o %usera+se a sua (rente& Vo*tou seus o*hos %ara sua dianteira& .! vu*to e! u! *ongo !anto $ranco estava a*i estava' do outro *ado do a$is!o& Segurava u! *a!%i o e tinha tr0s %ares de asas& .! sera(i!& Be!+vindo' (i*ho de 4onan 5arrior e #era Eros' descendente do trono rea*' 6*on 5arrior Eros& + 8i)ia u!a suave e (ria vo) (e!inina& 6ue! 1 voc0C Sou u!a testadora& Estou a,ui %ara veri(icar a sua ca%acidade %ara en+ trar na Base& 9 o se %reocu%e' n o !orrer- caso n o esteja a%to a en+ trar a,ui& O ,ue devo (a)erC >ri!eiro' ,uero testar a sua (ora& ?o*%eie+a& Eas %rovave*!ente ,ue$rarei a !inha ! o&

E*a *evitou u!a enor!e %edra at1 diante dos o*hos de 6*on&

"1

Isso %oder- ser curado de%ois& Agora' go*%eie+a&

6*on juntou suas (oras e deu u! !urro na %edra& O seu cor%o n o era (orte o su(iciente %ara ,ue$r-+*a %or co!%*eto' a%enas rachou u! %ouco da sua su%er(3+ cie& Sua ! o doera e sangrara co! cortes na $ase de seus dedos& Euito $o! %ara u!a criana& Agora testarei sua resist0ncia& Co! a !es!a %edra' atingiu+o na $arriga& 6*on se !anteve (ir!e e cru)ou os $raos na (rente de seu cor%o& A %edra o atingiu e virou %;& Interessante& Agora a sua destre)a& >egue u!a %edra e atire e! !inha dire o&

6*on a%anhou u!a %e,uena rocha do ch o' grande o su(iciente %ara ca$er na %a*!a de sua ! o& Atirou e! dire o ao vu*to& 7oi u! $o! arre!esso' %assou a%enas a a*guns cent3!etros da ca$ea de seu a*vo& Vejo ,ue te! u!a $oa vis o& Agora' sua ve*ocidade& Levitou cinco grandes %edras& .!a a u!a' atirou+as na dire o do inde(eso 6*on' ,ue se !ovi!entou $e! r-%ido e ,uatro das cinco %edras o errara!& A =*ti+ !a' vendo ,ue n o teria te!%o su(iciente %ara se es,uivar' cortou ao !eio co! sua es%ada& Be*os re(*e/os& A =*ti!a %arte do teste se inicia a,ui& O vu*to $ateu %a*!as& A*guns %e,uenos seres verdes a%arecera!' cada u! segurando u!a adaga e rangendo os dentes a!are*os na dire o de 6*on& #i+ nhas %oucos %e*os e! suas ca$eas ,uase carecas e enrugadas& #rajava! a%e+ nas u!a tanga ,ue co$ria a%enas a %arte in(erior de seu cor%o' dei/ando vis3ve* as as,uerosas $arrigas verdes e se! u!$igo& E*es s o&&& ?o$*ins& Isso !es!o' %e,ueno 6*on& Ent o j- deve sa$er ta!$1! ,ue s o os !onstros agressivos !ais (racos ,ue e/iste!' s o !ais (racos at1 do ,ue diversos ani!ais& O ,ue devo (a)erC So$reviva a u! e!$ate contra e*es& Est o todos usando a%enas adagas' %ara (aci*itar ainda !ais&

6*on co*ocou a $o*sa e! u! *oca* seguro en,uanto iria $ata*har& E!%unhou a ar!a (a!i*iar co! as duas ! os e co*ocou+se nu!a %osi o de ata,ue i!%rovi+ sada' !antendo a %onta da es%ada a%ontada %ara seus rivais& 1E l estava eu, uma crian+a inocente e quase indefesa contra trs monstros

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que s)o um desafio at& para muitos adultos mortais. Mas eu confiava em min!as !abilidades e no que eu !avia estudado. 4ostei-me firme no c!)o, sem inten+)o de mover-me. Os pequenos seres verdes me cercaram, e lo o vieram ao meu encontro, atacando-me.? O %ri!eiro ?o$*in veio a(o$ado co! u!a adaga e! ! os' tentando crav-+*a no a$dI!en de 6*on& 6*on (oi !ais r-%ido e jogou o cor%o %ara o *ado' (a)endo co! ,ue o sa*titante duende tocasse o v-cuo& Co! u! !ovi!ento ve*o)' cravou a %onta da es%ada nas costas do %e,ueno !onstro' atravessando& O ser grunhiu e !orreu ,uase ,ue instantanea!ente& A %onta da Sanctus tocou o so*o' assi! co!o o cor%o do !onstro !orto' ensanguentado e! u!a gos!a verde e es%es+ sa& 6*on vo*tou a encarar os dois o%onentes restantes& O ,ue estava !ais a es,uerda atacou& Arre!essou a adaga na dire o de 6*on' ,ue n o conseguiu se es,uivar& A adaga atingiu+o de ras% o a garganta' !as %or sorte n o %egou e! nenhu!a veia ou art1ria& 8e ,ua*,uer !aneira' (oi o su(iciente %ara a$rir u! %e,ueno rasgo e u!a $recha e! sua de(esa& O terceiro ?o$*in veio correndo e! sua dire o' !irando a %e,uena adaga e! sua ! o %ara tentar desar!-+*o& 6*on' ainda est-tico co! o go*%e no %escoo' rece$eu o go*%e& 7oi u! %e,ueno corte' !as %ara seu cor%o %e,ueno e (r-gi* %arecia ,ue estava sendo reta*hado& A%esar disso' n o *argou de sua es%ada' assi! co!o o seu %ai (aria& Sentiu ,ue' se ,uisesse vencer' %recisaria atacar& O ?o$*in ,ue aca$ara de acert-+*o j- havia corrido %ara *onge' !as o ,ue arre!essara a adaga %er!ane+ cia no !es!o *ugar& Correu e! sua dire o e atacou' de(erindo u! go*%e na ver+ tica*' de ci!a %ara $ai/o& O go*%e acertou e! cheio e o ?o$*in (oi cortado ao !eio& O ini!igo ,ue restara tentou se a%roveitar da situa o& Co! u! %u*o -gi*' tentou cravar sua adaga nas costas de 6*on& O %e,ueno anjo conseguiu %erce+ $er sua !ovi!enta o' !as n o deu te!%o %ara evadir& O go*%e atingiu sua es+ c-%u*a& 6*on so*tou u! grito de dor' !as n o se dei/ou vencer& 8e$ateu+se at1 ,ue o ?o$*in caiu ao ch o' e virou co! sua es%ada' tentando crav-+*a no %eito do %e,ueno ser& O duende tentou esca%ar ro*ando %ara o *ado' !as assi! ,ue a %onta da Sanctus tocou o ch o' 6*on !ovi!entou sua *H!ina na dire o do duende esverdeado' (a)endo co! ,ue a es%ada arrancasse (a3scas e! contato co! o so*o& O ?o$*in (ora cortado& 6*on !oveu sua ! o %ara suas costas e arrancou a adaga ,ue o %er(urara& 8oeu $astante' !as *ogo e*e n o sentiu !ais nada& Seus (eri!entos havia! de+ sa%arecido& O vu*to !antinha a ! o es,uerda estendida na dire o de 6*on& Le+ vantou+se' %or (i!' e o enca%u)ado ser $ateu %a*!as& >ara$1ns& Voc0 %assou no teste& Agora' atravesse o a$is!o e !e siga& 6*on voou %e*o a$is!o e *ogo a*canou o outro *ado' dei/ando %ara tr-s os cor + %os de seus ini!igos& O vu*to o cha!ou co! a ! o' !ais %ara a (rente& 9 o an + dara! !uito e' a%;s u!a %e,uena curva %ara a es,uerda' u!a *u) %odia ser vis+

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ta condu)indo %ara (ora da,ue*e in(erno& 6*on tinha vontade de correr %ara *- e $anhar+se co! a *u) so*ar' !as a*go o i!%ediu& O vu*to %arou $e! a sua (rente e a$riu os $raos& Agora' %ara %assar da,ui' deverei (a)er a*gu!as %erguntas& Ser- i!%or+ tante %ara a sua estadia neste *ugar& 9 o %ode (a)0+*as ,uando sair!os deste *ugarC Eu n o %osso sair desta caverna' estou (adada a viver a,ui %ara se!%re' a%enas %ara testar os novos a*unos& Ent o %ode %erguntar& O ,ue ,uer sa$er so$re !i!C + >erguntou 6*on' co! u!a vo) suave& E! %ri!eiro *ugar' o ,ue %retende (a)er vindo a,uiC Est- a,ui a%enas %e*a o$rigatoriedade ou deseja rea*!ente se tornar u! $ravo so*dadoC 6uero tornar+!e u! (orte guerreiro e $ata*har %ara *ivrar o !undo do caos ,ue o asso*a& E co!o %retende (a)er issoC Vou treinar !uito' !e dedicar $astante e en(rentar se! !edo o ,ue !e i!%usere!& E' %or =*ti!o' o ,ue te ins%ira a (a)er issoC Eeu %ai (oi u! grande guerreiro' e %e*o ,ue sei o !aior ,ue este reino jteve& Einha ! e !e contou hist;rias so$re sua grandiosidade' e disse ,ue o ,ue !ais ,ueria era %roteger co! suas ! os a,ui*o ,ue !ais a!ava& Ent o %or ,ue ,uerer sa*var o !undo todo e n o a%enas %roteger o ,ue 1 !ais caro %ara voc0C >ois assi!' !es!o de%ois ,ue eu !orra u! dia' a,ui*o ,ue a!o conti+ nuar- e! %a)& D u! garoto !uito inte*igente %ara a sua idade& Eu es%erava u!a criana %ura e inocente' ,ue gritasse de !edo dentro da caverna' ,ue se (erisse grave!ente ao en(rentar !eus testes e ,ue eu %recisasse discutir o ,uanto 1 i!%ortante tornar+se (orte e sa$er se %roteger nesta 1%oca tur+ $u*enta& Voc0 (oi !uito a*1! de !inhas e/%ectativas& 6*on 5arrior Eros' co!o o sera(i! guardi o da %assage! da Base' eu concedo a %er!iss o %ara %assar& A%roveite $e! a sua estadia&

O vu*to enca%u)ado a$ai/ou os $raos e disse<

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Es%ere" + Cha!ou 6*on& O ,ue (oiC >osso ao !enos sa$er seu no!eC #enho a i!%ress o ,ue u! dia desco$rir- so)inho& At1 este dia chegar' d0 o seu !-/i!o"

O vu*to virou as costas' %assou sua g1*ida ! o so$re os ca$e*os sedosos de 6*on co! u! sorriso na (ace& 6*on sorriu %ara e*e ta!$1!' ,uase co!o ,ue se os dois se des%edisse!& A,ue*a n o seria a =*ti!a ve) ,ue se encontraria!' sen+ tia isso e! seus ossos& O vu*to andou a %assos *eves e r-%idos' en,uanto vo*tava ao seu %osto %ara cu!%rir o dever %ara ,ue (ora designado& Agora si!' 6*on %o+ dia correr %ara a sa3da da caverna& E assi! o (e)& .!a *u) (orte to!ou os seus o*hos' cegando+o %arcia*!ente& Eas assi! ,ue conseguiu recu%erar %*ena!ente a vis o' o*hou !e*hor %ara a sua !oradia nos %r;/i!os anos& 1Era uma vis)o esplndida. /e cara, deparei-me com um enorme castelo, construdo quase que dentro de uma enorme montan!a. (os arredores, uma enorme cadeia de montan!as que arqueavam sobre aquele imenso vale formavam quase que uma c%pula, que impedia a passa em do sol por boa parte do dia e era uma defesa natural em caso de al uma invas)o. Um imenso la o circundava o castelo, deixando a montan!a onde ele fora construdo completamente rodeada por ua. Mesmo com a pouca lu# do sol, al umas rvores se a rupavam em pontos dispersos. Era meio-dia e o sol estava no topo do c&u. Ele ban!ava o castelo, fa#endo-o parecer al o com um ar divino, transcendental. 6islumbrei aquilo por muitos minutos, at& perceber que estava ali parado > toa. 5impei o san ue de Noblin da espada com uma flanela que carre ava em min!a bolsa e embain!ei-a. Ent)o, se ui para a mar em do la o.? .!a %e,uena gIndo*a o aguardava' !as n o havia nenhu! gondo*eiro& O re!o estava a*i' de%endurado so$re a condu o& 8entro do %ouco es%ao do $arco' u!a %e,uena carta' co! os di)eres< $se a "%ndola #ara o la"o atravessar& Cir unde um #ou o do astelo at a har uma averna& Ali estar' a entrada& Al"um o estar' es#erando& (uan) do a a*ar de ler este re ado+ devolva)o ao mesmo lu"ar em ,ue estava& 6*on $otou o %e,ueno %edao de %a%e* no !es!o *oca*& Co! suas %e,uenas ! os' %egou o re!o& Co! a*gu!a di(icu*dade' iniciou a guiar so)inho a gIndo*a at1 o *oca* onde (ora indicado& G A%;s circundar $oa %arte da !ontanha' achou u!a %e,uena entrada& 9ada se via 2 (rente& Acendeu o *a!%i o e o co*ocou na %roa do $arco' %ara ,ue %udesse guiar co! a *u)& A*gu!as rochas %ontiagudas sa3a! da -gua' era %reciso guiar

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co! caute*a& Ainda co! di(icu*dades' 6*on visua*i)ou u!a escadaria' co! u! guerreiro es%erando+o no %ri!eiro degrau& O guerreiro era a*to e ro$usto' deveria ter !ais de dois !etros& .!a ar!adura %rateada envo*via seu cor%o' !as a%enas na a*tura do tronco& #inha u! curto ca+ $e*o castanho' arre%iado& O*hos a)uis+escuros' e u!a (ace %-*ida' co! u! nari) a*ongado e u!a testa %e,uena& 9a sua cintura re%ousava u! sa$re co! u! ca$o envo*to e! (ai/as& Segurava u!a tocha de haste dourada& .sava ta!$1! u!a *onga ca*a e $otas de couro& #inha dois %ares de asas' o ,ue indicava ,ue era u! arcanjo& Voc0' %e,uena criana' deve ser 6*on 5arrior Eros' estou certoC + >er+ guntou o guerreiro en,uanto 6*on dese!$arcava da gIndo*a no %e,ueno cais' a%anhando seu *a!%i o e a%agando+o& Si! senhor& E ,ue! 1 voc0C Eeu no!e 1 Si*verius& Si*verius 8arian& Estou a,ui %ara gui-+*o ao diretor de ad!iss o& >or (avor' siga+!e&

Si*verius %u*ava dois degraus& 6*on tinha ,ue correr %ara %oder aco!%anh-+*o& Ao chegar no (ina* da escadaria' Si*verius a$riu u!a %orta co!u! de !adeira& Essa %orta *evou a u!a estrada nas encostas da !ontanha& A estrada era sinuo + sa' e u!a es%1cie de @grade natura*A' escu*%ida %e*a %r;%ria nature)a' %rotegia ,ue! a*i %assasse %ara n o cair no *ago& O teto era u! %ouco $ai/o' a%ro/i!a+ dos u! !etro e oitenta' ent o Si*verius teve ,ue se a$ai/ar u! %ouco %ara %oder %assar& Ao (ina* do estreito corredor' u! enor!e %orta*& 7eito de !adeira e deta+ *hado a ouro' a %orta era i!ensa' devia ter !ais de cinco !etros de a*tura& >e+ dras %reciosas' tais co!o es!era*das' ru$is' a!etistas' sa(iras e dia!antes' en+ (eitava! os $atentes e as do$radias& Si*verius %egou o $atente e $ateu %ausa+ da!ente tr0s ve)es& .!a vo) rouca disse< Oh' Lorde Si*verius" Vejo ,ue j- retornou& >or (avor' entre& Os i!ensos %ortais se a$rira!& 8e i!ediato avistou+se u! sa* o i!enso' co! diversas escadarias %artindo %ara todos os *ados& >ara ci!a' *ados' $ai/o&&& .! servia* a%areceu junto 2 %orta& Era u! anjo co!u!' ar!adura de ao' *ana e! riste e u! e*!o co! viseira %rotegendo o rosto& Curvou+se %ara Si*verius e sus+ surrou a*go e! seu ouvido& 6*on' %or (avor' su$a a escadaria %rinci%a* e siga %or e*a& 6uando chegar ao seu (ina* u!a i!ensa sa*a co! u! grande o*ho (eito de ouro %oderser avistada& Bata ne*a tr0s ve)es e es%ere at1 %erguntare! seu no!e& In(or!e+o& A %orta dever- se a$rir e %oder- (a*ar co! o diretor de ad!is+ s o& E*e (ar- a*gu!as %erguntas $-sicas' nada a te!er& A%;s isso' e*e dar- a*guns itens (unda!entais %ara sua estadia nesta institui o' a*1! da,ue*es ,ue j- deve carregar e! sua $o*sa& >egue+os e dirija+se 2 sa*a

"!

de re(ei:es' ,ue (ica neste andar ,ue esta!os agora& O senhor n o %oder- aco!%anhar+!eC >arece ,ue surgiu u! assunto ,ue e/ige !inha %resena& >eo descu*+ %as %e*o transtorno' !as da,ui j- %ode seguir e! (rente' estar- seguro& Euito o$rigado' senhor 8arian&

O enor!e guerreiro se retirou do grande sa* o de rece% o' e o servia* (e+ chou nova!ente o %orta*& E*e continuou %or a*gu! te!%o vis*u!$rando o *oca*' tentando !e!ori)ar cada u! dos grandiosos ,uadros ,ue recheava! suas %are+ des& Os retratos era! de grandes guerreiros do %assado' e seus t3tu*os era! descritos a$ai/o de seus no!es& Entre e*es' estava o de seu %ai& Su$iu u!a das escadarias %ara ,ue %udesse ver !e*hor seu rosto& A $ar$a !a*(eita' o ca$e*o n o %enteado' a %ostura (ir!e' o o*har %enetrante& Se! d=vidas era co!o nos outros retratos& >or a*guns segundos o*hou %ara a,ue*a %intura co! o cora o %a*%itante' e o (orte desejo de se tornar a*gu1! co!o e*e& 13ubi a escadaria principal, assim como me fora ordenado. Ela condu#ia atrav&s de in%meros sal0es, cada um rec!eado de portas e mais portas. Um tapete vermel!o com detal!es dourados me indicava a dire+)o correta, como um mapa " preparado. *o final dos incontveis de raus, me deparei com a porta do rande ol!o, assim como 3ilverius !avia dito. 4e uei em seu batente e bati trs ve#es. Um silncio de aproximados de# se undos tomou conta do local. $uando pensei em bater novamente uma vo# firme, soberana e !eroica me c!e ou aos ouvidos.? 6ue! $ateC + .!a vo) res%eitosa ergueu+se& Sou 6*on 5arrior Eros' e estou a,ui %ara&&& >ara se tornar !ais u! dos nossos a*unos' corretoC Ent o' %or (avor' a%ro/i!e+se&

A %orta se a$riu co!o e! u! %asse de !-gica& A vo) %arecia vir de u!a est-tua' !as 6*on n o estava certo disso& Era u!a est-tua de %edra' de u! sera(i! ajoe*hado e co! as ! os e! %osi o de %rece& >or (avor' n o se es%ante co! isso& + 8isse nova!ente a !isteriosa vo)& + Eu era antes u! !estre desta institui o' !as !eus F00 anos de servi+ os chegara! ao (i!& Co!o n o ,uis !ais dei/ar de reger esta esco*a de guerra' ganhei o t3tu*o de diretor e estou co!andando agora do reino ce+ *estia*& O !eu no!e 1 7reut) ?orgos' serei a %artir de hoje o seu novo genera*& Si! senhor&

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Esta 1 u!a institui o !i*enar ,ue no %assar desta era criou her;is de guerra& #ive o %ra)er de conhecer seu %ai' u! grande *utador& Es%ero ,ue o seu (ruto renda a !i! !uito orgu*ho' e ao nosso reino in(initas g*;+ rias& A %artir de hoje' ser- treinado todos os dias se! descanso %ara se tornar !ais u! de nossos so*dados& D u!a honra %oder servir ao !eu reino' senhor& 8iga+!e jove! ra%a)&&& Essa es%ada ,ue carrega e! sua cintura&&& D a !es!a de seu %aiC Si!' 1& 7oi a herana ,ue e*e !e dei/ou antes de %artir& Interessante& Vejo ,ue j- %ro!ete !uito antes !es!o de ser u! a*uno& >ois $e!' 6*on 5arrior Eros& Est- ad!itido na Base& A%roveite sua esta+ dia %ara tornar+se o !ais (orte ,ue %uder& Euito o$rigado& E antes de ir e!$ora' o ,ue deverei *evar co!igo ,ue 1 (unda!enta* %ara a !inha estadiaC A%enas o %erga!inho ,ue est- aos %1s da est-tua&

6*on re%arou e! u! %e,ueno ro*o de %erga!inho enro*ado aos %1s da est-tua de %edra& >egou e a$riu& Era u! !a%a& Esse 1 o !a%a da Base' desde a caverna de entrada at1 as !ontanhas ,ue cerca! esta i*ha sat1*ite& 9 o %recisa decor-+*o agora' 1 a%enas u! *e!$rete inicia* antes de conhecer essa sua nova casa& 6ua*,uer outra coisa ,ue %recisar' %rinci%a*!ente *ivros e outros %erga!inhos' %oder%egar no de%;sito' ,ue 1 a sa*a a$ai/o desta& Seu ,uarto 1 o ,ue (ica no %or o do caste*o& D a ca$ana usada %or descendentes reais& Euito o$rigado' senhor& 6*on' antes ,ue v- tenho a*go a in(or!ar& D ,uase ,ue u! %edido& >ois ent o diga' sou todo ouvidos& A %artir do !o!ento e! ,ue entrou neste *ugar' n o est- !ais %er!itido a sair& Isto ser- e/%*icado !e*hor ,uando Si*verius citar as regras da insti+ tui o' !as nada custa re(orar& 9 o tente (ugir& Seria u! des%ra)er ter de ca%tur-+*o e %ossive*!ente ju*g-+*o co!o traidor& Esta!os entendidos' %e,ueninoC 7i,ue tran,ui*o' senhor 7reut)& 9 o %retendo dei/ar este *ugar antes de !e tornar o !ais %oderoso de todos os so*dados& D u!a criana a!$iciosa& Isso 1 $o!& Agora' %asse no de%;sito %ara ad+ ,uirir o resto de seus !ateriais essenciais e v- es%erar o a*!oo& 8eve estar cansado %or ter de rea*i)ar os testes&

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Cap. ( )m B sca de se *alento

14ara explicar mel!or, cada aluno na Hase, dependendo de que carreira quer se uir, tem apenas um mestre. Um mestre pode ter vrios alunos, mas eralmente cada mestre possui no mximo cinco alunos. O mestre & responsvel por passar todos os seus con!ecimentos para seus pupilos e ensinar a arte do combate, como um verdadeiro professor.? 6*on desceu as escadarias ,ue' de acordo co! o !a%a' era da !ais a*ta torre do caste*o& Chegou ao oitavo andar e (oi ao de%;sito' onde %ediu ao servia* a*+ guns ro*os de %erga!inho' %ena e tinteiro& L- (uncionava ta!$1! a $i$*ioteca da Base& A*i-s' a,ue*e era o andar su%erior da $i$*ioteca' ,ue ia desde o t1rreo at1 o oitavo andar& 1* biblioteca se tornaria, mais adiante, o meu local favorito do castelo. Era co lossal. ;n%meros livros e per amin!os a rec!eavam, contendo toda a !ist,ria da !umanidade e todos os con!ecimentos adquiridos pelos an"os. ;n%meras estantes lotavam seus nove andares, que podiam ser atravessados por l mesmo atrav&s de uma esp&cie de elevador r%stico, onde se irava uma manivela e uma aiola descia presa a uma corda. .odos os andares tin!am um piso de madeira, que formava vrios andaimes. /e acordo com a or ani#a+)o do local, o nono andar servia apenas como dep,sito, e quanto maior fosse o andar mais restritos eram os livros.? A%;s %egar os !ateriais' desceu as escadarias nova!ente + %rocesso u! tan+ to ,uanto cansativo' %e*o visto + e (oi %ara aonde di)ia! ser seu ,uarto& 8esceu as escadas %or onde su$iu co! Si*verius at1 onde dei/ou a gIndo*a& A ,ue e*e havia usado n o estava !ais *-' !as %oderia %egar outra& 8e acordo co! o !a%a ,ue ad,uiria' deveria %egar a gIndo*a e %rosseguir %e*a o$scura caverna at1 chegar a u!a cavidade interna& 6*on nova!ente acendeu seu *a!%i o e co+ *ocou+o na %onta da %e,uena e!$arca o %ara i*u!inar o ca!inho& >egou o re!o e seguiu ru!o ao interior do caste*o& 6uanto !ais adentrava %e*a caverna' !ais escuro (icava& >rosseguiu assi! %or !inutos' e! !eio a u!a co!%*eta es+ curid o ,ue a *u) do *a!%i o dissi%ava& At1 ,ue viu a*go $ri*hante a sua (rente&

ua estadia na $ase estava co!eando $e!& B- havia @conhecidoA o di+ retor' %assado nos testes e ganho u! ,uarto e/c*usivo& 7a*tava agora desco$rir ,ua* de todos os %ro(essores de *- seria seu !estre&

".

.! $ri*ho a)u*ado' intenso& 1$uando me aproximei, pude notar um dos muitos belos cenrios daquele continente. Era uma caverna naturalmente esculpida, onde de pequenas frestas nas pedras que constituam a parede passava um pouco de lu# solar e ban!ava a ua, que era de um a#ul cristalino incomparvel. Uma pequena eleva+)o de roc!as estava a min!a frente. Uma eleva+)o com um pequeno c!al& construdo em meio as pedras esbranqui+adas. /everia ser ali min!a nova estadia.? Era u!a vis o !agn3(ica' ,ue %or a*guns segundos %rendeu sua aten o& A *u) re(*etida na -gua i*u!inava ca%richosa!ente o sa* o interno& As rochas era! $ri+ *hosas e u! tanto c*aras& >ei/es nadava! nas *3!%idas -guas tran,ui*as' se!%re se a(astando da *u) ,ue entrava& >or causa da %ure)a da -gua' era %oss3ve* ver o (undo& Era u!a e*eva o desregu*ar' co!o se as rochas su$!ersas (or!asse! u!a %e,uena escada& V-rios %ei/es nadava! %or entre e*as e vit;rias+r1gias su+ $ia! %ara ca%tar o %ouco de *u) ,ue $anhava o a!$iente& 1Estacionei a 9ndola e a amarrei a uma roc!a, caso contrrio seria levada por uma pequena corrente#a. * porta estava destrancada. /entro daquele c!al& vi poucas coisas realmente interessantes. *penas uma cama bem-arrumada, um tapete felpudo no c!)o, uma co#in!a com utenslios anti os, duas estantes lotadas de livros, al uns armrios repletos de alimentos bem conservados e itens de limpe#a, um pequeno ba% e uma aconc!e ante lareira. *bri o ba% e estava va#io. Nuardei l os per amin!os, a pena e o tinteiro e deitei um pouco sobre a cama. Bonfortvel. /esembain!ei min!a espada e a lustrei um pouco com uma das flanelas que dispun!a na min!a nova @casa@. 5embrei ent)o que deveria ir at& o sal)o principal para a reuni)o de boas vindas. * cada semestre no castelo entravam al uns novos alunos. (em todos passavam pelo teste, mas os que passavam OminoriaP eram calorosamente recebidos em uma pequena recep+)o, que tamb&m servia para explicar as re ras da institui+)o e para dar as primeiras instru+0es.? >or causa dos !i!os de sua (a!3*ia' 6*on ,uase nunca entrara e! contato co! outros garotos de !es!a idade& E*e n o tinha a!igos e %assava o dia todo e! casa' *endo *ivros de (antasia ou $rincando so)inho' (ingindo ,ue era u! es+ %adachi!& 7ora isso' !a* saia %e*as ruas de sua cidade& S; ,uando sua ! e saia %ara (a)er a*gu!a co!%ra ou visitar (a!i*iares e a!igos& Isso o tornara e! u! garoto e/tre!a!ente t3!ido& 6*on (oi nova!ente co! sua gIndo*a at1 o %3er do caste*o e o a!arrou a*i& A%agou o seu *a!%i o e o co*ocou nova!ente na !ochi*a& Era u! ite! $-sico de so$reviv0ncia' a%rendera a se!%re andar co! e*e& Su$iu as escadarias e dirigiu+ se at1 o sa* o %rinci%a*' ,ue (icava ainda no %ri!eiro andar& Ao a$rir as grandes %ortas de !adeira ,ue o condu)ia! ao a%osento' e*e sentiu u! (rio su$ir %or sua es%inha& #odos os a*unos e !estres sentados na grande !esa o*hara! %ara e*e& 8os !ais novos aos !ais ve*hos e e/%erientes&

#/

O sa* o era co*ossa*& .!a enor!e c=%u*a co! u! castia* %reso ao seu teto' e in(ind-veis jane*as ,ue nada !ais era! do ,ue $uracos naturais escu*%idos na+ ,ue*as rochas %erenes co! o %assar dos !i*0nios& 6uando o so* %assava %or e*as no %er3odo do cu!e' era! (or!adas gravuras no ch o ,ue' !i*agrosa!ente criadas %e*a nature)a' era! (or!as ange*icais& .!a !esa enor!e de !adeira %reenchia o *oca*' e e! sua e/tens o havia v-rias curvas ,ue se ade,uava! ao (or!ato do a!$iente e a*gu!as ra!i(ica:es %ara au!entar a -rea e co*ocar as cadeiras ao redor& Cadeiras ta!$1! de !adeira' de v-rios ta!anhos %or causa da di(erena de idade entre os a*unos' e a*gu!as a*!o(adadas ,ue era! as dos !estres e diretores& 9o !ais' u! re(eit;rio' s; ,ue co! a%enas u!a grande !esa ra!i(icada& 1/i#em as anti as lendas que, quando o continente de 3eal fora criado para uardar a for+a celestial dos an"os, aquela il!a servia como um abri o, e antes dos ex&rcitos estarem prontos para a batal!a era ali que se reuniam para treinar. .reinaram durante muitos s&culos usando con!ecimentos dos outros mortais para completar sua pesquisa. * montan!a que se encontrava o castelo da Hase era nada mais que um @%ltimo ref% io@ em caso de tomada total. /epois de um tempo, se tornou um castelo para abri ar a famlia real e, ainda mais tarde, se tornou o centro de treinamento con!ecido apenas por Hase. Mas ainda n)o & a !ora de falar sobre isso...? Si*verius estava sentado e! u!a %osi o de honra< na cadeira de vice+diretor& A*1! de ser u! dos !estres !ais antigos de *-' era ta!$1! o vice+diretor da ins+ titui o& S; n o assu!ira co!%*eta!ente %ois 7reut) ainda ,ueria cuidar das coi+ sas na Base& E*e se!%re treinava os a*unos ,ue' u! dia' tornar+se+ia! dragonei+ ros& E*e s; se*ecionava u! a*uno %or esta o %ara estar so$re sua tute*a& O$via + !ente' esco*hia os a*unos !ais ca%a)es %ara isso& Oh' senhor 6*on' vejo ,ue %Ide encontrar seu ca!inho at1 a,ui& Est- u! %ouco atrasado' !as sente+se& 7icare!os (e*i)es e! ter u! !e!$ro da rea*e)a e' !ais ainda' u! (i*ho de u! grande genera* ao nosso *ado&

6*on %erce$eu seu to! de vo) u! %ouco irInico' co!o se estivesse irritado %or seu atraso& Eas n o %restou !uita aten o a isso e to!ou *ugar na enor!e !esa de re(ei:es da $ase& Seu %rato (ora %osto %or serventes& Carne' a*guns cereais e verduras' u!a %a%a de !i*ho e' %ara $e$er' u! c-*ice co! suco de a!oras si*vestres& En,uanto se servia' Si*verius ,uis di)er a*gu!as %a*avras& Antes de co!ear esta reuni o' gostaria ,ue a !esa %ara$eni)asse a 6*on 5arrior Eros' %or ter !ostrado ser ca%a) e %assado no teste& Co!o %ode %erce$er' a,ui n o h- !uitos a*unos %ois !uitos n o est o a%tos %ara sere! grandes so*dados& A,ue*es ,ue n o %assa! est o (adados a' (utura!ente' se tornare! vendedores' co!erciantes' e outras %ro(iss:es n o vo*tadas %ara a guerra&

#odos da !esa se %usera! de %1 e o a%*audira!& E*e ta!$1! (icou de %1'

#1

!orrendo de vergonha e receio' e curvou+se e! sina* de gratid o& A*guns a%*au+ dia! entusias!ados %or sa$er ,ue e*e era (i*ho do her;i 4onan 5arrior' outros a%*audia! se! tanto vigor& Agora' (a*e!os de assuntos !ais s1rios& .!a nova esta o de a%rendi+ )ado est- co!eando %ara voc0s& #odos a,ui ,ue t0! cinco anos s o novatos' %or isso e/%*icarei %ara a*guns' e/%*icarei nova!ente as re+ gras e o ,ue dever o (a)er a,ui&

-rimeira Re"ra. 9enhu! a*uno dever- con(rontar u! outro a*uno se! !otivos ou %or !otivos %essoais& S; %oder- con(rontar se seus !estres %er!itire! co!o u!a (or!a de a%rendi)ado %ara a!$as as %artes& O a*uno ,ue deso$edecer esta regra estar- i!ediata!ente (ora da Base& Se"unda Re"ra. #odos os a*unos dever o o$edecer as ordens A>E9AS de seus !estres& Caso deso$edea!' %oder o ser e/%u*sos& Caso o$edea! a or+ de! de outro !estre e o seu venha a sa$er' e*e %oder- %uni+*o& /er eira Re"ra. D ter!inante!ente %roi$ido tentar (ugir da Base& A,ue*es ,ue deso$edecere! e! %*ena consci0ncia dessa regra ser o !ortos& Sa$endo dessas tr0s regras $-sicas' o resto torna+se a%enas u!a ,ues+ t o de *;gica& 6ua*,uer atividade ,ue eu ou ,ua*,uer outro !estre consi+ dere sus%eita %oder- acarretar e! s1rios %ro$*e!as %ara seu autor' %or isso' cuidado& #odos est o e! %*ena consci0ncia do ,ue aca$ei de di)erC Xti!o& Agora' %ara os a*unos novos' irei e/%*icar !ais u!a coisa< co!o cada u! conseguir- seu !estre e ,ue! ser-& >ri!eiro ser- rea*i)ado u! teste de a%tid o %ara u!a das tr0s c*asses $-sicas&

A !esa toda res%ondeu e! coro< @Si!A&

1*penas como nota, as trs classes bsicas de uerreiros s)o *rtista Oaquele que fa# pesquisa ou se torna um m%sico e usa seus talentos em diversas reas fora de combateP, Bombatente Oos famosos uerreiros, que s)o os soldados que atacam diretamente, usando t&cnicas que lesionam o oponente pela for+a e precis)oP e os Bon"uradores Oque usam a ma ia para se defender, atacar ou dar assistncia a outros soldadosP. Existiam ainda as classes compostas, que aconteciam quando um aluno estava apto a mais de uma classe.? A%;s isso' de%endendo da voca o de cada u!' rea*i)are!os u! %e,ue+ no torneio %ara veri(icar seus atri$utos e %oder!os esco*her nossos a*u+ nos de acordo co! isso&

6*on se sentia u! tanto ,uanto %ressionado' !as estava con(iante e! seu %o+ tencia*& 8e todas as novas crianas ,ue (ora! se*ecionadas' e*e se sentia' estra+ nha!ente' o !ais (orte de todos& #a*ve) %e*o ,ue havia sido dito na caverna e %e+ *os testes ,ue %assara' !es!o ,ue todos a*i houvesse! %assado %e*o !es!o

#2

,ue e*e& Os testes ser o rea*i)ados ainda hoje' a%;s o a*!oo& O torneio ser- no dia seguinte' sendo ,ue a,ue*e ,ue chegar at1 as (inais e vencer %oderesco*her seu !estre& >or isso' aca$e! de co!er e (or!e! u!a (i*a %ara dirigir+se ao sa* o de testes do andar su%erior& Os !estres ir o gui-+*os' n o se %reocu%e!&

6*on aca$ou co! seu %rato t o ra%ida!ente ,ue ,uase co!eu a co!ida se! a !astigar& Estava a(oito' ,ueria *ogo sa$er ,ua* seria sua a%tid o& Estava !ais do ,ue certo ,ue seria Co!$atente& Assi! ,ue aca$ou' (oi *avar seu rosto no $a + nheiro e retornou %ara o sa* o %rinci%a* %ara es%erar %e*os outros& &&& Aos %oucos' e*e co!eou a %erce$er ,ue as %essoas o*hava! %ara e*e e' as+ si! ,ue e*e o*hava de vo*ta' e*as desviava! o o*har& Eas nenhu! o*har %arecia ser si!%*es!ente a!ig-ve*& >arecia! estar receosos' at1 !es!o os !estres& Assi! ,ue todos aca$ara!' 6*on to!ou seu *ugar na (i*a& Vagarosa!ente' %erce+ $eu ,ue ne! todos os a*unos %ortava! ar!as consigo& A*guns *evava! grandes gri!;rios' outros *evava! %e,uenas es(eras !-gicas' cha!adas orbs' at1 !es+ !o instru!entos !usicais' co!o (*autas' vio*inos e a*a=des& 1O camin!o n)o fora muito lon o. *penas subimos a escadaria para o se undo andar. Era apenas um enorme aposento, sem sala al uma. Bompletamente fec!ado, iluminado por toc!as presas > parede. ()o !avia porta al uma selando aquele lu ar. E dentro do aposento, exatamente o que se supun!a que teria: nada. Um enorme espa+o inutili#ado.? >or (avor' ,uero todos os novos a*unos %er(i*ados e! !inha (rente& + >e+ diu o vice+diretor&

#odos os a*unos o$edecera!' (icando *ado a *ado %erto de*e& 6*on estava no (i+ na* da (i*a' co!o se aguardasse u! $Inus %or isso& .! %or u!' Si*verius co*ocou a ! o na ca$ea e (echou os o*hos& Ao (ina*' e*e dava u! veredicto so$re ,ua* o %otencia* de cada u!& Conjurador' conjurador' co!$atente' co!$atente+conjurador' artista+co!+ $atente' artista' co!$atente&&&

At1 ,ue (ina*!ente (oi a ve) de 6*on& >or v-rios segundos e*e %er!aneceu co! a ! o %arada e! sua ca$ea& Euito !ais te!%o do ,ue (ora necess-rio co! os a*unos anteriores& Caras e $ocas %reenchia! sua (ace antes ine/%ressi+ va e de so$rance*has $ai/as& >or (i!' e*e so*tou u! urro e recuou %ara tr-s& Sua ! o estava se! a %e*e' tornando vis3ve* seus !=scu*os& Co! u! o*har de ;dio encarou 6*on' ,ue !a* sa$ia do ,ue estava acontecendo& 1O que veio depois aconteceu muito rpido. Ele tentou olpear-me de m)os

#3

limpas na boca do est9ma o, mas de reflexo eu usei as min!as m)os para me defender. Ele me atirou metros para trs e foram necessrios mais quatro mestres para o conter.? Essa criana&&& ESSA C4IA9RA" + 4o!%ia Si*verius e! (=ria& Sua c;*era era ta!anha ,ue se de$atia en,uanto seus co!%anheiros %edia! sua ca*!a e serenidade nova!ente& 6*on *evantara a%oiado %or a*guns a*unos' cus%indo u! %ouco de sangue& O vice+diretor (ora *evado %ara u! outro *ugar en+ ,uanto a*guns a*unos acudia! a 6*on no !es!o *oca*& 9ossa' essa 1 a %ri!eira ve) ,ue vejo a*gu1! irritar Si*verius& A vo) vinha de u! a*uno a*to' %rovave*!ente na ado*esc0ncia' de ca$e*os cur+ tos' arre%iados e negros' de o*hos esverdeados e de dois %ares de asas& Suas so$rance*has era! es%essas e u! se!$*ante esguio' co! nari) e ,uei/o (inos& 6ue! 1 voc0C + >erguntou 6*on' receoso& Ah' descu*%e& Sou Teitor' u! dos disc3%u*os !ais antigos de*e' estou a,ui a ,uase de) anos& E voc0 1 o %r3nci%e' at1 onde sei& Estou certoC Si!' est-& O ,ue aconteceu co! e*eC + 4es%irava (undo %ara re%or o ar ,ue %erdera& 9 o !e %ergunte' ta!$1! nunca o vi assi!& Agora reco!endo ,ue vo*te %ara seu ,uarto& E ,uanto ao resu*tado do testeC >edirei %ara in(or!are! %e*a noite& 9 o acho ,ue vai ,uerer ,ue e*e en+ tre na sua (rente agora' vaiC D&&& te! ra) o& O$rigado Teitor&

6*on dis%ensou o cuidado de seus novos @a!igosA e dirigiu+se at1 seu ,uarto no %or o do caste*o& Ao entrar no cha*1' se jogou na ca!a& O ,ue ser- ,ue havia ocorridoC Ei*hares de %erguntas %assava! %or sua ca$ea en,uanto o*hava %ara o teto de !adeira cheio de teias de aranha& E en,uanto %ensava' seus o*hos cansados se cerrava!& 9 o (aria !a* dor!ir u! %ouco& G Acordou co! $atidas na %orta& 6ue! 1C Sou eu' Si*verius' seu vice+diretor& E o ,ue ,uer a,uiC Eatar+!eC + >erguntava 6*on co! u!a vo) cheia de te!or&

#4

Vi! %edir descu*%as %e*o ocorrido de hoje& 9 o ir- re%etir+se& Esse 1 o resu*tado de seu teste& Co!%area a!anh %ara o in3cio do tor+ neio& Se $e! ,ue acho ,ue j- sei ,ua* ser- o resu*tado&

.! %e,ueno (o*heto $ranco %assou %or de$ai/o da %orta&

>assos se distanciara!& 6*on se *evantou da ca!a e %egou o (o*heto& 1Eu era um dos poucos casos de classe tripla que !ouvera. Blasses duplas eram comuns, >s ve#es mais at& do que classes bsicas. Mas o mais en ra+ado do fol!eto & que estava escrito das seis formas: *rtista-Bombatente-Bon"uradorQ *rtista-Bon"urador-BombatenteQ Bombatente-*rtista-Bon"uradorQ Bombatente-Bon"urador-*rtistaQ Bon"urador-*rtista-BombatenteQ Bon"urador-Bombatente-*rtistaQ

* primeira classe indicava a classe primria, a que poderia ser mais desenvolvida, e as que viessem ap,s ela eram tidas como secundrias, que n)o se desenvolveriam tanto. Blasses primrias eram tidas como o talento principal. 3e min!a l, ica n)o estava fal!ando, aquilo si nificava que eu tin!a o talento para as trs classes ao mesmo tempo, e em nen!uma ordem de rande#a especfica. Mas eu ainda precisava saber o porqu.? 6*on tinha conseguido o ,ue ,ueria& Sa$ia ,ue iria tornar+se u! co!$atente' inde%endente do ,ue estava escrito na,ue*e %e,ueno %edao de %a%e*& E a*go a !ais o a(*igia&&& co!o e*e conseguiria sa$er o nascer do so* dentro da,ue*a caver+ naC VE! u!a esca*a de !enor i!%ortHncia&W G Assi! ,ue a *u) do so* se a%agou da (resta ,ue i*u!inava seu @a%osentoA' e*e a$riu a %orta& .! ar g1*ido e u!a *eve ne$*ina %airava! so$re o *oca*' !as nada ,ue o i!%edisse de se *oco!over& Co! o %a%e* no $o*so de sua ca*a' reto!ou o ca!inho at1 a sa*a de re(ei:es& 6uando entrou todos os a*unos o o*hara!& A*+ guns ria! e a%ontava! %ara e*e' outros o o*hava! co! u! o*har te!eroso' e ainda havia os ,ue o o*hava! co! u! %ingo de ad!ira o& Si*verius n o %arecia ser o !estre !ais adorado entre os a*unos& >or !encionar e*e e! seus %ensa + !entos' vo*tou+se %ara a cadeira de vice+diretor& Estava va)ia' a n o ser %e*as a*+ !o(adas ,ue a revestia!& Sentou e! sua cadeira de !adeira e' receoso' co!eu sua co!ida se!%re o*hando %ara a cadeira vaga do anjo ,ue o atacara !ais cedo& Inde%endente do !odo' co!eu& >recisaria de energias&

#5

Ei' co!o vai 6*onC Ee*hor agoraC + 8i)ia a vo) vinda do assento ao seu *ado& Teitor" Si!' c*aro& O$rigado %or hoje !ais cedo& 9 o h- de ,u0& A*i-s' j- desco$riu o ,ue vai serC Si!&

6*on !ostrou o $i*hete a Teitor' ,ue o *eu %or a*guns segundos e o*hou %as!o %ara a (ace de 6*on& 9unca i!aginei ,ue u! s; anjo %udesse ter tantos ta*entos& Eeus %ara+ $1ns& B- decidiu ,ua* ser- a sua c*asse %rinci%a*C A%;s %ensar u! %ouco' decidi ,ue ,uero a%render o !-/i!o ,ue %uder& A(ina*' ,uero ser o !e*hor so*dado ,ue este reino j- vira' !e*hor at1 !es+ !o ,ue !eu %ai& Tahaha' 1 u!a criana sonhadora& Be!' sendo (i*ho de ,ue! 1' n o du+ vido ,ue vai a*canar seu sonho& E ,uanto ao torneioC >re%aradoC O !-/i!o %oss3ve*& D&&& >ara sua idade' creio ,ue n o ser- grande coisa' assi! co!o se!+ %re 1& Euito di(3ci* u! a*uno novato !ostrar !uito %otencia* no in3cio& Eas' inde%endente disso' acho ,ue j- sa$e!os ,ue! ser- seu !estre& 6ue!C Ora essa' Si*verius& E*e se!%re esco*he os !e*hores a*unos da Base %ara treinar& Ou os %r;%rios a*unos aca$a! %or esco*her a e*e& Si*verius 1 u! e/ce*ente so*dado e u! e/3!io !estre' n o estaria *ecionando a,ui e! caso contr-rio& E' co!o voc0 viu' e*e te! u! do! !uito raro ,ue&&&

6*on %er!aneceu e! si*0ncio %or a*guns instantes& Teitor %erce$eu ,ue o ,ue e*e (a*ara a(etou de a*gu!a (or!a seu novo a!igo& Es%ero ,ue o autocontro*e de*e retorne& + 8isse 6*on' co! u! o*har ca+ $is$ai/o& #udo $e!& Eu n o sei o ,ue houve *- hoje' !as acredite< e*e 1 u! anjo ,ue consegue conter suas e!o:es e ser ca*cu*ista& A,ui*o n o vo*tar- a se re%etir' ao !enos %or u! *ongo %er3odo de te!%o& >or en,uanto' n o %ense ,ue ir- ter e*e co!o !estre& E ,uais s o os outros !estresC Ah' ,uer ver as o%:esC >ois $e!&&& A*1! de Si*verius te!os !ais on)e !estres& S o tr0s !estres %ara cada c*asse inicia*& >ara co!ear&&&

#!

9 o' n o %recisa a%resentar+!e& Estou co! sono' acho ,ue vou dor!ir no !eu ,uarto& #udo $e!& D $o! descansar' a!anh ser- u! dia %u/ado& Eas aviso *ogo ,ue n o usar- essa es%ada no torneio& 9 oC X$vio ,ue n o' a n o ser ,ue seu intuito seja de !atar outros a*unos& Os !estres o (ornecer o e,ui%a!entos de !adeira ,uando (or entrar no tor+ neio de co!$atentes& Entendo& Eas %ode *ev-+*a co!o adorno& Sei co!o 1 di(3ci* a*gu1! se se%arar de sua ar!a&

Teitor (a*ou isso en,uanto segurava u!a S_a**o_ e! sua ! o& 13RalloRs s)o armas como lan+as, mas elas possuem nas duas extremidades enormes l:minas curvas, cada uma voltada para um lado. .amb&m podem ser menores, tendo, por exemplo, duas espadas presas por um pequeno cabo em seu centro, rande o suficiente apenas para o encaixe das m)os, ainda com suas l:minas voltadas para lados distintos, que era o caso da arma de Ceitor. uma arma quase que exclusivamente de ataque, mas poucos s)o os que realmente conse uem us-la de uma forma correta e efica#.? Essa ar!a 1 herana de (a!3*iaC Si!' 1 (eita %ura!ente de %rata e encantada co! u!a !agia ,ue ainda n o consegui desco$rir ,ua* 1& Eas a%renderei a us-+*a aos %oucos' eu es%ero& A !inha 1 a =nica recorda o ,ue tenho de !eu %ai' a*1! de a*gu!as gravuras e cartas& Eu sei& O grande 4onan 5arrior' a,ue*e ,ue !atou A$igor& E*e 1 u! dos !eus 3do*os& Be!' (oi *ega* conhec0+*o' Teitor& Es%ero ,ue %ossa!os nos (a*ar !ais& Se voc0 (or a*uno de Si*verius&&& 8e ,ua*,uer !odo' nos vere!os %e*o caste*o& At1 a!anh ' descanse $e! %or,ue ,uero ver do ,ue 1 ca%a) o (i*ho de nosso her;i&

6*on acenou co! o rosto ru$ori)ado e des%ediu+se& 9o ca!inho %ara seu cha+ *1 su$terrHneo' %ensou e! co!o a%enas u! dia (ora ca%a) de !udar co!%*eta+ !ente sua vida& Ao chegar' a%oiou sua es%ada na %arede e jogou+se so$re a !a+ cia ca!a de sua !oradia se! se,uer acender u!a ve*a %ara i*u!inar o recinto& Ador!eceu co! (aci*idade&

#"

Cap. + *orneio ,eleti-o

ravar $ata*has 1 a*go ,ue nenhu! anjo gostaria& Ou ,uase nenhu!& 6*on era u!a e/ce o 2 regra& 9a curta e/%eri0ncia ,ue ad,uiriu *utan+ do contra a,ue*es %e,uenos ?o$*ins' e*e sentira a*go inco!u! durante suas es,uivas e go*%es& Era co!o se o ar ,ue enchesse os seus %u*!:es ,uei+ !asse e! seu jove! %eito& O cora o $atia t o (orte e r-%ido ,ue %arecia ,uerer e/%*odir o seu t;ra/& Seus !=scu*os todos se contra3a!& Os o*hos (icava! *igei+ ros' a %e*e %arecia !ais (ina e sens3ve*& Co! a,ue*e %ensa!ento e! sua !ente' e*e acordou de seu curto sono' inter+ ro!%ido %e*a *u) !atina* ,ue %assava %e*o res%iradouro nas rochas' $anhava o *ago dentro da caverna e era re(*etida %or sua jane*a& Agora j- sa$ia co!o di(e+ renciar ,ue era !anh ' ao !enos nos dias e! ,ue o so* estivesse no c1u& Le + vantou+se e vestiu suas vestes' u! %ouco sujas %e*o decorrer dos eventos ante+ riores& A%anhou u! co%o e encheu+o de -gua no *eito do rio& Be$eu o *3,uido da vida' ,ue' ge*ado' escorria %e*a sua garganta e chegava ao seu estI!ago& Lavou seu rosto e estre!eceu& Co*ocou a es%ada e! sua cintura e' (ina*!ente' %artiu %ara seu destino< a !es!a sa*a do dia anterior& G O torneio ser- dividido e! tr0s %artes& + E/%*icava Si*verius& + A %ri!eira ser- o torneio de artistas' e a,ue*e co! a !e*hor %er(or!ance se so$res+ sair-& O segundo torneio ser- o dos co!$atentes' (ora e %recis o s o o ,ue conta!& E' %or (i!' ser- a ve) de os conjuradores !ostrare! seu %o+ tencia*& A,ue*e ,ue !e*hor contro*ar seu e*e!ento de orige! a*canar- a g*;ria& #odos entendidosC Ent o acho ,ue j- %ode!os iniciar&

O diretor dirigiu+se at1 onde 6*on estava sentado e cha!ou+o %ara u!a con+ versa %articu*ar& 7ora da vis o de todos' Si*verius disse< 6*on' gostaria ,ue %artici%asse de todos os tr0s torneios' ainda !ais co! o ta*ento de ,ue %ossui& Eas ,uero !e tornar a%enas u! co!$atente& 6*on' n o jogue (ora o %resente dado a voc0 %e*os deuses& Voc0 1 o %ri+ !eiro dos a*unos desta institui o a rece$er u!a c*asse tri%*a %er(eita& O

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=nico anjo de todo o reino co! ta* %oder viveu a !ais de de) !i* anos& 1Esta & uma anti a lenda que existe entre os an"os, mas n)o me preocuparei em mencion-la a ora. *s coisas fariam menos sentido ainda...? Eas eu ,uero seguir %er(eita!ente os %assos de !eu %ai" Seu %ai 1 seu %ai' e voc0 1 voc0& Se ,uer a dica de u!a %essoa ,ue vi+ veu te!%o o su(iciente %ara ter treinado seu %ai e v-rios outros a*unos ,ue se tornara! her;is' estaria ani,ui*ando seu %otencia* se (i)esse isso& Eas&&& Eu se,uer na !inha vida to,uei u! instru!ento ou (i) u! $reve teatro& 9e! sei co!o conjurar !agias" 6ue eu sou$e' adorava *er *ivros so$re o conheci!ento e/terno ,uando !orava co! sua ! e& E sou$e ,ue (a) $o! uso dos conheci!entos $-+ sicos ange*icais' at1 !es!o da gra!-tica" Ees!o assi!&&& E ta!$1!' ne! ao !enos sei ,ua* o !eu e*e!ento inte+ rior' nunca o testei na vida& Se! %ro$*e!as' eu au/i*iarei co! isso& >or (avor' es,uea nossa desa+ vena %assada e con(ie e! !i!& Eu sei ,ue voc0 %ode ser !uito !ais do ,ue u! si!%*es co!$atente&

6*on o*hou nos o*hos de Si*verius e %ensou %or a*guns segundos& E*e %arecia sincero& Estava co! !edo' !as' aci!a de ,uerer !ostrar+se u! $o! *utador' ,ueria ta!$1! testar seus *i!ites *- dentro& Aceito& + 4es%ondeu 6*on' !eio re*utante e se! !uita con(iana& Xti!o& Agora' %ense e! a*go ,ue tenha *ido e! sua casa&&& A*gu!a hist;+ ria" E dec*a!e+a %ara seus a!igos& 8ec*a!arC Si!&&& >u/a' 2s ve)es es,ueo ,ue voc0 1 u!a criana ainda& B- (oi a teatros de rua' certoC C*aro' se!%re tinha a*gu! no centro de Aeria& Xti!o& D co!o se (osse contar a hist;ria %ara seus a!igos' !as dando e!o o as %a*avras' co!o se estivesse inter%retando u! dos %a%1is (ei+ tos no teatro& Acho ,ue entendi& Xti!o& Voc0 ser- o =*ti!o a se a%resentar& Boa sorte&

Si*verius vo*tou ao seu *ugar co!o ava*iador e 6*on vo*tou a sentar+se e! c3r+ cu*o' ao redor das %oucas crianas ,ue sonhava! e! ser artistas&

#.

1Os artistas n)o s)o uma classe muito dese"ada. 3eu papel em uma batal!a & praticamente nulo. Mesmo m&dicos podem ser substitudos por um pun!ado de ma os brancos, e eles n)o faltam em *eria. O elemento mais comum entre os an"os & a lu#. O campo de atua+)o de um artista &, em eral, fora da uerra, alerando as pessoas com suas belas melodias, dan+as ou interpreta+0es, ou ent)o no ramo de pesquisa, descobrindo novas tecnolo ias, criando novas armas... Utili#ando o saber para auxiliar os outros.? As a%resenta:es n o de!orara! !uito a se iniciar& Logo as crianas estava! tocando (*autas' danando' inter%retando %a%1is Vtra$a*ho rea*i)ado %or trig0+ !eosW' ava*iando %es,uisas&&& 9 o %arecia ,ue ia ser (-ci*& >or (i!' (oi a ve) do (i+ *ho do her;i& As crianas o*hara! %ara e*e' sur%resas %or e*e estar e! u!a co!+ %eti o de artistas& Co! toda a,ue*a %ress o' 6*on sentia+se restringido' %reso& O*hou nova!ente %ara Si*verius& E*e acenou a ca$ea co! sinceridade' co!o se desse a orde! %ara co!ear&

$Oh, grande cavaleiro )u&a armadura prateada 0eflete a lu1 do sol 2ilha desta alvorada 3randiste bem tua arma 4utaste bravamente )omo se a dor ou cansao 5scapassem de tua mente 'or6m, ainda no acabou O pior ainda est por vir 7m grande inimigo surgir 8ssim *ue a noite cair (o os fantasmas Da*ueles *ue matou 5 em campo de batalha 8 sua vida retirou 8t6 *uando lutar s9 8t6 achar conforto9 Ou at6 *ue este&a saciado )om o teu corpo morto9-

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Os a*unos o o*hara! %er%*e/os& A*guns chorava!' outros o encarava!' %er%*e+ /os& Crianas n o sentia!+se con(ort-veis (a*ando de !orte' e 6*on %erce$era *ogo& #a*ve) o !edo de sere! !ortos e! guerra !uito jovens retirasse o %ra)er e a g*;ria e! servir o seu %ovo e os %ro%;sitos divinos& G A co!iss o de %ro(essores ju*gou os a*unos ,ue (i)era! os testes %ara artista& #odos se entreo*hava! discutindo a*go& 6*on n o *igava' %er!anecia sentado a(astado de todo o resto& O %rocesso de se*e o durou !ais de u!a hora& Os re + su*tados n o havia! sido anunciados& Euito $e!& + Cha!ou 2 aten o Si*verius& + Agora ser- o in3cio do torneio %ara a,ue*es ,ue ,uere! tornar+se co!$atentes& >or (avor' aos artistas ,ue usara! este es%ao' %eo encarecida!ente %ara ,ue se retire! do centro& >recisare!os de u! es%ao a!%*o %ara as *utas& 6*on' de ,ue! s o esses versosC + >erguntou Si*verius& 8e !eu %ai& + 4es%ondeu ti!ida!ente' ,uase e! u! sussurro&

6*on vo*tou a sentar+se' !as desta ve) a(astado dos de!ais& Sentia re!orso&

Os a*unos o$edecera! de %ronto e a$rira! u! grande c3rcu*o no sa* o& A*guns %ro(essores ad!oestara! Si*verius %ara (a)er do *ado de (ora da $ase' !as este discordou& >ara crianas' a,ui*o %arecia ser u! es%ao !aior do ,ue o su(icien+ te& Aos %oucos' a*guns serviais do caste*o trou/era! ar!as' todas de !adeira revestidas co! u!a es%1cie de es%u!a& Isso a$randaria os go*%es& 9 o a%enas ar!as' !as ta!$1! vinha! %rote:es< escudos' e*!os' grevas' cotove*eiras' couraas' o!$reiras&&& >ara a sorte dos !estres' havia! e/atos 1O a*unos na+ ,ue*e ano a%tos %ara sere! co!$atentes& 7oi (eita ent o u!a grande chave de co!$ates e*i!inat;rios& G 4ea*!ente' n o se %odia es%erar !uito de *uta de crianas& Eas os %ro(esso+ res ainda assi! o*hava! e (a)ia! suas anota:es& A*gu!as n o *evava! !uito te!%o' %ois no (ina* os !ais @crescidosA tinha! u!a certa vantage! so$re os !ais (ran)inos& A%esar disso' a*guns %oucos !enores saia!+se !uito $e!& A%;s u! enor!e te!%o de es%era ,ue %arecia nunca aca$ar' era (ina*!ente a ve) de 6*on& O outro a*uno seria u! garoto u! %ouco !ais a*to' n o !uita coisa& .!a di(erena de N ou M cent3!etros se !uito& Eas %ara u!a criana' isso 1 ,uase o !es!o ,ue se di(erenciar u! gigante de u! an o& 1()o me importava seu taman!o, sua aparncia ou qualquer outra coisa. 3eria irrelevante. *t& !o"e n)o lembro o seu rosto ou seu nome.? O garoto de!orou a esco*her sua ar!a e! !eio as ,ue (ora! o(erecidas' !as %or (ina* %egou dois !achados si!%*es de u!a ! o& Co*ocou u! e*!o' u!a %ro+

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te o si!%*es %ara o %eito' cotove*eiras e joe*heiras& En,uanto e*e aca$ava' 6*on j- o aguardava na arena' tendo %egado a%enas u!a es%ada de duas ! os co + !u!& Co!o as ar!as era! de !adeira' o %eso entre u!a es%ada de u!a ou de duas ! os n o (aria tanta di(erena& E co!o a Sanctus' %ara 6*on' era e!%u + nhada co!o u!a es%ada de duas ! os + %odendo ser uti*i)ada co! a%enas u!a de%endendo da (ora do usu-rio +' seria u!a di(erena de a*guns cent3!etros na -rea da *H!ina' ,ue %ara e*e (aria! u!a enor!e di(erena& O jui) co*ocou os dois no centro da arena& Co!o e! due*os o(iciais' e*es se cu!%ri!entara!' cada u! co*ocando a ! o direita so$re o o!$ro es,uerdo de seu o%onente e a es,uerda so$re seu %r;%rio %eito& 1*penas como detal!e, em duelos de an"os contra an"os, amistosos ou n)o, o cumprimento & quase que fundamental para expressar a cordialidade e a ratid)o de cada um por poder lutar com um valoroso oponente. Ou n)o t)o valoroso, quem sabe...? Cada u! a(astou+se de) %assos do outro' virara!+se e entrara! e! %osi:es de co!$ate& O o%onente segurava u! dos !achados a%ontando e*e direta!ente %ara o %eito de 6*on' e o outro atr-s de suas costas& E*e n o era a%enas u!a criana co!u! %e*o ,ue %arecia& 8everia descender de u!a (a!3*ia de guerrei+ ros& Eas co! a%enas dois %ares de asas' (icava a%enas na c*asse dos arcanjos& .! si*vo de a%ito& O garoto' de u! %u*o' a*canou %ara ci!a de 6*on& A,ue*a criana n o era nor!a* assi! co!o o resto& E*e j- havia a%rendido co!o *utar e %egar i!%u*so co! suas asas& 1*l uma coisa me di#ia que as lutas !aviam sido arquitetadas para que eu peasse os maiores desafios. (unca c!e uei a me preocupar muito com isso, afinal, eu estava ali com apenas um ob"etivo: vencer.? A a%ro/i!a o do ini!igo (ora i!ediata& 6*on a$ai/ou seu cor%o %ara u!a %ostura !ais (echada& O garoto atacou co! o !achado da ! o es,uerda& O go*+ %e %assou cent3!etros aci!a da ca$ea de 6*on' ,ue havia a$ai/ado& Co! u!a %recis o de !estre' 6*on usou o ca$o da es%ada %ara acertar o garoto co! u! go*%e ascendente' %egando i!%u*so e ter!inando e! u! sa*to& O garoto go*%ea+ do estava jogando o cor%o %ara tr-s' j- ,uase caindo derrotado' ,uando e! u!a =*ti!a tentativa girou o ei/o e! seu %1 de a%oio e tentou acertar 6*on co! o !a + chado da ! o direita' !as o %e,ueno anjo ruivo (ora !ais r-%ido& 9o ar' girou e! seu ei/o vertica* e' co! a es%ada e! ! os' de(eriu u! go*%e a$ai/o do $rao usado %or seu o%onente %ara atacar& O ta!anho da *H!ina (e) tota* di(erena& 9ocauteado' o garoto caiu no ch o& O seu riva* ca3ra %ro *ado co! o i!%acto da es%ada de !adeira e cus%ira u! %ouco de sangue e dentes ,ue$rados' ,ue *ogo os curandeiros do caste*o (i)e+ ra! ,uest o de re%arar& O vitorioso havia sido decidido& Os outros estudantes o*hara! cada ve) !ais %er%*e/os e assustados %ara o ,ue 6*on (i)era na,ue*es si!%*es !ovi!entos& Si*verius se *evantou' u! %ouco %er%*e/o co! toda a !es+

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tria do novo estudante' e %erguntou< Aonde a%rendeu esses !ovi!entos' !eu jove!C Eeu %ai dei/ou v-rios escritos so$re t1cnicas ,ue e*e desenvo*veu ao *ongo de sua jornada de $ata*has& Curtos' !as $e! es%ec3(icos' e co! isso criou u! novo esti*o co! a es%ada& Eu *i e*es& Ee!ori)ei cada u! de*es& Eas no (ina*' n o consigo usar e*es a%enas %or ,uerer usar' aca$a saindo co!o u! re(*e/o& Entendo&&& + Si*verius (e) a*gu!as anota:es e ca*ou+se&

1* se unda rodada teve incio. * primeira coisa que todos os arotos fi#eram foi ver quem me enfrentaria na se unda rodada. Um aroto abaixou a cabe+a e respirou profundo. 4ela express)o em seus ol!os, seria ele. *inda com min!a espada de madeira em m)os. 4ermaneci sentado, im,vel, apenas ol!ando batal!a por batal!a e analisando meus oponentes. $uem ler este relato pode ac!ar estran!o e per untar-se que esp&cie de crian+a faria isso. Uma crian+a descendente de uma famlia de uerreiros responderia essa per untaL E tamb&m, em tempos de uerra, quem n)o sabe defender-se & considerado um in%til. (em sempre vi meu pai como um dolo maior. Sdolo que nunca nem !avia con!ecido. Mas sempre quis ser como ele...? G As *utas estendera!+se %e*a tarde toda& >or !ais ,ue (osse! crianas' a*gu+ !as *utas de!orava!& A%enas as de 6*on aca$ava! co! u! ou dois go*%es& A*+ guns garotos derrotados %or e*e sa3a! chorando' outros era! nocauteados& A (ora de*e j- di(eria das outras !uito antes de e*e ser treinado %ro%ria!ente& Essa 1 a *uta (ina*& Co!%etidores' u! %asso 2 (rente& + >ediu o Bui)& + 8o *ado direito da arena est- 6*on 5arrior Eros' %ortando u!a es%ada de !adeira de duas ! os& 8o outro *ado est- Bo*ie `rista*' %ortando u! arco de $ata*ha' ta!$1! de !adeira&

1*rcos de batal!a s)o uma arma pouco usada. Uma rande roda de metal, com seu interior oco. Neralmente usado por dan+arinas, tem um enorme potencial. 3uas arestas possuem uma l:mina bem afiada, podendo ser usados como bambols em dan+as e atirados pelo seu usurio quando presos por uma corda ou corrente. Blaro que, sendo de madeira, n)o seria assim t)o letal.? Ir! " + ?ritou u!a vo) conhecida ,ue aca$ara de entrar no recinto& TeitorC + 8issera! Bo*ie e 6*on e! un3ssono& O ,ue voc0 acha ,ue est- (a)endoC A%enas os ho!ens da (a!3*ia deve+ ria! ser os guerreiros" Ee dei/e e! %a) Teitor' cheguei a,ui co! !eu %r;%rio es(oro e 1 isso

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,ue ,uero ser' u!a co!$atente" Eas est- usando u!a ar!a de u!a Oda*isca" Onde est- o sentidoC ?osto de usar essa ar!a& Agora !e dei/e e! %a)" A *uta vai co!ear" 9e! %ensar' voc0 vai se (erir" 8iretor' e/ijo ,ue a retire da,ui agora" Eas ,ue situa o inusitada&&& Va!os dei/ar os *utadores decidire!' n o 1 !es!oC + >onderou Si*verius& + >e*o ,ue !e %arece' e*a ,uer *utar&&& 6*on' o ,ue voc0 achaC Eu n o !e inco!odaria e! *utar co! e*a&&& 6*on' achei ,ue (osse!os a!igos" E*a 1 !inha ir! " + 4o!%eu Teitor e! (=ria& Eas a esco*ha 1 de*a' n o 1 !es!oC + 8isse 6*on& + Eu n o disse ,ue ,uero *utar co! e*a' a%enas disse ,ue n o !e inco!odaria se isso acon+ tecesse& Estou a,ui %ara vencer' inde%endente de ,ue! eu con(ronte& Voc0&&& Voc0" + Teitor ,uisera %artir %ara ci!a de 6*on co! sua S_a**o_ de %rata' !as (ora i!%edido %e*os outros %ro(essores& Contro*e+se' Teitor& Isto n o 1 u!a creche" + 8isse Si*verius' se co*ocan+ do de %1& + Co!o !eu disc3%u*o' voc0 deveria a%render a contro*ar !e+ *hor suas e!o:es" 6uer vio*ar a regra !ais i!%ortante da BaseC 8arei a voc0 u!a %enit0ncia' assi! ,ue esta *uta aca$ar& Agora' ou se retira ou (ica %ara assistir a *uta&

E! si*0ncio' Teitor sentou+se %ara ver sua ir! & .! rosto to!ado %or ira o in+ vadiu' !as aos %oucos a,ue*e rosto se contorceu e! a*go se! e/%ress o e de so$rance*has ca3das& Cu!%ri!ente!+se e (i,ue! e! %osi o& O$edecendo aos costu!es' os dois se cu!%ri!entara! e co*ocara!+se e! %osi o' de) %assos a(astados& Co!ece!" Bo*ie co!eou avanando na dire o de 6*on& Vinha co! o arco' tendo seu ca$o V,ue estava no centro do ArcoW %reso (ir!e e! suas ! os& O %ri!eiro go*%e (oi na ca$ea de 6*on& E*e a%enas se a$ai/ou& E! u! !ovi!ento r-%ido' Bo*ie tentou *evar o arco %ara $ai/o' co!o se ,uisesse (ati-+*o ao !eio& 6*on %u*ou %ara (rente' e! dire o ao cor%o de Bo*ie< o seu %onto cego& 9e! se,uer usou a es%ada& 8eu u! soco e! sua $arriga' (a)endo co! ,ue e*a ca3sse no ch o& O ,ue voc0 (e)C Seu&&& + Teitor (icava cada ve) !ais irado ao assistir a *uta&

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Eu a%enas a nocauteei Teitor& 9 o usei !inha es%ada %ois %oderia !a+ chuc-+*a& E*a (icar- $e!' aca*!e+se&

6*on tinha u! outro o*har' ,ue n o %arecia ser o de u!a criana& E*e encarava a Teitor co! u! o*har (rio' se! e!o:es& >ara Teitor' era co!o se (osse u!a %rovoca o' u! desa(io& A*i-s' n o deveria haver a*gu1! e! todo o universo ,ue' ao encarar ta* o*har' n o (icasse co! u!a raiva i!ediata de seu dono& .! o*har t o g1*ido ,uanto a cor %rateada de seus o*hos& Euito $e!' e o ca!%e o do torneio 1 6*on 5arrior Eros& + 8isse o jui)' erguendo seu $rao direito&

6ue! via' $radou+o& Co! certe)a era u! ta*ento nato %ara u!a criana de t o %ouca idade& Si*verius !antinha u! sorriso no rosto' u! sorriso ,ue ocu*tava a*go& >Is+se de %1 en,uanto a%*audia' assi! co!o os de!ais& #odos os %ro(es+ sores cu!%ri!entava! o ca!%e o' en,uanto Teitor conso*ava sua ir! & G O jantar havia iniciado& Os !ur!=rios no sa* o era! a%enas u!< a incr3ve* %er+ (or!ance de 6*on no torneio& #odos co!entava! so$re sua inigua*-ve* !ovi!en+ ta o' go*%es certeiros e $e!+ca*cu*ados&&& Eas o autor de tantas conversas n o se encontrava no recinto& E*e havia retirado+se %ara sua ca$ana no (undo do cas+ te*o e estava deitado e! sua ca!a& O*hava %ara a es%ada de seu %ai en,uanto %ensava& 1*inda faltava a etapa do dia se uinte, que decidiria qual seria a min!a coloca+)o e com que mestre permaneceria. 4oderia ter acabado lo o no primeiro dia, mas... (unca !avia tentado sequer uma ma ia simples ou con"ura+)o em todo o tempo que fui criado por min!a m)e. - um dom natural dos an"os, mas que eu nunca !avia me interessado tanto assim. ;nteressantemente, a ma ia seria, no futuro, um dom que eu adoraria explorar.? A*gu1! $ateu 2 %orta& 6ue! 1C + >erguntou 6*on do *ado de dentro& Si*verius& T- u! anjo !uito i!%ortante a,ui ,uerendo v0+*o& A$ra a %orta&

6*on *evantou+se da ca!a e a$riu a %orta& A i!age! de u! ho!e! a*to e $ar+ $udo invadiu o recinto& Ee descu*%e a %ressa' (i*ho do her;i& + 8isse u!a vo) ,ue a%arentava jter ouvido antes& + O te!%o ,ue tenho a,ui 1 !uito curto& A sua vo)&&& Voc0 1&&& 7reut) ?orgos& Eu desci dos c1us %ara dar %ara$1ns ao ca!%e o e! %essoa& T- u! assunto !uito i!%ortante ,ue gostar3a!os de tratar conti+ go&&& C*aro' se n o (or !uito incI!odo& 8eve estar cansado&

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9 o !e inco!odaria' senhor& O ,ue deseja sa$er de !i!C

7reut) era a*to' ro$usto e co! u! rosto $ruto& #inha curtos e sedosos ca$e*os castanhos cujas %ontas tocava! suas ore*has' u!a (ace *arga e @,uadradaA' u!a $oca (ina e u!a so$rance*ha ,ue %esava so$re seus o*hos verdes& .!a $ar$a $e! a%arada enco$ria $oa %arte de seu rosto& .sava u!a ar!adura dourada' cheia de adornos' e u!a *onga ca%a $ranca ,ue escondia suas asas junto 2s costas& Si*verius !antinha+se na %orta' co! u!a cara (echada' co!o se n o esti+ vesse gostando do ,ue estava %or vir' ou do ,ue j- sa$ia ,ue iria acontecer& Eanteve+se co! as ! os nas costas' !ordendo seu *-$io in(erior& 6*on' a%;s seu nasci!ento' os seus %ais contara! a*go so$re voc0C 9 o senhor' n o !uito& >or,u0C T- a*go de errado co!igoC >e*o contr-rio&&& #e!os u!a sus%eita e! !ente' !as voc0 s; %odercon(ir!ar a!anh & Es%ero ,ue se saia $e! no torneio de conjuradores& B- conjurou a*go antesC 9 o' nunca& Voc0 j- sa$e *er e escrever' co!o 1 de costu!e' e at1 *utar& Eas at1 hoje nunca se a%roveitou de u! do! natura*C Isso 1 estranho& Be!' de ,ua*+ ,uer !odo' siga o conse*ho de u! ve*ho anci o' !eu jove!< contro*e sua !ente e !ateria*i)e o ,ue ,uiser (a)er diante de seus o*hos& D assi! ,ue u! grande !ago (a)& O$rigado senhor&&& Eas ainda n o entendi %or ,ue vir a,ui s; %ara (a*ar isso co!igo& Aca$a!os criando grandes e/%ectativas e! voc0' %e,ueno anjinho& + 8i+ )ia 7reut) sorrindo entre a,ue*a $ar$a %e*uda& + Se aca$ar acontecendo o ,ue esta!os %revendo&&& D& Ee*hor n o te i!%ortunar co! isso agora& Si*verius" Si!' senhorC + 4es%ondeu Si*verius junto 2 %orta& Cuide $e! desse %e,ueno ta*ento& >ode ser nosso trun(o !ais %oderoso no (uturo& O ,ue 1 u! trun(oC + >erguntou 6*on&

Si*verius riu& Co! sua ! o %esada e grossa' $agunou os ca$e*os de 6*on e! u! ato de carinho& 6*on' co! certe)a' nos vere!os nova!ente& 7reut) e Si*verius (ora! e!$ora trocando o*hares& Antes de a %orta ser (echada %or co!%*eto' Si*verius o*hou %ara 6*on co! o*hos de %oucos a!igos& 6*on' con+ (uso' (e) o ,ue estava ao seu a*cance< deitou e dor!iu&

.!

Cap. 1. $ Primeira !agia

rradiava o so* %or detr-s das !ontanhas' i*u!inando a sa*a de audi0n+ cia& >oucos era! os ,ue se reunia! a*i a,ue*a !anh ' en,uanto os a*unos to!ava! seu ca(1 !atina*& Eestres e diretor' todos sentados ao redor de u!a enor!e !esa redonda& Os !ur!=rios n o to!ava! (or!a' todos conchavava! entre si' en,uanto 7reut) e Si*verius %er!anecia! ca*ados' es%e+ rando a discuss o ter!inar& B- %ode!os contar co! o si*0ncio de todos os %artici%antesC + >erguntou 7reut) e! u! to! de vo) !ais a*to& Co!o deve! ter visto %e*o resu*tado de onte!' esta!os co! u! enor!e %ro$*e!a e! ! os& + Continuou o diretor& + A,ue*a criana se destaca entre as de!ais& Est- e! u! est-gio !ais avanado de ensino' !ais avanado de t1cnica&&& Acho ,ue todos voc0s j- sa$e! o ,ue isso signi(i+ ca' n o 1 !es!oC Sa$e!os& A%enas nos recusa!os a acreditar& + #o!ou a %a*avra Si*ve+ rius& + 9enhu! de n;s viveu na,ue*a 1%oca' h- de) !i* anos atr-s" O ,ue sa$e!os 1 %assado a%enas %or *ivros e *endas&

O si*0ncio se (e) %resente&

6*on !antinha seu ouvido grudado na %orta en,uanto escutava atenta!ente cada %a*avra& Ao ver todos os re%resentantes da institui o saindo do sa* o de jantar' %erce$eu ,ue a*go estranho estava acontecendo e decidiu checar co! seus %r;%rios o*hos&&& 9o caso' ouvidos& Ora ora&&& 9 o acho ,ue isso seja o ,ue u!a criana %ode ouvir' n o 1 !es!oC

.!a (igura o assustou& .!a !u*her de estatura !ediana& Ca$e*os encaraco*a+ dos e *oiros e o*hos verdes crista*inos& .sava u! !anto a!arron)ado' cor de ter+ ra& Conseguia reconhecer a sua vo)' !as n o o rosto& .! rosto divino e $e! !o*dado& Voc0 1&&& O vu*to ,ue guarda a %assage! nas !ontanhas& Le!$ra+seC

."

Eas n o %odia (icar a%enas na entrada da cavernaC Einha %resena (oi so*icitada a,ui hoje' e c- estou %ara cu!%rir o ,ue !e (oi ordenado& Agora' v-' antes ,ue eu a$ra a %orta e %erce$a! sua %resena a,ui& O$rigado' senhora&&& Eeu no!e 1 Lua& E so$reno!eC Ainda est- !uito cedo %ara sa$er& + 8isse co*ocando a ! o na %orta da sa*a de reuni:es' ainda co! u! sorriso e! sua (ace& + Agora vo*te aos seus a(a)eres& Ainda te! u! teste a ser rea*i)ado !ais tarde' n o 1 !es+ !oC Si!&&& O$rigado' Lua&

E*a o deu u! sorriso %uro' crista*ino&

6*on saiu a %assos *argos %e*o corredor' en,uanto ouvia u!a =*ti!a (rase eco+ ar %e*as %aredes de %edra do caste*o< G Os a*unos ,ue ia! ser e/a!inados no teste de a%tid o !-gica era! %oucos e (or!ava! u!a %e,uena (i*a de u! tota* de nove a*unos %e*o corredor& 9o (ina* da (i*a estava 6*on' u! %ouco %reocu%ado& 8everia ter treinado !agia antes de ir %ara o teste' !as ne! se,uer se i!%ortou co! o assunto& Tavia outras coisas a se %ensar no !o!ento& Os a*unos entrara! nu!a sa*a& 9 o era a !es!a de on+ te!& E*a era toda escura' e e*es !a* %odia! ver uns aos outros& 8entro da sa*a todos os %ro(essores es%erava!' cada u! co! u!a cha!a @(*utuanteA e $ranca' ,ue %airava ao redor de*es& Seja! !uito $e!+vindos& + Iniciou Si*verius& + Toje dare!os in3cio ao tes+ te de a%tid o !-gica& Vejo ,ue a*guns a*unos trou/era! seus cata*isado+ res&&& Xti!o& 6*on' trou/e a*gu!C E*a %oder- servir co!o u!& Xti!o& Sendo assi!' ,ue todos inicie! os seus testes& O ,ue %oder o (a+ )er 1 $e! si!%*es e r-%ido e' ao t1r!ino das a%resenta:es' os %ro(es+ sores ir o se reunir %ara decidir ,ue! ser o seus a*unos& O resu*tado ser- a(i/ado no ,uadro de avisos do sagu o de entrada ao %Ir+do+so*& Co!%reendidoC Ah' a,ui est- a descendente"

6*on re%ousou a ! o so$re sua es%ada&

.#

Si!& + 8issera! todos e! un3ssono& Xti!o& A *ista de a%resenta:es ser-&&&

6*on n o se inco!odou de ser o =*ti!o& Estava acostu!ado co! isso& #a*ve) ,uisesse! dei/ar o !e*hor %ara o (ina* se!%re' ou' nesse caso' o ,ue achava! ,ue seria o !ais (racassado& >ositiva ou negativa!ente' o ,ue i!%ortava era i!+ %ressionar os !estres& 1*ssim como as apresenta+0es do dia anterior, al umas eram rpidas e outras bem demoradas. * tarefa era apenas uma: con"urar seu elemento de ori em da forma como ac!assem que conse uiriam. /entre as crian+as que ali estavam, uma me c!amou a aten+)o: seu nome n)o era importante, mas sim o que sabia fa#er. O seu elemento de ori em era a T ua, e apesar de ser um elemento comumente usado para suporte, ela conse uia coordenar os movimentos do seu corpo e do fluir de uma ta+a de ua ao seu redor, como em uma dan+a. *penas ma os profissionais conse uiam aquilo com tanta exatid)o.? 6*on 5arrior Eros' a%resente+se& 9este %iso sagrado + >ro(eriu Si*verius& + ,ue guarda todos os e*e!entos da nature)a< A agua de u! C-*ice' o 7ogo de u!a tocha' u! %unhado de #erra de u! vasto ca!%o' o Ar ,ue a todos rodeia' a escurid o do recinto e a *u) de nossas cha!as $rancas' %edi!os a voc0' 6*on' ,ue nos reve+ *e seu e*e!ento& 6*on (oi at1 o centro de u! enor!e %entagra!a desenhado no ch o&

6*on n o (a)ia ideia do ,ue deveria (a)er na,ue*e instante' !as decidiu arris+ car& E!%unhou sua es%ada' co! cada u!a de suas ! os segurando u!a %onta' e ajoe*hou' co! se estivesse %assando u! o$jeto ancestra* a u!a %essoa 2 sua (rente& 1Boncentrei min!a mente em meu ob"etivo. Enc!i os pulm0es e respirei com calma e, enquanto escol!ia palavras em min!a mente, min!a boca se moveu quase que so#in!a, proferindo: @$ue a min!a alma revele seu potencial oculto. Ol!os da *lmaA@.? O ,ue aconteceu a seguir (oi u! !i*agre& A -gua do c-*ice jorrou %ara ci!a co! (ora e constHncia' co!o se (osse in(inita' e %arte de*a se tornava cristais de ge*o' (a)endo nevar dentro da sa*a& A cha!a da tocha se tornou u!a enor!e *a+ $areda ,ue i*u!inou todo o recinto& A terra rece$eu descargas e*1tricas do ar da sa*a' ,ue se agitava e (or!ava %e,uenos rede!oinhos es%a*hando %e,uenas %e+ dras %e*o *oca*& #odos e*es danava! e! u! raio de tr0s !etros de distHncia de 6*on' ,ue %er!anecia ajoe*hado e de o*hos cerrados& 6uando a$riu os o*hos' os e*e!entos %arara! no ar& E*e se *evantou co! a es+

..

