Parafusos
Parafusos
Parafusos
facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantm unidas. Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabea, da haste e do tipo de acionamento.
O corpo do parafuso pode ser cilndrico ou cnico, totalmente roscado ou parcialmente roscado. A cabea pode apresentar vrios formatos; porm, h parafusos sem cabea.
H uma enorme variedade de parafusos que podem ser diferenciados pelo formato da cabea, do corpo e da ponta. Essas diferenas, determinadas pela funo dos parafusos, permite classific-los em quatro grandes grupos: parafusos passantes, parafusos no-passantes, parafusos de presso, parafusos prisioneiros.
Parafusos passantes Esses parafusos atravessam, de lado a lado, as peas a serem unidas, passando livremente nos furos. Dependendo do servio, esses parafusos, alm das porcas, utilizam arruelas e contra porcas como acessrios. Os parafusos passantes apresentam-se com cabea ou sem cabea.
Parafusos no-passantes
Parafusos de presso Esses parafusos so fixados por meio de presso. A presso exercida pelas pontas dos parafusos contra a pea a ser fixada. Os parafusos de presso podem apresentar cabea ou no.
Parafusos prisioneiros So parafusos sem cabea com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados nas situaes que exigem montagens e desmontagens freqentes. As roscas dos parafusos prisioneiros podem ter passos diferentes ou sentidos opostos, isto , um horrio e o outro anti-horrio. Para fixarmos o prisioneiro no furo da mquina, utilizamos uma ferramenta especial. Caso no haja esta ferramenta, improvisa-se um apoio com duas porcas travadas numa das extremidades do prisioneiro. A segunda pea apertada mediante uma porca e arruela, aplicadas extremidade livre do prisioneiro. O parafuso prisioneiro permanece no lugar quando as peas so desmontadas.
Ao unir peas com parafusos, o profissional precisa levar em considerao quatro fatores de extrema importncia: Profundidade do furo broqueado; Profundidade do furo roscado; Comprimento til de penetrao do parafuso; Dimetro do furo passante.
- dimetro do furo broqueado d - dimetro da rosca A - profundidade do furo broqueado B - profundidade da parte roscada C - comprimento de penetrao do parafuso d1 - dimetro do furo passante
Exemplo: duas peas de alumnio devem ser unidas com um parafuso de 6 mm de dimetro. Qual deve ser a profundidade do furo broqueado? Qual deve ser a profundidade do furo roscado? Quanto o parafuso dever penetrar? Qual o dimetro do furo passante? Soluo: a) Procura-se na tabela o material a ser parafusado, ou seja, o alumnio. b) A seguir, busca-se na coluna profundidade do furo broqueado a relao a ser usada para o alumnio. Encontra-se o valor 3d. Isso significa que a profundidade do furo broqueado dever ser trs vezes o dimetro do parafuso, ou seja: 3 6 mm = 18 mm. c) Prosseguindo, busca-se na coluna profundidade do furo roscado a relao a ser usada para o alumnio. Encontra-se o valor 2,5d. Logo, a profundidade da parte roscada dever ser: 2,5 6 mm = 15 mm. d) Consultando a coluna comprimento de penetrao do parafuso, encontrase a relao 2d para o alumnio. Portanto: 2 6 mm = 12 mm. O valor 12 mm dever ser o comprimento de penetrao do parafuso. e) Finalmente, determina-se o dimetro do furo passante por meio da relao 1,06d. Portanto: 1,06 6 mm = 6,36 mm. Se a unio por parafusos for feita entre materiais diferentes, os clculos devero ser efetuados em funo do material que receber a rosca.