%ada e! u!a das ! os ! os e o*hos va)ios& Ergueu+a e! dire o ao teto& As cha!as dos %ro(essores se a%agara! e a escurid o (oi consu!ida e! u! enor+ !e c*ar o& #odos se unira! e to!ara! (or!a ao redor de seu !in=scu*o cor%o' cujas asas danava! co! o tornado ,ue se (or!ara da jun o dos e*e!entos& A*ti!a Arkhanu!" Ao so! da vo) de 6*on' o teto se ro!%era e os e*e!entos danara! no c1u da i*ha sat1*ite en,uanto u!a *u) de u! $ranco %uro se es%a*hava %or ,ui*I!etros de distHncia' cegando a a,ue*es ,ue !antinha! os o*hos a$ertos %ara a%reciar o es%et-cu*o& 1E eu apa uei.? G D e*e diretor& 9 o %ode!os ter d=vidas ,uanto a isso& D di(3ci* at1 !es!o %ara n;s acreditar' n o 1 !es!oC

Si*verius andava e! c3rcu*os na sa*a da est-tua de 7reut)& E*e !antinha u! o*har direcionado ao ch o' !as ne! %restava aten o nas i!agens ,ue %assa+ va! %or seus o*hos na,ue*e instante& A i!age! ,ue %resenciara a,ue*a !anh era tudo o ,ue %recisava %ensar& A dana dos e*e!entos' o c*ar o nos c1us de Aeria e' %rovave*!ente' do !undo todo&&& E agoraC 8eve!os !es!o !anter a,ue*e %*anoC + Si*verius %erguntou co! a vo) tr0!u*a& E*a 1 a =nica ,ue %ode dar ca$o da situa o& Eas se eu %udesse trein-+*o&&& B- (a*a!os so$re isso' Si*verius& A%esar da sua e/ce*ente (or!a o co!o so*dado e sua ca%acita o co!o !estre' n o %oder- su%rir as necessi+ dades de*e& 9ingu1! %ode& Ent o %or ,ue e*aC E*a 1 o !ais %r;/i!o ,ue se %ode a*canar de u! !estre %ara e*e' a%e+ sar do seu sangue n o ser o idea*& E*a %ossui %arte dos !es!os %ode+ res& S; e*a %ode entender co! o ,ue esta!os *idando& 9 o gosto da ideia& 7o!os n;s ,ue&&& Eu sei o ,ue (i)e!os' n o %recisa *e!$rar+!e&

7reut) !antinha+se ajoe*hado no !es!o *ugar da est-tua' ,ue antes su!ira& Co! a ca$ea a%oiada e! suas co/as descansava 6*on' dor!indo e! u! sono $e! %ro(undo&

1//

E agoraC O ,ue ser- de*eC + Si*verius nova!ente ,uestionava& E*e usou !uita (ora !-gica hoje' Si*verius& 8ever3a!os !at-+*o en,uanto te!os a o%ortunidade& Sa$e !uito $e! o ,ue %ode acontecer caso e*e %erca o contro*e& Ou deve!os es%erar ,ue e*e (aa o ,ue ,uiser!os' ,ue e*e nos ajude nessa guerra& 8a =*ti!a ve)' u! de!Inio ascendeu& E agoraC O ,ue nos garante ,ue esse anjo n o v- cairC + Si*verius (icava cada ve) !ais i!%aciente& + Os @sete c1usA j- sa$e! do ,ue aconteceu a,uiC Eu es%ero ,ue n o' vou veri(icar& Eas co! a,ue*a descarga de energia' n o duvido nada ,ue e*es j- tenha! a*gu!a no o& Eu tentarei interce+ der %or esta criana& Acho ,ue desta ve) e*es o %ou%ar o& En,uanto isso' dei/o e*e aos seus cuidados' e ao cuidado de Lua& >osso con(iar e! voc0C C*aro&&& C*aro ,ue %ode& A!anh e*e iniciar- o treina!ento' n o ,uero ,ue ningu1! inter(ira& Cuidarei disso&

7reut) %egou 6*on e! seu co*o e o entregou a Si*verius& >assou a ! o so$re seus sedosos ca$e*os ruivos e sorriu& #o!e conta da esco*a' Si*verius& E *e!$re+se< esse ser- nosso segredo' e segredo dos !estres& 9ingu1!' a$so*uta!ente ningu1!' a*1! de*es deve sa$er o ,ue aconteceu onte!& B- a%aguei %arte da !e!;ria das crianas ,ue (i)era! o teste !-gico& 9e! (oi t o di(3ci*' a*gu!as (icara! trau!ati)adas& I!agino& 9o (ina* s o a%enas crianas' assi! co!o e*e&

7reut) se co*ocou na !es!a %osi o ,ue a est-tua estava antes& .!a *u) ce+ *estia* %airou so$re sua ca$ea e seu cor%o se trans(or!ou e! %edra nova!ente& A sa*a vo*tou a sua i*u!ina o origina*' e *ogo Si*verius se viu so)inho co! e*e no co*o& O*hou %ara o %e,ueno ser de seis asas e! suas ! os e engo*iu e! seco sua sa*iva& G 1(aquela noite eu tive um son!o. Min!a m)e estava perto de mim, e meu pai ol!ava para o meu corpo. Estiquei a m)o para tentar alcan+-lo e dar um abra+o, mas meus bra+os e min!as m)os eram pequenas. 4rovavelmente eram apenas A!anh ser- u! *ongo dia&&& 8escanse %or hoje&

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mem,rias de quando eu ainda era um rec&m-nascido. * ima em se apa ou aos poucos, enquanto o rosto de meu pai se transformava em um de um monstro. E, c!orando, eu despertei em meu quarto. 5ua, com suas delicadas e &lidas m)os de dedos finos, enxu ava min!as l rimas.? Lua&&&C O ,ue voc0&&&C Bo! dia' %e,ueno&&& >u%i*o& + 8isse e*a sorrindo' en,uanto interro!%ia as %a*avras ,ue saia! *igeiras da $oca de 6*on&

9o co!eo e*e *evou u! cho,ue& Levou u! te!%o at1 ,ue seu si*0ncio (osse ,ue$rado aos %oucos< >u%i*o&&&C Voc0 ,uer di)er&&&C Si!& A %artir de hoje' eu' Lua' serei a sua !estra& E a%renda a co!%*etar as suas (rases&

6*on sorriu' estava (e*i) de n o ser ensinado %or Si*verius !es!o ,ue e*e n o tivesse esco*hido seu !estre' direito %or ter ganho o torneio& E&&& ,uando co!ea!osC Agora& >egue sua es%ada e siga+!e& Si!' Lua& Eestra Lua %ara voc0' garotinho& Si!' !estra Lua&

Lua se enca!inhou %ara (ora da %e,uena chou%ana de 6*on& Su$iu e! u! %e+ ,ueno $arco' aco!%anhada de seu esti!ado a*uno' e ordenou< 4e!e' 6*on& Isso o ajudar- a ganhar u!a !uscu*atura !e*hor& Si!' !estra& >ara ondeC >ara o e/terior do caste*o& O e/teriorC Eas eu achava ,ue as au*as de novatos era!' e! !aioria' te;ricas& Escute' a*uno< Eu n o sou u!a !estra dessa institui o& At1 onte! eu ainda era a guardi da %assage!' co!o (ui %or !uitos e !uitos anos& >or isso' n o vou seguir nenhu! !1todo deste *ugar& Irei ensin-+*o o ,ue sei teorica!ente' o te!%o todo' e e! u! *ugar a$erto de %re(er0ncia& Voc0 sa$e co!o 1 %assar dias e dias dentro de u!a caverna escura' ten+ do %or co!%anhia a%enas !orcegos e go$*insirritantesC 9 o i!agino' !estra&

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>ois aguarde %or !inha %e,uena sur%resa& Sur%resaC Si!& E' %or (avor' use !estra no (ina* de cada (rase sua& >ergunta' a(ir+ !a o' sur%resa&&& 6uero ,ue *e!$re ,ua* 1 o seu *ugar a,ui& Ser- assi! nos e/1rcitos ta!$1!& Si!' !estra&

A (e*icidade ,ue estava sentindo no co!eo agora estava u! tanto ,uanto ,uestion-ve*& A%esar da doura de sua (ace' e*a era r3gida& Seu sorriso doce e agrad-ve* escondia u!a s-dica& Ao chegar do *ado de (ora' nos vastos ca!%os ,ue circundava! o *ago' estava nu$*ado& 9uvens de te!%estade (or!ava!+se no c1u& Eestra' acho ,ue seria !ais %rudente treinar do *ado de dentro hoje& E %or,u0C Est- %restes a chover' !estra& >or acaso a -gua da chuva ir- trans(or!ar+te e! *a!aC G 4es%onda& Se!%re ,ue eu %erguntar ,ua*,uer coisa' %or !ais idiota ,ue seja a %ergunta' res%onda& 9 o' !as ta!$1! estou %reocu%ado co! as doenas' !estra& 9 o se %reocu%e co! isso& 8uvido !uito ,ue ser- ca%a) de %egar a*gu+ !a doena&&&

6*on n o entendeu' !as %er!aneceu e! si*0ncio& O (orte vento de te!%estade (a)ia (o*has secas esvoaare! %e*o c1u& A*guns raios %odia! ser avistados cru+ )ando as nuvens& E! a*gu! canto ,ua*,uer' o so* se escondia& 6*on' co!o acha ,ue co!eare!os a treinar& 9 o tenho ideia' !estra& .! certo ditado !uito antigo entre os anjos 1< @Conhece a ti !es!o an+ tes de conhecer aos teus ini!igos&A Ent o&&& Vou ter ,ue conhecer a !i!' !estraC #udo $e!' va!os cortar isso de @!estraA& Estou cansando disso a todo !o!ento& S; 1 $onitinho co!o i!aginei 2s ve)es& >ode variar u! %ouco usando senhora ta!$1!& A%esar de eu ainda ser u!a senhorita&&& G

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En(i!& Si!' e/ata!ente isso& Ent o' resu!ida!ente' o ,ue sa$e so$re os anjosC >ouco& A%enas ,ue a,ui est o %resentes os Sera(ins' Anjos e Arcanjos& 9 o sei nada so$re o reino su%erior e ,ue! est- *-& >ois $e!' sente+se& 9a gra!a !es!o&

6*on o$edeceu' co!o u! a*uno dedicado e entusias!ado no seu %ri!eiro dia de au*a& Atenta!ente' %assou a ouvir tudo ,ue era dito< >ois $e!& >ri!eiro' va!os co!ear a e/%*icar u! conceito $-sico< As es(eras de %oder& 9o siste!a ange*ica* criado %e*os deuses' h- u! tota* de tr0s es(eras&&&

1Bada uma dividida de acordo com sua fun+)o. * terceira esfera & c!amada de @Brculo da Media+)o@. *queles que nela est)o s)o responsveis pelo contato com os mortais, para a"ud-los ou persuadi-los. (ela est)o inclusos: 0n&os, com a fun+)o do contato direto com o mortal, nas mais derivadas fun+0es possveis: *n"o da Nuarda, *n"o da 2etribui+)o, *n"o da Morte... 3)o a classe mais baixa de an"os possuindo apenas um par de asas. 0rcan&os, com o papel de manter o mundo espiritual afastado do mundo mortal. *pesar de eles se considerarem an"os de se unda esfera Opor causa da difcil e importante miss)oP, est)o na esfera de media+)o pelo contato com os mortais. Unicos an"os desta esfera com o privil& io de dois pares de asas. Princ"pios, desi nados para educar e inspirar certos rupos de mortais. Bada um & responsvel por uma ra+a diferente, e foram eles que inspiraram sua cria+)o. Bada um deles possui uma coroa como um smbolo de seu domnio sobre certo rupo. 3)o subordinados das *utoridades.

O se undo crculo & tamb&m c!amado de @Brculo Novernamental@. (ele est)o aqueles que @mant&m o c&u em ordem@, desi nando an"os da primeira esfera para a sua fun+)o e cuidando dos @sete andares do c&u@. 3)o eles: 0utoridades, que s)o os detentores do con!ecimento e da !ist,ria. /i#em que tamb&m s)o os uerreiros mais leais aos deuses. 3)o responsveis pela distribui+)o de poder pela !umanidade e, em momentos de extrema necessidade, uardam todo o poder em suas m)os para proteer os c&us ou uardar seus interesses. :irtudes s)o @assessores@ dos .ronos. Usados pela primeira esfera para manter a ordem nos c&us, s)o responsveis por ca+ar e destruir os *n"os Bados ou qualquer outra amea+a para os @sete planos celestiais@. omina/es, aqueles sem formas fsicas. 3)o criados pessoais dos

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deuses, que supervisionam todos os outros an"os e suas demais fun+0es. 2esponsveis por "ul ar os an"os, eles que acabam por conden-los a uma penitncia ou informar >s 6irtudes os que se tornaram cados. E, por %ltimo, a primeira esfera. B!amada de @Brculo /ivino@, s)o aqueles que auxiliam pessoalmente os /euses e recebem ordens apenas deles. Os que formam essa esfera s)o: ;ronos, con!ecidos como @3bios@. 3)o responsveis pela transmiss)o das ordens divinas >s esferas inferiores. Os mediadores entre os an"os, que s)o o @c&rebro do c&u@. 4ueru)ins, tamb&m c!amados de @*n"os das Muitas Daces@. 3)o os uardi0es de todos os itens divinos considerados importantes, dentre eles o 4araso e a V drasil, a famosa Trvore da 6ida. .amb&m uardam a entrada para o s&timo c&u, o %ltimo nvel celestial, onde os deu ses !abitam. 6erafins, os %nicos an"os a verem todos os /euses. 3)o a sua uarda pessoal, de poder absoluto e ilimitado. *ntes de irem para o reino mortal, perderam parte de seus poderes, que est)o uardados com as *utoridades enquanto & esperado seu retorno ao reino celestial.

- assim que est feita a @Ordem Belestial@. Bada deus possui um certo n%mero de cada um dos tipos de an"os. Mas, mesmo assim, cada an"o coopera com ou tro, sendo ele de outro /eus ou n)o.? Ent o' acho ,ue 1 hora de se conhecer !ais a (undo& Se %re%are' va!os (a)er u!a viage!& >ara onde' senhoraC >ara o =nico *ugar onde voc0 %ode desco$rir suas origens' suas ra3)es& Se %re%are' %ois va!os %ara o reino dos c1us& E %ode!os entrar *-C 9 o se! u!a autori)a o& E te!os u!aC 7reut) ir- arru!ar& Assi! ,ue sou$er ,ue 1 %ara !otivos did-ticos& 8e ,ua*,uer jeito&&& 9ossa au*a %or hoje est- encerrada& B-C + >erguntou 6*on' se! o$ter res%osta' A!anh ire!os ao reino i!orta*' e es%ero ,ue esteja %re%arado %ara o ,ue vai ver *-& S; es%ero ,ue a!anh (aa so*&&& Caso contr-rio' entrar no reino dos c1us ser- co!%*eta!ente i!%oss3ve*&&&

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Cap. 11 Primeiro $ndar Celestial/ 0 nae

unca %assaria %e*a ca$ea do %e,ueno 6*on ,ue' *ogo no segundo dia de au*a' teria u!a @e/curs oA& Lua ,ueria ensin-+*o de u!a (or!a ,ue (icasse gravada e! sua !ente co! e/%eri0ncias' n o a%enas co! teo+ rias& Ao !enos %arecia ser isso& .!a jornada aos c1us&&& 9a,ue*a noite de!orou a dor!ir' i!aginando as !aravi*has ,ue encontraria %or *-& 6*on' acorde& O dia ainda n o raiara' era !adrugada& .!a n1voa enco$ria todo a caverna de 6*on' assi! co!o os arredores da i*ha& .!a at!os(era %esada e ge*ada& EestraC O ,ue deseja a essa horaC Eu n o consegui contatar 7reut)' ent o&&& Va!os ter ,ue viajar de outro !odo& E de ,ue !odo seria esseC Invadindo&

O %e,ueno anjo ruivo (icara %as!o& 9ada sa$ia do *ado i!ora* da,ue*a ,ue o *ecionava& E aci!a de tudo' do %ouco ,ue sa$ia so$re o 4eino Ce*estia*' seria i!%oss3ve* invadir& 1Os port0es de ouro dos sete c&us eram a entrada mais se ura existente, de acordo com todo o con!ecimento existente no universo. Era uardada por dois querubins, empun!ando cada um uma enorme espada de fo o, que mandavam as almas "ul adas inapropriadas diretamente para o inferno. Um .rono era o responsvel por ol!ar o passado de cada um nos ol!os, assim que eles se prostras sem diante da colossal passa em dourada, e dar seu veredicto. B&u ou inferno.? E co!o %retende ,ue (aa!os isso' SenhoraC Co!o se invade u! *oca*' 6*onC + >erguntou co! ironia na vo)& 9 o sei&&& 4-%ido e se! ser notadoC E/ato&

1/!

Creio ,ue n o seja %oss3ve*' !estra& E %or ,ue n oC B- ouviu (a*ar dos dois ,ueru$ins guardi:es da entrada dos c1us' n o 1 !es!oC 8i)e! ,ue s o t o (ortes ,uanto ,ua*,uer sera(i!& Se! contar ,ue 1 u!a %assage! =nica& 9 o h- outro ca!inho& 6*on' a%esar de ter cinco anos' voc0 sa$e !uitas coisas& Eenos u!a< a %assage! de ouro dos c1us d- acesso direto ao segundo andar& Lunae' o %ri!eiro andar' est- inc*u3do e! u! andar entre o !orta* e o es%iritua*& 9 o 1 (-ci* chegar at1 *-' !as 1 u!a !aneira de conseguir!os& Co!o assi! n o 1 (-ci*C Lunae VLuaW n o 1 a%enas u! no!e %ara u! andar& D ta!$1! a entrada %ara o andar&&& Ent o ,uer di)er ,ue esta!os indo&&& At1 a LuaC E/ata!ente& Eestra' se! ,uerer %reocu%-+*a&&& Eas co!o a senhora !es!o disse' eu ainda tenho cinco anos& Einhas %er3cias e! voos n o s o !uito&&& 8e+ senvo*vidas& A*1! do !ais' e o %ro$*e!a da gravidadeC E o do v-cuoC O v-cuo destr;i os cor%os vivos& E a*gu1! disse ,ue ir3a!os voandoC Crianas&&& S; se arru!e ,ue va+ !os %ara o *ado de (ora& Eostrarei co!o chegar *-& E n o se %reocu%e tanto co! o v-cuo na *ua& Os anjos criara! u!a at!os(era !3ni!a %ara so$revivere! %or *-& Agora va!os" O dia ser- *ongo&

6*on co*ocou a*gu!as (rutas e! sua $o*sa' a es%ada e! sua cintura e' assi! co!o no dia anterior' %artiu de $a*sa co! sua !estra at1 o e/terior do caste*o& Logo na sa3da da caverna' dava %ara ver o c1u ainda !a*+i*u!inado %e*a *u) do *uar& >oucas nuvens %reenchia! o in(inito negro noturno' dei/ando in=!eras es+ tre*as 2 vista %e*a densa ne$*ina& A gra!a da %*an3cie' junta!ente co! seus ar+ $ustos e %oucas -rvores' distri$u3das dis(or!e!ente %e*o es%ao' estava! co+ $ertas %e*o sereno& 6uando os dois dese!$arcara! nas %*an3cies' 6*on n o conteve sua curiosidade e %erguntou< Xti!o' !as e agoraC Co!o a*canare!os a LuaC B- ouviu (a*ar do (eitio do te*e%orteC Si!' j-' !as ouvi di)er ,ue era i!%oss3ve* at1 os andares ce*estiais& D %or,ue o te*e%orte n o (unciona entre dois %*anos& A%enas %ara o !es+ !o %*ano' e a%enas %ara u! *ugar ,ue %ossa visua*i)ar& E co!o Lunae est- agora no %*ano !orta* e %ode!os v0+*o&&&

1/"

Acho ,ue entendo&&& + 8isse 6*on' hesitante& A verdadeira entrada est- no segundo andar& Lunae 1 a%enas u!a $ase de anjos de !ais $ai/o esca* o %ara vigiar o %*aneta e ta!$1! u!a %as+ sage! %ara a*!as entrare! no reino ce*estia* e vivere! no Dden' %e*o !enos as !ais co!%ortadas de*as& B- (oi !uito !ais do ,ue isso' !as' e! 1%ocas de guerra&&& Ent o' o te*e%orte %ara *- 1 %er!itidoC 9 o %er!itido& >oss3ve*& Agora' considere isso u!a *i o< sa$e co!o (un+ ciona o %rinc3%io do te*e%orteC 9 o& Ent o a%renda $e!< tudo na nature)a 1 co!%osto de !o*1cu*as& Isso jdeve sa$er' 1 educa o $-sica& O te*e%orte consiste e! redu)ir u! cor%o 2 todas as suas !o*1cu*as originais e trans%ort-+*as at1 onde a vis o a*+ canar& Eas eu n o sei co!o usar ta* t1cnica& A*i-s' sei $asica!ente nada a*1! do conheci!ento $-sico& E u! %ouco de artes co! a es%ada&&& 9 o se %reocu%e& Seu a%rendi)ado a%arenta ser $e!&&& + Lua esco*heu $e! a %a*avra ,ue sairia de sua $oca& + G 4-%ido& A*i-s' !estra&&& Seu no!e *eva o !es!o no!e desse andar& #e! a*gu! !otivo es%ecia*C Si!' !as&&& 8ei/arei %ara contar ,uando *- estiver!os& >or en,uanto' te+ nho u!a t1cnica !ais i!%ortante %ara ensin-+*o& E voc0 te! %ouco te!+ %o %ara a%render&&& >or ,u0C O so* j- ir- raiar& Se ,uiser!os ir ainda hoje' deve!os ir *ogo&

7i*etes dourados de *u) so*ar invadia! o hori)onte' e aos %oucos o c1u reto!a+ va 2 sua cor a)u* c*aro& Lua se a(astou a*guns !etros de*e' de u! !odo ,ue e*e ainda %udesse v0+*a& >ri!eiro' u! r-%ido teste' 6*on& Voc0 vai se te*e%ortar at1 a,ui& E co!o eu devo (a)er issoC >ri!eiro' visua*i)e seu a*vo& 9o caso' ,ua*,uer *ugar ao redor de !i!& 9 o o*he direta!ente %ara !i!' sen o vai aca$ar se (undindo co! o !eu cor%o e' %rovave*!ente' n;s dois !orrere!os&

6*on o*hou %ara u!a %edra ,ue ja)ia ao seu *ado' ,ue chegava !ais ou !enos

1/#

2 cintura de Lua& E agora' !estraC Agora i!agine seu cor%o sendo destru3do e! %e,uenos %edaos' e cada ve) !ais redu)ido 2 %oeira& Concentre sua energia e! u!a res%ira o *onga' e ,uando e/%irar' retire todo o ar de seu %u*! o de a%enas u!a s; ve)' e ent o i!agine seu cor%o ocu%ando o es%ao ,ue visua*i)ou& Eas' co!o eu disse' n o e/ata!ente o !es!o *ugar& 8iga!os ,ue tenha o*hado %ara a %edra ao !eu *ado& I!agine+se do *ado de*a' ou aci!a de*a' !as nunca na !es!a %osi o ou dentro de*a&

6*on (e) co!o sua !estra o instru3ra& Ins%irou %ro(unda!ente en,uanto o*hava %ara a %edra %erto de*a& 6uando e/%irou o ar de s=$ito' sentiu seu cor%o (*utuar de *eve)a' aguou a vis o at1 o %onto ,ue ,ueria chegar e' no instante de u! %iscar de o*hos' estava e! ci!a da %edra' o*hando %ara sua !estra& Assustado co! sua %ri!eira e/%eri0nciaC .! %ouco' !estra& Estou !ais assustado %or ter conseguido& + 8isse 6*on' sentindo+se %oderoso& 8everia !es!o& Esse 1 u! (eitio ,ue' a%esar da si!%*icidade de eta+ %as' 1 avanada' e %oucos s o os anjos ,ue %ode! do!in-+*a& Agora' o nosso destino&

6*on deu u! sorriso de satis(a o& O c1u estava ,uase reto!ando sua cor !atina*& A *ua j- (icava ,uase invis3ve* ao o*har %ara o c1u& >ri!eiro voc0' 6*on& Eu irei *ogo atr-s& E' antes de ir' u!a dica& A distHn+ cia ,ue aca$ou de %ercorrer (oi e/tre!a!ente curta' %or isso ,uase n o deu %ara %erce$er o te*e%orte& Agora a jornada ser- !uito !ais *onga' %or isso' n o %erca a concentra o e! hi%;tese nenhu!a& Entendido' !estra&

6*on o*hou %ara a *ua& #inha sido u!a noite de *ua cheia& E*a estava co!%*eta+ !ente redonda no c1u' ,ui*I!etros aci!a de sua ca$ea& >arecia t o %r;/i!a' !as ao !es!o te!%o t o distante&&& 4es%irou (undo' o*hou %ara seu o$jetivo e %artiu& Lua (oi *ogo atr-s de*e' co%iando sua t1cnica& G En,uanto se te*e%ortava' 6*on entendeu %or ,ue sua !estra o %ediu %ara n o %erder a concentra o& Envo*to e! u! (i*ete de *u)' voava nu!a ve*ocidade su+ %ersInica' atravessando a at!os(era& Sentia u! ine/%*ic-ve* ca*or to!ar conta de seu cor%o' ,uase co!o se estivesse e/%*odindo& 9 o %recisava res%irar' n o

1/.

%recisava %iscar& E*e havia trans(or!ado+se na *u) ,ue agora ascendia aos c1us& A *ua& ]nico sat1*ite do %*aneta& 8e *onge' u!a i!ensa $o*a %rateada e cheia de %e,uenos ori(3cios& 8e %erto' u! deserto de areias $rancas' cheia de crateras e enor!es !ontanhas& 7ina*!ente aterrissara& Sentia seu cor%o !ais *eve' ,uase ,ue (*utuando& Antes ,ue %udesse sair %u*ando %e*a -rea %ara (a)er u!a checa+ ge!' u!a ! o g1*ida %ousou so$re seu o!$ro& Eestra" Cuidado& A gravidade da,ui 1 !enor ,ue a de nosso %*aneta' ande co! caute*a& E ,uanto ao ar&&& O o/ig0nio da,ui est- dentro das rochas& >ara e/tra3+*o' 1 necess-rio u! %ouco de ca*or& Eas n o se %reocu%e& Os anjos ,ue a,ui reside! j- (a+ )e! isso& E %ara onde va!osC + 8isse 6*on o*hando %ara o in(inito deserto %ratea+ do ,ue estava ao seu redor& >ara o *ado ocu*to da *ua& Co!o assi! @o *ado ocu*to da *uaAC A *ua te! u!a (ace ,ue a%arece %ara n;s constante!ente e! nosso %*a+ neta& E! todos os %ontos do %*aneta' a%enas este *ado 1 co!%*eta!ente vis3ve*' e nos dias de *ua cheia sua @(ace %rinci%a*A %ode ser vista cons+ tante!ente& Contudo' h- u! *ado @atr-sA da *ua ,ue n o %ode!os ver di+ reta!ente& Este 1 cha!ado de *ado ocu*to da *ua& E %oucos sa$e! o ,ue h- rea*!ente *-&&& Acho ,ue entendi&&& Eas o ,ue h- *-' !estraC Voc0 ver- ,uando chegar!os&

Lua atirou ao so*o u!a %e,uena $o*a de (ogo&

Lua (oi se te*e%ortando aos %oucos' de es%ao e! es%ao' seguida %or seu jo+ ve! %u%i*o& Viajaria! at1 u! *ugar de onde' o*hando %ara o vasto c1u' n o (osse !ais %oss3ve* visua*i)ar seu %*aneta de orige!& G Aos %oucos' *u)es surgia! de u! *ugar co!%*eta!ente o$scuro& Lu)es (racas' !uito (racas& >e,uenos %ontos aver!e*hados na vastid o do in(inito negro do universo& Be!+vindo' 6*on' 2 co*Inia *unar de >ri!itus& Co*IniaC D assi! ,ue cha!a! cidades %e,uenas ,ue n o %ertence! ao reino

11/

%rinci%a*& 9a rea*idade' co! a guerra acontecendo no %*aneta' esta cida+ de est- %ratica!ente deserta& Se n o (osse %e*os Anjos cujo e/3*io entre os !ortais era %ena insu(iciente %ara seus %ecados&&& Esta co*Inia ne! estaria !ais a,ui %ara contar a hist;ria& >ort:es de ao !antinha!+se a$ertos' inde(inida!ente' 2 sua (rente& >arecia ,ue estava! assi! h- !uito te!%o& 9o to%o do %ort o u!a %*aca suja co! a %oeira *unar indicava o no!e da cidade& As constru:es estava! *-' intactas' co!o se nada houvesse acontecido a e*as& Eas %or dentro' %oucas era! as *u+ )es ,ue se via!& Anjos curiosos co*ocava! suas ca$eas %ara (ora %ara tentar esc*arecer o ,ue se %assava& Ao ver os visitantes' (echava! as jane*as e conti+ nuava! co! ,uais,uer (osse! suas tare(as& >or ,ue os cidad os da,ui s o t o&&& #3!idosC 4aivososC Be!&&& 9;s te!os seis asas& So!os a !aior c*asse ange*ica*' so!os os %rivi*egiados divinos& Cu!%ri!os todas as regras co! (aci*idade' a*go ,ue as c*asses !ais $ai/as e %o$res %arece! ter di+ (icu*dade e! rea*i)ar& Eas isso 1 u! senti!ento horr3ve*" + Sur%reendeu+se 6*on& + E*es est o errados %or %ecar' c*aro' !as&&& Se e*es n o se arre%endere!' a%enas ir o a%odrecer a,ui& Concordo& + 8isse Lua' sur%resa co! a sagacidade de seu a*uno& + Eas ,ue! so!os n;s %ara ju*g-+*osC A *i$erdade 1 u!a rega*ia ,ue a%enas ,ue! te! res%onsa$i*idade %ode usu(ruir&

6*on %er!aneceu e! si*0ncio' aco!%anhando sua !estra e! u! andar si*en+ cioso %e*a cidade' en,uanto conte!%*ava as ruas co! %edras orna!entais' ,ue %arecia! ter sido escu*%idas' de t o $e*as& A%;s u! certo te!%o de descon(orto entre os dois' 6*on %erguntou< Eestra' se *e!$ra ,ue ia contar+!e o !otivo do seu no!e ser LuaC Lua virou %ara e*e co! u! o*har !e*anc;*ico& Sentara!+se no !eio+(io da ca*+ ada de u!a das ,ue seria! as !aiores avenidas do *ugar& 6*on&&& Eu n o tenho !uitas *e!$ranas de !inha in(Hncia& 8esde ,ue !e entendo %or gente' (ui criada %or 7reut)' ,ue !e aco*heu co!o a u!a (i*ha& 6uando eu j- tinha idade o su(iciente %ara sa$er' e*e !e contou ,ue' h- !uito te!%o atr-s' !e encontrou a$andonada %or a,ui' %era!+ $u*ando %or essas ruas& .!a sera(i! %era!$u*ando so)inha %e*as ruas de u!a cidade desertaC >arece estranho& A(ina*' 1& 9unca sou$e ,ue! era! !eus verdadeiros %ais' e esta cidade 1 a =nica %ista ,ue %ossuo so$re !eu %assado& A*i-s' j- ,ue ,ueria sa+

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$er' !eu so$reno!e 1 ?orgos' !as n o !e cha!e %or e*e& Ent o&&& Su%onho ,ue esta n o seja a%enas u!a viaje! did-tica' ou es+ tou enganadoC Si!' 6*on& O ,ue va!os (a)er a,ui vai !uito a*1! de u! a%rendi)ado& Chega a ser u!a !iss o& E ,ue ti%o de !iss o seriaC Voc0 1 u! anjo !uito es%erto %ara sua idade' %erce$eu !uito r-%ido& Be!&&& 9 o va!os %es,uisar a%enas so$re seu %assado' !as ta!$1! so$re o !eu& E isso 1 a*go i*ega*C 9 o deveria' !as os ar,uivos so$re cada anjo s o guardados co! as 8o!ina:es& O ,ue va!os (a)er 1&&& 8iga!os&&& 8ar u!a o*hadinha nos ar,uivos restritos ,ue nos (a)e! !en o& Os !eus e os seus' caso te+ nha a*gu!& G O ,ue (oi' 6*onC + Lua %areceu con(usa& + 9 o ,uer sa$er o ,ue j- di)e! so$re sua curta e/ist0ncia entre os i!ortaisC 9 o %osso di)er ,ue n o estou curioso' seria u!a !entira& A%esar de ser a*go i*ega*&&& voc0 1 !inha !estra' %or isso devo rece$er ordens' certoC

Lua sorriu& .! sorriso %uro e co!%*eta!ente sincero' dei/ando 2 !ostra seus dentes es$ran,uiados& Si!& + 4es%ondeu& Ent o' su%ondo ,ue isso tenha sido u!a orde!' n o tenho co!o recu+ sar& Ent o&&& O ,ue esta!os es%erandoC

Lua *evantou+se' e e! seguida seu jove! a*uno& >or a*guns segundos' anda+ ra! se! !encionar u!a %a*avra& G >or horas andara! ,uase ,ue se! destino' o*hando %ara todos os cantos' %ro + curando %or a*go& Lua&&& Voc0 conhece esse *ugarC .! %ouco' si!& Co!o assi! @u! %oucoAC 6uer di)er ,ue esta!os e! u!a !iss o %or 6*on&&& Voc0 te! u!a %ersona*idade (orte&

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u! territ;rio ,ue n o (a)e!os ideia de co!o sejaC Si!& E voc0 acha ,ue a !aioria das in(i*tra:es s o co!oC Acidentais ,ue n o s o& + Citou co! convic o& + E' gera*!ente' h- u! !a%a' n oC Euitas hist;rias antigas escritas %e*os hu!anos !ostra! ca+ sos si!i*ares& Esta!os !ontando u! agora co! nossas ca$eas& A*1! do !ais' %reci+ sa!os de u! %onto de %artida %ara iniciar a investiga o& E no ,ue isso inc*ui andar se! ru!oC Estou %rocurando o e/ato *oca* onde 7reut) disse ,ue !e encontrou& E onde seria issoC >erto de u!a (onte' e*e disse& 9o centro de ta* (onte estava u! anjo ajoe+ *hado' o*hando co! a ca$ea %ara os c1us& E voc0 sa$e onde e*a est-C #a!$1! n o' !as su%onho ,ue esteja no centro da cidade& E ao !enos isso sa$e onde est-C 6*on' de%ois de testar crianas ano %or ano' u!a coisa ,ue n o su%orto !ais 1 sua incI!oda insist0ncia& >oderia' %or (avor' (icar ,uieto e !e ajudar a encontrarC Si!' senhora& + 8isse' !eio se! graa&

6*on se se%arou u! %ouco de sua !estra e (oi o*har e! ruas adjacentes& 14ercorri ruas, ruelas, becos... E nada encontrei. Estava perdido, andando para todos os cantos. *t& pensei em voar, mas min!a mestra me aconsel!ou a n)o fa#er isso por causa da ravidade redu#ida. Mas, apesar de estar quase entrando em desespero, fui capa# de ac!ar uma casa com a lu# de uma vela em seu interior. Hati na porta e a uardei pacientemente ser atendido.? 6ue! $ateC + >erguntou u!a vo) (e!inina& Eeu no!e 1 6*on 5arrior Eros' e gostaria de a*gu!as in(or!a:es& 5arrior ErosC E o ,ue ,uer' !eu senhorC ?ostaria de sa$er onde (ica a (onte co! u!a est-tua de u! anjo ajoe*ha+ do' o*hando %ara os c1us& 7ica no centro da cidade' !eu senhor& E co!o (ao %ara *- chegarC

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Siga %or ,ua*,uer avenida %rinci%a* at1 o seu (i!' !eu senhor& Bo!' !uito o$rigado' senhora& + Agradeceu a res%osta ;$via&

6*on %rosseguiu %e*as rue*as %or a*gu! te!%o' at1 ,ue u!a ! o %ousou e! seu o!$ro& 6*on' o ,ue est- (a)endo andando %or aiC Achei ,ue seria !e*hor nos se%arar!os %ara %rocurar& Be!' n o 1 u!a ideia estranha& E desco$riu a*goC Si!' est- no centro da cidade' e %ara chegar *- %recisa!os %egar ,ua*+ ,uer rua %rinci%a*& E co!o sa$eC >edi in(or!a o a u! dos !oradores& >ode n o ser u!a in(or!a o segura&&& E %or ,ue n oC Be!&&& Co!o eu disse' os !oradores da,ui te! u!a certa raiva de n;s& 4aiva e inveja& Acredita !es!o ,ue e*es %ode! estar (a*ando a verdade conoscoC >oderia! estar !entindo e nos *evando %ara u!a ar!adi*ha& E n o 1 !uita %re%ot0ncia nossa acreditar ,ue e*es se!%re nos inveja! e sente! raiva de ,ue! so!osC >oderia! estar sendo sinceros& A%esar de tudo' ainda s o anjos' n o 1 !es!oC E co!o voc0 !es!a disse' ,ue! so!os n;s %ara ju*gar suas atitudesC

.! enor!e si*0ncio se a$ateu so$re e*es en,uanto ca!inhava! %e*a avenida %rinci%a* direto %ara o ,ue su%osta!ente seria a (onte& Eestra' dei/ei+a descon(ort-ve*C .! %ouco& 6*on&&& Voc0 sa$e o ,ue 1 @%re%ot0nciaAC 9 o e/ata!ente' !as j- ouvi !uitos adu*tos (a*are! isso e! situa:es %arecidas& S; usei ,uando achei ,ue (osse conveniente& Seu cora o 1 !uito %uro& + 8isse Lua' acariciando os sedosos e *ongos (ios de seu %u%i*o& + D $o! sa$er ,ue' a%esar de te!%os di(3ceis co!o esse' ainda h- a*gu1! ,ue %ossa con(iar no %r;/i!o& Sinto+!e (e*i) %or estar&&&

E*a n o conseguiu ter!inar a (rase& Tavia! avistado a (onte& .! estranho o*har to!ou a e/%ress o de Lua' ,ue (itava o in(inito& 6*on o*hou %ara e*a se! entender a situa o' !as *ogo desco$riria o !otivo %ara ta* co!%orta!ento&&&

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Cap. 12 Uma Caridosa )stran1a

so* n o se %rojetava na %arte de tr-s da *ua' ao !enos n o na (ase de *ua cheia *- no seu %*aneta nata*& #udo %arecia envo*to e! trevas eter+ nas' a%esar das %oucas *u)es ,ue i*u!inava! as vias da co*Inia de >ri!itus& >or causa das escassas (ontes de i*u!ina o' ta*ve) o cen-rio da (onte (icasse ainda !ais&&& Ate!ori)ante& Ossadas se es%a*hava! %e*o c3rcu*o centra* da %raa' e n o a%arentava! ser de ani!ais& Ar!as' res,u3cios de u!a intensa $ata*ha' %er!anecia! a*i' jogados %e*o ch o de %edra' ainda !anchados de san+ gue& >enas %er!anecia! i!;veis no %iso' ru$ras %e*o *3,uido ver!e*ho e seco ,ue i!%regnava o *oca*& Ao !enos a (onte era u! es%et-cu*o 2 %arte& A est-tua' (eita de ouro' jorrava -gua %ura e crista*ina de seus o*hos e sua $oca' ,ue estava %arcia*!ente a$erta& Lua %er!anecia i!;ve*' a(astando 6*on co! u! de seus $raos& Este *ugar n o 1 co!u!&&& 7i,ue %ara tr-s& + Ad!oestou& Eestra&&& Si*0ncio" 9 o est- ouvindoC + A vo) de Lua ganhava u! ar insano& OuvindoC 9 o' nada& O ,ue voc0 est- ouvindoC .! *ouvor&&&

Lua andava e! vo*ta da (onte& Seu vestido $a*anava co! seus %assos sua+ ves& E*a andava %ara os *ados e cantaro*ava' ,uase ,ue de (or!a inaud3ve*' sus + surrando& Bai*ava co! a ca$ea erguida e os o*hos distantes' %erdidos no in(inito es%ao&&& Eestra' voc0 est- $e!C Lua nada res%ondia& Continuava co! sua can o 3nti!a& Aos %oucos sua a%a+ r0ncia (oi !udando& O rosto (e*i) e cantante co!eou a ser to!ado %or u! terror& E*a gritava' ajoe*hada e o*hando %ara o ch o' derra!ando *-gri!as& Ba*anava a ca$ea negativa!ente e gritava @>are" >are" >are"A& 6*on o*hava %ara e*a se! sa$er o ,ue (a)er& 8e re%ente' u! vento (orte se a$ateu so$re o *oca*& As %enas esvoaara! %e*a %raa' e *u)es distantes en(ra,uecera!& A est-tua %assou a chorar sangue& Lua des!aiou&

115

O hori)onte negro aos %oucos (or!ava u! v;rte/& 6*on sentia u!a a%ro/i!a+ o %erigosa& >u/ou Lua %ara u! dos $ecos e' de *-' %er!aneceu i!;ve* o*han+ do o ,ue acontecia& Aos %oucos' anjos %uros co!o a *u) $rotava! do interior do v;rte/& .!a ess0ncia %ura' 6*on %odia sentir e!anar& >reenchia seu cor%o e o dava a*3vio& Era! e/atos sete< As Sete Virtudes 8ivinas& 1*pesar da aura de bondade que eles emanavam de seus corpos puros, eram temidas e respeitadas. ()o eram apenas sete virtudes que !avia nos c&us, mas elas eram as mais importantes, pelo que di#ia-se. Muitas lendas cercavam o surimento das sete, mas o que era mais aceito & que todas foram criadas ao mes mo tempo, com uma ori em contestvel. Eram, basicamente, as sete re ras da ordem celestial. Existiam mais virtudes que foram criadas a partir delas, mas elas eram, teoricamente, as pro enitoras de todas as outras. .odas usavam a mesma roupa. Um enorme manto branco, que os cobria da cabe+a aos p&s. Uma mscara prote ia seu rosto, inexpressiva. O seu diferencial eram n%meros escritos nas testas das mscaras, n%meros de ; a 6;;. /uas asas brancas, e duas ve#es maiores que o comum, brotavam de suas cos tas. Bada uma carre ava em sua cintura uma espada. Mas at& mesmo sua vo# era i ual...? 8i*ig0ncia' e*a n o deve !ais estar a,ui& + 8isse o n=!ero V& 9 o !e interro!%a' >aci0ncia" Eu sinto o seu cheiro& A,ue*e cheiro =ni+ co' cheio do %ecado origina*" + 4es%ondeu IV& Va!os' os dois& + Interro!%eu VI 9 o %recisa! discutir a,ui& 9 o hnada e! nossa vista& A*1! do !ais' ,uais s o as chances da so$revi+ vente ter retornado a%;s tantos anosC 6uieto' Bondade" + Vo*tou a to!ar a vo) 8i*ig0ncia& + 9 o sente o cheiro do %ecadoC >recisa!os %rocurar %or e*a" >recisa!os e/ter!in-+*a' custe o ,ue custar" 9 o %egue t o %esado co! a Bondade' 8i*ig0ncia& + Cha!ou a aten o II& + Sa$e !uito $e! co!o e*e costu!a agir& A*1! do !ais' + A vo) ,ue vinha do n=!ero I se %ronunciou& + n o hnada a,ui& E*a deve ter escondido+se entre todos os outros& Ser- i!%os+ s3ve* distinguir o cheiro do %ecado dentre tantos !ais& #a*ve) tenha ra) o' Va*or& E ,uanto a voc0' ?enerosidade' !antenha o o*ho e! seu ir! o& E*e 1 seu ta!$1!& + Vo*tou a se %ronunciar II& + Tu!i*dade' est- e! si+ *0ncio& Ocorre a*goC 9 o' nada& D ,ue ver esta cena !e d- triste)a& + 7oi a ve) de VII& + Ee

11!

*e!$ra da,ue*e dia&&& Va!os vo*tar& A %artir da,ui' n o 1 !ais nosso do!3nio& Sa$e !uito $e! ,ue a%enas guarda!os esta entrada& + 8isse III' rece$endo a%rova o dos outros& Se!%re co! u!a ;ti!a o%ini o' Li$era*idade& + 8isse Va*or& + Va!os es+ %erar ,ue venha at1 n;s& Estare!os aguardando&

E todos vo*tara! %e*o !es!o v;rte/ de ,ue tinha! sa3do& 6*on o*hou tudo de u! %onto escuro entre os $ecos' co! Lua e! seus $raos& 6uando tudo desa%a + receu no in(inito escuro do universo e as *u)es vo*tara! ao nor!a*' Lua acordou' ainda !eio desorientada' e %erguntou a 6*on< Voc0 est- $e!C 8everia %reocu%ar u! %ouco consigo !es!a' !estra& O ,ue aconteceuC Longa hist;ria& >or en,uanto' va!os %rocurar a$rigo&&& >ode *evantar+seC

Lua ca!$a*eou& Suas %ernas tre!ia! co!o varas verdes e/%ostas a u! ven+ dava*& Caiu so$re seu %r;%rio %eso' !es!o ,ue ,uase ine/istente no sat1*ite& #e!o n o conseguir& Co!o va!os !over+nos' ent oC >or a,ui&&&

.!a vo) desconhecida' suave co!o u!a %1ta*a de rosa' ressoava %or tr-s de u!a %orta a$erta e! u!a %e,uena (resta& E %ode!os con(iar e! voc0C + >erguntou 6*on' sussurrando& E te! a*gu!a outra esco*ha' %or acasoC Venha' ande *ogo& Estas ruas n o s o t o seguras ,uanto acha! ,ue deve ser' andando %or a3 e (a+ )endo $aru*ho co! suas conversas&

6*on !editou %or %oucos segundos& 9 o vendo outra o% o' tentou arrastar Lua at1 a %orta o !ais r-%ido ,ue %Ide& A%esar de con(iar natura*!ente nos ou+ tros' a,ue*a era u!a situa o de*icada& >or (i!' dentro da casa' a vo) se reve*ou& Era de u!a !u*her %e,uena' ,uase do !es!o ta!anho de 6*on' !as %e*o desenvo*vi!ento do cor%o' !ostrado %e*o contorno de seu vestido %ura!ente $ranco' de !anga *onga e ,ue descia at1 os joe*hos' e u! decote ,ue (a)ia seus seios ,uase sa*tare! aos o*hos %or causa do cor%ete de couro ,ue usava %or $ai/o do $usto' %erce$ia+se ,ue era !ais adu*ta& #inha *ongos ca$e*os castanhos' cacheados e o*eosos' ,ue descia! at1 suas cane*as& .sava u!a tiara de !adeira %ara a(astar a (ranja& 8uas %e,uenas

11"

asas sa3a! de suas costas' !as era! t o %ouco (or!adas ,ue suas %enas !aio+ res !a* tocava! suas n-degas& E! co!%ensa o' tinha o*hos ,ue %arecia! rou$ar a cor de u!a ga*-/ia intei+ ra& 8a %u%i*a %ara (ora' a cor %arecia e/%*odir e! u! gradiente de a)u* crista*ino %ara chegar e! u! vio*eta %ro(undo na $orda de sua 3ris' t o e/%ressivos e $ri+ *hantes ,uanto %oderia! ser& >1s %e,uenos' justos e! u!a sa%ati*ha de !adei+ ra' igua* suas ! os e seus dedos' %e,uenos e (inos co!o u! graveto& E/tre!a+ !ente $ranca' ta* ,ue sua %e*e ,uase trans%arente !ostrava $oa %arte de suas veias' !es!o e! sua %anturri*ha& Assi! ,ue o*hou %ara 6*on e %ara Lua' sorriu& .! *argo sorriso de dentes $e! (eitos' ,ue se escondia! atr-s de u!a $oca %e+ ,uena e $e! de*ineada& A%;s u!a %ausa' e*a disse< Est o a sa*vo agora& Sua a!iga %oder- descansar a,ui' jove! !estre& EestreC Es%ere&&& #enho !uitas %erguntas& + #entou cha!-+*a de vo*ta' en,uanto e*a estendia u! *eno* u! %ouco a!are*ado de sujeira e! seu so(-' %erto de u!a %e,uena *areira' onde cha!as ,uase !ortas consu+ !ia! ainda a*gu!as %e,uenas rochas acin)entadas' ,ue ju*gava 6*on n o ser carv o& Suas %erguntas %ode! es%erar u! %ouco' jove! !estreC Creio ,ue tra+ tar de sua a!iga seja o !ais %rudente a se (a)er agora&

6*on engo*iu as %a*avras ,ue estava! %restes a sair e concordou' !ovendo a ca$ea vagarosa!ente& A%;s arru!ar a ca!a i!%rovisada' a estranha co*ocou o $rao de Lua atr-s de seus o!$ros& 6*on (e) o !es!o co! o outro' e !es!o sendo !enores ,ue e*a' a arrastare! at1 o so(- e a deitara!& ?ostaria de a*gu!a coisa' !estraC + >erguntou 6*on 2 Lua& So!ente descansar u! %ouco& Vou (echar !eus o*hos %or u! instante' !onte guarda esta noite&&& 9oiteC >e*o ,ue %arece' a,ui 1 se!%re noite&&& EestraC

#arde de!ais& E*a dor!ira t o r-%ido ,ue seus o*hos e $oca ainda estava! en+ trea$ertos& 4es%eitosa!ente' 6*on os (echou co! a %onta de seus dedos& Ent o&&& Co!o devo cha!ar+teC Eeu no!e 1 Zarat& Zarat bca**$er& >ra)er e! conhec0+*o' jove! !estre& D rea*!ente u!a honraria inigua*-ve*& + 8isse' ajoe*hando e $eijando sua ! o es,uerda& Be!' %ara co!ear co! as %erguntas&&& >or ,ue !otivos !e cha!a de jove! !estreC >e*os seus o*hos' %osso %erce$er de ,ue casa (a) %arte& D da (a!3*ia

11#

Eros' !eus antigos senhores& 8everia estar acostu!ado a esse trata+ !ento' ou estou erradaC Errada' %ois !inha ! e' a%esar de ser u!a Eros' nunca !e deu honra+ rias %esadas de!ais %ara ,ue eu %udesse carregar' e acho ,ue !es!o co!o o herdeiro *eg3ti!o do trono' ja!ais gostaria de ser tratado t o cheio de cuidados co! a vo)& ?osto de ser tratado co!o ,ua*,uer anjo co!u!& 9 o !e sinto t o di(erente assi!' a%esar de sa$er o (ardo ,ue carrego sendo herdeiro desta casa& #e! sangue de u! no$re' !as age co!o u! cava*heiro& E ainda assi!' 1 t o jove!&&& Ser- u! grande rei u! dia& Se !e %erdoar a rude %ergun+ ta' ,ua* 1 seu no!e co!%*eto' !eu senhorC 6*on 5arrior Eros& E n o %recisa %edir %erd o %or a*go t o se! i!%or+ tHncia ,uanto isso& Co!o disse' gosto de ser tratado nor!a*!ente' en+ t o&&& Se %uder %arar de cha!ar de @!estreA u!a criana de a%enas cin+ co anos' (icarei grato& E %or (avor' (i,ue *ogo de %1" Se assi! deseja&&& + 8isse Zarat' *evantando+se& + Co!o deveria cha+ !-+*o' ent oC A%enas de 6*on& 9 o %reciso de nada !ais ,ue u! no!e&

Zarat sorriu nova!ente& 6*on se sentia con(ort-ve* co! seu sorriso& .! sorriso t o %uro e t o (or!oso' onde at1 as !a s do rosto sa*tava! e sa*ientava! sua (ace de $ochechas rosadas& #ens !ais a*gu!a %ergunta' jo&&& 8igo' 6*onC Si!' !as a%enas u!a curiosidade< 8isse ,ue costu!ava servir a (a!3*ia Eros' ent o&&& Co!o veio %arar a,uiC S1cu*os atr-s' u! dos de nossa (a!3*ia tentou rou$ar as joias da rainha& Os so*dados desco$rira! ,uando adentrara! o ,uarto da !ajestade %ara (a)er u!a veri(ica o de rotina& >ara se de(ender' nosso %arente !atou u! dos so*dados' !as aca$ou %or ser %reso %or outros guardas reais& 7ora *evado a corte' ju*gado e sentenciado 2 !orte& Co!o %uni o adiciona*' o resto da (a!3*ia (ora !andada %ara o e/3*io& Ou seja' a,ui& Isso 1 injusto de!ais&&& .!a %essoa n o deveria arcar %e*os erros de ou+ tra&&& Eas sa$e %or ,ue e*e rou$ouC #udo ,ue sei s o as hist;rias ,ue !eus %ais !e contara! antes de (a*e+ cer& O cri!inoso a%arente!ente era !eu tio' e ,ueria %resentear sua a!ada co! as joias& 7oi !uita i!%rud0ncia' !as ho!ens' ,uando a%ai+ /onados' s o todos *oucos !es!o&&& 9 o ,ue v- entender' 6*on& >arece ser !uito novo %ara isso&&&

11.

4ea*!ente' n o entendo& Eas ta!$1! n o acho ,ue tenha sido u!a %ena justa %ara e*e& A%esar de ter sido u! cri!e nada inte*igente e !uito singe*o' !atou u! dos guardas na sua tentativa de (uga& Eerecia a !or+ te' a%esar de ,ue a !orte de*e n o %agaria %e*a vida do so*dado !orto e ne! %e*a triste)a dos seus (a!i*iares&&& 4ea*!ente& D !uito s-$io %ara a*gu1! de sua idade& 8eve ser o orgu*ho da (a!3*ia& + 8isse' virando o seu rosto en,uanto secava co! as !angas de sua vesti!enta a*gu!as *-gri!as ,ue %arecia! $rotar de seus o*hos& + Eais a*gu!a coisa ,ue deseja sa$er' 6*onC S; !ais u!a coisa&&& >or ,ue nos ajudaC #odos a,ui %arece! ser t o&&& t o&&& + 6*on n o achava u!a %a*avra a!ena %ara descrev0+*os& 7riosC Be!&&& A%esar de nossa (a!3*ia ter sido e/i*ada' ainda so!os an+ jos' e a $ondade ainda reina e! a*guns cora:es& E! %oucos' %ois a !aioria a,ui guarda rancor& O %erd o 1 divino' !as %arece ,ue ne! to+ dos os anjos s o& Ees!o assi!' gostaria a%enas de ajudar& O$rigado %e*a ajuda& E co!o sina* de gratid o' eu %ro!eto< ,uando eu vo*tar ao !eu *ar' intercederei %or sua (a!3*ia& Eu juro& Euito o$rigada' 6*on& Eas n o %recisa se assi! n o desejar&&& A*1! do !ais' sou a =nica ,ue so$rou da,ue*es de !eu so$reno!e&&& D o !3ni!o ,ue %osso (a)er& 9 o %osso garantir seu retorno&&& Ees!o %or,ue' ser- co!%*icado e/%*icar o ,ue eu estava (a)endo e! Lunae %ara ,ue conhecesse a voc0' !as darei !eu !e*hor& Ah' ainda tenho !ais u!a %ergunta& ?aranto ,ue ser- a =*ti!a&&& >ois $e!' o ,ue !ais deseja sa$er de !i!C Co!o chegar no andar su%eriorC 6uer di)er' a EercuriiC A =nica (or!a 1 conjurar u! v;rte/ na (onte ce*es+ tia* e ser ju*gado %e*as sete virtudes& >e*o !enos ,ue eu sai$a& O %*ano astra* n o %ode ser do$rado se! ,ue as virtudes to!e! conheci!ento disso& Eas e*as n o estava! nos caando a %ouco te!%o atr-sC Si!' e eu sei o %or,u0&&& Ao !enos eu %enso ,ue sei& Eas %ara e/%*icar isso' sua !estra %recisaria estar acordada& D a*go ,ue a envo*ve&

6*on o*hou %ara o rosto de Lua& Sua res%ira o estava %esada' !as ,uase n o e!itia so! a*gu!& >ara ter !ais res%ostas' %recisaria es%erar ,ue e*a a$risse seus o*hos' !as n o sa$ia se teria ta!anha %aci0ncia& Era curioso' e at1 saciar sua sede de conheci!ento n o se distraia ou se a,uietava&

12/

>or ,ue acha ,ue envo*ve e*aC E a(ina*' o ,ue est- acontecendoC + >er+ guntou 6*on' j- de!onstrando sua i!%aci0ncia& D u!a hist;ria antiga' ,ue acontecera antes !es!o de !inha hu!i*de e/ist0ncia& Eeus %ais a contara! %ara !i!' %ois a %resenciara!& Sua %ena no e/3*io havia co!eado& E ,ue hist;ria 1 essaC Ande' diga" #enha %aci0ncia' 6*on& Sa$er- assi! ,ue e*a acordar&

6*on sentiu+se ignorado& .!a criana t o recheada de !i!os !aternos n o gostava de a*go %arecido& 7echou o rosto e in(*ou suas $ochechas co!o ar' de+ !onstrando %ro(unda irrita o& Zarat *evantou+se' e en,uanto se curvava %ara %egar u! %e,ueno $u*e de (erro ,ue se a,uecia na *areira' dei/ou esca%ar u! sorriso t3!ido e! seus *-$ios' e %ensou< @A%esar de suas %a*avras adu*tas' rea*+ !ente' n o %assa de u!a criana&A G O te!%o se arrastava a %assos curtos& A noite da,ue*e *ugar %arecia n o ter (i!' a%esar de ,ue' durante a (ase de *ua nova' o so* ,uei!ava a su%er(3cie *unar& 8a jane*a %erto do so(-' onde sua !estra ja)ia ,uase i!;ve*' n o (osse o su$ir e descer de seus seios devido 2 res%ira o' 6*on %odia ver ,uase nada& O to%o de a*guns edi(3cios de ,uatro' cinco andares' o(uscava a sua vis o entre a,ue*es $e+ cos& O c1u s; %odia ser visto %or %e,uenas (restas entre as constru:es e' !es + !o assi!' nada !ais ,ue %oucas estre*as se !antinha! vis3veis na,ue*e curto es%ao& B- estava a*i %arado a !ais de u!a hora' %ensando& Est- certo ,ue u!a crian+ a nesta idade n o te! !uito a (i*oso(ar so$re a vida e seus conceitos' !as at1 !es!o e*e era ca%a) de en/ergar a co!%*ica o ,ue sua jove! vida estava se tornando& I!aginou treinar na $ase' co! u! $o! !estre ,ue ensinasse e*e e seus outros %u%i*os a !anejar u!a es%ada e !atar os anjos ca3dos& 9ada !ais& Ba!ais i!aginou %arar co! u!a !estra de u! %assado incerto' cujos !1todos *etivos' a%esar de e(icientes V*e!$rou+se do te*e%orteW' era! u! tanto ,uanto du+ vidosos' e ,ue o arrastara at1 a,ue*e %erigo %or u! !otivo %essoa*& Co!o e*e' ,ue se!%re rece$era e*ogios de sua (a!3*ia %or ser u!a criana %recoce' conse+ guiu n o notar at1 o devido instante a estranha situa o ,ue se a$atera so$re e*eC A%enas a descu*%a de conhecer !ais so$re sua orige! (ora su(iciente& Eas' a%esar de tudo' a,ue*e era u! $o! a%rendi)ado& >ensou ta!$1! e! seu %ai& >or ,ue havia %artidoC 9unca rece$era nenhu!a e/%*ica o derradeira& Se sentia ,uase ,ue u! ;r( o' e o %ior< do ho!e! a ,ue! !ais ido*atrava se! nunca antes ter visto seu rosto %essoa*!ente' a%enas %or retratos& As hist;rias ,ue ouvia so$re seu %rogenitor era! t o g*oriosas ,ue enchia! seus o*hos de $ri*ho e contenta!ento& A(ina*' !atar u! dos grandes generais do in(erno n o 1

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a*go ,ue !ero anjo (aria& A*i-s' ne! !es!o u! !ero sera(i!& B- e!aranhava seus neurInios e! outro %ensa!ento ,uando sua !estra ge+ !eu u! %ouco' %ondo a ! o e! sua ca$ea& 6*on o*hou ao redor' %rocurando %e*a %e,uena Zarat' !as se *e!$rou ,ue e*a havia sa3do %ara arru!ar a*gu!a co!ida entre os %oucos !ercadores ,ue a*i se esta$e*ecera!& Lunae' a%esar de a%resentar diversas adversidades 2 vida' tinha u! $o! as%ecto< u! so*o e/tre+ !a!ente rico e! nutrientes& #a* so*o a*i!entava %e,uenas %*anta:es na %eri(e+ ria da cidade' ,ue %odia! gerar a%enas o su(iciente %ara u!a su$sist0ncia& ?raas aos deuses" Sua te!%eratura est- nor!a*i)ando& + 8isse 6*on' de%ositando suave!ente a %a*!a de sua ! o so$re a testa de Lua& 6uanto te!%o&&& Onde&&& Voc0 desacordou %or ,uase duas horas& Esta!os na casa de Zarat' u!a $e*3ssi!a da!a ,ue nos cedeu ajuda& E descanse !ais u! %ouco& 6uando e*a vo*tar' (are!os u!a re(ei o %ara ,ue %ossa reco$rar as energias&

A%esar do ardente desejo de 6*on de (a*ar ,ue a ,ueria acordada %ara (ina*+ !ente ouvir a hist;ria' dei/ou u! %ouco de seu ego3s!o %ara %ensar na,ue*a ,ue era cara no instante& Lua (echou nova!ente os o*hos e caiu e! u! sono %ro+ (undo instantanea!ente' dessa ve) co! u!a res%ira o !ais ca*!a& 6*on %egou o %ano ,ue estava ao seu *ado' !o*hou e! u!a $acia co! -gua (ria e a de%osi+ tou nova!ente na testa de sua %ro(essora& Co! o servio conc*u3do' vo*tou a !e+ ditar na jane*a& G 9 o se %assou !uito te!%o desde o =*ti!o des%ertar de Lua at1 a vo*ta de Za+ rat' se !uito uns vinte !inutos& E*a carregava consigo u!a $o*sa' cheia de na+ $os' %e%inos' cenouras' $atatas e at1 !es!o u!a %e,uena a$;$ora& 6*on' ajude+!e a %re%arar a re(ei o& 6*on se co*ocou de %1& A cadeira dei/ara suas n-degas do*oridas de t o dura' !as n o i!%ortava& 7oi at1 o cI!odo cha!ado @co)inhaA' ,ue nada !ais era ,ue a !es!a sa*a revestida %or u! %iso g1*ido e r3gido' cheio de %e,uenos $ura+ cos& E*e havia retirado as sujas $otas %or educa o' !as deveria ter seguido o conse*ho de Zarat e (icado co! e*as& Era certa!ente %enoso %isar na,ue*e ch o irregu*ar& E ent o' 6*on' nossa @%acienteA j- acordouC + >erguntou Zarat en,uanto descascava as $atatas& Si!' e n o (a) !uito te!%o& E*a estava !eio desorientada' acho ,ue teve u! sonho rui! ou !es!o u!a a*ucina o' ent o co*o,uei+a %ara dor!ir nova!ente&

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D co!u! a ,ue! n o est- acostu!ado co! esta gravidade' %ode ter certe)a& A*i-s' at1 !e sur%reende ,ue voc0 n o teve' ainda' a !es!a rea o ,ue e*a& D a%enas u!a criana' os e(eitos desta gravidade nu*a deveria! estar dei/ando+te *ouco& Be!' ent o eu acho ,ue sou u! %ouco !ais resistente do ,ue %revira&

A!$os dera! risinhos t3!idos' a$a(ado %e*as cha!as ,ue saia! de u! ve*ho (og o a *enha recheado da,ue*as %e,uenas %edras negras& Zarat' se n o se inco!oda co! a %ergunta&&& 6ue %edras s o essasC Esta 1 u!a rocha *unar u! tanto ,uanto a$undante a$ai/o da %ri!eira ca!ada do so*o *unar& O %ovo da,ui a cha!a de Breu' e e*a 1 ca%a) de !anter (ogo aceso %or horas se! !uito desgaste& Interessante& >oderia dar+!e a*gu!as !ais tardeC >ode! vir a ser =teis e! nossa jornada& C*aro' !as no !o!ento' va!os nos concentrar na co!ida& Sa$e' 6*on' a*gu!as !u*heres a%recia! !ais u! ho!e! ,ue sai$a co)inhar do ,ue u! ho!e! ,ue sai$a *utar& >or ,u0C .! ho!e! ,ue sa$e *utar e %rotege a todo o reino 1 co!u!& Eas u! ho!e! ,ue %ou%a servio de sua !u*her e agrada seu %a*adar' co! cer+ te)a ta!$1! 1 u! grande cava*heiro& Ent o' !u*heres s o con,uistadas %e*a $oca' assi! co!o os ho!ensC

Zarat garga*hou' ,uase dei/ando derru$ar u!a a!assada %ane*a %reta de (er+ ro& A*isou o ca$e*o de 6*on co!o ,ue! a(agaria u! ani!a* do!1stico' e vo*tou a se concentrar na co!ida& A!$os co)inhara! entre $rincadeiras e risos' se des+ contraindo u! %ouco do tenso a!$iente ,ue se (or!ara !ais cedo no !es!o dia& E o te!%o se arrastava&&& G Chegou' %or (i!' a hora de todos %arti*hare! do a*i!ento& .!a so%a de *egu+ !es havia sido (eita' !as se! u!a !assa& .!a so%a u! %ouco ra*a' !as !es+ tra e a*uno estava! agradecidos' %ois a !uito n o co!ia!& Aca$ada a re(ei o' Lua (oi a %ri!eira a se dec*arar< Voc0 disse a !eu %u%i*o ,ue sa$ia o !otivo de as virtudes tere! sentido nossa %resena e vindo at1 n;s& Isso 1 verdadeC Isso n o sei' 1 a%enas a*go ,ue disse %ensando e! u!a antiga hist;ria ,ue !eus %ais !e contara! antes de !orrere!& Eu !es!a n o vi %es+ soa*!ente' !as&&& A criana do conto ta!$1! $ai*ou %erto da (onte&&&

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Cap. 13 Uma 2istria )s3 ecida

*on ajeitou+se na cadeira e! u!a tentativa in=ti* de achar u!a %osi o con(ort-ve* na,ue*e s;*ido %edao de %edra& 9 o ,ueria %erder ne! ao !enos u! deta*he da hist;ria' e isso o dei/ara u! tanto in,uieto& Lua !antinha u!a res%ira o contro*ada' !as seus o*hos e/%ressava! u!a incon+ tro*-ve* ang=stia& 8i)e! ,ue' h- !uito te!%o' + Co!eou Zarat& + u!a (a!3*ia (ugida do c1u chegou a Lunae& Era a se!ana do !eio+dia' co!o cha!a! a,ui na *ua o %er3odo ,ue esta (ace 1 co!%*eta!ente e/%osta ao so*& 9o seu %*a+ neta 1 a (ase de *ua nova& #ra)ia! consigo u!a %e,uena criana de *on+ gos ca$e*os dourados e ,ue (or!ava! carac;is& E o ,ue aconteceuC + #entava a%ressar Lua& Aca*!e+se' chegarei nessa %arte& + >rosseguiu Zarat' se! dar !uita aten o 2 Lua& + Esse casa* estava $anhado e! sangue' !as n o %are+ cia! ser os %ais verdadeiros da garota' %ois e*a tinha tr0s %ares de asas e e*es a%enas dois& A!$os (ugira! %e*o v;rte/ ce*estia*' carregando a criana e! seus $raos& Estava! encharcados de sangue e suor da ca+ $ea aos %1s' e !a* %odia! (a*ar& A*guns anjos tentara! socorr0+*os' !as era tarde de!ais& E*es !orrera! %e*as (eridas ao entrar no %*ano !orta*' !as a garota so$reviveu& A criana n o devia %assar dos tr0s anos' e estava co!%*eta!ente aterrori)ada' n o %arava de chorar&

6*on !antinha+se atento a cada %a*avra %ronunciada' e %arecia i!aginar a cena e! sua ca$ea& 9 o era di(3ci* %ensar e! Lua co! u! rosto in(anti*' %ois %arecia ,ue e*a ainda n o %assara ne! dos ,uin)e anos' ta!anha a %er(ei o de sua (ace& 9 o de!orou !uito %ara as virtudes vire! atr-s de*a& 9ingu1! sa$e o !otivo disso' !as e*es viera! do v;rte/ %erguntando %e*a garota' ,ue u!a !u*her j- havia aninhado e! seu co*o %ara dar %rote o& E*es %edi+ ra!' !as a !u*her n o ,uis dar& E*es a!eaara! e*a de !orte %or aco+ $ertar u!a (ugitiva' e !es!o assi! e*a n o cedeu& Outros anjos ,ue a,ui vivia!' revo*tados co! a cena' %ro%usera!+se a aco$ertar sua (uga' e %rotegera!+na dando suas vidas en,uanto e*a corria %ara *onge&

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E de%oisC + >erguntou 6*on' co!o u! garoto (a!into %or hist;rias& 9 o adiantou !uito& As virtudes s o !uito %oderosas' jove! 6*on' e e! %oucos segundos todos os anjos e arcanjos e/i*ados ,ue se revo*tara! havia! encontrado u!a !orte do*orosa e r-%ida& E*es correra! %e*a ci+ dade atr-s de ta* !u*her' ,ue carregava consigo a %e,uena so$revivente de u! %oss3ve* !assacre' !as e*a j- %arecia haver su!ido entre os $e+ cos& E*es a!eaara! ,ua*,uer u! ,ue a ajudasse co! a !orte' e !es+ !o assi! a*guns cidad os tentava! inuti*!ente $arrar o ca!inho en+ ,uanto ta* !oa %rocurava u! a$rigo& At1 hoje' di)+se ,ue' na,ue*e !eio+dia' ,uase toda a %o%u*a o de Lunae (ora !orta en,uanto tenta+ va! %roteger a,ue*a %e,uena estranha& Est- ai u! $o! !otivo %ara a,ue*es ,ue so$rara! tere! (icado (rios co!o o ge*o de inverno& + 8isse 6*on& + Eas descu*%e+!e a interru% o' continue o re*ato& Be!&&& >arece ,ue a jove! conseguiu se esconder e! u!a casa' e ocu*+ tou a garota e! u! jarro de -gua ,uase va)io' co!o a,ue*e& + 7a*ou' a%ontando %ara u! jarro $e! arredondado' (eito de argi*a e co! u!a ta!%a si!%*es& + >ediu %ara ,ue (icasse ,uieta' e saiu %e*a rua correndo nova!ente& 9 o conseguiu %rosseguir !ais de de) !etros e !orreu& As virtudes investigara! a casa' !as co!o nada encontrara!' a dei/ara! *-& E na,ue*e dia' %erto da,ue*e !onte de cad-veres' a!a*dioara! a (onte e a -rea ao entorno de*a& >oucos cidad os so$rara! vivos& E a garotaC + Lua e 6*on %erguntara! e! un3ssono& E o !ais i!%ortante< + >rosseguiu so)inha Lua& + Co!o ,ue e*a (oi aca+ $ar danando %erto da (onteC Voc0s s o ansiosos de!ais& A%;s as virtudes retornare! %e*o v;rte/' ,uando j- era !eia+noite' o %er3odo de *ua cheia e! seu %*aneta' a garo+ ta (ina*!ente saiu do jarro& Estava se! co!er havia dias' !as ainda as+ si! estava viva %or causa da %ouca -gua ,ue restara no vasi*ha!e& Be+ $ia aos %oucos de ta!anho !edo' e di)e! a*guns ,ue so$reviveu $e+ $endo ta!$1! de sua urina' j- ,ue (a)ia suas necessidades ta!$1! na+ ,ue*a vasi*ha&

6*on sentiu u!a enor!e Hnsia de vI!ito' !as continuou a ouvir o re*ato& A so%a ra*a ,ue ca3ra e! seu estI!ago estava segura!ente %resa e! sua gargan+ ta& Lua ta!$1! se sentiu u! %ouco enojada de sua %oss3ve* atitude& Ee descu*%e' 6*on' + 8isse Zarat& + !as estou a%enas sendo (ie* aos de+ ta*hes& En(i!' a%;s sair' a*guns di)ia! ,ue e*a estava de*irando e !uito doente' %rovave*!ente u!a in(ec o intestina* devido 2,ue*a sujeira toda dentro do jarro& #odos achava! ,ue e*a havia desa%arecido&

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E ent o&&& + Lua ,ueria sa$er o t1r!ino' assi! co!o 6*on& Ent o e*a se enca!inhou at1 os cad-veres na %raa& Co!o ningu1! !ais se atrevera a se a%ro/i!ar de *-' os cor%os estava! e! deco!%o+ si o e e*a se sujou' !isturando+se a e*es&

7oi de!ais %ara a %e,uena criana& Correu at1 a jane*a e vo!itou& Lua conti+ nuava escutando' a(ina*' a,ue*e era seu %assado& 6uando 6*on retornou' Zarat o(ereceu u! %ano %ara *i!%ar a $oca e e*e aceitou' tirando u! %ouco de suco g-strico e %e,uenos %edaos de *egu!es ,ue escorria! %or sua $oca& Ent o' Zarat %rosseguiu a hist;ria& Os ,ue vira! a cena' e !eus %ais estava! entre e*es' (icara! chocados e di)ia! ,ue e*a estava *ouca' %ois a%;s a*guns segundos e*a %assou a danar e! !eio a e*es' di)endo a%enas< ^9 o consegue! ouvir a !e*o+ diaC^& #entara! a cha!ar de vo*ta ao seu ju3)o assi! ,ue o v;rte/ co!e+ ou a se a$rir' !as nada escutara& E assi! ,ue as virtudes co!eara! a surgir' u! %Hnico to!ou seus o*hos' e' co! u! grito' e*a os atirou %ara o v;rte/ de onde sa3ra!' e o (echou& Seu %oder estava (ora de contro*e e e*a %assou a destruir a*gu!as das casas vi)inhas co! sua vo)& >or sor+ te' des!aiou& E' %or !ais sorte ainda' u! estranho estava de visita e' ao ver a cena' (icou sur%reendido co! a garota e a *evou e! seus $raos' %ro!etendo cuidar de*a& A*guns !oradores ,ue sa$ia! dos re*atos tenta+ ra! convencer e*e do contr-rio' contando a !a*di o ,ue a garota carre+ gava consigo' !as (ora in=ti*& 6ue hist;ria&&& Chocante& + 8isse' %or (i!' Lua& Ainda estou tentando recu%erar+!e de certas %artes nojentas& + 7a*ou 6*on so$re e(eito da n-usea& >e,ueno 6*on' se ,uer ser u! cava*eiro u! dia' !e*hor contro*ar teu es+ tI!ago& + 8isse Zarat' (ria!ente& + Acha ,ue e! u! ca!%o de $ata*ha as coisas s o !ais $e*asC Esteja %re%arado %ara cenas $i)arras& Ee sinto u! %ouco envergonhado %e*o descontro*e' !as acatarei seu conse*ho&

Lua %er!anecia ,uieta e! sua cadeira' o*hando %ara o va)io' %ensativa& 6*on a encarava' tentando o$ter u!a res%osta e! seu rosto enig!-tico& >or !ais de !inuto e*a %er!aneceu co! a !es!a ine/%ress o' tentando reco$rar o (I*ego& 9e! !es!o os acenos de Zarat a (i)era! acordar& >or (i!' disse' curvando sua ca$ea e! (or!a res%eitosa< Zarat' se n o (or !uito incI!odo' eu e !eu %u%i*o %ode!os %ernoitar a,uiC >ro!eto ,ue sere!os cuidadosos e a ajudare!os e! seus a(a)e+ res do!1sticos&

12!

Eas 1 c*aro' n o %recisava ne! %edir& Eu o(ereceria !eu *ar %ara des+ cansare! en,uanto achare! necess-rio& E n o se inco!ode! e! !e ajudar' sou descendente de u!a (a!3*ia de criados' %osso cuidar de !eus a(a)eres& Euito o$rigada& 6*on' + 8isse Lua virando+se a seu a*uno& + n o estou sentindo+!e !uito $e!& >reciso dor!ir& >e*a !anh ' %artire!os ru!o ao nosso %*aneta& 9 o %ode!os dei/ar a$usar da hos%ita*idade de Zarat' e co!o e*a disse' 1 i!%oss3ve* %ara !i! %assar %e*o v;rte/& Eas' !estra&&& Se! discuss o& A%enas o$edea& E descanse ta!$1!' n o creio ,ue essa hist;ria tenha (eito !uito $e! ao seu estI!ago&

Levantou+se e (oi %ara o so(- onde havia dor!ido antes& Estava co! u!a (ace triste& 6*on *evantou e' curvando+se' agradeceu a Zarat& A es%ada de seu %ai re+ %ousava e! u! canto do %e,ueno cI!odo ,ue era ao !es!o te!%o tr0s< sa*a de jantar' sa*a de estar e co)inha& E' junto a e*a' sentou e rec*inou suas costas na (ria %arede de %edra& 7echou os o*hos' !as sou$e ,ue' !es!o na,ue*a escuri+ d o toda' n o %oderia dor!ir& G 1(aquela @noite@, eu n)o pude deixar de pensar o quanto era penoso para 5ua ouvir o que Warat tin!a dito. Eu ol!ei o seu rosto, e vi o descontentamento em seus ol!os. Era quase como se uma %ltima esperan+a fosse arrancada do fundo dela, deixando-a indefesa e sem rumo. (aquela &poca eu n)o entendia muito bem aqueles sentimentos, mas pude perceber que era a mesma maneira que mi n!a m)e ol!ava, va ueando o va#io com seus ol!os, enquanto pensava no meu pai. ()o, aquela via em n)o poderia ser em v)o. Eu fiquei decidido a criar um plano e o criei, com bastante esfor+o. E, naquela min!a primeira rande atitude altrusta, pude sentir-me um pouco como ac!ava que meu pai sentia-se ao salvar os mil!ares de vidas que depositavam nele a sua confian+a. Estava tornando-me um "ovem !er,i.? G Toras se %assara! at1 ,ue Lua (ina*!ente des%ertasse& Co!o n o se tinha ideia do ,ue era dia e do ,ue era noite e! !eio ao negro do c1u ,ue to!ava conta do *ugar' 6*on n o %ro(eriu seu ha$itua* @$o! diaA ao ver sua !estra' en+ ,uanto estava sentado 2 !esa co!endo u!a (ruta a ,ue cha!ara a*egre!ente de ca(1 da !anh & Lua tinha duas negras e %esadas $o*sas e! $ai/o dos o*hos' o ,ue (e) Zarat %erce$er ,ue e*a (ora a =nica a ter u! sono co!%*eto& A anja dos ca$e*os dourados e encaraco*ados %egou ta!$1! u!a !a %e,uena' e a deu !ordidas $e! es%aadas& 9 o !encionara u!a %a*avra desde o dia anterior' e o c*i!a tinha tornado+se descon(ort-ve* entre e*es&

12"

Eestra' eu %ensei !uito onte! a noite' e ,ueria ,ue sou$esse ,ue estou dis%osto a desco$rir seu %assado& Eu criei u! %*ano e&&& + 6ue$rou o si + *0ncio o %e,ueno to*o de cinco anos& 9 o adianta' 6*on& D i!%oss3ve*& + Lua disse' desgostosa& + 9 o ouviuC E*es est o atr-s de !i!& 9 o h- co!o entrar& 9;s (a*ha!os antes !es+ !o de tentar!os& Ao !enos oua !eu %*ano' eu garanto ,ue %ode vir a interessar+te&&& Si*0ncio" + Sua vo) sa*tou %ara u! to! de ira su$ita!ente' assustando os dois co!%anheiros& + 9 o ,uero !ais ouvir u!a %a*avra&

Lua retirou+se da !esa e saiu da casa a %assos curtos' !as nenhu! dos dois atreveu+se a segu3+*a& 6*on !anteve a ca$ea $ai/a %or a*gu! te!%o& L-gri!as escorrera! de seus o*hos& Zarat o a$raou e co*ocou sua ca$ea e! !eio a seus grandes seios' e disse a%enas @Chore' criana&A& G Lua havia regressado& O triste o*har n o havia (ugido de seu rosto& O ar !e*an+ c;*ico de*a n o agradava a 6*on desde ,ue e*a acordara' n o gostava de ver sua !estra a$atida& #a*ve) %or isso decidiu ajoe*har+se na (rente da %orta e es%erar seu retorno& E a*i estava' co! a es%ada e!$ainhada nas %ernas' es%erando o re+ torno de sua !estra& E*a o*hou 6*on de ci!a' u! %ouco sur%resa co! a,ui*o' !as ainda se !antinha r3gida' co! u!a e/%ress o invari-ve*& 6*on o*hou+a de $ai/o' co! o*hos ainda cheio de *-gri!as' e u! nari) ver!e*ho& 4euniu (I*ego e u! %ouco de corage! %ara di)er o ,ue diria& Estivera %ensando nas %a*avras a tarde toda< Eestra' eu sei ,ue est- a$atida ao sa$er o ,ue se %assou' !as n o %os+ so ad!itir retornar se! ter!inar a !inha !iss o& + Sua vo) era rouca e grave' e ainda !eio chorosa& + >or isso' n o ,uero desistir" 6uero a aju+ dar a encontrar seu %assado' e n o vou !edir es(oros %ara isso"

L-gri!as $rotava! dos o*hos de Lua' e sua e/%ress o !isturava u! %ouco de triste)a e ira& E*a se ajoe*hou' se! di)er u!a %a*avra' a$raou 6*on %e*os o!+ $ros e desatou a chorar& 6*on sentia as %esadas *-gri!as tocare! suas vestes ju! %ouco sujas co! o %assar do te!%o' !as retri$uiu a atitude& 8esta ve)' havia agido !ais do ,ue co!o u! si!%*es a*uno< estava agindo co!o u! verdadeiro a!igo& At1 !es!o Zarat' ,ue os o*hava do a*to de u!a %e,uena escada de !a+ deira ,ue condu)ia at1 seu ,uarto' se e!ocionou e dei/ou gotas sa*gadas corre+ re! %e*o seu rosto& G 8e (aces secas' devida!ente a*i!entados e descansados' !ais u! dia havia %assado& O so* j- co!eava a surgir e! u! hori)onte distante' !as sua *u) reve+

12#

*ava as duras %aredes de %edra da,ue*e *ugar nada hos%ita*eiro e de u!a agres + sividade e rancor ocu*tos %or entre as !uitas %ortas de !adeira cerradas& Os tr0s encontrava!+se sentados 2 !esa' !as essa era a ve) do !ais novo de todos e*es se %ronunciar& 6*on' co!o u! cava*eiro' co*ocou sua ar!a e! ci!a da !esa' !ostrando assi! sua honra e sua %resena& E' ca*!a!ente' %ronunciou seu t o es%erado discurso& Co!o eu ,ueria di)er a voc0s' eu tenho u! %*ano& .! %*ano %ara entrar e! Eercurii' !as a%enas eu %oderei entrar& Es%erei tanto %ara ouvir isso' 6*onC + #o!ou a vo) Lua& + 6uer ir so)inho %ara EercuriiC Eas ,ue es%1cie de ideia to*a 1 essaC Es%erava !ais da+ ,ue*e ,ue (oi indicado co!o !eu %u%i*o" Es%ere' Lua& + Zarat interveio& + 8ei/e+o aca$ar de (a*ar& O$rigado Zarat& Co!o eu ia di)endo' Lua n o %ode entrar se! %assar %e*as virtudes' e %arece ,ue e*as n o est o atr-s de !i!& Eas antes de continuar co! os deta*hes do %*ano' gostaria de *e!$rar a*gu!as coisas& >ri!eiro' eu ouvi h- !uito te!%o atr-s ,ue' ,uando se est- no %ara3so' o te!%o no reino !orta* %arece estar conge*ado' n o estou corretoC Ou seja' o te!%o a,ui %assa !ais devagar e! re*a o a e*es& Si! rea*!ente o te!%o *- %assa !ais r-%ido& .! segundo %ara n;s s o ,uase u! !0s %ara e*es& E a*1! do !ais voc0 ,uer entrar so)inho& + In+ terveio Lua& + E co!o sa$eria onde ir' %egar as in(or!a:es necess-riasC &&& Voc0 ainda 1 u!a criana' %or !ais ,ue seja inte*igente& Ent o seja+ !os rea*istas' !es!o ,ue voc0 entre so)inho' o ,ue e! si j- seria ,uase i!%oss3ve*' seria atirar u!a (*echa no escuro< voc0 nunca sa$eria se vai vo*tar' ou !es!o ,uando vai vo*tar& 9 o sa$eria se !over %or *- e ne! o ,ue (a)er& Si!' e ne! voc0 se !e arrastasse %ara *-' n o 1 !es!oC

Lua ca*ou+se %or a*guns segundos& E*e estava terrive*!ente certo& Co!o %ode+ ria ser t o i!%u*siva e ter criado u! %*ano t o to*o a%;s ter ganhado *i$erdade do diretor %ara treinar 6*on da !aneira ,ue servisse !e*horC Eas voc0 estaria su%ervisionado %or u!a adu*ta& E estaria aco!%anhado %or a*gu1! !ais ve*ho e co! !aior e/%eri0ncia de co!$ate' j- ,ue de+ (endi durante anos a entrada da Base %or %arte de de!Inios !enores& 8e ,ua*,uer jeito' ,uerida !estra' seria u! tiro no escuro& L- os anjos s o !uito !ais (ortes %e*o ,ue sou$e' e ainda %esa o (ato de voc0 ser %rocurada co!o u!a %ecadora& Ent o' n o (aria !uita di(erena ir s; ou na sua co!%anhia' as chances de sair!os i*esos de *- seria a !es!a&

Lua nova!ente se si*enciou& E*e estava certo e e*a orgu*hosa de seu a*uno

12.

%r;digo& Continuou a ouvir' achando ,ue %oderia' ta*ve)' surgir a*go $o! da*i& Agora deve! estar se %erguntando< @E co!o e*e (ar- %ara entrarCA& + >rosseguiu 6*on co! o discurso& + Eu %erce$i duas coisas ,uando as vir+ tudes viera!& >ri!eiro' ,ue de!ora te!%o at1 o v;rte/ se (or!ar co!+ %*eta!ente' tanto 1 ,ue tive te!%o de arrastar !inha !estra %ara *onge& A*go e! torno de uns 20 segundos& #a!$1! %erce$i ,ue de!ora!+se cerca de 10 segundos %ara a co!%*eta conjura o de u! da,ue*es& 9es+ se !eio te!%o' deve! se %assar !uitos !eses no c1u' ou estou enga+ nadoC At1 e*es vo*tare! a entrar&&& + #o!ou a vo) nova!ente Lua' ca*cu*ando o te!%o e! sua !ente& + Vai ter' na !e*hor das hi%;teses' de) !eses de te!%o *-& Arredonde!os %ara u! ano& Ouvi di)er ,ue ,uando o v;rte/ 1 conjurado entre dois %*anos' o te!%o entre e*es se torna igua*& Isso se e*es %erce$ere! de i!ediato a sua entrada e se o v;rte/ se (echar co! + %*eta!ente atr-s de voc0 se! nenhu! de*es entrar& Si!& .! v;rte/ de!ora cerca de L segundos %ara se (echar a%;s e*es %assare!& D te!%o de so$ra %ara v-rios anjos %assare! %or e*e& Se u!a isca %uder %render a aten o de todos e*es en,uanto o v;rte/ se (e+ cha' eu %oderia %assar e (icar te!%o su(iciente *- %ara conseguir a*go& Eas %ara isso' %recisaria de u!a isca i!%ortante %ara tra)er todas as sete virtudes ao !es!o te!%o %ara este %*ano& Ent o' seu %*ano 1 (a)er+!e de iscaC + >erguntou Lua ao escancarar o ;$vio& + E a*1! do !ais' j- %ensou o ,ue %ode acontecer a voc0 e 2 sua (a!3*iaC Si!' $asica!ente& Eas voc0 n o correria !uitos ricos& E ta!$1! %ensei nisso' e n o vejo !otivos %ara n o arriscar (a)er o certo& Acho ,ue !or+ reria co! honra' neste caso& E co!o n oC + Intro!eteu+se Zarat& + E*a deve ser a !ais %rocurada en+ tre todas as virtudes" >ois e*a n o %recisaria ne! ao !enos $ata*har' a%enas (ugir& S; teria de cha!ar a aten o te!%o o su(iciente %ara ,ue eu %udesse entrar no v;r+ te/& 8e%ois disso %oderia se te*e%ortar %ara *onge& 6*on' h- u!a (a*ha na sua teoria& + Ergueu a vo) Lua& + 6ue! disse ,ue e*es n o iria! atr-s de !i! se te*e%ortando ta!$1!C >e*o !es!o !otivo ,ue e*es n o te achara! antes e n o te achara! a a*gu! te!%o& Esta cidade est- re%*eta da,ui*o ,ue e*es cha!a! de %e+ cadores' e seu @cheiroA se !isturaria ao de*es& Bastaria a%enas (ugir !ais r-%ido e esconder+se e! a*gu! *ugar& Voc0 n o sa$e se e*es %ode! se te*e%ortar' e ne! e*es sa$e! se voc0 %ode& Co! a %oss3ve* sur%resa de+

13/

*es' voc0 ganharia a*guns segundos de vantage!& E at1 e*es vo*tare! %ara o v;rte/' a%;s u!a su%osta %ersegui o' eu teria a vantage! de !ais a*guns segundos& Si!' !as isso %ode dei/ar+te %reso %or te!%o de!ais *- dentro' caso e*es de!ore!& E ,ue! disse ,ue n o %osso a%render a conjurar u! v;rte/C E !es!o ,ue eu n o %ossa' n o seria !e*hor ainda %ara !i!C Eu teria !ais te!+ %o %ara %rocurar re*atos e %edaos do seu %assado&

Lua e Zarat se entreo*hara!& E*as sa$ia!' !as e*e ainda n o %e*o ,ue %are + cia& Ent o' Lua o e/%*icou cuidadosa!ente< 6*on' !eu %u%i*o' herdeiro das casas 5arrior e Eros& Ees!o co! todo o conheci!ento ,ue j- %ossui' vejo ,ue ainda n o sa$e disso& As conjura+ :es de v;rte/ s o e/tre!a!ente avanadas& 9 o 1 u!a !agia co!o o te*e%orte ,ue' a*i-s' a%rendeu !uito r-%ido& V-rios anjos *evaria! dias e dias ne*a' e %or isso eu considero ,ue tenha u!a ca%acidade de a%rendi+ )ado !uito (orte& Eas !agias co!o conjura:es de v;rte/ di!ensionais envo*ve! u!a ideia de es%ao+te!%o ,ue ainda n o te! e 1 !uito de+ !orada %ara a%render& Ees!o eu n o sei co!o conjurar u!' 1 u!a coi+ sa ,ue a%enas !agos !uito se*etos' co!o as virtudes' s o ca%a)es de (a)er& E ainda assi!' nada garante ,ue %ossa usar esse ti%o de !agia' tendo e! vista ,ue ne! todos os seres do universo consegue! contro*ar es%ao+te!%o& Os ,ue %ode!' consegue! e,ui%arar+se' e! %arte' a deuses' visto ,ue s o ca%a)es de $rincar co! a rea*idade& Seres assi! chega! a ser ta!anho %erigo %ara os deuses ,ue' ,uando se !ani(es+ ta! e! a*gu! ser n o+ange*ica*' ne! !es!o as virtudes s o enviadas %ara !atar< s o !andados os gr +sera(ins' os guardi:es do trono& Os deuses os !anda! %essoa*!ente %ara e*i!inar essa a!eaa& Entende agora a co!%*e/idadeC Si!' co! certe)a entendo& Eas eu ta!$1! %osso es%erar ,ue e*es a$ra! outro %orta* e sair %or e*e& Entenda ,ue' de ,ua*,uer jeito' !eu %*ano envo*ve u!a sa3da %ara !i!& E n o descarte assi! a hi%;tese de eu n o %oder a%render en,uanto %er!aneo *-& Isso !e %arece at1 !es+ !o co! u! desa(io& #udo $e!' !eu %u%i*o& Eu entendo o seu %*ano e acho e*e&&& Be!' tendo e! vista ,ue n o 1 u! %ecador e co! certe)a e*es ne! notar o sua %re+ sena' %arece ser u! ;ti!o %*ano& Eas ainda estaria dis%osto a arriscar tudo !es!o sa$endo ,ue h- a chance de nunca !ais vo*tarC Est- dis+ %osto a arriscar sua vida e a vida de sua (a!3*iaC 9 o descarto essa hi%;tese' !as con(ie e! !i!& D a nossa =nica chan+ ce& A !inha de ter u! @a%rendi)ado !aiorA en,uanto *- %er!anecer e a

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sua de ter a*gu!a %ista so$re seu %assado& Sei ,ue 1 !uito cedo %ara coisas do g0nero&&& A*1! do !ais' 1 u!a *oucura isso tudo acontecer t o r-%ido na !inha vida&&& Eas creio ,ue tudo %ossui u! %ro%;sito& Voc0 de(iniu $e!& Isso 1 *oucura de sua %arte& + 8isse Zarat co! u! %ou+ co de %eso na vo)& + Est- arriscando a sua %r;%ria vida e sa$e disso' !as !es!o assi! n o deseja %ararC Voc0 1 !uito novo' te! u!a *onga vida %e*a (rente e ,uer jog-+*a (ora assi!C Estou co! Zarat nesse %onto' 6*on& >or ,ue se arriscar tanto assi!C Voc0 1 !uito novo %ara ,uerer ser u! her;i& Arriscar a sua vida desta (or!a' se! ne! ao !enos considerar o senti!ento de seus %arentes ao nunca !ais %oder ver teu rosto& L- voc0 n o %ode !orrer' !as %ode (icar %reso e! u!a %ris o astra* durante toda a eternidade& E ent o' o ,ue (a+ riaC Voc0 1 !uito novo' e n o %osso dei/ar a vida de !eu %u%i*o aca$ar assi!& Ainda 1 u!a criana ,ue !a* a%rendeu a *utar&&& .!a criana ,ue ,uer ver a (e*icidade de sua !estra& >osso n o %arecer ve*ho o su(iciente %ara to!ar u!a decis o t o i!%ortante ,uanto esta' !as eu ,uero tentar& E se ,uisere! i!%edir+!e' irei i!%or !eu t3tu*o rea* de %r3nci%e' co!o %ri!eiro herdeiro ao trono' %ara ,ue siga! !eu %*ano& 8e acordo co! !eus av;s' tenho essa autoridade& 9 o gostaria de us-+ *a nunca' !as a %ossuo& 6uanta %etu*Hncia&&& + 8isse Lua co! u!a vo) ,ue ia se e*evando 2 !e+ dida ,ue (a*ava& + Voc0 ainda 1 !eu %u%i*o' e est- aos !eus cuidados" 9 o %ode se i!%or co!o u! %r3nci%e %erante !i!' n o seja arrogante a esse %onto"

6*on a$ai/ou a ca$ea' !as antes conseguiu ver !ais *-gri!as escorrere! do rosto de sua !estra' !isturados a u! a!argo sorriso& Sentia+se envergonhado& 4ea*!ente ainda era jove! de!ais %ara ,uerer dar ordens' tanto ,uanto u! co+ !andante co!o ,uanto u! sucessor ao trono& E! ,ue estivera %ensandoC 6ue+ ria sentir+se u! her;i' !as ta*ve) rea*!ente (osse criana de!ais %ara u! ato t o arriscado& Agora %erce$ia o ,uanto se %reci%itara& Ainda assi!' seria u! %ou+ co !ais %etu*ante& Bateu suas ! os na !esa de %edra' (a)endo co! ,ue seu sangue %u*sasse %ara suas %a*!as& Ignorou a dor e co!eou seu discurso& B- (oi irres%ons-ve* ao !e tra)er a,ui %ara seus %ro%;sitos ego3stas' ar+ riscando a !inha vida' e agora ,uer %ensar e! to!ar u!a atitude ,ue o $ene(iciariaC 6uanta hi%ocrisia" 9 o %arece estar a%ta %ara ser u!a !estra agindo dessa (or!a" E! ,ue VOCc estava %ensandoC

Lua se ca*ara& Engo*ira suas %a*avras e suas *-gri!as ra%ida!ente& Sentia+se co!%*eta!ente envergonhada' n o tinha %a*avras %ara re$ater a,ui*o& 9o auge de sua in(anti*idade' e*e dei/ou a casa' $atendo a %orta ao sair& Co!%ortou+se de ta* (or!a ,ue envergonhou+se de si' e (oi re(*etir so)inho&

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Cap. 14 Despedidas

! erro aca$aria custando suas vidas& 6*on sa$ia disso ,uando se reti+ rou da casa na,ue*e dia& Sa$ia ,ue era !uito jove!' sa$ia ,ue estava arriscando !uito e ,ue as chances de conseguir era! de!asiada!en+ te $ai/as& Sa$ia ta!$1! ,ue estava co!%ortando+se co!o a criana !i!ada ,ue' de (ato' era& Eas !es!o assi!' sa$ia ,ue a,ui*o era o certo a se (a)er' o certo a se tentar& Seu %ai teria (eito o !es!o' tinha a,ue*a certe)a e! seu %e + ,ueno' to*o cora o& E*e sou$era %e*a vo) de Zarat ,ue os anjos ne! se!%re era! t o justos' sentia ,ue a,ui*o ,ue acontecera a Lua ta!$1! n o deveria ser de !uito orgu*ho %ara o no!e da raa !ais %ura e i!acu*ada' cujas *endas se es%a*hava! entre os ho!ens desde os te!%os !ais re!otos& Seu %ai n o acei+ taria ca*ado& 8irigiu+se a %assos *argos %ara (ora da cidade& O %ouco te!%o ,ue tinha %as+ sado %or a,ue*as ruas (ora o su(iciente %ara decorar o ca!inho de vo*ta& #udo %arecia !ais distante' !ais escuro' !es!o co! a*guns %e,uenos (i*etes doura+ dos surgindo do hori)onte 2 sua (rente& 6ueria u! *ugar so)inho %ara %ensar e descontar sua raiva& Tavia sido agressivo' sa$ia disso& Eas e*a %recisava ouvir a,ui*o %ara notar a,ui*o ,ue ,ue tinha (eito& Agora' a%enas duas o%:es resta + va!< vo*tar %ara a Base co!o derrotados e tentar es,uecer a,ui*o ,ue ocorrera' seguindo nor!a*!ente co! o treina!ento ou arriscar o %*ano de 6*on& Ba!ais i!aginaria tudo isso %ara seu segundo dia de treino& 6*on' es%ere& + .!a vo) conhecida o cha!ou& Si!' ZaratC + >erguntou o %e,ueno anjo' virando+se& Eu entendo ,ue ,ueira ajudar' !as n o acha o ,ue disse a Lua u! %ou + co e/tre!oC E*a estava rea*!ente triste e ca*ada ,uando vi! correndo atr-s de ti& Eu i!agino' !as eu acho ,ue essa dosage! de verdade a (ar- $e!& S; ,ueria ,ue e*a visse o ,uanto nossas o%:es s o *i!itadas&&& 6*on&&& Vo*te %ara sua casa e cuide de !inha !estra& 4etornarei ,uando achar ,ue %ensei o su(iciente& + Ordenou' virando+se e vo*tando a ca!inhar&

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1Eu realmente precisava de um tempo so#in!o. Bomo uma crian+a precoce, eu tamb&m era um pensador precoce, e costumava meditar al umas ve#es. 3er que eu estava a indo precipitadamenteL 2ealmente, n)o seria mel!or voltar para o planeta natalL *final, se eu n)o tivesse ouvido falar daquela miss)o dias antes eu nem estaria li ando para ela no momento. $uest0es tomavam a min!a mente mais rpido do que eu podia formul-las. Doi com aqueles pensamentos que passei um lon o tempo nos port0es de 5unae. 3entei em meio ao c!)o irre ular e fiquei ali, parado, com a espada em meu colo, tentando tomar a mel!or decis)o... 3er que ele tamb&m ficava assimL? G O te!%o se arrastava se! ,ua*,uer !eio de !edi o' a n o ser %or %arte do so*' ,ue !ostrava %e,uenos raios dourados e! u! hori)onte' co!o se (osse o seu nascer na,ue*e *ugar& #irando o (ato ,ue o so* de!orava dias %ara nascer a*i' era $asica!ente ver o !es!o do ,ue e! seu %*aneta nata*&&& 6uando achou ,ue j- havia !editado o su(iciente' *evantou+se e *i!%ou as ca*as co! u!as $atidi+ nhas& Ainda de ca$ea !eio $ai/a' vo*tou %ara a casa de Zarat& O ca!inho nun+ ca %arecera t o *ongo& Ea* %oderia encarar Lua a%;s ter dito tudo a,ui*o' se sen+ tia envergonhado' co!o ,ue! n o tinha o direito de di)er o ,ue disse& Be!+vindo' !eu %u%i*o& Lua estava %arada 2 %orta co! u! sorriso na (ace& Ao contr-rio do ,ue 6*on i!aginara' n o havia u!a *-gri!a se,uer e! seus o*hos& E a*i estava e*a' de $ra+ os a$ertos' *itera*!ente' a%enas es%erando seu retorno& 6*on dei/ou ,ue *-gri+ !as (ina*!ente escorresse! %e*o seu rosto' e ,uando correu de encontro ao seu a$rao' %Ide a%enas sussurrar< 8escu*%e&&& #udo $e!' 6*on& Est- %erdoado& Agora entre' se ,uiser!os seguir o seu %*ano' %recisa!os nos %re%arar antes&&&

6*on estava ocu%ado de!ais %ara sentir d=vida' a%enas seu re!orso tinha es+ %ao na,ue*e !o!ento& G Co!o assi! seguir !eus %*anosC + >erguntou 6*on' agora si! %odendo e/%ressar o ,ue sentia&

Co!ia u! % o t o duro ,uanto u!a %edra' !as ,ue %arecia u! !anjar& Seu estI!ago n o estava %re%arado a %assar tanto te!%o se! co!er decente!ente& A*gu!as !a s e uvas co!%*etava! a,ui*o ,ue seria sua re(ei o& Lua o*hava %ara e*e co! u! o*har severo' i!%enetr-ve*& Ees!o ,ue e*a tivesse %erdoado+o %e*o ,ue tinha dito' e*e ainda sentia u! certo incI!odo& A vergonha o consu!ia aos %oucos' (a)endo co! ,ue desviasse o o*har a todo custo&

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Eu %ensei no ,ue disse 6*on&&& E se n o ,uer desistir' n o o i!%edirei& Acho ,ue de ,ua*,uer jeito n o teria u! treina!ento !uito nor!a*& 9un+ ca tinha sido !estra antes& Eeu treina!ento na $ase (ora duro' !as !es!o assi! n o !e sinto ca%a) de *ecionar' ainda !ais de%ois dos =*ti+ !os aconteci!entos& Se (oi %e*o ,ue eu disse' + Interro!%eu 6*on' co! u!a vo) carregada& + eu i!%*oro seu %erd o& 8isse a,ui*o co! o hu!or e/a*tado& Acho ,ue ne+ nhu!a outra !estra seria t o $oa e! *ecionar' !ostrando ao %u%i*o na %r-tica tudo so$re o conheci!ento ,ue deveria a%render& E co*ocando+o e! %erigoC + A vo) de Lua tornava+se s1ria& + Eeu !1todo de *ecionar n o 1 descu*%a %ara co*oc-+*o e! u!a situa o dessas& C1us' u!a invas o ao %ara3so" 9o ,ue eu estava %ensandoC Acho ,ue (ui ego3sta de!ais' e %or isso %eo descu*%as& D co!o voc0 disse antes& Eu entraria e! %erigo !ais cedo ou !ais tarde' es,ueceuC Sou (i*ho de u! 5arrior' entraria e! !eio a co!$ates de vida ou !orte a ,ua*,uer hora& + 7a*ava de $oca cheia& + 6ue di(erena (a) u! treina!ento assi!C Acho at1 $o!' desse !odo %osso acostu!ar+!e desde cedo aos desa+ (ios& Le!$re+se ,ue ainda esta!os e! guerra' ,ua*,uer !1todo de trei+ na!ento 1 aceit-ve*& Be!' de ,ua*,uer !odo' ,ueria di)er ,ue aceitarei seu %*ano' !es!o sa+ $endo ,ue o co*oco e! %erigo& >or isso' %ara *ivrar+!e de ,ua*,uer res+ %onsa$i*idade' eu saio %assiva!ente do !eu t3tu*o de !estra& Est- agin+ do %or conta %r;%ria' e aceitarei a sua ajuda co!o u! a!igo&

6*on (oi t o sur%reendido ,ue engasgou& Zarat %er!aneceu $o,uia$erta %or a*+ guns !o!entos& Lua ne! se !overa& >er!anecia a*i' co!o u!a est-tua' de%osi+ tando o o*har so$re a,ue*e ,ue u! dia (ora seu a*uno e as ! os a ta%ar sua $oca' a%oiando os cotove*os so$re a !esa& Co!oC 7icou *ouca de ve)C + 8isse Zarat ,uando reco$rou a vo)& + E*e te! a%enas cinco anos" O ,ue a (a) %ensar ,ue e*e se sair- $e!C Ainda !ais se! a*gu1! %ara dar instru:es" 9 o sei' !as vejo e! e*e a*go&&& Es%ecia*& Acho ,ue te! u!a enor!e ca+ %acidade& 8o!inou o te*e%orte e! !enos de u!a hora' sa$e (a*ar co!o u! adu*to antes !es!o de ter %e*os no rosto e' antes de chegar at1 !i!' j- se %rovara !ais ca%a) do ,ue crianas co! !ais treina!ento na,ue*e *oca*& Acredito ,ue si!' e*e %ode conseguir& E !es!o ,ue eu ainda (osse sua !estra' n o teria co!o o instruir nesta situa o& Eas n o vejo %or ,ue devo %erder !inha !estra" + >edaos de % o voa + va! de sua $oca ,uando (a*ara& + A%enas %ara seu desencargo de cons+ ci0nciaC Isso 1 ser t o ego3sta ,uanto antes&

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Isso n o 1 nenhu! castigo' n o gostaria ,ue visse assi!& >ense co!o justia& BustiaC Si!& Vou %assar a ser u!a !estra res%ons-ve* de u! anjo ,ua*,uer< ,ua*,uer ato i*3cito ,ue ,ueira co!eter' co!eta %or si s;& 9 o (arei de !i! u!a c=!%*ice& A(ina*' voc0 n o acha errado a*gu1! %agar %e*o cri+ !e de outra %essoaC D !es!o&&& #e! ra) o& + A vo) de 6*on (icou triste& + Isso ,uer di)er ,ue nunca !ais vo*tarei a sua tute*a se (or %ara *-C 6uando eu disse ,ue n o seria !ais sua !estra' ,uis di)er ,ue n o terei !ais a o$riga o de %ro(essora %ara a*uno contigo& 9 o disse ,ue dei/a+ rei de ser sua a!iga&&& E co!o a!iga' n o acho ,ue (aria !a* e! ensin-+ *o a*gu!as coisas&&&

6*on sorriu& >erce$eu a (ace de Lua es$oar u! sorriso' !as ,ue *ogo se a%a+ gara ta!$1!& Eas isso ser- nosso segredo& EntendidoC As %essoas continuar o a nos ver co!o !estra e %u%i*o' e isso ,ue aca$ei de di)er (icar- a%enas entre a,ue*es ,ue est o agora nesta casa& Entendido& Es%ere&&& + 7oi a ve) de Zarat (a*ar& + 6uer di)er ,ue est- %edindo %ara o jove! !entirC 9 o' n o ser- u!a !entira& Eas e*e n o %recisa contar nada disso a nin+ gu1!' e se a*gu1! %erguntar coisas co!o @6*on' co!o vai a sua !estraCA' e*e %oder- res%onder tran,ui*a!ente< @E*a n o 1 !inha !estra' 1 !inha a!iga&A S; %retendo n o *evantar sus%eitas so$re o ,ue aconte+ ceu a,ui& E caso a*gu1! venha a desco$rir a verdade' e*e n o %oderser ju*gado co!o %ecador %or !entir& Eas isso n o (ar- !uita di(erena& Se desco$rire! o ,ue est- acontecendo a,ui' e*e ser- deca%itado t o r-+ %ido ,uanto %ossa di)er ,ua*,uer coisa e! sua de(esa e! u! tri$una*& D&&& Inte*igente' eu concordo& + 8isse Zarat& + Eas ainda acho u! risco ,ue 6*on deveria reconsiderar& Concordo' Zarat& + 7a*ou Lua' (a)endo u! !ovi!ento co! sua ca$ea& + E se desistir' eu %oderei vo*tar a ser sua !estra se! nenhu!a %reocu%a+ o' e esta conversa e o ,ue aconteceu a,ui se a%agar- e! nossas !e+ !;rias& O ,ue !e di)C 9 o ,uero ,ue se arris,ue tanto %or !i!& Ainda !ais %or u! !otivo t o ego3sta ,uanto esse& D u!a $oa %ro%osta' !as j- to!ei !inha decis o& E a*1! do !ais' eu

13!

se!%re ,uis ver o reino ce*estia* co! !eus %r;%rios o*hos& 6uero sa$er %ara onde vou a%;s rea*i)ar !eus F00 anos de servio& Ent o descanse' 6*on& A!anh co*ocare!os seu %*ano e! %r-tica' e Za+ rat&&& 8escu*%e+nos %or a$usar de sua hos%ita*idade& 9 o te! %ro$*e!a& 7a)ia !uitos anos ,ue n o tinha ,ua*,uer co!%a+ nhia' ent o eu ,ue devo agradec0+*os %or tere! tratado+!e co!o a*+ gu1!& Acho $o! dor!ir!os' n o 1 !es!oC

Zarat *evantou+se de sua cadeira& Curvou+se %ara Lua e deu u! a$rao e! 6*on' ,ue ainda co!ia co! vontade ta!anha sua (o!e& A(agou seus ca$e*os e deu u! $eijo e! seu rosto& 1Ela aproximou-se de meu ouvido, em meio a um leve sussurro, e disse: @/urma em min!a cama !o"e, pequenino.@ 3ua vo# era suave e delicada. ()o percebi nen!uma malcia nela. ()o pensei em por que ela queria isso, mas tamb&m nada pude responder. *penas sorri. *c!o que foi um sim, e ela tamb&m entendeu dessa forma. /eu-me outro sorriso, enquanto subia para seu quarto. Ol!ei para min!a mestra e pensei em cont-la, mas ac!o que ela " sabia do que se tratava. Outro sorriso se formava em seu rosto. Ela apenas me disse que era comum entre os soldados an!ar um presente feminino antes de sua partida, e que n)o faria mal al um receber tal presente, mesmo sendo muito novo. /eixei min!a espada sob sua tutela, para que a vi iasse, e subi as escadas de madeira. ()o !avia corrim)o, e nem precisava. Era uma passa em estreita e baixa, com frias paredes em suas lados, al&m de curta. *o c!e ar l em cima, deparei-me pela primeira ve# com uma an"a nua.? G Seu ,uarto era %e,ueno' !as era !aior ,ue ,ua*,uer outro cI!odo da casa& 8evia ter o !es!o ta!anho ,ue a sa*a de estar e jantar so!adas' e a%enas u! guarda+rou%as antigo' u!a %e,uena ca!a de casa* e u!a cI!oda ao seu *ado %reenchia! o *oca*& .! ta%ete de %ano e! u! to! $eje era o =nico orna!ento do ,uarto inteiro& .!a %e,uena jane*a atr-s da ca!a co! a$as de !adeira' jcerradas' co!%*etava! a,ue*e %o$re cen-rio& Zarat estava nua 2 sua (rente& Se+ gurava e! suas ! os u! su%orte de (erro co! u!a ve*a acesa' ,ue era toda a i*u!ina o do ,uarto& Os seus seios' redondos e (ir!es co! %e,uenos !a!i*os rosados' rece$ia! a !aior %arte da *u) junto co! a (ir!e e %e,uena $arriga' ,ue era !agra o su(iciente %ara vis*u!$rar os ossos dos seus ,uadris& Eas ,ue *-sti!a u! jove! anjo' u! guerreiro' 2 $eira da !orte' se! nunca ter %rovado dos %oucos %ra)eres !ortais ,ue s o u!a %e,uena reco!%ensa %ara a,ue*es ,ue %rotege! a %a) entre todos os seres& + 8i+ )ia Zarat& O ,ue eu devo (a)erC + 4es%ondeu o jove!' sentindo+se %erdido&

13"

A%enas e/%eri!ente hoje a*go ,ue (a) os !ortais tere! %a) e! suas ca + !as nas *ongas noites (rias& Toje %oder- ser a =*ti!a noite ,ue %rovardisso' !as tenha e! !ente ,ue' caso so$reviva' est- ser- a%enas a %ri+ !eira de !uitas ve)es&

Zarat a$raou+o' co*ocando o rosto do %e,ueno entre seus seios& Acariciou seus *ongos e sedosos ca$e*os co! as ! os& 6*on a$raou+a %e*a cintura' se! di)er !ais nada& Sentia+se $e!' con(ort-ve*& 8eve sentir+se sujo nessas rou%as' n o 1 !es!oC + 8isse Zarat& Si!& B- (a) te!%o ,ue n o to!o u! $anho e troco !inhas vestes& + Ta+ via evitado to!ar $anho' %ois at1 a -gua das torneiras da,ue*e *ugar o dei/ava tre!endo de (rio& Ent o venha' to!e!os u! $anho& A -gua est- ge*ada %ois n o tive te!+ %o de a,uec0+*a antes ,ue viesse' !as eu o dei/arei *i!%o& + 8isse Zarat' %u/ando+o de *eve at1 u! cI!odo ,ue (icava e! (rente 2 ca!a e ao *ado do ar!-rio&

O $anheiro era' se! so!$ra de d=vidas' o !enor cI!odo da casa& #anto o de $ai/o' onde se a%ertara %ara (a)er as necessidades' ,uanto a,ue*e& Assi! co!o o do andar in(erior' tinha u!a %rivada e u!a %ia' !as na,ue*e ta!$1! havia u!a $anheira& #odos escu*%idos na %r;%ria %edra& Zarat (echou a %e,uena ta!%a de !adeira e a$riu a torneira' e -gua' t o g1*ida ,uanto %oderia' %reencheu a $a+ nheira& E*a (oi a %ri!eira a entrar' e 6*on re%arou ,ue os %e*os de seus $raos e %ernas eriara!+se ao !enor to,ue co! a su%er(3cie do *3,uido crista*ino& A%;s a(undar co!%*eta!ente' cha!ou+o& Ao entrar e sentar de costas %ara e*a' %erce+ $eu ,ue a,ue*a -gua era t o (ria ,uanto a ,ue $e$ia e! casa nos dias de ver o' co! cu$os de ge*o (*utuando e! sua su%er(3cie& Est- co! (rio' crianaC + 7a*ou' a$raando+o& + 9 o se %reocu%e' %arti*ha+ rei do !eu ca*or e o a,uecerei&

O (rio da $anheira n o o inco!odava !ais& Seu cor%o ,uei!ava %or dentro& Os seios !acios onde rec*inara sua ca$ea era! t o ,uentes e suaves ,ue' estra+ nha!ente' o a,uecia!& A %e*e de Zarat era (ina e !acia co!o u!a %*u!a& E*a %egou o sa$onete ,ue re%ousava e! u! dos a%oios da $anheira e %assou %e*o seu %eitora*' descendo %e*a $arriga curvando na %arte interna de suas co/as' %r;/i!o a viri*ha& 1*l o revirava-se em meu est9ma o. (unca !avia sentido tanto calor antes. Balor suficiente para, mesmo em meio a uma ua con elante, suar pela testa. Estava sentindo quase o mesmo torpor que senti ao roubar e beber escondido uma ta+a do vin!o de meu av9. Mas nem mesmo aquele pra#er que senti aos meus trs anos se comparava a sensa+)o daquele momento com Warat...? Co! suas ! os e! concha' a%anhou u! $ocado de -gua e o des%ejou so$re

13#

seus ca$e*os ruivos& >assou o sa$ o e! suas !echas' e de%ois o en/aguou& Es + (regou suas costas e at1 !es!o suas n-degas' cu!%rindo a %ro!essa de o dei + /ar co!%*eta!ente *i!%o& Anda' 1 sua ve) de es(regar+!e& Zarat a(astou a 6*on e virou+se de costas %ara e*e& B- *i!%o' ajoe*hou+se atr-s de*a %ara ter o !es!o ta!anho e' assi! co!o e*a' %assou o sa$ o %e*o cor%o nu a sua (rente& Co!eou %e*o %escoo e desceu %e*os seus seios' ,ue estava! r3gidos e ,uentes& >e*a $arriga e %e*as co/as' at1 notar a*go ,ue n o havia e! seu cor%o& O ,ue 1 isso' ZaratC D o ,ue di(erencia u! anjo de u!a anja' 6*on& .! !acho de u!a (0!ea& D %or a,ui ,ue os $e$0s entra! e sae! do cor%o de u!a !u*her' !as c*aro< ainda 1 jove! de!ais %ara sa$er disso& >osso&&& #ocarC C*aro&&& Se voc0 n o o(erecesse' eu !es!o %ediria&&&

6*on dei/ou cair o sa$ o dentro da $anheira' e' de*icada!ente' %assou sua ! o na,ue*a regi o& #inha a*guns %e*os' ao contr-rio da !es!a -rea de seu cor+ %o& A,ue*e %e,ueno ;rg o n o %endia e ne! !es!o a %e,uena $o*sa enrugada& A%enas u!a -rea *isa e !uito ,uente estava a*i& 6uanto !ais des*i)ava a ! o %ara sentir a,ue*a regi o' %erce$ia ,ue os sus%iros de Zarat au!entava!& 8evo %ararC 9 o' continue at1 saciar sua vontade" + 4es%ondeu e*a e! u! to! ,uase ,ue autorit-rio&

E*e sentia a*go con(uso ao (a)er a,ue*e !ovi!ento' !as gostava& Era t o !a+ cia e ,uente' e %arecia tre!er ,uando tocava e! a*guns *ocais& Continuou a aca+ riciar at1 ,ue Zarat so*tou u! grito agudo e co! as co/as %rendeu a sua ! o' %rovocando u!a dor su%ort-ve*& A%;s vo*tar a contro*ar a o(egante res%ira o' e*a virou+se %ara e*e' co! u! sorriso no rosto& Co! a ! o direita segurou seu ,uei/o de*icada!ente' e a%ro/i!ou suas (aces& Os seus *-$ios tocara!+se e! u! carinhoso $eijo& Curto' !as ,ue %ara e*e %areceu durar u!a eternidade& Os *-$ios de*a tinha! u! adocicado sa$or de !a & E*a saiu da -gua e en/ugou+se co! u!a toa*ha de a*god o& Eandou e*e sair e (e) o !es!o e! seu %e,ueno cor%o' e teve at1 !es!o a %aci0ncia de secar !e+ cha %or !echa de seu ca$e*o co!%rido& >or (i!' esva)iou a $anheira e %u/ou+o de vo*ta ao ,uarto& 8eitou+se na ca!a e cha!ou+o %ara ,ue deitasse ao seu *ado& Ao deitar+se' Zarat nova!ente o a$raara e co*ocara sua (ace entre seus seios& E*e retri$uiu o a$rao e a(undou o rosto ainda !ais entre a,ue*es seios !acios&

13.

8ur!a criana& E es%ero ,ue tenha gostado de !eu %resente&&&

6*on nada conseguiu %ensar& Seus o*hos estava! %esados& Assi! ,ue os (e+ chou' caiu e! u! %ro(undo sono& #a*ve)' o sono !ais agrad-ve* ,ue j- tivera desde ,ue sa3ra do con(orto de sua ca!a&&& G 1(aquela &poca, eu nada sabia daquilo que acabara de acontecer, e s, fui descobrir do que se tratava al uns anos mais tarde. Mesmo n)o tendo feito nada do que um adulto teria feito, aquela fora min!a primeira experincia sexual e com certe#a a levarei em min!as mem,rias at& o dia de min!a morte. 3into que deveria ter simplesmente pulado e i norado esta parte, mas me senti na obri a+)o de contar. E o porqu poder ser visto no decorrer de meus relatos. 4rosse uindo, com certe#a aquela noite fora uma das mel!ores que eu " tive. Mas acordar e ter de encarar o sorriso malicioso de min!a mestra n)o fora t)o bom. /e certa maneira aquilo me constran ia. Warat n)o parecia incomodada. 4elo contrrio, ao fa#er nosso caf& da man!), cantarolava como um pssaro novo e bem alimentado no al!o de uma nodosa rvore. Mas, situa+0es constran edoras > parte, naquela man!) teramos de repassar o plano.? >ois $e!' 6*on& Ao contr-rio de voc0' !inha noite de sono (oi tran,ui*a e curta& E co!o acordei cedo' estive re%ensando o seu %*ano origina*& + Zo!$ava de*e Lua& Co!o assi! @re%ensandoAC D u! $o! %*ano" + #entava n o dar aten o 2s $rincadeiras' en,uanto Zarat dava risinhos na co)inha& Si!' se! so!$ra de d=vidas' 1& Estou de %*eno acordo& Eas h- a*guns %ontos ne*e ,ue %ode! ser !udados' e nisso ,ue estive %ensando& Ent o diga ,uais' estou ansioso %ara ouvir& >ois $e!& Eantendo o %*ano origina* at1 a %arte e! ,ue cha!o a aten+ o de*es' a%;s isso %oder3a!os (a)er a*go !e*hor& Eu %oderia tentar dia*ogar co! e*es %e*o te!%o e! ,ue o v;rte/ (ica a$erto e' aca$ado esse te!%o' voc0 entraria no =*ti!o segundo e eu desa%areceria& E co!o %retende desa%arecer no arC D u! tru,ue ,ue tenho na !anga& Agora' o !ais i!%ortante 1 ,ue' antes de desa%arecer' eu vou cha!ar a aten o de*es a voc0 entrando no v;r+ te/& Isso co! certe)a (ar- co! ,ue e*es te %ersiga!& Es%ere& + >ronunciou+se Zarat da co)inha& + Isso n o 1 u! %ouco %erigo+ so %ara e*eC E se o a*canare!C Co! certe)a !orrer- t o r-%ido ,uanto u!a %resa de ani!ais se*vagens" E j- ,ue vai desa%arecer' %or,ue n o entra co! e*eC

14/

Eu sei ,ue est- %reocu%ada co! seu&&& >ro!etido& + 8isse e! !eio a !ais u! riso a$a(ado& + Eas isso seria !eio to*o de !inha %arte' visto ,ue eu devo ser %rocurada %or todo o reino ce*estia* %ara tere! tido o tra$a*ho de !e tirar de *- 2s %ressas& E si!' 1 %erigoso %ara e*e' !as as+ si! ,ue o vire! entrando' ir o atr-s de*e %or certo& E co!o eu vou desa+ %arecer' e*es n o ter o outra coisa a (a)er sen o a$rir o %orta*& Co! isso' o te!%o de 6*on ser- constante no %ara3so& Cerca de uns de) !eses' o ,ue e,uiva*eria a u! ano' a%ro/i!ada!ente& D&&& 4ea*!ente' u!a $oa !odi(ica o no %*ano origina*& + >onderou 6*on' ,uerendo %arecer s-$io& + Eas ainda ,uero sa$er co!o vai desa%arecer e! !eio ao nada& D u!a !agia ,ue %ro!eto ensinar ,uando retornar!os& 9 o sei ,uanto te!%o vou conseguir enganar e*es co! a,ue*e tru,ue' !as %enso eu ,ue durar- os cinco segundos necess-rios& Eas o !ais i!%ortante 1 ,ue (a+ a!os isso en,uanto o so* %ode %er!anecer o !-/i!o de te!%o %oss3+ ve* no hori)onte se! nascer& Toje' de %re(er0ncia& Eu concordo& + 8isse 6*on& + Eas co! u!a condi o& E ,ua* seria' !eu %u%i*oC 6ue %are co! suas %iadinhas&

#odos na sa*a ro!%era! e! risinhos a$a(ados' !as no (ina* Lua concordou e tentou aca$ar co! as $rincadeiras& 8isse ,ue' %ara e(eito hist;rico' e*e ainda era virge!' !es!o ,ue e*e n o sou$esse o signi(icado disso e !es!o ,ue' de u!a certa (or!a' a,ui*o ironica!ente (osse verdade& >re%arara! o %*ano co! u! %ouco !ais de deta*his!o' descrevendo at1 !es!o o roteiro& O v;rte/ se a$riria' co!o da =*ti!a ve)' e/ata!ente aci!a da est-tua' virado %ara $ai/o& Visto %or u!a %essoa co!u! de %1' %areceria u!a %e,uena aur1o*a $ranca dois !etros aci!a da ca$ea da est-tua& Eas vista %or u!a %essoa deita+ da aos %1s do anjo de %edra' seria co!o o*har %ara u!a *u) atrav1s de u! c3rcu + *o co! %ouco !ais de u! !etro de diH!etro& Inde%endente!ente da (or!a ,ue a%arecesse' co! certe)a 6*on deveria ir voando r-%ido at1 *-& E ter es%erado to + das as virtudes sair %or co!%*eto' ;$vio& A%;s a sa3da de*as' teria seus %reciosos cinco segundos& Zarat a%enas ouvira' e! nada %artici%ara do %*ano& Eas disse ,ue ,ueria ver de *onge o ,ue aconteceria' e' !es!o avisada do %erigo' consen+ tira! ,ue e*a assi! o (i)esse& 8e %*anos traados' s; $astava co*ocar tudo e! %r-tica& 6*on e Zarat dera! a vo*ta e! $ecos e rue*as e escondera!+se do *ado o%osto ao de Lua' ,ue andava a %assos curtos e! dire o 2,ue*e ,ue (ora u! dia o *oca* da !orte do seu %as+ sado& 9 o %odia esconder o !edo no seu rosto' !as arrancava corage! do (un+ do da a*!a %ara continuar andando& E' %or (i!' %arou e! (rente ao destino&

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Cap. 1# Bre

stava ventando& .! vento (orte& E! u! hori)onte distante' o so* raiava t o *enta!ente ,ue !es!o o !ais ro!Hntico dos !ortais n o teria ca+ %acidade %ara es%erar ,ue e*e se !ostrasse %or co!%*eto& Lua ja)ia a*i' e! (rente 2 est-tua' a%enas es%erando co!o (ora instru3da& Ao !enor sina* do surgi!ento do v;rte/' o %*ano co!earia a ser e/ecutado& 9 o de!orou !uito %ara ,ue o vento au!entasse de intensidade& >rinci%a*!ente %or,ue u! novo' vindo da dire o da (onte' %areceu au!entar ainda !ais o antigo& >enas esvoa+ ava! %ara todos os cantos ,uando 6*on %Is+se ,uase de %1' (icando curvado so$re suas co/as' co!o a*gu1! %ronto %ara %u*ar& Seus ca$e*os esvoaava!& Zarat se a%ro/i!ou %or tr-s de*e e o a$raou %e*o $rao' co*ocando seu cotove*o entre os aconchegantes seios& >ro!eta& + 8isse co! u!a vo) chorosa& O ,ue eu deveria %ro!eterC + >erguntou' curvando o rosto& >ro!eta+!e ,ue ir- vo*tar& A,ui*o ,ue aconteceu entre n;s onte!' a*1! de ser u! %resente de des%edida' (oi ta!$1! u! incentivo& >or isso' %ro!eta+!e ,ue ir- retornar& + .!a %e,uena *-gri!a correu de seu o*ho es,uerdo assi! ,ue aca$ou de (a*ar& Eu&&& Eu tentarei& + 4es%ondeu co! u!a vo) incerta&

8e u!a (or!a ,ue ne! e*e !es!o conhecia' sentia+se a%egado a e*a& #a*ve) %e*o (ato de ter rece$ido tanto carinho e aten o' desde ,ue e*e a vira %e*a %ri + !eira ve)& E na noite anterior' e*a %assara a signi(icar !ais ainda& E*e ne! !es+ !o sa$ia ao certo o %or,u0 da,ui*o' ne! se,uer tinha vivido ainda u! ro!ance& A,ue*e senti!ento con(uso era !uito novo %ara seu %e,ueno cora o& 6*on' o$serve" + ?ritou Lua' cha!ando sua aten o& E*a correra e! dire o ao so*' do *ado o%osto de onde estava& O !ovi!ento era !eio con(uso& Estaria e*a se %reci%itandoC O v;rte/ j- co!eava a a%arecer %erto da est-tua' na !es!a %osi o ,ue %revira anterior!ente& Ent o %or ,ua* !otivo e*a corria %ara *ongeC Sua so!$ra a%enas au!entava a !edida ,ue se distanciava& 6ue es%1cie de %*ano era a,ue*eC

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1E foi da @cabe+a@ da sombra que sur ira um @clone@ de 5ua, na mesma posi+)o que ela estava antes. Ent)o eu pude entender o plano e a ma ia. Ela apenas ti n!a ficado ali antes para conse uir atrair a aten+)o das virtudes, mas depois pro"etara sua sombra, contando com a ilumina+)o pr,pria do sol, e dela fi#era um clone. Era o que eu, uma certa ve#, tin!a lido sobre: uma ma ia de replica+)o. 4elo que eu sabia, existiam vrias delas. /e acordo com o livro, tais r&plicas podiam falar e ver com os sentidos de seu criador, mas ao serem tocadas, desapareciam. (unca !avia visto uma pessoalmente, at& aquele dia. 2ealmente, fora uma ttica bril!anteA? Agora' %recisava! contar a%enas co! u! %ouco da sorte& A%;s as virtudes a%arecere!' deveria! dia*ogar co! Lua %or a*guns segundos se! se,uer to+ c-+*a& Se conseguisse' $astaria entrar e o resto sucederia %or si s;& E*as viria! atr-s de*e a%;s sere! a*ertadas' e ent o Lua desa%areceria da !es!a (or!a ,ue surgira< e! u!a so!$ra& As virtudes veria!+se o$rigadas a a$rir o %orta* e ir atr-s de*e& A =nica coisa i!%ensada at1 o !o!ento seria< na hora ,ue e*e (osse vo*tar' co!o esca%aria das virtudesC 9e! Lua ne! Zarat havia! %erce$ido isso' %ara a sua sorte' sen o de(initiva!ente o %roi$iria! de ir& Eas 6*on j- havia %en+ sado nisso desde as horas ,ue %assara na entrada da cidade' !editando& Era co! certe)a !uito arriscado %ara e*e' u! anjo se! treina!ento a*gu!' tentar vo*+ tar e (ugir das virtudes& Co! certe)a os ,uator)e o*hos se vo*taria! %ara e*e' !as j- n o i!%ortava !ais& A%enas ,ueria co!%*etar a !iss o a ,ue (ora con(iado& Eas' da,ue*e %*ano %er(eito' a%enas u!a coisa n o se *e!$rara! e n o conta+ ra!& A i*u!ina o a!$iente ,ue era distorcida %e*o %orta*& Co! isso' a r1%*ica de Lua ta!$1! se distorcia& E' ao sair da %ri!eira virtude&&& #udo acontecera !uito r-%ido& 1 A virtude de n=!ero IV' 8i*ig0ncia' viu a i!age! distorcida de Lua' e co! u! rugido ,ue di)ia @Ai est-' %ecadora"A %artiu %ara a atacar co! sua es%ada& As ou+ tras virtudes se a!ontoava! no %orta*' tentando %u/ar 8i*ig0ncia' e era! arrasta+ das %or sua (ora& Ao %erce$er a *H!ina da es%ada vindo e! sua dire o' a r1%*i+ ca %u*ou %ara tr-s' e a i!age! se distorcera& #entou di)er a*gu!a coisa' !as suas %a*avras saia! estranhas' %rovave*!ente %e*a inter(er0ncia do v;rte/& Co! u! segundo go*%e' !ais r-%ido ,ue o anterior' a es%ada de 8i*ig0ncia cortou o ar' atravessando a r1%*ica ao !eio e a (a)endo desa%arecer& 6*on' ca*ado' %erce$ia seu erro& Sua (ace se distorcia e! u!a careta de re%re+ ens o en,uanto o$servava a =*ti!a das sete virtudes atravessar %e*o %orta*& O %*ano ainda estava va*endo& O $aru*ho causado %e*o ca!%o de (ora' as descar+ gas e*1tricas e o vento n o o dei/ara! ouvir as %a*avras ,ue Zarat o gritava' !as n o i!%ortava& 6uando o$servou a =*ti!a virtude ser %u/ada %ara (ora do v;rte/ agarrada 2 cintura de seu co!%anheiro' suas %ernas %egara! u! i!%u*so direto %ara o %orta*&

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0 8i*ig0ncia %arecia !eio %erdida' !as %or (i! %areceu entender o ,ue havia su+ cedido& ?ritou u!a %raga ,ua*,uer e' !es!o sendo segurado %or tr0s outras vir+ tudes ,ue tentava! o i!%edir' conseguiu usar o te*e%orte' su!indo e! u! (i*ete de *u) a)u*ado na !es!a dire o de sua !estra& Lua j- deveria estar (a)endo o !es!o aonde estava' tentou %rever 6*on& E*e j- havia %egado i!%u*so e voava e! dire o ao v;rte/& #entou concentrar+se %ara u! te*e%orte' !as n o conse+ guiu& A%enas $ateu as asas e! dire o 2 es%ira* de *u)& Zarat ainda gritava u!a coisa ,ua*,uer 2s suas costas& 6*on o*hou de re*ance %ara u!a virtude ca3da no ch o& Li$era*idade o o*hava co! a !-scara ine/%res+ siva' e j- co*ocava a ! o no ca$o da es%ada ,ue tra)ia 2 cintura& 1 As virtudes ,ue segurava! 8i*ig0ncia (ora! jogadas ao ar' co!o $onecos& 8uas outras virtudes gritava! a*gu!a coisa' 2,ue*a a*tura inaud3ve* aos ouvidos de 6*on' ,ue se a%ro/i!ava cada ve) !ais r-%ido do v;rte/& A %assage! se en+ contrava aci!a da ca$ea da est-tua' e estava a !ais ou !enos ,uatro *ongos !etros de distHncia de seus o*hos& Sentia ,ue j- havia %ercorrido a !etade da distHncia' e estava %erto do seu o$jetivo& Eas %ara seu a)ar Li$era*idade j- esta+ va de %1' co! o*hos ,ue (*a!ejava! %or tr-s das a$erturas do dis(arce (acia*& Sua ! o j- sacara a *H!ina' e seu cor%o se do$rava so$re as %ernas %ara to!ar u! i!%u*so (orte& A*go e!%urrara 6*on %e*os %1s co! u!a certa (ora' au!entando sua ve*oci+ dade& As duas virtudes ,ue gritava! %ara 8i*ig0ncia %arar' Bondade e >aci0ncia' vo*tara! sua aten o %ara a cena ,ue ocorrera %erto da (onte& 7a*tava a%enas !ais u! %ouco&&& 2 Co! o i!%u*so' 6*on (ina*!ente chegara aci!a da ca$ea da est-tua& Encon+ trava+se %ratica!ente deitado' co! a $arriga virada %ara a ca$ea careca do anjo de %edra e as costas' de asas a$ertas' vo*tada %ara o %orta*& A i!age! de Li$era*idade voando ao seu encontro era r-%ida' e vinha ,uase ,ue a$ai/o de*e& A es%ada se erguia co! o !ovi!ento de seu $rao' e co!o se (osse u!a *ana' a%ontava %ara o %eito de 6*on& Ees!o tentando sacar a Sanctus de sua $ainha' sa$ia ,ue n o haveria te!%o o su(iciente co! sua $ai/a agi*idade& 4ea*!ente' seria !e*hor ter treinado !ais antes de co*ocar o %*ano e! %r-tica& >oderia ter vo*tado %ara seu %*aneta e (icado a*guns anos treinando so$ a tute*a de Lua& I!+ %u*sos& A sua vida havia resu!ido+se 2,ui*o' i!%u*so e! conseguir rea*i)ar seus desejos& E isso' %rovave*!ente' estaria enviando+o direta!ente %ara a !orte& A *H!ina da es%ada dourada de Li$era*idade voava r-%ido e! dire o ao seu %eito& A $oca escancarada de 6*on e! u! grito de guerra ,ue a%enas u! so*da+ do usaria& 6uando %ensou ,ue a !orte estava %erto' sentiu a*go estranho&&&

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3 .!a ! o' !ais do ,ue conhecida' tocara e! seu o!$ro& Zarat havia !ergu+ *hado e! u! !ovi!ento suicida' o e!%urrando e! dire o a a$ertura de %*anos' ,ue j- estava se (echando' e (icando e! seu *ugar %ara rece$er o go*%e *eta* de Li$era*idade& Sentia o v;rte/ %u/-+*o& Seu ca$e*o estava arre%iado& O vento a*i era (orte' e sugava+o %ara dentro& #eve te!%o su(iciente de ver Zarat' virada de (rente %ara e*e' rece$er a es%ada dourada cujo destino %rinci%a* era seu %eito& O (rio !eta* a atravessou a $arriga' e u! grito agudo de dor %odia ser ouvido co! c*are)a %e*os ouvidos do %e,ueno 6*on' ,ue sentia u!a s=$ita triste)a invadir todo o seu cor%o& So*tara a sua es%a+ da' ,ue (ora arrastada %ara dentro do v;rte/' e tentara estender a ! o %ara so+ correr sua ,uerida a!iga e ,uase a!ante' ,ue agoni)ava de o*hos (echados e $oca co!%*eta!ente a$erta& 4e%entina!ente' seus o*hos se a$rira! e o*hara! direta!ente %ara o descen+ dente dos seus antigos !estres& E*a chorava& Sua $oca se contorceu e! u!a tentativa de sorriso dis(or!e' !ostrando seus $rancos dentes& A *u) se esvaia de seus o*hos& L-gri!as e gotas de sangue era! varridas junto co! 6*on' e*e %Ide senti+*as tocando o rosto e a testa e %odia v0+*as !anchando sua rou%a& E*a !o+ veu os $raos' e co! o ,ue restara de (ora atirara a e*e duas %edras' negras co!o a noite& E' e! seu =*ti!o o*har %ara a,ue*a triste cena' %Ide %erce$er ,ue seus *-$ios se !ovia! e (or!ava! u!a =*ti!a (rase& 1-umpra sua promessa.? A *u) se esva3ra ,uase %or co!%*eto de seus o*hos' e e*es cerrara!' assi! co!o a cena 2 sua (rente& O %orta* havia (echado %or co!%*eto' e e*e agora se sentia caindo a u!a ve*ocidade assustadora!ente a*ta& As %edras viera! ao seu encontro' e $atera! u!a no %eito e outra na (ace& Co! u! !ovi!ento r-%ido das ! os' %egou+as e ana*isou& 1Hreu, assim como ela !avia prometido. Bomecei a c!orar. 4e uei as duas pedras e as coloquei em min!a pequena bolsa de couro, que "amais sara do meu lado. Bomo eu estava indo muito rpido, fora muito difcil mover-me, mesmo que apenas os meus bra+os. *l o assoviava >s min!as costas. .entei virar o corpo, e com muito esfor+o conse ui. Mer ul!ando muito rpido em um ambiente que parecia o centro de um tornado onde a cor branca predominava, 3anctus ras ava o ar com sua ponta. Estava rpida como um cometa, e criava ao seu redor labare das de c!amas a#uladas, que se propa avam at& seu cabo. Estendi a m)o para alcan+-la, mas n)o conse ui. Ela era muito mais rpida que eu e parecia tomar uma dire+)o diferente da min!a. * acompan!ei com os ol!os lacrime"antes at& que ela saiu do meu limitado campo de vis)o. Estava perdendo o meu item mais precioso: a espada do meu pai. /e s%bito, senti uma estran!a vontade de fec!ar os ol!os. 4arecia que tudo aquilo !avia su ado min!as ener ias. E ent)o, entreuei o resto nas m)os de meu impiedoso destino.?

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G A chuva ca3a (ina so$re seu rosto& Se! !over se,uer u! !=scu*o' 6*on (itava o c1u nu$*ado& Estava deitado so$re a re*va' de $raos e %ernas a$ertos' e! u! *ugar desconhecido co! nada ao seu redor& 9e! !es!o u!a -rvore' e! *1guas de distHncia& O terreno era todo %*ano' regu*ar& Era co!o u! vasto deserto de ve + geta o rasteira' ,ue se estendia at1 detr-s do hori)onte& 9 o sa$ia co!o havia chegado a*i& A%enas acordara na,ue*a %osi o e na,ue*e *ugar& #a!$1! n o de+ sejava !over+se& ?ostaria de %er!anecer na,ue*a %osi o %ara se!%re' co! o in=ti* desejo de ,ue tudo a,ui*o ,ue %assara (osse a%enas u! %esade*o terr3ve*' e ,ue ,uando a$risse os o*hos ao %r;/i!o %iscar' tudo teria vo*tado ao nor!a*& Es+ taria deitado e! sua ca!a' e! Aeria' e! sua casa e! (rente ao ce!it1rio' e sua ! e estaria ao seu *ado' aca*!ando+o e di)endo ,ue tudo a,ui*o n o %assara de u! %1ssi!o sonho& Eas essa cena nunca vinha' %or !ais ,ue (echasse os o*hos e %er!anecesse co! e*es cerrados& Sua rou%a estava enso%ada& 8evia estar a*i a !ais te!%o des!aiado' ou to!ou !uito te!%o %ensando& 1Doi a primeira ve# que eu presenciei a morte de al u&m pr,ximo a mim. .oda ve# que meus ol!os fec!avam, eu podia ver seu sorriso e sua boca di#endo @Bumpra sua promessa@ em palavras mudas. Um sentimento de impotncia seria quase que o suficiente para descrever o que se passava em min!a cabe+a. Mas ainda tin!a outros, como o ,dio de mim mesmo por t-la envolvido em tudo aquilo, a triste#a por ter visto sua partida, a decep+)o. Min!a imprudncia, pressa e incapacidade ttica custaram a uma pobre an"a seu bem mais precioso: a vida. (o final, ela se sacrificara para que eu pudesse se uir com meu e osmo e, posso di#er at& !o"e, que foi a maior prova de amor, bondade e altrusmo que eu po deria ter visto.? Ainda estava cansado e se! sua es%ada& >e*o !enos sua !ochi*a ainda esta+ va agarrada ao seu o!$ro' co! a*guns itens $-sicos de so$reviv0ncia e *e!+ $ranas %reciosas da,ue*a ,ue %erdera& Sono*ento' cansado e triste' a*i ador!e+ cera nova!ente' se! ne! se !over& G E*e est- !ortoC 9 o' es,ueceu ,ue 1 i!%oss3ve* !orrer a,ui' ir! C Eas e*e est- ca3do' e n o se !ove& Ent o tente acord-+*o"

6*on sentia a*go tocar suas $ochechas' e !oveu a ca$ea de *ugar' tentando evitar o to,ue incI!odo do o$jeto (ino e %ontiagudo& Est- vendoC Eu disse ,ue e*e n o estava !orto& Eas ainda assi!' e*e n o acordou&&&

14!

#ente !ais u!a ve)' u!a hora e*e a$rir- os o*hos' acredite&

A garota !ais u!a ve) es%etou o ga*ho e! seu rosto& A (ace do %e,ueno anjo deitado na re*va se contorcia' !as se negava a a$rir os o*hos ou !es!o a $oca& 8eve estar doente&&& B- ouvi (a*ar so$re isso" Entre os !ortais 1 co!u!" Entre os !ortais' ir! " Co!o j- disse' a,ui todos so!os i!ortais& C1us' sua inoc0ncia !e inco!oda 2s ve)es& E*e teria de ter de(inhado a,ui %or dias %ara estar doente&&& 8escu*%e+!e' ir! o& Ent o&&& O ,ue deve!os (a)er co! e*eC E*e a%arenta cansao& At1 !es!o entre n;s 1 co!u! (icar e/austo& 8eve ter chegado recente!ente de (ora& Acho ,ue seria %rudente tratar de*e at1 ,ue tivesse condi:es de !over+se nova!ente& Le!$re+se de nosso teste& Eas' as virtudes j- n o est o a,ui' e n o a%arece! a dias" 9 o s o e*as as res%ons-veis %or issoC E eu acho estranho&&& Co!o e*e conseguiu en+ trar a,ui se! estar aco!%anhado %or e*asC E*e n o devia ter sido ju*ga+ do antesC 9 o sei' ta!$1! 1 u! !ist1rio& Ser- ,ue e*e 1 u! viajante de %*anosC Isso 1 %roi$ido" Ir! o' estare!os arriscando+nos se o co*ocar!os e! nossa casa&&& >or acaso j- es,ueceu+se do ,ue so!os e de nosso deverC >or acaso es,ueceu o !otivo de nossa cria oC Se %recisa!os ensinar aos !ortais verdadeiros va*ores' %roteg0+*os e cu!%rir seus desejos %uros' co!o en+ t o so!os ca%a)es de recusar ajuda a u! necessitadoC Eas eu tenho u!a !- i!%ress o" Isso n o 1 u! $o! %ress-gio&&& Le!+ $ra do !eteoro ,ue a%areceu a a*guns dias no hori)onteC 9enhu! dos guardas ,ue (ora investigar retornara ainda&

6*on %odia ouvir suas vo)es (a*ando entre si' !as n o conseguia a$rir os o*hos %ara ver seus rostos& 6ueria di)er @Sanctus' !e *eve at1 e*a& Ee *eve at1 !inha es%ada"A' !as as %a*avras n o %arecia! sair de sua $oca& O*he' sua $oca est- se !ovendo" + 8isse a vo) (e!inina& 4ea*!ente ir! & Ser- ,ue e*e ,uer co!unicar+se conoscoC O ,ue e*e ,uer di)erC 9 o consigo *er suas %a*avras&&& 9e! eu&&&

6*on estendera e a$rira a ! o' co!o ,ue! ,uisesse %edir a*go& Eas seu es+ (oro n o durou !uito& O cansao ,ue %esava e! seu cor%o era insu%er-ve*& Ta+

14"

via te!%o n o co!ia& Be$ia a%enas a -gua da chuva e ne! conseguia se !e/er& Se e*e veio de (ora' ent o %rovave*!ente n o est- ha$ituado a esta gra+ vidade& Ainda& + 8isse a vo) !ascu*ina& E co!o sa$e' ir! oC Sou$e ,ue o reino !orta* 1 co!%osto %or u!a at!os(era co! u!a gravi+ dade in(erior a nossa& C-*cu*os a%onta! ,ue a deste reino 1 %e*o !enos ,uatro ve)es !aior& E ta!$1!' ,uanto !aior o andar' !aior a gravidade i!%osta& 9ossa' ir! o" Voc0 rea*!ente se dedica aos estudos" E! %artes& Agora !e ajude' deve!os *evar o cor%o de*e %ara nossa casa at1 ,ue e*e tenha ca%acidade su(iciente de !over+se %or conta %r;%ria& Ainda acho u!a !- ideia' !as voc0 1 o !ais ve*ho' %or a*guns segundos !as 1& Ent o' %or !ais ,ue eu deteste ad!itir isso' devo seguir suas or+ dens& D $o! ver ,ue !e res%eita' ir! & Agora' %egue+o %e*os o!$ros& Eu o carregarei %e*as %ernas&

.! %ouco desajeitados' os dois anjos segurara!+no (ir!e!ente e *evara! consigo %ara u! outro *ugar& 6*on nada sentia' !as ainda assi! estava grato %e*o au/3*io %restado %e*os dois estranhos' ,ue ne! %udera ver o rosto& G A$rira seus o*hos& 7ina*!ente tinha (oras %ara isso& Estava e! u!a ca!a' u! %ouco dura e descon(ort-ve*& 9u& Seus trajes sujos havia! sido retirados' e esta+ va! do$rados e! ci!a da cI!oda de !adeira ao seu *ado& Sua $o*sa estava *ogo no ch o' recostada na !es!a cI!oda& Veri(icou+a& #odos os seus itens es+ tava! *- dentro& A casa a%arentava ter a%enas u! cI!odo& 6uarto' co)inha e sa*a de jantar' co! u!a !esa %e,uena e duas cadeiras' no !es!o recinto& A%e+ nas u!a jane*a' ,ue se encontrava ao *ado da %arede 2 sua direita& A %orta %are+ cia dar %ara o a!$iente e/terno& Ah' ent o vejo ,ue acordou& + 8isse a vo) de u! ho!e! ,ue entrava %or e*a& + Co!o se senteC Be!&&& + 4es%ondeu 6*on co! a ca$ea cheia de %erguntas' !as nenhu+ !a conseguia sair %or sua $oca& 8evo i!aginar ,ue tenha !uitas %erguntas' %e,uenino' assi! co!o te+ !os %ara voc0& + 7a*ou e*e' %arecendo *er os %ensa!entos do anjo aca+ !ado& + Eas es%ere !inha ir! chegar& E*a !e @!atariaA se sou$esse ,ue conversei co! voc0 en,uanto e*a estava (ora& E*a (oi $uscar a*gu+

14#

!as ervas %ara %re%arar!os u!a so%a& 7oi e*a ,ue te a*i!entou en,uan+ to %er!anecia da,ue*a (or!a' *e!$re+se de agradecer& E*e era $ai/o' devia ter cerca de u! !etro e setenta& Ca$e*os des%enteados' *isos e castanhos %endia! at1 os o!$ros& Seus o*hos era! verde+-gua' e tinha u! cor%o !agro' !as de !=scu*os de(inidos& 9 o usava rou%a a*gu!a e n o %ossu3a u!a genita* ne! u!$igo& Sua %e*e era u! %ouco !ais escura ,ue o co+ !u!& #a!$1! n o tinha asas& Estava %arado junto 2 %orta' a%enas o$servando& 6*on o*hou !eio %as!o %ara a,ui*o' !as o anjo desconhecido' nova!ente %are+ cendo *er sua !ente' disse< Ah' co!o j- deve ter %erce$ido' n o so!os se,uer anjos& 6uer di)er' so + !os' ainda n o a%rendi $e! ao certo& A%enas aca$a!os de ser criados e esta!os %assando %or u! treina!ento& Eu sou 6*on' e tenho L anos& + 8isse' u! %ouco con(uso& ?uarde as a%resenta:es %ara a%;s a re(ei o' ainda deve estar sentin+ do+se desnorteado e' %rovave*!ente' co! (o!e& Consegue !over+seC

6*on tentou !over $raos e %ernas& Ainda sentia u! %ouco de di(icu*dade& Eas j- %odia *evant-+*os nor!a*!ente& En,uanto estava a%agado' ouvi voc0s di)ere! ,ue a gravidade a,ui 1 ,uatro ve)es !aior do ,ue e! !eu %*aneta e ,ue os andares su%eriores a%resenta! gravidade !aior ainda& Isso 1 verdadeC Si!' 1& >1ssi!a not3cia& 6uanto te!%o estive inconscienteC Cinco noites& Eas voc0 %arece ter !uita sorte e (ora %ara u! garoto de sua idade& Seu cor%o se ada%ta r-%ido& Ei ei' !ais devagar' garoto& 9 o %recisa ter %ressa& Cuidare!os de voc0 at1 ter (oras su(icientes %ara se cuidar so)inho& At1 *-' descanse& D verdade ,ue o te!%o a,ui %assa !ais r-%ido ,ue *-' certoC >ode e/%*i + car+!e a %ro%or o correta e o %or,u0C >ara a*gu1! t o novo' te! !uita sede de conheci!ento& Eas si!' c*aro ,ue %osso res%onder sua %ergunta& Si!' %assa !ais r-%ido ,ue *-& A %ro+ %or o correta 1 de 2P dias a,ui %ara u! segundo& E o !otivo s o as %reces& >recesC E/ato& Os !ortais (a)e! !uitos %edidos %ara seus deuses' e' co! isso

6*on tentou *evantar' !as caiu na ca!a a%;s a*guns segundos de %1&

14.

te!os !uito tra$a*ho& Co!o a*unos' nosso o$jetivo 1 tradu)ir todas as ora:es %ara o idio!a ce*estia* e enca!inhar ao andar su%erior& Ent o estou !es!o e! Eercurii' corretoC + >erguntou 6*on& Si!& Eercurii' o andar %ri!itivo& Seja $e!+vindo& Ent o n o tenho te!%o a %erder& 8a,ui a ,uase u! ano eu deverei re+ gressar ao !eu %*aneta&

#entou *evantar+se de novo' !as *ogo caiu na ca!a& O anjo de %e*e !eio !ore+ na riu e (oi at1 e*e' ajeitando+o no *eito& >e*o visto' antes de %artir' vai ter de usar u! %ouco !ais de nossa hos%i+ ta*idade& E res%onder a a*gu!as %erguntas' esta!os curiosos %ara sa$er co!o veio %arar a,ui' 6*on&

A %orta se a$riu& .!a anja ,uase id0ntica a e*e surgiu& #inha *ongos ca$e*os' *isos e ta!$1! des%enteados' %endendo at1 as n-degas& Se! asas e se! geni+ tais' igua*!ente nua& Ao !enos ainda tinha seios' o ,ue dava u! certo di(e+ rencia*& Seus o*hos era! iguais' sua a*tura era igua* e at1 !es!o as curvas de sua (ace& Ir! o' e*e acordou" + 8isse' assustando+se e dei/ando cair os *egu!es e ervas ,ue tra)ia& Si!' acordou& Be!' acho ,ue agora %ode!os a%resentar+nos& Eeu no!e 1 Car*os' e o de*a 1 Ca!i*a& So!os g0!eos' e te!os 1Q anos' sendo ,ue sou a*guns segundos !ais ve*ho ,ue e*a& + 7a*ou en,uanto Ca!i*a %egava o ,ue dei/ara cair& >ra)er e! conhec0+*os' Car*os e Ca!i*a& + 4es%ondeu genti*!ente 6*on' (a)endo u! aceno co! a ca$ea& + Eeu no!e 1 6*on 5arrior Eros' te+ nho L anos e sou o =nico descendente do trono rea* de Sea*& Encantado&

Ao ouvir o no!e' os dois (i)era! u!a enor!e rever0ncia' ,ue durou !uitos segundos& Ca!i*a nova!ente dei/ara cair as coisas& Ajoe*hara!+se %ara e*e' co!o u! !orta* (a)ia diante de seus deuses& Eas' se! %erce$er' 6*on havia er+ rado e! a*go& 8issera seu no!e& Ainda n o sa$ia das conse,u0ncias ,ue a,ui*o acarretaria' !as tinha de ser !ais cuidadoso da*i e! diante& >or ,ue ta!anha rever0nciaC >or (avor' %onha!+se de %1& + >ediu 6*on' envergonhado&

E*es agia! co! !uita inoc0ncia' era! $ondosos&&& Entrara e! u!a ideia de %ara3so !orta*& .! *ugar co!%*eta!ente %ri!ata' onde seus ha$itantes andava! nus e ainda go)ava! de u!a %ure)a %erdida a eras& Isso o (a)ia %ensar< ser,ue e*es tinha! todas as res%ostas aos seus ,uestiona!entosC O te!%o corria' e e*e %recisava achar o ,ue (ora $uscar&

15/

Cap. 1& Visitas Inoport nas

e!orou u! %ouco at1 a so%a (icar %ronta& 6*on' aca!ado' nada %Ide (a)er a*1! de es%erar %aciente!ente' en,uanto Ca!i*a o enchia de gracejos e indaga:es& 6uando (icou %ronto' (ina*!ente co!era!& >ri+ !eiro a*i!entara! 6*on na ca!a' co*ocando %arte da so%a e! u!a tige*a de !a+ deira e servindo %ara to!ar' co!o a u! suco ,ua*,uer' co! a suti* di(erena de %arar %ara !astigar a es%essa !assa a cada go*e& En,uanto e*e $e$ia %aciente+ !ente a so%a' ,ue %arecia u! n1ctar dos deuses tanto %e*o sa$or ,ue a%resen+ tava ,uanto %e*a intensa (o!e' u! $o!$ardeio de %erguntas co!eou< Ent o 6*on&&& + Co!eou Ca!i*a& + 8iga+nos de onde voc0 veio& Eu vi! do 4eino Eorta* de Sea*& 9osso reino (oi criado %ara ,ue anjos co!$atesse! os de!Inios no %*aneta dos hu!anos e evitar ,ue o reino das cria:es divinas caia e! desgraa& Acho ,ue j- ouvi!os (a*ar de*e' ir! ' u!a ou duas ve)es& Le!$ra+se das au*as de hist;riaC Ah si!' $e! *e!$rado ir! o& Ent o 6*on' %r3nci%e do reino de Sea*&&& O ,ue (a) a,ui' entre os i!ortaisC 9 o !e %arece ,ue %restou todos os seus anos de servio&&& Era! F00' n o 1 !es!o ir! oC E/ato' ir! & 4ea*!ente' 6*on' o ,ue u! garoto co!o voc0 (a) a,uiC

6*on (icou !udo& 9 o sa$ia co!o res%onder 2,ui*o se! !entir& Se dissesse a verdade' %ossive*!ente iria! %erseguir e*e aonde ,uer ,ue (osse' se! contar ,ue tinha a grande %ossi$i*idade de tornar+se u! ca3do e %assar %ara o outro *ado da !oeda' na !e*hor das hi%;teses& 9a %ior' seria !orto ou a%risionado eterna!ente e! u!a %ris o astra*& Se !entisse' %oderia sa(ar+se da %ersegui o %or todos os sete c1us' !es!o j- estando !arcado %e*as virtudes' !as co! cer+ te)a era u! $o! !otivo %ara virar u! ca3do& Eentir 1 horr3ve* aos o*hos divinos& 8e todo jeito' s; %or estar a*i j- era u! !otivo %ara virar u! ca3do& #udo estava co!%*icado de!ais& Eas a %ure)a de ajudar co!%ensava' tornava a,ui*o tudo su%ort-ve*& Va*ia a %ena ajudar Lua' s; %ara ver a,ue*e $e*o sorriso e! seu rosto nova!ente' e %ara ver sua !ente *ivre dos gri*h:es do %assado& 9 o entendia ainda co!o ,uerer ajudar %oderia ser u! %ecado' !as !es!o assi!&&&

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#o!ou !ais u! go*e de so%a da tige*a& #inha u! sa$or agridoce' e estava re+ %*eto de ervas' $atatas' cenouras e sentiu at1 !es!o u! gosto a%i!entado& Eantinha a $oca ocu%ada co! a co!ida a (i! de adiar a res%osta o !-/i!o %os+ s3ve*' de tentar encontrar u!a (or!a de (a*ar a verdade se! %recisar reve*ar tudo ,ue o *evara 2,ue*e *ugar& >or (i! a so%a aca$ou' e co! e*a veio u!a res%osta& Estou %rocurando %or !inha es%ada& 9 o era !entira& E*e havia %erdido en,uanto estava no v;rte/' e isso o %reocu+ %ava !uito& A,ue*a es%ada era !uito es%ecia* %ara (icar %erdida ou cair nas ! os de outros& Ouvi di)er Continuou& + ,ue u! !eteoro caiu a,ui' e ,ue nenhu! dos guardas ,ue (oi investigar vo*tou' corretoC E*a viajou junto co!igo no v;r+ te/' !as esca%ou de !inhas ! os e (oi %arar e! a*gu! *ugar %or aciden+ te& >rovave*!ente deve ser esse !eteoro ,ue !encionara! ,uando !e encontrara! ,uase inconsciente& D u!a es%ada i!%ortanteC + >erguntou' co! seu jeito doce e inocente' Ca!i*a& D a =nica *e!$rana ,ue tenho de !eu %ai& >aiC + >areceu con(uso Car*os& + Ah' 1 !es!o& Ouvi di)er ,ue no reino !orta* dos anjos e*es se re%rodu)e! co!o os ani!ais& E voc0s n oC 8igo&&& 8e onde surgira!C + >erguntou 6*on& So!os %edaos dos deuses& + 4es%ondeu+o Ca!i*a& + 9;s' %or e/e!%*o' (o!os (eitos a %artir de u! !es!o (io de ca$e*o de u! de*es& E n o sa$e! de ,ua* dos deuses se originara!C 9 o& 9ingu1!' ne! !es!o n;s' %ode no!e-+*os ou di(erenci-+*os' e voc0 deveria sa$er disso co!o u! anjo& Os =nicos ,ue os d o no!es s o os !ortais& Eas isso n o i!%orta !uito' a(ina*' nossa !iss o 1 se!+ %re u!a s;' inde%endente de orige!& + 4es%ondeu sa$ia!ente Car*os& + Eas %or (avor' res%onda< ,ua* (oi o ato ,ue tornou u! dos anjos de %ri+ !eira es(eraC A*i-s' n o a%enas de %ri!eira es(era' !as a (un o de !ais a*ta c*asse' u! sera(i!C Co!o assi!C Ah' voc0 n o sa$eC Anjos nasce! se!%re co!o n;s' e a,ui rece$e!os treina!ento e !iss:es de nossos deuses& 8e%endendo de nosso dese!+ %enho' ganha!os as nossas asas' ,ue s o o s3!$o*o da es(era de %oder ,ue rege!os& As es(eras s o tr0s' e ,uanto !ais i!%ortante 1 e*a' !ais u! %ar de asas ad,uiri!os& D assi! a,ui no %ara3so& + Ensinou+o Car*os' co! u!a vo) serena&

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Si!& + Co!%*etava Ca!i*a& + E ,uanto !aior a (un o dentro dessas tr0s es(eras' !aior o ta!anho das asas& Eu ta!$1! %restei aten o nessa au*a' ir! o" .! anjo de %ri!eira es(era %ode ter u! %ar gigante de asas' e u! de segunda es(era %ode ter a%enas duas asas %e,ueninas& Eu sei' a%rendi hierar,uia ange*ica* co! !inha !estra& Eas n o i!agina+ va ,ue a di(erencia o (3sica se desse assi!&&& EestraC + Indagou' co! cara de curiosidade' Car*os& + Co!o assi!C .!a %ro(essora& .!a !orta*C + Eostrava+se cada ve) !ais con(uso& Si!' !as u!a detentora de !uitos conheci!entos& 6ue a)ar o seu' %e,uenino& A%rendendo de a*gu1! co! conheci!ento inco!%*eto& + 8isse Car*os co! triste)a na vo)& E co!o voc0s a%rende! a,uiC 9 o 1 a %artir de outro de voc0s ,ue os+ tenta u! !aior conheci!entoC C*aro ,ue n o" + Interveio Ca!i*a& + A,ui a%rende!os direta!ente co! os deuses& E*es %assa! todo o conheci!ento ,ue %recisa!os& Be!&&& O ensino de*a %ode n o se co!%arar ao dos deuses' !as co! certe)a 1 u! ;ti!o ensino& Bastante&&& 8inH!ico e %artici%ativo& E co!o entra! e! contato co! os deusesC 9 o entra!os& + 4es%ondeu Car*os& Ent o co!o&&& Entra!os e! contato co! e*esC A,ui as !ensagens divinas s o %assa+ das de andar e! andar& O s1ti!o andar' *ar dos deuses' !anda %ara o se/to' ,ue !anda %ara o ,uinto' ,ue !anda %ara o ,uarto&&& E assi! at1 chegar a n;s& D u! siste!a u! tanto ,uanto co!%*icado& E tenho outra d=vida< co!o os di(erencia! a,uiC 8igo&&& A%enas a a%ar0nciaC 9enhu! de voc0s te! u!a ha$i*idade es%ecia*C Si!' de%endendo da %arte do cor%o ,ue nasce!os& + Ca!i*a ta!$1! se !ostrava e/%eriente& + Eas co!o s o !uitas %artes ,ue %ode! nos criar' at1 !es!o unhas' as ha$i*idades s o !uito di(erenciadas& Entendo& 6*on' n;s enche!os voc0 de ,uest:es' e %or isso nos descu*%a!os& Baca$a!os co! nossas %erguntas& #e! !ais a*go ,ue ,ueira sa$erC

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6*on %ensou $e! nas %erguntas ,ue (aria& .!a %ergunta ,ue errasse e teria ,ue reve*ar ainda !ais coisas do ,ue %retendia& 9 o *evantar sus%eitas tornava+ se di(3ci*' !es!o co! a,ue*a inoc0ncia natura* de seus an(itri:es& Se! contar ,ue n o %oderia a%roveitar+se !uito da,ue*es a!-veis seres' seria u! cri!e& 8esejo sa$er a%enas a dire o ,ue o !eteoro caiu& >reciso recu%erar a !inha es%ada& Acho ,ue !es!o ,ue diga!os' seria i!%oss3ve* %ara voc0 entrar e sair de *-' jove!& + 8isse Car*os& E %or ,u0C Este n o 1 u! andar %ri!itivo atoa' 6*on& + 7a*ou Ca!i*a& + A,ui os deu+ ses dei/a! guardadas&&& @CoisasA& Euito $e! escondidas' inc*usive& E essas coisas %recisa! de %rote o& E nada !e*hor %ara %roteger do ,ue $estas !3ticas' tota*!ente agressivas contra invasores& E o *ugar onde o !eteoro caiu + Co!%*etou Car*os& + 1 o !ais %erigoso de todos& D %erto da -rvore de Jggdrasi*' onde os !aiores tesouros ce+ *estiais encontra!+se& As $estas !ais te!3veis ha$ita! *- e' ,uando o a%oca*i%se (ina* chegar' todas e*as ser o so*tas %ara devorar os i!%uros& E ,ue $estas seria! essasC + >erguntou o interessado 6*on& Buggernaut' Behe!oth' Leviathan e #ia!at& Os ,uatro drag:es+deuses ,ue (ora! a (erra!enta dos deuses %ara (or!ar seu !undo&

1$uando pequeno, vrias !ist,rias me foram contadas, mas com toda a certe#a essa foi a que mais me prendeu a aten+)o. 3empre tive um osto estran!o por bestas mticas, principalmente dra 0es. 3oube que eles !aviam criado todo o nosso planeta, e como recompensa, os deuses deixaram que eles espal!assem seus descendentes. .ais descendentes, at& os dias atuais, foram responsveis por aterrori#ar os demais mortais e fa#er com que se lembrassem do poder dos deuses e de suas cria+0es. 3e os descendentes deles emanam poder por um simples respirar, ima inem por suas pr,prias cabe+as o que os dra 0es-deuses seriam capa#es. Mas as !ist,rias nada me di#iam sobre tais bestas estarem fa#endo a uarda de V drasil e dos itens que ela ocultava...? Ees!o assi!' a,ue*a es%ada 1 de!asiado i!%ortante %ara !i!& >artirei %e*a !anh & #e! certe)a ,ue est- e! condi:es' 6*onC + >erguntava Ca!i*a' %reocu+ %ada co! sua atua* situa o& B- consegui ha$ituar+!e ra)oave*!ente $e!& B- consegui (icar de %1&&& Si!' %or tr0s !3seros segundos& + 8isse Car*os& + 9 o se %reocu%e co! o te!%o' %ode (icar conosco o ,uanto ,uiser&

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#e!o ,ue eu n o tenha tanto te!%o a,ui&&& + 7a*ou se! ,uerer& E %or ,u0C #enho u! deter!inado %ra)o %ara retorno& E %or ,ue haveria de ter u! %ra)oC 8igo&&& 9 o veio %arar a,ui %or aci + dente e! u!a tentativa de criar u! %orta* %ara outro *ugar e sua es%ada aca$ou se %erdendoC >ois (oi isso ,ue %areceu %assar&&&

6*on estava e! u!a situa o de*icada& E*e n o %odia contar' de !aneira a*gu+ !a& Se e*es desco$risse!' %or certo o entregaria! %ara anjos de n3ve* su%erior e e*e seria *evado a u! ju*ga!ento& Condenado co!o u! ca3do' traidor' ,ua*,uer %ena ,ue conseguisse iria ser te!3ve*& E*e a%ertou os *en;is e virou o rosto' !ordendo os *-$ios& 9 o !entiria& 9 o' n o (oi u! acidente& O =nico acidente (oi eu ter %erdido a,ue*a es+ %ada' %reciso %eg-+*a de vo*ta& Ir! o' e*e %arece inco!odado co! tantas %erguntas& Acho ,ue e*e es+ conde a*go& Se e*e esconde a*go' n o 1 a nossa o$riga o desco$rir a verdade& + 8is+ se Car*os' virando as costas& + Se e*e n o ,uer di)er !ais nada' n o o (orare!os& Eas' ir! o&&& Basta' Ca!i*a" Os !otivos de*e n o !e i!%orta!& Eas esta!os ajudando" E se estiver!os ajudando u! %ecadorC O ,ue (are!osC 9 o te!os o direito ne! a u! ju*ga!ento& Sere!os&&& Ani,ui*adosC + Interro!%eu Car*os& + >or ajudar u! estranho ,ue ne! sa+ $e!os o rea* !otivo de ter vindoC Ca!i*a' a inoc0ncia e a ignorHncia s o duas $0n os ,ue te!os a nosso (avor& 9 o as des%erdice ,uerendo sa+ $er !ais do ,ue %recisa& Se os deuses e as virtudes nos ensinara! a $ondade' ent o nada !ais correto ,ue %ratic-+*a&

6*on !anteve a ca$ea $ai/a' a%enas ouvindo o ,ue discutia!& 9 o tinha !ais a corage! de encar-+*os nos o*hos& Estava retri$uindo toda a generosidade de*es co! o si*0ncio& Sentia vontade de %edir descu*%as' !as as %a*avras si!+ %*es!ente n o chegava! at1 sua $oca& Eu&&& Eu %eo descu*%as %or n o %oder contar tudo& E a%enas se co!%*i+ car o caso eu (i,ue a,ui' n o ,uero ,ue a*go os acontea %or se envo* + vere! co! os !eus %ro$*e!as& Estou !uito grato %e*a genti*e)a' !as %artirei assi! ,ue o so* raiar' se n o se i!%ortare! e! !e hos%edar a%enas !ais u!a noite&

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6*on&&& + 8isse Ca!i*a co! u! o*har triste& + O ,ue voc0 (e)C >or acaso estare!os e! %erigo se o a$rigar!osC >or (avor' res%onda" Eeu ir! o %ode n o %re)ar tanto %or nossas vidas' !as eu %re)o& 8iga" A%enas se !ais a*gu1! desco$rir& At1 *-' estar o a sa*vo& Isso 1 a*iviador' n o 1' Ca!i*aC + >erguntou Car*os&

Ca!i*a engo*iu a,ui*o co! u! si*0ncio cortante& Arrega*ou os o*hos e o*hou %ro ir! o' esta!%ando e! sua (ace u! %edido de descu*%as& Voc0&&& Contou %ara !ais a*gu1!' n o 1 !es!oC 8escu*%e+!e' ir! o& Eu&&& 7i,uei e!%o*gada co! a not3cia de u! viajan+ te desconhecido e! casa" Ent o' ,uando eu estava co*hendo os *egu+ !es&&& 8iga!os ,ue&&& >ara ,ue! contouC + >erguntou' co! u! to! severo& A%enas %ara Va*1ria& Eas juro ,ue (oi a%enas %ara e*a& C1us' esta 1 u!a cidade %e,uena' Ca!i*a" Logo !ais at1 !es!o os an+ ci os estar o sa$endo" Sua ingenuidade nesse caso %assou de $0n o %ara de(eito& E*a jurou segredo" E eu con(io ne*a" Eas&&& Eas&&&C E*a !e %ediu %ara ver o (orasteiro& 9 o co!o condi o %ara (icar si*en+ ciada' a%enas co!o curiosidade& Co!o n o 1 u!a condi o' ent o n o %recisa!os !ostr-+*o& Logo' e*a n o ir- v0+*o&

A*gu!as $atidas soara! na %orta& Car*os o*hou %er%*e/o %ara sua ir! ' $us+ cando %or u!a res%osta ,ue' co! certe)a' j- sa$ia& Eas a%enas %ara con(ir!ar' sentiu+se o$rigado a %erguntar& >or acaso n o a disse ,ue %oderia ver 6*on hoje a noite' n o 1 !es!oC Ir! o' eu&&& Eu&&& Sente !uito& Eu sei& A*gu!a ideia %ara (ugir desta situa oC 8ei/-+*a entrarC >arece o !ais ;$vio a ser (eito& E eu n o !e i!%orto e! ser e/%osto co!o u! ani!a* enjau*ado& Ee senti assi! $oa %arte de !i+ nha vida !es!o&&& + O%inou 6*on co! u! o*har ca*!o& Ah" Ent o essa 1 a vo) do (orasteiroC + 8isse u!a vo) in,uieta atr-s da %orta& + A$ra Ca!i*a' ande"

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B- vai" + 8isse Ca!i*a' co*ocando+se de %1 e indo' ca$is$ai/a&

Ao a$rir a %orta' entrou u!a @,uase anjaA t o in,uieta co!o u!a verdadeira criana& O*hos de u! a)u*+!arinho inco!%ar-ve* ,uase sa*tava! de sua ca$ea ao arrega*-+*os %ara ver 6*on& #inha curtos ca$e*os ver!e*ho+a*aranjados de %ontas arre%iadas ,ue tocava! as ore*has e esvoaara! ,uando e*a correu at1 a ca!a' no a*to de seus 1L0 cent3!etros& >e*e t o $ranca ,uanto *eite e co! sar+ das no rosto' seria t o criana ,uanto 6*on se n o (osse %e*o $usto desenvo*vido e %e*as grossas co/as& E! u! ato t o es%ontHneo ,uanto res%irar' %egou a ! o es,uerda de 6*on e co*ocou entre as suas& Se!%re $aru*henta' Va*1ria& + 4ece$eu+a Car*os' co! u! to! seco na vo)& + Ao !enos res%eite o estado do nosso h;s%ede' n o v0 ,ue e*e est- cansadoC E voc0' se!%re rigoroso' Car*os& Se e*e estivesse t o cansado estaria dor!indo' n o achaC Agora eu ,uero conhecer esta %e,uena e *inda criana ,ue co! certe)a 1 u! %resente dos c1us& >resente dos c1usC Acho ,ue anda i!aginando coisas de!ais& E o ,ue (oi %ro!etido %or !inha to*a ir! seria ,ue iria v0+*o' a%enas& Agora' se n o se i!%orta e! retirar+se' j- est- !uito tarde e&&& Ent o %e,uenino' + 8i)ia Va*1ria' ignorando co!%*eta!ente o ,ue era dito& + diga+!e seu no!e e sua idade& E co!o veio %arar a,ui& .A." Seis asasC E grandes&&& D u! sera(i!C # o jove!C

Va*1ria enchia+o de %erguntas !ais r-%ido do ,ue e*e %oderia res%onder ,ua*+ ,uer u!a de*as& En,uanto 6*on conversava co! Va*1ria' Car*os o*hava %ara Ca+ !i*a co! desa%rova o' !as a!$os se descontra3ra! e %assara! a rir da situa+ o& Car*os (e) u! ch- de ervas e a conversa adentrou a noite' co! 6*on se!%re evitando di)er a*go ,ue (osse co!%ro!etedor' !es!o ,ue %ara cada res%osta dada Va*1ria (a*asse de*a %or !uito te!%o !ais te!%o do ,ue gastava o*hando %ara o %e,ueno anjo' cujos %ro(undos o*hos desgrudava! de*e a%enas te!%o o su(iciente %ara %iscar& G 1* noite !avia estendido-se mais do que plane"vamos. Barlos adormecera recostado na parede. Bamila !avia deitado-se no c!)o, em cima de seu bra+o direito e 6al&ria dormira com as m)os ainda a arradas nas min!as. Eu n)o dormi aquela noite. Estava descansado e sentia-me revi orado. O pensamento de n)o querer pre"udicar >queles pobres seres tamb&m me a"udou a tomar aquela decis)o. 3oltei min!a m)o das de 6al&ria e fiquei de p&. * ravidade ainda estava deixando-me pesado, mas conse ui permanecer de p& e dar os primeiros passos. 4e uei min!a bolsa e ol!ei-a. *inda estava com tudo dentro, principalmente aquilo que eu mais temia perder: as duas pedras de Hreu. 2etirei de l de dentro