Materiais
Os parafusos so feitos em uma larga gama de materiais, com muitas variedades de ao que so talvez os mais comuns. Onde necessrio resistncia ao tempo e a corroso , o ao inoxidvel, o titnio , o bronze so os materiais mais utilizados. Alguns tipos de plstico, tais como o nylon ou Teflon, podem ser aplicados para uma sustentao que requer uma fora moderada e grande resistncia corroso ou isolao eltrica. Mesmo a porcelana e o vidro podem ser moldados as linhas de parafusos que so usadas nas aplicaes tais como isoladores eltricos. O mesmo tipo de parafuso pode ser feito em muitas classes diferentes do material. Para aplicaes crticas de elevada tenso/fora, onde os parafusos de baixa qualidade podem falhar, tendo por resultado danos ou ferimento. Nos parafusos SAE, um teste padro distintivo do funcionamento imprimido nas cabeas para permitir a inspeo e o validao da fora do parafuso. Tais parafusos inferiores so um perigo vida e propriedade quando usados em avies, automveis, caminhes pesados, e aplicaes crticas similares9
Aplic
Figura
Produto
Material
Acabamento
Aplicao
Utilizados em carrocerias de caminhes, bretes e mangueiras para trabalho com gado, bancos de jardim, abraadeiras para eletro ferragens, carroas, cercas de madeira, construo naval, corrimo de escadas, pallets, placas de sinalizao, etc Utilizados na metalmecnica em geral Utilizados na metalmecnica em geral Para uso em prateleiras metlicas Para uso na montagem de prateleiras metlicas Para uso na montagem de prateleiras metlicas Para uso na montagem de prateleiras metlicas
Parafuso Francs
Parafuso sextavado
Parafuso sextavado
Polido, zincado branco, zincado Ao 1020, 8.8 amarelo, zincado preto Polido, zincado branco, zincado amarelo, zincado preto Zincado branco, zincado amarelo, zincado preto Zincado branco, zincado amarelo, zincado preto Zincado branco, zincado amarelo, zincado preto Zincado branco, zincado amarelo, zincado preto
Parafuso sextavado para prateleiras metlicas Parafuso sextavado para prateleira Parafuso sextavado para prateleira
Ao 1020
Ao 1020
Ao 1020
Ao 1020
Ao 1020
Ao 12.9
Para uso na fixao do aro para fechamento de embalagens industriais (tambores) Para uso na montagem de mquinas, equipamentos. Tambm usados na manuteno, ferramentaria, onde haja pouco espao para a cabea. Para uso na montagem de mquinas, equipamentos. Tambm usados na manuteno, ferramentaria, etc Para uso na montagem de mquinas, equipamentos. Tambm usados na manuteno, ferramentaria. Para uso na montagem de mquinas, equipamentos. Tambm usados na manuteno, ferramentaria. Para uso na montagem de mquinas, equipamentos. Tambm usados na manuteno, ferramentaria.
Ao 12.9
Parafuso allen cabea cilndrica rebaixada com corpo retificado e sextavado interno
Ao 12.9
Ao 12.9
Ao 12.9
Parafuso allen cabea abaulada com sextavado interno. Veja demais opes de pontas. Bujo de presso, com rosca NPTF
Ao 12.9
Ao 12.9
Ao 1020, B7
Para uso mecnico. Podendo ser cortada na medida necessria substituindo parafusos.
Vida util O desenvolvimento da tecnologia de fixao, tais como o emprego de parafusos e unies tem como uma de suas finalidades formar um conjunto de componentes mecnicos que combine uma alta resistncia mecnica e rigidez, destinado a acomodar as cargas, tenses, deformaes e a vida especificada para uma aplicao em particular. A juno de peas atravs do uso de parafusos um dos processos mais utilizados que alia versatilidade e baixo custo, sendo que a falha de um nico parafuso pode comprometer toda estrutura ou mquina.Na maioria das aplicaes, os parafusos utilizados para fixao em unies so submetidos a carregamentos cclicos e consequentemente esto sujeitos a falhas por fadiga. Este projeto visa discutir a aplicao do mtodo dos elementos finitos na anlise de falhas por fadiga em parafusos e unies de diferentes configuraes, variando o material e a espessura das chapas. Especificamente ser avaliada a influncia de alguns parmetros de projeto na distribuio de
carga e de tenses em parafusos, que um dos aspectos mais importantes na durabilidade desses componentes. Como tambm, sero investigados os efeitos do torque de montagem na vida til de unies parafusadas sujeitas a carregamentos cclicos. O efeito do torque de aperto na vida em fadiga de unies parafusadas um tema complexo, pois at ento no foi possvel equacionar esta relao. Resistncia Voc certamente j deve ter reparado, principalmente na cabea (sextavado) do parafuso que existe uma numerao gravada, normalmente com um ponto decimal. Muitos erroneamente acham que est relacionado com a medida ou at mesmo do torque a ser aplicado.