15"

uma pena e um papel, e escrevi uma breve carta de a radecimento e despedida, di#endo que fora um enorme pra#er ter con!ecido a todos eles, mas que eu realmente precisava partir para evitar qualquer desconforto futuro. .amb&m pedi desculpas por ter pe ado um pouco de suprimentos, mas n)o seria mais do que apenas o necessrio. Enc!i meu pequeno cantil, depositei a carta sobre a mesa e deixei uma pena branca de min!a asa como lembran+a. ()o era muito, mas era tudo que eu podia dar. 4ensei em abrir a porta para sair, mas " !avia perce bido que ela ran ia e fa#ia um rande barul!o ao ser aberta. Ent)o, com um pouco de esfor+o, eu sa pela "anela e ca em um fofo ramado, ainda de p&. Ol!ei ao meu redor: era uma vila realmente pequena nas encostas de uma floresta densa que parecia estender-se ao infinito. .odas as casas eram feitas de madeira e barro, com uma ou duas feitas de pedra. .odas com forro feito de fol!as i antes das rvores. Mesmo assim, n)o deveria !aver mais que quin#e casas e uma pequena pra+a com um po+o artesanal ao seu centro. E para todos os lados que eu ol!asse al&m dela, uma enorme plancie verde podia ser notada. 4oucos rios que saam da floresta cortavam-na, e todos tin!am o mesmo destino final: no final de uma vasta plancie a nor-nordeste, estava ela, a sa rada rvore de V drasil. *o menos as ra#es e a parte de baixo do tronco podiam ser vistas. O resto estendia-se por um c&u infinito e desaparecia por detrs de nuvens que rodeavam apenas a ela. *c!o que estava mais do que ,bvio como eu deveria subir os andares. O que eu tin!a mais medo, na realidade, era de ter de confrontar os quatro deuses dra 0es, cu"o poder com certe#a estaria fora de min!a al+ada. /e qualquer modo, era para l que eu deveria ir: a espada de meu pai ainda estava esperando para ser res atada. ()o vendo outra escol!a, passei a camin!ar de encontro a ela, com passos curtos.? G 9 o de!orara !uito %ara 6*on %recisar de u! a$rigo e! a%enas ,uatro horas de ca!inhada& Andar so$ o e(eito de u!a gravidade !aior o dei/ara tota*!ente e/austo' se! contar na noite de sono %erdida& Eas na,ue*as in(ind-veis %*an3ci+ es' u! a$rigo %ara descansar era ,uase i!%oss3ve*& >oderia nova!ente esten+ der+se so$re a gra!a !acia' !as u! ar,ueiro ainda %oderia v0+*o da vi*a ,ue sa+ 3ra e atirar u!a (*echa& 9 o havia distanciado+se !uito !ais ,ue tr0s ,ui*I!etros co! seus %assos curtos& At1 !es!o tentara voar' !as estava co!%*eta!ente (ora de cogita o< suas asas n o co!%*eta!ente (or!adas n o aguentaria! se+ ,uer cinco !inutos de voo so$re a,ue*a %ress o at!os(1rica' e isso caso conse+ guisse sair do ch o& Estava' $asica!ente' arrastando+se& Caso u! caador sa3s+ se e! sua $usca' n o seria nada di(3ci* rastre-+*o& Ees!o so$ tais adversidades' rec*inou+se na so!$ra de u!a -rvore dura!ente encontrada e descansou& O*hou %ara o ch o co! !ais aten o e %erce$eu %e,uenas ra3)es' ,ue n o %arecia! %ertencer ne! 2 gra!a e ne! 2 -rvore cujo cau*e servia de a%oio& 9 o era a hora de investigar o ,ue era!' e si! hora de descansar& O dia estava a%enas rai+ ando' !as e*e %recisava dor!ir& 7echou os o*hos' ,ue %arecia! %esar !ais ,ue

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seu %r;%rio cor%o na,ue*a dura ca!inhada e dor!iu u! sono cont3nuo& G 1*cordei e os quatro s,is " estavam altos, quase no perodo do cume. 3, ent)o eu tin!a percebido que eram quatro e que, no au e do dia, eles ficavam um atrs do outro. O c&u estava claro, completamente sem nuvens, tirando as mais distantes que se a lomeravam perto de V drasil. Um c!eiro forte invadia as min!as narinas. *l o queimava > dist:ncia. Meu primeiro reflexo foi ol!ar para a vila, temendo o pior. 4or sorte n)o se concreti#ou. O forte c!eiro de al o sendo consumido pelas c!amas vin!a de outro lu ar, e "ustamente do lado diretamente oposto. Mesmo daquela dist:ncia, um enorme dra )o podia ser avistado voando nos c&us, soltando c!amas por sua boca. Era ele, o deus dra )o das c!amas e trov0es: Ku ernaut. ()o conse uia ver com todos os detal!es, mas era realmente colossal. K !avia visto montan!as menores do que ele. Muitos barul!os podiam ser ouvidos, dentre eles in%meras explos0es quase ensurdecedoras. Ondas de vento carre ando poeira c!e avam at& mesmo onde eu me encontrava. * parte boa & que V drasil parecia intacta. 2e#avam as lendas que, se ela fosse destruda, todo o universo entraria em colapso e seria consumido. 4or isso, os deuses criaram-na com um tronco t)o resistente que nem mesmo a ponta da mais afiada lan+a poderia atravessar.? I A viage! custara e! torno de dois dias' !as a%enas !ais u! de viage! seria o su(iciente& Tavia ada%tado+se (aci*!ente 2 gravidade de%ois de certo te!%o' sentia+se *eve& Ees!o assi!' inca%a) de voar& 9 o arriscaria ,ue$rar suas %e+ ,uenas asas e! u!a tentativa %ossive*!ente (racassada& >ouco restara dos !anti!entos ,ue carregava consigo& Os %e,uenos % es sovados tinha! dei/ado a%enas (are*o' !es!o co! a grande econo!ia ,ue tentava (a)er& B- havia u! certo te!%o ,ue seguia u! dos rios' %or isso n o se %reocu%ava tanto co! -gua& Ees!o assi!' !antinha o canti* se!%re cheio e! caso de e!erg0ncias& Jggdrasi* continuava *-' intacta& Eas o ,ue ,uer ,ue estivesse acontecendo na,ue*e *ugar' n o aca$aria t o cedo& As e/%*os:es e $aru*hos continuava! %or todo a!$iente& O drag o %arecia e/austo' !as !es!o assi! ainda voava' !an+ tendo+se no ar co! o ,ue o cansao n o havia consu!ido& .!a enor!e ser%en+ te' ,ue vinha a sua !ente co!o #ia!at' a ser%ente ,ue era o e,ui*3$rio entre Lu) e #revas' enro*ava+se na -rvore' e tentava ar!ar u! $ote a a*go ,ue da,ue*a dis + tHncia n o %odia ser visto& >or v-rias ve)es os rios ,uase secara!' e e*e jurou %oder ver u!a enor!e onda' %ossive*!ente (or!ada %or Leviathan' ,ue outras ve)es conjurava u!a enor!e nevasca& Behe!oth tre!ia a terra co! suas %esa+ das %egadas& A*go estava acontecendo' %ossive*!ente u!a $ata*ha& 9 o ,ueria ,ue aca$asse antes de e*e %resenciar& >ara isso estava !ovendo+se !ais r-%i+ do& 6ueria ver co! seus %r;%rios o*hos o %oder dos drag:es' ,ueria sa$er co!o era o %oder das criaturas *end-rias ,ue' %or !uitas ve)es' ha$itara! sua !ente&

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Cap. 1' Uma Batal1a para !emorizar

ncontrava+se a !ais ou !enos dois ,ui*I!etros ,uando %or (i! %erce+ $era ,ue seria i!%oss3ve* a%ro/i!ar+se !ais& B- era ,uase noite& >e+ dras voava! constante!ente e! todas as dire:es e grandes ondas chegava! %erto o su(iciente %ara !o*har seus %1s %or dentro das $otas& 4e*H!+ %agos (or!ava!+se nas nuvens e go*%eava! o so*o co! grande intensidade' e cha!as %odia! chegar %erto o su(iciente %ara a,uecer seu cor%o& .!a (orte ven+ tania e!anava de Jggdrasi*' e at1 !es!o grandes tornados (or!ava!+se nas suas %ro/i!idades& O vento %u/ava e outras horas e!%urrava' e se n o ,uisesse ser engo*ido %e*o !ovi!ento do ar' era !e*hor %er!anecer onde estava& A osci*a+ o de energia era ta!anha ,ue a*gu!as horas' tudo escurecia' e e! outras o c*ar o era t o intenso ,ue chegava a ceg-+*o !o!entanea!ente& Ainda n o visua*i)ava direito o ,ue ocorria' !as %odia ter !ais deta*hes do ,ue se %assava& O cansao de tr0s dias e! c*aro to!ava seu %e,ueno cor%o& #odos os ,uatro drag:es atacava! direta!ente a u! ser enca%u)ado de !anto negro ,ue' %e*a distHncia' se %arecia co! u! %e,ueno %onto %reto ,ue !a* %odia ser notado' !ovi!entando+se t o r-%ido ,uanto os re*H!%agos ,ue ,ueria! atin+ gi+*o& #ivera de (orar tanto sua vis o ,ue (icou co! dores de ca$ea Sentou+se e agarrou+se a u!a das grandes ra3)es ,ue chegava! at1 a*i& A,ue*es %e,uenos veios ,ue vira antes na terra ia! crescendo co! o %assar das !i*has e (or!ava! grandes e!aranhados' gerando %or (i! ra3)es grandes o su(iciente %ara dar dois de si& #inha! a cor de u! verde vivo' ,ue $ri*hava ,uando a *u) ne*as re(*etia!& 1Era uma batal!a &pica, e eu n)o queria perder nen!um detal!e. Mas, antes, deixe-me diferenciar os quatro dra 0es de acordo com as pr,prias lendas e pelo que eu pude perceber: Ku ernaut era o dra )o clssico: Babe+a de la arto, com ossos mais pontia udos, cu"as extremidades perfuravam sua pele e as escamas ne ras, e eram vistas por fora de seu corpo ao lon o de toda a sua extremidade, principalmente os que passavam pelas v&rtebras de sua coluna, articula+0es das patas e asas e, at& mesmo, costelas. (a testa, tais ossos formavam o que se parecia com uma coroa. Um pesco+o lon o li ava a cabe+a a um corpo rosso, com patas cu"as arras eram t)o afiadas que, di#iam os mitos, cortava at& mesmo diamantes. /uas colossais asas de membranas rossas e avermel!adas saam de suas costas e, quando usadas, erava ventanias fortes o suficiente para derrubar rvores de uma floresta. O corpo terminava em uma lon a

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cauda, onde um ferr)o feito com os pr,prios ossos a uardava para perfurar um inimi o em uma espessa armadura. /a cabe+a at& a a ponta do rabo, media mais de dois quil9metros, e de uma a asa a outra deveria c!e ar ao dobro. .iamat era a serpente i ante, cu"as escamas verde-esmeralda eram eri+adas como pelos expostos ao frio. .in!a enormes ol!os amarelados em duas cabe+as ovaladas separadas pelo pesco+o e unidas ap,s dois quil9metros de extens)o. 4resas saam de suas enormes bocas que, se fossem usadas para uma mordida, poderiam devorar um contin ente inteiro de soldados. .ais presas possuam o veneno mais mortfero do universo, de acordo com as lendas, que matava qualquer ser vivente apenas com o seu c!eiro e derretia at& mesmo metal. 3eu corpo era o maior de todos, tanto & que podia dar trs voltas no rosso tronco de V drasil. 4ossivelmente mais de vinte quil9metros do seu focin!o at& o final de sua cauda, onde um c!ocal!o balan+ava a itado. He!emot! era um dra )o terrestre sem asas, mas rande como uma montan!a. 3ua cabe+a era arredondada e ac!atada, com pequenos ol!os ne ros, mas uma boca enorme i ual a da sua irm) serpente, ou at& mesmo maior. /e tal boca, a mandbula pendia para a frente e seus dentes em forma de serra se ex pun!am. 3e o resto de seu corpo fosse comparado ao de um animal, provavel mente se equipararia a mistura de um elefante e de uma tartaru a i ante. 4atas arredondadas e extremamente pesadas, sem qualquer arra. Bostas revestidas por uma coura+a verde escura, com lon os espin!os feitos de ossos que tin!am no mnimo um quil9metro at& a ponta, intrespassvel por qualquer ob"eto pontiaudo. Borpo coberto apenas por uma rossa pele cor-de-terra, com pequenssimas escamas, e um curto rabo que saa por detrs de sua carapa+a. .in!a uma altura, quando ficava sobre as quatro patas, de trs a quatro quil9metros, e d cabe+a at& a ponta do rabo o dobro. 5eviat!an quase n)o saa de al o que parecia ser um enorme la o que rodeava a rvore da vida, mas ainda assim emer iu e mostrou-me sua bele#a fina. 3uas escamas a#ul-escuro eram lisas e arredondadas, e bril!avam com a lu# refletida na ua que as umedeciam. 3eu corpo era extenso e tin!a seis enormes nadadeiras divididas em trs pares ao lon o de seu torso. Uma cauda de taman!o ra#ovel estava no final de seu corpo, bifurcada como a de um peixe e com uma fina membrana branca semitransparente. .al membrana revestia tamb&m suas randes asas. .in!a um pesco+o i antesco e uma cabe+a lon a, com uma boca pequena e que mantin!a cerrada, mesmo que seu maxilar fosse extenso e dois enormes caninos inferiores sassem por seus lbios. 3eus ol!os eram esbranqui+ados e enevoados, e as !ist,rias dos anti os contavam que os !omens perdiam a mem,ria apenas por ol!-los diretamente. 6er qualquer um deles batal!ando so#in!o " seria mais do que suficiente para que qualquer um dos poucos anos de min!a vida e toda a "ornada at& ali valessem a pena, mas ver todos eles "untos era motivo de um c!oro carre ado de sentimentos, taman!a a emo+)o. .udo que eles fa#iam, os movimentos fludos e

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que se completavam, os poderes, as t&cnicas que se emendavam uma > outra... Era como ver um espetculo circense onde todos os artistas estavam em equilbrio, usando suas !abilidades mais deslumbrantes para c!amar a aten+)o do p%blico que o presti ia. Eu sentia-me privile iado por ser o %nico espectador daquela batal!a &pica que enc!ia meus ol!os de l rimas a cada se undo. B!e ava a ser uma covardia ser o %nico a ver uma luta t)o exclusiva, que "amais seria descrita em !ist,rias...? Eas' %ara o a)ar do %e,ueno anjo' a *uta %arecia estar aca$ando' e n o era! os drag:es+deuses ,ue estava! vencendo& Ees!o os drag:es' e! u! n3ve* de (ora e/tre!o' n o conseguia! se,uer tocar no ser' ,ue se !ovi!entava co!o u! (antas!a& >arecia! estar atacando o ar' e hora ou outra e*e os con(undia e (a)ia atacare! uns aos outros& #odos os ,uatro %arecia! estar e/tre!a!ente cansados& Eas a *uta continuou& La$aredas i*u!inava! o c1u de ,uatro s;is' ,ue se %unha! u! de cada *ado do hori)onte& 9 o havia *ua' a%enas u! c1u estre*ado surgia aci!a de sua ca$e+ a' co!eando %or detr-s das nuvens ,ue enco$ria! o to%o da gigantesca -rvo+ re e es%a*hando+se %e*o c1u e! (or!a de c=%u*a& As cha!as ,ue Buggernaut so*tava %or sua $oca nunca acertava! direta!ente o a*vo& A%enas (a)ia! co! ,ue $ai*asse no ar u!a dana ditada %e*o rit!o de suas es,uivas' ,ue n o a%e+ nas evitava! ,ue (osse ,uei!ado co!o ta!$1! e*etrocutado %e*os diversos ra+ ios ,ue surgia! dos c1us& A grande ser%ente estava enro*ada na -rvore e aco!+ %anhava seu !ovi!ento (*u3do' hora ou outra tentando a$ocanh-+*o& Eas suas investidas n o surtia! e(eito a*gu!' !es!o co! duas ca$eas& A*i-s' a,ui*o tor+ nava+se u!a desvantage!& 6uando e*e' o vu*to' entrava entre os dois %escoos' o drag o negro tinha de %arar de atacar' e as duas ca$eas constante!ente cho+ cava!+se ou os %escoos entre*aava!+se a*gu!as ve)es' sendo de!orado seu desenro*ar& Behe!oth' do ch o' %ouco %odia (a)er' a n o ser atirar a*gu!as rochas ,ue a%anhava do so*o %or u!a !ordida e cus%ia e! sua dire o& Eas' assi! co!o as cha!as' ne! chegava! a toc-+*o' e aca$ava atra%a*hando a seu ir! o Bug+ gernaut' %or in=!eras ve)es acertando+o ou $*o,ueando suas cha!as& 6uando atirava u! es%inho de sua cara%aa' o vu*to dei/ava %assar e $ater no ,ue esti+ vesse no ca!inho' ,ue %or !uitas ve)es (ora #ia!at& >ara a sorte deste' tais es+ %inhos' a%esar de enor!es' n o (a)ia! !uitos estragos e! sua ar!adura de es+ ca!as& 6uando e*es $atia! na -rvore de Jggdrasi* se ,ue$rava! co!o se (os+ se! (eitos de vidro& Leviathan a%enas (icava no *ago' aco!%anhando seus !ovi!entos co!o u!a enor!e so!$ra& 6uando %odia' atirava u! es%eto de ge*o ,ue varava os c1us' ou criava u!a onda grande o su(iciente %ara engo*i+*o& Eantinha conjurada u!a eterna nevasca' !as ne! isso %arecia ser su(iciente %ara atra%a*har o !ovi!en+ to (*uido do o%onente& O vu*to era !es!o u! !estre na arte da es,uiva' !as a%enas nisso& 9 o %arecia go*%ear' ou ao !enos n o teria visto u!a $recha %ara

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isso e! !eio 2,ue*e !ar de ata,ues sucessivos e co!$inados& A terra tre!ia co! cada %isada de Behe!oth' ,ue a%arentava u!a (=ria incontro*-ve*& G 1* batal!a se estendera pela noite. K estava parado a muito tempo, apenas contemplando o esplendoroso embate que parecia n)o ter fim. Mas !avia c!e ado a um. O pequeno ponto preto mantin!a-se parado no ar. Ku ernaut ofe ava e c!amas saam de suas narinas. .iamat " quase !avia escorre ado da rvore sa rada uma ou duas ve#es em sua tentativa de dar o bote. 5eviat!an muito se escondia nas profunde#as e " n)o lan+ava ondas i antes nem con"urava seus tuf0es enquanto He!emot! " parara de atirar espin!os de suas costas. .udo se resumiria ao pr,ximo movimento. Mais rpido que uma flec!a, o ser foi ao encontro de .iamat e pairou entre suas duas cabe+as. Elas tentaram um ataque final, mas, no %ltimo instante, ele voou para o alto e as duas se colidiram, nocauteando-a e a fa#endo cair do tronco com um baque ensurdecedor em cima de He!emot!. *mbos estavam a ora fora de combate. Ku ernaut n)o usava mais seu fo o. 6oava atrs do vulto com toda a sua velocidade, dando voltas ao redor da rvore e tentando por ve#es devor-lo. 5eviat!an atirava al umas poucas estacas de elo para cima. Uma acertou Ku ernaut exatamente na barri a e destro+ou-se. K quase sem for+as e despencando, ele ainda tentou lan+ar dos c&us um %ltimo raio ao seu inimi o, mas seu a#ar foi taman!o que 5eviat!an estava no ar tentando com-lo e acabou recebendo o raio em seu lu ar. *mbos despencaram direto no enorme la o e uma outra onda enorme foi mol!ar-me, c!e ando aos meus "oel!os, enquanto uma fina c!uva caiu nas proximidades, ditando o final do embate. O vulto !avia sumido, por fim, de min!a vista. Meus ol!os doam e nem mesmo eu sei como conse ui ver t)o lon e. Bamin!ei por cerca de uma !ora em meio ao lama+al que !avia formado-se no solo enc!arcado at& c!e ar ao local onde fora travado o combate. Os corpos dos dra 0es "a#iam ali, apenas nocauteados. 3ua respira+)o ainda podia ser notada com o movimento de seus enormes ventres. *final... $uem ser que tin!a vencido quatro lendasL 4or certo n)o estava mais ali. 4ara onde teria idoL Mas aquilo n)o era o mais importante no momento. ()o !avia encontrado a 3anctus ainda, e eu re#ava para n)o estar debaixo de nen!um deles.? Os cor%os ca3dos atra%a*hava! sua !ovi!enta o& Era co!o u! enor!e *a$i+ rinto' e ainda tinha a -rvore sagrada de Jggdrasi* %ara atra%a*har sua *i!itada !ovi!enta o& 9as ra3)es ,ue se estendia! %e*a su%er(3cie' havia! enor!es es%aos vagos onde a -gua se acu!u*ava' (or!ando u! gigantesco *ago' onde os cor%os de Leviathan e Buggernaut $oiava!& S; %odia %assar %e*as ra3)es' *i+ sas e ,ue di(icu*tava! seu ca!inhar& E*as (uncionava! co!o %ontes so$re o *ago' e u! escorreg o %oderia signi(icar ,ue teria enor!e di(icu*dade %ara sair da*i& O cor%o de #ia!at estava de%ositado e! u! c3rcu*o ao redor da -rvore' cujo

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tronco tinha dois *ongos ,ui*I!etros de diH!etro& Seria e/austivo chegar ao outro *ado' !as n o tinha outra a*ternativa& &&& Eais de ,uatro horas desviando dos grandes drag:es' te!endo seu des%ertar' e esca*ando ra3)es ,ue se a!ontoava! e 6*on (ina*!ente via o ,ue estava atr-s da -rvore de Jggdrasi*& Eais u!a vasta %*an3cie' %or onde suas ra3)es se ra!i(i+ cava! inde(inida!ente& Euito !ais distante' outra grande (*oresta to!ava conta do *ugar& >arando %ara %ensar' a vi*a dos a%rendi)es de anjo era rea*!ente %e + ,uena e! toda a,ue*a vastid o ,ue era o %ri!eiro andar& #entou vis*u!$rar ,ua* era o *ugar onde sua es%ada ca3ra' e n o de!orou !uito a encontrar& .!a enor+ !e cratera era vista a cerca de cinco ,ui*I!etros da*i& As ra3)es ne! ao !enos havia! sido destru3das co! o i!%acto< a%enas se a(astara! *igeira!ente' dando *ugar ao gigantesco $uraco& >or certo era u! grande estrago& >arou %or a*guns instantes e o*hou %ara ci!a& >erto da -rvore as nuvens era! !ais grossas e negras& 8evia ser rea*!ente a*i a entrada %ara o %r;/i!o andar& Eas antes %recisava recu%erar a,ui*o ,ue o %ertencia< Sanctus& Onde estaria! guardados os tesouros sagradosC 9 o havia visto se,uer u!a das re*3,uias e! *ugar a*gu!& Estaria o vu*to a*i %ara sa,ue-+*asC 8e!orara dias e! u!a !es!a $ata*ha' deveria %rocurar %or a*go' co! toda certe)a& Contanto ,ue n o tivesse *evado sua es%ada' estava de $o! ta!anho& E' ainda e/austo' co*ocou+se a ca+ !inhar at1 a re*3,uia ,ue e*e havia %erdido& G A Sanctus (i)era u! grande estrago' deveras& A cratera devia ter u! raio de tre)entos !etros' e a %ro(undidade de uns ,uin)e& Ees!o da $orda da cratera' 6*on conseguia en/ergar o *eve $ri*ho a)u*ado re(*etido %e*a *H!ina de EUthri*& Co!o ,ue! n o visse u! %arente a!ado de%ois de !uito te!%o' correu e! sua dire o& A gravidade e o cansao j- n o i!%ortava! !ais& Ao chegar %r;/i!o 2 e*a' ajoe*hou+se e co*ocou suas ! os no (rio ca$o de ao& .!a sensa o indes+ crit3ve* de 0/tase to!ou seu cor%o& A es%ada havia cravado (undo no so*o< !ais da !etade estava enterrada' e (oi !uito di(3ci* retir-+*a da*i& A %ress o at!os(1rica (a)ia ,uest o de inco!od-+*o at1 !es!o na,ue*e seu !o!ento de su%era o& Eas ne! se %reocu%ou tanto co! a,ui*o' at1 !es!o cavou %arte das %edras' !achucando suas ! os a%enas %ara e!%unh-+*a nova!ente& 6uando a %egou' ergueu+a' ainda ,ue estivesse !ais %esada& 8eu+se %or sa+ tis(eito& Li!%ou a *H!ina suja de terra co! a %r;%ria rou%a encardida' e vis*u! + $rou o o seu re(*e/o& Ca$e*os sujos e des%enteados' rou%a co! %e,uenos ras+ gos e co!%*eta!ente revestida de %;' ca*as *i!%as a%enas dos joe*hos %ara $ai/o&&& Tavia tornado+se a*gu1! igua* ao seu %ai< heroico' i!%u*sivo e co!%*eta+ !ente des%rovido de higiene& >or (i!' e!$ainhou+a& O %eso *eve!ente acentua+ do e! sua cintura (ora o su(iciente %ara ,ue ca3sse de e/aust o e dor!isse a*i !es!o& Estava cansado de!ais %ara ,ua*,uer !ovi!ento' e (e*i) de!ais %ara

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,ua*,uer outra %reocu%a o& G 8or!iu %or u! dia inteiro& Os s;is nascera! e ca3ra!' e s; ent o e*e vo*tou a a$rir os o*hos& A*gu!as %oucas nuvens se ag*o!erava! no c1u' !as n o era! de chuva& A%enas (inas e $e! dis%ersas& Levantou+se co! (o!e& Os su%ri!entos havia! aca$ado& Be$era a -gua !orna do canti* !as n o adiantara de !uito' ta!$1! havia aca$ado& Era !e*hor %rocurar %or su%ri!entos ao su$ir %ara o se+ gundo andar' e deveria (a)er a,ui*o *ogo& O %ro$*e!a seria< co!o %assar %or a,ue*as !onstros ,ue vira *utandoC E*e n o tinha ha$i*idade su(iciente %ara ta*& Bo!' haveria de %ensar e! u! %*ano& Antes de ,ua*,uer coisa' saiu da cratera e o*hou %ara Jggdrasi*& Os drag:es ,ue a*i ja)ia! havia! su!ido& Estranho& Seria assi! t o (-ci*C #entou voar& At1 conseguira %or a*gu! te!%o' !as *ogo (ora o$rigado a descer ao ch o nova!ente& 8o3a! os !=scu*os ,ue usava nesse %rocesso' %erto dos o!$ros e a,ue*es ,ue estava! na articu*a o das asas& #i+ nha es%eranas de (ina*!ente %arar de andar' suas co/as ainda do3a! !uito da e/austiva ca!inhada at1 a*i& 9 o restando outra a*ternativa' (e) o ,ue !ais tivera (eito desde ,ue chegou a*i< andou de vo*ta a -rvore ! e& Ao chegar *-' n o se de%arou co! nenhu! drag o' %ara seu a*3vio&&& 6ue n o chegou a durar !uito< na sua (rente' ,uatro grandes seres %arara! diante de*e& #inha! cor%os di(e+ rentes' !as era! %ratica!ente iguais e! a*tura& So!os os grandes drag:es+deuses& + 8issera! e! un3ssono& + 8iga o !otivo de sua %resena e ju*gare!os se sua causa 1 no$re& Se (or no+ $re' (orasteiro' %oder- %assar& Caso n o seja' rece$er- u!a tortura !ais agoni)ante ,ue a %r;%ria !orte& Esco*ha $e! suas %a*avras&

13entia-me amedrontado. * presen+a daqueles quatro seres era, realmente, emprica, e se eram os quatro dra 0es-deuses ou n)o sequer importava. *parentavam uma for+a maior do que a min!a do alto de seus musculosos corpos que c!e avam a trs metros de altura. 4or coincidncia ou n)o, seus corpos realmente apresentavam al umas marcas que os relacionavam aos dra 0es. O primeiro, que estava exatamente a min!a frente e bem pr,ximo a mim, tin!a lon os cabelos vermel!o-alaran"ados e arrepiados que tocavam seus os ombros, onde ossos arrebentavam carne e pele e ficavam completamente expostos, parecendo ombreiras de pontas li eiramente afiadas. Em sua cabe+a, uma coroa com os ossos de seu pr,prio cr:nio o adornava e dentes afiados se mostravam enquanto falava. .in!a cotovelos e "oel!os bem ossudos, e apenas trs dedos em cada m)o, com un!as compridas e pontia udas. O mais a esquerda tin!a duas cabe+as quase idnticas, uma feminina e outra masculina, com ln uas compridas e es uias que pendiam de seus lbios. Os caninos superiores saltavam de suas bocas. Eram carecas t)o lisas que pareciam ser polidas. *o contrrio dos outros, era ma ro OaP, com bra+os randes o suficiente para arrastar no solo e pernas que pareciam duas varas. O corpo deles era

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dividido: o lado da cabe+a feminina tin!a suas caractersticas, como um seio arredondado e uma costela a menos. O outro tin!a o peitoral msculo definido e uma costela a mais. O que estava entre eleOsP e o ruivo era o que aparentava ser uma mul!er de seis bra+os. 5on os cabelos loiros e lisos tocavam o solo. .in!a uma face fina e delicada, com nari# e queixo li eiramente compridos. Em suas m)os, dedos lon os pendiam com membranas finas entre eles. Em seu pesco+o, uelras fa#iam oito pequenos buracos, quatro de cada lado. *pesar disso, aparentava ser uma bela fmea com um corpo bem torneado... *o contrrio do %ltimo terrvel ser. Estava mais > esquerda e ocupava o mesmo espa+o que todos os trs ao seu lado. Era alto e ordo, com o maxilar estendido para a frente, de onde dentes como uma serra saltavam para fora de sua boca rossa. Mantin!a os ol!os constantemente fec!ados e uma @monocel!a@ espessa se fec!ava no alto de seu nari# com o formato de uma batata. Uma testa rande o suficiente para um an%ncio de lo"ista terminava em um emaran!ado de curtos cabelos cor-de-terra, rossos e completamente despenteados. 3eu corpo era ordo, com uma barri a que, se tivesse um %tero, poderia carre ar at& sete ou oito bebs. .in!a bra+os e pernas que n)o acompan!avam o crescimento do corpo e eram extremamente pequenos, com m)os e p&s enormes. E, para finali#ar, era corcunda. /aqueles que eu pude ver, nen!um tin!a sexo, tin!am ol!os amarelos com uma fina pupila e escamas revestiam al umas partes Omenos na bola de carneP. .odos me davam ol!ares penetrantes e n)o mostravam qualquer express)o. Medo come+ava a se formar em meu cora+)o, ent)o tomei a atitude mais imbecil de todas que eu podia ter tomado: saquei a min!a espada e os encarei com ol!os afiados, em min!a mel!or posi+)o de batal!a, se urando l rimas de medo em meus ol!os.? O*he s;' Buggernaut& 8isse a de ca$e*o *oiro virando+se %ara o de ca+ $e*os ru$ros& + E*e %retende en(rentar+nos& 9 o 1 u!a graa este %e,ue+ no sera(i!C O ,ue acha' devo !at-+*o' LeviathanC O*he s;' ne! chega a se !over direito' 1 u! in=ti* !es!o" + O*hou (ir!e %ara 6*on e disse< + Va!os' ga+ roto" 80 a !i! u! %ouco de divers o antes ,ue eu devore sua carne"

6*on n o conseguiu !ais segurar o choro& 4o!%eu e! *-gri!as e gritos de !edo' en,uanto agitava (renetica!ente a Sanctus' se! nada acertar& Sua $e/iga n o conseguiu conter sua urina ,ue escorreu %e*as ca*as& TATATATATATATATATATATA" Isso 1 si!%*es!ente hi*-rio" A ,uan+ tos !i*0nios eu n o via a*gu1! se !ijar e! !inha (rente" + 8isse Bugger+ naut 2s garga*hadas& + Ande guri' venha at1 !i!" 8evorarei sua carne' !as n o ir- !orrer& #odos os dias e*a crescer- nova!ente' e ser- !anti+ do acordado e o$rigado a ver seus ;rg os sere! di*acerados&

1!!

O ser gordo da direita' ,ue incon(undive*!ente %arecia+se co! Behe!oth' che+ gou a dei/ar $a$a escorrer %e*o canto da enor!e $oca e $a*$uciou a*go ,ue 6*on n o entendera' %ois !a* conseguia !over seu !a/i*ar& As duas ca$eas carecas ,ue' se! so!$ras de d=vida' era! a (or!a de #ia!at' dei/ara! esca%ar u! es + guio sorriso' e tradu)ira! o ,ue a,ue*e de $arriga enor!e ,ueria di)er' (a*ando ao !es!o te!%o e! u!a %er(eita sincronia< Behe!oth di) ,ue nunca %rova!os carne de Sera(i! antes& 8eve ter u! gosto !uito es%ecia*& + As enor!es *3nguas au!entava! o so! do @sA ,ue saia %or suas (inas $ocas& Ent o' est- decidido" + 8isse Buggernaut ,uase $errando& + Toje nosso jantar ser- a carne de u! Sera(i!"

#odos %arecia! contentes' !enos Leviathan' ,ue se %ronunciou *ogo e! se+ guida' co! u!a vo) *eve< Es%ere!' ir! os" 9 o vee! o ,ue aca$ou de acontecerC + 8isse %aran+ do na (rente do garoto antes ,ue Buggernaut o agarrasse co! seus gran+ des $raos& + A criana urinou" 8iga+!e' Buggernaut' onde (oi ,ue vira isso %e*a =*ti!a ve)C Ora essa" 9o !undo !orta*' 1 c*aro" + 4es%ondeu co! $ruta*idade na vo)& + >or ,u0C Ent o" Ser- ,ue n o vira!C Este jove! ainda 1 !orta*& E*e deve ter en+ trado neste reino se! o consenti!ento das virtudes' %or isso&&& + A%anhou o $rao direito de 6*on e %assou sua unha na a*tura do %u*so' cortando+o& Sangue %assou a %ingar %e*o (ino corte& + G e*e ainda %ossui ;rg o geni+ ta* %ara e/creta urin-ria e suas (eridas n o se (echa! na !es!a hora ,ue ocorre!& Isso 1 !uito inco!u!&&& Ent o' o ,ue sugere' LeviathanC + >erguntou o con(uso Buggernaut& O ;$vio& Va!os tranca(i-+*o no ca*a$ouo e' de%ois de u! te!%o de tor+ tura contro*ada %ara ,ue n o !orra' ire!os investigar o ,ue est- aconte+ cendo a,ui& + 8isse e*a' a%ertando o $rao de 6*on a %onto de es!agar seus ossos& Argh' Leviathan" + Berrou Buggernaut& + Se!%re co! essa !ania de tran+ ca(iar e ,uestionar& Sa$e ,ue as $estas da grande (*oresta !a* nos ser + ve! de a*i!ento' e se n o (osse %or sua inter(er0ncia %oder3a!os ter de+ vorado a,ue*es guardas ao inv1s de dei/-+*os %assar" Le!$re+se voc0' Buggernaut' 8isse e*a' *evantando a vo)& + ,ue s; es+ ta!os vivos ainda %or !iseric;rdia dos deuses" E*es nos !antivera! a,ui a%;s nossa tare(a co!o (erra!entas de cria o ter sido conc*u3da' e agora guarda!os os tesouros ce*estiais"

1!"

?uard-va!os&&& + >ronunciou o esguio ser de duas ca$eas& Eas os deuses n o %recisa! (icar sa$endo" E*es j- deve! sa$er& + 8isse Leviathan co! u!a triste vo)& Ent o sa$e! ,ue n o (oi nossa cu*%a" 9 o v o nos !atar" + Insistiu #ia+ !at' co! as duas ca$eas ainda (a*ando e! un3ssono& Se ,uere! sa$er' (aa! co!o desejar& + 8isse Buggernaut' recostando+ se e! u!a das i!ensas ra3)es& + Eu vou vo*tar a dor!ir& 4ea*!ente' u! anjo %e,ueno co!o esse n o (aria di(erena a*gu!a e! nossa dieta& Eas tenho u! estranho %ressenti!ento&&& 6ue j- senti este cheiro& E! a*+ gu! *ugar&&&

#odos $ai/ara! as ca$eas& A%;s u!a *onga re(*e/ o' #ia!at %ronunciou+se<

Os tr0s restantes (icara! e! si*0ncio e entreo*hara!+se& Eantinha! u! o*har de cu*%a incontest-ve*& A%;s u!a *onga %ausa' Leviathan %ronunciou+se nova+ !ente' co! a vo) !ais ca*!a e %esada< Se todos a,ui est o de acordo co! !inha ideia ,uanto ao garoto&&& + Ain+ da !antinha o $rao de 6*on (ir!e e! seu %unho& Si!& + 8isse #ia!at' e at1 !es!o Behe!oth so*tou u! ge!ido ,ue %are+ cia concordar co! o ,ue era dito& Ent o' esco*te!os e*e at1 a sua %ris o&

15eviat!an me levou pelo bra+o direito e .iamat pelo esquerdo. O orduc!o apenas serviu de escolta, como se fosse fa#er al uma diferen+a: eu n)o tin!a for+a al uma para resistir, ent)o apenas cedi pacificamente enquanto me arrastavam pelas ra#es de V drasil. Me levaram ao outro lado da rvore, que eu n)o estivera antes, e ent)o eu pude entender onde os tesouros estavam uardados. Um templo de pedras em runas estava no local, com enormes pilares cu"os peda+os se estendiam pelo c!)o. * entrada estava limpa, mas uma boa quantidade de pedras "a#iam ao seu entorno. * constru+)o aprofundava-se em uma enorme aleria e uma rande torre ao seu centro, que estava esburacada e quase desabando. ()o pude ver muito, pois n)o era para l que me condu#iam. Um enorme al+ap)o feito de madeira e com ma+anetas redondas de ferro enferru"ado estava >s mar ens do la o que, circundava a toda V drasil. (em precisaram de arc!otes quando me condu#iram por uma escada que parecia n)o ter fim e por um lono t%nel, com in%meras curvas. *queles ol!os de dra )o com certe#a eram ,timos para enxer ar no escuro. 4or fim, abriram uma porta cu"as dobradi+as raneram, criando ecos no ambiente. 4ude sentir 5eviat!an condu#ir-me so#in!a e for+ar-me a sentar, reclinando brutalmente meu corpo contra a parede. Usou seus muitos bra+os para me prender em al emas e ril!0es, com correntes presas > parede e ao solo. 4or fim, lar ou-me ali, na escurid)o.?

1!#

Cap. 1( 4 lgamento e Pena

o!$ras& 9a,ue*a %ris o' era tudo o ,ue %odia ver& 9 o havia ningu1! encarcerado a*1! de*e no !es!o recinto' ou j- teria co!unicado+se ao ouvir os @o*-sA ,ue 6*on !andara e ecoara! %or todos a,ue*es t=neis nos %ri!eiros ,uin)e !inutos& Se houve' a*gu!a ve) e! toda a hist;ria' a*gu! %risioneiro e! todo a,ue*e *ugar' co! certe)a a$so*uta j- deveria estar !orto ou' se (osse i!orta* ainda' estaria at1 !es!o co! as cordas vocais ro!%idas& A%;s as %ri!eiras horas' seus o*hos havia! ha$ituado+se a ver !es!o e! to+ das a,ue*as trevas& .! *ugar de%*or-ve*& Era u! cu$3cu*o %e,ueno' de %ouco !ais ,ue tr0s !etros ,uadrados& A%enas na sua %arede havia as a*ge!as' gros+ sas e %esadas' (eitas de ao' ,ue se %rendia! %or correntes de !eio !etro aos $*ocos de %edra aci!a de sua ca$ea' dei/ando seus %e,uenos $raos %er!a+ nente!ente *evantados& Seus %1s estava! %resos a gri*h:es ,ue dei/ava! suas %ernas $e! a$ertas' %resas ao ch o& 9 o conseguia !over nada a*1! de sua ca$ea' !as acreditava ,ue era %or es,ueci!ento de seus carcereiros' %ois atr-s de*e sentiu u!a argo*a de couro ,ue %oderia dei/ar seu %escoo $e! %re+ so& Aci!a de*e' o teto de $*ocos de %edra tinha u! *a!%i o n o aceso& >e,uenas ra3)es de Jggdrasi* sa3a! %or (restas' e havia incont-veis goteiras& .!a de*as estava *ogo aci!a de sua ca$ea' e as gotas ca3a! r-%ido so$re seu ca$e*o' en + charcando+o& A %orta era (eita co!%*eta!ente de (erro' e estava en(errujada a %onto su(iciente de ter v-rios $uracos& .!a viseira estava e! seu to%o arredon+ dado' e havia u!a %e,uena entrada %ara co!ida %erto do (rio ch o %edregoso& 1E eu fiquei ali, parado naquela exata posi+)o, durante muito tempo. (o come+o eu ainda tentava contar o tempo como forma de distra+)o. 4assaram-se de# minutos. Meia !ora. /uas !oras. /e# !oras. Um dia. .rs dias. *p,s o d&cimo dia, " n)o tin!a mais a mesma vontade de contar. *penas a oteira que me pin ava na cabe+a me dava ua, e me torturava. Bada ota parecia ter o peso de um martelo, e mac!ucava-me, ao menos em min!a mente. Em todo aquele tempo, n)o !aviam feito sequer um contato. ()o sabia se !aviam esquecido de mim ou se tin!am me deixado apodrecer naquele lu ar. ()o me deram comida, bebida, nem mesmo mais uma palavra. Meus ol!os !aviam ficado muito sensveis, podiam enxer ar tudo com perfeita clare#a, e quase c!eava a perceber as cores dos fios rubros de min!a fran"a que pendiam sobre

1!.

meus ol!os. Min!a audi+)o !avia c!e ado > um nvel taman!o que eu podia ouvir passos no c!)o exterior e at& mesmo oteiras que n)o pin avam em min!a cela. Meu tato podia sentir pequenas correntes de ar que deveriam entrar pelas portas do al+ap)o externo que condu#ia >quele lu ar, ou mesmo leves respin os vindos das otas que n)o paravam de cair no c!)o. 3entia odores estran!os, f&tidos, como se al o !ouvera apodrecido ali ! muito tempo. .in!a adaptado-me a toda aquela situa+)o. E, finalmente, depois de muito tempo eles vieram...? >assos %esados ecoava! %e*os corredores desertos& A%ro/i!ava!+se r-%ido& 6*on %odia ver u!a (raca *u) %assar %e*os $uracos da %orta corro3da e criar so!+ $ras irregu*ares nas %aredes& Os %assos %arara!& Estava %erto' %odia ouvir seu res%irar& A$riu a viseira da %orta e a *u) de u! archote ,uase cegou os o*hos do %e,ueno anjo' ,ue desviou o rosto e (echou os o*hos %ois %arecia! ,uei!ar& O ser ,ue n o conseguira reconhecer %arou %erto de*e e a$ai/ou+se ao seu *ado& A$riu a $oca %ara (a*ar' !as a vo) %arecia t o a*ta ,ue ,uase o ensurdecera e e*e !a* %Ide ouvir en,uanto gritava de dor& .!a ! o (ina tocou seu rosto e o vi + rou& >odia sentir u!a res%ira o e! seu rosto& A$riu os o*hos vagarosa!ente' co!o ,ue! acorda %e*a !anh e o*ha %ara o so* desnudo nos c1us do !eio+dia& O rosto era (a!i*iar< Leviathan& 9ovas %a*avras ,ue %arecera! n o (a)er sentido& E*e a%enas ganiu de dor' e' ao a$rir a $oca' carne crua de %ei/e (ora en(iada ne*a& Cus%iu e *evou u! ta%a na (ace es,uerda& As %a*avras %arecia! (icar !ais c*aras e! sua !ente< Co!a *ogo' n o ,uere!os ,ue !orra de (o!e& + 8isse e! u!a a*tura ,ue aos seus ouvidos %arecia ,ue era u! grito&

Eais u! %ouco de carne crua de %ei/e (ora en(iada e! sua $oca' e desta ve) 6*on !astigou' ainda co! u! %ouco de nojo' !as engo*iu a cada %unhado co!o u!a ceia& 6uanto !ais !astigava' !ais carne Leviathan en(iava garganta a$ai+ /o& >or (i!' co!era o ,ue achava ser !ais de vinte %ei/es grandes& #a!$1! a$riu sua $oca o su(iciente %ara ter u! c-*ice de vinho (orado e! sua garganta' ,ue o dei/ara co! u! %ouco de dores na ca$ea' !as nada %er!anente& Ao aca$ar de a*i!ent-+*o' o*hou e! seus o*hos acin)entados e %erguntou< Ent o' est- %ronto %ara con(essar o ,ue viera (a)er a,uiC 6*on tentara (a*ar' !as %a*avras n o ia! at1 sua $oca& Era co!o se tivesse (i+ cado !udo& Sei&&& B- n o (a*a h- !uito te!%o' n o 1C #a*ve) eu o devesse ensinar de novo&

8eu+o u! !urro nas coste*as ,ue %arecia ter ,ue$rado duas de*as& .rrou a*to' agoni)ando de dor e tentando !over seu tronco& >ara (ina*i)ar' %er(urou a %e*e na a*tura das esc-%u*as co! unhas a(iadas& 4ea%rendeu' %e,ueninoC

1"/

4e&&& re+a&&& %re&&& %rendi& + ?aguejou co! di(icu*dade& Xti!o& Ent o !e res%onda< est- %ronto %ara con(essar agora ou ,uer %assar !ais dias a,ui' nesta %ris oC

6*on havia %ensado te!%o su(iciente& Contaria ou n oC Se contasse' sua !is+ s o estaria co!%ro!etida' e a %artir da3 n o sa$ia o ,ue os drag:es (aria! co! e*e& Eas e*es havia! dito ,ue $astava sua causa ser no$re %ara ,ue %udesse avanar& Se! d=vida a*gu!a era u!a causa no$re& Se! contar ,ue os drag:es n o %arecia! ser a%enas escravos dos deuses' ou si!%*es (uncion-rios& E*es ti+ nha! u! certo %oder %ara ju*gar %or si s;& >oderia con(iar ne*esC 9 o tinha outra a*ternativa& >oderia esco*her entre !orrer a*i' n o contando nada' ou ent o con+ tar a e*es e ter u! destino incerto& E co! certe)a n o ,ueria !orrer ainda& 9 o a*i' n o da,ue*e jeito' n o na,ue*e !o!ento& Si&& Si!& Es+tou %ron&&& to& + 8isse %or (i!& Xti!o& Creio ,ue tenha (eito a esco*ha certa& Va!os&

E*a des%rendeu as a*ge!as e gri*h:es& E*e tentou co*ocar+se de %1 so)inho' !as sentia dores de!ais& O contato co! as (rias %edras da,ue*a %ris o tinha reti+ rado a sensi$i*idade das %artes ,ue (icara! e! contato constante' dei/ando a %e*e e! carne viva& Euito te!%o se %assara desde ,ue tinha (icado de %1 %e*a =*ti!a ve)' aca$ou (icando desnorteado& Acho ,ue 1L dias s o de!ais %ara u! c-rcere' n o 1C Achou ,ue dever3+ a!os ter es,uecido' + 8isse Leviathan' %egando+o e! seu co*o& + n o 1 !es!oC 8escu*%e+nos' garoto& Est-va!os ocu%ados reconstruindo nos+ so te!%*o e $uscando o %aradeiro do vu*to ,ue havia atacado& Voc0 en+ tende' n o 1C Einha es%ada&&& Sanctus&&& Onde est-C + B- conseguia di)er !ais c*ara+ !ente' !as ainda assi! era u! enor!e es(oro&

Tavia! retirado a Sanctus de sua cintura ,uando o atirara! na,ue*e *ugar' e n o sa$ia do %aradeiro de sua es%ada ,ue (ora t o di(3ci* de a%anhar de%ois da sua ,ueda na,ue*e andar' Eercurii& #a!$1! retirara! sua $o*sa& Sentia a sua (a*ta co!o a de u! ente ,uerido' a(ina*' as hist;rias de seu %ai se (a)ia! *e!$rar co! a,ue*a es%ada& 8everia se %reocu%ar co! isso de%ois& >or en,uanto' + 8isse carregan+ do+o co! dois $raos en,uanto u! terceiro segurava o archote + %reocu+ %e+se e! ter (oras %ara sua con(iss o e re)ar !uito aos deuses %ara ,ue o dei/e!os vivo&

6*on ca*ou+se e es%erou e! si*0ncio ser condu)ido at1 o seu ju*ga!ento& Sen+ tia+se (raco' !as a carne de %ei/e de certa (or!a n o se retorcia e! seu estI!a+ go co!o i!aginava ,ue iria& >recisava de te!%o %ara digeri+*a' %ensou& 7oi con+

1"1

du)ido %e*os i!ensos corredores' ,ue tinha! curvas e !ais curvas' u! *a$irinto (eito %ara evitar (ugas' co! toda certe)a& >or (i!' chegara! 2s escadas ,ue *eva+ va! ao a!$iente e/terior& E ,ue a*3vio sentira %or ver a *u) dos s;is nova!ente& Cegava! seus o*hos' !as va*ia a %ena ad!ir-+*os %or entre o c1u re%*eto de nu+ vens dis(or!es' ,ue dei/ava! a*guns %oucos es%aos& A -rvore de Jggdrasi* e!anava seu verde *3!%ido %or seu tronco e ra3)es& O *ago rece$ia *u)' e de sua -gua %ura e crista*ina %odia! ver+se %e,uenos %ei/es e! cardu!es' a*gas e crust-ceos e! suas !argens& E*a condu)iu+o do a*a% o ao te!%*o ,ue antes havia visto' !as este havia sido re(or!ado& A torre estava agora co!%*eta& Os %i*ares (ora! re%ostos e a en+ trada estava *i!%a& 9enhu!a rachadura' nenhu!a i!%er(ei o' nenhu! !on;*ito estava (ora de seu devido *ugar& So$ a grande %orta da entrada ,ue era (eita de !adeira e tinha !aanetas douradas co! ca$eas de drag:es' estava u! $ra+ s o' onde os ,uatro drag:es da *enda retorcia!+se u! so$re o outro& B- havia visto a,ue*e s3!$o*o no *ivro das *endas ,ue sua ! e contara antes de *ev-+*o %ara a ca!a& Buggernaut voava de asas a$ertas no to%o do $ras o& #ia!at re(u+ giava+se %or $ai/o de sua asa es,uerda e a$raava+o co! seu cor%o de ser%en+ te& Leviathan %airava na hori)onta* %or $ai/o de*e e a$ai/o Behe!oth se encon+ trava de ca$ea erguida' co! os es%inhos de suas costas na (or!a de u!a !on+ tanha ,ue tinha at1 !es!o nuvens ,ue a rodeava!& >e*a %orta adentrara! e de%arou+se e! u! enor!e sa* o co! u! ta%ete ver+ !e*ho e v-rias tochas %resas 2s %aredes& 9 o havia se,uer u! *ustre %ara aju+ dar na i*u!ina o escassa do (ogo ,ue cre%itava %or todos os *ados' e at1 !es + !o e! tochas %resas e! seis co*unas' tr0s de cada *ado' %endendo %ara a %as+ sage! ,ue se (or!ava e i*u!inando o vasto ca!inho& Tavia! si! a*gu!as jane+ *as' !as era! $e! esguias e a*tas' e a i*u!ina o era !uito escassa %or %arte dos s;is' !es!o ,ue estivesse! e! todas as dire:es& 9o (undo' re%ousava! ,uatro grandes tronos de %edra' tota*!ente descon(ort-veis& #odos iguais' (eitos de rocha e co! $raos (eitos de (erro retorcido& 9 o (osse %e*os $ras:es ta*ha + dos e! seus to%os' seria! todos id0nticos& Cada u! era u!a %arte do $ras o ,ue guardava a entrada' !ostrando u! de cada drag o& #r0s de*es se encontra+ va! ocu%ados& 9o !ais a es,uerda sentava+se #ia!at' ,ue %odia ,uase deitar+se de t o es+ guio& 4e%ousava seus $raos no encosto a e*es destinado' !as era! t o gran+ des ,ue' a%;s o cotove*o' %endia! %ara $ai/o co!o %0ndu*os& 9o !ais a direita' Behe!oth ocu%ava o es%ao do segundo trono' sentindo+se terrive*!ente des+ con(ort-ve* na,ue*a @cadeirinhaA de %edra co! dois !etros de a*tura e u! e !eio de co!%ri!ento& 9 o %arava de tentar !over+se %ara achar u!a %osi o !ais con(ort-ve*& 9 o conseguia ter todo o es%ao ,ue necessitava %or !otivos !ais do ,ue ;$vios& #a*ve) devesse! ter constru3do u! trono !ais condi)ente co! seu enor!e ta!anho&&& Buggernaut encontrava+se e! u! trono de @honraA' no to%o de u!a %e,uena

1"2

e*eva o de tr0s degraus' no trono a es,uerda& O*hava (i/a!ente %ara o !i=do ser ,ue Leviathan carregava e! seus $raos& .! o*har ,ue o (a)ia tre!er ao !enor vis*u!$re de seus o*hos a!are*os& 4e%ousava o cotove*o no $rao do tro+ no e recostava a ca$ea e! seu %unho' co!o ,ue! estivesse %ensativo' ou at1 !es!o entediado& Leviathan co*ocou+o ajoe*hado %erante e*es' os ,uatro guardi+ :es& #o!ou ent o seu *ugar entre Buggernaut e Behe!oth& 15 estavam eles, os quatro randes dra 0es-deuses, na mesma posi+)o que os encontrei pela primeira ve#. .odos ali, esperando al o, apenas me encarando. ()o me atrevi a di#er uma palavra nos minutos se uintes, esperando que primeiro se pronunciassem. *o inv&s de falar o que tin!a passado dias tomando coraem para di#er, decidi ol!ar mais ao meu redor. *l uns pedestais encontravamse espal!ados por toda a sala do trono, mas o que quer que estivesse em cima deles " n)o estava mais ali. /uas portas, uma de cada lado da sala, levavam a um outro aposento, e uma enorme porta atrs dos tronos de Ku ernaut e 5evia t!an deviam levar > torre que podia ser vista do lado de fora.? Creio ,ue' + 8estruiu o incI!odo si*0ncio Buggernaut& + se deseja con(es+ sar %ara n;s as suas inten:es' deveria co!ear agora en,uanto ainda 1 te!%o& + A%enas seu !a/i*ar se !ovia& Creio ,ue' + #o!ou a vo) 6*on' j- recu%erada& + se isto 1 u! ju*ga!ento' eu antes deveria sa$er as regras de*e' ,ue! !e ju*gar- e ,uais s o as acusa:es ,ue recae! so$re !i!& >or (i!' ta!$1! deveria sa$er ,uais ser o !inhas %enas caso eu seja cu*%ado' e o ,ue acontecer- caso eu seja inocente&

Leviathan co*ocou+se de %1' !as n o %areceu ter to!ado a,ui*o co!o u!a in+ so*0ncia assi! co!o Buggernaut' ,ue !ordia seus *-$ios& #ia!at !antinha u! riso s-dico na (ace en,uanto aco!%anhava a cena& Behe!oth %arecia n o en+ tender nada&&& Ent o' Leviathan disse< D acusado de invadir os sete c1us e! %ro* de u!a causa desconhecida' so$re a ,ua* concordou e! (a*ar hoje' %erante este tri$una* sagrado& Ser- ju*gado %or n;s' os ,uatro drag:es' guardi:es de Jggdrasi*' e sua %ena ir- de%ender do cri!e e dos !otivos ,ue o *evara! a co!et0+*o& Caso seja considerado inocente' ter- u! re,uisito atendido' %or ter (ica+ do descon(ort-ve* e! nossa %ris o %or tanto te!%o& Considere isso co!o u!a (or!a de reco!%ens-+*o& #a!$1! ter- sua %assage! *ivre e es%a+ da devo*vida' e %oder- circu*ar %or toda a -rea dos sete c1us en,uanto seu !otivo ainda (or u!a descu*%a&

Sua vo) era (ir!e' (a*ava co! c*are)a e %regava a verdade& Se (osse conside+ rado inocente' ganharia a,ui*o tudo ,ue desejava& Eas ainda tinha u! ju*ga!en+ to %ara en(rentar& 9 o havia outra esco*ha' j- havia chegado at1 a*i& Co!earei ent o o !eu re*ato& Eeu no!e 1 6*on 5arrior Eros' sou&&&

1"3

9 o nos diga o ;$vio' garoto& + 7a*ou Buggernaut do a*to de seu trono& X$vioC Co!o assi!C Achei ,ue n o sa$ia! !eu no!e& Seu no!e si!' desconhec3a!os& + 8i)ia #ia!at& + Eas seus so$reno!es n o& Le!$re+se' !eu jove!' ,ue guarda!os u!a das entradas e sa3das dos reinos astra* e !orta*& Acha !es!o ,ue n o reconhecer3a!os a (a+ !3*ia dos o*hos %rateadosC Eais ainda' acha ,ue n o reconhecer3a!os + Atirou a Sanctus na (rente de 6*on' e!$ainhada& + a (a!3*ia ,ue e!%os+ sou u! dos nossos !aiores tesourosC Co!o %ode %egar ne*aC E*a deveria a%enas o$edecer ao seu !estre" A%enas o !estre de cada gera o da (a!3*ia 5arrior %ode su%ortar seu %eso' assi! co!o !e (ora instru3do& 9e! !es!o !inha !estra %Ide i-+*a" So!os os guardi:es dos tesouros + >rosseguiu a ser%ente& + e %ode!os tocar na,ui*o ,ue nos (ora con(iado& #a!$1! %ode!os tocar a,ui*o ,ue carrega %arte de nossa ess0ncia&&& Co!o assi!C >arte de sua ess0ncia&&&C Chega" + Irritou+se Buggernaut' $atendo suas %esadas ! os so$re os $raos de seu trono& + Est- (a)endo %erguntas de!ais" Continue *ogo co! seus re*atos' antes ,ue !inha %aci0ncia se esgote&

6*on engo*iu e! seco& Ees!o co! a,ue*a %ergunta !arte*ando sua ca$ea co!o a goteira ,ue o !o*hara %or tantos dias' e*e teve de %rosseguir co! o ,ue co!eara& G 14or mais de uma !ora relatei tudo o que !avia ocorrido, desde que entrei na Hase: o primeiro dia de @treinamento@, a decis)o tomada por 5ua, o plano de entrada, a vila de Mercurii Oque descobri c!amar-se Ori inusP, a batal!a que presenciei entre eles e o vulto Onessa parte especfica Ku ernaut pareceu ficar inquietoP... *t& o momento que os !avia encontrado. 2elatei motivos, pensamentos, dese"os... 4or fim, min!a ar anta estava exausta de falar e min!a boca seca. 4edi um clice de ua, se possvel. Ku ernaut estalou os dedos e 5evia t!an fora at& o la o externo buscar um pouco. Entre ou para mim, e bebi at& da %ltima ota. Observei-os no final de tudo, buscando encontrar respostas em seus ol!ares &lidos e inexpressivos.2euniram-se em um crculo para discutir. 3e eu tivesse ener ias, tentaria correr, mas min!as pernas n)o me obedeciam, nem min!as asas. E tamb&m, mesmo que se uissem meus comandos, eu n)o iria muito lon e. * %nica coisa que fi# foi ficar ali, esperando, com a 3anctus aos meus "oel!os.? G

1"4

A reuni o de!orou %ouco !ais de ,uin)e !inutos& >or (i!' todos vo*tara! a sentar+se e! seus res%ectivos tronos& #ia!at (icou de %1' %roc*a!ando< Co!o u! dos ,uatro su%re!os drag:es' + Suas vo)es dissera! co!o u!a s;& + considerado ta!$1! o drag o da sa$edoria e do e,ui*3$rio en+ tre o $e! e o !a*' jui) desta sess o' dec*aro ,ue seu veredicto' 6*on 5arrior Eros' descendente ao trono rea* de Sea*' 1&&& Inde(inido" >recisa+ !os de !ais te!%o %ara %oder ju*gar e chegar a u! consenso& At1 *-' vo*tar- aos seus a%osentos& 8ei/e a es%ada onde est- e aco!%anhe %a+ ci(ica!ente Leviathan at1 *-&

G 1* estadia naquele cubculo n)o me a radava sequer um pouco. 4elo menos daquela ve# n)o !aviam prendido min!as m)os e eu podia levantar-me para camin!ar, o que a"udava a me !abituar a ravidade, e 5eviat!an me levava comida e bebida trs ve#es ao dia, passando-as por debaixo da porta. Era a mesma carne de peixe crua com vin!o que !aviam dado quando me retiraram de l, mas n)o importava, contanto que eu arma#enasse ener ias. Me mantiveram ali por cinco lon os dias, at& que por fim vieram buscar-me. (ovamente ela, 5eviat!an.? Va!os' 6*onC Ah' se a,ue*es o*hos ine/%ressivos (a*asse!" Co!o e*e ,ueria ter u!a %r1via da sentena ao o*har e! seus grandes o*hos a!are*ados de *agarto' !as in(e*i)+ !ente era i!%oss3ve*& #udo ,ue e*a di)ia co! sua $oca (echada era u! !ist1rio indeci(r-ve*& 8esta ve)' e*a n o %recisou to!-+*o no co*o& E*e *evantou+se so)i+ nho' co! o cor%o co!%*eta!ente sujo dos seus dias se! higiene' desde ,ue (ora !antido %reso& 8urante 20 dias suas vestes (ora! sujas co! suas (e)es e urina' !as nos dias ,ue (icou con(inado co! a%enas as %ernas %resas' se !ovi!enta+ va %ara os cantos da sa*a e (a)ia suas necessidades *-& E!agrecera !uito' e a gravidade j- n o era ta!anho e!%eci*ho& Sua %e*e es$ran,uecera tanto ,ue %a+ recia n o ver o so* a !uitos anos& Seus sentidos estava! estranha!ente !ais aguados' sentia+se !uito estranho& Andou %e*os corredores' tentando notar cada curva' cada *eve dec*ive e ac*ive& Su$iu as escadas a%oiando+se nas %aredes se! corri! o& 7ora condu)ido co! u! %ouco de di(icu*dade %e*as escorregadias ra3)es de Jggdrasi* e' nova!ente' *evado ao te!%*o' ,ue %er!anecia intoc-ve*& A !es!a cena' a !es!a atitude& Ajoe*hado %erante seus ju3)es' !anteve+se de ca$ea $ai/a' o*hando %ara o ch o o te!%o todo& #odos notara! seu estado de%*or-ve*' !as ningu1! disse nada& A%enas #ia!at *evantou+se %ara %ronunciar a sentena& O o*har de todos %esava so$re suas duas ca$eas& >or (i!' e*e disse so*ene!ente< 6*on 5arrior Eros' >r3nci%e Leg3ti!o de Sea*' eu' #ia!at' 8rag o do E,ui*3$rio' >rotetor da Lu) e da So!$ra' so$ !inha condi o de jui)' de+ c*aro+o cu*%ado da acusa o de trai o contra o reino ce*estia*&

1"5

6*on %Is+se de %1' indignado& Eas&&& 9 o h- @!asA" + >rosseguiu a ser%ente& + A sua inten o rea*!ente (oi !uito no$re ao ,uerer ajudar a sua !estra' !as agira de*i$erada!ente" 7ora inconse,uente e! seu %ensa!ento' tentando tornar+se u! her;i ,ue n o 1& Inde%endente da sentena de*a e do %or,u0 de e*a ter rece$i+ do essa %ena' 1 u!a decis o do reino ce*estia*' e 1 incontest-ve*" >ara ter u!a ideia da gravidade ,ue envo*ve esta situa o' ne! !es!o n;s aca$a!os sa$endo dessa ta* @LuaA at1 voc0 !encionar seu no!e& Co! certe)a esta decis o (oi concedida %or a*gu1! de u! andar su%erior' a*+ gu1! ,ue te! !ais %oderes %ara ju*gar do ,ue n;s& Sur%reende+!e o (ato de e*a ter conseguido esca%ar do reino dos c1us se! ser!os avisa+ dos e co! as virtudes e! seu enca*o' isso si!& Os anjos ,ue a tra)ia! deveria! ser %oderosos&&& Eas ,ua* sentena (oi essaC 6ua* o cri!e ,ue u!a %e,uena garotinha %oderia co!eter contra o reino dos c1usC >or ,ue ,uerer !at-+*aC Isso n o 1 da nossa conta& #udo a,ui*o ,ue n;s' drag:es' %ode!os (a)er 1 ju*gar a,ue*es ,ue a,ui chega!' vindos de ci!a ou de $ai/o& Assi! co!o as virtudes t0! seu %a%e* %ara !anter a orde! entre os dois %*a+ nos' a n;s (oi dada a orde! de guardar Jggdrasi* e os tesouros co! nos+ sas vidas e ju*gar %or conta %r;%ria ,ue! !erece %assar ou n o& E voc0' %e,uenino' traiu os c1us e o ju*ga!ento divino& 8everia t0+*a entregado %ara as virtudes' e e*as to!aria! a decis o do ,ue (a)er&

Co! certe)a a,ue*a seria a =*ti!a coisa ,ue teria (eito& Se a tivesse entregado' j- estaria !orta& Vira co!o 8i*ig0ncia agira co! e*a ,uando serviu de isca& 9 o %erguntou nada' a%enas atacou& E*a se,uer teria a chance de u! ju*ga!ento jus+ to& Seria reta*hada e! !i*hares de %edaos antes ,ue %udesse di)er ,ua*,uer coisa e! sua de(esa& Chega de de!ais e/%*ica:es& + >rosseguiu #ia!at& + Se (osse u! i!or+ ta* co!o n;s' estando a,ui' a sua %ena seria u!a vida in(inita de %ris o e tortura& Eas' co!o %ode !orrer' sua sentena 1 tortura e !orte& #ortura' %ara ,ue sinta o %eso da idiotice ,ue co!etera atrav1s da dor' at1 se ar+ re%ender' e !orte co!o o (ina* de seu so(ri!ento& 8issera! ,ue ju*ga! %or conta %r;%ria' corretoC Ent o&&& >oderia! ao !enos !e res%onder se a*gu1! a !ais nos andares su%eriores sa$e ,ue eu estou a,uiC 9 o' e ne! %recisa!& + 8isse Buggernaut de seu trono& + Seria !uito in+ cI!odo u!a %este co!o voc0 atra%a*har ,ua*,uer outra decis o i!%or+ tante nos c1us& Seu ju*ga!ento 1 este e sua %ena ser- rea*i)ada a,ui"

1"!

O*hou %ara todos sentados e! seus tronos e %ara #ia!at& #odos !antinha! a !es!a e/%ress o' !enos Leviathan' ,ue (icara co! a ca$ea virada %ara o *ado' evitando o*har %ara 6*on& 6*on 5arrior Eros' + 8i)ia Buggernaut& + %or seu cri!e de trai o' eu' *3+ der dos drag:es guardi:es' o sentencio agora a u!a %ena de torturas %or te!%o indeter!inado e' %or (i!' a !orte& 6ue os c1us o %erdoe! co! sua !orte e ,ue sua a*!a %ossa reencarnar e! u! $o! cor%o' *ivre de %ecados& 6uisera ser tratado co!o u! adu*to' tanto nas decis:es co!o na (or!a de %ensar& Ei!ado' acha ,ue %ode ,uerer i!%or suas vontades a todos ao seu redor' contando co! sua %osi o su%erior e sua %recocidade& Esta 1 a %ena ,ue !erecia& Leviathan" Si!' BuggernautC Condu)a+o %ara sua ce*a& 9;s decidire!os ,uando e co!o ser o suas torturas e' desta ve)' !antenha+o co!%*eta!ente %reso' at1 %e*a %esco+ ceira& E*e n o dever- ter o !3ni!o !ovi!ento a*1! do a$rir e (echar dos o*hos e $oca' e essa 1 a %ri!eira tortura& Si!' Buggernaut& Agora v-' + 8i)ia o grande *3der dos drag:es& + e tire esse %e,ueno e!%e+ ci*ho de nossas (rentes& #e!os !ais co! o ,ue nos %reocu%ar!os&&&

Leviathan co*ocou+se de %1' ainda evitando encarar 6*on' o*hando %ara $ai/o&

Leviathan o *evantou do ch o %e*o $rao' agarrando+o co! (ora&

Leviathan carregou+o %e*os $raos %ara (ora do sa* o& 6uase o arrastava& E*e ,ueria di)er ,ua*,uer coisa e! sua de(esa !as as %a*avras n o vinha! 2 $oca& 4ea*!ente' e*e estava errado& 9 o tinha contesta o' n o tinha segunda o%ini o& Sa$ia ,ue isso %oderia ocorrer a e*e' e !es!o assi! arriscara tudo& Va*ia a %ena sacri(icar+se %or a,ui*oC Be!' e*e agora %ensava ,ue n o& G Leviathan o %rendera co!o (ora ordenado' at1 !es!o ao seu %escoo na,ue+ *a tira de couro ,ue estava encravada na %arede& O*hou %ara e*e' ainda co! sua tocha e! ! os& >or c1us' 6*on& + 8isse %or (i!' encarando+o nos o*hos& + D t o inocente ainda&&& >or ,ue to!ou a,ue*a decis oC Se %udesse ajudar a u! grande a!igo seu' Leviathan' !es!o sa$endo ,ue a,ui*o ,ue deveria (a)er 1 errado' ainda o ajudariaC 9 o sei&&& Eas 6*on' se servir de conso*o&&& Votei contra essa %ena&

E dei/ou+o a*i' na escurid o' se! di)er se,uer !ais u!a %a*avra&

1""

Cap. 1+ *ort ra Des mana

star entre a vida e a !orte' es%erando %or u!a tortura' n o era *- a*go !uito agrad-ve*& Cada segundo %arecia de!orar u!a hora' e e*e re)a+ va %ara ,ue desistisse! da,ui*o& 6ue es%1cie de %uni o era a,ue*a a%*icada %e*o reino dos c1us e seus servidoresC #anto %ara e*e ,uanto %ara Lua&&& A,ui*o era de!ais" Seria a justia divina assi! t o (a*haC Eas' %ara a sur+ %resa de*e' a%;s dois *ongos dias e no !eio de u!a noite' e*e rece$eria u!a visi+ ta e! !eio as so!$ras&&& 14assos rpidos em um infinito escuro. Eram li eiros e bem afastados, quase n)o fa#iam barul!o. *l u&m estava ali. Dinalmente parou > min!a porta. 4or fim, um rudo leve como um sussurro. * porta !avia sido aberta, e, para min!a surpresa, 5eviat!an encontrava-se ali, parada na min!a frente.? 6*on' suas torturas (ora! decididas& + 8isse $ai/o' a%ro/i!ando+se& Eas %or ,ue&&&C + 7a*ava o garoto' con(uso& ?uarde suas %erguntas %ara de%ois& Vi! a,ui ajud-+*o %ois sinto %ena da sua situa o& O =nico cri!e ,ue co!eteu (oi o de ser %uro de!ais&

E! u!a de suas ! os' tra)ia a*gu!a coisa do$rada nu!a (o*ha de u! verde vivo' cinti*ante& 9o %ri!eiro dia' + 8isse e*a& + aoitar o suas costas a%;s te %endurare! %e*os %1s& #er- dor e !uitos !achucados' sangrar- $astante& Eas disso %ode recu%erar+se so)inho' a%esar do sangra!ento& Si!' e no segundoC

9 o era co!o se estivesse ansioso %ara sa$er' era s; ,ue' ,uanto !ais r-%ido e*a aca$asse de (a*ar a,ui*o' !enor seria a tortura de ouvir seus di)eres e !ais te!%o %oderia %re%arar+se !enta*!ente %ara o ,ue estava %or vir& 9o segundo dia ser- %ior& + >rosseguiu Leviathan& + Ser- co*ocado ajoe+ *hado na E/tens o' e isso si! ir- doer& E*es n o v o %u/ar o su(iciente %ara !at-+*o' !as vai so(rer !uito' e %ode at1 ,ue$rar a*guns ossos& E o ,ue 1 essa E/tens oC

1"#

9 o tenho te!%o %ara e/%*icar' %oder- ver co! seus %r;%rios o*hos& O !ais i!%ortante 1 ,ue' no terceiro dia' cortar o as suas asas e o sacri(i+ car o no a*tar da torre& CO4#A4&&& Si*0ncio" + 6uase gritou Leviathan' tentando conter o susto de 6*on&

14ara os an"os, s, !avia uma des ra+a ainda maior do que se tornar um cado. .al des ra+a era ter as asas cortadas. Era a prova do traidor que n)o p9de fu ir dos c&us e refu iar-se no inferno por n)o ser !bil o suficiente para isso. Uma ve# sem asas, o an"o perde completamente o equilbrio, os sentidos s)o muito afetados, !abilidade de voo retirada e, porventura, vin!a a morrer com o passar de al um tempo.? Sei ,ue isso 1 %enoso %ara voc0 e os de sua raa' %e,uenino' !as deve entender ,ue' aos o*hos dos c1us co!eteu u! cri!e& Eas n o 1 isso ,ue vi! a,ui (a*ar co! voc0& D so$re sua (uga& 7ugaC + >erguntou 6*on nova!ente sur%reso& Si!' (uga& Eu n o %osso dei/ar ,ue voc0 !orra assi!& Voc0 est- (a)en+ do a*go $o! e! seu cora o' !es!o ,ue seja contra os c1us& #a*ve) %or isso cada ve) !ais haja! anjos ca3dos& Leviathan&&& >or ,u0C >or ,ue est- ajudando+!e assi!C Eu n o&&& Voc0 %ode&&& D %erigoso& + As %a*avras %ara ter!inar as (rases n o sa3a! %e*os seus *-$ios' era! travadas e! sua garganta& 9 o !e %egar o se voc0 agir correta!ente& Escute< Eu %re%arei u! %*a+ no' !as %recisarei de sua ajuda& E %or,ue si!%*es!ente n o !e *i$erta agoraC Isso seria i!%rudente& >or certo e*es iria! descon(iar de !i!& Behe!oth n o dor!e e se!%re guarda a entrada do te!%*o' e disse ,ue sairia %ara v0+*o& Se (ugir agora' e*es ter o tota* certe)a ,ue eu o *i$ertei' e %osso ganhar u!a %ena $e! se!e*hante 2 sua& >or agora' a%enas !e ajude a e/ecutar o %*ano ,ue e*a$orei& E co!o (arei issoC Estou i!%ossi$i*itado de (a)er ,ua*,uer coisa' co!o %ode %erce$er& 7i,ue tran,ui*o' isso n o 1 %ara agora& >or en,uanto dever- so$reviver as duas %ri!eiras torturas' e %or !ais ,ue eu sai$a ,ue os anjos s o (or+ tes' seu cor%o %e,ueno e e! desenvo*vi!ento n o %ode su%ortar !uito es(oro& >or essa ra) o' trou/e isto&

Leviathan dese!$ru*hou o ,ue carregava na (o*ha& Era! duas %e,uenas $o*as

1".

$rancas e se!itrans%arentes& E*a %egou+as e co*ocou na $oca de 6*on' dando+o instru:es< Isso 1 seiva de Jggdrasi* escondida e! u!a %e,uena casca de ovo de u! %-ssaro co!u! da (*oresta& #e! enor!es %oderes curativos& .se u!a a cada (ina* de tortura %ara curar as (eridas ,ue (ore! (eitas& Eas + 8i)ia o %e,ueno co! u! %ouco de di(icu*dade& + e se eu aca$ar gritando de dorC 9 o se %reocu%e co! isso' ao tortur-+*o Buggernaut co*ocar- u!a !or+ daa de (erro& E*e detesta ,ua*,uer $aru*ho ,ue n o seja o esta*ar do chi+ cote co! a %e*e ou o ,ue$rar de ossos& >reocu%e+se !ais e! n o engo+ *ir ,uando (or %egar -gua da goteira co! a $oca ou e! n o dei/ar ,ue e*as escorregue! %e*a garganta en,uanto dor!e& E ,uanto a de%ois das torturas' co!o vou so$reviverC E co!o vou recu+ %erar a !inha es%adaC 8e%ois da segunda tortura' v o achar ,ue n o ter- !ais uti*idade %ren+ d0+*o' %ois n o conseguir- ir a *ugar a*gu!& >or causa da e/tens o' no !e*hor dos casos' seus o!$ros a%enas des*ocar o& Conheo Buggernaut e suas atitudes est=%idas& Es%ere ,ue e*e saia da ce*a e co!a o =*ti!o ovo& A e/tens o ser- %rovadora e garanto ,ue vai ,uerer co!er o ovo at1 !es!o durante a tortura' !as te! de resistir $rava!ente& Si!' e de%oisC 6*on' n o sei se %erce$eu' !as a,ui n o te!os chaves& #odas as %ortas s o a$ertas& >oder- sair andando& Eas a,ui 1 u! *a$irinto& Eu j- ia chegar nessa %arte& 6*on' esta 1 a =*ti!a ve) ,ue ir- !e ver an+ tes das torturas ,ue se inicia! a!anh & >or isso' grave estas dire:es atenta!ente' as (a*arei a%enas u!a ve) %ois n o tenho !uito te!%o& Est- %rontoC Si!' estou& >ode di)er& A,ui todas as e/tens:es se tri(urca!' %or isso esco*her- se!%re entre tr0s dire:es& 8a,ui at1 a sa3da' as dire:es s o estas< Eeio' direita' es+ ,uerda' !eio' es,uerda' direita' direita' direita' direita& EntendeuC Si!& Ent o re%ita& Eeio' direita' es,uerda' !eio' es,uerda' e !ais ,uatro ve)es direita&

1#/

E/ato& Isso 1 tudo' retornarei agora aos !eus a%osentos& Eas e !inha es%adaC Sanctus' onde est-C E !inha $o*saC 6*on' eu sei onde a es%ada est- e %osso at1 di)er&&& Eas se eu o aconse + *hasse a n o %eg-+*a' ainda tentaria %egarC Si!' 1 ;$vio& D a recorda o ,ue ganhei de !eu %ai& >or isso !es!o n o %retendo di)er& >reocu%e+se e! (ugir e co!%*etar a sua !iss o& Se tentar %eg-+*a' n o %oderei garantir ,ue sair- vivo& Eas onde e*a est-C Voc0 ir- %rocur-+*a de ,ua*,uer jeito' !es!o ,ue eu n o conte' a%;s (u+ gir' n o vaiC Si!' vou& Est- no ,uarto de Buggernaut' aci!a de sua ca!a' co!o u! tro(1u& E sua $o*sa est- do *ado de sua cI!oda& Eas 1 !uito arriscado& >or isso' 6*on' n o tente %eg-+*a&

Leviathan ia retirando+se ,uando 6*on a cha!ou&

6*on vira ,ue era co!%*icado' e %re(eriu (icar ca*ado ao tentar di)er ,ua*,uer coisa& Leviathan' de %1' retirou+se da ce*a e o disse en,uanto (echava a %orta< >e,uenino' !antenha+se vivo&&& E $oa sorte& Ir- %recisar& Es%ere' Leviathan"

#arde de!ais& E*a j- (echara a %orta e su!ira %e*os corredores& >e*o visto' as in(or!a:es ,ue ,ueria dos sete c1us s; %oderia encontrar !es!o no segundo andar& E! !eio aos ge!idos de dor e a !astigar ovos co! seiva' n o teria co! ,ue! conversar %ara %erguntar o ,ue era necess-rio& Eas ao sair' co! certe)a esca*aria a -rvore& Era o *ugar !ais ;$vio %ara tentar atravessar ao segundo an+ dar& Eas o ,ue !ais o inco!odava no !o!ento era %ensar se seria co! ou se! a Sanctus %endendo e! sua cintura& G As horas se arrastara! co!o *es!as e! u!a (o*ha& A adrena*ina corria e! seu sangue antes !es!o da hora chegar& Seu cora o estava dis%arado co!o nun+ ca' e a =nica coisa ,ue %odia %ensar era e! co!o seria do*orido *evar aoitadas' ainda !ais co! as costas no estado ,ue se encontrava!' ,uase e! carne viva devido 2s (eridas %rovocadas %e*as %edras& >or (i!' ouvia %assos' %esados e -geis& A %orta de sua ce*a a$riu+se co! tanta (ora ,ue $atera na %arede e u! %edao ,ue j- estava en(errujado veio ao so*o& Buggernaut encontrava+se %arado co! u! aoite enro*ado na ! o direita&

1#1

1E n)o era um c!icote comum. Era formado por uma tira de couro mais rossa, formada pelo enla+amento de outras menores que se dividiam, tendo mais de de# pontas. Bada uma delas tin!a uma pequena l:mina em suas extremidades que servia para ferir a pele. .in!a um comprimento curto para um c!icote, de seu cabo de madeira ne ra at& as pontas devia ter cerca de um metro e meio. ;nde pendente do taman!o, lo o eu saberia como eram seus olpes...? 9a outra ! o Buggernaut tra)ia consigo' assi! co!o dissera Leviathan' u!a !ordaa de (erro& Co*ocara $ruta*!ente e! sua $oca' (echando o encai/e na sua nuca co! rude)a& >or sorte' nenhu! dos ovos (ora ,ue$rado na,ue*e !ovi!ento rude& 9 o gosto de gritos de dor en,uanto go*%eio& 8esconcentra!& + 8isse' so*tando as travas de suas a*ge!as' gri*h:es e desatando sua %escocei+ ra& + In(e*i)!ente' entretanto' n o %osso evitar ge!idos&

>egou+o %e*os $raos' %u/ando+os %ara ci!a co!o se segurasse u!a ave %ara a$ate& O*hou+o nos o*hos cin)entos' escurecidos %e*o a!$iente' e disse< Va!os' eu estou ansioso %e*a sua %uni o& 6*on (ora arrastado %e*o ch o se! se,uer se de$ater& Ao !enos era sua $arri+ ga ,ue arrastava %e*o (rio ch o' e n o suas costas' n-degas e %ernas (eridas& E*es adentrara! u! %ouco !ais %e*os corredores da %ris o at1 chegar a u!a %orta se*ada %or correntes& E*e ,ue$rou+as co! u! e!%urr o na %orta de ao !acio' ,ue ne! en(errujada estava& Sa$e' esta 1 u!a sa*a es%ecia*' %e,ueno& 9 o es%ero ,ue entenda' a(i+ na* 1 !uito novo %ara isso' !as a,ui guarda!os todos os nossos a%are+ *hos de torturas& Ainda n o ser- a =*ti!a sa*a ,ue ir- ver' !as co! certe+ )a 1 a !ais interessante&

A sa*a estava co!%*eta!ente escura' e ao ser arrastado %ara dentro de*a' sen+ tira degraus $atendo na a*tura de seu %eito en,uanto era %u/ado %ara $ai/o& E*e so*tou+o a*i e esta*ou os dedos& Cha!as co!eara! a ,uei!ar e! u!a cana*eta de ;*eo ,ue estendia+se %or toda as %aredes& A sa*a era i!ensa& Era ,uadrada e de u!a %onta a outra tinha cerca de ,uin)e !etros& O teto (icava a %ouco !ais de tr0s !etros do ch o e a*gu!as a*ge!as estava! %resas a e*e& >e*a sa*a' a%a+ re*hos e !ais a%are*hos de e/ecu o' tortura e conten o se encontrava!& E acredita ,ue todos estes instru!entos ne! s o nossosC + 7a*ou Bug+ gernaut& + A !aioria veio de hu!anos& Si!' si!%*es hu!anos& 8e todos os !ortais inte*igentes' s o os ,ue %ossue! a vida !ais curta e !es!o assi! sa$e! !atar e torturar co! grande a(inco&

6*on %er!anecia e! si*0ncio en,uanto era iado %e*as %ernas e %reso 2s a*ge+ !as' (icando de ca$ea %ara $ai/o& #a!$1! (ora vendado&

1#2

?aranto ,ue sentir- $astante dor' %e,ueno& Eas n o se %reocu%e' ainda n o chegou a sua hora& Estarei reservando u!a sur%resa& + 8isse o dra+ g o co! u! sorriso esta!%ado e! seu rosto&

G O seu $rao se !ovia& O ar era cortado %e*as tiras de couro e (a)ia u! ru3do u! tanto ,uanto desagrad-ve* %ara 6*on& As %ontas *a!inadas $atia! e! suas costas' %ernas' coste*as&&& A cada $atida' suor e sangue jorrava! e! %e,uenas got3cu*as no ar& Co! as vendas' n o conseguia ver aonde viria! os go*%es' e e*e se!%re variava& Arrancara a rou%a de 6*on e chicoteava e! todos os cantos' at1 !es!o e! sua genita*& >ara sua sorte' os cortes n o era! %ro(undos o su(iciente %ara retirar %or co!%*eto a,ue*a %arte' !as seu %re%=cio e o escroto estava! $e! cortados& A !istura de sangue e suor corria desde seus %1s at1 sua $oca' e tinha u! gosto desagrad-ve*& As chicotadas do3a! ainda !ais ,uando era! na %arte de tr-s de seu cor%o' causando u! enor!e descon(orto& Eas' de%ois do ,ue %are + ceu ser u!a in(inidade de te!%o' Buggernaut %arara& Eeu $rao est- cansado' ent o chega %or hoje& E a%;s tir-+*o do teto e o co*ocar e! seus o!$ros co!o u! ani!a* a$atido' es+ ta*ou nova!ente os dedos e o (ogo ,ue i*u!inava o recinto se a%agou& G O arrastou %ara sua ce*a& A dor o sedara co!%*eta!ente' tanto ,ue ne! sentia ser %reso nova!ente& 6uando (oi retirada sua !ordaa' Buggernaut se a%ro/i+ !ou $e! de seu rosto e o*hou e! seus o*hos& Si!' esses s o o*hos ,ue eu gosto de ver& O*hos de a*gu1! ,ue j- so+ (reu' o*hos de a*gu1! ,ue est- se! nenhu!a es%erana' se! nenhu!a vontade& A%roveite a noite' jove!' a!anh te! !ais&

E *- e*e o dei/ou' saindo %e*a %orta e (echando+a co! !ais u! estrondo& Esta+ va nu e co!%*eta!ente (erido& Eas ainda tinha os dois ovos e! sua $oca& Era hora de ,ue$rar u!& Co! u! %ouco de es(oro' usou a *3ngua %ara co*ocar u! entre seus dentes& Eordeu+o e u! *3,uido es%esso escorreu %or sua garganta junto co! os %edaos da casca ,ue$rada& Era re(rescante' e ao !es!o te!%o dava sono& Ajeitou o outro ovo a$ai/o de sua *3ngua e rec*inou+se& E/austo de tanto a%anhar' dor!iu& G Acordou co! seu cor%o ,uei!ando& Estava t o !o*hado de suor ,ue sentiu+se no t1r!ino de u! $anho& 9 o tinha !ais (o!e ou sede' a%enas u!a estranha sensa o de estar co!%*eta!ente cheio& Suas %ernas (a)ia! (ora' !as se,uer se !ovia!& 6ueria! (echar+se' seu ;rg o re%rodutor do3a horrores& O*hou %ara

1#3

seu cor%o' cujos !=scu*os tinha! es%as!os estranhos& 14arecia queimar de dentro para fora. *s feridas fec!avam aos poucos, como se fossem costuradas por uma a ul!a invisvel. .odas fec!aram por completo, apenas a su"eira do san ue restara em min!a pele. Diquei feli# pela a"uda concedida a mim por 5eviat!an, mas e se Ku ernaut no dia se uinte notasse que eu n)o estava mais feridoL 4or via das d%vidas, ainda !avia um ovo em min!a boca. E mais um dia para suportar.? E*e n o estava ne! u! %ouco cansado& O e(eito da seiva era !uito (orte' res+ taurara co!%*eta!ente as energias e as (eridas& .! !i*agre a%enas da seiva da -rvore da vida&&& Eas havia u!a coisa ,ue Leviathan n o ensinara a e*e< os e(ei+ tos de*a& 9 o todos& Co!eara a ter a*ucina:es e sonhava acordado& Euitas ve + )es vira Lua' sentado a*i na sua (rente' e co!eava a chorar& Outras' %odia ver o rosto de sua ! e (*utuando e! !eio a escurid o' e dando a e*e u! ser! o ines+ ,uec3ve*& >or (i!' via a Zarat' nua' sentada ao seu *ado& >odia sentir co!o se e*a o acariciasse os ca$e*os encharcados& 6uando e*e o*hava %ara sua $arriga' a es+ %ada de Li$era*idade ainda estava *-' e e*a %erguntava @>or ,u0CA& 6*on $a*$u+ ciava o ,ue conseguia' %ois seus *-$ios n o o$edecia! aos seus co!andos e co! u! ovo e! $ai/o da *3ngua era !eio di(3ci* tentar e/%*icar+se& Ador!eceu de novo' tendo seus %esade*os %ara asso!$r-+*o durante a noite& G 1*cordei com uma morda+a sendo presa > min!a boca. Ku ernaut me ol!ava com f%ria flame"ando daqueles ol!os amarelos. 3eu respirar exalava fo o. 5iteralmente. 4e ou meus bra+os do mesmo "eito que no dia anterior e me encarava face a face. Eu podia sentir o calor do fo o expirado por suas randes narinas. E me arrastou para a sala de tortura da mesma maneira que no dia anterior. *pertava tanto meus pulsos que quase os quebrou. *inda estava nu, mas a ora n)o me importava mais, tin!a ainda um ovo de V drasil para me recuperar.? G Ent o' + 8isse Buggernaut en,uanto co*ocava+o de joe*hos %erto de dois %edaos de !adeira hori)ontais na a*tura dos o!$ros do jove! anjo& + te+ !os a,ui u! anjo co! a d-diva da cura& Eeus %ara$1ns garoto& Conse+ guiu irritar+!e a u! n3ve* ,ue %oucos antes (ora! ca%a)es& 8etesto ver ,ue !eus go*%es' no caso' tortura' (ora! e! v o& >ode dei/ar' de hoje %ara a!anh ter- u! %ro$*e!inha a !ais %ara curar+se& Eu garanto isso"

Os %edaos de !adeira tinha! u! v o de !eio !etro entre e*es& Co*ocara o cor%o de 6*on justa!ente a*i& Era! ocos e co! u!a a$ertura e! sua (rente& 8uas a*ge!as (ora! %resas 2s suas ! os& As a*ge!as era! %resas' %or sua ve)' a grossas correntes' ,ue estava! enro*adas cada u!a e! u!a ro*dana de !adeira& #a!$1! %assava u!a corrente ,ue *igava as duas a*ge!as %e*o %eito de 6*on& Buggernaut co*ocara+se na sua (rente' e caoara<

1#4

Ouvi di)er ,ue 1 assi! ,ue os !ortais (a)e! suas %reces& Co!earia a (a)er isso se (osse voc0& I!%*ore" 6ue! sa$e assi! e*es n o %ode! ou+ vi+*o" Ah' 1 !es!o' !e es,ueci co!%*eta!ente& Essa !ordaa i!%ede ,ue grite& D u!a %ena& Toje eu sinto vontade de ouvir gritos seus' !as te!o ,ue' se os ouvisse' o e/ecutaria a,ui !es!o"

Buggernaut rodou a %o*ia da es,uerda' e e*a %u/ara vio*enta!ente o $rao de 6*on& 6uase o cegara de dor& Achava ,ue tinha des*ocado o o!$ro' ou !ais %ro + vave*!ente o %u*so& Ees!o assi!' ignorara& Buggernaut %rendera a %o*ia co! u!a trava e dirigira+se %ara a outra' caoando& Ah' vejo ,ue (icou !ais resistente co! !inha tortura anterior& Se (osse !eu %u%i*o' %rovave*!ente eu teria orgu*ho&

4odou a outra %o*ia& Seu $rao direito se esticara e a corrente ,ue estava no v o $atera e! seu %eito $ruta*!ente& A dor era ainda !aior& A corrente %arecia ser *a!inada e cortara+o na a*tura dos !a!i*os& Estava t o !anchado de sangue ,ue ,uase n o notara ,uando o !es!o escorreu %or seu cor%o se! ,ua*,uer vesti!enta& Ser- u! *ongo dia& 8ei/arei ,ue decida& 6ua* das correntes deverei a*on+ gar !ais agoraC 8ireita ou es,uerdaC

Ent o a,ue*a era a te!ida E/tens o& G O dia chegara at1 o (i!& >e*o !enos era isso ,ue disse Buggernaut ao retirar suas a*ge!as& .! riso ia de ore*ha a ore*ha&&& Ou !e*hor' de cavidade auditiva a cavidade auditiva' e o*hando %ara o %e,ueno anjo n o era de se estranhar o !o+ tivo& 6*on encontrava+se co! o %eito cortado at1 o osso esterno e tocava a*gu+ !as coste*as& B- n o sangrava !ais' %e*o !enos& A %r;%ria corrente (a)ia %res+ s o %ara estancar& S; ao ser retirado ,ue o sangue vo*tou a jorrar& Buggernaut ,uei!ara a (erida' %ara ,ue n o !orresse %or he!orragia& Os dois o!$ros' cotove*os e %u*sos encontrava!+se des*ocados e (eridos& 6uase chegara! a ser arrancados ta!anha a (ora ,ue era! tracionados& 9 o conseguia sentir ,ua*,uer %arte de seus $raos e ne! !es!o !over seus de+ dos& Seus !=scu*os %arecia! estar !o3dos de tanto ,ue *atejava! de dor& >or (i!' Buggernaut *evou+o at1 sua ce*a e o atirou %ara dentro' se! se,uer %ren+ d0+*o' co!o havia %revisto a dragona da -gua e dos ventos& A%enas retirara sua !ordaa& Ca3ra de $raos a$ertos e! !eio ao duro ch o' co! goteiras !o*han+ do todo o seu cor%o nu& 8uvido !uito ,ue cure todas essas (eridas i!ediata!ente& Ees!o ,ue consiga' duvido ,ue sair- da,ui& Se sair' n o ir- *onge& 6uais,uer ,ue seja! suas a*ternativas' suas horas est o contadas& #enha $ons sonhos&

1#5

E saiu %e*os corredores a garga*har& 1Mais do que depressa, mordi o ovo e me er ui apenas com as pernas. Meu corpo ainda doa muito. Era um trabal!o difcil, mas ap,s muito me curvar, conse ui. O efeito n)o tardaria muito, e eu precisaria sair dali o mais rpido que eu pudesse, antes que as alucina+0es come+assem. Esperei os passos de meu carrasco distanciarem ao mximo e o al+ap)o cerrar-se ao fundo. * porta abria apenas para frente, ent)o coloquei meu p& debaixo dela e a puxei para trs. $uase ca ao fa#er aquele movimento, mas por sorte me equilibrei a tempo. *ndei pelos corredores enquanto lembrava das dire+0es dadas por 5eviat!an. 4ara min!a sorte, meu corredor era um beco sem sada, ent)o deveria apenas tomar a outra dire+)o. Meio, direita, esquerda, meio, esquerda, e mais quatro ve#es direita. Este foi o camin!o ditado. *t& !o"e me recordo. Borri com passos leves pelos corredores, que eram lon os e c!eios de celas, com suaves inclina+0es descendo ou subindo. *l uns tin!am comprimentos de at& tre#entos metros, o que me fa#ia ima inar qu)o rande era aquele complexo subterr:neo, e para que servia. Bada curva que fa#ia a dor da cura provocada pela seiva aumentava. Eu estava tonto, quase desnorteado, mas mesmo assim continuei se uindo. K !avia corrido por mais da metade do camin!o e meus bra+os estavam mel!ores. * ferida queimada em meu peito cicatri#ava aos poucos e a pele revestiaa quando, por fim, alcancei o %ltimo corredor. Um barul!o de tempestade tomava conta do ambiente. 3ubi as escadas en atin!ando e abri uma porta do al+ap)o. Notas pesadas de c!uva mol!aram meu corpo desnudo e a"udavam a ameni#ar a queima+)o que eu sentia em min!a pele. Mesmo durante a tempestade e > noite, meus ol!os demoraram a acostumar-se com a luminosidade dos rel:mpaos que cortavam o c&u. Mas n)o !avia muito tempo a perder. *inda cambaleando, fui at& o templo. 4or mais que tivesse sido advertido, n)o sairia dali sem a min!a espada. *bri a porta. Estava tudo escuro. Os arc!otes estavam apa ados e apenas os clar0es do exterior atravessavam as estreitas "anelas. Cavia trs portas... Uma dava para a torre, aquela atrs do trono. E era "ustamente aquela a que eu mais queria evitar. *s outras duas... Eu n)o tin!a certe#a. /everia vascul!ar. Escol!i aquela > direita dos tronos. Era a errada. *penas corpos de animais estavam se uros por anc!os presos ao teto. H%falos, antlopes... *t& mesmo al umas aves e peixes. Uma das portas ao seu fundo dava para uma sala de "antar muito rude, com uma enorme mesa de madeira com apenas quatro cadeiras e um lustre preso ao teto. * outra dava para uma fossa no"enta e lo o voltei a fec!-la. Meus m%sculos queimavam quando voltei meu camin!o e c!e uei at& a porta > esquerda dos tronos. $uatro quartos, cada um com um bras)o acima da sua porta. Era tudo aquilo que !avia naquela pequena aleria circular. O dra )o de asas abertas era o smbolo de Ku ernaut. *quele quarto era o do meu destino. Ol!ei e tive a certe#a antes de empurrar a porta de madeira com ma+aneta dourada em forma de uma cabe+a de dra )o, tentando ser muito furtivo...?

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Cap. 2. 5 V lto

- era tarde de!ais %ara vo*tar atr-s& Adentrara a %orta na %ro(unda escu+ rid o& O ,uarto era grande' !as co! %ouca i*u!ina o& .!a ve*a na ca+ $eceira da ca!a de Buggernaut era tudo ,ue havia' e j- estava ,uase co!%*eta!ente gasta& #inha u!a ca!a grande' !as n o !uito *u/uosa& Estava encostada na %arede es,uerda e na do (undo& 9 o %assava de u! cercado de %edras' cheio de (eno e co! u! *eno* co$rindo o cor%o ,ue res%irava %ro(unda+ !ente e! u! sono %esado& E! u!a %e,uena cI!oda ao *ado do *oca* de re%ou + so do drag o negro' sua $o*sa encontrava+se recostada& As dores inco!odava!' !as e*e seguia adiante& Aci!a da ca!a' %ouco !ais do ,ue a*guns cent3!etros cent3!etros' e*e %odia ver a !a*+i*u!inada $ainha da Sanctus& Co!o %egaria era u! !ist1rio& A%ro/i!ou+se co! %assos de gato' es+ %erando (a)er o !3ni!o $aru*ho %oss3ve*& At1 !es!o contro*ava a res%ira o' %ois os sentidos de*e co! certe)a era! !ais aguados ,ue o nor!a*& >or (i!' chegou %erto da cI!oda& O rosto de Buggernaut' %ara sua sorte' estava virado %ara o outro *ado& Su$iu na %e,uena !ureta de %edra ,ue se%arava o %iso da @ca!aA e esticou o $rao %ara %eg-+*a&&& 14ude tocar na sua bain!a e coloc-la em min!a pequena m)o... Mas, como al u&m de pouca sorte, meu ombro fis ou. * dor espal!ou-se pelo meu bra+o e c!e ou at& min!a nuca e, de relance, soltei a espada. Ela caiu em cima da cabe+a de Ku ernaut, que a princpio n)o se moveu. O medo me paralisou. *quele quarto era va#io demais para tentar ac!ar qualquer esconderi"o. *trs da c9mo daL 4ouco espa+o. Entre a mureta e o c!)oL ()o esconderia min!as asas. Dora isso, min!a %nica op+)o era mer ul!ar no feno, mas seria a mesma coisa que uma ma+) cair na ti ela de um mendi o. 3air correndo n)o me parecia uma boa ideia. Daria barul!o demais. Diquei ali, esperando uma rea+)o qualquer, que n)o demorara a vir. Em um s, movimento, Ku ernaut "o ou seu corpo ao ar, irou-o em seu eixo !ori#ontal e me acertou um c!ute na barri a, que me fe# voar para trs por trs lon os metros, at& que min!as costas batessem na outra parede, desmaiando-me. * %ltima coisa que me recordo foi Ku ernaut andando em min!a dire+)o, com seus ol!os amarelos mudando de tonalidade e ficando rubros como o fo o da vela. Ele colocou a m)o pesada sobre meu ombro e o apertou, fa#endo doer ainda mais. /isse al o, mas eu n)o ouvia mais nada...?

1#"

G Ainda chovia (orte& O vento au!entara e u! sono*ento (rio =!ido se es%a*hara %or Eercurii& ?otas !o*hava! seu %eito& E*e ja)ia a*i' de o*hos (echados' se! ,ua*,uer ind3cio de ,ue (osse acordar& Era u! sono atordoado' !as ainda assi! !uito (orte& As (eridas' as dores !uscu*ares&&& A seiva de Jggdrasi* era !i*agrosa' %or certo' !as curava! dor co! !ais dor& Era u! tanto %enoso ter de usar ta* !edicina' !as n o sa$ia se a*gu!a outra %oderia servir& A*go $atia e! seu rosto e o cortava& O corte se regenerava aos %oucos' o ,ue %rovava ,ue e*e ainda es+ tava so$re o e(eito da seiva& A$riu vagarosa!ente os o*hos' co! a (erida na (ace o inco!odando u! %ouco& O rosto de Leviathan estava so$re e*e' de ca$ea %ara $ai/o& #entou !over seus $raos' !as e*e ne! se,uer sa3a do *ugar' assi! co!o suas %ernas& E*a o*hou+o' co! u! %ouco de %ena e! sua e/%ress o& A%ro+ /i!ou+se do seu ouvido e sussurrou< @Eu avisei&A Estou !ortoC + >erguntou 6*on co! a vo) (raca& 9 o& + A vo) de Buggernaut chegou aos seus ouvidos& + Ainda n o&

Co! di(icu*dade' !oveu seu %escoo na dire o do so!' e viu Buggernaut co! a Sanctus e! ! os& Atr-s de*e estava #ia!at' ,ue *ogo disse< Behe!oth %ede descu*%as %or n o %oder a%reciar sua !orte' !as e*e n o %ode su$ir at1 o a*to desta torre& >ri!eiro %or n o ter (I*ego o su(ici+ ente %ara as escadarias' e de%ois %or,ue te! !edo de *ugares a*tos& Onde&&& Onde estouC Chutei t o (orte a %onto de %erder sua !e!;riaC 9 o seja entediante& Eatar voc0 se! as !e!;rias do ,ue (i) nos =*ti!os dias seria desesti+ !u*ante& Est- no a*tar de sacri(3cio da torre' 6*on& + 8i)ia Leviathan' se! nenhu!a a*tera o e! sua vo)& + A,ui cu!%rir- a %arte (ina* de sua %ena< tersuas asas cortadas e' %or (i!' ser- sacri(icado&

Si!' e*e *e!$rava& S; estava tentando *e!$rar !e*hor da estu%ide) ,ue (i)era na noite anterior& Eas' a%esar de estar custando sua *i$erta o e' *ogo !ais' sua vida' n o estava arre%endido& 9 o sairia de *- se! sua es%ada e se! o $reu ,ue rece$era& #udo %arecia t o distante no te!%o&&& Sua vida e! Aeria' a Base' Lua' >ri!itus' Zarat&&& Sua vida (ora t o curta e t o enc*ausurada e! u!a %ris o so+ cia*&&& Ea* conhecera seu %r;%rio continente& Ea* sa3ra de casa& Ea* treinara' !a* a%rendera' !a* to!ara decis:es&&& E a*i tinha ido %arar& E*e recordava de u!a (ra+ se ,ue sua a!ada ! e' #era' di)ia ,ue o seu %ai se!%re usava< @Co!o os hu+ !anos di)e!' cada u! co*he a,ui*o ,ue se!eia&A 8a =*ti!a ve) ,ue ouvira ainda n o co!%reendia o signi(icado' !as agora si!& Est- %ronto %ara sua %enaC + >erguntava Buggernaut&

1##

Si!' estou&

O !3ni!o ,ue %odia (a)er na,ue*a a*tura era aceitar seus erros e o ,ue e*es havia! tra)ido %ara e*e& 9 o se arre%endia< se!%re (e) o ,ue achou !ais certo' o ,ue achou !ais justo& Buggernaut a%ro/i!ou+se de*e e %ediu ,ue os outros se a(astasse!& Leviathan saiu de %erto de*e e o*hou %ara seu cor%o vestido %or u! ro$e %ura!ente $ranco deitado no a*tar de %edra antigo' constru3do a*i a !uitos e !uitos anos& E! sua $ase estava! gravadas in=!eras runas antigas' ,ue se*a+ va!+no co! u!a !agia sagrada& As asas do %e,ueno anjo encontrava!+se to+ das e/%ostas' o ,ue tornava a !ovi!enta o a*i' no to%o da torre' u! tanto ,uanto di(icu*tada& O to%o da torre era a$erto' se! u! teto& A*gu!as %e,uenas %i*astras servia! de en(eite e! suas $ordas& A%enas o a*tar estava a*i& As escadas ,ue at1 *- con + du)ia! estava! dentro da torre' e! es%ira*& A vis o da*i era es%etacu*ar& L1guas de distHncia %odia! ser %ercorridas co! os o*hos& As grandes %*an3cies' a (*ores+ ta&&& >e*o !enos !orreria co! honra e visto %or todo o segundo dos c1us& >osso co!earC + 8i)ia Buggernaut educada!ente' !as co! a costu+ !eira ironia e! sua vo)& Si!&

8or& A %a*avra ,ue de(inira !uito $e! seus =*ti!os dias a*i esta!%ara+se !ais u!a ve) e! seus gritos& A asa su%erior direita havia sido cortada& 9e! !es!o sangue jorrara de sua articu*a o %artida cerca de de) cent3!etros *onge de sua esc-%u*a& A Sanctus (i)era o tra$a*ho de cicatri)ar co! u!a *eve ard0ncia& Os gri+ tos cessara! de%ois de dois ou tr0s !inutos' e Buggernaut %re%arara u! novo go*%e' erguendo a es%ada aci!a de sua ca$ea& Coitado&&& Ir- !orrer e ne! ao !enos sa$e co!o uti*i)ar a ar!a !ais %o+ derosa de todo universo& + 8i)ia Buggernaut en,uanto arrancava !ais u! grito de dor de 6*on' cortando a asa !1dia direita&

O senti!ento era *acerante& .!a corrente e*1trica %assava %or todo seu cor%o e distri$u3a+se at1 seus dedos dos %1s' (a)endo seus !=scu*os travare!& A =nica rea o ca$3ve* era ,uase ro!%er suas cordas vocais e! u! $erro t o aud3ve* ,ue ecoava %e*o c1u a$erto& O ,ue !e conso*a + 8i)ia Leviathan& + 1 ,ue e*e !orrer- e! u!a terra de i!ortais' e seu no!e estar- gravado e! nossas a*!as& Si!& + Concordou Buggernaut& + 6*on 5arrior Eros' a criana to*a ,ue %ensou %oder invadir os sete c1us e sair i*eso&&&

A es%ada varou o ar' arrancando u! (ino assovio& A asa in(erior direita (ora cor+ tada' e nova!ente a dor invadiu seu cor%o' ,ue aos %oucos se acostu!ava co! a,ue*e senti!ento terr3ve*& Eas' desta ve)' u! tinti*ar !et-*ico $ateu no so*o&

1#.

6*on virou a (ace !o*hada %or *-gri!as %ara ver Buggernaut& E*e estava co! u!a das ! os tentando estancar u!a (erida no ante$rao e o*hava (i/a!ente %ara o outro *ado de*e& E*e ta!$1! se virou& .! vu*to de !anta negra estava *-& Ca$e+ *os a*vos co!o o *uar escorria! e! u!a (ina (ranja ,ue ,uase ta%ava co!%*eta+ !ente seus o*hos ru$ros co!o dois ru$is& Sua (ace estava co$erta %or u!a !-s+ cara de (erro ,ue ia de seu ,uei/o at1 sua testa e tinha a%enas a cavidade %ara os o*hos e narinas& Sua vesti!enta !o*hada e suja de sangue o co$ria do to%o da ca$ea at1 as cane*as' !ostrando suas grandes $otas de couro co! so*ado de ao %uro& E! sua ! o' revestida %or u! %ar de *uvas !eio+dedo' segurava u!a es%ada negra e o%aca co! ca$o dourado' cuja *H!ina tra)ia inscri:es e! a*to+re*evo e! u!a *3ngua co!%*eta!ente desconhecida& Esse ser- conhecido co!o o dia + 8isse o vu*to& + ,ue (i) u! dos ,uatro drag:es i!ortais sangrar no %ara3so& + Sua vo) era terna' !as (ir!e& 8e*i+ cada' !as (ria& Le!$rava o ge*o&

Co! !ais u! !ovi!ento' cortou as a!arras ,ue %rendia! 6*on& .! !ovi+ !ento (*u3do co!o -gua' r-%ido co!o u! raio& Sua !anta esvoaou e !ostrou u! %eitora* !arcado %or cicatri)es& 9a !es!a ve*ocidade' e!$ainhou a gigan+ tesca es%ada de duas ! os e! suas costas e a%anhou 6*on e! seus $raos (or+ tes e seguros' en,uanto a$ai/ou %ara %egar sua es%ada& A%;s co*ocar a ! o e! seu ca$o' deu u! sa*to !orta* e saiu da torre' %airando nos c1us !es!o se! ter u!a asa& A es%ada re%ousava so$re o cor%o do %e,ueno anjo ,ue' inconsciente+ !ente' a a$raou& 8ura o de te!%o de todos estes !ovi!entos< !enos de u! segundo& D e*e' o vu*to" Ir o (icar ai' %arados' #ia!at e LeviathanC + Berrava Bug+ gernaut sentindo !enos da !etade da dor ,ue in(*igira nos =*ti!os dias&

Os dois drag:es %er!anecia! %arados e sur%resos' co!o se n o acreditas+ se! ,ue e*e seria ca%a) de retornar a cena do cri!e !es!o a%;s ter %artido co! todos os tesouros sagrados& Ande!' %egue!+no" + ?ritava co! todos os %u*!:es Buggernaut' co! veias sa*tando 2 sua (ace e %arecendo au!entar de ta!anho a cada !o+ !ento&

#ia!at sa*tou da #orre e co! u!a r-%ida trans(or!a o se tornou na ser%ente !3tica ,ue carregava seu no!e& Leviathan' contro*e a at!os(era e (or!e u!a c=%u*a de ar" I!%ea ,ue e*e (uja" Agora o %egare!os' ne! ,ue isso custe nossas vidas" + >ediu Buggernaut consu!indo+se e! (=ria& Leviathan" + 8i)ia o vu*to& + >are agora" O ,u0"C + E/c*a!ou sur%resa Leviathan' en,uanto conjurava u!a !agia&

1./

#ia!at j- se enro*ava na -rvore de Jggdrasi* e (a*tava a%enas uns %oucos ins+ tantes %ara Buggernaut usar sua (=ria %ara trans(or!ar+se no grande drag o ne+ gro& Leviathan %arara o ,ue (a)ia' e todos o*hara! %er%*e/os %ara e*e& 6*on esta+ va ,uase a%agando nos $raos do vu*to& 1Ol!ei para ele. 3ua mscara de ferro era soldada na frente, na lin!a do nari#. Mantin!a os ol!os voltados para Ku ernaut, e sua respira+)o era tranquila, calma. Dalava de maneira resoluta, com uma vo# temerosa. * dor ainda era muito forte e me consumia por dentro. 3em ener ias de tanto ritar e c!orar, adormeci ali. 4arando para pensar... (as %ltimas semanas a %nica coisa que c!e uei a fa#er foi ol!ar para o va#io e dormir, com fome. Esperava que aquilo mudasse com o res ate, ao menos...? G Sentia (rio& Seu cor%o tre!ia co! o vento (rio ,ue tocava sua %e*e' agora ,uase t o $ranca co!o o ro$e ,ue usava& Aos %oucos seus o*hos a$ria!& 9 o havia teto a*gu! so$re sua ca$ea& A neve caia de u! c1u cin)a' insens3ve*& Se sentia !uito' !uito (raco& #er arrancado suas asas (ora crue* de!ais& So$rara! a%enas tr0s de*as' as do *ado es,uerdo& 8o *ado direito' tr0s tocos restava!& Es + tava! *eve!ente ,uei!ados e! suas %ontas' e co! ossos %arcia*!ente e/%os+ tos& O ,ue havia acontecido no te!%*o e! Jggdrasi*C #entou !over o %escoo %ara o*har ao seu redor' !as o !ais *eve dos !ovi + !entos o travara& .!a vo) conhecida (a*ou co! e*e< Ent o' (ina*!ente acordou& O vu*to estava ,uase ao seu *ado' sentado de costas %ara e*e& Co!o se!%re' co! o ca%u) co$rindo seus ca$e*os& Onde estouC Co!o vi! %arar a,uiC O ,ue aconteceuC Voc0 (a) %erguntas de!ais& A%osto ,ue isso deve ser u! %ro$*e!a %ara voc0 e a,ue*es ao seu redor&

O vu*to ergueu+se vagarosa!ente& A es%ada estava e! suas costas' na verti+ ca*' a%ontando %er(eita!ente %ara $ai/o& Sua vesti!enta esvoaava co! o g1*i+ do vento ,ue %assava %or i!ensas dunas de neve' (a)endo co! ,ue a res%ira + o sa3sse e! %e,uenos va%ores %e*o nari)& Voc0 agora est- no terceiro c1u' 6*on& Este 1 Veneris& Esta!os agora no norte de*e' no deserto de ge*o& Eu trou/e voc0 at1 a,ui' resgatando+o da !orte& E ,uanto 2s suas asas&&& D u!a *-sti!a' n o cheguei a te!%o de evitar ,ue (osse! cortadas& Eas e! co!%ensa o&&&

O vu*to retirou das do$ras de sua rou%a a Sanctus j- e! sua $ainha e sua $o* + sa' onde guardava os itens $-sicos de so$reviv0ncia& Os de%ositou *eve!ente ao *ado de 6*on' curvando+se %ara isso&

1.1

G E! co!%ensa o' recu%erei seus itens ,ue estava! e! %oder de*es& Eas %or ,u0C Ainda est- cansado& 8escanse& Suas asas ir o crescer co! o %assar do te!%o& 9 o ser- ca%a) de voar %e*os %r;/i!os !eses' !as n o !orrer-& 9 o crescer o da (or!a ,ue i!agina ta!$1!' !as&&& 8e todo !odo' ao acordar nova!ente v- %ara o su*& O vento o *evar- at1 seu destino& Lte! u!a grande cidade' %oder- %egar in(or!a:es& Ainda n o !e res%ondeu&&& >or ,u0C >or,ue achei ,ue essa (osse a coisa certa a se (a)er& A,ui a gravidade 1 seis ve)es !aior ,ue a de seu %*aneta' + 8isse e*e' co*ocando+se a andar& + u!a ve) e !eia !aior ,ue a do andar in(erior& 9 o de!orar- tando assi! a se acostu!ar' !as ainda ser- ino%ortuno nos %r;/i!os dias& Est- (raco& #e! u! %ouco de a*i!ento ,ue co*o,uei e! sua $o*sa ta!$1!' certi(i,ue+se de co!er tudo& 7icar- !e*hor& O can+ ti* est- cheio' ,uando sentir necessidade encha+o co! neve& 6ua* o seu no!eC

>Ide sentir u! o*har terno de sua %arte&

O vu*to vo*tou a se virar %ara v0+*o' de re*ance& Co! o*hos sinceros' res%ondeu a %ergunta co! tenacidade< 4es%onda+!e voc0& E' e! !eio a i!ensid o de ge*o' !es!o contrastante co! o a!$iente' desa+ %areceu co!o se (osse u!a !irage!& 9evava (orte& G 1*quela neve que nunca parava de cair me confortava. /epois de muito tempo, me sentia finalmente livre. O vulto !avia deixado mais mist&rios do que eu viera resolver. $uem seria eleL O que ele realmente queriaL Bomo !avia se urado a 3anctusL 4er untas sem respostas que s, eravam ainda mais delas. Mas n)o !avia mais tempo para pensar naquilo. 4elos meus clculos, min!a estadia no se undo andar tin!a durado mais do que eu plane"ava, al&m de n)o ter conseuido nen!uma informa+)o naquele lu ar. *s informa+0es que eu queria ali estavam, o se undo andar seria meu ponto de partida. *p,s um lon o descanso e de ter comido a fruta a mim dada pelo meu salvador, de cor amarelada e com um sabor bem diferente, levantei-me, sentindo certa dificuldade de ficar de p&. Bom toda a certe#a meus sentidos !aviam sido brutalmente afetados por todo aquele tempo no calabou+o e por ter perdido metade de min!as asas. Bambaleando, coloquei a bolsa em meu ombro. O robe que eu usava me fa#ia sentir muito frio, era quase como se eu estivesse pelado. *inda assim permaneci com

1.2

ele no corpo. * sensa+)o de nude# n)o me a radava muito. Mexi em min!a bolsa e ac!ei as pedras de Hreu. 4or sorte todas as trs ainda estavam ali. ()o !avia muitos itens l dentro al&m disso. Borda, lampi)o, al uns f,sforos, um cantil e as pequenas pedras ne ras entre ues a mim por Warat em seu %ltimo suspiro. O vulto disse que o vento me levaria ao sul, ent)o permiti que ele me carre asse...? G Seguiu o vento (rio %or *ongos dias' !as n o %arecia haver dia ou noite na,ue + *e deserto& O c1u era se!%re cin)a escuro' nenhu!a *u) %or e*e %assava& 8e%ois ,ue co!era a,ue*a (ruta' a (o!e o dei/ara e! %a)& Estava acostu!ado a (icar se! a*i!entos a%;s a dura e/%eri0ncia ,ue %assara de(inhando na %ris o su$ter+ rHnea& Suas asas co!eara! a crescer& A %e*e se (echara onde (ora cortado' !as isso era tudo ,ue %odia sentir ao tocar suas %ontas& 9 o se atrevia a arran + car ne! !es!o u!a %ena' a ang=stia de antes n o o *argava& 7ora (-ci* acostu!ar+se co! a %ress o nova' u!a ve) ,ue n o era !uito !aior do ,ue a e*e i!%osta e! Eercurii& >odia andar& Vagarosa!ente' !as %odia& Seu cor%o e!agrecera e seus !=scu*os estava! !ais de(inidos& >odia sentir seus $raos e %ernas !ais %esados& Sanctus re%ousava e! sua cintura e a %onta da $ainha onde estava ,uase tocava o ch o& >or !ais de u!a se!ana deveria estar %eregrinando' %arando %ara dor!ir so$re a neve a%enas a*gu!as ve)es& Sentia o c*i!a es,uentar a cada dia' !as o ge*o %arecia nunca derreter& Era! dunas e !ais dunas' co*inas e !ais co*inas& Seus rastros se a%agava! a cada so%ro do vento' ,ue o ajudava a ca!inhar' se!%re e!%urrando+o %ara a (rente& E na,ue*a i!ensid o $ranca' continuou a %eregrinar' invis3ve*& G A%;s !uitos dias' encontrou u! enor!e !orro& Se! !uitas es%eranas' (oi at1 seu to%o& O*hou %ara o hori)onte& O inverno e as grossas nuvens ter!inava! a*i' e da,ue*e %onto co!eava u! outro deserto& 8esta ve)' u! de areia& .! so* esca*dante era visto no c1u c*aro' se! nenhu!a nuve!& Eas no ch o' nada a*1! do (ino e dourado gr o de ,uart)o& 9e! !es!o ao (undo' *- *onge' %odia avistar ,ua*,uer ind3cio de civi*i)a o& Taveria o vu*to o enganadoC I!%oss3ve*' ent o n o haveria sentido e! t0+*o sa*vo da garra de ,uatro (ero)es drag:es+deuses& Vendo ,ue teria de encarar o ca*or ao inv1s do (rio' %re%arou+se< $e$eu a -gua ,ue so$rara e encheu o canti* de neve& Co! o te!%o e*a derreteria de todo jeito& 9 o duraria se,uer tr0s dias co! a,ue*e %ouco vo*u!e' !as era o ,ue tinha& O vento ainda so%rava (orte& G O so* rea*!ente n o se %unha& 9a verdade' ne! sa$ia se havia !es!o u! so*' n o conseguia o*har direta!ente %ara o c1u ta!anha a intensidade da *u)& A areia esca*dava& Estava desca*o e sentia seus %1s ,uei!are!& >ensou e! co*o+ car -gua ne*es %ara sair correndo' !as s; (uncionaria se tivesse energia su(icien+

1.3

te %ara isso e -gua' ,ue aca$ara a te!%os& Ao !enos' antes de entrar no deserto (ora inte*igente< rasgara %arte do grande ro$e ,ue o co$ria at1 os ca*canhares' dei/ando a saia at1 os joe*hos' e i!%rovisou u! %ar de $otas de %ano& 9 o havia se,uer u! o-sis& Era areia %ara todos os *ados' n o i!%ortava %ara onde o*hasse& 9 o conseguia dor!ir' era u! c*ar o t o (orte ,ue %er!anecia co! as %u%i*as ver!e*has ,uando (echadas& Ao !enos recu%erara %arte da cor ,ue havia %erdido no con(ina!ento& A*i-s' !uito !ais do ,ue %arte& Sentia a %e*e ,uei!ar& >or ve)es co*ocava as asas restantes na (rente do rosto& Era a =nica so!$ra ,ue conseguia& E %er!aneceu andando %or tanto te!%o ,ue %erdera co!%*eta!ente a no o de onde estava& Eiragens a%arecia!' assi! co!o as a*ucina:es ,ue tivera e! sua a%ertada ce*a& Eas e*e acostu!ara< ignorava+as& 9 o %odia %erder seu (oco& Andou' at1 sua %e*e descascar& G >ort:es re*u)entes de ouro (or!ava!+se ao *onge' atr-s de u!a duna& Seria a,ue*a !ais u!a de suas (antasiasC 9 o o$stante' o vento so%rava %ara *-& Bestava !uito (raco e n o *evantava !ais enor!es nuvens de areia co!o antes' no in3cio da,ue*e in(erno' !as ainda assi! %odia sentir seu to,ue ge*ado acari+ ciando sua %e*e suada& 7ora !uito te!%o de ca!inhada' %ara' %or (i!' chegar a ver e*es de %erto& Enor!es %ort:es de ouro co! !uros ,ue se estendia! a !ais de cin,uenta !e+ tros aci!a de sua ca$ea& >odia ver torres ,ue ia! at1 !es!o a*1! dos !uros' cujos tetos %ontiagudos %erdia!+se e! !eio ao c*ar o do dia in(ind-ve*& #udo era %arte de u! =nico grande caste*o' u!a =nica (orta*e)a' %rovave*!ente !aior ,ue Behe!oth& >or tr-s dos dourados %ort:es (eito de v-rias $arras retorcidas' %odia ver ruas' rue*as e anjos transitando& 7ina*!ente chegara& E!%urrou e %u+ /ou os %ort:es co! !uito es(oro' !as e*es n o se a$ria!& E agoraC #entou gri+ tar %ara a*gu1!' !as ningu1! o ouvia& Ajoe*hou' vo*tou a gritar' !as sua vo) era t o (raca ,ue !a* conseguia ouvir a si %r;%rio& >er!aneceu a*i' chorando' es%e+ rando ,ue a*gu1! o notasse& G #e!%o se %assou& Sua $oca seca c*a!ava %or -gua& O*hou ao redor& O !uro se estendia %or !uitos' !uitos ,ui*I!etros& Taveria a*go a*1! de*esC 9 o sa$ia res%onder& Eas achou ,ue deveria checar& As %essoas %assava! e %arecia! n o o notar a*i' !es!o o*hando na,ue*a dire o& Sentia+se rea*!ente invis3ve*' cheio de (o!e e sede& A*i-s' era u! !i*agre n o ter !orrido e! todo o ca!inho& 9 o havendo !ais nada ,ue %udesse (a)er' retirou+se da*i e esco*heu u! dos *a+ dos& Es,uerdo ou direito' n o %arecia (a)er a !enor di(erena& >or !ais *onge ,ue o*hasse' via a%enas o ,ue vira nas =*ti!as horas< areia& >or a,ue*es %ort:es' %assava a%enas u! (raco vento carregando u! %ouco de %;' ,ue era e/tre!a+ !ente (ino&&& #a*ve) tivesse encontrado sua res%osta na,ui*o ,ue seus o*hos esta+ va! t o cansados de ver&

1.4

>or $ai/o dos %ort:es o %iso ainda era arenoso& >Is+se a cavar co! as %r;+ %rias ! os u! $uraco grande o su(iciente %ara ,ue %udesse %assar& 9 o de!o+ rara !uito& A areia era !uito (o(a e (ina& >or (i!' conseguira& Co! u! %ouco de es(oro %assou %or de$ai/o dos %ort:es& Conte!%*ou a,ue*a cidade !ais u!a ve) antes de %rocurar %or a*gu1!' %recisava de ajuda& A$rigo' co!ida e -gua' tudo ,ue %edia& .! es(oro ainda assi! in=ti*& 7a*ava de %erto co! as %essoas' !as e*as %arecia! n o o ver& #entava toc-+*as' !as sua ! o %assava direto' co!o se e*as n o estivesse! a*i& >or (i!' a%;s !uito tentar' ouviu a*go< 9 o adianta' e*as n o %ode! v0+*o& + 8isse u!a vo) desconhecida' vinda de *ugar nenhu!& 6ue! est- aiC Estou i!aginando isso ta!$1!C >ara sua dece% o' n o& Ent o' %oderia ajudar+!eC Antes res%onda' (orasteiro' a tr0s %erguntas< %ri!eiro' ,ua* o seu no!e co!%*etoC 6*on& >osso di)er a%enas este& Segundo' ,ua* 1 o seu %ro%;sito a,uiC Estou a%enas de %assage!& >reciso reunir in(or!a:es %ara u!a !is+ s o' !as *ogo dei/arei o *ugar& E terceiro' o ,ue 1 a,ui*o ,ue !ais desejaC 9o !o!ento' rou%as decentes' u!a ca!a con(ort-ve*' a$rigo' co!ida e -gua& 9 o !e inco!odaria e! %agar %or !inha estadia tra$a*hando& Vejo ,ue seu cora o 1 %uro' e e! suas %a*avras n o h- !entira&

A vo) era suave e %acata' (ina co!o a de u!a criana&

.!a criana do !es!o ta!anho ,ue e*e surgiu ao seu *ado& #inha u! ca$e*o castanho' curto atr-s' !as co! u!a *onga (ranja ,ue tocava os o!$ros& .sava u!a t=nica $ranca ,ue co$ria+o at1 os joe*hos' e estava desca*a& Seus o*hos era! de u! negro %ro(undo e o%aco' e tinha a %e*e !orena& Agarrou+se no $rao direito de 6*on co!o u!a criana se agarra ao $rao do %ai& Eas %or ,u0&&& Ent o' va!osC >ara ondeC Vou ajud-+*o& + 8isse' so*tando u! risinho no (ina* da (rase& + Ou %or aca + so n o aceita da co!%ai/ o a*heiaC

1.5

Cap. 21 Demorada Con-ersa

utra situa o !uito %ecu*iar& .!a criana' se! no!e e vinda de *ugar nenhu!' o arrastava %ara u! *ugar ,ue n o conhecia& A*i-s' sua vida ti+ nha tornado+se u! enor!e e!aranhado de situa:es !uito anor!ais& 8esde ,ue entrara na Base' nada correu nor!a*!ente& 9 o ,ue as coisas esti+ vesse! correndo r-%ido de!ais' a%enas estava! !uito di(erentes do ,ue havia %*anejado& 6ueria so!ente u! !estre %ara ensin-+*o a arte do !anejo de es%a+ da' nada !ais& E agora' estava a*i& 9o terceiro c1u' e! !eio a u! deserto' e/austo' co! (o!e e sede' ,uei!ado de so*' co! u! tota* estranho ,ue o %u/a+ va %ara u! *ugar desconhecido& #udo isso a%;s u!a e/%eri0ncia de ,uase !orte e co! a%enas tr0s de seis asas restantes& Ent o&&& + #entou iniciar u!a conversa 6*on& + #e! u! no!eC Eeu no!e 1 Virue*& Virue*&&& 9o!e u! tanto ,uanto inco!u!& 8igo o !es!o ,uanto ao seu' 6*on& Sa$e' no!es de anjos a,ui do reino ce*estia* costu!a! ter o su(i/o @e*A& 4ece$e! no!es novos ao %assar do segundo %ara o terceiro andar& 9 o acho ,ue sa$eria disso' vindo do rei+ no !orta*' n o 1C

E*e sa$ia de onde 6*on vinha& #a!$1!' n o achava ,ue adiantaria de !uita coisa esconder isso& A(ina*' ,ue! !ais nos sete c1us a%areceria da,ue*e jeito na,ue*a cidadeC Andando' cheio de (o!e' sede e cansao' e tendo de escavar a areia %ara conseguir entrarC Estava !ais do ,ue ;$vio de onde e*e era& Ent o&&& Virue*&&& >oderia e/%*icar %or ,ue est- ajudando a !i!C 8eve sa+ $er ,ue sou u! intruso&&& Si!' sei& Eas a !inha (un o a,ui n o 1 de guarda& Sou a%enas u! @re+ ce%cionistaA' %or assi! di)er& >or ,ue acha ,ue o %ort o n o se a$riu %ara voc0C E*e a%enas dei/a %assar a,ue*es ,ue a,ui era! %ara estar& Be!' ao !enos n o tentou entrar %or ci!a& T- u!a !agia nos !uros ,ue (a)e! e*es se estendere! in(inita!ente aos c1us& 4e%ortarei o erro aos su%eriores' di)endo ,ue u!a in(i*tra o a1rea 1 i!%oss3ve*' !as u!a %e*o so*o&&& Si!%*es!ente $ri*hante' devo %ara$eni)-+*o&

1.!

O %e,ueno anjo n o %arava de (a*ar' %arecia rea*!ente entusias!ado' co! os o*hos t o $ri*hantes co!o *a!%arinas na !adrugada& Ah" E antes ,ue %ergunte !inha idade' sai$a ,ue tenho !ais de de) !i* anos e! anos !ortais& A*i-s' ,uase do)e !i*& S; sou %e,ueno assi! e co! essa a%ar0ncia in(anti* %or causa da %arte do cor%o do !eu deus ,ue eu nasci' ,ue a*i-s' ne! %retendo !encionar ,ua* (oi& Ent o' 6*on' o ,ue deseja a,uiC >ode di)er tudo& Co!o e/%*i,uei' sou a%enas u! re+ ce%cionista& E tudo $e!' n o vou %assar nada a nenhu!a guarda' n o te!os nenhu!a neste andar e ne! %osso co!unicar+!e co! os anda+ res su%eriores' sou u! si!%*es anjo' n o tenho tais %oderes& Ent o estou co!%*eta!ente seguro a,uiC 9 o& >assarei a in(or!a o aos !eus su%eriores' co!o !e (ora instru3+ do& Eas acredito ,ue at1 as virtudes vo*tare!' si!' estar- %arcia*!ente seguro& Co!o %osso con(iar e! voc0C 4eino ce*estia*' anjos&&& A,ui res%eita!os a verdade& E %e*o visto voc0 ta!$1! res%eita& >oderia ter !entido %ara !i!' !as %assou no teste& D u! $o! anjo' e n o entendo o !otivo desta invas o aos c1us' se assi! %osso cha!ar& >oderia contar+!e o %or,u0C Si!' %osso& Eas antes' %reciso de cuidados& Ea* aguento (a*ar&&& Entendo&

O anjo guiou+o %or u!a s1rie de estreitos corredores dentro da (orta*e)a& E*es %assava!' %or !uitas ve)es' entre outros anjos ,ue circu*ava! %or *-& >or (i!' chegara! a u!a sa*a ,ue era %e,uena' a%enas u! cu$3cu*o& .!a ca!a de !a+ deira estava intocada no canto o%osto 2 %orta' co! $e*os *en;is de cor ru$ra e u! travesseiro& 9a (rente da %orta' u!a %ia de vidro co! u!a cesta de (rutas e a*guns %ratos e ta*heres& .!a %orta ao (undo deveria dar e! u! $anheiro' %rova + ve*!ente& .! enor!e ta%ete circu*ar estava no !eio de*a& Beje' se! nenhu!a es%1cie de $ordado ou ,ua*,uer adorno& E! ci!a de*e' u!a !esa circu*ar %e+ ,uena' de !adeira' co! a%enas u!a cadeira& Este 1 !eu ,uarto& Tos%edarei+o %or a*guns te!%os& Sairei %ara re%ortar a situa o aos !eus su%eriores' e *ogo vo*tarei& En,uanto isso %ode (icar 2 vontade& Lave+se' co!a' $e$a' descanse&

E dei/ou a 6*on a*i' se! di)er !ais u!a %a*avra& Virou+se e (echou a %orta& G Tavia $e$ido -gua direto de u!a jarra& 9 o sendo su(iciente' a rea$asteceu duas ve)es e! u! vasi*ha!e ao *ado da %ia& Esva)iou a cesta de (rutas' co!en+

1."

do !a s' uvas e %eras& 9e! !es!o a!oras e (ra!$oesas esca%ara! ao seu i!enso a%etite& A%;s (artar+se' to!ou u! $o! $anho e! u!a $anheira de cerH+ !ica' co! -gua (ria& 6uase dor!ira a*i !es!o& Lavou todo seu cor%o sujo de areia& Sua rou%a havia virado !3seros (arra%os& #a!$1! *i!%ou $e! seu ca$e*o' ense$ado e des%enteado& Ao sair da -gua' secou+os escovou+os %or *ongos !i+ nutos' at1 (icare! co!%*eta!ente *isos' se! n;s' assi! co!o gostava& 9 o sa+ $ia co!o vestir+se& Bogara o ro$e $ranco e! u!a cesta no $anheiro co! v-rias rou%as sujas& E (oi %ara a ca!a' onde dor!iu nu& Sentira+se con(ort-ve*' de%ois de !uito' rea*!ente !uito te!%o& 4e*a/ara e' %e*a %ri!eira ve) e! *ongos %er3o+ dos' tivera u! descanso co! sonhos $ons& G Acordara desco$erto' co! os o*hos (i/os de Virue* e! ci!a de*e& O*hava (i/a+ !ente %ara o !eio de suas %ernas& Co! u!a vo) terna disse< Ah' ent o isso 1 u! ;rg o genita*& 9 o %recisa ter vergonha' + 8isse Virue*& + eu n o estava i!aginando nada o$sceno' co!o diria! os !ortais& Ees!o assi!' descu*%e %or inco+ !od-+*o& Est- tudo $e!' n o se %reocu%e& Eu ,ue %eo descu*%as' acho ,ue !e senti 2 vontade de!ais& 8escu*%e %or a$usar de sua hos%ita*idade& 9 o se inco!ode co! isso& Voc0 (oi contar so$re !i! ao seu su%erior' estou certoC Si!' est-& O no!e de*e 1 Tanie*' u! >rinc3%io& E*e disse ,ue cha!ar- as virtudes assi! ,ue conseguir ,ue e*as vo*te! ao nosso %*ano& Acho $o! ,ue sua estadia n o *evar !uito te!%o& .! dos oito grandes %rinc3%iosC Incr3ve*&&& E ,uanto a !inha estadia' n o se %reocu%e< assi! ,ue eu sou$er da,ui*o ,ue %reciso sa$er' eu sairei& 6uanto a isso&&& >oderia !e ajudarC Sou a%enas u! anjo co! $ai/o conheci!ento&&& Eas na,ui*o ,ue eu %u+ der ser =ti*' %or (avor' diga& + Virue* %u/ou a =nica cadeira da sa*a e sen + tou+se ne*a' %r;/i!o a 6*on& >ri!eiro&&& Se n o (or inco!odar !ais ainda' %oderia dar+!e a*gu!a rou+ %aC 9 o !e sinto con(ort-ve* ao ter u!a conversa nu& Co! u! tanto de vergonha' 6*on co$riu seu cor%o co! os *en;is&

Virue* (oi at1 u!a cI!oda co! u! es%e*ho e! ci!a' e da gaveta do !eio tirou u!a t=nica $ranca igua* a sua' u!a ca*a e u! %ar de sand-*ias& #o!e' use isso en,uanto estiver a,ui&

1.#

O$rigado& >ara co!ear' eu gostaria de sa$er !ais so$re este andar& Sheha,ui!C >rossiga& Sheha,ui!C 6ue es%1cie de no!e 1 esseC Oras' o no!e deste andar na nossa *3ngua nativa& Ah' si!' %erdoe a in+ de*icade)a& Voc0 veio de Sea*' ent o no *ati! deve cha!ar+se&&& Veneris' certoC Be!' %ara co!ear' os sete c1us te! u!a *3ngua %r;%ria' cha!a+ da %e*os !ortais de @eno,uianoA& O *ati! (oi a%enas u!a *3ngua criada %e*os !ortais %ara !antere! contato conosco' %or ser u!a *3ngua u! tanto ,uanto&&& Si!%*es' eu assi! diria& Si!' j- !e dissera! no %ri!eiro andar ,ue havia u!a *3ngua ce*estia*' %oderia !e ensinar de%oisC Si!' %or certo&

6*on vestiu e ent o sentou+se na ca!a' a conversa seria *onga&

6*on si!%*es!ente n o entendia co!o %odia! ser t o gentis co! e*e nos sete c1us' !es!o ,ue e*e (osse u! invasor& A,ue*a era a !e*hor (onte de in(or!a+ :es ,ue tinha at1 a*i' seria $o! a%roveitar a o%ortunidade e (a)er !uitas %er + guntas& O !-/i!o ,ue %recisasse' %e*o !enos& Co!o eu ia di)endo' + Vo*tou a e/%*icar Virue*& + o no!e dos sete andares ce*estiais 1 di(erente a,ui& >ri!eiro v0! Sha!ain' ou Lunae& D o andar de contato !ais %r;/i!o co! a terra' e antiga!ente havia u!a di!ens o es%ecia* s; %ara e*e& Isso 1' antes do caos se insta*ar& Entendo&&& Continue& A%;s e*e est- 4a,ia' ou Eercurii& O andar dos @as%irantesA a anjos e $es+ tas !ito*;gicas' ,ue guarda! os tesouros divinos e a %assage! %ara o restante dos c1us %e*a -rvore de Jggdrasi*& Si!' tive u! desagrad-ve* contato co! tais (eras&&& Continue& Esta' co!o j- disse' 1 Sheha,ui!' ou Veneris& D o andar onde os anjos de !ais $ai/o esca* o' ou anjos da terceira es(era' tra$a*ha! e! assun+ tos %endentes aos !ortais& Si!' at1 ai eu sei& .!a coisa ,ue gostaria ,ue dissesse antes de %rosse + guir a e/%*ica o dos andares 1 co!o (ao %ara continuar at1 o andar su+ %erior' tenho assuntos %endentes *-& Assuntos %endentesC Ent o' co!o (or!a de retri$ui o %or !ais e/%*a+ na:es' gostaria de sa$er de tais assuntos&

1..

Estou ajudando u!a a!iga ,ue' diga!os' acho ,ue (oi co!%*eta!ente injustiada %e*os deuses&

Virue* (icou !eio %-*ido e %as!o& A res%ira o estava o(egante' e vo*tou a (a*ar co! a $oca tr0!u*a< InjustosC Os deusesC >or certo' u! dia se tornar- u! ca3do& As virtudes to!ar o conta disso&&& Agora ,ue dei ta* in(or!a o' gostaria ,ue !e dissesse co!o avanar& 8a !es!a !aneira ,ue chegou a,ui& >e*a -rvore da vida& Eas co!oC 9 o a vi desde ,ue a,ui cheguei& E*a est- no deserto de ge*o' e o vento ,ue o trou/e a,ui e!ana de*a&

Sentia+se u! idiota& #inha andado tanto at1 a*i %ara' no (i!' retornar ao *ugar de onde veio& Estava t o %erto&&& Ao !enos a,ue*a jornada n o (ora co!%*eta+ !ente in=ti*' estava a%rendendo tanto ,uanto ,ueria& Eas + Co!%*etou Virue*& + n o 1 t o (-ci* ,uanto %ode i!aginar ,ue 1& 6uanto !ais %r;/i!o de*a' !ais (orte o vento (ica& >oucos s o os ,ue consegue! atar+se ao seu tronco& D u! teste' onde a%enas os !ais (or+ tes %ode! %assar& Entendo&&& Ent o' no (ina* das contas' n o (oi u! des%erd3cio vir at1 a,ui& 8escu*%e+!e o incI!odo&&& >ode continuar co! a e/%*ica o so$re os andares& E deta*hando !ais ainda o ,ue acontece a,ui e ,ue! s o a,ue*es anjos ,ue eu ne! %ude tocar& Oh' e*esC S o o ,ue %retende! ser' es%3ritos& A %artir do !o!ento ,ue se a$andona o treina!ento de 4a,ia' a*guns anjos %erde! co!%*eta+ !ente o cor%o (3sico& Eas %or ,u0C E %or ,ue voc0 %ode ver+!e' tocar+!e&&&C Eu sou u! anjo de esca*a !enor& A%enas u! @rece%cionistaA& O =nico anjo co!u! a,ui& D u!a (un o !uito %e,uena %ara co*ocare! u! anjo de cargo !aior' e eu n o estive a%to %ara guerrear no reino !orta*' co!o %Ide ver& Acho ,ue sou' no (ina*' o anjo !ais in=ti* de todos&&& A,ui' a*1! de !i!' e/iste! a%enas >rinc3%ios' de esca*as !aiores ou !enores& #o+ dos to!ando conta dos assuntos !ortais e! seu %*aneta& E e*es n o %o+ de! ver ou tocar %ois est o se!%re ocu%ados& Ent o&&& Estaria a,ui ta!$1! a in(or!a o so$re outros anjos !ortaisC Anjos n o cuida! de anjos' !uito !enos de de!Inios& Ao !enos n o os anjos de terceira es(era& Os res%ons-veis %e*os assuntos ce*estiais est o dois andares aci!a& Est- (a)endo u!a investiga oC

2//

Si!& Co!o disse' acho ,ue e*a (oi injustiada' e %reciso de %rovas %ara a(ir!ar isto& Entendo&&& Be!' n o acho ,ue conseguir- %assar %e*a segurana !ais aci!a' e*a 1 !uito !ais estrita ,ue a da,ui& >or e/e!%*o' o andar de ci!a 1 o *ar das virtudes e' acredite' n o s o a%enas sete& 8e acordo co! o au!ento de va*ores !ortais' !ais virtudes tivera! de ser criadas& Eu diria ,ue s o no !3ni!o u!as 10' (ora as sete iniciais& E o ,ue te! na,ue*e andar de t o i!%ortante assi! %ara tantas virtudes !orare! ne*eC Eachen' ou So*isC Ah&&& Ee*hor n o ,uerer sa$er& 8iga!os ,ue seria o =*ti!o *ugar de todas as di!ens:es ,ue gostaria de estar' con(ie e! !i!& 8e ,ua*,uer !odo' ser- %ratica!ente i!%oss3ve* %assar %or *-& Si!' !as !e %reocu%arei co! isso de%ois& Ee (a*e so$re o ,uinto andar& Eachon' ou Eartis' o andar das 8o!ina:es& S o anjos t o i!%ortantes ,uanto as Autoridades' deveria di)er& E*as ,ue guarda! os ju*ga!entos e hist;ria dos anjos& Acho ,ue 1 %or e*as ,ue %rocura& L- h- a%enas u!a grande corte& 4ea*!ente grande& Os #ronos ta!$1! se encontra! *-' e s o cha!ados de grandes ju3)es' ou s-$ios& A%enas casos e/tre!a!en+ te i!%ortantes s o *evados a e*es& E co!o chegar at1 *-C >e*a !es!a !aneira ,ue at1 a,ui' %or Jggdrasi*& E*a ,ue conecta os !undos ce*estiais& #odos os andares s o assi!' !as cada andar te! seu desa(io %ara encontr-+*a ou u*tra%ass-+*a& E %oderia di)er o desa(io dos outros andaresC Co!o' se ne! eu seiC 9unca estive se,uer u! andar aci!a& #udo ,ue sei 1 conheci!ento $-sico %assado a !i! e! 4a,ia' nada !ais& 7ora! !uitos anos de treina!ento' !es!o %ara u! si!%*es rece%cionista& Entendo&&& Be!' acho ,ue essa 1 toda a in(or!a o ,ue desejo sa$er %or agora& 9ada !ais so$re os sete c1usC #e! !uitas curiosidades' acho ,ue seria u! conheci!ento $o! a ser ad,uirido antes de !orrer& Be!&&&

As %a*avras de Virue* era! con(iantes' e*e n o !ostrava ,ua*,uer receio e! (a*ar o ,ue (a*ava' e n o di)ia tais coisas co! senti!entos i!%uros& Era a%enas sua estranha sinceridade& 4ea*!ente estranha& #a*ve) e*e acreditasse ,ue 6*on (osse !es!o !orrer& 8e ,ua*,uer !odo' 6*on ter!inaria a,ui*o ,ue co!eara&

2/1

>ode ser& + 8isse 6*on a%;s %ensar u! %ouco& + A*1! da *3ngua ce*estia*' esse %ode ser u! conheci!ento rea*!ente =ti*& Ent o sente e escute co! aten o&&& B- (a*ei so$re os cinco andares& Agora (a*arei dos andares !ais i!%ortantes& >ri!eiro' o se/to andar< Ze+ $u*' ou Bovis& L- reside u! ti%o %rinci%a* de anjos< as Autoridades' ,ue guarda! %arte dos %oderes retirados %e*os deuses dos sera(ins& >or (a*ar nisso' nunca entendi %or ,ue e*es (i)era! isso& 6*on' Sera(ins' *- e! Sea*' %ode! se co!%arar a anjos co!uns e arcan+ jos ,ue circu*a! %or ruas e rue*as&&& Eas a,uiC D u! n3ve* co!%*eta!en+ te di(erente de (ora e de so$erania& E*es s o ,uase divinos' e ,uando digo isso (a*o e! %oder& Se e*es (osse! %ara seu %*aneta se! %erder ne+ nhu!a %arte de seu %oder' $ata*har contra os de!Inios ,ue %erdera! $oa %arte dos seus %oderes ao cair' si!' co! certe)a a guerra aca$aria !uito r-%ido& #a*ve) e! u! %iscar de o*hos& Eas ta!$1! ani,ui*aria! o %*aneta a%enas co! u! go*%e' e n o 1 (ora de e/%ress o& E*es s o t o (ortes ,ue' nos conta!' %ode! e*i!inar ga*-/ias co! u! so%ro&&& G Co! certe)a' os deuses n o %ensara! e! destruir o %*aneta ,ue criara! co! tanto es!ero& Est o !ais %reocu%ados e! %reserv-+*o' n o achaC 7a) sentido& Eas continue a (a*ar do se/to andar&&& Si!' certo& E! Ze$u* reside' e! %ri!eiro *ugar' o Eden' ,ue se encontra na co%a de Jggdrasi* e 1 guardado %or u! 6ueru$i! e! es%ecia*& 9in+ gu1! sa$e seu no!e ou idade' e*e a%enas (ica %arado' co!o se (osse rea*!ente u!a est-tua' e! u! %edesta*& Incr3ve*" E o ,ue !aisC L- ta!$1! se encontra o %ort o do s1ti!o c1u& ?uardado %or u!a *egi+ o de outros 6ueru$ins' (rios co!o o ge*o' duros co!o rocha e i!%iedo+ sos co!o ningu1! !ais& .au&&& E o ,ue te! de i!%ortante assi! no s1ti!o c1uC Ara$oth' ou Saturni& Lar dos deuses& 8i)e! ,ue a%enas os sera(ins *%ode! residir' !as&&& Eas&&&C 6*on' os sera(ins est o $ata*hando e! Sea*& #odos' sa*vo a,ue*es ,ue jretornara!' ,ue s o a !inoria %ois a guerra n o 1 t o *onga %ara datar de !ais de u! !i*0nio& E os deuses %recisa! de assistentes' j- ,ue os antigos ,ue vo*ta! est o %reocu%ados e! outros assuntos re*ativos 2

2/2

guerra&&& Sa$e ,ua* o ru!orC 9 o' !as %arece interessante& Conte' estou curioso" 6*on se sentia a$sorvido %or a,ue*a at!os(era& >arecia u!a hist;ria ,ua*,uer' a%enas u! conto& Eas a*i era !ais s1rio' rea*idade estava envo*vida& Seu %eito %a*%itava e! u!a enor!e e/%ectativa& Curiosidade o to!ara %or co!%*eto& 8i)e! + Co!eou Virue* + ,ue os deuses (i)era! %ara si novos criados& 9 o t o (ortes ,uanto os sera(ins' !as co!%*eta!ente di(erentes& Est o os cha!ando de @A 6uarta Orde!A& 6uarta orde!C E o ,ue (aria ta* orde!C D u!a orde! ,ue (aria tudo ,ue os sera(ins (a)e!& Seria co!o u!a&&& Orde! de re%osi o' %or assi! di)er di)er& E j- se sa$e! ,uais anjos constitue! ta* orde!C Ainda 1 u! !ist1rio' sendo ,ue nenhu! anjo de outra es(era se,uer os viu& Be!&&& Acho ,ue j- (a*ei de!ais& 8escanse !ais' 6*on' e descu*%e+ !e %or interro!%er seu sono& Antes de ir' Virue*' %oderia di)er u!a coisaC Si!& Eais a*go ,ue deseje sa$erC Si!' !as s; u!a curiosidade&&& >or ,ue !e ajuda tantoC 8igo&&& Voc0 n o deveria ajudar u! invasor' ainda assi!& >oderia ser cordia* co!igo !as ignorar+!e ,ua*,uer coisa' ,ua*,uer in(or!a o& Ent o' %or ,ue ain+ da assi! ajuda tanto' cede ,ua*,uer coisa ,ue eu %reciseC >ri!eiro' Aco!odou+se na cadeira %ara e/%*icar& + %ois caridade ta!+ $1! 1 u!a virtude& E deve!os %ratic-+*a a,ui nos c1us& Si!' eu %oderia negar ,ua*,uer in(or!a o' !as ad!ita!os' se conseguiu chegar at1 a,ui 1 %or,ue n o 1 u!a criana ordin-ria de seis asas& 8esco$rirei hora ou outra' a%enas agi*i)ei o %rocesso %ara voc0& E %or =*ti!o&&&

O rosto de Virue* corava' e ,uase ,ue gaguejava ao (a*ar' !as ainda assi! deu sua =*ti!a e/%*ana o< >or =*ti!o&&& 7a) !uito te!%o ,ue esta cidade n o rece$e u!a visita& Eu digo&&& A,ui n;s envia!os ora:es %ara o andar su%erior e rara!ente a*+ gu1! de es(era !aior ve! %ara (isca*i)ar+nos& A%enas u!a ve) a cada sete !i* anos' u! dia terrestre& E !es!o assi!' nada (a*a!& A%enas cu!%re! sua !iss o< entrega! !ensagens e as re%asso aos !eus su+ %eriores& A,ui sou u! rece%cionista e u! ajudante' nada !ais& 9ingu1! (a*a co!igo' e isso 1 u! %ouco s;&&& Ent o&&& O$rigado %or !e ouvir& I!a+ gino ,ue eu deva (a*ar de!ais' !as (a*ar %ara u! es%ectador 1 !e*hor

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do ,ue (a*ar %ara si !es!o& E vou vo*tar aos !eus a(a)eres& At1 !ais tarde' 6*on& 8i)endo isso' *evantou+se' %Is a cadeira no *ugar e curvou seu cor%o e! reve+ r0ncia' co!o era de costu!e& 4etirou+se da sa*a se! !ais nada di)er' !as ainda ru$ori)ado %or a,ue*e %e,ueno discurso& 6*on !ergu*hou a ca$ea no travessei+ ro e deitou+se nova!ente& A t=nica (itava+o $e!& A%esar de Virue* ser u! tanto !ais !agro ,ue e*e' ca3ra co!o u!a *uva& Sua es%ada e $o*sa re%ousava! so+ $re a !esa& Virue* ne! !es!o (i)era ,uest o de %rocurar a*go ne*a& Era rea*+ !ente' u! anjo $ondoso e hos%ita*eiro& Co! certe)a devia a e*e u! grande (a+ vor' assi! co!o %ara Car*os e Ca!i*a& #a!$1! devia u! a Zarat' !as ,ue nun+ ca %oderia ser %ago& Virou+se %ara ci!a e (itou o teto& As %aredes da,ue*e *ugar era! (eitas de %e+ dras a!arron)adas' e o teto n o era di(erente& Seguras %or grossos %edaos de !adeira' as %edras de ci!a n o cedia! e dava! u! as%ecto !uito si!%*;rio ao ,uarto& Andara %or corredores e !ais corredores %ara chegar a*i' e ne! se *e!+ $rava do ca!inho& Se ,uisesse continuar a*i nos %r;/i!os dias' deveria ter' no !3ni!o' u! $o! !a%a& Sua ca$ea era ;ti!a %ara !e!ori)ar coisas' !as a,ue+ *a (orta*e)a era rea*!ente gigantesca& A*go assi! ja!ais e/istiria entre os !or+ tais' i!aginava& A*1! disso' seria ;ti!o a%render a *3ngua ange*ica*' o @eno,uianoA& #a*ve) %u+ desse !isturar+se !ais dessa (or!a e %assar se! di(icu*dades %e*os %r;/i!os andares at1 o seu destino' Eachon& #a!$1! %reocu%ava+se e! co!o chegaria at1 a Jggdrasi* a%;s o ,ue ouvira so$re o teste de Sheha,ui!& Ventos !uito (or+ tes certa!ente o arrastaria! %ara *onge' e se! asas %ara d+*o e,ui*3$rio su(icien+ te' a,ui*o seria ainda !ais co!%*icado& At1 a hora certa' %ensaria e! a*go& O ,ue dava !ais !edo era atravessar todo o ca!inho ,ue *evara !uito te!%o %ara %er+ correr e de$i*itar+se ainda !ais& Euitas d=vidas suas (ora! retiradas' e seu c1re+ $ro adorara sorver todo o conheci!ento ,ue (ora dado' at1 !es!o so$re a t o (a*ada @6uarta Orde!A& Co!o seria! tais anjos' ,uais seria! suas (un:es es%e+ c3(icasC .!a orde! %ara su$stituir a%enas sera(ins&&& Co! certe)a' os %oderes das (a!3*ias de seus %rogenitores era! grandiosos& O ,ue (aria se tivesse ta* %o+ der u! dia' ao co!%*etar seu servio entre os !ortaisC A,ui*o %arecia !eio (ora de cogita o de%ois de todos os aconteci!entos& Vo*+ tar ao reino ce*estia* a%;s t0+*o invadido e (ugidoC 6ue! seria t o *ouco a esse %ontoC Eas' se conseguisse as %rovas ,ue %recisava %ara Lua' %oderia ao certo ser %erdoado %or todos os seus cri!es& A(ina*' nada de t o grave (i)era at1 a*i& 9 o !atara ningu1!' n o enganara ningu1!& Ainda !antinha suas virtudes co!o u! anjo& 8e ,ua*,uer !odo' n o ,ueria %ensar na,ui*o& Sua ca$ea ainda %esava de todos os dias vagando %or a,ue*as vastid:es de neve e areia& >reci+ sava de descanso& Virou %ara o *ado e dor!iu' desejando ,ue tudo ,ue (i)era at1 a*i' todo o es(oro e e!%enho ,ue a%*icara' n o aca$asse! e! v o& 8or!iu ra%i+ da!ente co! o ca*or su(ocante do deserto ,ue o cercava&

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Cap. 22 0ing agem $ngelical

!a *3ngua !uito es,uecida era o idio!a ce*estia*& 6uando Virue* entre+ gou ao seu h;s%ede u! *ivro de ca%a ver!e*ha e e*e o a$riu' nada en+ tendeu' a%esar das %oucas gravuras ,ue o recheava!& A !aioria de s3!$o*os ,ue nunca vira& O dia*eto co! certe)a era o antigo& O *ivro era grosso' devia ter !uito !ais de !i* (o*has' e tinha e! sua ca%a e contraca%a u! $ras o< u!a estre*a dourada de seis %ontas co! dois c3rcu*os ao seu redor& O interior de tais c3rcu*os era co!o u! re*;gio& O interno tinha a nu!era o igua* ao do con+ venciona*& O outro tra)ia os n=!eros e! u! sentido anti+hor-rio& #odos ia! de u! a do)e& 6ue *ivro 1 este' Virue*C + >erguntou 6*on co! o*hos re*u)entes& Esse 1 o *ivro origina* de 4a)ie*' %assado a Eno,ue' u! antigo %ro(eta& D todo o conheci!ento ange*ica*& Creio ,ue ser- interessante *0+*o' %rinci+ %a*!ente %e*as in(or!a:es contidas ne*e& E este outro&&&

Virue* co*ocou so$re a !esa u! segundo *ivro& #inha u!a ca%a negra' co! u!a inscri o e! dourado' ,ue ainda n o sa$ia o ,ue signi(icava& G D o *ivro do %ri!eiro a%oca*i%se& E*e conta a hist;ria dos anjos' desde seu in3cio at1 o (ina* do %ri!eiro a%oca*i%se' onde ,uase todos os hu!a+ nos (ora! e/ter!inados e os de!Inios (ina*!ente encontrara! sua as+ cens o& Eu *eria co! aten o' %ois conhecer- o no!e de grandes anjos ,ue !orrera! no %ri!eiro e!$ate entre c1u e in(erno' nossos !aiores her;is& Eas n o tra) !uitas in(or!a:es' 1 a%enas hist;ria& T- !ais a*gu! *ivro ,ue eu %recise estudarC 9 o' nenhu!& >osso (icar co! e*esC Estudarei+os a%enas ,uando vo*tar 2 Base& E an+ tes de eu co!ear' creio ,ue %recisa ensinar+!e a *0+*os& Si!' %ode (icar co! e*es& E*es s o *ivros !uito (-ceis de sere! encontra+ dos a,ui nos sete c1us& E n o 1 t o di(3ci* j- ,ue conhece o *ati!& O *ati! 1 a%enas u!a&&& 8iga!os' !e*hora gr-(ica dessa *3ngua t o antiga e co!%*icada& 8ei/e+!e %egar u!a (o*ha e! $ranco&&&

2/5

E*e %egou u!a (o*ha ,ua*,uer e! u!a das gavetas de sua cI!oda e escreveu o no!e de 6*on e! *ati!< 6LO9 Esta 1 a re%resenta o gr-(ica de seu no!e na *inguage! ,ue conhece& Agora' se! !udar a %ron=ncia' irei escrev0+*o no dia*eto ,ue deu orige! ao seu no!e&&&

Ent o' e*e escreveu ,uatro s3!$o*os' ,ue re%resentava! o no!e 6*on e! eno,uiano< QLON Este 1 seu no!e e! eno,uiano' ,ue 1 a *inguage! criada %or Eno,ue' o %ro(eta& 6ue nada !ais 1 ,ue u!a %e,uena varia o do idio!a origi+ na*&&& Agora veja seu no!e e! idio!a ce*estia*&

Eais ,uatro s3!$o*os' escritos ra%ida!ente na (o*ha<

QLON
Viu u!a %e,uena se!e*hanaC +disse Virue*& Co! o eno,uiano' si!& >arece ser $e! si!%*es& A*i-s' 6*on&&& Sa$e o ,ue signi(ica seu no!e na *inguage! antigaC 9 o (ao a !enor ideia& Signi(ica @>a*hao da 8esgraaA& 9o!e %ecu*iar ,ue seus %ais esco*he+ ra!' !as n o acredito ,ue e*es sai$a! da *inguage! ce*estia*' sen o n o teria! co*ocado isso& Be!&&& Ana*isando %ro(unda!ente' + 8i)ia 6*on ca$is$ai/o& + o signi(icado desse no!e %arece estar $e! correto& Co!o assi!C + >erguntou Virue* es%antado& #odos 2 !inha vo*ta so(re! %or !inha causa& + 4es%ondeu 6*on' a%er+ tando as do$ras de sua t=nica e iniciando u! t3!ido choro& + Acredito ,ue n o (oi a inten o de !eus %ais' !as !es!o ,ue tenha sido&&& Esse no!e encai/ou $e! no !eu destino& 9 o diga isso& + 7a*ou Virue* tentando conso*-+*o& + Est- a%enas no co+ !eo de sua vida& A%osto ,ue ainda trar- !uitas (e*icidades aos outros& Conte co! isso&

6*on aca*!ou+se e agradeceu a Virue* co! u! aceno' *i!%ando a (ace co! a !anga *onga de sua veste& >or a*guns !o!entos os dois %er!anecera! e! si+ *0ncio' se! sa$er o ,ue di)er&

2/!

Be!' + Virue* ,ue$rou o si*0ncio& + agora ensinarei os dois a*(a$etos& >ri+ !eiro o eno,uiano' e de%ois o Ange*ica*& >or (i!' ensinarei+o a *0+*os' ,ue 1 a %arte !ais si!%*es' acredite& >osso !ontar u!a %e,uena ta$e*a %ara ,ue se guie %or e*aC V- e! (rente&

6*on rec*inou+se na cadeira' ainda sentindo u! %ouco de triste)a' en,uanto Vi+ rue* se encontrava de$ruado so$re a (o*ha& #rocou+a de *ado e (e) ,uatro %e+ ,uenas co*unas' co!o descritas a seguir< 4etra em latim 8 3 ) D 5:; 2 = >?@:A B 4 C D O ' E 0 ( < 7:% F )elestial 5no*uiano 2orma de 4eitura 8leph 3eth )ieth Daleth ;6 <hraddi =imel >od Bath 4amed Cem Dun Oin '6 Eoph 0osh (ameth <eti %au FaGn

A B C D E G I K L M N O P Q R S T U Z
2/"

A B C D E - H F G I K L M N O P Q R S T U Z

6*on' %ode verC Si!&&& Eas (ico %erguntando+!e co!o isso originou o idio!a ,ue eu uso' o *ati!& E o*hando de %erto' ne! co!o u!a originou a outra&&& 6uanto ao *ati!' a*guns %adres hu!anos' h- !uito te!%o atr-s' decidi+ ra! si!%*i(icar a *3ngua de Eno,ue& >ode ver as (or!as de *eitura si!%*i(i+ cadas ao *adoC >egue a %ri!eira *etra de cada e ter- a gra(ia ,ue usa& A%enas o so! dessa %ri!eira %arte da *etra ange*ica* (ora incor%orado no *ati!' na !aneira de (a*ar& Se %egar ,ua*,uer %a*avra e! *ati!' $asta in+ cor%orar o so! de todas as *etras ,ue ter- o ce*estia* e o eno,uiano& Veja' j- a%rendeu a *er&&& Si!' !as co!o o ce*estia* ins%irou o eno,uianoC Co!o deve i!aginar' Eno,ue' o %ro(eta ,ue carrega o no!e de seu idio+ !a' o criou& 8iga!os ,ue na 1%oca e! ,uest o o %ovo ao ,ua* e*e %er + tencia era&&& 8esacreditado& Ent o e*e criou esse c;digo %ara %assar seus conheci!entos' a%rendidos atrav1s do *ivro de 4a)ie*' aos seus a%rendi)es e %essoas de con(iana se! ,ue os !es!os a%rendesse! a (onte origina*' a%enas %or segurana& E se o*har %ara a*guns s3!$o*os' $asta gir-+*os' tirar u! de seus traos ou acrescentar a*gu! outro&&& 8- %ra (a)er isso co! a$so*uta!ente todas as *etras de todos os dia*etos %oss3veis&&& Essa e/%*ica o (oi !uito vaga&&& O (ato 1 ,ue os sete c1us adotara! o Eno,uiano %or sua si!%*icidade& Os dois' eno,uiano e ce*estia*' t0! ,uase a !es!a %ron=ncia' a%enas a gra(ia 1 di(erente& O #hraddi V F )&&& D a%enas u!a nova *etra criada %or Eno,ue %ara co!%*e!ento& E*e o$servou ,ue a*gu!as *etras t0! a !es+ !a %ron=ncia no (ina*' co! u! so! de @e(eA& E! sua *3ngua' e*e tirou essa ter!ina o das *etras e acrescentou o #hraddi' %ara agi*i)ar a *eitu+ ra' sendo ,ue essa *etra 1 usada a%enas co!o (ina* e! u!a %a*avra cuja *etra antecessora 1 u!a das ,ue carrega! o so! de @e(eA& D !e*hor dar u! e/e!%*o&&&

Virue*' no !es!o %edao de %a%e*' !ontou u!a %a*avra e! Ange*ica* e outra e! eno,uiano& Euito $e!' %ri!eiro veja a %a*avra e! ce*estia*<

AMICUS
D u!a %a*avra ,ue deve conhecer& E! *ati! signi(ica @*micusA Va!igoW& Eas ,uando %ronunciada e! ange*ica*' 1 co!%rida&&& @*lep!miciet!ausamet!A& O eno,uiano (oi criado e reso*veu esse %e,ueno v3cio de *ingua+ ge! ange*ica*' veja agora<

2/#

AMICUSF Lido agora' @*lemiciausat!raddiA& Be! a$reviado' co!o %ode %erce$er& Inde%endente da (or!a de *eitura' + 8isse 6*on& + #enho %ena do %ovo antigo e o %ovo da,ui& As (rases e te/tos deve! ser enor!es&&& Ao !enos %osso en/ergar agora de onde veio o *ati!& Si!' s o& Eas !es!o a,ui a *3ngua !ais usada %assou a ser o *ati!' %e+ *os anjos cha!ados @%;s+a%oca*3%ticosA& A conversa o e! idio!as !ais antigos 1 a%enas %ara os anjos !uito' !uito ve*hos' criados antes ainda dos sete c1us& Esses j- s o raros' visto ,ue %oucos so$revivera! ao a%oca*i%se& 8ocu!entos o(iciais %ode! usar o eno,uiano' adotado %e*os @%;s+di*uvianosA' !as nunca %ode! ser !anuscritos e! *ati!& Ainda as+ si!' a !aior %arte de toda co!unica o a,ui 1 (eita atrav1s de cartas' o ,ue torna o %rocesso !ais (-ci*& E *etras n o %ode! ser re%etidas e! u!a %a*avra& A%enas a %ri!eira ,ue conta' na escrita e (a*a& Euito !ais (-ci* agora' n o achaC Isso serve %ara o ce*estia* e o eno,uiano& Co!%reendo&&& Eas %or,ue eu deveria a%render o ce*estia*C Os sete c1us (ora! criados h- !uito te!%o atr-s' e h- a*gu!as inscri+ :es' co!o dire:es' ainda escritas na *inguage! antiga& Isso (aria !ais (-ci* !inha *oco!o o&&& Eas !e resta u!a d=vida' Vi+ rue*&&& T- u!a *etra usada e! *ati! n o corres%ondida nesta ta$e*a< @bA& Seus corres%ondentes s o as *etras de %ron=ncia !ais %r;/i!a& @bA cor+ res%onde a u!a so!a de @CiethA ou @`athA co! @Sa!ethA& Entendeu ago+ raC Lati! 1 u!a a$revia o de u!a a$revia o' co! %a*avras novas& Outra coisa ,ue ainda n o e/%*i,uei 1 ,ue ne! todas as %a*avras e! *a+ ti! te! u! corres%ondente' e as ,ue %ossue! u! te! u!a (or!a a$re+ viada& >or ter u!a %ron=ncia co!%*icada' o idio!a ce*estia* e o eno,uia+ no conta! co! %oucas %a*avras e (rases curtas& #a!$1! h- %a*avras e! eno,uiano e ange*ica* ,ue n o e/iste! signi(icado e! *ati!' !as isso n o ser- !uito i!%ortante& Ees!o ,ue venha a ser' os dois *ivros ,ue dei %ara voc0 e/%*ica! tudo& Entendo agora o %or,u0 do *ati! ter surgido& + 6*on %egou a ta$e*a e! ! os e a ana*isou& + >osso %raticar !inha conversa o contigo' Virue*C Si!' c*aro& 8is%onha& 9 o sei ne! co!o agradecer&&& >or en,uanto n o %recisa& A%enas grave a ta$e*a e! sua !ente' %rati+ ,ue u! %ouco de *eitura e! u! dos *ivros' !es!o ,ue n o ,ueira ana*i+ s-+*os %ro(unda!ente agora' e de%ois ire!os %raticar di-*ogos& ?aranto

2/.

,ue %assarei tudo ,ue estiver ao !eu a*cance& Virue* e 6*on sorrira!& .!a nova a!i)ade nascia da,ue*a co!%*icada situa o ,ue o anjo de ca$e*os ru$ros encontrava+se' !as %or !ais ,ue ,uisesse (icar a*i e a%render tudo o ,ue %odia' seu te!%o era *i!itado& B- %erdera !uito de*e e! 4a,ia' %recisava recu%er-+*o& Ainda havia de invadir o ,uinto c1u e %rocurar %e+ *as %istas ,ue %recisava& 9 o havia te!%o a ser %erdido& 1*foito, estudei a tabela por !oras e tentei al umas pequenas tradu+0es no li vro de 2a#iel, pois 6iruel me disse que o do apocalipse !avia muitos nomes e smbolos que eu n)o saberia recon!ecer ainda. O tempo passava sem qualquer mudan+a notvel. ()o !avia noite. $uando eu queria descansar, repousava min!a cabe+a na mesa e dormia ali mesmo, para recome+ar meus estudos no dia se uinte. E o tempo passou...? G >or !uito te!%o chegou a es,uecer ,ue estava e! u!a !iss o& Virue* trata+ va+o cordia*!ente co!o se!%re' e %or ve)es conversava! ani!ada!ente e! eno,uiano& Os seus estudos tinha! gerado $e*os (rutos' e*e conseguia (a*ar a *3n+ gua do antigo %ro(eta (*uente!ente' !as tinha a*guns %oucos %ro$*e!as co! o idio!a ce*estia*& Era !uito co!%*icado< a%resentava !uitos v3cios de *inguagens' a$revia:es' si!$o*ogia e %a*avras ,ue e*e desconhecia& Ao !enos' ao ser ensi+ nado %or Virue*' conseguiu a%render $oa %arte do ,ue %recisava& Era u! tanto ,uanto estranho ter u! %ro(essor ,ue a%arentava ter !enos idade ,ue e*e' !as aos %oucos se acostu!ou& Ao t1r!ino do ,ue %areceu ser duas se!anas' sentiu+ se %ronto& >ois $e! 6*on' + 8isse Virue*' (echando o *ivro de 4a)ie* ,ue era *ido %or seu @a*unoA& + sente+se %re%arado %ara u!a conversa o $e! *onga e! ce*estia*C E! ce*estia*C 9 o %ode ser e! eno,uianoC Ee sinto !ais a vontade co! ta* *3ngua& Eu sei ,ue si!' !as vai ser %reciso& Le!$ra+se do !eu su%eriorC Tanie*C Si!' *e!$ro+!e $e!& O ,ue houveC E*e ,uer ter u!a *onga conversa (or!a* co! voc0& Co!o deve sa$er' ve+ nho in(or!ando a e*e cada %asso ,ue rea*i)a!os e e*e gostaria de co+ nhec0+*o %essoa*!ente& E*e %arece !uito interessado e! voc0& >rinci%a*+ !ente %e*o (ato de suas asas estare! crescendo nova!ente e de u!a (or!a&&& 8iga!os' at3%ica&

6*on havia evitado tocar no assunto ou es,uecer+se de*e' !as n o adiantava& Era a !es!a coisa toda ve) ,ue se o*hava no es%e*ho do $anheiro& Suas asas crescia! r-%ido e estava! ,uase co!%*eta!ente (or!adas de novo' !as a*go o

21/

%reocu%ava< e*as estava! crescendo negras co!o a noite& >enas !aiores j- sur+ gia! e! !eio ao !onte de %e,uenas %*u!as& 1()o que asas n)o fiquem ne ras, mas n)o acontece lo o ap,s serem cortadas. Elas ficam ne ras por um encantamento celestial "o ado aos an"os cados. $uanto maior a maldade "ul ada por elas, mais intenso & o ne ro. E min!as asas estavam t)o escuras que "urava n)o poderem ser vistas em uma noite profunda. * maioria dos an"os cados de baixa classe ficava com suas penas acin#entadas, seus crimes eram pequenos. 4oucos eram aqueles que conse uiam escapar para as profunde#as do 3eol. * maioria era capturada antes mesmo de c!e ar ao se undo c&u, e os que conse uiam fu ir eram usados como fantoc!es na uerra e morriam facilmente. *penas os que cometiam enormes atrocidades e conse uiam escapar tin!am as penas escurecidas com taman!a profundidade.? 9 o entendo' Virue*& >or ,ue isso est- acontecendoC 8igo' eu entendo o !otivo de estar sendo considerado u! ca3do' !as n o chego a nenhu!a conc*us o do %or,u0 de a%enas tr0s das !inhas asas estare! assi!& 9e! eu' 6*on& >or isso !es!o deveria ainda !ais (a*ar co! Tanie*& A*i+ -s' j- ,ue a%rendeu nossa *3ngua&&& + 7a*ava co! u! to! de vo) !ais $ai/o e choroso& + 6uando %retende %artirC Eu tive u! %*ano %ara avanar at1 a Jggdrasi*' !as %ara isso %recisarei ,ue todas as !inhas asas esteja! do ta!anho nor!a*& >e*o rit!o ,ue e*as est o renascendo' creio eu ,ue e! !uito %ouco te!%o eu estarei %ronto& Entendo&&& 6*on&&& Si!' Virue*C Sentirei sua (a*ta& + 8isse ,uase chorando&

6*on e Virue* a$raara!+se e chorara! juntos& .! choro si*encioso' se! so*u+ os ou ge!idos& A%enas *-gri!as ,uentes& 6*on' rea*!ente' ainda era u!a crian+ a& Eas' se (e) $e! os c-*cu*os' Virue* era e/tre!a!ente ve*ho&&& 9 o a%enas e! seu reino& Aca$ada a co!o o&&& >ronto' 6*onC + >erguntava Virue* sentado na cadeira& Si!' estou& + 6*on res%ondeu da ca!a&

hus, 6LO9. quo es? VO*-' 6*on& Co!o est-CW hus, TA9IEL. Gratus, es ben. Quo
Tanie*& Estou $e!' o$rigado& O ,ue desejasCW

!u"er? VO*-'

res"on#. V4es%ostas&W

211

"o e #ntero$a, %a$nus "r#n!u%.


grande >rinc3%io&W

V>ode %erguntar'

6*on&&& Voc0 est- %ronto& Sa$e co!o res%onder a todas as %erguntasC Si!' vou a%enas (a*ar a verdade a(ina* de contas& >reciso ensin-+*o co!o %ortar+se na (rente de grandes autoridades ta!+ $1!C Virue*' acho ,ue nunca cheguei a cont-+*o' !as&&& + 6*on %arou no !eio da (rase ,ue sa3a de sua $oca&

>e*o jeito ,ue os ju*ga!entos ce*estiais era!' reve*ar sua identidade era u! %erigo& >oderia encrencar toda a sua (a!3*ia se dissesse seus so$reno!es a*i& Bhavia dito %ara os ,uatro drag:es+deuses' !as se arre%endera %ro(unda!ente de%ois' e es%erava ,ue n o contasse! nada& [s ve)es' sentia vontade de (a*ar de suas duas (a!3*ias i!%ortantes' isso %oderia evitar a*guns co!ent-rios vindos de Virue*& Eas s; %e*o (ato de ser de u!a (a!3*ia de Sera(ins' isso j- tornava+o e/tre!a!ente i!%ortante' e seu %arceiro de ,uarto sa$ia disso' %or certo& Si!' 6*onC + >erguntou Virue*' con(uso& 9ada ,ue eu %ossa !encionar' descu*%e+!e& A%enas es,uea& Eu sei si! %ortar+!e na (rente de autoridades& Sou u! sera(i!' a(ina*" Si!' e !uito cu*to' inc*usive& 6*on&&& >oderia contar+!e so$re o reino onde voc0 viveC O reino de Sea*C C*aro' seria u!a honra"

6*on %ouco conhecia de seu %r;%rio reino< nunca chegara a sair !uito de Ae+ ria' a ca%ita*& A%enas a*gu!as visitas 2s %*an3cies ,ue as circundava! no inver+ no& >odia' se tivesse sorte' achar res,u3cios de guerra nos ca!%os< %edaos de escudo' es%adas de *H!ina trincada' %ontas de *anas e (*echas&&& #udo enterrado na neve& Sua ! e se!%re o aco!%anhava' gera*!ente co! a*gu! outro guarda de vigia& 1.udo que eu sabia do reino onde vivia era atrav&s de mapas e pinturas emolduradas nas paredes dos castelos de meus av,s, paternos e maternos. .entei descrever para 6iruel aquilo que eu sabia em meu escasso con!ecimento: al&m do que eu " con!ecia Ocidade natal e o que estava ao seu redorP, descrevi o meu pequeno con!ecimento sobre outras reas e sua eo rafia. Bada palavra deixava 6iruel pasmo. 4obre an"o, nunca !avia sado daquela fortale#a no deserto. Mesmo antes fora confinado apenas ao se undo andar, que n)o tin!a randes vis0es al&m da relva e das florestas. Ouvir sobre o mundo externo atrav&s de um visitante deveria parecer a ele com um conto de fadas. Montan!as, florestas, rios, vastas pradarias, p:ntanos, campos floridos... *pesar de nunca ter sequer

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visitado sua maioria, eu os descrevia como nas ima ens: um belo e vasto paraso suspenso. *o acabar ol!ei para 6iruel, que mantin!a um ol!ar distante contemplando o nada.? Est- tudo $e!' Virue*C + >erguntou 6*on' tentando acordar seu a!igo do transe ,ue entrara& Oh' si!&&& 8escu*%e+!e %e*o devaneio&&&

Se! di)er !ais u!a %a*avra' *evantou+se da cadeira e (oi at1 a =nica e so*it-ria jane*a do cI!odo' ,ue (icava ao *ado da %ia' e o*hou %ara (ora& Sa$e' 6*on&&& + 8isse Virue* co! %esar na vo)& + As ve)es acho ,ue en+ tendo o %or,u0 de tantos anjos tere! tornado+se ca3dos&&& Co!o assi!' Virue*C 6*on&&& 7o!os criados co!o u! %ovo de ajudantes& 9ada !ais& #oda a nossa vida 1 de serventia& 7ica!os se!%re no !es!o *ugar& O*ha!os %ara os !ortais e so!os encarregados de au/i*i-+*os& Se os deuses %e+ de! a*go' deve!os o$edecer& Eas sa$e&&& 9unca vi nenhu!a reco!%en+ sa e! tudo isso& 9 o te!os u! *ivre ar$3trio ou u! %aga!ento co!o os !ortais& E ah" Co!o os invejo" Vive! suas curtas vidas a*egre!ente' *i+ vres&&& E ,uanto a n;sC #e!os u!a eternidade %ara ajudar a todos' !as nunca (a)e! nada %e*a gente& 8euses ou !es!o !ortais& 9 o canta! odes e! rituais e ceri!Inias %ara n;s' n o nos %restigia! %or nosso duro tra$a*ho co!o !antenedores dos %*anos&&& #odos seus cHnticos s o vo*tados aos nossos criadores& >oucas ve)es cita! nossa %resena e %oucos s o a,ue*es co! os no!es gravados na hist;ria&&& 9;s so!os !eros (antas!as de toda u!a e/ist0ncia& 7antoches' $onecos dos deu+ ses e dos !ortais&&& Onde est- a t o (a*ada (e*icidade e! !eio a tudo issoC Os hu!anos acha! ,ue so!os (rios co!o a rocha' !as sua $on+ dade aca$ou nos tocando e' co! o %assar do te!%o' at1 !es!o ad,uiri+ !os senti!entos& So!os ca%a)es de sorrir e de chorar&&& Ent o %or ,ue n o %ode!os ter u! sorriso %or u!a si!%*es reco!%ensaC Ah" 8escu*%e+!e' !eu a!igo& 8escu*%e+!e %or (orar a ouvir !eu desa+ $a(o& Eu s; estou cansado desta !inha %o$re e ,uase in=ti* e/ist0ncia&&& Eu acho ,ue entende o ,ue ,uer di)er' Virue*& Eas n o seria a nossa (e*i+ cidade u!a e/%ress o de nossa devo o e! ajudarC Eu digo&&& D t o $o! (a)er a*gu1! sorrir& Isso j- n o 1 reco!%ensa su(icienteC Sa$er ,ue est- contri$uindo %ara o sorriso a*heioC Ou ainda assi! 1 %ouco de!ais %ara satis(a)er seu cora oC 6*on&&& [s ve)es %enso ,ue eu deveria ter rece$ido suas novas asas&&&

6*on (icou e! si*0ncio' es%erando a*gu! co!%*e!ento&

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Cap. 23 Um Importante $liado

or u! *ongo e *argo corredor ca!inhou& Anjos %assava! %or e*e' !as n o o via! e ne! !es!o %odia! toc-+*o& Ca!inhava so)inho' Virue* n o vinha no seu enca*o co!o das outras ve)es ,ue (ora e/%*icar o ca + !inho& Era (-ci* %erder+se' ent o' %ara ter certe)a ,ue o seu h;s%ede n o o (aria' Virue* (e) ,uest o ,ue e*e decorasse cada u! dos !i*hares de corredores e sa+ *as da,ue*e *a$irinto no deserto' !es!o ,ue 6*on achasse isso desnecess-rio& A(ina*' ,ue di(icu*dade havia e! su$ir at1 o ,uarto andar e ca!inhar %e*o corre+ dor %rinci%a* at1 o seu (i!C Estava curioso e! sa$er co!o era u! dos oito gran + des %rinc3%ios& 8istraiu+se i!aginando co!o seria u! dos grandes %rinc3%ios' a,ue*es ,ue governa! so$re as raas !ortais& Se! notar' havia chegado ao (ina* do corredor& .!a enor!e %orta co! a*tura de cerca de cinco !etros e co! enor!es !aanetas de ouro e! (or!ato de ar+ go*as estava 2 sua (rente' i!%edindo sua %assage!& Co! u! $ocado de es(oro as e!%urrou' e a*go %arecido co! u!a grande $i$*ioteca surgiu& Le!$rava+o da $i$*ioteca da $ase< u!a grande sa*a recheada de estantes nas %aredes e no %iso' co! escadas e %assare*as de !adeira& .!a a$;$ada de vidro dei/ava a *u) %assar' i*u!inando os %erga!inhos e !ais %erga!inhos ,ue recheava! o *u+ gar& #udo n o deveria %assar de u! i!enso ar,uivo& Ao entrar' a %orta atr-s de*e (echou+se so)inha& Ent o vejo ,ue chegou' 6*on 5arrior Eros& >or (avor' sente+se& Estava aguardando& + .!a vo) %or tr-s de u!a !esa *otada de %a%1is o cha!a+ va& 9 o %odia ver de onde e/ata!ente %ois u!a i!ensa %i*ha de docu+ !entos atra%a*hava sua vis o&

6*on sentou+se e! u!a %e,uena cadeira a*!o(adada de !adeira e o*hou %ara a !esa& Sentia u!a estranha %resena< era (orte' !as ao !es!o te!%o genero+ sa& 9 o %oderia ser nenhu!a es%1cie de a!eaa' n o sentiu ,ue ,ua*,uer outro senti!ento a*1! de $ondade e!anasse de*e& Tanie*' 1 u!a honra&&& O%s" Ei* %erd:es& 9 o se %reocu%e e! (a*ar no idio!a ce*estia* co!igo' garoto& + Aca*!ou+ o& + 6ue es%1cie de anjo acha ,ue eu seria se n o conhecesse os idio+ !as dos ho!ens' de ,ue! tanto cuidei e vi seu cresci!entoC

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Ent o descu*%e+!e %or !inha (a*ta de considera o& 9 o %recisa ter tantos cuidados co! o ,ue (a*a co!igo' !eu jove!& Eais i!%ortante' deve estar %erguntando+se %or ,ue o cha!ei a,ui %ara esta conversa' n o 1 !es!oC Si!' e devo ad!itir' estou co! !uito !edo& 9 o se %reocu%e& 9 o irei !achuc-+*o e ne! !es!o (a)er co! ,ue seja %reso ou (erido& Esta ser- a%enas u!a conversa&

A vo) agora estava ao seu *ado& Vinha de u! anjo a*to' co! cerca de u! !etro e noventa& #inha dois %ares de asas' ao contr-rio do ,ue u! %rinc3%io deveria ter& >ossu3a *ongos ca$e*os %retos' a!arrados de*icada!ente e! u!a enor!e tran+ a ,ue chegava 2 cintura' %resa e! sua %onta %or u!a $e*a (ita de seda ver!e+ *ha& Sua (ace era *onga e (or!a*' co! grandes ,uei/o e testa& As !a s do seu rosto era! grandes e rosadas' e contrastava! co! seus %e,uenos e (inos' !as *ongos' o*hos a)uis& Sua so$rance*ha era igua*!ente (ina e seguia %or toda a e/ + tens o do o*ho& #inha u!a $oca %e,uena' ,uase se! carne nos *-$ios& .sava u! enor!e gi$ o acin)entado e $e! justo' co! %*u!as $rancas na go*a de u! casaco negro de !angas *ongas& Sand-*ias (eitas co! tiras de $a!$u (itava! seus %1s& #inha u! $rinco %rateado co! u! s3!$o*o desconhecido e! sua ore+ *ha direita& Carregava u!a es%ada *onga na sua cintura' e e! sua ! o es,uerda carregava u!a %ena' ainda gotejando tinta& Aceita u! choco*ateC + A$riu sua ! o direita' ,ue %esava e! u! $o*so de sua ja,ueta e tirou u! e!$ru*ho dourado e e! (or!a de u! %e,ueno cu$o& O ,ue 1 issoC A%enas u! doce& D u!a antiga receita hu!ana (eita co! *eite de vacas e ess0ncia de u!a (ruta cha!ada cacau&

6*on %egou o %e,ueno e!$ru*ho e a$riu+o& A i!age! de u! %edao ,uadrado de u!a %edrinha a!arron)ada veio aos seus o*hos& #i!ida!ente' deu u!a !or+ dida& O gosto era $o!' e seu interior vinha recheado co! o sa$or de a*go u! %ouco a)edo& A%esar disso' era incrive*!ente doce' e a sensa o de sa$orear ta* iguaria dava u!a es%1cie de (e*icidade instantHnea& O ,ue achouC 8escu*%e+!e %e*o recheio a)edo' 1 ca(1& 6uando eu esta+ va no !undo !orta* aca$ei %rovando de seu sa$or& Era u!a (rutinha aver!e*hada ,ue !e !antinha acordado %or horas a (io& Aca$ei viciando&

6*on rea*!ente sentia+se u! tanto ,uanto energi)ado co! a,ue*e %e,ueno doce& >ensou e! at1 !es!o %edir a receita' !as *e!$rou ,ue estava a*i %ara u! !otivo s1rio e n o %ara agir co!o u!a dona de casa& Ajeitou sua %ostura na cadeira co!o ,ue! ,uisesse iniciar u! *ongo de$ate&

215

8escu*%e+!e %or a%ress-+*o senhor' !as&&& Eu sei& 9 o %retende (icar a,ui !uito te!%o !ais' n o 1 !es!oC Virue* in(or!ou+!e dos seus %assos este te!%o todo' es%ero ,ue sai$a disso& Si!' eu sou$e& >ois $e!' o !otivo de eu t0+*o cha!ado a,ui 1 a%enas u!' 6*on& Eu sou$e do ,ue andava (a)endo a %artir do !o!ento e! ,ue chegou a,ui& 9 o sei se te! conheci!ento so$re isso' !as eu sou u! dos antigos sete arcanjos& >erdoe+!e a ignorHncia' !as ne! !es!o sei ,ue! (ora!&

Tanie* sorriu& #o!ou e! suas ! os u!a taa de vidro cheia de -gua e a $e$e+ ricou vagarosa!ente& Aca$ado' co*ocou o c-*ice so$re !esa e sus%irou< D&&& Acho ,ue ne! !es!o *endas rege! !ais nosso no!e& 8eve!os ser !es!o !uito ve*hos&&& Eas isso n o i!%orta& + Virou+se %ara 6*on de s=+ $ito& + 6*on&&& Sa$e !es!o o ,ue est- (a)endoC 8igo&&& D isso !es!o ,ue desejaC En(rentar os c1us %ara %rovar ,ue est- certo' !es!o ,ue suas chances seja! !3ni!asC #anto a de sair vivo desta e!%reitada ,uanto a de estar t o correto ,uanto acha ,ue est-C Lorde Tanie*&&& Eu at1 %oderia di)er ,ue n o' !as seria u!a !entira& Acredite' %assei %or !uitas di(icu*dades %ara chegar a,ui e' !es!o sa+ $endo ,ue %osso estar errado' e ,ue %rovave*!ente rece$erei u! casti+ go %ior at1 !es!o do ,ue a !orte' ainda acho ,ue eu esteja *utando %or u!a causa no$re& D o ,ue !eu %ai (aria' estou certo&

Tanie* nova!ente to!ou o c-*ice e! ! os' ,ue enchera !agica!ente& O !odo *ento e vagaroso co!o o ingeria denotava ,ue %ensava %ro(unda!ente e! a*go& 4estava sa$er o ,u0& 6*on&&& >ode contar+!e toda a hist;riaC S; %oderia caso o senhor jurasse segredo& D a*go t o grave assi!C 9 o ,ue seja grave' !as envo*ve no!es ,ue&&& 8iga!os&&& Acredito esta+ re! sendo injustiados %e*os c1us& Co!%reendo&&& 9esse caso' eu juro so*ene!ente ,ue guardarei vosso segredo& O ,ue (or dito nesta sa*a ,uanto a e*e' n o sair- da,ui&

13entindo-me confiante, novamente descrevi a !ist,ria, mas daquela ve# sem o medo de ser punido. .udo que !ouvera para que eu pudesse c!e ar at& ali, os andares que percorri e sofrimento que passei... ()o poupei nem mesmo o menor dos detal!es. .alve# fosse uma confiss)o para buscar por perd)o, mas eu n)o

21!

estava sequer um pouco arrependido.? Eais u!a ve)' %egou o c-*ice& Be$ericou co! vagarosidade en,uanto andava %e*os corredores cheios de *ivros e ro*os' !as n o %egou nenhu! de*es& Co! u! rosto (echado' vo*tou %ara sentar+se 2 (rente de 6*on' %u/ando u!a cadeira& 7i+ cou e! si*0ncio %or a*guns segundos' %u/ando ar %ara res%irar' e ent o disse< Ent o&&& Voc0 ta!$1! acha ,ue o c1u ju*gou errado& IssoC E/ata!ente& Co!o o !estre das virtudes e dos %rinc3%ios' %osso di)0+*o ,ue' a%esar de ser u! anjo !uito i!%ortante h- !uitos !i*0nios&&& 9 o concordo co! o (ato de (i*hos %agare! %e*os cri!es dos seus antecessores& Eas esse 1 o desejo dos deuses' ent o n o %ode!os si!%*es!ente decidir acatar ou n o< cu!%ri!os nossa (un o se! titu$ear& A !inha (un o a,ui 1 ju* + gar os ca3dos e conden-+*os' a*1! da (un o de vigiar a raa hu!ana& Ent o ,uer di)er ,ue&&& 6*on' %ara (a*ar a verdade' estou t o sur%reso ,uanto voc0& Eu n o sa$ia da e/ist0ncia dessa criana at1 agora& A*i-s' a*gu!as coisas ,ue ocor+ re! nos andares !ais a*tos se,uer chega! !ais a !eus ouvidos desde o %ri!eiro a%oca*i%se' onde *utei ao *ado de !eus co!%anheiros& Ent o voc0 acha ,ue&&& 6ue! ,uer ,ue tenha dado essa orde! e essa %ena' est- e! u! n3ve* !uito su%erior ao !eu& 9 o h- co!o %erguntar %ara as sete virtudes ,ue! deu ta* orde!C Ees!o ,ue eu %ergunte' + 8i)ia Tanie* recostando+se !ais ainda na ca+ deira e cru)ando as %ernas& + duvido ,ue eu v- conseguir ,ua*,uer in(or+ !a o& E*es %ode! ter jurado segredo co!o estou (a)endo agora' e (ica+ r o e! si*0ncio& Isso 1 !uito co!%*icado& 9a verdade' tudo est- co!%*icado h- !uito te!%o' desde o %ri!eiro a%o+ ca*i%se& 9 o sei no ,ue os deuses est o %ensando agora' !as antes e*es co!unicava!+se conosco& Eas j- n o %ode!os !ais ouvir sua vo)& Os seus guardi:es (a*a! %or e*es agora&

Suave!ente e*e des*i)ou a ! o %e*o ca$o de sua es%ada&

Tanie* *evantou+se e (oi at1 u!a estante' se! se,uer tocar ne*a& 8e costas %ara 6*on' !ur!urou< 6*on' co!o u! dos !ais i!%ortantes anjos deste reino' eu n o %osso

21"

si!%*es!ente ajud-+*o e dar %er!iss o %ara (a)er $e! o ,ue ,ueira& Ee ju*garia! u! ca3do& Si!' eu sei& Eu n o irei ju*g-+*o' 6*on& Esse n o 1 o !otivo de nossa conversa hoje& Eu (i,uei 1 !uito sur%reso e! ver co!o u!a si!%*es criana %Ide inva+ dir os sete c1us& 9 o creio ,ue seja a%enas sorte' deve haver a*gu!a (ora ocu*ta e! voc0 ,ue ainda n o sei co!o e/%*icar& Acho ,ue se n o (osse a ajuda ,ue rece$i at1 agora' %rovave*!ente es+ taria !orto& Si!' %ossive*!ente& 8e ,ua*,uer (or!a' 6*on&&& Eu n o tenho !ais %oder %ara condenar co!o antes eu tinha& Sen o eu deveria (a)er isso agora !es!o' !as !eu %a%e* hoje 1 t o $urocr-tico ,ue chega a ser entedian+ te&&& Veja s;' u! dos sete grandes arcanjos redu)ido a u! ar,uivo*ogis+ ta&&& 9unca i!aginei isso %ara !i!& Ainda assi!&&&

6*on !antinha+se ca*ado' %restando aten o e! cada %a*avra ,ue conseguia ouvir& Tanie* %arecia u! anjo !uito $ondoso' !as (a*ava co!o u! jui)& 8everia ser' rea*!ente' !uito %oderoso& Ainda assi!' + Continuou a%;s u!a $reve %ausa %ara recu%erar o (I*ego& + sai$a ,ue' cedo ou tarde' esse dia chegar- %ara voc0& >ode n o ser agora' %ode *evar ainda a*guns anos' !as esse dia %or certo chegar-& Ent o&&& >or ,ue ainda n o chegouC .!a $oa %ergunta& Ser- ,ue ainda n o sa$e! de sua e/ist0ncia nos an+ dares su%erioresC Suas asas ta!$1! est o negras' ao !enos as ,ue est o se reco!%ondo&&& O ,ue ser- ,ue est- havendoC #udo est- !uito estranho&&& 9 o %osso ver nada co! c*are)a& 6*on&&& O ,ue ,uer ,ue es+ teja acontecendo' n o 1 nor!a*& E ,uanto os andares su%eriores&&& Se n o sou$ere!&&& D !inha o$riga o in(or!-+*os Lorde Tanie*&&& Eas sa$e&&& Anjos ve*hos co!o eu %ode! es,uecer de u!a coisa ou ou+ tra' co! tantas (un:es a,ui& A(ina*' %reciso anotar o %asso a %asso de toda a hist;ria da hu!anidade& Co! essa %a%e*ada toda' %ode ser ,ue eu *eve !uito te!%o %ara conseguir trans!itir ,ua*,uer !ensage!&

Tanie* o*hou %ara ci!a' vis*u!$rando a c=%u*a de vidro' *i!%a co!o crista*&

6*on sorriu' e !ur!urou u! o$rigado !uito $ai/o& Tanie* o*hou %ara o jove! rosto' ca$is$ai/o e t3!ido' e sorriu& T- !uito te!%o atr-s' eu entreguei o *ivro de 4a)ie* %ara Eno,ue e o gui+

21#

ei %e*os sete c1us& #antas *endas surgira! desde ent o&&& Tu!anos s o engraados& E*es detur%ara! tanto o conheci!ento ce*estia* e di(undira! de !aneira t o errInea %ara os outros&&& Ocu*tara! !uitas %artes da his+ t;ria origina*' !odi(icara! tradu:es e %erga!inhos&&& Eas' %or incr3ve* ,ue %area' isso de certa (or!a (orta*eceu sua (1& G #a*ve) a ajuda ,ue eu tenha dado' no co!eo ao !enos' %Ide ter sido errada& Eas creio ,ue (oi %ara u! $e! !aior& A(ina*' se eu n o tivesse dado ta* ajuda' sua (1 teria !orrido !uito antes do %ri!eiro a%oca*i%se& Entendo& 6*on' eu n o %osso %restar !ais servios' co!o eu gostaria& 8ireta!ente n o' ao !enos& Eas t0! a*gu1! ,ue ,uero ,ue conhea& E ,ue! seriaC .! a!igo de !uito te!%o atr-s& In(e*i)!ente' nestes te!%os recentes' e*e anda !uito&&& >arado& B- (a) !uito te!%o desde a =*ti!a ve) ,ue esti+ ve co! e*e& E&&& O ,ue e/ata!ente eu deveria (a*ar co! e*eC 9 o (a*ar- nada&

6*on (icou con(uso' !as antes ,ue %udesse %erguntar !ais ,ua*,uer coisa' Tanie* disse< >ea %ara Virue* gui-+*o at1 a -rea norte da (orta*e)a' no grande ga*% o& E' %ara a$ri+*o' %egue isso&

Tanie* tirou de dentro de suas vestes e do entorno do seu %escoo' u!a cor + rentinha co! u!a chave ne*a %endurada& Era u!a chave de ao co!u!' co! u! $ras o e! sua ca$ea< u!a grande -guia de ,uatro asas a$ertas& 6*on es+ tendeu a ! o e %egou' e e! seguida co*ocou ao redor de seu %escoo co!o u! co*ar& Agora v-& 9ossa reuni o est- encerrada e eu %reciso vo*tar %ara o !eu t1dio constante& Si!' senhor& E 6*on&&& + Cha!ou+o de vo*ta Tanie* segundos antes de e*e sair %e*a %orta& + #o!e cuidado& E $oa sorte&

A %orta atr-s de*e (echou+se co!o antes' e 6*on saiu co! a vaga certe)a de ,ue a,ue*a seria a =*ti!a ve) ,ue veria a,ue*e anjo t o i!%ortante& G

21.

E ent o' co!o (oi conversar co! Tanie*C

Virue* estava entusias!ado ,uando 6*on cru)ou nova!ente a %orta de seu ,uarto& Seus %e,uenos o*hos $ri*hava!& 7oi&&& + 6*on n o encontrou u!a %a*avra ade,uada %ara o !o!ento e! ,ue esteve e! sua co!%anhia' ent o usou a %ri!eira ,ue veio e! sua ca$ea& + G Edi(icante& Entendo&&& E ent o' o ,ue e*e disseC In(e*i)!ente n o %osso contar todos os deta*hes' !as&&& Acho ,ue ganhei u!a es%1cie de a*iado e! !inha ca!%anha& Isso 1 !uito $o!' 6*on" Se Lorde Tanie* ju*gou+o digno' devo %edir des+ cu*%as %or ter ju*gado seus atos& Este n o era !eu dever' e !uito !enos tinha conheci!ento su(iciente %ara isso& 9 o se i!%orte co! isso' caro a!igo& Eu no seu *ugar teria (eito o !es + !o' %or certo& A*i-s' Virue*&&& Estou de %artida& Eas j-C AgoraC O ,ue aconteceu %ara ,uerer ir assi!' t o re%entina!en+ teC 7oi a*go ,ue e*e disseC 9 o e/ata!ente& Eas !inhas asas j- est o reco!%ostas e n o tenho !ais te!%o a gastar a,ui& Co!%reendo& + 8i)ia Virue* co! u!a triste vo)& + Ent o' ao !enos' des+ canse %or agora& 8ur!a $e!' e ,uando acordar' v-& Agradeo sua o(erta' e a aceito& Euito o$rigado& Eas assi! ,ue eu acor+ dar e' antes de %artir' eu gostaria de %edir u! (avor& 6ua*C Sa$er- assi! ,ue eu acordar& + 7a*ou 6*on co! u! sorriso !eio $o$o na (ace& + >retendo guardar a sur%resa& Crianas&&& Euito $e!' descanse o ,uanto ,uiser& Eu estarei e! !eu %osto' %oder- ir at1 *- ,uando estiver acordado& Virue*&&& Euito o$rigado& Sentirei sua (a*ta' no$re a!igo& Eu ta!$1! sentirei&&&

E co! u!a *-gri!a escorrendo de seu rosto' Virue* *evantou+se de sua cadei+ ra' a$raou 6*on e saiu %e*a %orta' dei/ando+o so)inho nos seus a%osentos& Logo seu !ais recente a!igo iria %artir' n o %odia conter as *-gri!as ,ue $rota + va! de seus o*hos& G

22/

B- acordado' 6*on andava %e*os i!ensos corredores co! sua !ochi*a %endu+ rada no o!$ro e sua es%ada e! sua cintura& 8irigia+se at1 a entrada da (orta*e+ )a' onde Virue* disse ,ue es%eraria& Ent o' (ina*!ente est- %ronto& + 8isse o %e,ueno rece%cionista& Si!& E agora %edirei a,ue*e (avor&

Virue* desceu do te*hado de u! dos corredores onde estava sentado& O*hou %ro(unda!ente e! seus o*hos e %ousou a ! o so$re seus o!$ros' di)endo< Ent o %ea& Esse ser-' %ossive*!ente' o =*ti!o (avor ,ue conseguirei rea*i)ar %ara voc0& ?uie+!e at1 o grande ga*% o da a*a norte da (orta*e)a&

Virue* o*hou !eio incr1du*o %ara e*e& Ees!o ,uando a%resentara a (orta*e)a' nunca havia !ostrado a a*a norte %or ser u!a a*a es%ecia*' destinada a%enas ao uso dos %rinc3%ios& L- estava! seus a%osentos e seus re*ic-rios& 9 o era %ru+ dente u! si!%*es guia andar co! u! sera(i! de tr0s asas negras %or a,ue*e *u + gar& A*i-s' !a* havia *;gica nessa cena& G >or horas e*es %ercorrera! o ,ue %arecia ser u! enor!e *a$irinto& A cada cur + va ,ue (a)ia!' !enos anjos encontrava!& Os corredores estreitava!' (icava! !ais sujos de areia e va)ios o su(iciente %ara %oder ouvir o vento uivar %e*as %e + ,uenas a$erturas nas %aredes de %edra& 9o (ina* chegara! a u! corredor co! + %*eta!ente escuro& Virue* usou u! %ouco de !agia %ara i*u!inar o ca!inho& Este 1 o %onto !-/i!o ,ue %osso chegar& A %artir da,ui' est- so)inho& O corredor ter!inar- e! u!a %orta ,ue a%enas essa chave %oder- a$rir& Boa sorte' a!igo& + 8isse Virue*' entregando u! archote aceso e! suas 7oi Tanie* ,ue disse %ara %edir+!e issoC Si!& E co!o %rova&&& + 6*on !ostrou a chave ,ue estava e! seu %esco+ o' escondida %or sua %ura e *i!%a t=nica $ranca& Entendo&&& Ent o venha' irei *ev-+*o at1 *-& Eas aviso< n o entrarei co! voc0 na,ue*e ga*% o& E %or ,ue n oC Se o ,ue di)e! est- certo&&& O ,ue est- *- dentro 1 a*go ,ue u! anjo %ru + dente co!o eu n o deveria a%ro/i!ar+se& >ois $e!' eu con(io na %a*avra de Tanie* e tenho corage! %ara entrar so)inho *-& A%enas !e condu)a %e*os corredores& >ois $e!& Siga+!e&

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! os& O$rigado&&& ?rande a!igo& E! u! gesto de carinho' os dois se a$raara!& L-gri!as escorrera! %e*os seus o*hos& 6*on guardaria $oas *e!$ranas da,ue*e andar' ao !enos& Adeus& + 8es%ediu+se Virue*& Vo*tou+se %ara o corredor de onde viera e andou a%ressado' ,uase correndo& 6*on estava so)inho agora' co!o estava antes de ter chegado na,ue*e *ugar& Eas %recisava %rosseguir deste!ida!ente sua !iss o& >e*o corredor escuro an+ dou& V-rios !etros 2 (rente estava u!a %orta de !adeira j- $e! antiga e *acrada %or v-rias correntes& .! cadeado negro as !antinha unidas& Ao seu *ado' u! %orta+archotes& Co*ocou o seu a*i e %arou %ara %restar !ais aten o no cadeado& .!a verdadeira o$ra de arte' co! v-rias runas no idio!a ce*estia* ne*as inscri+ tas& 9 o %Ide *er tudo co! c*are)a !ais %Ide deci(rar o !ais i!%ortante< u!a %arte escrita @A,ui se encontra o nono %rinc3%ioA& Encai/ou a chave na tranca e a deu duas vo*tas& Co! u! tinti*ar !et-*ico' e*e se a$riu& 4etirou as correntes ao redor da %orta e e!%urrou+a& Estava tudo escuro' ent o nova!ente a%anhou o seu archote& 1O alp)o norte era enorme e tin!a pil!as e mais pil!as de sacos de pano. /everia ter cerca de 8<XX metros quadrados e pelo menos uns vinte metros de altura. O arc!ote n)o iluminava completamente, ent)o procurei por mais arc!otes para acender nas paredes. *c!ei ent)o um corrim)o embebido em ,leo e coloquei fo o nele. O fo o espal!ou-se por sua extens)o at& o teto, acendendo um enorme lustre. ;sso clareou todo o lu ar e revelou uma das bele#as do mundo celestial. * c!ave n)o tin!a aquele bras)o atoa. Uma rande uia ali repousava em um poleiro perto do c!)o. 3eus ol!os estavam cerrados e respirava profundamente. Era realmente randiosa. Berca de nove, de# metros de sua cabe+a at& a %ltima pena de sua cauda. 3uas quatro asas mantin!am-se pr,ximas a seu corpo. *s penas de sua cabe+a e pesco+o eram brancas, e a do restante de seu corpo douradas. 3eu bico era lon o e com uma pequena curva em sua ponta. /emonstrava ter sua extremidade bem afiada. 3uas arras eram i antes, e pareciam ter enver adura e for+a suficiente para arrancar uma rande rvore de uma floresta. 2epentinamente seus ol!os abriram e ol!aram diretamente para mim. /ois ol!os amarelados. *o inv&s de medo, senti fascnio. Ent)o, uma vo# rossa e selvaem veio a min!a mente, mesmo sem passar pelos meus ouvidos.? 6ue! 1s tu' ,ue ousa %ertur$ar !eu sonoC Se! sa$er co!o res%onder' e*e %ensou no seu no!e si*enciosa!ente& A -guia %arou %or a*guns segundos %ara @*erA seus %ensa!entos& 6*on 5arrior ErosC Eu sou 9isroc& 8iga+!e o !otivo de sua visita"

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Cap. 24 0i6erdade

,ue*a cena o (e) *e!$rar u! %ouco do encontro co! os ,uatro dra+ g:es+deuses& 9 o ,ue ter!inaria do !es!o jeito' !as a%rendera a te+ !er Ve !uitoW $estas !ito*;gicas& 9isroc' a grande -guia de ,uatro asas 2 sua (rente' era te!3ve*& 9 o tanto ,uanto seus antigos @an(itri:esA ,uando trans(or!ados' a(ina*' $estas co! ,ui*I!etros de e/tens o n o s o !uito co+ !uns& E ent o' 6*on& 8iga+!e o !otivo de sua visita" A vo) ,ue (a*ava e! sua !ente era digna de u! rei& ?rossa' so$erana e' aci+ !a de tudo' in,uestion-ve*& #entou %ensar no !otivo ,ue o *evara at1 a*i' %ara continuar a conversa o te*e%-tica' !as 9isroc disse< Se %re(erir' %ode (a*ar e! vo) a*ta& Eu sou !udo' n o surdo& 8escu*%e+!e' 9isroc& + 6*on sentira+se enca$u*ado& + 7ui enviado at1 a,ui %or Tanie*& E*e disse ,ue eu n o %recisaria (a*ar nada contigo' !as agora vejo ,ue isso 1 i!%oss3ve*' n o 1 !es!oC >rovave*!ente vai ,ue+ rer sa$er %or ,ue estou a,ui e&&&

A ave' aos %oucos' ganhou (or!a hu!ana& .! a*to anjo de curtos e se*vagens ca$e*os dourados to!ou (or!a' co! ,uatro re*u)entes asas douradas& Seu cor%o tinha a cor de $ron)e e era !uito $e! escu*%ido' co! !=scu*os ,ue' se dados a u! hu!ano' %oderia! (a)er co! ,ue derru$asse u! java*i se*vage!& Sua (ace era $e! torneada e suave' a%esar das grossas so$rance*has da !es!a cor de seus ca$e*os& E*e n o estava errado& + 8isse 9isroc' interro!%endo+o' se! !over os *-+ $ios& + Eu desco$rirei %or !i! !es!o&

Ca!inhou co! %assos suaves na dire o do %e,ueno anjo ruivo' ,ue se,uer sentia !edo& Co*ocou a ! o suave!ente so$re sua ca$ea e (echou os o*hos a!are*ados %ara concentrar+se& >ense e! tudo a,ui*o ,ue o trou/e a,ui& #odas as i!agens' todas as vo+ )es' todas as cores& 9 o !e esconda nada' n o o!ita nada& Seja since+ ro co!igo' %ois se eu desco$rir ,ue !e escondeu a*go' !atarei+o&

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6*on o$edeceu' (echando os o*hos %or a*guns segundos e retrocedendo no te!%o dentro de sua ca$ea& G Entendo& Ent o (oi %or isso ,ue Tanie* o !andou at1 !i!& Aca$ados seus %ensa!entos' 9isroc so*tou sua ca$ea e 6*on' i!ediata!en+ te' caiu ao ch o& Sentia+se cansado' e se! condi o de !over+se& Ees!o assi!' nada te!ia& A %resena de 9isroc dava u!a es%1cie de con(orto& #irando (I*ego de dentro da sua a*!a' disse< Se n o se inco!oda co! !inha %ergunta&&& 6ue! 1 voc0' 9isrocC 9isroc sorriu& 9 o deveria! %erguntar a,ui*o co! (re,u0ncia %e*o visto' e !ui+ tas ve)es 6*on sentia+se estranha!ente ignorante %erto de todos a,ue*es ,ue conhecera& #udo $e!' era u!a criana' !as n o sa$er ne! ao !enos do conhe+ ci!ento co!u! o dei/ava %ertur$ado& Eu sou 9isroc' a,ue*e ,ue guarda todas as $estas es%a*hadas %e*o uni+ verso' reservando+as o =*ti!o e !ais i!%ortante %rinc3%io' ,ue deveria ser guardado %or todos os !ortais& Sou o >rinc3%io da Li$erdade& Se n o se inco!oda ,ue eu diga isso&&& D u! tanto ,uanto contradit;rio %roteger a *i$erdade estando enc*ausurado e! u!a sa*a& D u!a criana !uito saga)& Eu %oderia sair da,ui ,uando ,uisesse' !as !eu antigo a!igo' Tanie*' co*ocou+!e a,ui %ara !inha sa*va o' at1 ,uando chegar a =*ti!a hora& ]*ti!a horaC O dia da =*ti!a $ata*ha entre c1us e in(erno' onde os !undos co*idir o& >ara u!a criana t o es%erta' sur%reende+!e ,ue nunca tenha ouvido (a*ar disso& Os anjos n o ensina! !ais a seus (i*hos as *endas !ais co+ !uns entre n;sC Isso 1 vergonhoso& Einha ! e deve ter dito a*go so$re isso' !as n o !e *e!$ro $e!& E ,ua* o !otivo de estar %reso a,uiC Eu ins%irei os anjos a ca3re!& E*es !ant1!+!e a,ui %or !edo de ,ue u! dos seus !aiores e !ais %oderosos anjos (aa o !es!o& Co!o assi! os ins%irouC 6*on' ao nascer' (oi dada a !i! u!a !iss o< 7a)er os anjos %ensare! %or si s; e to!are! suas %r;%rias decis:es' co! o o$jetivo de tornare!+ se !ais con(iantes e tra$a*har co! !ais a(inco' %odendo estar certos de

9isroc andou %e*o est-$u*o en,uanto (a*ava' e 6*on o seguia co! os o*hos&

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,ue (oi sua o% o *utar %e*os c1us e ,ue estaria! (a)endo o certo& Eas' in(e*i)!ente' ao dar esco*has h- se!%re a chance de esco*here! a outra o% o&&& Ao ouvir a*gu!as de !inhas %a*avras' uns %oucos anjos decidi+ ra! re$e*ar+se contra o governo dos c1us& 6*on&&& Eu criei os de!Inios& 6*on %er!aneceu e! si*0ncio' $o,uia$erto' ouvindo atenta!ente a vo) do grande %rinc3%io (a*ar e! sua !ente& 8e%ois disso' eu vaguei %or !i*0nios co!o u!a ave na terra dos !ortais' o*hando o estrago ,ue @eu tinha (eitoA e !e redi!indo %or todos e*es& #a!$1! ins%irei os !ortais a sere! *ivres' !as a*guns (i)era! co!o os anjos ca3dos e usara! !a* a sua *i$erdade& Ao chegar o %ri!eiro a%oca+ *i%se' Tanie* deu+!e a chance de $ata*har ao seu *ado co!o (or!a de e/%iar de(initiva!ente !eus cri!es& Eas a $ata*ha n o aca$ou co!o to+ dos i!aginara! ,ue aca$aria& .! e!%ate& >arece u!a %iada' n o 1 !es!oC Os c1us' co! seus deuses todo+%oderosos' tendo suas (oras co!$atidas (rente a (rente %or seres ,ue e*es !es!o ajudara! a criar& E o ,ue aconteceu ent oC Cu*%ara!+!e nova!ente %e*o (racasso de*es& Tanie* (oi o =nico dos sete arcanjos ,ue !e %rotegeu e *ivrou+!e da !orte& E*e a*egou o !es!o ,ue a*eguei& 6ue cu!%ri a !inha !iss o co!o (oi ordenado' e ,ue n o tinha cu*%a %or ne! todos tere! usado correta!ente o !eu %rinc3%io& G E*e %rendeu+!e %ara %ou%ar+!e& E*e sa*vou a !inha vida& Sou eterna+ !ente grato a e*e& E acho ,ue' agora' o*hando %ara o seu !otivo' %osso ver o %or,u0 de estar a,ui& E ,ua* seriaC Oras' 6*on< Esta!os no !es!o $arco& A!$os' eu' sua !estra e' agora' voc0' rece$e!os u!a injusta %ena dos c1us& 9 o 1 c*aroC G Eu entendo ,ue %or !uitas ve)es tenha %ensado ,ue voc0 est- errado' e ,ue deveria sentir+se envergonhado de *utar contra a,ue*es ,ue de(ende& Eas entenda' 1 %ara de(ender u!a coisa ,ue esse *ugar h- !uito %arece ,ue j- es,ueceu< justia& D %or u! $e! !aior' 1 %or u!a causa !aior" E 1 assi! ,ue seu %ai %ensaria' %e*o ,ue %ude *er de seus %ensa!entos e !e!;rias& Eu acredito nisso' e %e*o jeito voc0 ta!$1! acredita' sen o n o estaria a,ui& Estaria *evando u! treina!ento nor!a* ao *ado de Lua& #e! ra) o& Tanie* enviou+o %ara ,ue eu o ajudasse e! sua !iss o' eu acredito&

225

Esta 1 nossa chance' 6*on" >ode!os ajudar u! ao outro" O ,ue di)C Eu&&& Aceito sua&&& >ro%osta& 1E adormeci. * felicidade preenc!ia-me enquanto eu suspirava e permitia min!a mente entrar em um mundo de son!os. 3on!os esperan+osos.? G E ent o' est- %rontoC Ainda n o entendi !uito $e! o %*ano&&& + 6*on continuava a rec*a!ar& Eas 1 !uito si!%*es& A*i-s' !ais si!%*es do ,ue isso&&& I!%oss3ve*& 6ue$rar o te*hado e sair voando at1 a Jggdrasi*C 9ossa' ,ue %*ano %ers+ %ica)& 6ua* o !otivo da ironiaC + 4ec*a!ava 9isroc' desta ve)' de cara (echada& A %orta est- a$erta& >or ,ue si!%*es!ente n o us-+*a' ent oC Sa$e' an+ dar %or a3 co! sua (or!a hu!ana& Essas coisas& Oh' c*aro' senhor g0nio de cinco anos de idade& .! %risioneiro ce*estia* andando %e*os corredores da !ais segura (orta*e)a do %*ano astra* co! u! anjo @!eio+ca3doA' se assi! %osso cha!-+*o& Eais a*gu!a ideia $ri+ *hante ou va!os seguir a !inha agoraC Ah' o$via!ente seguir a sua& A(ina*' ao ro!%er u! teto de %edras' n o so$raria nenhu! esco!$ro ,ue %udesse acertar+!e e (a)er+!e cair de suas costas ou at1 !es!o !atar+!e& Levarei+o no $ico ent o& Oras' !ais genia* ainda& Assi! rece$erei tota*!ente a (ora do vento e !inha rou%a se rasgar- co! a (ora ,ue serei jogado na dire o o%osta& ?arrasC D&&& >ode ser u!a sa3da& Se conseguir !anter+!e *onge das %ontas de suas unhas ,ue' co! certe)a' !e rasgaria! e! v-rios %edacinhos&

Conhecia!+se a !enos de a*gu!as horas e agia! co!o ve*hos co!%anhei+ ros& 9 o era de se estranhar& 9isroc era !uito instintivo e senti!enta*& #a*ve) as+ si! o %rinc3%io das $estas deveria rea*!ente ser& Agia i!%u*siva!ente e !udava de hu!or drastica!ente& 4aiva' (e*icidade' d=vida&&& Era !uito e/%ressivo& #a*ve) %assar te!%o de!ais co! os hu!anos tenha dei/ado+o !ais&&& Sens3ve*& E co!o a$rire!os ca!inhoC + >erguntou 6*on tocando a %arede de (ria rocha a!are*ada& + Seus !=scu*os s o grandes e (ortes' !as %ode ,ue+ $rar %aredes s;*idas co! e*esC

22!

>e*o visto' n o sa$e ne! u! tero do ,ue deveria sa$er& 8ei/e isso co+ !igo& A(aste+se' garoto&

6*on a(astou+se e virou+se& Viu 9isroc to!ar u!a certa distHncia da %arede e co*ocar o $rao direito atr-s das costas& 8e u! %u*o' sa*tou e deu u! go*%e ,ue (e) a$a*ar at1 !es!o o ch o& A %arede ro!%eu+se co! u! estrondo' e *ogo %e + dras voava! %ara (ora e u!a enor!e rachadura es%a*hou+se %e*o teto& O cor%o do anjo da *i$erdade trans(or!ou+se ra%ida!ente na -guia de antes& Va!os' ou ,uer !orrer co! %edras so$re seu cor%oC 6*on correu at1 9isroc' ,ue o %egou %e*a garra e saiu voando %e*o grande de+ serto& 6uando a *u) $atia e! suas %enas douradas' re(*etia co!o e! u! es%e + *ho& E' co! u! $ater de asas ,ue (a)ia esvoaar as areias do deserto e! %e,ue+ nos tu(:es ta!anha a sua (ora' e*es %artira! da (orta*e)a' dei/ando e! sua a*a norte u! enor!e $uraco& G Co! o te!%o' as areias tornara!+se neve& O ar (icou ge*ado e o so* su!iu %or entre es%essas nuvens cin)as' escuras& O vento tornava+se cada ve) !ais u!a te!%estade' ,ue (a)ia os ca$e*os de 6*on esvoaare! en,uanto %reso' (ir!e+ !ente' 2s garras da grande -guia dourada& 9 o de!orou !uito at1 o vento tor+ nar+se t o (orte e cheio de neve %ara ,ue %udesse' en(i!' ser cha!ado de tor + !enta& A -rvore de Jggdrasi* %odia ser avistada ao (undo' !as a%enas %or u!a (ina (ai/a verde ,ue indicava ser o seu cau*e' e a%enas se o ge*o ,ue esvoaava co! !uita (=ria n o os cegasse& 6*on' assi! ,ue estiver!os na -rvore ! e' eu irei *arg-+*o de%endurado no cau*e e su$ir %ri!eiro& + 7a*ou te*e%atica!ente 9isroc& Eas %or ,u0C + >ensou 6*on' curioso e %reocu%ado& O ,uarto andar 1 o !ais $e! guardado ,ue e/iste& Virtudes %atru*ha! a -rvore noite e dia' ser- !ais do ,ue di(3ci* entrar des%erce$ido& 9 o 1 %ara !enos' *- !uitos anjos ca3dos est o sendo %resos e so$ vigia cons+ tante& >or isso' irei na (rente %ara distrair os guardas en,uanto voc0 %as+ sa %ara Eachen e continua a esca*ar at1 Eachon& Eu distrairei a e*as e! u!a %ersegui o' %or isso n o de!ore !uito& E ,ua* o !otivo de n o voar!os ra%ida!ente at1 *-C 6*on' as virtudes n o s o nada cegas& E*as %erce$eria! sua %resena e' !ais do ,ue de i!ediato' co!earia! u!a %ersegui o %or todos os sete c1us atr-s de !i! e voc0& Voc0 n o %ode ser notado& E %or ,u0C Oras' 6*on" .se a ca$ea" Voc0 ainda n o 1 conhecido %e*os sete c1us'

22"

1 a%enas u! anjo novato atr-s de in(or!a:es& 9ingu1! sa$e co!o 1 seu rosto ou seu o$jetivo' a*1! de %oucos e se*etos anjos ,ue tivera! a o%ortunidade de conhec0+*o& Ainda conta co! o e*e!ento sur%resa %ara invadir o ,uinto c1u e %egar a,ui*o ,ue %recisa das 8o!ina:es e' ta*+ ve)' de a*guns #ronos& E ,uanto a voc0C Eu j- sou conhecido e&&& 8iga!os' %rocurado& Agora' co! !inha (uga' estar o co!%*eta!ente atr-s de !i!& Vou (ugir e esconder+!e& >rova+ ve*!ente no segundo andar' nas (*orestas de *-& Ent o ,uer di)er ,ue n o ir- ajudar+!e a conseguir o ,ue ,ueroC 6*on&&& In(e*i)!ente' eu n o %osso& Estar- so)inho' de novo& Eas n o se %reocu%e" Assi! ,ue %egar o ,ue veio $uscar' irei ajud-+*o a sair& D u!a %ro!essa& Ent o voc0 %ode a$rir u! %orta* %ara a !inha di!ens oC Sou o anjo da *i$erdade' *e!$ra+seC 6ue es%1cie de honraria seria essa se eu n o estivesse a%to a viajar %or onde ,ueroC E' se %reciso' voarei nova!ente at1 o ,uinto c1u %ara resgat-+*o& Eas co!o sa$er- ,uando virC Es%ere at1 chegar!os ao tronco de Jggdrasi*&

A%;s atravessar o ,ue %arecia ser u!a $arreira de ar so%rada de ci!a %ara $ai/o' a*canara! o tronco& O vento e! si n o %rovinha de*e' e si! de u! andar aci!a& .!a estrat1gia de de(esaC >rovave*!ente& 9isroc de%ositou+o suave+ !ente so$re u!a a$ertura e! seu tronco' %ara ,ue e*e n o ca3sse' e de%ois a*o+ jou+se dentro de*e junto co! seu !ais novo a!igo' vo*tando 2 (or!a hu!ana& O $uraco !ais %arecia u!a %e,uena caverna (or!ada natura*!ente %e*a !aneira co! ,ue as grossas ra3)es reunia!+se e entre*aava!& Eu %edi %ara ,ue es%erasse %ara sa$er co!o eu sa$eria ,uando %reci+ sasse da !inha ajuda& A,ui est-&

A%;s a (rase con(usa' 9isroc estendeu %ara 6*on u!a %e,uena %ena dourada\ u!a %*u!a& 6*on %egou+a %e*a %onta de*icada!ente' co! !edo ,ue (osse (r-gi* e' de a*gu!a (or!a' ,ue$rasse& Esta 1 u!a das %enas de !inhas asas& .!a %e,uena %*u!a e! (or!a+ o' ainda& 7i,ue co! e*a %resa e! seu ca$e*o& Assi! %arti*hare!os %ensa!entos& E' caso v- escrever e aca$e usando+a %ara ta* (i!' sai$a ,ue e*a %erder- seus %oderes ,uando tocada %e*a tinta& Eantenha+a %re+

22#

sa (ir!e!ente' %ara ,ue n o a %erca& E se eu %erd0+*a ou' %or a*gu! acidente' e*a !anchar+se co! tintaC Co!o (arei %ara encontr-+*o nova!enteC 8esa at1 4a,ia e %rocure+!e na (*oresta& >oder- de!orar u! %ouco' !as caso vo*te vivo eu %oderei sentir seu cheiro e ir ao seu encontro& At1 *-' !antenha+se vivo e *ivre& Entendo&&& 9isrocC O ,ue (oi' 6*onC O$rigado&&& >or sua ajuda& 9 o h- %or onde agradecer& Eas' se ,uiser' %oder- co!%ensar& E co!o (arei issoC 9ada ve! 2 !inha !ente agora& Eas (icar- devendo u! (avor& Ent o grato deverei& Xti!o& >ois $e!' j- %ode!os co*ocar o %*ano e! %r-ticaC >ara nossa sorte' essa a$ertura no tronco se encontra %r;/i!a a Eachen& Co!o irei esca*arC Se $e! !e recordo' as ra3)es tinha! u! as%ecto *iso' escorregadio& .se essa es%ada ,ue carrega na cintura' a Sanctus&

6*on n o (icou !uito sur%reso ao ouvir 9isroc (a*ar o no!e de sua es%ada& Eas ,ueria saciar sua curiosidade& Co!o sa$e so$re esta es%adaC E ,ue! seria eu se n o sou$esseC D u! dos tesouros ce*estiais' at1 onde eu sai$a& >or acaso rou$ou+a do te!%*o dos ,uatro drag:esC 9 o' n o rou$ei& E*a (oi %assada a !i! %or !eu %ai' e esse %or sua ve) rece$eu de seu %ai& D u!a es%ada %assada atrav1s de gera:es na (a+ !3*ia 5arrior& #er (icado u! certo te!%o a(astado dos c1us %ode ter a(etado !eu co+ nheci!ento co!u!&&& Eas' de ,ua*,uer (or!a' essa 1 u!a es%ada !uito es%ecia*& 7oi (orjada a %artir das esca!as dos ,uatro grandes drag:es' e carrega consigo a ess0ncia dos deuses& O !eta* ,ue a reveste 1 o !ais raro de todo universo' sendo in,ue$r-ve* e inigua*ave*!ente *eve& 7oi *e+ vado u! !i*0nio inteiro %ara ,ue in=!eros anjos (erreiros do$rasse! seu ao !i*hares de ve)es e a(iasse! %er(eita!ente sua *H!ina' %ara e*i!i+ nar ,ua*,uer i!%ure)a& E*a' o escudo' e a ar!adura sagrada (icara!

22.

%rontas a%enas de%ois de de) !i* anos& Es%ere&&& Escudo e ar!adura sagradosC Voc0 nada sa$e dessa es%ada ,ue a (oi con(iadaC 9 o sa$e da *enda ,ue a cerca' dos seus e,ui%a!entos ir! os' ou at1 !es!o co!o us-+ *aC Oh' c1us& Ao !enos isso deveria sa$er co!o seu %ortador& 9 o (oi %assado nada&&& Be!&&& 9 o %osso contar tudo so$re e*a %ois' co!o disse' eu estive au+ sente %or !uitas eras& Eas' at1 onde sei desses e,ui%a!entos' 1 ,ue (o+ ra! criados %ara !atar u! anjo e! es%ecia*& 9 o %osso reve*ar o seu no!e' %ois (o!os %roi$idos de %ronunci-+*o neste reino' !as %osso di)er ,ue era u! sera(i! !uito %oderoso& Os deuses estava! (uriosos co! sua atitude' ent o ordenara! ,ue (osse e/ter!inado& E ,ue atitude era essaC #rai o& 6*on&&& Voc0 sa$e so$re a era antes do %ri!eiro a%oca*i%seC 9 o' !as tenho a,ui u! *ivro ,ue (a*a so$re isso& Ent o' se ,uer sa$er !ais so$re ta* anjo' *eia esse *ivro atenta!ente& Cada *inha' cada %ar-gra(o& Cada si!%*es %a*avra& En(i!&&& Co!o ia di+ )endo' esses e,ui%a!entos (ora! criados %ara !atar u! sera(i!& Ent o' i!agine a ,uantidade de %oder ,ue carrega!&&& 4e)a! as *endas ,ue' o escudo' cha!ado Sacru!' gera u!a $arreira i!%enetr-ve*' %or ata,ues (3sicos ou !-gicos& Ees!o ,ue u! go*%e %ossa' e! u!a re!ota hi%;te+ se' u*tra%assar ta* $arreira' ainda h- a ar!adura' cha!ada 8ivinae& 6uando todas suas %eas est o unidas' a*1! de intrans%on3ve*' ainda atri$ui ao seu usu-rio diversos outros %oderes& Suas grevas d o u!a ve+ *ocidade insu%er-ve*& Suas !ano%*as concede! (ora su%re!a& O e*!o d- conheci!ento divino' co! sua viseira a!%*iando a vis o' e seu %eito+ ra* atri$ui i!orta*idade& A es%ada' Sanctus' e! si 1 a ar!a %er(eita& Sua *H!ina %ode cortar at1 !es!o u! es%3rito' a*1! de ,ue ta* ar!a %ode trans(or!ar+se e! ,ua*,uer outra %e*a vontade de seu dono& 8e si!%*es so,ueiras at1 enor!es %o*ear!as& Ainda di)e! ,ue ta* ar!a reve*a' atra+ v1s de u! encanta!ento' a verdadeira (or!a de seu dono' a!%*iando e concedendo u! %oder ainda !aior& 6uando todos os e,ui%a!entos es+ t o reunidos' seu usu-rio torna+se invenc3ve*& 9ossa&&& Eu n o sa$ia ne! !es!o !etade disso& E o ,ue aconteceu co! os outros e,ui%a!entosC 8igo' eu tenho a Sanctus a,ui e agora' e sei ,ue (oi u! %resente divino %ara nossa (a!3*ia& Eas' e o restoC + 6*on ent o *e!$rou+se do assa*to ao te!%*o dos drag:es&

9isroc encarava+o %ro(unda!ente' co! o rosto s1rio e (rio co!o o ge*o&

23/

6*on' te!o n o ter as res%ostas %ara tudo ,ue %rocura& A%enas *eia o *i+ vro ,uando tiver a o%ortunidade e tudo ser- esc*arecido& >osso (a)er a%enas !ais u!a %erguntaC C*aro& Esta es%ada %ode !atar u! i!orta*C

9isroc sorriu& Co*ocou a ! o na ca$ea de 6*on e ajoe*hou+se' (a)endo cari+ nho e! seus (ios ru$ros& D a =nica ar!a ,ue %ode se,uer tocar u! i!orta*& >or ,u0C O ,ue %re+ tende (a)er co! ta* in(or!a oC Estava %ensando e! (a)er $o! uso de*a caso seja necess-rio& Entendo&&& 6*on' *eia o *ivro ,ue carrega consigo& D a%enas isso ,ue %osso aconse+ *har no !o!ento& Agora' va!os (ocar e! co!o %assar da,ui' concordaC #udo $e!' concordo& + 8isse 6*on u! %ouco re*utante' ainda $uscando res%ostas& 6ueria sa$er !ais so$re sua ar!a' !as ta*ve) a,ue*e n o (osse o !o!ento& Ent o veja' o %*ano 1 o seguinte< Su$irei e voc0 ir- es%erar a,ui at1 ,ue eu voe %ara $ai/o& #o!arei cuidado %ara %assar %or este *ado' voc0 ver!eu sina*& Esconda+se a,ui& 9 o (aa $aru*ho a*gu!' n o o*he %ara (ora ,uando eu aca$ar de %assar& Es%ere ,ue todo o $aru*ho de asas cortan+ do o ar do *ado de (ora aca$e' ent o %oder- sair& E! ,uanto te!%o acha ,ue %ode esca*ar tudo isto co! ta* es%adaC 6uantos !etros h- entre o ch o e o c1u do %r;/i!o andarC Assi! co!o o de todos os andares' oito !i* !etros& Co!o %ode %erce+ $er' 1 u!a su$ida vertiginosa e cansativa& >oderei voarC 9 o& O $aru*ho de %enas neste andar cha!a as Virtudes' e ao %assar %or e*e ver- %or ,u0& Esca*e a%enas usando seus !e!$ros e sua es%a+ da& Ent o' ,uanto te!%o acha ,ue %recisar-C Cerca de&&& 9 o sei' 1 u!a a*tura !uito grande& T- u!a regra e! %ersegui:es< Seja u!a isca %or u! *ongo %er3odo e notar o ,ue voc0 est- a%enas ganhando te!%o& #er- duas horas' 1 o !-/i!o ,ue %osso conseguir& E n o se es,uea< es%ere !eu sina*"

9isroc a(astou+se do %e,ueno anjo e (oi %ara a entrada do $uraco&

231

Cap. 2# )scalada Interrompida

-%ido co!o u!a (*echa a ser atirada %or u! arco' 9isroc sa*tou %e*a a$ertura' trans(or!ou+se e! $esta e su$iu aos c1us& 6*on escondeu+se e! ,ua*,uer canto escuro ,ue achou ao *ado da entrada& 8ese!$ai+ nhou sua es%ada co! suavidade' a%enas es%erando o !o!ento certo& Eantinha a ca$ea %ara (ora' o*hando %ara onde o tronco de Jggdrasi* tocava as negras e te!%estuosas nuvens& 4aios circu*ava! entre e*as' e! u!a constante descarga e*1trica& 9 o *evou !uito %ara 9isroc voar %ara $ai/o& E*e varou as nuvens e! u!a a*ta ve*ocidade e *ogo %assou %e*o esconderijo ,ue havia! arru!ado& A%e+ nas %or u! !i*1si!o de segundo' 6*on %Ide %erce$er ,ue a grande -guia doura+ da o o*hou co! sua 3ris de a!are*o turvo& E! u! !ovi!ento i!ediato' 6*on reco+ *heu sua ca$ea %ara dentro da cavidade e %er!aneceu a*i' de %1' encostado no tronco da -rvore sagrada& .! $aru*ho ensurdecedor de asas cortando os c1us (oi escutado e! seguida& 14elas sombras pro"etadas, percebi vrios corpos voando em dire+)o ao solo. .odos portando consi o al um tipo de arma. 6oavam quase no mesmo ritmo de (isroc, que mantin!a uma velocidade um pouco maior apenas. Bon!ecendo sua velocidade como eu con!ecia, sabia que estava apenas an!ando um curto espa+o em rela+)o aos seus perse uidores, n)o voava nem mesmo na metade de sua capacidade mxima. *ssim que o barul!o do lado de fora se cessou, com cuidado ol!ei para o exterior da abertura. .udo !avia ido, apenas brancas penas que dan+avam pelo ar restaram. Cavia calculado meu tempo de subida com base no tempo estimado que (isroc !avia dado. Oito mil metros em duas !oras... ;sso dava um total de quatro mil por !ora. Berca de setenta metros por minuto. 4ouco mais de um por se undo. ()o !avia tempo a perder. Bom a pena dourada de meu ami o bem presa em meu cabelo, seu clamo repousando atrs de min!a orel!a, cravei a espada no tronco de V drasil e iniciei min!a subida.? G O co!eo (oi r-%ido& As nuvens negras estava! %erto' j- %odia sentir seus %e+ *os arre%iare! %or causa da e*etricidade& Cada ve) ,ue estendia seu $rao %ara ci!a e (incava a es%ada co!o u! a*%inista a usar sua %icareta' u! %ouco de sei+ va escorria %e*o grosso cau*e& Era di(3ci* %er(urar sua su%er(3cie r3gida& Isso o (e) %ensar na,ue*a *uta do vu*to desconhecido ,ue o sa*vou contra os ,uatro dra+

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g:es+deuses& Se a,ue*a es%ada carregava !es!o sua ess0ncia' ent o seus %o+ deres ta!$1! %odia! cortar Jggdrasi*& E*es contro*ara! seu %oder o te!%o todo %ara evitar destru3+*a& Ou a,ui*o era tudo %re!editado' ou e*e dera !uita sorte& 8e ,ua*,uer jeito' n o era hora %ara se %ensar na,ui*o& #inha !uito a su$ir e! %ouco te!%o' e as nuvens negras estava! cada ve) !ais %erto& G Ao atravess-+*as' sentiu seu cor%o ser %u/ado %ara $ai/o de i!ediato& 9ova+ !ente a gravidade %esava& 9 o era tanta coisa co!o da %assage! do segundo %ara o terceiro andar' !as %or certo a gravidade do ,uarto andar era su%erior& A*1! de sentir+se u! %ouco !ais oneroso' u!a *eve corrente e*1trica atravessou seus !=scu*os e o (e) sentir *eves contra:es& .!a sensa o estranha e g1*ida %ercorreu sua es%inha e ,uase %erdera o e,ui*3$rio e des%encara da*i de ci!a& Si!' %ossu3a suas asas' !as ainda assi! (ora %roi$ido de us-+*as& Ao (ina*!ente avistar o ,uarto andar' seus o*hos se %reenchera! co! u!a horr3ve* vis o&&& 1B!amas quase mortas espal!avam-se em velas que flutuavam em todas as dire+0es, formando corredores. * lu# era demasiado fraca, apenas um "o o de sombras conse uia ser avistado. 4arecia n)o !aver c!)o e paredes. * um metro al&m do rosso caule da rvore, uma esp&cie de campo de for+a separava as nuvens de um imenso va#io, rec!eado apenas pelos pequenos e esvoa+antes ob"etos cilndricos de cera branca. Os crios n)o eram consumidos. /e um lado, an"os sem asas pareciam atados por correntes que estavam presas a lu ar nen!um. Mantin!am os ol!os abertos, va#ios. Eram inexpressivos e sequer moviam, como bonecos. * base de suas asas, "unta >s costas, aparentava ter sido quebrada com for+a. ()o !avia san ue. Em um outro canto, an"os, esses com asas, estavam encarcerados em um cubo branco, feito por ener ia m ica. .ais cubculos, com cerca de um metro c%bico Ose muitoP, os deixavam em uma posi+)o fetal, desconfortvel. *ssim como os outros, n)o moviam sequer um dedo. * maior parte do espa+o era preenc!ida por celas com rades, onde an"os de asas ne ras com a ar anta costurada estendiam a m)o para fora das barras e ritavam por um socorro silencioso. .in!am a fei+)o ma &rrima. Ossos saltavam de seus pulsos e o contorno de seus ossos craniais era visto com perfei+)o por baixo de um manto ne ro que os cobria do topo de sua cabe +a at& seus p&s de dedos finos e torno#elos ossudos. /eixavam > mostra apenas o rosto, parte do pesco+o e peitoral, onde as costelas e o esterno revelavamse por baixo da pele fina e sem m%sculos. *ssim como na sala de tortura por onde passei, vrios instrumentos se fa#iam de uso ali. *t& mesmo a dolorosa extens)o. Em uma delas um an"o ainda estava sendo mantido preso. *s virtudes pareciam !aver sado antes que acabassem de cumprir seu 1dever?. E esperava eu que n)o voltassem t)o cedo... *os poucos, tentei i norar a cena e continuar rumando ao topo de V drasil, que parecia cada ve# mais distante...?

233

G #a* cen-rio estendia+se %or !etros e !ais !etros aci!a' n o i!%ortava o ,uanto su$isse& >arecia haver andares e !ais andares co! o !es!o as%ecto& At1 !es!o u! gru%o de ve*as su$ia e! es%ira*' co!o se circundasse u!a esca+ da invis3ve*& O to%o ainda estava *onge& Ea* havia chegado a u! tero do ca!i+ nho ,uando %arou %ara %ensar&&& A,ue*e c1u era o contr-rio do ,ue o no!e de seu %*aneta vigente %regava& A escurid o se estendia ,ui*I!etros a*1! de seus o*hos& Se n o (osse! as ve*as es%a*hadas' a escurid o seria tota*& 6*on&&& 6*on"&&& >ode ouvir+!eC A vo) de 9isroc (a*ava direta!ente co! seus %ensa!entos& 4es%ondeu co! a co!unica o !enta* ,ue havia! esta$e*ecido %e*a %ena< Si!' %osso" Touve a*go' 9isrocC Acho ,ue as virtudes %erce$era! !inhas inten:es& A*gu!as de*as %ara+ ra! de !e %erseguir e est o tentando a*ertar as outras& Se eu n o (i)er a*go' *ogo o a*canar o" E o ,ue %*aneja (a)erC 9 o cheguei ne! ao !enos na !etade do cau*e& Eu sei' %or isso !es!o entrei e! contato& 6*on' a%resse+se" #ravarei u!a $ata*ha co! e*as e n o sei ,uanto te!%o %oderei su%ortar' ne! ao !enos se %oderei su%ortar& Bata*harC Contra as virtudesC E/ata!ente& O ,ue deseja' %or acasoC Ser ca%turado e ir %ara a %ris o ,ue vejo ago+ raC >or certo %erderia suas !ajestosas asas" E te! a*gu! outro %*ano %ara %oder ajud-+*o' grande g0nio de cinco anosC >or acaso es,ueceu+se de ,ue! sou ta!$1!C Sou o %oderoso 9isroc" #o!arei as r1deas da situa o %or a*gu! te!%o' ent o eu i!%*o+ ro< seja r-%ido" >osso usar !inhas asasC B- disse ,ue n o" Eas n o disse ,ue estaria $ata*hando co! e*asC A%osto ,ue ta!$1! es+ taria! ocu%adas de!ais %ara notar ,ua*,uer coisa" 9 o seja est=%ido' garoto" 9 o %ode!os arriscar" #e!os a%enas u!a chance' ent o va!os (a)er da !aneira certa' tudo $e!C 9 o ,uero ter de resgat-+*o de Eachen' seria !uito !ais tra$a*hoso *utar nesse andar& A%enas siga co! o %*ano origina*&

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Entendi' entendi&&& Be!' ent o&&& Boa sorte' a!igo"

9 o houve !ais a*gu!a res%osta& Checou a %ena& E*a !antinha+se no *ugar de se!%re< atr-s de sua ore*ha& 9 o estava !anchada ou ,ua*,uer coisa do ti%o& Isso s; %oderia signi(icar u!a coisa< a $ata*ha havia co!eado& Eais do ,ue de+ %ressa' a%ertou as ! os contra os grossos ra!os ,ue su$ia! %e*o tronco de Jggdrasi* e (incou a es%ada co! !ais (ora e ve*ocidade' es%erando esca%ar *ogo da*i& Ah' se a gravidade co*a$orasse&&& G Se encontrava !ais %erto do (ina* do ,ue antes& .! %ouco !ais da !etade ha+ via atingido& Sentia seus !=scu*os do*oridos& O es(oro ,ue (a)ia %ara vencer a gravidade e o cansao era tre!endo& >or u! segundo %ensou e! %arar e des+ cansar' !as o sacri(3cio de 9isroc n o %oderia ser e! v o& As virtudes %oderia! vo*tar a ,ua*,uer segundo' e isso n o seria nada $o!& Eas' ao o*har %ara ci!a' %erce$eu a*go ,ue n o era %ara estar a*i& 6uatro anjos' i!%onentes' ,ue o*hava! direta!ente %ara 6*on& #odos %ossu+ 3a! traos (e!ininos' tais co!o cinturas destacadas e seios de u! ta!anho !1+ dio& .sava! *ongos vestidos $rancos' se! !angas' a!arrados atr-s do %escoo e %resos na cintura %or u!a (ai/a dourada& Cada u! co! seis grandes asas de u! $ranco %uro e co!%*eta!ente re*u)ente& A%resentava! caracter3sticas %es+ soais di(erentes& 9 o dava %ara di(erenci-+*as direito& Ainda estava! cerca de ce! !etros aci!a de sua ca$ea& Eas n o vinha! e! sua dire o& E agora' o ,ue (a)erC 8esistir a*i' cha!ar a ajuda de 9isroc e vo*tar ao %ri!eiro andar %ara resgatar Lua e (ugirC 9 o' havia chegado *onge de!ais& Co! a Sanctus e! ! os e co! a ajuda do *end-rio 9isroc' sentia+se con(iante& >odia vencer at1 !es!o u! i!orta*& Ees!o n o a%resentando treina!ento su(iciente' era %reciso& 8ecidiu n o desistir !ais de seus %*anos& Agora iria at1 o (i!& Ent o' co! cora + ge! $atendo (orte e! seu %eito jove!' continuou a esca*ar& G >are ai !es!o' estranho& + .!a vo) (e!inina soou e! u! to! grave& 6*on o*hou ao seu redor& #odas as ,uatro cercava!+no e o*hava! direta!ente %ara e*e& O ,ue ,uere! de !i!C A%enas ,ue se (aa! va*er nossas ,uatro virtudes& Se (or considerado ca%a)' %oder- atravessar at1 o andar su%erior& Este 1 o andar do ju*ga+ !ento e da %uni o& E n;s so!os as ju3)as& Voc0s&&& #a!$1! s o virtudesC + >erguntou 6*on' o*hando %ara seus tr0s %ares de asas& A,ui*o era u! tanto con(uso& 7ora ,ue j- ouvira a*go so+ $re ser ju*gado !erecedor antes' e n o aca$ara !uito $e!&&& Ainda sen+

235

tia nos ossos as %enosas *e!$ranas de 4a,ia& Si!& So!os as ,uatro virtudes cardeais& Bustia' Corage!' dndo*e e >ru+ d0ncia& Co!oC 8igo&&& E as sete virtudesC E*as n o s o as %ri!ordiaisC 9 o' n;s as cria!os& E*as n o (ora! criadas direta!ente %e*os deusesC 9 o& 9a verdade' as sete virtudes nada !ais s o do ,ue n;s' as ,uatro virtudes originais' !isturadas aos senti!entos hu!anos de (1' a!or e caridade& As sete virtudes conhecidas hoje (ora! criadas %e*a vontade hu!ana' e n o %e*a vontade divina co!o n;s&+ A !ais 2 es,uerda (a*ou so)inha&

E*a tinha os o*hos vendados' !as *ongos ca$e*os cor+de+!e* ondu*ados at1 a cintura' so*tos& 9o to%o de sua ca$ea' u!a coroa de (erro en(errujado' ainda adornada %or $e*as %edras %reciosas de todas as cores& E! sua ! o es,uerda' u!a es%ada curta' co! u! ca$o dourado envo*to nu!a (ita $ranca' cujas %ontas esvoaava! cerca de vinte cent3!etros so*tas no ar& 9a ! o direita' u!a $a*an+ a de $ron)e& Est o a,ui %ara co!$aterC 9 o& 9;s' co!o as virtudes %ri!ordiais' n o te!os essa (un o& A%enas o testare!os' e nada !ais& + As outras %er!anecia! ca*adas& #estar+!eC Eas %or ,u0C >ara sa$er se !erece %rosseguir ou se seu cora o n o 1 %uro o su(ici+ ente %ara isso& 9 o so!os %orta+vo)es das vontades divinas' !as te!os autono!ia %ara ju*gar ,ue! 1 ou n o !erecedor de ascender os c1us& Eu sou a Bustia& + 8isse& Sua vo) era %esada %ara u!a vo) (e!inina& 9e! !es!o os grandes reis tinha! ta* to! de vo)& + 9 o te!os te!%o a %erder co! !ais conversas& 6ue se inicie seu teste&

G As i!agens se esva3ra! de sua ca$ea& >arecia! nunca ter estado a*i& Era co!o se se!%re (osse cego& Sua consci0ncia entrou e! u! enor!e va)io& Ent o era assi! ser testado %e*as virtudesC Estava sentado' aco!odado e! u!a ca+ deira de !adeira& #udo estava escuro& Este 1 o nosso teste& + 8isse Bustia& + Co!eare!os co!igo !es!a& Est- de o*hos a$ertosC Si!' !as nada en/ergo& + 7a*ou 6*on&

23!

9 o tenha !edo& 9 o (are!os !a* a*gu!& Ao !enos n o se %assar e! nossos va*orosos testes& Est- agora dentro de sua %r;%ria !ente& Conse+ gue ouvirC

Vo)es !isturava!+se e %arecia! to!ar o cen-rio de u!a !ovi!entada cida+ de& O ,ue (a*ava! n o %arecia (a)er sentido a*gu!& Sa$e de ,ue! s o essas vo)esC + Bustia %erguntou' (a)endo u! eco e! seus ouvidos& 9 o sei' n o consigo di(erenci-+*as& #odas (a*a! juntas" >or,ue n o est- sa$endo ouvir& >reste aten o' concentre+se e! a%enas u! so! %or ve)&&&

Aos %oucos' sua audi o acostu!ou+se co! u!a vo)& .!a vo) !uito %ecu*iar E*e a ouvia todos os dias' !as de ,ue! seriaC Ent o' de s=$ito' e*e %erce$eu< Eas' Bustia' essa 1 !inha vo)& >recisa!ente& E so$re o ,ue e*a (a*aC

6*on %arecia j- ter ouvido a,ue*a conversa antes& Escutou co! aten o& Tavia !ais u!a vo) ao (undo' !as n o sa$ia de ,ue! era& E*e (a*ava so$re ajudar' e %arecia se irritar co! o decorrer da conversa&&& Isso *e!$rou+o da discuss o ,ue tivera co! Lua %ara ,ue %udesse su$ir todos os c1us ,ue restava!& Estou (a*ando co! !inha !estra&&& #entando convenc0+*a a !e dar %er+ !iss o& >er!itir ,ue eu su$a os c1us 2 %rocura de res%ostas& #a* atitude' %e,ueno anjo' 8i)ia Bustia& + %or certo 1 !uito no$re& Eas 1 a !ais corretaC D a !ais justaC O ,ue voc0 ,uer di)erC Acha ,ue sua !estra n o deve ter so(rido ao ouvir o ,ue disseC Ser- ,ue *evou e! considera o os %ensa!entos a*heios antes de to!ar suas a:esC Ser- ,ue tudo a,ui*o ,ue (e) agora n o %assou de ego3s!o ao inv1s de a*tru3s!oC Acha ,ue a justia (oi a%*icada nesse caso' %or a!+ $os os *adosC

As vo)es continuara!& Conversas %assadas %odia! ser *e!$radas' desde ,ue entrara %ara a Base& Sua ca$ea girava co! tanta in(or!a o& 6uero sua res%osta' 6*on& >or ,u0C 6ua* o !otivo dessa %erguntaC #udo 1 t o con(uso agora&&& # o con(uso ,uanto seu re%entino a%areci!ento& Este 1 seu teste< ju*gar a si !es!o tendo co!o $ase a%enas o ,ue (oi ouvido de sua %r;%ria $oca& I!agens n o s o necess-rias %ara a verda+

23"

de trans%arecer' !as o so!&&& Esse 1 essencia*& 7o,ue ne*e e res%onda a !inha %ergunta< Acha ,ue est- sendo justo at1 agoraC As vo)es cessara! e u! incI!odo si*0ncio to!ou conta da ca$ea do %e,ue+ no anjo& >or te!%o re(*etiu' !ais u!a ve)' so$re tudo& >or (i!' res%ondeu& Eu dei a e*a a esco*ha de %oder enviar+!e ou n o& Eu ,uis ser enviado a%enas %ara ajud-+*a' nada !ais& >edi descu*%as se a !agoei co! !eus di)eres& 9 o estou contra a vontade divina' a%enas ,uero res%ostas %ara %oder ajudar a,ue*a ,ue 1 !inha !estra& 9 o estou %ensando e! !i!& 9 o ,uero honrarias %or ajudar' ne! satis(a)er a !i! !es!o& A%enas $usco a verdadeira justia divina' ,ue acho n o ter sido concedida&

Bustia (icou e! si*0ncio& 8i)er a,ui*o %ara e*a era co!o u! desres%eito& Oras' ELA era a encarna o da justia divina& Se e*a di)ia ter autono!ia %ara ju*gar os anjos' ent o %rovave*!ente teria ju*gado Lua& Ser- ,ue e*a teria a%*icado ta* %enaC Eas %or ,u0C 6ueria %ergunt-+*o' !as seria !ais %rudente es%erar at1 ,ue ta* teste (osse encerrado& G A res%osta de!orou& O *ongo grito do si*0ncio era u!a tortura aos seus ouvi+ dos' causava ansiedade& Eas nada %odia (a)er at1 ,ue a Bustia desse sua sen + tena& 8e%ois de !uito te!%o' a res%osta veio& 6*on&&& Eu' Bustia' considero voc0 u! anjo justo' %ara consigo e %ara co! a,ue*es ao seu redor& Le!$re+se ,ue o signi(icado da virtude ,ue guardo 1 ,ue suas a:es s o re(*e/os de seus %ensa!entos' e esses' %or sua ve)' s o (or!ados a %artir da sua intera o co! o a!$iente ao seu redor& En,uanto (i)er a,ui*o ,ue 1 o !e*hor %ara todos a,ue*es %r;/i+ !os a ti' inc*usive voc0 !es!o' ser-s verdadeira!ente justo& O !eu tes+ te ser- (ina*i)ado a,ui& Bustia' eu tenho %erguntas %ertinentes so$re a*go& Suas %erguntas %ode! es%erar& Ainda t0! !ais tr0s testes ,ue dever%assar antes& Veri(icar a justia de seu cora o (oi a%enas a %ri!eira eta+ %a& E*a o ,ua*i(ica %ara a segunda' e assi! sucessiva!ente& Eas' Bustia&&& Eu sei do ,ue trata! suas %erguntas& Eu %osso ver sua !ente& Eas' co!o disse' e*as %ode!' e deve!' es%erar& Co!%reendo&&& 8evo ir agora&

A vo) ca*ou+se' e a i!ensid o o$scura se tornou u!a vastid o $ranca&

23#

1Era como despertar de um profundo sono com a lu# do sol sobre meu rosto. *os poucos, ima ens tomaram forma ao meu redor. 4elo que eu pude perceber, ainda estava dentro de meus pensamentos. Uma enorme torre estava no !ori#onte, no final de um vasto campo de rama alta. 3eu topo sumia atrs de nu vens tempestuosas no c&u. Bom passos receosos, diri i-me at& ela. * dist:ncia n)o incomodava, apenas a ventania que precedia a forte c!uva. Mas, quando os ventos pararam, a rama ainda se movia. Eu parei. Ela continuava a a itar-se. Eu ouvia tais sons distantes de mim, mas como a relva atrapal!ava a min!a vis)o e eu n)o sabia o que me esperava na parte de baixo daquele imenso capin #al, apertei o passo. * torre " n)o estava t)o distante, mas > medida que eu andava mais rpido, os sons aproximavam-se. 3enti vontade de correr. * c!uva come+ou a cair. Dortes otas enc!arcavam rapidamente min!a roupa e eu ficava mais pesado e mais lento. 2aios cru#avam os c&us e clareavam tudo ao meu redor. Mesmo com todo aquele barul!o de tempestade, eu podia ouvir seus passos, eu sentia ol!os selva ens me vi iando. .entei levar min!a m)o > cintura, mas a 3anctus n)o se encontrava l. Eu estava desarmado. * torre estava a menos de vinte metros de mim, e a relva se a itava com ferocidade cerca de de# metros ao meu redor, atrs e aos meus lados. *proximavam-se velo#mente. Ent)o, eu cometi o erro: corri para a porta da torre com todas as ener ias que me restavam.? Ees!o co! a re*ativa %ro/i!idade' o %eso de sua rou%a !o*hada atrasou+o& A,ui*o ,ue corria na gra!a o a*canou assi! ,ue chegou 2 %orta& #entou e!%ur+ rar suas !etades' !as e*as se,uer se !overa!& Ent o e*e sentiu a*go ge*ado na sua nuca& .!a sensa o' ,uase u! %ressenti!ento& E ent o' u!a (orte dor o %ara*isou& A*go %arecia cravar na carne de seu o!$ro %resas enor!es& 6uase ,ue e! deses%ero' des!aiou se! se,uer ver o ,ue havia acontecido& G Acordou& .!a (orte *u) o cegava& Aos %oucos' tudo ao seu redor to!ou (or!a' reve*ando u! grande ca!%o de gra!a a*ta& Estava deitado nu!a c*areira& Levan+ tou+se e o*hou %ara o hori)onte' (itando u!a torre ,ui*I!etros da*i& #inha a i!+ %ress o de j- ter estado a*i antes' !as n o se *e!$rava ao certo& #eria tudo n o %assado de u! sonhoC Si!' %arecia u! sonho o ,ue havia ocorrido& Eas o c1u estava da !es!a (or!a ,ue antes& 9uvens negras' na i!in0ncia de des%ejar so+ $re a,ue*e *ugar u!a chuva devastadora& Ainda assi!' teve !edo da dor& Eedo de direcionar+se de novo 2,ue*a torre& Eas' o*hando e! vo*ta' nada !ais %odia ser (eito& A%;s %assar %e*o teste da Bustia' a,ue*e deveria ser o seu novo teste& O ,ue ser- ,ue a,ue*a desconhecida virtude ,ueriaC S; havia u! !eio =nico de desco$rir& Co! %assos curtos' ca!inhou de novo ao encontro da distante torre' cujo to%o se %erdia no c1u co$erto& Eas a*go estava estranho&&& A%esar do vento ,ue !ovia as (o*has ao seu redor' ,uando ta* agitar cessava e*as continuava! a (a)er $aru +

23.

*ho& A*go n o estava certo& O*hou %ara a (onte dos ru3dos' !as nada viu& Ent o continuou a ca!inhar& Co! o te!%o' a chuva %assou a cair& Encharcou sua rou%a e o dei/ou !ais %e+ sado& Era di(3ci* ca!inhar' !es!o %or,ue o so*o havia tornado+se u! %ouco *a+ !acento& Ainda co! todo a,ue*e $aru*ho das gotas de -gua se chocando co! o so*o' era %oss3ve* ouvir %assos& .! estranho senti!ento atravessou sua !ente& >or (i!' *e!$rou+se de tudo ,ue havia ocorrido antes& Estava na,ue*a %osi o' %arado a cerca de vinte !etros da %orta& O !edo invadiu seu cor%o& A dor ,ue sentira antes&&& 9 o ,ueria sentir nova!ente& 9 o ,ueria %assar %or tudo a,ui*o !ais u!a ve)& 1Mas, ao inv&s de deixar o medo me controlar como da ve# passada, parei e pensei: se isso aconteceria toda ve# que eu, em desespero, corresse para a torre, e no final acordaria novamente como se nada tivesse acontecido... Ent)o aquilo n)o iria matar-me. *quele era meu teste: eu deveria ter a ast%cia necessria para encarar o peri o que me cercava. E, com uma s%bita curiosidade, andei na dire+)o contrria. *ndei na dire+)o daquele ser que me perse uia, afastando a rama com as m)os. .al foi min!a surpresa ao ver a fi ura de um enorme felino, com uma espessa "uba alaran"ada e ol!os amarelados. Estava sentado, parado, ol!ando para a min!a face. O le)o n)o se manifestava, qualquer que fosse a forma. ()o pensei em toc-lo, nem em afu ent-lo. /e certa forma, ele parecia ami vel. Existiriam mais naquela relvaL 5e0es e leoas me cercandoL 3em resposta al uma, a porta da torre abriu silenciosamente. $uando voltei-me para fitar o le)o, ele !avia sumido. Di# o ,bvio: rumei para a torre.? Ao %assar %e*a %orta' e*a (echara co! u! estrondo& Estava so)inho e! u! i!enso sagu o' cheio de %i*astras ,ue$radas' i*u!inado %or archotes %resos 2s %aredes& 9o !eio do recinto' u! trono va)io ja)ia& .! !ist1rio& .!a escada su+ $ia %e*as %aredes da torre' e! u!a i!ensa es%ira* at1 seu to%o' invis3ve* na es + curid o& >egou u! dos archotes da %arede e %Is+se a su$ir as escadas& A,ue*e teste estava indo *onge de!ais& 7ora tudo t o re%entino& 8e u!a hora %ara a ou+ tra' as virtudes cardeais estava! *-' e no instante seguinte estava! testando+o& 9 o havia u! !otivo !uito $o! a*1! do (ato de e*as estare! guardando a entra+ da %ara Eachon& O ,ue estava acontecendoC 7ora ,ue isso era o !enor dos seus !a*es& 6uanto te!%o ser- ,ue havia %erdido a%enas ao !editar e! sua !ente desde ,ue a Bustia o %Is %ara %ensarC 9isroc estava e! %erigo& >recisa+ va ser r-%ido& A*i-s' !ais do ,ue r-%ido& Su$indo de dois e! dois degraus' co! u!a enor!e %ressa' es%erou a*canar o distante to%o da torre& 1()o sabia o que me a uardava. *lis, sequer sabia o estran!o rumo que min!a "ornada estava tomando. *o menos aquele encontro daria a c!ance de peruntar > Kusti+a o que estava acontecendo. Mas para isso, passar pelos quatro testes era necessrio. Bom o dese"o de acabar aquilo o mais rpido possvel, continuei a subir os de raus da escadaria quase que infinita da torre no meio do nada.?

24/

Cap. 2& $prendendo com os )rros

o (ina* da *onga escadaria ascendente' u!a *u) (raca& ?otas de chuva ca3a! %e*a a$ertura ,ue dava acesso ao to%o da torre& 6*on havia su$i+ do %or !uito te!%o a,ue*e !onte de degraus $e! es%aados& Sentia u!a estranha dor na ca$ea e seu nari) sangrava' escorrendo e! seus *-$ios' (a)endo+o sentir o gosto de seu %r;%rio sangue& Ca*a(rios su$ira! %or sua es%i+ nha e os %oucos %e*os de seu $rao in(anti* arre%iava!+se& Ao chegar na a$ertu+ ra' saiu e o*hou e! vo*ta& A chuva vo*tou a !o*h-+*o co! suas gotas ge*adas& 8e costas %ara e*e' u! se+ ra(i! o*hava o hori)onte' sentado na !ureta ,ue se%arava o ch o de %edra dos c1us te!%estuosos& As nuvens a*i era! todas negras e raios %assava! de u!a %ara outra co! u!a (re,u0ncia ad!ir-ve*& Os ventos era! $e! !ais (ortes e ,uase arrastava! o seu cor%o %e,ueno& 8o anjo desconhecido' curtos ca$e*os dourados ,ue !a* %assava! da nuca estava! enso%ados& >enas $rancas so*ta+ va!+se de suas seis $e*as e grandes asas a$ertas' co!o u! anjo ,ue ,ueria voar& 9o centro do terrao redondo' u! trono id0ntico ao do t1rreo ja)ia' co! as !es!as %i*astras ,ue$radas ao seu entorno& 6*on situava+se entre o trono e o anjo& Co! sua *icena&&& + 8isse 6*on' saindo da %e,uena a$ertura ,uadrada& D u!a es%ada interessante essa ,ue %ossui& + 7a*ou u!a vo) (e!inina& Co!oC

6*on o*hou %ara sua cintura' !as nada estava *- a*1! do %edao de %ano $ranco ,ue a co$ria& O anjo vo*tou+se %ara e*e' co! a es%ada entre seus grandes seios' a$raando+a e! u!a cena u! tanto ,uanto er;tica& Seus *-$ios e nari) to+ cava! o ca$o e suas %ernas *aava! sua *H!ina& Suas ! os des*i)ava! %or sua e/tens o' acariciando+a& Estava co!%*eta!ente nua' e seus o*hos de u! a!are*o+H!$ar %ro(undo co! u!a (ina e co!%rida %u%i*a (itava! 6*on& O*hos ,ue ins%irava! !edo& D o atua* !estre desta es%adaC Si!' sou&&& + 4es%ondeu se! tanta convic o& + 7oi %assada a !i! %or !eu %ai&

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D a%enas u!a criana&&& E nada deve sa$er do (ardo ,ue ta* *H!ina car+ rega&&& #e! corage! %ara e!%unh-+*a ou deverei eu ser sua donaC

1O san ue pulsava ainda mais em min!a cabe+a. O nari# parara de san rar, mas o lquido que preenc!ia min!as veias alo"ava-se a ora em meus m%sculos, que contraam freneticamente. Meus dentes ran iam e eu podia sentir um fo o interno ao ol!ar para o fundo daqueles ol!os de felino. Uma vontade de lutar suria em meu cora+)o, que acelerava seus batimentos. Meus pun!os cerravam com tanta for+a que min!as un!as perfuraram a pele. 3eu rosto belo se moldara em um sorriso terno, mas que demonstrava pena de certa forma, e aquilo me enfurecia ainda mais. Eu n)o sabia que esp&cie de sentimento era aquele que crescia dentro de mim, mas de certa forma, era incontrolvel.? 6ue %ose !ais a!eaadora' jove! anjo& + 8isse a sera(i!& + O ,ue (oiC >or a*gu! acaso deseja tua es%adaC Si!' desejo& 8evo*va+!e" Venha e tire+a de !i!' se (or corajoso o su(iciente&

A anja *evantou+se e !ostrou seu $e*3ssi!o cor%o nu' u! tanto ,uanto !uscu+ *oso& Aos %oucos' u!a ar!adura at1 ent o invis3ve* (oi to!ando (or!a ne*e& .!a ar!adura de vidro *3!%ido& E!%unhou a Sanctus co! sua ! o es,uerda& A direi+ ta %egou u!a !aa de ca$o curto ,ue estava ao seu *ado' co! u!a $o*a de (er+ ro se! es%inhos e! seu to%o& At1 onde vai a sua vontade de t0+*aC At1 onde vai a sua corage! de en+ (rentar os desa(iosC Isso 1 !ais u! testeC 8escu$ra so)inho& O ;$vio ainda n o (oi esta!%ado o su(iciente diante da sua (ace in(anti*C

6*on avanou e! dire o 2 $e*a a!a)ona' !irando a ! o es,uerda e! sua es%ada& 6uase a tocou co! a %onta de seus dedos' !as e*a se es,uivara e dera u! go*%e co! a !aa e! sua $arriga des%rotegida' (a)endo+o cus%ir sangue& Acha ,ue ser- (-ci* assi! %eg-+*a de !i!C #o*o& >rove+!e seu va*or& E co!o deveria eu (a)er issoC Essa 1 u!a %ergunta ,ue ca$e a voc0 !es!o res%onder&

Sua $arriga do3a co! o i!%acto' !as sou$e ,ue e*a n o usara toda a sua (or + a& 9ova!ente' tentou u!a investida ,uerendo tocar a %onta do ca$o de sua ar!a' !as nova!ente e*a havia es,uivado& Seu instinto de %roteger+se (a*ou a*to' e co*ocou a %a*!a de sua ! o es,uerda %r;/i!a a seu rosto& A $o*a %esada de (erro veio co! !ais (ora dessa ve)' e seu !ovi!ento serviu a%enas %ara redu)ir

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u! %ouco o i!%acto& #eve sorte< se tivesse rece$ido o go*%e direta!ente' %or certo teria %erdido !uitos dentes e des!aiado& @A%enasA voou a*guns !etros %ara tr-s' %arando aos %1s da !ureta de segurana& Sua (ora n o se e,ui%ara 2 !inha& 8esista' ja!ais o$ter- a sua ar!a assi!& 9unca"

Levantou+se o(egante e co! a vis o u! %ouco destorcida& Correu e! sua dire+ o co! a (ora ,ue ,uei!ava e! seu cor%o' !as dessa ve) n o a*!ejou a es+ %ada< visou u! soco no rosto da jove! sera(i!' e ,uase conseguiu& E*a es,uivou seu cor%o co! u! suave !ovi!ento %ara o *ado no =*ti!o instante e go*%eou 6*on co! u! %esado !ovi!ento de sua !aa e! suas coste*as& 6*on gritou e' nova!ente' o gosto do sangue to!ou seu %a*adar& En,uanto ainda %arado no ar' u! outro go*%e atingiu suas costas e *evou+o ao ch o e! segundos& >rotegeu o rosto co! u! r-%ido !ovi!ento das ! os' tentando a!ortecer a ,ueda& E*a a(astou+se a %assos curtos %ara tr-s' co!o se nada tivesse (eito& Seu rosto ainda era severo& Ainda %*aneja *utar contra !i!C O ,ue ,uer con,uistar' a !inha %enaC Eu n o vou desistir& E ne! eu irei entreg-+*a en,uanto (or t o %re%otente& Eu n o sentirei %ena nenhu!a de ti' e se eu %recisar !atar+te' eu o (arei se! hesitar&

6*on *evantou+se ca!$a*eante e re%ousou sua ! o direita so$re as coste*as& 8evia ter ,ue$rado u!a ou duas' !as ainda assi! !anteve+se de %1& 8evo*va+a&&& 8evo*va+a" O ruivo anjo avanou tentando to!ar sua ar!a !ais u!a ve)' e nova!ente (ora interro!%ido co! a es,uiva saga) da sera(i!& Antes ,ue o seu go*%e de !aa o atingisse' ,ue vinha de ci!a %ara $ai/o e! u!a vertica* !irando sua ca+ $ea' 6*on recuou a*guns cent3!etros& A $o*a de (erro atingiu o ch o e %rovocou u!a rachadura& 6*on !antinha+se o(egante e res%irava co! di(icu*dade' !as seus !=scu*os ainda ,uei!ava! de e/cita o& .! !ovi!ento es%erto' deveras& >or ,ue n o !e atacaC + >erguntava 6*on& Eu n o tenho !otivo a*gu! %ara isso& Voc0 (oi o %ri!eiro a agir co! ru + de)a a,ui' eu estou a%enas !e de(endendo& Ent o ta!$1! n o h- !otivos %ara e!%unhar a !inha es%ada' sendo ,ue ne! a usou& 8evo*va" 4ea*!ente n o tenho' !as n o %retendo devo*ver ta* *H!ina sagrada a

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u! covarde& CovardeC Eu estou a,ui en(rentando u!a (orte a!a)ona' rece$endo go*+ %es e !ais go*%es en,uanto tento to!ar de vo*ta o ,ue 1 !eu %or direito' e ainda assi! !e cha!a de covardeC .! covarde ,ue (a) o %ri!eiro !ovi!ento %ortando consigo agressivida+ de& Essa n o 1 a atitude digna de u! cava*heiro' jove! to*o& 9 o se de+ !onstra verdadeira corage! (a)endo a*go ,ue ,ua*,uer i!$eci* e! sua situa o (aria& E o ,ue deveria eu (a)erC 4es%onda isso a si !es!o& A =nica res%osta ,ue %osso achar 1 $ata*har %or a,ui*o ,ue 1 !eu" Ent o sua res%osta est- errada&

4aios danava! no c1u escuro en,uanto a te!%estade au!entava sua inten+ sidade& Ao !es!o te!%o ,ue u! $ai*e e*1trico estendia+se %e*os c1us' outro $ai+ *e co!eava no to%o da torre& As investidas de 6*on era! (racassadas' !as ao !enos e*e conseguia !over+se r-%ido o su(iciente %ara evitar a*guns go*%es da destrutiva ar!a da anja desconhecida& 4odeava' %u*ava' socava' es,uivava& >er+ to da a!a)ona' n o %assava de u! iniciante se! %er3cia e! co!$ate& E*a !anti+ nha !ovi!entos curtos e n o consu!ia *argos es%aos& Es%erava seu !ovi!en+ to %ara ent o revidar' e seus go*%es era! r-%idos e certeiros& >or sorte sua ar!a era %esada' e isso dava !ais te!%o %ara ,ue o %e,ueno her;i de ca$e*os escar+ *ates a evitasse& En,uanto continuar co! esse %ensa!ento %ri!itivo so$re corage!' ja+ !ais %oder- conseguir esta es%ada nova!ente& + 7a*ou a sera(i!' ini+ ciando u! voo en,uanto 6*on !antinha+se !ais a(astado& >retende (ugirC At1 ,ue encontre a res%osta de(initiva %ara ta* teste' n o a devo*verei& 9 o ir- esca%ar de !i!" SILc9CIO' #OLO"

O grito de*a %arecia u! rugido' e isso %ara*isou+o e! seu *ugar& O vento so%ra+ va (orte e' e! !eio 2s nuvens' e*a desa%areceu e! u! $ater de asas' dei/ando %ara tr-s suas $rancas %enas& 1Eu sentia min!a pele queimar de ira. Uma louca frenesia e dese"o de batal!ar tomavam conta do meu ser. 5ancei-me na tempestade atrs dela, voando por entre as nuvens. 3entia o frio e uma certa corrente el&trica percorrer meus dedos, mas n)o me incomodava. 4rocurei por todas as dire+0es e, em meio ao plido

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cenrio, perdi-me entre as nuvens. *os poucos, ira foi tornando-se desespero, e o desespero tornou-se medo. 3em rumo, va uei de um canto a outro dos c&us. Blaro que, em meio > confus)o, n)o pude pensar em voar para o solo, para tomar uma referncia. /ireita e esquerda, ambas somavam-se em meio a fortes ventos que me fa#iam irar, perdido. *t& que o medo tornou-se arrependimento. Eu ac!o que foi naquele momento que percebi meu erro. Husquei, ent)o, a reden+)o.? Sei ,ue %ode ouvir+!e" Corage!" Esta 1 voc0' n o 1C Este 1 seu no!e' n o 1C >or (avor' res%onda ao !eu cha!ado&

E! !eio ao rugir de trov:es' e! !eio ao assoviar do vento cortante' gritou& Enchia seus %u*!:es e su%*icava ser ouvido nova!ente' u!a nova chance& Ouvi seu cha!ado& + Veio u!a vo) de suas costas& + O ,ue ,uer agoraC >*aneja atacar+!e !ais u!a ve)C

Surgindo do !eio de *ugar nenhu!' *- estava e*a& A virtude de ar!adura de vi+ dro& Ainda carregava a Sanctus e! u!a de suas ! os& >erdoe+!e& + >ediu 6*on' co! os o*hos e! *-gri!as& E %or ,ue eu deveria (a)0+*oC >ois (ui u! to*o& Agora entendo a *i o ,ue ,ueria %assar a !i!& Ent o diga+!e< 6ua* era a *i oC

Se! d=vida' e*a ainda !antinha a,ue*e o*har& .! o*har de %ri!a)ia' de e/ce+ *0ncia& 9o (ina*' e*a havia vencido o e!$ate& A *i o 1 ,ue&&& A verdadeira corage!' co!o voc0 !es!a disse' n o este! ,uerer se!%re $ata*har %ara conseguir a,ui*o ,ue 1 %reciso& Cora+ ge! n o %recisa ser u! sinIni!o de estu%ide)& Corage! de verdade 1 n o ter !edo de (a)er o !ais sensato' e agora eu vejo& >ara$1ns& Le!$re+se agora desta *i o %ara o resto da sua vida< n o deve ter !edo de (a)er o certo' n o deve ter !edo de (a)er o ,ue 1 %re + ciso e' %rinci%a*!ente' n o deve ter !edo do desconhecido&

6*on so*uava e! seu choro de ang=stia& Corage! %assou a ter u! o*har !ais de*icado so$re o %e,ueno e jove! anjo& A(ina*' a $ondade estava !es!o no co+ ra o dos seres !ais %uros a*1! da severidade& 8eseja agora (a)er o certo' 6*onC + >erguntou' a(agando seus ca$e*os& S+Si!&&& Ent o (aa' agora& 9unca 1 tarde %ara a reden o&

Estava! e! %*eno ar' !as n o i!%ortava& A te!%estade co!eava a se dissi+

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%ar' e as nuvens a$ria! %ara a %assage! de !ornos raios de so*& A*i !es!o' 6*on do$rou suas %ernas' co!o se estivesse de joe*hos& O*hou %ara os %ro(un+ dos o*hos de Corage! e %ediu< >or (avor' devo*va a !inha es%ada& 1Um esto simples, mas que min!a estupide# n)o fora capa# de pensar desde o primeiro momento. .alve# aquela estran!a a ressividade que tomou conta de meu ser desde o come+o tivesse al o relacionado. /e qualquer forma, percebi a mensa em que ela passava, n)o apenas em rela+)o a ser cora"oso, mas tamb&m al o que boa parte dos an"os " n)o pre ava mais naquela &poca de uerra: cortesia. ()o importa se & ami o ou inimi o, n)o importa se !aver retribui+)o. * primeira op+)o & sempre o dilo o. E foi ali que aprendi definitivamente aquilo.? Corage! de%ositou vagarosa!ente o ca$o da Sanctus e! sua %e,uena ! o& E*e a%ertou+o' !as a es%ada su!iu co!o %; ao vento& Aos %oucos' o cen-rio ta!$1! co!eou a desa%arecer' co!o se estivesse tornando+se areia& Es%ere' Corage!" O ,ue est- havendoC + 6*on %erguntou con(uso& Seus testes ainda n o aca$ara!' 6*on& Eas (ico (e*i) ,ue tenha %assado %e*o !eu& A%esar de ser $e! jove!' agora %osso ver seu va*or e o !oti+ vo de ter chegado t o *onge& 9 o desista& Voc0 orgu*ha a nossa raa&

E co! a,ue*as %a*avras ecoando e! sua !ente' 6*on caiu e! u! %ro(undo e escuro a$is!o ,ue %arecia n o ter (i!& 9 o tinha (oras %ara voar' estava cansa+ do&&& 8ei/ou+se *evar %e*a (ora do seu %r;%rio %eso' ,ue e!%urrava %ara $ai/o& G Acordou deitado e! a*go !acio& Vis*u!$rava o c1u a)u*' se! nuvens e se! so*& Sentia+se aconchegado& .!a (ace (e!inina o*hava %ara e*e %or tr-s de uns ;cu*os ,uadrados& #inha *ongos ca$e*os negros %resos %or u!a (ita *ogo no to%o do crHnio& .!a (ranja ,ue ta%ava sua testa %endia aci!a de*e& Seus o*hos ne+ gros via!+no co! u! o*har !aterno' u! tanto ,uanto !eigo& >erce$eu ent o ,ue dor!ia e! seu co*o& .! %ouco envergonhado' de!orou a *evantar+se do seu a*ento& O*hou %ara e*a& Estava a%oiada e! seus joe*hos& .sava o !es!o vestido $ranco ,ue vira no cor%o de todas e*as da %ri!eira ve)& 9a,ue*e sonho' e*a n o %ortava asas& Eas carregava ao seu *ado direito u! gri!;rio ,ue a%aren+ tava ser $e! antigo e de %-ginas a!are*adas& >resa 2 (ita ,ue circundava sua cintura' u! %e,ueno es%e*ho co! ca$o de !adeira& O*-' 6*on& + Sua vo) era (ina e adocicada& Era a !ais (e!inina de todas as virtudes& 7a*ava vagarosa!ente' n o se i!%ortava co! o te!%o& O*-&&& 8eve estar %erguntando ,ua* das virtudes eu sou' certoC + Escondeu u! t3!ido sorriso& + Eu sou a >rud0ncia& D u! %ra)er conhec0+*o&

24!

9 o' o %ra)er 1 todo !eu& >or ,ue voc0' u!a grande virtude' sentiria %ra)er e! conhecer u! anjo t o co!u! ,uanto euC Co!u!C Eu n o diria isso&

Aos %oucos e*a *evantou+se e retirou %e,uenos %edaos de ca%i! da saia de seu vestido& Ca!inhou e! sua dire o' o*hando antes %ara os *ados& 9ada a*1! de u!a gra!a $ai/a havia e! u!a vasta %*an3cie& Cada %asso ,ue dava era *en+ to' e %arecia estar constante!ente dese,ui*i$rada' %ois %ri!eiro tentava (ir!ar seu %1 ao ch o& 6uando chegou %r;/i!a a e*e' segurou suas ! os e as trou/e %ara %erto de sua (ace' (a)endo co! ,ue cada u!a tocasse u! *ado de seu ros+ to& #inha a %e*e !orna e sedosa& 6*on' sa$e o ,ue a %rud0ncia re%resentaC 9 o' descu*%e a ignorHncia& E*a 1 cha!ada de a %rogenitora de todas as virtudes' e n o se! !otivos& #odos os atri$utos %or e*a %assada s o vis*u!$rados e! outras virtudes& Ent o&&& Voc0 1 a ! e de(initiva de todas as virtudesC E/ato& #odas as outras (ora! criadas a %artir de n;s' ,uatro virtudes car+ deais' !as %ara ,ue as outras tr0s (osse! criadas' (oi necess-ria a !i+ nha orienta o& Sou a %ri!eira virtude criada direta!ente&

1;nda ar a ori em das virtudes e como elas somavam para criar novas era muito complexo para a min!a "ovem cabe+a entender. ()o era aquele mist&rio que importava no momento.? Ent o' o seu teste %rovave*!ente ser- o !ais di(3ci*' certoC #esteC + 9ova!ente' escondeu o sorriso co! as costas de sua ! o& + 6*on' eu n o %reciso test-+*o& Ao !enos n o de u!a (or!a di(3ci*' ,ue en+ vo*va *ongas re(*e/:es (i*os;(icas& 9 oC E&&& >or ,ue n oC Oras&&& Se est- a,ui 1 u!a %rova ,ue assi!i*a todas as ,ua*idades ,ue re%resento' ,ue j- 1 %rudente o su(iciente& 9 o siga o !eu e/e!%*o' %ois !inha %rud0ncia 1 de!asiada' co!o %ode %erce$er& E %or ,ue tanta %rud0nciaC 6*on' eu sou a re%resentante de !inha virtude& A %ersoni(ica o de*a& Ent o 1 ;$vio ,ue assi! co!o cada virtude ,ue conheceu at1 agora' re+ %resentarei e*a da !e*hor (or!a %oss3ve*& E ta!$1! %or conta de u! trau!a' !as isso n o ve! ao caso&&&

E*a so*tou suas ! os e %egou o es%e*ho ,ue %ortava& O*hou seu rosto no es+

24"

%e*ho de todos os Hngu*os %oss3veis& Ao t1r!ino do ritua* ,ue durou !ais de u! !inuto e! u! %ro(undo si*0ncio' e*a vo*tou a guardar seu o$jeto do *ugar de onde retirara& Agachou+se vagarosa!ente' %egou seu gri!;rio e %Is+se de %1& Estou con(uso' >rud0ncia& + A ca$ea de 6*on girava e! d=vidas& Oh' coitadinho& E o ,ue causa ta!anha con(us oC Venha' 7a*ou' to+ !ando nova!ente suas ! os& + conte+!e en,uanto ca!inha!os %e*o in+ (inito desta %aisage! ,ue seu sonho trou/e&

E*es %assara! a ca!inhar de ! os dadas& >rud0ncia ditava o seu rit!o e 6*on a aco!%anhava co! %assos de u!a vagarosidade tre!enda& >ri!eiro' disse ,ue n o %recisa testar+!e de u!a !aneira di(3ci*& Eu n o entendo&&& >or ,ue n oC 6*on' dei/e+!e e/%*icar a*go&&& 9;s' as virtudes %ersoni(icadas' %recisa+ !os re%resentar o !ais (ie*!ente %oss3ve* o nosso no!e' e %or isso e/a+ gera!os& 6*on' n o 1 necess-rio ,ue voc0 tenha todos os nossos atri$u+ tos' !as ,ue entenda e %rati,ue $e! todos e*es& Se ,uer u! e/e!%*o&&& 9 o acha ,ue a %rud0ncia e! e/agero vira (a*ta de corage!C 9 o acha ,ue a justia e! si 1 re*ativa e ,ue nunca %oder- ser justo o su(iciente co! todos %ara atender seus desejosC E corage!C Ser- ,ue nunca te+ !er a nada n o o (aria %erder hu!i*dade' ou !es!o %rud0nciaC

As %a*avras de*a estava! certas' e 6*on teve u! %e,ueno te!%o %erdido e! seus %ensa!entos a$sorvendo a,ue*a in(or!a o& 9 o esta!os a,ui $uscando a sua i!-cu*a e! todos os atri$utos' !as ,uere!os sentir a %resena de todos e*es dentro de seu cora o e de sua !ente& 6uere!os ,ue nossa *i o seja co!%reendida e ,ue haja u! e,ui*3$rio entre as suas a:es' tendendo se!%re ao $e!& Acho ,ue entendo&&& Eas 1 c*aro ,ue entende& + 8isse >rud0ncia' sorrindo& + D u! anjo !uito es%erto& E %rova disso 1 sua %resena a,ui& Voc0 1 %recoce de!ais& 6*on' isso trar- %ro$*e!as ao seu (uturo&&& Eais a*gu!a d=vidaC Eais duas& 6uais s o as ,ua*idades ,ue disse ,ue de!onstroC 6*on&&& A %rud0ncia' co!o virtude' eng*o$a a*guns %rinc3%ios e ,ua*ida+ des< .!a $oa !e!;ria %ara sa$er dos %erigos ,ue j- en(rentou e co!o evit-+*os' a doci*idade de u!a !ente a$erta 2 novas e/%eri0ncias e o *i+ vrar do !edo cont3nuo' re(*e/os %ara to!ar u!a esco*ha ra%ida!ente' ra) o %ara (a)er as esco*has certas' %revid0ncia %ara %oder %rever o ,ue est- %or vir' circuns%ec o %ara ver a situa o de todos os Hngu*os %os+ s3veis e cuidado %ara evitar o %erigo&

24#

>osso ver agora co!o as outras deriva! de*a&&& Ent o' acho ,ue ta!$1! %ode ver o seu e/agero& 6*on' h- a*go ,ue %re+ cisa sa$er ,uanto a ser %rudente< n o i!%orta o ,uanto seja ca%a) de %revir e evitar os %erigos e os atos errIneos& .!a hora ser- atingido %or e*es& #anto 1 ,ue a ideia de %er(ei o ca$e a%enas aos deuses& 9;s' an+ jos' !es!o os ,ue vive! a,ui' n o so!os e nunca sere!os %er(eitos& #e!os u!a !ente t o !orta* ,uanto a de u! hu!ano& >or !ais ,ue a*+ guns de n;s se a%ro/i!e! da %er(ei o' a sua tota*idade 1 i!%oss3ve*' entendeC Si!& Acho ,ue si!& Touve a%enas u! anjo ,ue a%ro/i!ou+se da %er(ei o a$so*uta' !as essa 1 u!a *onga hist;ria e acho ,ue a desco$rir- u!a hora ou outra co! o *ivro ,ue carrega e! sua $o*sa&

A,ue*e *ivro&&& #oda ve) ,ue o !encionava!' sentia+se na urg0ncia de *0+*o& Era co!o se e*e (osse u! e/tre!o ignorante< en,uanto outros anjos (a*ava! de in=!eras *endas ,ue cercava! suas vidas' e*e nada entendia& A*i-s' ser- ,ue a,ui*o era (a*ado %e*os anjos ,ue vivia! e! Sea*C >e*o %ouco ,ue vivera' n o sa$ia& Eas ta* sede de conheci!ento n o saciaria agora&&& T- !ais u!a d=vida' >rud0ncia& E ,ua* seria' jove! a!igoC Co!o surgiu seu trau!aC

>rud0ncia %assou a ter u!a e/%ress o s1ria to!ando conta de seu rosto& >a+ rou de andar e a%ertou a ! o de 6*on' co!o se revivesse a,ui*o e! u! curto so+ nho& 6*on jurou %oder ver *-gri!as $rotare! de seus $e*os o*hos' antes cinti*an+ tes de contenta!ento& >erce$eu ,ue tocou e! u! assunto ,ue n o deveria& 8escu*%e+!e& 9 o te! %ro$*e!a' 1 u!a d=vida %ertinente' eu concordo& Eas ao !es+ !o te!%o' n o %osso reve*ar este !eu segredo&

9a *inha do hori)onte' u! enor!e %enhasco surgira& 9uvens e !ais nuvens %odia! ser vistas' !as n o o ,ue estava e! $ai/o de*as& Ent o e*e %erce$eu ,ue sonhara co! u!a das %*an3cies de Sea* o te!%o todo& Se!%re ,uis v0+*as e! u! ver o se! guerras' !as tais desejos nunca se concreti)ava!& Ent o ta!+ $1! %erce$eu o a(eto !aterno ,ue a,ue*a estranha virtude tivera %or e*e& Era co!o se (osse sua ! e& Seu teste aca$ou& + 8isse >rud0ncia co! u! sorriso !eigo& + O i!%or+ tante 1 ,ue tenha a%rendido a *i o ,ue ,uis %assar& Agora v-' %u*e& Sei ,ue' ao ver o in(inito do c1u' esse desejo 1 inevit-ve*&&&

24.

Cap. 2' 5 7 arto *este

ontade tinha de (icar a*i& 8e todos os testes e *ugares ,ue tinha estado desde ,ue dei/ara Sea*' a,ue*e era o !ais aco*hedor e terno& A%ro/i+ !ou+se da $eira do %enhasco e o*hou %ara $ai/o& A%enas nuvens $ran+ cas %odia! ser vistas& Eas era! !uitas e o ,ue estava a*1! de*as n o %odia ser visua*i)ado& Vo*tou a o*har %ara tr-s' %or ci!a de seu o!$ro direito& >rud0ncia o*hava %ara e*e da !es!a (or!a' a%enas secara as *-gri!as ,ue escorria! %or sua (ace& A,ue*e o*har carregado de a%reo' carinho& Boa sorte' 6*on& E tenha cuidado& + 7ora! suas %a*avras& As =*ti!as ,ue e*e ouvira vinda de sua %arte& Era co!o se a,ue*as nuvens o cha!asse! %ara ,ue (osse! visitadas %or seu %e,ueno cor%o& 8ei/ou+se cair& O vento so%rava contra e*e en,uanto des%encava& >odia sentir o ar cortar sua %e*e& 6uase n o %odia a$rir os o*hos ta!anha a ve*ocidade de sua ,ueda& >odia voar' !as n o ,ueria& Estava gostando de ser condu)ido %e*os $raos ge*ados do ven+ to' ,ue (a)ia seus ca$e*os esvoaare! %ara tr-s& E' assi! co!o das outras ve+ )es' seus %ensa!entos vagueara! e (ora! su!indo aos %oucos' e! u!a torren+ te de u! %ra)er ini!agin-ve*& G Be!+vindo' 6*on' ao seu =*ti!o e derradeiro teste& Sua ca$ea %esava& Sentia o (rio de u! ch o de %edras' =!ido& Estava deita+ do ,uase ,ue e! %osi o (eta*& Seu outro sonho aca$ara& Estava agora e! u! *ugar escuro' (rio& A%enas *u) de tochas %resas 2s %aredes escu*%idas e! %edra i*u!inava! o estreito corredor& Levante+se' garoto& >egue u!a das tochas %ara i*u!inar seu ca!inho& E ande' seu te!%o 1 curto' n o vai ,uerer jog-+*o (ora descansando&

6*on *evantou+se devagar& Sua !ente girava' tudo a*i era vago& >egou o archo+ te da sua es,uerda e o*hou ao seu redor& A *u) ,ue e!anava de*e i*u!inava a%e+ nas tr0s !etros ao seu redor do curto corredor ,ue se estendia e! duas dire+ :es& O resto era engo*ido %or trevas' co!o se a *u) n o u*tra%assasse !ais a,ue*e %onto no escuro&

25/

Onde estouC 6ua* ser- !eu teste agoraC

6*on acostu!ou+se 2,ui*o& Aos enig!as' aos desa(ios& 8e u!a certa (or!a' gostava& Signi(icava ,ue' aos %oucos' avanava& Seus *i!ites n o !ais o segura+ va!& >odia n o ser o @-sA da es%ada' ne! conhecer !uitas t1cnicas de co!$ate a*1! de vagas ideias ,ue retirara de *ivros' !as estava (icando (orte& Eenta*!en+ te' %or conta dos desa(ios ,ue conseguira deci(rar e de tudo ,ue a%rendera' e (i+ sica!ente' %or resistir a torturas ini!agin-veis e su%ortar o enor!e %eso da gra+ vidade do reino dos c1us& Seu teste A vo) (a*ava c*ara!ente e! u! to! ,ue *e!$rava o danar de (o*has nu!a -rvore e! u!a ventania& + ser- sair de onde se encontra& E onde !e encontroC 8esco$rir- no (ina* de seu teste' caso consiga %assar& Eas' a%enas %ara situ-+*o' 1 u! *a$irinto&

#inha ouvido (a*ar de *a$irintos a%enas e! *endas ,ue *era& 8i)ia! ,ue era o !aior dos enig!as ,ue e/istia %ara a !ente hu!ana' %ois era %reciso u! grande contro*e !enta* %ara de*e sair& Os seus t=neis in(initos e sinuosos' seus !i*hares e !i*hares de ca!inhos se! sa3da&&& >ara a !ente de ,ua*,uer !orta*' era de+ ses%erador& >oder nunca !ais sair da*i' %erder+se %ara se!%re& E co!o deci(rar ,ua* ca!inho j- (oi %ercorridoC Co!o sa$er ,ua* era o certo' se estava indo %e*o *ugar corretoC 9 o h- dicasC Enig!asC 6ua*,uer coisa ,ue !e *eve %ara (oraC Se eu desse u!a dica' (icaria (-ci* de!ais& 8escu$ra %or si s;' a(ina* de contas' 1 u! teste& 9 o ache ,ue (aci*itarei %ara voc0 s; %or,ue ainda 1 u!a criana' 6*on& >ode ao !enos !e di)er seu no!eC + Se cada virtude carregava o no!e da ,ua*idade ,ue ,ueria! $uscar e! seu cora o' ent o sa$er ,ue! o desa(iava %oderia dei/ar tudo !ais (-ci*& 9 o vejo !otivos %ara escond0+*o&&& Eu sou a dndo*e& E a %artir de agora' (icarei ca*ada' a%enas o$servando& Boa sorte&

dndo*e&&& dndo*e&&& B- havia ouvido ta* %a*avra e! a*gu! *ugar& B- tinha *ido so+ $re e*a e! a*gu! canto ,ua*,uer de u! *ivro' !es!o ,ue (osse e! u!a nota de roda%1&&& Eas n o conseguia recordar ao certo o ,ue signi(icava& Eas n o i!%or+ tava tanto& 6ua* dire o seguir agoraC >ara (rente ou %ara tr-sC Co! a tocha e! ! os' o*hou %ara os ca!inhos ,ue o aguardava!& A!$os i!%recisos' invis3veis& #irou na sorte& 7echou os o*hos e rodou e! seu ei/o at1 (icar tonto& Encostou+se na %arede e a$riu os o*hos& 6ua*,uer ,ue (osse a,ue*a dire o' era e*a ,ue 6*on iria seguir& A%oiando+se no !uro' ainda )on)o' %rosseguiu %e*o t=ne* escuro' co! a tocha e! ! os&

251

G O archote' aos %oucos' reve*ava u! ca!inho sinuoso e cheio de outros corre+ dores !ais estreitos& Ainda havia o corredor %rinci%a*' !as e*e chegava ao (i! e! u!a tri(urca o& >ensou e! usar o !es!o !1todo ,ue da =*ti!a ve) %ara esco*her %or onde seguiria da*i %ara (rente& Eas %arou e re(*etiu&&& 8evia haver u! !eio& O ar era g1*ido e e*e e/%irava (u!aa %e*as suas narinas& Eas n o sentia (rio< a%enas u!a s=$ita so*id o& 9a tri(urca o' seguiu %e*o ca!inho do !eio& Ao !enos assi! sa$ia ,ue seria !ais di(3ci* %erder+se& G O ca!inho %arou no (ina* de u! e/tenso' ,uase in(ind-ve* corredor& 7a)ia !ui+ to te!%o ,ue n o via ,ua*,uer outro ca!inho a*ternativo' ta*ve) desde a sua en+ trada& Estava %arado a*i' e! !eio 2s trevas eternas' e! (rente a u!a %arede ,ue %arecia ser t o antiga ,uanto a de u! te!%*o %ri!itivo& A neve to!ava conta do cen-rio' !as a%esar da $ai/a te!%eratura' o cor%o de 6*on nada %odia sentir& >arecia estar entrando e! transe& Estava tonto& A%oiou+se na %arede e tentou (e+ char os o*hos %ara conter a,ue*a sensa o desgostosa& 6uando a$riu nova!en+ te' a %arede %arecia engo*i+*o& G Eeu (i*ho&&& Eeu (i*ho&&& #era chorava& 6*on %odia ver& Era o rosto de sua ! e chorando so$re e*e& Sen + tia+se i!%otente& ?ostaria de ajud-+*a' !as n o tinha (oras& Seu cor%o n o !ais res%ondia& #udo ,ue (a)ia era $a*$uciar ,ua*,uer coisa inaud3ve* e !over+se de u!a (or!a se! sentido& Ser o te!%os di(3ceis& Seu %ai&&& E*e dei/ou a n;s& D %or u!a causa !aior' eu sei' !as e*e !a* aca$ou de sair e j- sinto tanto sua (a*ta"

?otas ca3a! so$ seu %eito nu& Estendeu a ! o %ara ci!a' tentando tocar o rosto de sua ! e& E*a notou o !ovi!ento' e co*ocou a ! o %erto de 6*on& E*e agarrou u! de seus dedos e a%ertou& Sua ! o&&& Era t o %e,uena&&& Eas %odia sentir o senti!ento de sua ! e %e*o ca*or da,ue*e si!%*es dedo ,ue a%ertava co! o %ouco de (oras ,ue tinha& A,ue*e to,ue&&& Ba!ais %oderia es,uecer de*e& #a*ve) tenha sido na,ue*e dia' na,ue*e instante' ,ue tenha %ro!etido to!ar con+ ta de sua ! e co!o o guerreiro ,ue o deu orige!& 6ueria %roteger a,ue*a %es+ soa ,ue' de$ruada so$re seu $ero' sorria e! !eio a *-gri!as %ara d-+*o u! %ouco de a(eto& Estava (rio& G Acordou& Estava na !es!a %osi o ,ue antes %arara' rec*inado 2 %arede& Ain+ da estava *-' a,ue*e (ina* de t=ne* cIncavo' co!o ,ue escavado %or ! os& A neve ainda co$ria o ch o e o ar ,ue e/a*ava ainda saia e! (or!a de n1voa& Eas a sensa o estranha havia su!ido& A sa3da ainda n o estava a*i& 8eu as costas

252

%ara o (ina* do t=ne* e' co! o archote i*u!inando seus %assos vagarosos' %rosse + guiu de onde viera' o*hando de re*ance %ara onde aca$ara de vir& G Vo*tou %ara o corredor %rinci%a*& Ainda havia! a*i duas $i(urca:es e v-rios ou+ tros corredores& Eas sa$ia ,ue a,ue*es tr0s %rinci%ais corredores escondia! a*go& 9 o era a%enas !era coincid0ncia& Es,uerda ou direitaC Assi! co!o u! *i+ vro ,ue gostava de *er' esco*heu co!ear %e*a es,uerda& As %-ginas (*ue! da es,uerda %ara a direita' as *etras (*ue! da es,uerda %ara a direita&&& Ent o ta*ve) a,ui*o ,ue devesse desco$rir seguia !es!a orde! a %artir de agora& 9e! e*e !es!o entendeu !uito $e! sua *;gica' !as' de ,ua*,uer (or!a' (oi %or a,ue*e corredor da es,uerda ,ue seguiu& G Era %ouco !ais a,uecido& >odia sentir u! odor de (*ores&&& Eas de onde vi+ nha!C Ao inv1s de neve' u!a gra!a $rotava entre as (a*has das %edras agru%a+ das ao *ongo do ca!inho& E' a%;s andar %or a*gu! te!%o' viu o (ina* do corredor& O !es!o senti!ento de u! tor%or indeci(r-ve* to!ou conta de seu c1re$ro e' antes ,ue %udesse vir' a %arede j- o havia engo*ido nova!ente& G E e' ! e" O*ha' o*ha ,uantas (*ores" O jardi! sus%enso do caste*o dos Eros& 6uanta nosta*gia" 9 o ocorrera a tanto te!%o& Era a !anh do seu anivers-rio de tr0s anos& Ees!o ,ue no in3cio de ou+ tono' a %ri!avera ainda dei/ara suas $e*as e cheirosas (*ores& .sava u!a $e*a t=nica a)u* de ceti!' e sa%ati*has %retas estava! $e! %resas aos seus %1s& 9o to%o de sua ca$ea' u! %e,ueno gorro co$ria e %rendia seus ca$e*os sedosos& Ainda n o era! t o *ongos ,uanto viria! a ser' !as j- chegava! a tocar seus o!$ros& Corria de u! *ado %ara o outro e seus o*hos vis*u!$rava! os canteiros de (*ores' co! variedades de todos os cantos do !undo' onde a$e*has retirava! o seu %;*en e $or$o*etas voava!' viva)es' %or entre as %1ta*as& Sua ! e estava sentada co! suas av;s e! cadeiras $rancas de recostos adornados' ao redor de u!a !esa en,uanto $e$ericava! ch-& E*as ria! a*egre+ !ente' e ,uando sua vo) tocou os ouvidos de #era' e*a sorriu e acenou a*egre + !ente %ara e*e& E*e n o deu !uita aten o na hora' estava !ais %reocu%ado e! correr a*egre!ente %e*o ca!inho de %ara*e*e%3%edos cin)entos e tocos de !adei+ ra ,ue de*i!itava! a -rea de %*antio& Eas' na,ue*e dia' *e!$rava+se e*e' a*go aconteceu& 9 o %odia *e!$rar do ,ue' !as estava %restes a desco$rir& #entou arrancar u!a (*or' !as seu cau*e tinha es%inhos e' se! ,uerer' aca$ou (urando seu dedo& 9 o do3a' !as o sangue de u! ver!e*ho viva) ,ue escorria %or seu dedo !1dio !ostrava o *oca* da %er(ura+ o& Seus o*hos *acri!ejara!' !as n o ,ueria chorar %or u!a $esteira ,ua*,uer&

253

Era a%enas u! (uro' ,ue !a* (ariaC >ara a*gu1! ,ue ,ueria tornar+se u! guer+ reiro (orte co!o seu %ai ,ue nunca conhecera e dei/ara sua ! e' a,ui*o era re*e+ vante& #a*ve)&&& Si!' na,ue*a 1%oca e*e ainda o odiava %e*o ,ue havia (eito& Sua ! e havia dito ,ue (a)ia %arte de sua %ro(iss o' !as e*e %oderia ter recusado& >or ,ue n o o (i)eraC Se e*e sou$esse ,uantas noites #era' so)inha e! seu ,uarto' chorou %or e*e at1 des!aiar de sono& Isso ,uando dor!ia' %ois a*guns dias e*a ia acord-+*o e! sua ca!a co! os o*hos ver!e*hos e o*heiras %ro(undas' !as ainda co! u! sorriso na cara& .! sorriso ,ue escondia u!a %ro(unda triste+ )a' na verdade& Ees!o ,ue n o ,uisesse chorar' tinha de (a)er a*go %ara estancar o sangra+ !ento& 8ecidiu ir at1 sua ! e' %erguntar %or u!a $andage! ,ua*,uer& 7oi ,uan+ do virou+se %ara e*a ,ue viu u! so*dado ajoe*hado so$re a %erna es,uerda aos seus %1s& E! sua ! o direita carregava u!a carta de enve*o%e $ranco& Assi! ,ue #era %egou+o' u!a de suas e!%regadas condu)iu+o at1 a sa3da& 6*on a%ro+ /i!ou+se devagar' se! ,ue notasse! sua insigni(icante %resena& Chegou a (i+ car ao *ado de #era' %erto do vestido a!are*o' cor+de+cre!e' ,ue usava e das sand-*ias co! tira de $a!$u ,ue (itava! seus %e,uenos %1s& .sava a*gu!as jo+ ias discretas' co!o duas %u*seiras douradas' u!a e! cada $rao' e u! %e,ueno cord o de ru$is& As ! os de*a tre!ia! ao segurar o e!$ru*ho %e,ueno& Tavia u! se*o (eito co! cera' !as n o %odia ver direito o $ras o& Juna estava ao seu *ado e %edia %ara aca*!ar+se& 7oi e*a ,ue notara a %resena de seu neto a*i e a*ertara a sua nora& #era o*hou %ara os o*hos re%*etos de d=vidas de 6*on' co! o dedo ensan + guentado na $oca e a (*or e! outra& E*a co*ocou o enve*o%e e! sua %e,uena $o*+ sa e (echou+a& Secou as *-gri!as ,ue $rotava! dos o*hos e a$raou+o' e! u!a tentativa de aca*!ar seu cora o dis%arado' ,ue seu (i*ho co! certe)a sentia& Eas n o conseguia esconder sua a(*i o& O ,ue (oi' !a! eC Aconteceu a*gu!a coisaC 9 o !eu (i*ho' (oi nada&&& + 8i)ia co! a vo) variante& Eentirosa" Eu sei ,ue 1 !entira" O ,ue houve' !a! eC Co!o eu %osso ajudarC + In,uietou+se 6*on& >ode ajudar a%roveitando seu anivers-rio' !eu $e!& Toje 1 o seu dia' e eu n o irei %reocu%-+*o co! assuntos triviais&&& O ,ue houve co! sua ! oC + 8isse %egando a ! o de 6*on e o*hando o (uro e! seu dedo& 7urei e*e nu! es%inho& Est- doendo' !eu %r3nci%eC + 7a*ou a %rotetora #era' co! a vo) %reocu+ %ada& 9 o' ! e& Estou $e!& S; ,uero $andagens %ara (a)er u! curativo&

254

Juna o*hava %ara e*e e sorria& 8isse' %egando+o no co*o< G A %arede o cus%ira %ara o *ugar de onde viera' o *a$irinto& Ee!;rias ,ue %are + cia! t o antigas' !es!o %ara sua idade' re%ri!idas e! sua !ente& >or ,ue es+ tava! vo*tando 2 tona a%enas agoraC 9 o sa$ia' !as se a,ui*o era u!a hist;ria' tinha de sa$er o (ina*& Vo*tou %e*o t=ne* correndo co! o archote e! ! os& O (ogo tre!ia aci!a de sua ca$ea' ainda i*u!inando u! corredor ,ue' tinha certe)a' nunca !ais vo*taria a ver& G B- corria %e*o =*ti!o corredor' o direito& 9 o havia (rio ou ca*or' n o havia odo + res& A%enas u! *ongo' *ongo corredor' co! curvas tao $ruscas ,ue %arecia! es+ tar di)endo< ^9 o venha" Esta!os escondendo u! segredo"^& A%esar do *ongo ca+ !inho' n o desistiu& A *e!$rana do %ri!eiro corredor co! certe)a n o %odia ser *e!$rada natura*!ente& 9 o se *e!$rava de a$so*uta!ente nada de antes dos seus dois anos& Eas es,uecer a,ui*o ,ue ocorreu e! seu anivers-rio&&& Logo na+ ,ue*a data&&& 9 o %oderia ter es,uecido& #a*ve) a*gu! trau!a a tenha se*ado *-' assi! co!o a,ue*e %edao de sua curta vida ,ue $uscava indo %e*o =*ti!o corre+ dor da tri(urca o de hist;rias& >or (i!' a%;s ,uase dar de cara diversas ve)es nas %aredes co! curvas de !ais de noventa graus' chegou ao (ina* do corredor& Es%erou sentir a,ue*a sensa o de tontura nova!ente' !as ao inv1s disso' nada aconteceu& E*e ,ueria sa$er o (ina*& 6ueria sa$er co!o aca$ava a,ue*a hist;ria' se 1 ,ue havia a*gu!a *iga o entre e*as& 9o deses%ero' urrou co!o u! urso& O grito ecoou nas %aredes da caverna' e o eco %rodu)ido (ora co!o o so! de u! trov o rasgando os c1us& Seus ouvidos doera!& #a%ou+os co! as ! os e (oi ao ch o' (echando os o*hos& G #inha u! te!%ora* *- (ora& >odia ver os raios ,ue cru)ava! o c1u negro %e*a jane*a da sa*a' en,uanto andava %e*a %enu!$ra da !adrugada se! u!a ve*a& Sa$ia o ,ue $uscava e onde $uscava& Estava no ar!-rio' e! u!a cai/a de !a+ deira ,ue sua ! e achava ,ue escondia e! seu to%o& Era %e,ueno de!ais %ara a*canar' !as sua curiosidade era !aior ,ue a,ue*es dois !etros do ch o at1 seu a*vo& 7ora a*i ,ue vira sua ! e guardar as cartas& Eas ,ue cartas seria! a,ue*asC Via e*a rece$er !0s a%;s !0s desde seus tr0s anos& B- havia %assado !ais u! ano& Era o in3cio da %ri!avera' as te!%estades !arcava! $e! essa (ase do ano& B- havia rece$ido !uitas cartas' e aos %oucos seu hu!or co!eava # o inde%endente ,uanto seu %ai& .! dia ainda ser- u! grande guerrei+ ro" Vai %roteger sua ! e ta!$1!' 6*onC C*aro" Vou %roteger a !a! e %ara todo o se!%re"

#odas as !u*heres rira! e! coro& 6uanta ternura&&&

255

a !e*horar& 9 o tinha !ais sorrisos (a*sos e! sua (ace& Tavia a%enas a nature)a de sua (e*icidade' coisa ,ue e! todo seu te!%o co! e*a nunca havia conseguido d-+*a& 9 o de u!a !aneira %*ena& O ,ue continha! tais cartasC >recisava desco$rir& Aos %oucos' su$iu %e*as %ortas e gavetas at1 a*canar a %arte do ar!-rio onde estava! as taas e co%os de vidro& Aca$ou es$arrando e! u!' ,ue caiu& O so! do trov o ajudou a a$a(ar o ,ue$rar do reci%iente& Ser- ,ue sua ! e havia escutadoC 9 o i!%ortava& Caso e*a achasse o ,ue e*e estava (a)endo' %egaria a cai/a e trancaria+se e! seu ,uarto& 9 o (icaria (e*i) at1 ter ter!inado de *er tudo a,ui*o& #a*ve) tenha a%rendi+ do a *er t o cedo justa!ente %ara *er tais cartas ,ue o intrigava!& Esticou o $ra+ o& Estava ,uase a*canando&&& 6*on' desa j- da3" + A vo) de sua ! e vinha das escadas& E*a estava de ca!iso*a e segurava u!a ve*a e! u! su%orte' i*u!inando a sa*a co! sua $ai/a c*aridade&

O susto (oi ta!anho ,ue e*e caiu %ara tr-s no ta%ete' %u/ando a (*ane*a onde estava a $andeja co! as taas' (a)endo todas se ,ue$rare! no ch o& #era cor+ reu at1 e*e %ara acudi*o& E*e co!eava a *acri!ejar' co!o ,ue! (osse iniciar u! choro' !as (a)ia (ora %ara n o de!onstrar (ra,ue)a& 6*on&&& Oh' c1us&&& O ,ue (oi issoC O ,ue voc0 ,uis (a)erC Eu&&& + 7a*ou o %e,ueno anjo' so*uando& + Eu ,ueria ver&&& O ,ue tinha! na,ue*as&&& 9a,ue*as cartas& E %or ,ue n o !e %erguntouC Eu %erguntei" Eas voc0 insistia e! n o !e !ostrar& + Co! as costas de suas ! os' *i!%ava os o*hos& Oh' (i*ho&&& Ei* descu*%as&&& E*as s o cartas de seu %ai& 8e !eu %a%aiC Si!' e t0! coisas ne*as ,ue a%enas eu %osso *er& 9a %ri!eira carta ,ue rece$i' no seu anivers-rio de tr0s anos' e*e disse ,ue a%enas eu %oderia *0+*as& 9 o ,ueria ,ue !ostrasse %ara !ais ningu1!' !uito !enos a voc0& Eas %or ,ue' !a! eC Se sou$esse onde e*e est- e o ,ue anda (a)endo' %rocuraria %or e*e& Certas coisas ainda n o %ode sa$er& Ora (i*ho' %e*o seu co!%orta!ento de ,uerer ser u! her;i a todo custo' eu aca$o concordando co! essa decis o ,ue e*e to!ou&

E*e *evantou+se aos %oucos e rece$eu u! o*har severo de sua ! e&

25!

Os dois ca3ra! e! u! si*0ncio constrangedor en,uanto o $aru*ho das gotas de chuva do *ado de (ora e os trov:es ,ue dava! o ar de sua graa a*gu!as ve)es co!%unha! todo o so! do a!$iente& >ro!eta+!e u!a coisa' 6*on& + >ediu sua ! e' cortando o si*0ncio& O ,ue' !a! eC >ro!eta+!e ,ue ja!ais tentar- *er ,ua*,uer u!a das cartas ,ue est o na,ue*a cai/a& A *oca*i)a o de seu %ai 1 u! segredo ,ue a%enas eu sei' e gostaria de !anter esse segredo !es!o de voc0' co!o (oi %edido& Eas' !a! e&&& E*e 1 !eu %a%ai" Eu tenho o direito de sa$er onde e*e est-" E a*1! do !ais' a,ue*as cartas te (a)e! t o (e*i)&&& #enho u! %ou + co de ci=!es" 9unca antes eu havia dado a voc0 u! sorriso t o a*egre&&&

#era sentiu vergonha& Sentia ta!$1! u! re!orso' t o estranho ,uanto o e!+ $ru*har de seu estI!ago& Seu (i*ho estava a%enas %reocu%ado co! sua (e*icida+ de' todo esse te!%o& Se voc0 %ro!eter' !eu (i*ho' ,ue n o tocar- na,ue*a cai/a se! !inha %er!iss o' eu %ro!eto ,ue' u! dia' ,uando chegar a hora' ver- seu %ai nova!ente& E co!o voc0 %ode %ro!eter issoC Eu n o sei ne! se e*e %ode estar vivo u!a hora dessas&&& (i*ho (eito !as u!a

Engo*iu e! seco& Seu (i*ho estava certo& A*i-s' os senti!entos de seu era! t o %uros ,ue e*a %assara a considerar+se u!a %1ssi!a ! e& #ivera tudo ,ue %Ide na,ue*es =*ti!os anos ,ue cuidara de*e ,uase ,ue so)inha' tudo a,ui*o %areceu ser a%agado na,ue*as doces e inocentes (rases de criana ,ue estava !ais certa do ,ue e*a& 7i*ho&&& 8escu*%e %or ser u!a ! e rui!&&&

Voc0 n o 1 u!a ! e rui!' ! e" >e*o contr-rio' eu a!o !uito voc0' e s; ,uero ,ue (i,ue $e!" Eas ao !es!o te!%o&&& Eu ,uero sa$er do %a%ai&

O ;dio ,ue 6*on tinha de seu %ai estava' !ais do ,ue nunca' %resente na,ue*a conversa& #irara o sorriso de sua ! e antes' !as ,uando o devo*vera' n o havia i!%ortado+se se,uer co! e*eC Ser- ,ue e*e n o sa$ia ,ue todo (i*ho a$andonado %rocura %or seus %aisC Ser- !es!o ,ue 4onan 5arrior' o genera* %rod3gio e u! dos her;is de Sea* %or ter derrotado A$igor e! u!a $ata*ha 1%ica' tinha sa3do %or estar t o descontente co! sua vidaC E*e ,ueria res%ostas' res%ostas ,ue nunca tivera de sua ! e' n o o$stante o ,uanto %erguntasse& #udo o ,ue e*a di+ )ia 1 ,ue @era %recisoA' @era seu servioA& E*e %odia ter negado' %odia ter (icado co! sua (a!3*ia& E*e era a*gu1! de a*ta %atente" Era tudo !uito con(uso&&& Ea! e&&& 8escu*%e' eu %ro!eto nunca tocar na,ue*a cai/a se! ,ue voc0

25"

!e %er!ita& O$rigada' !eu (i*ho& E %osso di)er a*go&&& #0! !uitas coisas so$re sua vida ,ue n o te! res%ostas ainda' !as u! dia ter o& At1 *-' seja curioso' !as cuidado< ne! todas as res%ostas ,ue %rocura s o $oas& Entenda ,ue' se escondo a*go de ti' (i*ho a!ado' 1 ,ue n o ,uero ,ue so(ra& Be!&&& V- dor!ir agora& Eachucou+seC 9 o' !a! e&&& Estou $e!& E o$rigado& >e*o ,u0C >or n o ter dado u!a $ronca& Oh' !eu (i*ho&&& Est- tudo $e!& Voc0 1 u!a criana !uito $oa& 9 o !e+ recia todo esse so(ri!ento co! d=vidas %u*sando dentro de sua !ente' !as co! certe)a n o !erece o so(ri!ento de u!a ! e irada dando ser+ !:es& 9e! u! castigo (3sico& 8i)e! os ensina!entos do %ovo ,ue' ,uando a criana sai !uito da *inha' educ-+*a usando a (ora 1 necess-+ rio %ara ,ue n o se desvirtue& Eas voc0&&& Voc0 1 o e/e!%*o ,ue nunca %recisarei *evantar o to! de vo) ou a !inha ! o %ara educ-+*o&

6*on sorriu en,uanto sua ! e acariciava seus ca$e*os co! as unhas& Eas es+ tava cansado& 6uase dor!ia de %1& Bocejou en,uanto sua ! e o *evava %ara a ca!a' su$indo as escadas& 6uando e*a o deitou e! seu co*ch o e co$riu+o co! *en;is' disse %ara e*e' ,ue j- estava ,uase dor!indo< 6*on&&& 9 o tenha seu %ai co!o u! vi* o&&& E*e a!a tanto a voc0 ,ue se esconde de voc0 %ara ,ue n o sinta triste)a& Entenda isso&&& Voc0 deve+ ria ter co!o seu e/e!%*o' co!o seu her;i& Boa noite !eu (i*ho& 6ue o $ri*ho das estre*as e da *ua o i*u!ine!&

#a*ve) (osse a*i&&& Busta!ente a*i' ,ue 6*on tenha %assado a ad!irar o seu %ai& O grande guerreiro ,ue dava seu sangue e sua (e*icidade %ara %roteger 2,ue*es ,ue a!ava& A,ue*e era seu %rogenitor' de ,ue! %assara a sentir orgu*ho& 6ueria ser co!o e*e' ou at1 !es!o su%er-+*o u! dia& Eas a,ui*o era de!ais %ara se %ensar no !eio do sono& O ,ue havia acontecido na,ue*a noite !es!oC 9e! !es!o se *e!$rava& A cai/a su!ira no dia seguinte& E 6*on %assou a viver sua vida %ara chegar ao n3ve* de seu %ai& A*gu! dia&&& G 6*on chorava' ajoe*hado e co! as ! os nos ouvidos& Le!$rou de tudo& 8e co!o %assou a ad!irar a,ue*e ,ue era' na,ue*e instante' seu 3do*o& Le!$rou de co!o e*e o ignorara %ara %oder dei/-+*o viver sua vida' (e*i)& 9 o entendia %or ,ue n o se *e!$rava antes' !as co! certe)a n o iria !ais es,uecer& Levantou+ se e n o teve !ais d=vidas ,ue' agora' %oderia seguir e! (rente&

25#

Cap. 2( Conflito !ental

r e! dire o ao (uturo nunca %areceu t o %enoso& Eas a*go e! seu in+ terior o conso*ava& As !e!;rias ,ue vo*tara a ter %odia! ser' de certa (or!a' tristes' !as e*e sentia ,ue a,ui*o o (orta*ecia& 8urante a *onga ca!inhada %ara vo*tar ao *ugar de onde viera' a,ue*e e/tenso corredor cheio de outros ca!inhos ra!i(icados e se! sa3da' sentia sua vida %assando %or e*e& Chegou a vis*u!$rar u! corredor (eito de %edras negras' !as i!aginava do ,ue se tratava& 9 o ,ueria reviver ta* cena&&& A*i-s' o ca!inho era rea*!ente grande& >e*o (i! do ,ue !ais %areceu u!a jornada' de%arou+se co! a %arede& .!a $e*a %arede' (eita de tijo*os ainda novos e aver!e*hados' co! roda%1s de !adeira es+ cura& .! ,uadro na %arede !ostrava a =*ti!a da,ue*a ,ue (ora suas vis:es an+ tes de ser testado %e*as virtudes cardeais& A cena de*as' ao seu redor' e sua vi+ s o (icando con(usa' distorcida' aos %oucos& Co!o se visse %or u! g*o$o& >ara$1ns' 6*on& Est- ,uase no (ina* de seu =*ti!o teste& dndo*eC D voc0C Si!' sou& + 4es%ondeu a vo) ,ue vinha do a*1!& + ?ostaria de %ara$eni+ )-+*o %or estar ,uase aca$ando suas tare(as& D u!a criana !uito (orte' e' caso consiga aca$ar esta =*ti!a eta%a de seu teste' %oder- ter u! (u+ turo rea*!ente $ri*hante& Eas eu ainda n o sa3 de seu *a$irinto&&& E/ato& E esta ser- a =*ti!a e !ais desa(iadora %arte& >or ,u0C Este *a$irinto n o %ossui u!a sa3daC Si!' %ossui& Contarei onde est- agora' ,ue j- %ude ver seu %assado e desco$rir de onde viera! as ,ua*idades ,ue t0! hoje& A%enas e!%urre a %intura %ara tr-s e u! %orta* se a$rir-' sugando+o %ara dentro& Eas o o$jetivo n o era ,ue eu desco$risse a sa3daC Se j- est- contando+ !e' ent o ,uer di)er ,ue&&& 9 o con(unda seus o$jetivos& Eu disse ,ue sua !iss o era sair da,ui' desco$rir onde est- a sa3da (a) a%enas %arte do %rocesso& E' co!o eu

25.

disse' o ato de sair da,ui ,ue ser- co!%*icado& O ,ue eu devo (a)er agoraC #enha (1 e con(ie e! si !es!o' 6*on& 9 o %osso dar u!a dica !ais va+ *iosa do ,ue esta& Se conseguir %assar %or esta eta%a (ina*' ser- conside+ rado digno %e*as ,uatro virtudes cardeais& E' se conseguir este t3tu*o' sig+ ni(ica ,ue ,ua*,uer virtude dever- reconhecer o seu va*or& E caso eu (a*harC Caso isso venha a acontecer' estar- !orto dentro de sua %r;%ria !ente& 9unca !ais %oder- sair da,ui' e seu cor%o (3sico a%odrecer- do *ado de (ora& Estou co! !edo' a%esar de ter a%rendido a ser corajoso& #odos te!e! a !orte' e ta*ve) %or isso se agarre! tanto 2 vida& 7aa o !es!o' 6*on& Agora o dei/arei so)inho nova!ente& >egue sua es%ada e (aa o ,ue tiver de (a)er& Eas !inha es%ada n o est- co!igo& Voc0 est- na sua !ente' 6*on& Acredite' o seu %oder a,ui 1 i*i!itado& Ent o' se eu ,uiser' co!o e! u! sonho' e*a ir- a%arecerC 9 o a%enas isso& A,ui dentro' 6*on' voc0 1 seu %r;%rio 8eus& Be!' acho ,ue dei !ais dicas do ,ue deveria& 7aa agora o ,ue tiver de (a)er' e *e!$re+se das *i:es ,ue hoje ensina!os& Eu vou& O$rigado' dndo*e&

Co! os ecos da vo) su!indo ao (undo' 6*on e!%urrou a %arede& Assi! co!o nos outros t=neis ,ue visitara antes' a %arede veio at1 e*e e engo*iu+o' *evando o %e,ueno anjo %ara seu interior& G Est- escuro a,ui& A,ue*e %ensa!ento a%enas atravessou sua !ente' !as %odia ouvir seu eco ressoar %e*o a!$iente ,ue estava& Estava escuro de!ais %ara %oder en/ergar cerca de u! %a*!o 2 sua (rente& Seu archote se (ora' e n o sentia !ais o %eso do tecido ,ue estava e! seu cor%o& Aos %oucos' u!a *u) ro/a' ,uase ,ue es%ec+ tra*' to!ava conta do *ugar& 9uvens de (u!aa negra co$ria! a*go ,ue %arecia ser o c1u' e entre e*as a *u) %=r%ura to!ava $ri*ho& >or entre as nuvens' raios %assava! *igeira!ente de u! *ado %ara outro& Via seu cor%o nu& Via u! ch o de vidro' co! u!a escurid o (orte do outro *ado& .! escuro t o %ro(undo e va)io ,ue %arecia sugar at1 !es!o a %ouca *u) ,ue vinha do a!$iente su%erior& 8ava

2!/

n-useas o*har %ara *-' ent o %arou& O*hou %ara (rente& A*gu1! estava sentado' ta!$1! nu' de costas %ara e*e& Seu rosto estava entre os joe*hos' e u! *ongo ca+ $e*o ru$ro da !es!a cor de u! ru$i' descia at1 !etade de suas costas& 9 o ti+ nha asa a*gu!a& Cantaro*ava a*go& .!a !=sica ,ue 6*on conhecia' n o sa$ia co!o&

$Eue as estrelas do c6u 5 o brilho do mar =uiem:me pelos sonhos 5 no me dei,em voltar Eue as nuvens distantes 5 o vento a rugir 8paguem meus pensamentos 5 me faam dormir...A,ue*a can o&&& Si!' sua ! e cantava %ara e*e ,uando ainda era !enor' at1 ,ue %egasse no sono& 9 o era a tanto te!%o atr-s' deveria haver ne! !es!o u! ano ,uando a ouviu %e*a =*ti!a ve)& Eas a vo) da,ue*e garoto&&& 8e certa (or+ !a era (a!i*iar&&& Ei' co! *icena&&& + Cha!ou 6*on& O garoto n o se !oveu& A%enas continuou na,ue*a %osi o' !ovendo a%enas os *-$ios' ne! se,uer %iscava seus o*hos nevoados& Co! *icena' garoto&&& + Insistiu& >or (avor' %oderia&&& + E tocou e! seu o!$ro& Se! res%osta& #a*ve) tenha (eito o !ovi!ento errado' %ois o %e,ueno garoto %arou de canta+ ro*ar e o o*hou co! os o*hos ru$ros (*a!ejando de c;*era& Voc0&&& Ee des%ertou& + 8isse e*e' co! u!a vo) ,ue soava (a!i*iar& 8escu*%e' eu&&& 8es%ertou+!e %or sua %r;%ria vontade& Voc0 n o sa$e o erro ,ue aca+ $ou de co!eter' criana est=%ida&

6*on a(astou+se a*guns !etros e sur%reendeu+se& Era co!o se visse a e*e !es!o no es%e*ho' se! as seis grandes asas ,ue %ortava& #odos os deta*hes (a+

2!1

ciais' o ca$e*o' os o*hos' a $oca' o nari)' (or!ato do ,uei/o&&& #udo' a$so*uta!en + te tudo era igua*& 6ue!&&& 6ue! 1 voc0C + >erguntou 6*on& Eu sou voc0& Eas co!o %ode se eu estou a,uiC Eu sou toda a sua ira' sua raiva' sua (=ria& Sou todos os seus !edos& ?uardo as !-goas de todos os seus arre%endi!entos& Sou todos os seus desejos ruins acu!u*ados durante essa sua vida& Eu sou a,ue*e ,ue voc0 evita dia a%;s dia ao to!ar u!a decis o& Eu sou o outro voc0& Voc0 1 a%enas u!a encarna o de !eus desejos ruinsC E/ato& E acredite' n o sa$e co!o tenho (icado (orte recente!ente&&& E !a* sa$e co!o desejo do!inar o seu cor%o&&& Ser- ,ue se eu te !atar a,ui e agora' seu cor%o ser- !euC

6*on sentia+se acuado' !as tentava !anter a ca*!a& >erce$ia a (=ria no o*har de seu advers-rio& #entou esco*her $e! as %a*avras ,ue usaria' tentando n o de+ !onstrar nenhu!a (ra,ue)a< Ent o venha& 9 o vou dei/ar !eus !edos vencere!& 1;sso foi um tanto quanto clic!, admito. Bomo se aquela frase tivesse vindo de um livro de !ist,rias que eu tivesse lido, mas simplesmente saiu por entre meus lbios. Mas o que mais eu poderia di#erL ;ria eu deixar meus medos dominarem meu corpo sem nada fa#er para par-losL E tamb&m, pareceu uma ,tima forma para eliminar todos eles de ve#.? 6*on desejou a Sanctus co! a (ora de seus %ensa!entos& A es%ada de seu %ai' a,ue*a ,ue carregava o %oder a$so*uto& >recisava de*a a*i e na,ue*e instan+ te' %ara vencer o seu !ais te!ido ini!igo at1 ent o< e*e !es!o& >or (i! e*e %Ide %erce$er ,ua* era o !otivo das virtudes estare! o testando& Se e*e n o %udesse vencer a si !es!o e! todos os testes' su%erar as suas %r;%rias e/%ectativas' ent o co! certe)a e*e n o seria digno de ir adiante& E a,ue*a era a %arte (ina*< en(rentar o *ado !ais o$scuro da sua !ente' a,ue*e ,ue !ais evitava& E a Sanc+ tus !ateria*i)ou+se na sua (rente' co!o se sua ar!a o$edecesse ao seu co!an+ do& #o!ou seu ca$o e! ! os e a%ontou a *H!ina a)u*ada' ,ue irradiava u! $ri+ *ho !ais (orte ,ue o co!u!& 9 o tinha !ais !edo& 8eseja !es!o en(rentar+!eC 9ada ir- conseguir" O garoto ,ue antes era sua c;%ia se trans(or!ou nu! drag o negro (eito de (u + !aa' ta*ve) a !es!a ,ue estava e! $ai/o dos seus %1s e! u! ch o de vidro& Aos %oucos' a antes enevoada (or!a trans(or!ou+se e! u! drag o de verdade& Esca!as *ongas' %ontiagudas& 6uatro grandes e %atas co! enor!es garras&

2!2

8uas asas co*ossais e! suas costas onde es%inhos se es%a*hava! %or sua co*u+ na& 8entes t o a(iados ,uanto %ontas de *ana e u!a *onga cauda& Ainda assi!' n o era !ais ate!ori)ante ,ue Buggernaut' seu antigo carrasco& 6ue a $ata*ha co!ece" + 8isse o drag o junto a u! rugido (orte o su(ici+ ente %ara trincar o ch o de vidro&

13e aquele dra )o era feito apenas de parte da fuma+a, se tal vidro quebrasse a infinita neblina ne ra emer isse, eu n)o tin!a ideia da for+a que ele teria. 4recisava terminar aquela luta antes que o c!)o rompesse com os estridentes ru idos do dra )o.? O %ri!eiro a co!ear os ata,ues (oi 6*on& Segurando (orte!ente sua es%ada' %artiu %ara ci!a do !onstro (ero)' visando seu %eito& E! u! %u*o saga) cheio de energia' conseguiu ser !ais r-%ido ,ue o co!u!& .! go*%e tentando cravar a es%ada aonde achava estar o cora o do %oderoso *agarto' ,uerendo aca$ar de ve) co! a,ui*o& 9a,ue*e !ovi!ento' duas coisas sur%reendera!+no& O e(eito da gravidade a*terou sua (ora !uscu*ar e resist0ncia& >odia' e! u! a!$iente de gravidade !enor' sa*tar !ais a*to' correr !ais r-%ido&&& Sua (ora !uscu*ar deveria ter au!entado na !es!a %ro%or o ,ue a ,uantidade de at+ !os(eras so$re sua ca$ea au!entava& A outra coisa ,ue o sur%reendeu (oi ,ue seu go*%e' a%esar de ter acertado direta!ente no a*vo' n o in(*igira dano nenhu! ao drag o' ,ue o re%e*iu co! u! !ovi!ento de sua garra' atirando seu cor%o nu %ara tr-s co! tr0s enor!es rasgos e! seu t;ra/' !arcas das a(iadas unhas do o%onente& #o*o" 9 o %ode acertar !eu cora o" Eu n o tenho u!" O drag o %arecia )o!$ar da ingenuidade do garoto' ,ue *evantava co! di(icu*+ dade& #inha sentido a dor *acerar e visto o sangue escorrer' !as agora&&& 9ada !ais havia no *ugar& 9e! !es!o u!a !arca& S; sentia+se !ais ina%to a vencer' de u!a certa (or!a& O vidro rachou u! %ouco !ais& Eas ainda tinha es%eranas& E*e n o ,ueria e n o iria desistir a*i' ou tudo o ,ue %assara nada signi(icaria& Er+ gueu nova!ente a es%ada na a*tura de seu %eito e %roc*a!ou< Se n o %osso venc0+*o atingindo o cora o' ent o ser- cortando sua ca+ $ea' !onstro !a*dito"

9ova!ente u! %u*o a*to' e desta ve) co! u! au/3*io de suas asas %ara voar ainda !ais a*to& Co! a es%ada aci!a da ca$ea' descia e! a*ta ve*ocidade ao encontro da ca$ea do r1%ti* gigante' ,ue virou e re$ateu+o co! sua *onga cau+ da& 6*on voou %ara tr-s e aterrissou no ch o co! u! $a,ue surdo& 9 o *argara a es%ada' ne! na,ue*e !o!ento& Voc0 n o 1 ca%a) de vencer' criana in=ti*" 8esista' ser- !ais (orte ,uan+ do eu %uder do!inar seu cor%o" 9unca !ais ter- de so(rer" Eu !es!o serei o seu so(ri!ento"

2!3

6*on ca!$a*eava' usando a es%ada de a%oio %ara !anter+se de %1& O go*%e (ora (orte' !as co!o da outra ve)' a dor su!ira de%ois de u! te!%o' e u! senti + !ento de i!%ot0ncia to!ava seus %ensa!entos& 9 o 1 verdade& + 8isse 6*on& + Assi! ,ue do!inar !eu cor%o' ser- o !eu (i!& Se !eus !edos !e do!inare!' a corage! ,ue carrego %ara *evantar !inha es%ada se e/tinguir-& A indecis o ir- ser constante e' co! isso' n o %oderei !ais to!ar nenhu! ju*ga!ento& A raiva n o !e dei/arcontro*ar !eu cor%o' e n o sentirei !ais a necessidade de ter caute*a& Os !eus va*ores se %erder o&

Agora %odia ver co! c*are)a o seu desa(io (ina*& >odia en/ergar tudo a,ui*o ,ue as virtudes %re%arara!' %odia sentir e! seu %eito todas as ,uatro ,uei!a+ re! co!o u!a cha!a (orte e viva& 1Um olpe. .udo que eu precisava era de apenas um olpe de sorte e nada mais para matar o monstro que eu mesmo !avia criado. Enquanto eu ainda podia manter-me de p&, enquanto ainda podia manter meus ol!os abertos... Eu precisava lutar.? .! go*%e ,ue' co! certe)a a$so*uta' acertasse o a*vo& Se! chance de de(esa' contra+ata,ue ou es,uiva& A%enas u! go*%e (ina*' reso*uto' %ara %oder (ina*!ente vo*tar a sua !iss o origina*& #a*ve) u!a !agia& Si!' era justa!ente isso ,ue %re+ cisava& Eas' co!oC E*e n o havia treinado nada Vou ,uase nadaW& 9 o havia do+ !inado nenhu!a a*1! do te*e%orte& #a*ve) se houvesse se te*e%ortado %ara %er+ to antes e dado u! go*%e&&& 8aria certoC 9 o havia !ais te!%o ou energia %ara u! teste& Se iria (a)er a,ui*o' seria sua =nica chance& Venha at1 !i!' garoto' ou eu %recisarei ir at1 voc0C 1Cavia esquecido que aquilo ainda era um embate e que, se eu passasse tempo demais pensando em uma estrat& ia, !ora ou outra ele atacaria. E "ustamente assim que aconteceu. O dra )o soltou uma ra"ada de fo o ne ro em min!a dire+)o: um enorme filete de c!amas vindas de sua enorme boca escancarada. Em um ato de reflexo, corri para os lados, evitando o fo o. O dra )o perse uia meus movimentos com o pesco+o, mirando o ataque para o lado que eu corria. Um fo o frio, que parecia su ar o calor de meu corpo. Eu corria em um arco ao redor do dra )o, esperando uma oportunidade para teleportar, esperando que ele interrompesse as c!amas por um se undo pelo menos.? O drag o interro!%eu o (ogo e co!eou a voar& A*to' !uito a*to' ,uase tocando as nuvens& 9 o estou co! %aci0ncia& Vou aca$ar co! voc0 agora' 1 !ais (-ci* !irar da,ui de ci!a"

>recisava a*can-+*o no te*e%orte antes ,ue e*e so*tasse as cha!as do c1u& Seria !ais (-ci* acert-+*o assi!& Bo*ou ent o' co!o ,ue e! u! segundo' ,ua* se+

2!4

ria seu =*ti!o !ovi!ento& A$riu suas asas e voou o !ais r-%ido ,ue %odia e! di+ re o ao *agarto crescido' ,ue to!ava (I*ego %ara o novo ata,ue& Voc0 n o vai atra%a*har+!e' seu ver!e" Vo*te %ara o ch o e a%recie sua !orte"

O r1%ti* negro tentou !andar 6*on %ara o ch o co! u!a caudada' !as 6*on es,uivou+se no ar e usou o te*e%orte %ara tr-s da ca$ea de seu ini!igo& Co! a Sanctus' de(eriu u! go*%e na jun o do %escoo co! o crHnio& Eas' %ara a sur+ %resa de 6*on' e*e es,uivou+se co! u! outro te*e%orte& Esta!os e! sua !ente' %as%a*ho" Eu sou u! %roduto da sua !ente" >osso ouvir cada u! de seus %ensa!entos co!o se (osse! !eus"

>rendeu+o e! suas garras co!o ,ue! agarra u! %-ssaro e! %*eno voo' es+ trangu*ando+o& 6*on gritava de dor en,uanto sentia seus ossos %artire! dentro de seu cor%o& Suas energias cada ve) !ais ia! e!$ora& Co!o %oderia vencer agoraC 9 o %odia desistir ou %erder a sua vontade de vencer& Ainda a%ertava o ca$o de sua es%ada co! (ora' n o iria so*t-+*a !es!o ,ue !orresse a*i& 9 o era voc0 ,ue venceria' seu anjo %at1ticoC" + 4ugia o drag o& Atirou 6*on %ara o ch o co!o u!a %edra& E*e $ateu no ch o e ,uicou u!a ou duas ve)es' %arando de ca$ea %ara $ai/o& O vidro se rachara ainda !ais& Esta+ va ,uase e! u! %onto cr3tico' %oderia ,ue$rar a ,ua*,uer segundo e co! a !e + nor %ress o& #inha vontade de cerrar seus o*hos' !as n o %odia& Co! o rosto grudado no vidro' o*hou %ara $ai/o& A (u!aa negra entrava e! u! tur$i*h o& Co!o 1 agoraC Sentindo ,ue as es%eranas v o aca$arC O drag o aterrissou e! ci!a de*e e (e) co! ,ue o %e,ueno cor%o virasse de (rente %ara e*e& 6*on ne! ao !enos %odia !over+se& Sentiu o e/a*ar do ar de seu ini!igo saindo das enor!es narinas& O vidro estava a %onto de ,ue$rar& A,ue*e era' entre todos os !o!entos ,ue viveu' o !ais tenso& Estava *- %or conta %r;+ %ria e n o tinha ideia de co!o sair& Be!+vindo ao seu enterro& O r1%ti* co!eou a a$rir a $oca e! ci!a do rosto de 6*on& >odia ver as cha+ !as negras (or!are! *- dentro' e! u! $ri*ho (raco& Sua ! o ainda segurava sua es%ada' !as n o sa$ia se conseguiria !e/er seu cor%o& Se ao !enos seus !=scu*os res%ondesse!&&& 14odia sentir a c!ama vital sair de meu corpo, que ficava frio como um cadver. ()o sei de onde tirei for+as, mas antes da labareda sair, conse ui cravar a espada no c&u de sua boca. Ele tentou esquivar-se, mas ainda assim foi o sufici ente para atravessar suas narinas e sair entre seus ol!os.? Ea*dito" Co!o ousaC + 4ugia e de$atia+se en,uanto $a*anava 6*on' ,ue

2!5

segurava sua es%ada& Eu n o vou&&& 8ei/ar voc0&&& Vencer" Antes ,ue ,ua*,uer %a*avra a !ais %udesse sair da $oca de 6*on' e*e tirou (or+ as de dentro de sua a*!a& Co! as duas ! os segurou sua es%ada' ,ue %arecia cada ve) !ais *eve en,uanto a e!%unhava& E! u! !ovi!ento =nico' girou seu cor%o e conseguiu cortar o (ocinho do drag o e! dois& I!$eci*' cortou %ara o *ado errado" + Vang*oriou+se o drag o& 6*on sorriu a%enas co! o canto da $oca en,uanto ca3a a%;s ser arre!essado %ara o a*to& Estava t o (raco ,ue %odia sorrir a%enas co! !etade da (ace& 9 o sa$ia co!o havia (eito a,ui*o' era co!o se a*go to!asse conta do seu cor%o e guiasse seus !ovi!entos& Eas e*e (e) !es!o assi!& 7ora! !ovi!entos r-%idos co!o u! raio e i!%erce%t3veis co!o u! vento& Eoveu sua es%ada se! dire o' !as e*a acertava justa!ente no seu a*vo& V-rios cortes %or segundo atingira! o drag o negro' !as e*e se,uer se deu conta& Co!o a,ui*o havia ocorridoC @Voc0 est- na sua !ente' 6*on& Acredite' seu %oder a,ui 1 i*i!itado&A& #udo a,ui*o ocor+ ria %or,ue e*e ,ueria ,ue ocorresse' co!o e! u! sonho ,ue se %ode co!andar seus !ovi!entos e atitudes& 7ina*!ente havia %erce$ido ,ue' se e*e desejasse' ningu1! %oderia derrot-+*o en,uanto e*e (osse o dono de seus %ensa!entos& Se %ode *er !eus %ensa!entos' *eia este< EO44A" 6uando caiu ao ch o' teve te!%o de ver %edao %or %edao de carne cortada do r1%ti* negro des*i)ar e cair& Asas' %atas' ca$ea&&& #udo se se%arava e! v-rios %edacinhos devagar' co!o se e*e devesse a%roveitar a dor do t1r!ino de sua e/ist0ncia& E' aos %oucos' seus o*hos (echava! dentro de seus sonhos& >e*a =*ti+ !a ve)& G 6*on' acorde& + 8i)ia a vo) de >rud0ncia& Voc0 %assou' 6*on" + >rud0ncia di)ia entusias!ada en,uanto a*isava seus ca$e*os& + Eeus %ara$1ns' %e,ueno& Eu venciC Si!' venceu& + 7a*ou dndo*e& + E graas ao !eu conse*ho& Sa$ia ,ue %o+ deria a%roveitar+se de*e& O$rigado& + 7a*ou 6*on& + Eu teria !orrido se n o (osse %or sua ajuda& 9 o %recisa agradecer& Ainda 1 seu !1rito ter vencido o !onstro dentro de voc0 !es!o& .! !onstro ,ue s; ,ue! o criou %ode destruir& Aos %oucos' a$riu os o*hos& Estava *-' ainda esca*ando Jggdrasi*&

2!!

Esta era a =nica virtude ,ue ainda n o havia conhecido& Assi! co!o todas as outras' estava no traje ,ue a vira antes< u! vestido *ongo e $ranco& Seus ca$e*os era! negros e $ri*hosos e suas %ontas !a* %assava! das ore*has de t o curtos& #inha u!a (ranja curta ,ue ta%ava sua testa& .! nari) (ino e de %onta *evantada ,ue dividia dois o*hos cor de sa(ira& E*a estava de $raos cru)ados' %arada e (i + tando o (undo de seus o*hos& Isso signi(ica&&& + Co!eou 6*on& Si!' ,ue est- *ivre %ara %rosseguir& + Co!%*etou Corage!& 7ina*!ente&&& >reciso ir r-%ido" Vo*tare!os a ver+nos e! a*gu!a outra ocasi oC + >erguntou e*e se! %ensar& #a*ve) todos os dias nos veja dentro de seu cora o& + 7i*oso(ou >rud0n+ cia& + Enviare!os voc0 %ara o %r;/i!o andar co!o %resente %or ter con+ seguido vencer nosso desa(io& 9 o 1 o %ri!eiro a rea*i)ar este (eito' !as co! certe)a 1 o caso !ais i!%ressionante& Eu tinha %erguntas %ara (a)er' e voc0 a !i!' !as acho ,ue esta!os se! te!%o& + Le!$rou+se Bustia& + Eas co! certe)a ainda ,uero v0+*o nova+ !ente a*gu! dia& >recisa!os co*ocar u! %onto (ina* nesta hist;ria& E a%esar de achar ,ue n o dev3a!os %restar esta ajuda' (e) %or onde !e+ recer& Seu cora o 1 no$re' 6*on& >ode!os estar condenando a n;s !es!as ao rea*i)ar u! ato co!o este' !as nunca dei/a!os de *ado o nosso va*or& 9unca se es,uea deste dia e de tudo a,ui*o ,ue a%rendeu& >ro!eto ,ue ja!ais es,uecerei& + 4es%ondeu 6*on sentindo orgu*ho de seus atos& Agora adeus' 6*on& + 8isse Corage!& + Es%era!os v0+*o nova!ente a*+ gu! dia& E es%ero ,ue (i,ue !ais (orte at1 *-& Voc0 1 u!a criana !uito es%ecia*' ja!ais es,uea disso& ?anhe %oder' %ara %oder se!%re %assar e! todos os !ais duros testes ,ue a vida in(*igir" 7icarei& E o$rigado' de cora o' a todas voc0s& Ensinara!+!e !uito& Agora' devo %artir& Eeu a!igo est- %rotegendo+!e e %enso eu ter a$usa+ do de!ais de sua $ondade&

1/eu tempo de avisar mentalmente para (isroc parar, mas n)o sei se ele ouviu. ()o c!e ou a responder. *s virtudes deram as m)os e fi#eram um crculo, enquanto pronunciavam um encantamento em idioma an elical: @$ue os ventos de todos os cantos carre uem esta alma para o seu destino final, e que os sete c&us prote"am sua via em@. *o acabar, pediram para entrar no crculo. 6oei e entrei nele por baixo, como foi instrudo. *ntes que eu pudesse perceber, uma forte corrente de ar bateu nos meus p&s e empurrou-me com for+a para cima. O vento literalmente carre ava meu corpo, e aos poucos eu via o andar das virtudes ser deixado para trs enquanto o fim da "ornada finalmente se aproximava.?

2!"

Cap. 2+ Cas alidade

arou as nuvens e! dire o ao andar ,ue de*i!itaria o (i! de sua %ro+ cura< Eachon& Co!o Virue* dissera at1 u! te!%o antes' a,ue*e andar era co!%reendido a%enas %or u!a enor!e corte' onde os ju*ga!entos ce*estiais era! !antidos& >rocuraria a*i' %or (i!' os docu!entos necess-rios so+ $re sua !estra e so$re e*e !es!o& .! c1u a)u*' *3!%ido e co! %oucas nuvens entrou e! seu ca!%o de vista& O vento %arou de so%rar e e*e caiu e! u! vasto gra!ado& A gravidade a*i era ainda !aior ,ue a do andar in(erior& 8e acordo co! o ,ue Virue* dissera' deveria ser de) ve)es !aior do ,ue a ,ue estava ha$ituado e! seu %*aneta& Sentiu a di(erena na hora de *evantar e *i!%ar a rou%a suja co! (o+ *has da vegeta o rasteira ,ue se estendia at1 o vasto hori)onte& 8e u! *ado' ter!inava e! u! %enhasco ,ue dava %ara o nada& 8o outro' u!a enor!e corte' co! incont-veis andares& Suas %aredes' %ortas' escadas&&& #udo (eito de crista* *3!%ido& 9 o tinha teto a*gu!& 8entro de suas %aredes' 6*on %odia ver anjos tran+ sitare! de u! *ado %ara o outro' co! v-rios ro*os de %erga!inho& A*guns os ar+ ,uivava!' outros os *evava! %ara ,ue outros anjos os ana*isasse!& 8e todo !odo' o !ovi!ento a*i nunca %arava& 1Mal sabia eu, naquele instante, que meu a#ar n)o acabara. /e tudo que eu podia ima inar encontrar l, eu n)o estava preparado apenas para uma coisa: o que viria a se uir.? 6*onC O ,ue est- (a)endo a,uiC" + >erguntou u!a vo) conhecida& 6*on vo*tou+se %ara ver de onde vinha a vo) e (oi sur%reendido %or 7reut)' ,ue o*hava %ara e*e co! u! certo to! de es%anto e curiosidade& .sava trajes iguais aos seus e estava %arado' de %1' ainda se! acreditar no ,ue estava vendo& Senhor diretor" Eu&&& D&&& Es%ere' n o (a*e nada agora& + 8isse 7reut)' vis*u!$rando suas asas& + #ornou+se u! ca3doC" 9 o" Ao !enos ainda n o&&& Senhor' eu %osso e/%*icar&&& Si!' e co! certe)a vai& >or (avor' aco!%anhe+!e&

2!#

Eas senhor' eu&&& Se! descu*%as' se! ,ua*,uer outra e/%*ana o agora& 7i,ue ,uieto e aco!%anhe+!e antes ,ue !ais a*gu1! veja ,ue est- a,ui& Si! senhor& + Con(or!ou+se o %e,ueno anjo&

Seguiu+o at1 u! *ugar a(astado< u! %e,ueno vi*arejo a oeste da grande corte& >rotegido %or u! %e,ueno !uro de %ouco !ais de u! !etro de a*tura' tinha u! cen-rio %astori*' !as ainda assi! $e! organi)ado< ruas %avi!entadas' co! ca+ sas de no !-/i!o dois cI!odos' ao redor de u!a %raa onde -gua %ura jorrava de u!a (onte artesana*& Entrara! e! u!a %e,uena casa a*i %erto& #odas %are+ cia! t o id0nticas co! suas %aredes $rancas' jane*as e te*hados de !adeira ,ue ,uase n o notou a di(erena da,ue*a& >or dentro' era co!o a%arentava ser %or (ora& >e,uena e a%ertada' o ,uatro (undia+se co! sa*a e co)inha' sendo a%enas o $anheiro se%arado %or u!a %orta& Ser- ,ue assi! vivia! todos os anjos de *-C 9 o i!%ortava& O rosto de 7reut) e sua e/%ress o !ostrava! ,ue a conversa ,ue viria a seguir n o seria !uito $oa& #entando !anter a vo) ca*!a e (ir!e' e*e co!eou< 6*on&&& >or ,ue !otivo est- a,uiC E*e %u/ava o ar co! a $oca' e e/a*ava ra%ida!ente& A a%arente con(us o ha + via trans(or!ado+se e! (=ria' e 6*on ne! ao !enos entendia& Ca*!a!ente' ten+ tou e/%*icar+se< Senhor' a Lua&&& LuaC O ,ue a Lua te! a ver co! issoC Sua !estra %ediu %ara invadir os c1us %or a*gu! acasoC >or todos os deuses' deveria ter dei/ado Si*ve+ rius trein-+*o&&& 9 o' n o 1 isso" Eu !e o(ereci" O(ereceu+seC" >ara ,u0C .!a tentativa de suic3dio ou u!a e/i$i o de estu%ide)C Eu es%erava !ais de voc0 co!o a*uno&&& Se a%enas dei/ar+!e e/%*icar' eu %osso tentar&&& Eas eu estou dei/ando"" O ,ue !e inco!oda 1 sa$er ,ue nenhu!a das e/%*ica:es ,ue %ossa dar %arece ser %*aus3ve* o su(iciente %ara essa si+ tua o"" 6*on' voc0 %or acaso te! ideia da estu%ide) ,ue (e)C Est- !uito di(3ci* !anter a sua ine/ist0ncia nos ar,uivos ce*estiais&&& Ine/ist0nciaC Co!o assi!C 8evo (icar e! anoni!atoC Voc0 deveria (icar e! anoni!ato en,uanto ainda est- vivo"" Assi! ,ue desco$rire! sua e/ist0ncia e seus %oderes' v o ani,ui*ar+te t o r-%ido ,uanto se ani,ui*aria u!a !osca""

2!.

O to! de vo) de 7reut) havia su$ido& Estava suando' a go*a de sua t=nica jestava co!%*eta!ente enso%ada& Voc0 te! de %artir&&& Voc0 te! de vo*tar" A?O4A" Eas eu n o %osso" Ainda n o ter!inei o ,ue vi! (a)er a,ui& 9 o se %reocu%e co! isso& Se voc0 sou$esse da verdade' esse seria o !enor' o !ais 3n(i!o de seus %ro$*e!as& Seja co!o (or ,ue entrou a,ui' saia" E saia agora" 8ei/e ao !enos eu e/%*icar %or ,ue !otivo eu vi!"

7reut) *evantou+se& 4oava sua $ar$a co! tanta (=ria ,ue %e*os de*a era! ar+ rancados (renetica!ente& Andava de u! *ado %ara outro' tentando contro*ar+se& Ent o' co*ocou a sua testa e! contato co! a s;*ida %arede' e %ediu ,ue 6*on desse suas e/%*ica:es& G 1*ssim o fi#. K estava cansado de dar explica+0es sobre o que fi# a todos, ou quase todos, que eu encontrava. Uma miss)o secreta n)o era t)o secreta assim se todos soubessem dela. Mas, de certa forma, eu confiava em todos >queles que contei meus se redos. .irando, talve#, os quatro dra 0es sa rados, com exce+)o de 5eviat!an, que fora a mais ami vel. *cabados os detal!es, ele finalmente convidou-me para sentar em uma cadeira de madeira artesanal, ao redor de uma mesa da mesma cor e material. Ele " estava l sentado, ouvindo toda a !ist,ria. 2epousava sua cabe+a nas palmas de suas m)os e mantin!a os ol!os fec!ados, como quem estivesse meditando profundamente.? 6*on' h- u! !otivo e! eu nunca ter contado 2 Lua ,ue! e*a era& A*i-s' u! ;ti!o !otivo' !as ,ue n o ve! ao caso agora& Sua e/ist0ncia a,ui co!%ro!eteu todos os !eus %*anos& >*anosC 6ue %*anosC 6*on' voc0 disse ,ue rece$eu u! *ivro de ca%a negra en,uanto esteve no terceiro andar' estou certoC Si!' est-& Voc0 (e) ,uest o de *0+*oC 9 o' ainda n o& E o ,ue te! t o de es%ecia* neste *ivro %ara todos %edi + re! ,ue eu *eiaC A hist;ria de seus %oderes' seu jove! to*o& Ou ainda acredita ,ue tudo ,ue corre e! seu sangue 1 u!a !istura da (a!3*ia de seus %aisC Voc0 ainda n o conhece sua verdade' e n o est- %re%arado %ara conhecer& 9 o en,uanto estiver a,ui& >ortanto' aconse*ho nova!ente< vo*te %ara

2"/

nosso %*aneta& 6uanto !ais (icar a,ui' !ais %erigo ir- correr" >ois eu n o sairei da,ui se! ao !enos sa$er o ,ue aconteceu co! Lua& E se voc0 n o !e contar' eu tentarei desco$rir so)inho& Sua deter!ina o agora s; trar- %ro$*e!as&&& Eu n o vou co*a$orar nis+ so& Ainda sou o diretor da $ase' ainda te!o %or !eus a*unos" Si*verius n o est- %re%arado %ara assu!ir o cargo se eu !orrer& Voc0 n o ir- ajudarC 9 o' co! toda a certe)a& Ent o agirei so)inho" Ees!oC E o ,ue %retende (a)erC Entrar *- e %egar os ar,uivos ,ue tanto ,uer so)inhoC Adoraria sa$er co!o ,ue$rar- a segurana' co!o n o ser- visto %e*as %aredes e ch o de crista* e' !ais ainda' co!o encontraro ,ue tanto %rocura se n o sa$e onde est-& Ou %retende vascu*har (i*eira %or (i*eira de ar,uivosC G Voc0 %recisa de ajuda' 6*on' e 1 a*go ,ue n o %osso arriscar+!e a dar& Es%ero ,ue n o tente i!%*orar %or isso co! ,ua*,uer outro cidad o a,ui& Ser- !uito %ior do ,ue se viesse %edir a !i!& Voc0 con(ia de!ais nas %essoas' !as isso %ode ser tanto u!a ,ua*idade co!o u! de(eito& >ara seu $e!' retorne" Agora %reciso vo*tar ao !eu tra$a*ho& >or (avor' senhor 7reut)" Eu i!%*oro" Ao !enos d0 in(or!a:es su(icien+ tes %ara ,ue eu siga %or conta %r;%ria" E ser acusado de trair o c1u caso (a*heC A*i-s' ,uando (a*har' %ois sercerto ,ue (a*har-& 9ingu1! %recisa sa$er ,ue! deu as in(or!a:es&

7reut) *evantou+se e (oi at1 a %orta' a$rindo+a& Se! ao !enos o*har' vo*tou a res%osta %ara 6*on< Acha ,ue 1 si!%*es assi!C A%enas negar in(or!a oC Se (i)er isso' tersua *3ngua e ! os cortadas e ser- jogado e! u!a ce*a %e*o andar ,ue aca$ou de %assar& Se !entir' ser- %ior< co!o ca3do' %erder- suas asas se (or condenado' e vai viver u!a se!i+vida de dor e tortura co!o ja!ais sonhou& 9 o se in(or!ou antes de vir %ara c-C 9os sete c1us voc0 %ode ter !ais a*egria ,ue u!a criana' !as ta!$1! %ode encontrar u!a dor !aior ,ue a do in(erno& Aceite !eu conse*ho e (uja& 9e! se!%re (ugir 1 a atitude de u! covarde' 1 a%enas a atitude de a*gu1! ,ue 1 sincero o su+ (iciente %ara %re)ar %or sua %r;%ria vida&

2"1

Acredita ,ue ainda h- u! ca!inho de vo*ta de%ois de ter (eito o ,ue eu (i)C 6uerendo ou n o' u! dia !e encontrar o' co!o disse Tanie*& >ode n o ser nos %r;/i!os anos ,ue eu (icar e! Sea*' !as co! certe)a sera*gu! dia& Eu !es!o j- !e condenei& Ent o atrase o !-/i!o %oss3ve* essa condena o& Acredite' vai ,uerer estar $e! treinado ,uando e*a chegar& >ode usar esta casa en,uanto ,uiser' !as use a %ena ,ue carrega e cha!e seu a!igo 9isroc' 1 a coisa !ais s-$ia ,ue %ode (a)er& At1 $reve' e eu es%ero ,ue da %r;/i!a ve) ,ue !eus o*hos tocare! sua (ace' j- esteja na Base& >assar $e!"

E di)endo isso' e*e retirou+se de seus %r;%rios a%osentos' se! dar se,uer !ais u!a e/%*ica o& 9e! ao !enos disse o ,ue (a)ia %e*os ca!%os ,uando avistou seu a*uno' !as isso n o i!%ortava na,ue*e instante& #udo ,ue i!%ortava 1 ,ue' agora' u!a $arreira gigantesca co!eava a erguer+se na (rente de 6*on& Ainda n o sa$ia co!o iria u*tra%ass-+*a' !as n o chegara a*i %ara des%erdiar seu es(oro& 9 o era o %ri!eiro grande desa(io ,ue ,ueria %ar-+*o& Iria at1 o (i!& G O dia (oi cansativo& E!%i*har %i*has e !ais %i*has de %a%1is&&& E*e' co!o o guerreiro ,ue era' n o estava acostu!ado co! esses cargos ad!inistrativos& En+ ,uanto andava %e*as ruas' sentia u! ata,ue de nosta*gia ao *e!$rar de seu %as+ sado&&& Sentia (a*ta do ca!%o de $ata*ha' e co!o sentia" O suor escorrendo %e*o seu rosto en,uanto vestia sua t o gasta ar!adura' cheia de arranh:es e $ura+ cos& Era o %reo a ser %ago %or *utar co! seres ,ue ,ueria! sua !orte co! tan+ ta voracidade& #a!$1! sentia (a*ta de *ecionar& Co!o ser- ,ue seus a*unos esta+ ria! saindo+se a essa horaC Co!o diretor' e*e (ora !uito !ais i!%ortante& Euda+ ra !estres' !udara conceitos de $ata*ha' !udara %ratica!ente toda a %o*3tica da $ase& E o ,ue aconteceuC Ter;is jovens' co! !ais ha$i*idade ,ue !uitos guer+ reiros veteranos& Tavia %rovocado u!a $oa !odi(ica o' a%esar de ainda achar u! %ouco errado treinar crianas ,ue n o era! t o desenvo*vidas& 6uando a$riu a %orta de casa' n o se assustou ao ver 6*on a*i& Co! a Sanctus e! ci!a da !esa' $rincava rec*inando+se na cadeira' tentando achar u!a %osi+ o de e,ui*3$rio& 6uando sentia ,ue ia cair %ara tr-s' $atia suas asas' e e*as da+ va! o i!%u*so necess-rio %ara continuar sentado& A*i-s' asas negras&&& Engraa+ da ironia do destino&&& Se e*e a%enas sou$esse&&& Eas a,ui*o era a*go ,ue seu a*uno deveria desco$rir so)inho& O ,ue ainda (a) a,uiC + >erguntou en,uanto sentava+se na ca!a e des+ ca*ava suas $otas& Ainda n o !e acostu!ei %*ena!ente co! a gravidade desse andar' acho ,ue %er!anecerei a,ui !ais u! %ouco antes de tentar invadir a corte de crista*&

2"2

9 o vai desistir' n o 1 !es!oC 9 o& Ent o $oa noite& #a!$1! n o vou ceder& 7aa o ,ue ,uiser' !as tenha e! !ente ,ue (ar- %or sua conta e! risco& Se est- adu*to o su(iciente %ara assu!ir suas res%onsa$i*idades' est- ta!$1! adu*to o su(iciente %ara (a)er o ,ue tiver de (a)er %or conta %r;%ria& At1 !es!o os adu*tos %recisa! de ajudas a*gu!as ve)es' n o 1C + 7a+ *ou 6*on tran,ui*a!ente' co!o se estivesse ensaiado a tarde toda %ara a,ui*o& + Ou ser- ,ue !es!o os adu*tos (a)e! tudo so)inhosC G Ainda n o sou adu*to' sou a%enas u!a criana& Eas sou u!a criana ,ue ,uer a%render cedo' e ser t o evo*u3da ,uanto ,ua*,uer adu*to& Se o o$jetivo da Base 1 (or!ar guerreiros' creio eu estar cu!%rindo !eu %a%e* at1 agora& Ou estou enganadoC Boa noite' 6*on&

O ,ue a,ue*a %e,uena criana havia (a*ado estava certo' e e*e n o tinha argu + !entos %ara re$ater& 7ora di(3ci* %egar no sono a,ue*a noite& 9 o %or (a*ta de cansao e ne! %or !uitos %ensa!entos tere! invadido sua ca$ea& O $aru*ho irritante do ranger da cadeira desconcentrava& G O dia raiou' e 7reut) (oi cedo %ara o tra$a*ho& 9ova!ente dei/ara 6*on a*i' na+ ,ue*a sa*a !on;tona& A%enas u!a %ia e u! ar!-rio co! !anti!entos' a !esa co! duas cadeiras e u!a ca!a de so*teiro estava! %resentes e! u! %iso de !adeira encerada& 9 o havia u! *ivro se,uer& O $anheiro era a%ertado' !as de+ cente& Ao !enos %ossu3a descarga e -gua !orna' o ,ue era su(iciente %ara suas necessidades !ais $-sicas& .!a %e,uena *a!%arina %endia no teto de cada cI+ !odo' tornando a *u) o !enor %oss3ve*' ao !enos durante a noite& 8e dia' havia u!a grande jane*a e! cada %arede& >ensou e! andar %e*a vi*a' !as tinha !edo de ser visto %or a*gu! outro anjo ,ue o denunciasse& >ensou e! *er os *ivros ,ue carregava consigo' !as !atar sua curiosidade %or sa$er ,ue! era %oderia atra+ %a*har senti!enta*!ente e! sua !iss o& Assi! ,ue a aca$asse e vo*tasse %ara onde viera' %oderia *0+*os' e ,uantas ve)es ,uisesse& #inha ,ue es%erar o retorno de 7reut) e tentar convenc0+*o !ais u!a ve)& 9 o %oderia invadir a,ue*e *ugar e! es%ecia* se! ao !enos conhecer o ,ue %rocura+ va' e o !ais i!%ortante< onde %rocurar& 7icou a*i' (a)endo e/erc3cios e tentando acostu!ar+se co! a (orte %ress o i!%osta %e*o ar ,ue o rodeava& G

2"3

Ainda a,uiC

O dia havia %assado e 6*on %er!anecia da !es!a !aneira ,ue 7reut) o vira nos dias recentes& #entando e,ui*i$rar+se na cadeira& Si!' disse ,ue eu %oderia usar %e*o te!%o ,ue ,uisesse' n o 1 !es!oC Si!' %ode& Ent o& Ah' e es%ero ,ue n o se i!%orte %or ter co!ido u! %ouco de sua co!ida' eu estava rea*!ente co! (o!e& 9 o' n o !e i!%orto& 4ara!ente sinto (o!e !es!o' viver no reino dos c1us tira u! %ouco sua necessidade %or nutri o vinda de a*i!entos& A%enas cansa!os se rea*i)ar!os !uito es(oro&&& Eas n o s o i!ortaisC I!orta*idade n o 1 a !es!a coisa ,ue incansa$i*idade& Acho ,ue co!%reendo& Eais u!a ve)' $oa noite& + 8isse 7reut)' tentando !anter o !3ni!o %os+ s3ve* de contato e a%agando a *u) da *a!%arina& Ainda n o decidiu ajudar+!eC E ne! tenho ,ue decidir& + 7a*ou' es%reguiando+se e deitando na ca!a& + 9 o tenho o ,ue decidir %ois a decis o j- (oi to!ada& Eu sei ,ue n o !e ajuda co! !edo ,ue eu (a*he' !as&&& E se %or acaso eu conseguir o ,ue ,ueroC 9 o vai& Est- rea*!ente di)endo isso %ara u! garoto ,ue chegou at1 este andar so)inhoC Sou co!%etente o su(iciente %ara cu!%rir a !inha !iss o e sa$e $e!& So)inhoC D u!a %iada' certoC >ri!eiro' a sua a!ante !orta e!%urrou seus %1s %ara a*canar o %orta* a te!%o& 8e%ois' (oi sa*vo da !orte %or u! vu*to ,ua*,uer ,ue deu sorte de estar a*i& >or =*ti!o' usou do %oder de u! anjo sagrado %ara ascender e %assar %ara o ,uarto andar& Si!' !as esca*ei Jggdrasi* e %assei nos testes das ,uatro virtudes car+ deais& >or !ais ,ue eu tenha tido ajuda' se!%re con,uistei os o$jetivos i!%ostos& D !ais u!a %rova de ,ue' co! sua ajuda' %osso nova!ente a*canar !eu o$jetivo& Einha co!%et0ncia ainda n o %ode ser negada& At1 !es!o %ara os testes de*as voc0 teve ajuda' %e*o ,ue !e contou& >e,uenas dicas e! (or!a de enig!as&&& Orgu*ha+se tanto assi! de seus

2"4

(eitosC Isso 1' ainda' u!a %rova de ,ue 1 de%endente de!ais dos outros' ,uase nada consegue (a)er %or si s;& 9 o neguei ser de%endente' a%enas disse ,ue sou co!%etente& Assi! co!o i!orta* 1 di(erente de incans-ve*& E' co!o u!a criana&&& Eais ain+ da' co!o u! a*uno' ainda 1 ;$vio ,ue sou !ais do ,ue de%endente& Ain+ da estou e! %rocesso de a%rendi)ado' estou a%enas %edindo sua co*a+ $ora o co! e*e& 9 o sou seu !estre& Co!o n o' se 1 o diretor da esco*a ,ue eu estudo e di) %reocu%ar+se co! seus a*unos ao %onto de continuar no cargo !es!o a%;s sua a%o+ sentadoriaC Se a vontade de *ecionar e! seu %eito ainda 1 t o grande a este %onto' creio ,ue isso te en,uadra e! u!a %osi o at1 !es!o su%e+ rior a de u! !estre' co!o !estre de u! !estre&

.! si*0ncio constrangedor (or!ou+se entre os dois& Ea*dita era a,ue*a criana' %ensava 7reut)& # o jove! e t o $e! articu*ada& 9 o sa$ia onde e*e havia a%rendido tudo a,ui*o' !as co! certe)a a$so*uta o ditado @argu!ente correta+ !ente e nunca estar- erradoA a%*icava+se a e*e& 9 o te!os !ais o ,ue discutir& 9 o insista co! seus argu!entos ,ue s o $aseados e! senti!enta*is!o& A res%osta ainda 1 a !es!a& 9 o& Boa noite& + 8isse 7reut)' co$rindo o cor%o e tentando %egar no sono' ig+ norando o insistente a*uno %r;/i!o a e*e&

G Eais u! dia havia %assado' e 7reut) retornava %ara casa& Sa$ia ,ue 6*on es+ taria *-' !as n o %oderia ceder& Estava (ir!e e! sua decis o' e %reocu%ado co! o (ato de a*go %oder dar errado e aca$are! cu*%ando+o& 6uando a$riu a %orta de sua hu!i*de resid0ncia' 6*on %u*ava de contenta!ento& Sua $o*sa e a Sanctus estava! na !esa' e e*e co!e!orava a*go& Seja !enos escanda*oso' 6*on& Ainda %osso ser desco$erto %e*os !eus vi)inhos e ser condenado %or a$rigar u! traidor& Eas eu consegui" + Co!e!orava eu(;rico& O ,u0C E,ui*i$rar+!e na cadeira&

7reut) riu& 9 o sa$ia o %or,u0' ta*ve) %e*a (e*icidade da criana co! a*go t o si!%*es e %uro& O ,ue (oiC Acha u! (eito ,ua*,uerC Si!' acho" + 8esatou a rir& + D' deveras' a*go $e! inocente&

2"5

Ent o o desa(io a (a)er" Est- (a*ando s1rioC Si!' estou&

7reut) %egou a cadeira e tentou (a)er o !es!o& 4a%ida!ente veio ao ch o co! u! $a,ue surdo& #entou nova!ente' dessa ve) co! cuidado' !as ainda rin+ do da situa o& 9ova!ente' (ora r-%ido de!ais' ne! ao !enos conseguiu e,ui*i+ $rar+se usando as asas& #o!ando' dessa ve)' a,ui*o co!o u! desa(io s1rio' *e+ vantou+se e tentou nova!ente' !as assi! co!o das outras ve)es aca$ou indo ao ch o& 6*on !antinha u! sorriso de vit;ria no rosto' e a,ue*e sorriso o inco!o+ dava& >or !ais de) ve)es tentou& #odas as tentativas (a*hara!& Se !es!o acostu!ado a esta gravidade ainda n o consegue e,ui*i$rar+ se nesta si!%*es cadeira' creio ,ue consegui (a)er u!a %roe)a&

7oi ent o ,ue 7reut) teve ideia do ,ue acontecera& #odo a,ue*e te!%o' e,ui*i+ $rar+se n o (ora u!a si!%*es $rincadeira& Era u! teste de resist0ncia !uscu*ar' ve*ocidade e destre)a& A*go (ora de s1rie' ,ue nunca es%eraria e! a*gu1! de a%enas cinco anos& 6*on' co!o conseguiuC >raticando& Ser- ,ue' agora' consegui %rovar todo o !eu %otencia* %ara voc0 ou ainda duvida de !inha ca%acidade de co!%*etar o ,ue !e (ora instru3doC

7reut) estava %as!o& 6*on era' rea*!ente' u! g0nio& A(ina*' estava destinado a ser' n o ,ue e*e sou$esse& Eu&&& Eu %reciso %ensar nisso u! %ouco !ais& 80+!e te!%o at1 a!anh & Si!' 1 c*aro& Eas ta!$1! tenha e! !ente ,ue' ,uanto !ais te!%o eu %er!anecer a,ui' !ais %erigoso ser- %ara voc0& O senhor !es!o disse ,ue ainda %oderia ser acusado de trai o %or ter u! traidor e! casa& G Boa noite' senhor 7reut)& + 8isse 6*on' aco!odando+se e! u! canto ,ua*,uer %ara dor!ir&

Era a %ri!eira ve) ,ue 6*on desejava u!a $oa noite desde ,ue $otara os %1s na casa&&& 9o dia seguinte' ao acordar' 6*on %erce$eu u! $i*hete so$re a !esa& A$riu e *eu os seguintes di)eres< 1.er duas !oras. Uma antes do pice da noite e uma depois. 3&timo andar. ()o fale mais comi o e saia desta casa. E certifique-se de destruir este recado.?

2"!

Cap. 3. 5 Fim da Proc ra

ra noite& 6*on aguardava do *ado de (ora da corte' en,uanto o (rio da escurid o asso*ava as %*an3cies& 9a,ue*e andar n o havia *ua' ou es+ tre*as %ara dare! a i*u!ina o necess-ria na,ue*e %er3odo do dia& #udo ,ue %odia ver era! as *u)es das distantes casas da vi*a ,ue sa3ra a %ouco e a cha!a das ve*as ,ue os guardas carregava! consigo& Era! a%enas dois ,ueru$ins guardando a entrada %rinci%a*& Agora entendia o ,ue 7reut) ,ueria di+ )er ao (a*ar so$re segurana& 4etirando este @%e,uenoA e!%eci*ho' cria ,ue seria !ais (-ci* !ovi!entar+se *- dentro& A%esar de ser de crista*' a constru o n o era co!%*eta!ente trans*=cida& A%enas vu*tos %odia! ser vistos e! seu interior& Ain+ da ,ue (osse $e! trans%arente' era u! %ouco $orrada ta* vis o& E co!o a su%er+ (3cie do crista* distorcia e es%e*hava os re(*e/os' seria ainda !ais (-ci* !over+se entre os andares se! ,ue os seguranas o a*canasse!' %ois estaria! ocu%a+ dos de!ais %rocurando e! ,ua* corredor e e! ,ua* andar o invasor estaria& Eas antes' tinha de encontrar u! !odo de entrar& Eas' %ara sua sorte' a ajuda ,ue 7reut) dera n o aca$aria co! a,ue*e si!%*es $i*hete& Logo e*e saiu %e*os %or+ t:es e co!eou a conversar co! os guardas< Boa noite' senhor 7reut)& Indo %ara casaC + 8isse o guarda !ais 2 es+ ,uerda' notando sua sa3da& Si!' est- tarde& >e*o ,ue vejo' (oi o =*ti!o a sair hoje de novo& Si!' c*aro& Co! a ,uantidade de ar,uivos ,ue tenho %ara co*ocar e! or+ de! no trig1si!o segundo andar&&& Est- dedicando+se de!ais& + O !ais a direita %ronunciou& + Ainda te! o resto da eternidade %ara (a)er isso&&& Si!&&& Eu es%ero ,ue si!&&& Est- tarde' n o 1 !es!oC ?ostaria! de ir co!igo at1 a taverna da vi*aC 9 o %ode!os sair de nossos %ostos& 9 o de!orare!os& A%enas u!a $reve co!e!ora o&

2""

E a ,ue deve!os essa co!e!ora o es%ecia*C A%enas u! !otivo a !ais %ara n o es,uecer esta noite& + 8isse 7reut) o*hando %ara 6*on' ,ue se encontrava distante da*i&

1Eu podia sentir seu ol!ar, como se aquele fosse meu momento de roubar o ato. Durtivamente, contornei os arredores do pr&dio enquanto eles conversavam com o mnimo de barul!o que eu poderia fa#er. O espa+o entre os uardas e a entrada era suficiente para eu passar. Dreut# !avia deixado uma pequena fresta aberta. Entrei por ela e sumi em seu interior, ol!ando de relance Dreut# acenar com a cabe+a enquanto os uardas dispensavam-no para sua casa sem aceitar o seu convite.? G O sagu o de entrada era (or!ado %or u! grande corredor ,ue ter!inava e! u!a c=%u*a circu*ar' de onde v-rios corredores dividia!+se e u!a enor!e esca+ da e! es%ira* (or!ava+se junto 2 %arede& 6*on andava co! todo cuidado %ara (a+ )er o !3ni!o %oss3ve* de $aru*ho' desejando ,ue ningu1! o visse ou ouvisse& A%esar da escurid o' en/ergava $e!& A,ue*es dias nu!a ce*a a%ertada co! cor+ rentes %rendendo+o %arecia! ter dado a e*e novas ha$i*idades& Su$iu as esca+ das' degrau %or degrau' se!%re o*hando ao seu redor %ara ver se a*gu1! o %er+ seguia& At1 !es!o as cidades e! Sea* tinha! !ais segurana& Eas e*as tinha! necessidade de ser seguras& A(ina*' ,ue! seria *ouco o su(iciente a*1! de*e %ara invadir os c1us e rou$ar u! ar,uivoC Ainda !ais' ser- !es!o ,ue ta* ser chega + ria ao ,uinto andarC 9e! se,uer i!%ortava& Continuou ru!ando %ara ci!a& S1ti+ !o andar& Co!%arada 2 a*tura da,ue*e v o dentro da corte' o andar ,ue e*e %recisava chegar era re*ativa!ente %erto& A escada su$ia in(inita!ente' %arecia nunca ter (i!& A cada novo andar ,ue a escada chegava' u! %ata!ar (eito de crista* (or!a+ va u! ane* ,ue dava sentido a !ais ,uatro corredores& Cada u! desses corredo+ res dividia!+se e! v-rias %ortas e v-rios outros corredores& Se n o tivesse u! te!%o de estadia !uito curto na,ue*e *ugar' %rovave*!ente adoraria %assar a eternidade estudando cada registro de cada ar,uivo de cada estante de cada sa*a de cada andar& 1*o c!e ar no patamar de n%mero J, deparei-me com os quatro corredores novamente, um em cada sentido. *pesar de n)o estar impaciente para ac!ar lo o o lu ar que deveria, mais uma ve# vi a m)o de Dreut# a"udando: uma %nica vela estava acesa ao fundo do corredor oeste. *o menos, esperava eu que fosse um sinal. 2umei para l com passos de atuno, e se ui pelo corredor que dava para vrias portas. Mas era apenas uma que mantin!a a vela acesa em um suporte ao seu lado. 4e uei-a e entrei pela sala. * dor da cera quente escorrendo pelos meus dedos era suportvel. *o entrar, deparei-me com vrias estantes esculpidas na parede, onde diversos rolos de

2"#

per amin!os repousavam. 3e n)o fosse pela %ltima a"uda de Dreut#, eu teria passado !oras vascul!ando aquilo, quando me deparei com al uns rolos " abertos em cima de uma mesa. *o lado dele, repousava um bil!ete: @Use o con!ecimento adquirido com sabedoria. ()o leve o per amin!o, apenas a sabedoria que dele retirar.@ $ueimei-o na vela e as cin#as espal!aram-se sobre a mesa. 3entei em uma das cadeiras esculpidas em cristal, assim como a mesa. *lis, tudo l era assim, menos os pap&is, penas e velas, pelo visto. 4in uei cera sob a superfcie espel!ada e coloquei a vela em uma posi+)o ereta para ler o que l estava escrito.? G A #atrulha elestial ouviu *oatos&&& 4oatos ,ue o #rimeiro dos ados te) nha dei5ado des end6n ia nos sete us ir ulam entre a "uarda& A#esar de sua amea7a ter sido eliminada a al"uns s ulos atr's+ s ulos estes ,ue distan iam as duas #rimeiras eras om sua morte sendo o mar o de #assa) "em+ o 8uramento ,ue ele 9e: 9i ar' "ravado #ara sem#re em nossas mem;) rias& <=aver' de he"ar o dia em ,ue meu real des endente assuma meu lu) "ar e *atalhe ontra a tirania im#osta #or nossos riadores>? @o ome7o+ a hamos "ra7a+ rimos da ironia de an8os nAo #oderem re#ro) du:ir& Bas o 9ato de ele ter al an7ado o reino mortal a"ora nos d' dCvidas& Ser' ,ue entre os mortais os an8os "anham seu meio no8ento de re#rodu) 7AoD Se ela 9u"iu+ sua #rote"ida e amada+ ser' ,ue os dois tiveram mesmo um 9ilhoD Batamo)os tAo r'#ido ,uanto a lu: do sol *anha o #laneta ao seu nas er no hori:onte& Ou h' um novo mtodo de riar des endentes ,ue nAo nos 9oi in9ormadaD Ee ,ual,uer modo+ a"ora o medo toma as ruas& Ruas de um reino ,ue seria im#rov'vel uma rian7a res er so:inha+ alm do mais de ter vindo #arar a#;s seu nas imento& A#esar de duvidarmos muito desta remota #ossi*ilidade+ iremos rastrear 8unto om os deuses a "enealo"ia de todos os an8os& $m novo mtodo de rastreamento ser' usado #ara isso+ onde "ravaremos mar as em nossos or#os& As virtudes 9arAo isso+ e a"ora elas tam*m estarAo en arre"adas da investi"a7Ao e #uni7Ao dos #ossveis des endentes do #rimeiro re*elde& Sua 9or7a ser' muito Ctil+ e se um#rirem seu #a#el om mestria+ talve: se) 8am nomeadas as #unidoras o9i iais do reino divino& Contamos #ara ,ue esta missAo se8a *em)su edida& G A missAo 9oi um 9ra asso& O res imento a elerado dos ados tornou esta missAo muito mais di9 il do ,ue 8' era& Ao menos+ as virtudes um#ri) ram um #a#el ,ue nAo 9oram desi"nadas+ e om uma e9i ' ia enorme& Como sAo a#enas ,uatro+ os deuses #ensam em am#liar seu nCmero #ara dar onta da demanda& O ,uarto andar ser' trans9ormado em uma #risAo

2".

#ara os #e adores+ e as virtudes 9arAo deste o seu lar& O assunto dos des endentes 9oi on"elado #or en,uanto e ser' retoma) do ,uando as oisas a almarem+ ao menos #or al"uns anos& A investi"a) 7Ao+ entAo+ orrer' em se"redo+ e ,ual,uer amea7a ser' eliminada& A ,ueda de muitos an8os #rovo ou um esva:iamento dos us+ e os deuses #re i) sam riar novos an8os #ara assumirem o lu"ar da,ueles ,ue #artiram #ara o in9erno ou estAo #resos no ,uarto andar& @isro 9ora ondenado #or ins) #irar a trai7Ao em massa+ mas =aniel inter edeu #or ele& Es#ero ,ue tenha tomado a atitude orreta& G Fu i9el aiu& $ma nova era se estende diante de nossos olhos neste mo) mento& Eiante disto+ ,ual,uer trato om os des endentes a"ora torna)se tri) vial& A"ora ,ue os humanos evoluram o su9i iente #ara uidar de seu #la) neta+ ele de idiu riar um lar #ara seus om#anheiros& -la"iando o u+ riou o in9erno em sete andares #ara ele e outros ados morarem #ara ,ue a terra dos homens nAo se8a #al o de uma dis#uta+ e #rometeu "uerrear ontra o seu anti"o lar em uma *atalha mortal+ at ,ue sua demanda se8a um#rida& Ser' ,ue ele era o des endenteD Ei9 il de di:er+ 8' ,ue ele nas) eu diretamente dos deuses+ e ainda om um irmAo "6meo& Os deuses se alaram om este ato+ e estAo em um #ro9undo sono a"ora& A"uardamos seu des#ertar #ara novas ordens& Bas om erte:a+ este 9oi o ato ,ue mais dei5ou)nos sur#resos& Fo"o ele+ o re#resentante da lu:&&& Creio ,ue Ga*riel+ seu irmAo+ ser' um e5 elente su*stituto #ara o ar"o+ a#esar de ele ainda estar ho ado om a ,ueda de seu irmAo& Os sete "randes ar an8os #erde) ram um mem*ro im#ortante&&& $m su*stituto ser' riado #ara #reen her este va:io& As Cltimas #alavras de Fu i9el antes de air 9oram. <A minha lu: tAo 9orte+ ,ue #or ausa de sua 9or7a a a*ou tornando)se as trevas&? G A "uerra ontra os des endentes 9ora retomada a"ora ,ue o a#o ali#se se a#ro5ima& Os humanos evoluram ao #onto de om#reenderem tudo omo #e,uenos deuses+ e isso assusta at mesmo a n;s& /alve:+ ao serem riados+ eles tenham re e*ido li*erdade demais+ nAo sei ao erto& Fo"o as hordas in9ernais e elestiais ho arAo uma ontra a outra+ e isto riar' uma ru#tura entre os #lanos& Os humanos #oderAo ver toda a ma"ia ,ue sem#re os er ou& O mais im#ortante a"ora eliminar ,ual,uer amea7a ,ue ainda #ossa e5istir #or a,ui& As virtudes ini iarAo sua missAo+ e desta ve: onta) mos om seu su esso+ ainda mais #elo seu atual nCmero si"ni9i ativo& G A missAo novamente 9ra assou& Os deuses estAo insatis9eitos+ mas isso nAo im#edir' o a#o ali#se 9inal& Os #re#arativos a a*aram+ e lo"o o em*ate

2#/

ome7ar'& Es#eramos a#enas ,ue nAo ha8a mani9esta7Ao dos des enden) tes en,uanto "uerreamos& G $m em#ate> Foi isso ,ue a 9or7a divina onse"uiu a#;s todo o es9or7o ,ue 9i:emos> -elo visto+ su*estimamos os dem%nios e sua nova 9or7a+ om) #osta nAo a#enas de an8os ados+ mas tam*m de riaturas dis9ormes ,ue+ di:em+ sAo "eradas #or dese8os im#uros dos mortais& Buitos om#anheiros morreram nesta "uerra entre *em e mal+ mas ao menos eles nAo "anharam& A estrat"ia dos #oderosos an8os ,ue aram e tornaram)se "enerais sur) #reendeu a todos& A "uerra a"ora se estender' #or muitas eras+ e #ara sim) #li9i ')la e evitar ,ue os seres sem 9orma ata,uem novamente+ os deuses eliminaram os mortais+ ,uase ,ue totalmente& A#enas os seus 9iis #revale) eram& Ao menos+ os des endentes nAo se mostraram+ e isso 9oi um alvio& $m reino mortal #ara an8os 9ora riado no #laneta mortal+ e #ara l' 9oram mandados an8os de *ai5o alAo e sera9ins #ara omand')los& Com isso+ os deuses #erdem seus mais im#ortantes servos+ mas&&&& Retomaremos as in) vesti"a7Ges om total a9in o+ a9inal+ nAo #odemos mais nos dar ao lu5o de haver uma 9or7a a mais a,ui nos us ,ue a8ude nossos inimi"os+ riados #or n;s mesmos& G $m ser de #oder e5tremo 9oi en ontrado 8unto aos an8os ,ue des eram ao reino mortal #ara *atalhar& Ele um dos 9ilhos de FC i9er om sua es#o) sa+ Filith& Estranho o 9ato dele ter trado seu lar #ara a8udar a,ueles ,ue sem#re 9oram seus inimi"os& Bais estranho ainda o 9ato de seus #oderes serem tAo "i"antes os assim& @Ao remos ,ue ele #ossa ser da linha"em de des end6n ia+ ainda mais sendo 9ilho de ,uem + entAo enviaremos a es) #ada sa"rada+ San tus+ ,ue nAo era usada desde o assassinato EA($EFE an8o& /alve: ele se8a o Cni o ,ue #ossa em#unh')la de#ois de Bidael& Ee ,ual,uer modo+ ontinuaremos atentos aos seus movimentos& G -istas 9oram 9inalmente en ontradas& $ma 9amlia se es ondia no #araso+ e o (ueru*im de -edra+ Cheru*iel+ de nada sa*ia& @Ao sa*emos ainda se devemos onsider')lo um traidor ou nAo+ mas om erte:a ele 9alhou om sua missAo& Has ulharemos o #araso e ani,uilaremos os des endentes+ um a um+ sem #iedade al"uma& Essas 9oram as ordens dos deuses+ e n;s as se"uiremos omo *ons servos& G F'+ eles viviam omo mortais& Invadimos o lu"ar e an8os nus+ om se5os e5#ostos+ viviam em harmonia+ des9rutando os 9rutos do Iden e 9a:endo

2#1

amor entre seus irmAos& In esto+ uma #r'ti a im#erdo'vel #ara ,ual,uer mortal& @Ao titu*eamos. sa amos nossas armas e matamos& Eles nem se) ,uer revidaram& Eois an8os 9u"iram #or J""drasil levando uma das des en) dentes+ ainda rian7a& Bandamos tro#as atr's deles+ mas eles es a#aram& A"ora no reino mortal+ ser' di9 il rastre')los& Ao menos+ nAo estAo mais nos us e sua ,uantidade 9ora redu:ida a um& Se ela 9or mesmo a des en ) dente+ o in9erno "anhou uma 9or7a a mais+ e n;s #erdemos uma amea7a in) terna& Ainda nAo sa*emos se isso 9oi lu rativo+ mas estamos satis9eitos om o resultado& En erramos o aso #or a,ui+ a#;s anos de tentativas ,ue deram errado e muitos investimentos em vAo& Ao menos+ #odemos dormir em #a: sem temer um assassino na asa ao lado& G >assos ro!%era! no corredor& 7ora desco$ertoC >rovave*!ente& Ser- ,ue (ora %or !udar a ve*a de *ugarC Eas co!o (ora to*o' %oderia ter *ido no escuro' ou *evado os %erga!inhos %ara o corredor e *ido *-" A%agou+a e escondeu+se e! u! canto entre as estantes' *i!%ando as cin)as da !esa& 4e%ousou a ! o so$re o ca$o da Sanctus e aguardou& A %orta de crista* a$riu& Os dois ,ueru$ins estava! *-' %rocurando %or a*go& >or e*e& Se! (a)er ,ua*,uer ru3do a*1! do da sua res%i+ ra o contro*ada' %Is+se e! u!a %osi o so$re os ca*canhares' %ronto %ara %e+ gar i!%u*so& Sa$ia ,ue seu esconderijo n o duraria !uito te!%o' !as ainda as+ si! o$servou a *u) de seus c3rios %reencher o *ugar' %rocurando %or e*e& Os guardas vestia!+se igua*!ente e %ortava! as !es!as ar!as& .!a ar!a+ dura da cor $ranca co! adornos dourados' ,ue co$ria co!%*eta!ente seus cor+ %os& A%enas seus o*hos (icava! de (ora da viseira de seus e*!os& >ortava!' cada u!' u!a es%ada na cintura e u!a *ana e! riste& Se o desco$risse! a*i' no v o entre duas estantes' seria (-ci* e*i!in-+*o co! a,ue*a ar!a& .! de*es a%ro/i+ !ou+se da !esa e a e/a!inou& Co! os dedos co$ertos %or suas !ano%*as' to+ cou seu %avio' ,ue ainda (u!aava& Avisou seu co!%anheiro e o*hou ao redor& 6*on teve a i!%ress o de seus o*hos a*canare! suas 3ris %rateadas ,ue re%ou+ sava! na escurid o& Co! u! aceno' os dois trocara! u! o*har& Co! certe)a o desco$rira!& A%agara! ent o as ve*as' su!indo na escurid o& 14or mseros se undos, eu ainda podia respirar. 4assei a ofe ar, mas n)o me desesperei. *penas tin!a certe#a que eles sabiam de min!a existncia. * noite estava escura, muito escura. 5o o, uma lan+a veio em dire+)o ao meu rosto. 3ua ponta bei"ou a l:mina da 3anctus, que saquei t)o rpido quanto pude naquele curto espa+o. * outra perfurou meu ombro e fe#-me san rar, manc!ando min!as vestes brancas. 3e urei o rito e pulei para fora do v)o, empurrando os dois para trs e fa#endo com que cassem no c!)o. 3oltei a lan+a de meu ombro e voei para fora da sala o mais rpido que pude, ouvindo o ressoar metlico de suas armaduras ao levantarem. Bomo uma flec!a, cortei o ar da torre interna da escadaria at& seu c!)o, e se ui para a porta, que estava trancada. Bonfiei em min!a espada, e puxei for+as do fundo da alma. 3eria ela capa# de cortar at&

2#2

mesmo um cristalL Doi.? .! $aru*ho agudo co!o u! grito' e *ogo as %ortas encontrava!+se %artidas no ch o& 6*on voou %or entre e*as' !as os ,ueru$ins vinha! a(oitos e! seu enca*+ o& Seu o!$ro do3a' !as n o era nada co!%arado ao ,ue j- %assara& Estancan+ do o sangue co! u!a ! o e segurando sua es%ada co! outra' tentava voar at1 Jggdrasi*' !as (ora %arado a$ru%ta!ente no !eio do ca!inho& .! dos guardas voou so$re e*e e deu u! chute' *evando seu cor%o ao so*o& ?irou e! seu ei/o %ara ,ue ca3sse de costas' e *ogo viu o outro guarda voando %ara (incar a *ana e! seu %eito& 4o*ou %ara o *ado e a %onta tocou o ch o' !as n o (ora o su(icien+ te %ara %arar o segurana da corte' ,ue' de %ronto' *argou+a e sacou sua es%ada& E! u! ato de re(*e/o' 6*on (icou de %1' %ondo+se e! %osi o de co!$ate& Esta+ va sujo de terra e sangue' !as isso n o o inco!odava& O outro anjo veio %e*o seu *ado direito' o !es!o ,ue (ora (erido no o!$ro' usando a es%ada %ara cort-+*o na a*tura da cintura& 6*on !anejou sua es%ada e de(endeu+se do go*%e' !as n o (ora o su(iciente& Era! dois contra u!& O outro veio na vertica*' %rocurando sua ca$ea' !as o anjo ruivo %u*ou %ara tr-s e seu go*%e atingiu a es%ada do co!%anheiro' (a)endo o tinti*ar de *H!inas ser ouvido de *onge& 9 o %oderia (a)er !uito $aru*ho' se viesse! outros anjos e! de(esa da,ue*es dois ,ueru$ins' seria seu (i!& #inha de a*canar Jggdrasi* o !ais r-%ido ,ue %udesse& Eas ,ue criana est=%ida" O ,ue ,uer ,ue ,uisesse a,ui' traou o seu destino' e suas asas negras n o !e dei/a! outra esco*ha" Eu ta!$1! n o tenho outra& + 4evidou 6*on& E o ,ue ir- (a)erC So!os dois e voc0 a%enas u!&

1Eu n)o tin!a poderes, tampouco um treinamento decente, mas eu tin!a al o que n)o me faria desistir: vontade. .alve# ten!a sido ela que sempre me impul sionou, ou ent)o fora al o que dentro de mim que at& ent)o eu descon!ecia.? A Jggdrasi* n o se encontrava t o *onge assi!' !as n o %oderia si!%*es!ente correr ou voar at1 e*a& #a*ve) se a gravidade (osse %ouco !enor&&& #a*ve) assi!' !as n o tinha certe)a& Ainda e! %osi o de co!$ate e co! sua ! o es,uerda estancando sua (erida' decidiu *utar %or sua vida& A*i-s' n o era se,uer u!a deci+ s o& Era seu instinto (a*ando atrav1s da,ue*a singe*a atitude& Os go*%es vinha! %or todos os cantos e! ve*ocidade assustadora& 6uando a*+ ternados' ainda conseguia usar sua ar!a %ara de(ender+se& 6uando ao !es!o te!%o' es,uivava de u! e de(endia outro' !as isso n o adiantava !uito& Suas vestes (ora! rece$endo cortes' e 2 !edida ,ue se cansava sua %e*e ta!$1! so+ (ria co! as *H!inas dos ini!igos& Logo' sua rou%a $ranca estava co! v-rias !anchas aver!e*hadas co!o a cor de seu ca$e*o& >recisava de ajuda& E! sua !ente' cha!ou %or 9isroc& >recisava de*e a*i' sen o ta*ve) n o esca%asse& Se! res%osta& Tavia a %ena ,ue$rado ou !anchado %or tintaC 9 o sa$ia di)er' n o ti+

2#3

nha co!o chec-+*a& Eas a,ue*a instHncia de(ensiva n o o ajudava !uito& Se n o %assasse a atacar *ogo estaria! enterrando suas (atias& .! go*%e na hori)onta*' a*tura do %escoo& Era da,ui*o ,ue %recisava& A%rovei+ tando+se de sua $ai/a estatura' a$ai/ou+se o go*%e %assou ras%ando e! seus %e*os sedosos& Atacou o seu autor %assando a Sanctus na a*tura de sua cintura& A *H!ina varou a ar!adura e (e) u! %ouco de sangue jorrar e! u! curto jato' %ois a regenera o divina o ajudava& 1Eu deveria, de qualquer forma, correr at& V drasil, mas ela parecia mais distante a cada passo que eu dava em sua dire+)o. Era possvel ouvir os passos do %ltimo uarda atrs de mim, com sua armadura pesada. O outro ainda apoiava a m)o no local onde sua armadura fora cortada, embasbacado com o fato de al o t-lo ferido. *ssim que o uarda que corria em min!a perse ui+)o atacou usando sua espada na vertical, de cima para baixo, eu esquivei pe ando um leve impulso para o lado. 3ua l:mina cortou a man a de min!a camisa, mas em meu movimento fi# um corte em seu abd9men, que san rara um "ato. ;sso deu mais tempo para correr at& V drasil. (aquele andar ainda era impossvel ver seus al!os superiores, mas a forma+)o de seus troncos iniciais come+avam ali. Mas eu n)o estava t)o preocupado assim com a parte de cima, eu n)o fu iria para o andar superior. Estava mais preocupado com o c!)o, onde as tempestuosas nuvens se formavam.? O guarda ,ue (ora %ri!aria!ente tres%assado gritou antes ,ue 6*on %u*asse %ara sua (uga< Via c*audere" V7echar o ca!inho"W 6*on aterrissou e! u! %iso (eito do !es!o crista* ,ue a corte su%re!a era criada& 8everia i!aginar ,ue os guardas a*i ainda tinha! u! tru,ue ,ua*,uer e! suas !angas& O !es!o guarda ,ue %ro(eriu o encanta!ento %ronunciou< 6uando ativa!os essa !agia' ningu1! entra ou sai deste andar& Ees!o ,ue sua es%ada tenha cortado as %ortas do tri$una* divino' n o ser- ca+ %a) de u*tra%assar a es%essura deste crista*' %oder- tentar se ,uiser&

6*on rea*!ente tentou' !as (oi e! v o& 6uando cortado' o crista* se regenera+ ra& O*hou %ara os guardas e %erguntou< Co!o vou sair da,ui' ent oC + %erguntou %ara si !es!o& Ees!o (erido' o %e,ueno ruivo de!onstrava $ravura ao continuar erguendo a Sanctus co! a%enas u!a de suas ! os& Seu o!$ro do3a' !as e*e %recisava %ri+ !eiro sair da*i co! vida %ara de%ois tratar de suas (eridas& Os guardas (icara! u! de cada *ado de 6*on& Acenara! u! %ara o outro co! u! !over singe*o de ca$eas e iniciara! seu ata,ue& 6*on voou %ara de(ender+se' !as (oi in=ti*' e*es continuava! a ca-+*o !es!o no ar& Os go*%es era! !uitos' tanto e! ,uantida+ de co!o ve*ocidade& Continuar es,uivando+se so$ a,ue*a gravidade seria ,uase

2#4

i!%oss3ve*' ou de(ender+se& B- estava cansado& O seu $rao !a* aguentava o %eso da Sanctus co! a%enas u!a ! o' voando e cansado&&& Era u!a sentena de !orte' a n o ser ,ue tivesse u!a $ri*hante ideia& #e*e%ortar de nada ajudaria' e*es era! ,ueru$ins e %oderia! a*can-+*o t o r-%ido e*e chegasse no destino de sua vis o& >rovave*!ente e*es n o havia! usado se,uer o tota* de suas (or+ as' a%enas su$esti!ando ou testando a a!eaa ,ue *idava!' %ois cada ve) !ais os go*%es (icava! (ortes& A(ina*' a%;s sere! cortados %e*a =nica coisa ,ue %odia !at-+*os' era i*;gico !anter+se na !es!a (ora de seu riva* %or o% o& .!a ideia surgira' !as s; teria te!%o e o%ortunidade %ara (a)0+*a u!a =nica ve)& 9 o era a !ais segura' !as era a !e*hor ,ue %odia ter& Ascendeu at1 o to%o dos c1us en,uanto de(endia+se e es,uivava co! o ,ue restara de suas energias& @9 o use! todo seu %oder agoraA' era o ,ue desejava& Assi! ,ue chegou ao !-+ /i!o ,ue %odia ir' o teto de crista* encantado %e*os guardas' $ata*hou u! %ouco co! e*es' !anejando sua es%ada e tentando a(ast-+*os co!o conseguia& >reci+ sava a%enas de u! %ouco de es%ao' e (oi o ,ue conseguiu e! a*guns instantes& A%;s a(astar u! dos guardas co! u!a tentativa (racassada de go*%e na diago+ na*' de $ai/o %ara ci!a' o outro instintiva!ente atacou+o %e*as costas' e era o ,ue 6*on ,ueria& Voou %ara $ai/o' e co! o au/3*io de suas asas e de seu enor!e %eso na,ue*a at!os(era' voou ra%ida!ente& Os guardas seguira!+no' !as assi! ,ue 6*on ergueu a es%ada aci!a de seus o!$ros e co!eou a %er(urar o ar' sua ve*ocidade au!entou grandiosa!ente& Os guardas at1 %ensara! no !es!o ,uando 6*on j- havia distanciado+se uns cin,uenta !etros' !as (ora in=ti*& A ace+ *era o j- o dei/ava nu!a ve*ocidade a$surda o su(iciente %ara ,ue n o (osse !ais a*canado da !etade da a*tura da ,ueda e! diante& Estava sentindo+se e/austo' n o (icaria acordado %or !uito !ais te!%o& Os ,ueru$ins %erce$era! a estrat1gia de*e tarde de!ais< n o dava !ais te!%o %ara conjurare! ,ua*,uer !agia& E! u! ato deses%erado' u! de*es atirou sua es%ada co! todas as (or+ as& .!a $e*a es%ada de duas ! os' co! *H!ina $ranca e adornos dourados assi! co!o a ar!adura ,ue o revestia& Eas e*e errou& A es%ada %assou ao *ado de 6*on e tocou o so*o de crista* das %ro/i!idades de Jggdrasi*' ,ue$rando+se e! !uitos cacos& 1* %ltima coisa de que me recordo & da 3anctus c!ocando-se contra o solo e estil!a+ando-o, como um espel!o qualquer. Min!a velocidade era alta demais para aquela prote+)o parar-me ou re enerar-se. Bomo um cometa, ras uei o vento em dire+)o do quarto andar. 4assei por ele rapidamente, nada percebi, e lo o c!e uei ao terceiro. (a metade do camin!o entre ele e o se undo, desmaiei, sem saber o que poderia acontecer comi o. 3, dese"ava estar vivo no final de tudo e voltar para onde vim. Dora uma curta "ornada nos sete c&us, dos quais co n!eci apenas cinco, mas fora lon a o suficiente para que eu voltasse a dese"ar a tranquilidade de casa. /ese"ava re ressar e contar para min!a mestra sobre min!a "ornada e ver sua ratid)o ao cont-la sobre seu passado. *pa uei, e como um corpo em queda livre, continuei min!a "ornada ao c!)o, mas a ora de ol!os fec!ados e uma sensa+)o indescritvel de ter cumprido meu ob"etivo, por fim.?

2#5

Cap. 31 F ga do Plano Celestial

isadas ecoava! %e*a (*oresta de 4a,uia& 9isroc ria a*to' caoando das Virtudes ,ue enganara a*guns dias antes& Ees!o a%;s todo a,ue*e te!%o' e*e ainda continuava a rir da estu%ide) de suas %erseguidoras& Co!o e*as %odia! ser t o (racas e to*asC E! u!a $ata*ha contra de)enas de*as' !a* %odia acreditar ,ue e*as era! as e/ecutoras do ju*ga!ento ce*estia*& 6uase ne! tocara! seu cor%o' e ainda ca3ra! e! cada u!a de suas %rovoca:es& A,ui*o s; %oderia ser u!a %iada& 6*on&&& Onde estaria a,ue*e %e,ueno anjo agoraC Era noite e! 4a,uia' e e*e ria angustiado da situa o' !as n o sa$ia co!o seu %rotegido estava& #a*ve) a %ena n o (uncionasse dada u!a devida distHncia' ou havia u!a inter(er0ncia en+ tre os %*anos agora& 9 o sa$ia ao certo& Assava u! java*i e! u!a (ogueira ,uan+ do ouviu u! $aru*ho& A*go cortava ra%ida!ente o c1u e! u! assovio agudo e cha!ava seu no!e& O*hou e! dire o a Jggdrasi* e u! raio *u!inoso desceu& 8escia se! ru!o' e e! cha!as& A,ui*o n o era $o! sina*& 8ei/ando seu a*i!en+ to a*i !es!o' trans(or!ou+se na es%*endorosa -guia e voou %e*os c1us e! dire+ o ao !eteoro' ,uerendo a%anh-+*o antes ,ue tocasse o so*o e criasse u! ru3+ do ,ue acordaria os drag:es& Conseguiu' !as %agara o %reo de ser atingido %or e*e %ara redu)ir o i!%acto& 6ue$rara a*gu!as coste*as' !as nada ,ue o !atas+ se& Veio ao ch o co! e*e' cerca de ce! !etros distante de Jggdrasi*' arrastan+ do+se na terra& 9 o se sur%reendeu ao se *evantar e ver ,ue era 6*on& Suas rou+ %as estava! surradas< %arte cortadas' %arte ,uei!adas& O ,ue ainda estava in+ tacto estava terrive*!ente sujo de u!a !istura nojenta< sangue' suor e terra& A Sanctus estava e! seu $rao direito' cujo o!$ro estava %er(urado& Ao !enos a (erida cauteri)ou+se u! %ouco co! o ca*or& Seu ca$e*o tivera as %ontas arruina + das %e*as cha!as' !as a,ui*o n o era u!a ,uest o de est1tica& Sentou+se ao seu *ado' ana*isando a situa o& Sanctus& 9 o %oderia tocar ne*a' n o era seu verdadeiro !estre e ta!%ouco %oderia ergu0+*a' !es!o ,ue usasse todo o %otencia* de seus !=scu*os& A %ena ainda estava intacta atr-s de sua ore*ha& 6ueria retir-+*o da*i antes ,ue !ais a*gu1! os visse& O garoto dor!ia tran,ui*a!ente co! u! sorriso escancarado e! sua (ace& >e*o visto' tinha a*can+ ado seu o$jetivo& Se! ver outra o% o' tentou acord-+*o& 6*on&&& 6*on" >ode ouvir+!eC

2#!

12ecebia al uns tapas em meu rosto quando acordei. * face de (isroc estava distorcida em meio > min!a evidente exaust)o, mas pude ouvir sua vo# c!amando em min!a mente.? 6*on&&& Est- $e!C + Seus *-$ios n o se !ovia!' co!o de costu!e& Si!&&& Eu acho ,ue si!& Onde estouC + 8i)ia erguendo o %escoo e a%oi+ ando+se e! seus cotove*os& E! 4a,ia& 7oi u!a ,ueda e tanto essa sua' heinC Est- cansadoC Bastante& Ent o a%enas e!$ainhe sua es%ada e che,ue sua !ochi*a %or seus %er+ tences& >oder- dor!ir no ca!inho de vo*ta %ara o %ri!eiro andar& #udo $e!& + 7a*ou 6*on' e!$ainhando sua ar!a e checando %or seus %ertences& Est- tudo aiC Si!' est-& + Sentia a te/tura das %edras de Breu na %a*!a de suas ! os& Ent o (eche os o*hos e dur!a& 6uando acordar' estare!os na Lua& 8or!ir&&& Eu n o %osso dor!ir" 9 o agora" Ora essa' e %or ,ue n oC 6uando chegar!os 2 Lua' u!a cena ainda estar- acontecendo& Esta cena envo*ve as sete virtudes' !inha !estra e !inha&&& A!iga& >reciso instru3+*o antes de %artir %ara ,ue %ossa ajudar+!e& Es,ueceu ,ue' e! Sheha,ui!' eu *i seus %ensa!entosC >ois ent o& Eu sei do ,ue se %assa *-' e garanto ,ue ajudarei a todos ,ue eu %uder& Con(ia e! !i!C Si!&&& Si!' con(io& Ent o a%enas descanse& >arece estar de!asiado e/austo& B- cu!%riu sua !iss o' agora cu!%rirei a !inha %ro!essa& Agarre+se (ir!e %ara n o cair en,uanto dor!e&

9isroc trans(or!ou+se na $esta a*ada' e 6*on ne*a !ontou& 6*on a%ertou as %enas douradas de seu a!igo e (echou os o*hos' dei/ando nova!ente sua !ente %*anar no va)io de seus %ensa!entos& 9isroc' %or outro *ado' estava %re%arando+se %ara o ,ue viria a seguir& 7a*ando e! u!a *3ngua ,ue n o era ,ua*,uer u!a das ,ue 6*on conhecia' recitou *ongos versos& .! %orta* co!eou a a$rir+se 2 sua (rente& 8e!orou !uitos !inutos %ara ,ue (ina*!ente

2#"

estivesse co!%*eto' !as assi! ,ue o conc*uiu' vo*tou seus o*hos %ara 6*on' ,ue dor!ia %aciente!ente e! suas costas' e disse tran,ui*a!ente< G Li$era*idade retirou sua es%ada das costas de Zarat' ,ue caiu no ch o ainda sangrando' ,uase se! vida& 4-%ido' %recisa!os conjurar u! %orta* e vo*tar %ara %egar o invasor" + 8i+ )ia en,uanto *i!%ava o sangue de sua es%ada sagrada& 9 o %recisa ne! %edir" Bondade j- co!eou o encanta!ento" + 7a*ava >aci0ncia' %reocu%ada co! toda a,ue*a situa o& 8ur!a' criana& Voc0 ainda te! u! *ongo ca!inho %ara tri*har&&& E' voando' entrou no %orta*' ,ue desa%areceu de vista assi! ,ue %assara!&

8i*ig0ncia ainda %erseguia Lua e n o dava sinais de e/ist0ncia& A essa hora' deveria! estar voando %or toda co*Inia *unar' e! u! jogo de gato e rato& 8e re+ %ente' u! %orta* co!eava a a$rir !ais aci!a da (onte& .! grande %orta*' gran+ de o su(iciente %ara todas e*as atravessare! ao !es!o te!%o& Eas o ,u0&&& + Li$era*idade estava %er%*e/a' a%enas o$servando& .!a %ena dourada veio e! sua dire o co!o u!a seta e atingiu+a na a*tura do %eito' varando+a& Li$era*idade caiu e! u! $a,ue surdo no ch o en,uanto 9is+ roc saia do %orta* e! (or!a de -guia' co! 6*on seguro e! suas costas& D o anjo da *i$erdade" + ?ritou Bondade' %arando seu encanta!ento& Se n o ,uisere! ser !ortas a,ui' + 8isse a -guia gigante ao %ousar %er+ to da (onte& + sugiro ,ue vo*te! i!ediata!ente %ara seu *ar&

Os seus o*hos dourados estava! re%*etos de u! desejo insano %or u! co!$a+ te' !as sua raciona*idade !andava evit-+*o& Tavia u! garoto descansando e! suas costas e !ais duas %essoas a sere! resgatadas& .!a de*as' ,uase !orta' j- estava %resa e! suas garras& 9isroc" >are j- co! isso" + ?enerosidade %ediu& + 9 o des%erdice a chance dada %or Tanie*& Eu n o estou& Estou a usando %or u! $e! !aior& + Co! Zarat e! suas garras' %assou a voar&

Era u! %ouco di(3ci* na,ue*a gravidade $ai/3ssi!a' !as conseguia contro*ar $e! o seu voo' co!o o anjo ,ue era e ,ue re%resentava& A*gu!as virtudes %en+ sara! e! segu3+*o' !as Bondade %arou+as& A,ue*e n o era ,ua*,uer anjo' n o %oderia! venc0+*o e sa$ia! $e! disso& Co! u! =*ti!o o*har' 9isroc des%ediu+se das virtudes %*anando %e*os c1us de >ri!itus' %rocurando %e*a outra %essoa a

2##

ser resgatada& G Lua (ugia co!o %odia& 9 o %odia voar !uito sen o a gravidade $ai/a a atrasa+ ria !ais do ,ue %oderia ajudar' ent o o !e*hor !1todo era te*e%ortando de u! canto %ara outro& 8e rue*a e! rue*a' $eco e! $eco' a situa o (icava !ais co!+ %*icada' %ois 8i*ig0ncia a seguia de %erto& .! erro e seria seu =*ti!o& At1 ,ue u! rugido vindo dos c1us %arou aos dois& 9isroc %ousou na sua (rente e os dois %a + rara! o jogo de %i,ue& 9isroc&&& + 8i*ig0ncia estava assustada %or $ai/o de sua !-scara& + >re+ tende i!%edir+!eC

Lua nada entendia& Estava co! u! senti!ento de !edo indescrit3ve*' !as en+ t o viu Zarat nas garras da enor!e $esta e %assou a aca*!ar+se& 8i*ig0ncia' vo*te co! as outras %ara os sete c1us e dei/e essa criana e! %a)& Ba!ais" E*a 1 a descendente" Irei e/ter!in-+*a a,ui e agora" ?ostaria de ver voc0 tentando (a)er isso %or ci!a de !eu cad-ver&&&

.! si*0ncio a$ateu+se entre os dois& 8i*ig0ncia !antinha sua es%ada (ir!e e! %unho' !as isso n o assustava ne! u! %ouco a 9isroc' ,ue ainda !antinha sua %ostura' ins%irando !ais do ,ue res%eito no cora o da,ue*a virtude& Vai virar !es!o as costas %ara o seu *ar' 9isrocC Vai !es!o virar as costas %ara seus criadores a%enas %ara ajudar u!a&&& u!a&&& .!a inocente ,ue o =nico cri!e ,ue co!eteu (oi nascer& Ad!ita' 8i*ig0n+ cia' voc0 ne! !es!o sa$e %or ,ue !otivo *uta' a%enas *uta& Se ,uer tanto assi! u! %unhado de sangue %ara !anchar sua es%ada' venha re+ tirar o !eu" Vai arre%ender+se disso" #ornar+se+- de(initiva!ente u! ca3do e ja!ais %oder- retornar aos c1us" + 8i)ia a%ontando %ara e*e' condenando& B- (i) a !inha esco*ha& Ande e (aa a sua& Se!%re sus%eita!os de voc0 e ,uise!os sua ca$ea e! u!a $andeja&&& Tanie* se!%re nos i!%ediu&&& Acho ,ue est-va!os certas no (ina*& #a*ve) si!' !as n o cu*%e a Tanie* %or !inhas decis:es& S o de !inha autoria' e nada devo te!er %or to!-+*as sendo o %rinc3%io ,ue sou& Agora su!a da,ui" 9 o encostar- u! dedo se,uer nesta jove!" Co!eteu seu !aior erro' 9isroc& O novo a%oca*i%se est- %r;/i!o' ir- %a+

O o*har de 8i*ig0ncia era severo' !as isso n o inti!idava 9isroc&

2#.

gar %or seus cri!es ne*e& E serei eu a,ue*a ,ue retirar- sua ca$ea& Se ,uer tanto assi!' (aa+o agora& Sen o' engu*a suas %a*avras se! sig+ ni(icado a*gu! e vo*te %ara o *ugar de onde veio& G Adeus' 8i*ig0ncia&

8i*ig0ncia deu as costas e vo*tou %or onde viera' antes o*hando co! o canto dos o*hos %ara a,ue*a cena& 9 o seria o =*ti!o encontro entre a,ue*es dois an+ jos' co! toda certe)a& Lua 1 seu no!e' certoC S+Si!' sou eu&&& 9isrocC Si!' sou o %rinc3%io da *i$erdade' 9isroc' e (a*o co! voc0 !enta*!ente agora& Conheci seu %u%i*o nos sete c1us& E*e&&& EorreuC 9 o' %e*o contr-rio& E*e conseguiu co!%*etar sua !iss o e re%ousa e! !inhas costas& Vi! a%enas dei/-+*o a sa*vo agora' cu!%rindo !inha %ro+ !essa& 9 o a%enas e*e' !as todos ,ue e*e tinha a*gu! v3ncu*o a,ui& Creio eu ,ue as sete virtudes n o !ais a atra%a*har o& Euito o$rigada&&&

Lua i!aginava agora o %ior&

9isroc vo*tou 2 sua (or!a origina*& Lua e/citou+se co! a,ue*e anjo de cor%o escu*tura*& E! u! $rao e*e carregou Zarat' ,ue ainda sangrava %e*a %er(ura o e! sua $arriga' e no outro carregava 6*on' da !aneira ,ue o encontrara a%;s sua ,ueda& Lua sur%reendeu+se ao ver o estado de suas asas do *ado direito& E!$as$acada' tentou arrancar u!a e/%*ica o de 9isroc< O ,ue aconteceu co! e*eC >ergunte %ara o !es!o assi! ,ue acordar de seu sono& Creio ,ue ser!e*hor se sou$er de sua $oca&

8ei/ou os dois cor%os no ch o' na (rente de Lua& A$riu ent o suas asas doura+ das' e disse< A%roveitarei u! %ouco do ,ue !e (ora retirado esses !i*0nios e! c-rce+ re& Vo*tarei a es%a*har !eu %rinc3%io entre os !ortais' ver o !undo ,ue (ora criado a%;s a $ata*ha ,ue %erdi a*guns de !eus a!igos&&& 6uando e*e acordar' diga ,ue cu!%ri !inha %ro!essa' e ,ue es%ero ,ue u! dia e*e cu!%ra a de*e&

2./

8irei& E*e 1 u!a criana es%ecia*' cuide $e! de*e co!o sua !estra& Este garo+ to $ata*hou !uito %or voc0' 1 o !3ni!o ,ue %ode (a)er %or e*e& E*e ,uase !orreu diversas ve)es' !as conseguiu cu!%rir sua !iss o& 6uando crescer' (icar- !uito (orte& # o (orte ,uanto ja!ais se i!aginaria& O$rigada' nova!ente& 9 o %recisa agradecer& A%enas cu!%ri co! !inha %ro!essa& Be!' vo*ta+ re!os a nos ver a*gu! dia& At1 *-' descendente&

9unca entendera %or ,ue a cha!ava! assi!& Eas sentia ,ue agora' co! o re+ torno de seu %u%i*o' iria& At1' anjo da *i$erdade& E*e sorriu %ara e*a e te*e%ortou+se da*i' retornando ao %*aneta ,ue u! dia ins%i+ rara a ser *ivre& 6ueria ver os resu*tados ,ue sua %a*avra dei/ara& 6ueria ver o ,ue tinha ins%irado no cora o da,ue*es !ortais' e se os seus ensina!entos !orrera! ou (ora! resguardados %e*as eras& En,uanto isso' Zarat estava jogada no ch o& 8es(a*ecia& #ossiu sangue e cha!ou a aten o de Lua' ,ue virou seu cor%o& O seu rosto tinha *-gri!as& 6*on&&& E*e vo*touC Si!" Si!' e*e vo*tou" + Lua %egou+o nos $raos e !ostrou %ara Zarat& E*e&&& Cu!%riu sua %ro!essa&&& D !e*hor tratar!os essas (eridas antes ,ue venha a ;$ito" Irei *ev-+*a %ara&&&

9 o adiantava !ais ,ua*,uer %a*avra& E*a j- havia %artido %ara junto dos ou+ tros anjos ,ue !orrera! e! ca!%o de $ata*ha& Onde ,uer ,ue (osse' !orrera co! u! sorriso e! seus *-$ios& Era co!o se tivesse aguardado a,ue*e te!%o %ara !orrer' !es!o co! o go*%e ,ue rece$era& Lua %ensou e! acordar seu a*u+ no' !as n o (aria isso a%enas %ara !ostr-+*o a*go triste& G 1*cordei. Uma forte dor de cabe+a tomou-me de s%bito. 3entia todo o meu corpo dolorido. Estava envolto em banda ens e nu, deitado no sof de Warat. .in!a por fim retornado a 5unae. Ol!ei em volta e vi 5ua sentada numa mesa, comendo al o. (isroc n)o estava mais l. 4rocurei por meus pertences e encontrei-os. Min!a espada repousava no c!)o, "unto com min!a bolsa, que carre ava meus itens de sobrevivncia, os livros, a pena do an"o da liberdade e as pedras de breu... WaratA Onde estava elaL? Aos %oucos' e*e *evantou& Lua %erce$eu e (oi acudi+*o<

2.1

O%a' es%ere 6*on" + 8i)ia' a%oiando seu cor%o no de*a& + Ainda est- cedo de!ais %ara tentar ca!inhar nova!ente& Est- sentindo+se $e!C Onde est- ZaratC + 7ora! as %a*avras ,ue sa3ra! de sua $oca& Sente+se& Contarei& + 7a*ou' co*ocando+o aco!odado no duro so(-& + Estco! (o!eC Sede %rovave*!enteC Voc0 (icou desacordado %or dias e&&& Onde est- e*aC

Lua (e) u!a e/%ress o de ang=stia' co!o ,ue! sa$ia ,ue a,ue*a hora chega+ ria' !as n o ,ueria ,ue chegasse& Sentou+se ao seu *ado e (a*ou< 6*on&&& A%;s a %ersegui o' u!a -guia %arou na !inha (rente %ara sa*+ var+!e& Era 9isroc" E onde e*e est-C E*e disse ,ue voaria %or a*gu! te!%o %e*o !undo %ara ver co!o as coi+ sas tinha! (icado a%;s sua %artida& 8e acordo co! o ,ue e*e disse' voc0 conc*uiu o ,ue (oi (a)er& D verdadeC Si!' 1& Eas o !ais i!%ortante agora 1 sa$er onde est- Zarat& Ent o&&& 9isroc dei/ou o seu cor%o e o de*a co!igo& En,uanto voc0 des+ cansava' e*a&&& E*a !orria' 6*on& 8escu*%e& 9ada %ude (a)er %ara sa*v-+*a& + 8isse Lua' sentindo+se i!%o+ tente& #udo $e!& Eu j- n o tinha !uitas es%eranas de conseguir !es!o' n o a%;s o ,ue as virtudes (i)era! co! e*a&&& E o ,ue voc0 (e) co! o cor%oC A coisa !ais digna ,ue eu %oderia (a)er< enterrei+o& Eu gostaria de visitar seu t=!u*o& AgoraC 9estas condi:esC D o !3ni!o ,ue %osso (a)er %e*a !u*her ,ue !e sa*vou' n o achaC

L-gri!as $rotara! dos o*hos do jove! anjo&

Lua (orou u! sorriso e! !eio 2 triste)a do !o!ento& >assou a ! o nos ca+ $e*os de 6*on' u! tanto arre%iados co! as %ontas ,uei!adas& E*e havia a!adu+ recido u! %ouco' %odia sentir& G O t=!u*o (icava u! %ouco a(astado da cidade' (ora dos %ort:es& Era u! ce!i+ Va!os& Levarei+o *-&

2.2

t1rio si!%*es' onde os cor%os dos outros ha$itantes era! enterrados onde hou+ vesse u! es%ao& O t=!u*o de Zarat n o tinha se,uer u!a *-%ide decente& Era co!o todos os outros' a%enas u!a cru) (eita de !adeira& .! %edao rasgado de seu vestido estava a!arrado a e*e' %ara *e!$rar a ,ue! %ertencia& 6*on ajoe + *hou+se ao (icar %r;/i!o& E*a !orreu sorrindo 6*on' %or sa$er ,ue voc0 estava $e! e tinha cu!%ri+ do co! sua %ro!essa& + 8isse Lua' tentando conso*-+*o& D&&& E 1 triste sa$er ,ue ja!ais %oderei cu!%rir a %ro!essa ,ue (i) %ara e*a& Zarat bca**$er&&& E*a !orreu %or !i!& Lua&&& Si!' 6*onC Se u! dia eu (or rei' co*ocarei o no!e de*a na hist;ria& 8e a*gu!a (or!a& Eas at1 *-' (ico triste ao sa$er ,ue a =nica recorda o' ,ue a =nica *e! + $rana ,ue terei de*a' ser o estas %e,uenas duas %edras ,ue carrego e! !inha $o*sa e as *e!$ranas ,ue eu tive de seu rosto& .! dia' trarei (*ores %ara adornar seu t=!u*o& .! dia& D& E neste dia' j- estar- (orte o su(iciente %ara entrar nu!a guerra so)i+ nho& At1 ,ue seu treina!ento se conc*ua' n o vou dei/ar ,ue retorne a,ui' 6*on& Co!o sua !estra&&& EestraC Si!' !estra& 9 o vou !ais renunciar este cargo %or $esteiras' ainda !ais de%ois do ,ue (e) %or !i!& E co!o sua !estra' n o ,uero ,ue ve + nha !ais a,ui& 9 o en,uanto n o (or (orte o su(iciente %ara en(rentar os %erigos so)inho& E %or ,ue n oC B- errei e! ter dei/ado ,ue (osse' 6*on& >or !ais ,ue tenha a%rendido *-' so(rera' %osso ver %e*as !arcas e! suas asas& Voc0 ainda 1 u!a criana' e %assou %or diversas coisas ,ue ja!ais deveria ter %assado nesta idade& Ees!o o %resente ,ue Zarat o deu&&& 7oi cedo de!ais %ara voc0 rece$er& En,uanto dor!ia' eu %ensava e! co!o (ui u!a %ro(essora des*ei/ada co! !eu disc3%u*o& E! co!o %ude ser t o ego3sta e $urra a%enas %ara saciar a !inha curiosidade& ?aranto ,ue' a %artir de hoje' isso n o se re%etir-& Con(ia e! !i!C Eestra&&& Si!' eu con(io& + 4es%ondeu& Ent o' 6*on' va!os vo*tar& Vo*tar %ara a Base' vo*tar %ara Aeria& L- te en+ sinarei tudo a,ui*o ,ue a%rendi co! os grandes !estres' tudo a,ui*o ,ue dever- sa$er %ara se tornar o !aior guerreiro ,ue nosso reino j- viu& #udo ,ue %recisa a%render %ara' at1 !es!o' su%erar seu %ai&

2.3

O$rigado' !estra& Eas te!os u! %ro$*e!a' 6*on& 6ua*C Co!o va!os esconder essas suas asas agoraC

4ea*!ente' a,ui*o aca$aria sendo u! e!%eci*ho %ara sua estadia na Base& Se !ais a*gu1! o visse assi!' %rovave*!ente teria u!a grande dor de ca$ea %ara e/%*icar co!o conseguira tr0s grandes asas negras& D !es!o&&& + >onderou 6*on& + 9 o h- nenhu!a !agia ,ue as dei/e $rancas nova!enteC .!a !agia %ara !udar a cor de suas %enasC I!%oss3ve*& Acho ,ue ne! se atir-sse!os tinta ne*as& Asas negras s o a !arca do %ecador' n o %o+ de! ser ocu*tadas assi!& T- a*gu!a outra (or!aC Si!' e/iste& Eas isso vai consu!ir !uita de !inha energia& Criar u!a i*u+ s o na !ente das %essoas n o 1 nada si!%*es& Ou !es!o escond0+*as' ,ue 1 a*go virtua*!ente si!%*es&&& Se voc0 !e ensinar' eu %oderia us-+*a %ara %roteger+!eC Si!' %oderia' !as antes&&& Va!os vo*tar' 6*on& Conversare!os essa e !ais coisas ,uando chegar!os e! casa&

6*on saiu andando co! Lua %e*o ce!it1rio' %ro!etendo ,ue u! dia retornaria %ara *- e visitaria sua a!iga !orta& Os dois %er!anecera! e! si*0ncio en,uanto ca!inhava! %e*as ruas ,uase desertas de >ri!itus e se*ava! a casa de Zarat' co!o (or!a res%eitosa de di)er seu adeus& 7icara! e! si*0ncio at1 chegare! aos %ortais de (erro en(errujado da entrada& Ent o 6*on' o ,ue (oi ,ue desco$riu e! sua !iss oC + >erguntou Lua& 6uando chegar!os e! casa' contarei& + 4es%ondeu 6*on' ainda %ensan+ do e! tudo ,ue *era no ,uinto andar do reino ce*estia*& D t o grave assi!C 9 o' !as creio ,ue n o gostar- de sa$er& T- !uito %ara eu contar& E h- !uito %ara ensinar& #ere!os todo o te!%o do !undo %ara ,ue !e conte tudo ,ue aconteceu *-&&&

O si*0ncio nova!ente %airou entre os dois& #e*e%ortando+se' %asseara! %e*a vastid o *unar at1 encontrar u!a vista de seu %*aneta %ara ,ue' %or (i!' dei/as+ se! a entrada dos sete c1us&

2.4

Contin a...

2.5

2.!

8gradecimentos 5speciais
'rimeiro, gostaria de agradecer a meu amigo Carcos 'assos. (em ele, meu sonho de criar um livro seria impossHvel. 5stou no site desde seu surgimento, evoluindo em con&unto. Carcos sempre me apoiou em meu sonho, e gostaria *ue ele soubesse *ue sempre o apoiei neste pro&eto *ue promete revelar muitos escritores de *ualidade. 5m seguida, agradeo aos meus parentes e professores, *ue me suportaram e criaram, passaram por momentos muitos difHceis e cansativos para isso e merecem toda a minha gratido. <amb6m agradeo aos meus primeiros leitoresI <ani1e, 4ucas, @han, 'aul e Douglas, por me incentivarem e darem e,emplos de *ue no estou so1inho neste mundo de letras em pedaos de papel. 5ncontrei em vocJs uma forte ami1ade, atada pela pai,o *ue temos em comum pela escrita. <amb6m agradeo K minha f nLmero um Mou ao menos assim ela 6 auto:intituladaN 2abielO. (empre paciente para ler meus te,tos, me a&udar com algumas corre+es simples, criticar e, de *uebra, divulgar. (uportou tamb6m ser minha amiga, uma tarefa difHcil *ue )amila 8raL&o, criadora da magnHfica capa deste livro e grande companheira Mal6m de minha escritora favorita, autora da s6rie 4egend of 0aOthonN sabe muito bem como 6. 5la tamb6m me a&udou e nela encontrei mais um e,emplo para me apoiar. Cais recentemente, tenho de agradecer ao pessoal do 0ealDerd no 2acebooP MfacebooP.comQ0ealDerdN pelo e,celente trabalho de divulgao *ue fi1eram para mim. 'aulo (i*ueira, est a*ui meu agradecimento, espero *ue goste. 'or fim, mas no menos importantes, a todos os meus leitores, *ue, apesar de serem poucos, tamb6m melhoraram minha escrita indiretamente. 2i1 isso por vocJs e para vocJs. Do fi*uem tristes se seus nomes no aparecerem a*ui, pois no cabem mais em uma p gina, mas saibam *ue sou grato aos seus incentivos e elogios, nos *uais me apoiei para ir adiante. 2."

2.#

Dotas 5speciais
Os idiomas 8ngelical e 5no*uiano e,istem, mas no so pronunciados e escritos da mesma forma *ue aparecem neste livro. )aso *ueiram in: formar:se mais, e,istem diversos materiais espalhados pela internet e li: vros *ue tratam do assunto. )omecem pes*uisando isto em conteLdos relacionados a ocultismo, apenas como uma dica. O 4atim usado neste livro 6 de origem duvidosa, mas acreditemI fi1 o m ,imo possHvel para corrigi:lo, usando de Dicion rios de 4atim at6 apostilas de 4atim e consulta com professores de 4atim Me minha namo: rada, *ue teve aulas de 4atim. )aso tenham alguma correo gramatical, falha de roteiro, dLvidas, su: gest+es, agradecimentos, crHticas... 5starei apto a recebJ:las no e:mailI viniciusRrurouni!!!Shotmail.com ObrigadoT

2..

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