No primeiro caso isso no tem nada a haver. J no segundo, prximo disso, no que seja o valor do torque a ser aplicado e sim da resistncia do material. O que significam estes valores? Esta numerao representa a classe de resistncia que o parafuso possui. Ex1: 8.8 o primeiro oito representa 800 N/mm mnimo de resistncia a trao; o segundo oito, na verdade .8, quer dizer 80% da trao = limite de escoamento de 640 N.mm Ex2: 12.9 o 12 representa 1220 N/mm mnimo de resistncia a trao; o nove, na verdade, .9 quer dizer 90% da trao = limite de escoamento de 1098 N.mm Quanto menor for a classe de resistncia do parafuso, maior ser sua ductibilidade (capacidade de deformao do material at sua ruptura, sendo que, quanto mais dctil for o parafuso, maior ser sua capacidade de alongamento sem se romper), porm menor ser a sua capacidade de gerar fora. Em outras palavras, suporta menos torque. Voc ainda poder encontrar, alm do valor 8.8 que o mais comum no setor automotivo, vrios outros valores como: 4.6, 5.6, 6.9, 10.9 e 12.9. Classe de parafusos
Aperto por Torque Com os conceitos de Torque e Capacidade de Gerao de Fora do Elementos de Fixao j apresentados, possvel discorrer sobre processos de Torque e a melhor maneira
fazendo uso de um exemplo especfico.O primeiro processo a ser apresentado Aperto por Torque, tambm conhecido como Torque Simples ou Torque Seco. A partir de um Torque Alvo, o equipamento, pneumtico ou eletroeletrnico ajustado a este valor, tambm conhecido como Torque Dinmico. Neste exemplo, a especificao de Torque solicita um Torque de 20 Nm e um intervalo de 18 a 22 Nm.De maneira geral, denominamos 20 Nm como o Torque Dinmico, que ser o Torque Alvo a ser consolidado no equipamento de aperto (Torque de Set-Up) e os limites sero 18 e 22 Nm. Estes limites balizaro a janela de Torque, tanto do equipamento, bem como, dos valores de Torque de Verificao (Torque Pela especificao, 20 2 Nm, isto , 10 %, obrigatoriamente o equipamento deve ser eletroeletrnico, por razes de campadipilidade. Neste exemplo, a partir de 12 Nm considera-se que a Junta est perfeitamente assentada. Definimos ento Torque de Assentamento como sendo 12 Nm, mximo. O Torque de Assentamento tambm conhecido como Snug Torque. Fisicamente, admite-se que se gasta esta Energia para assentar os componentes da Junta e a partir deste valor, o aperto ocorre de forma linear, em relao ao deslocamento angular do Elemento de Fixao.
Tratamento Trmico Tratar termicamente um ao significa aquec-lo em velocidade adequada, mant-lo em temperatura por um tempo suficiente para que ocorram as transformaes e resfri-lo em um meio adequado de modo a adquirir as propriedades desejadas. Os tratamentos trmicos so divididos em duas classificaes:
Tratamentos trmicos calricos - So os tratamentos trmicos baseados em processos que envolvam o aquecimento de peas somente com calor, sem adio de elementos qumicos na superfcie do ao. Tratamentos termoqumicos- So os tratamentos trmicos baseados em processos que, alm de evolver calor, existe a adio de elementos qumicos na superfcie do ao Tmpera Tratamento trmico que tem como objetivo a obteno de uma microestrutura que proporcione propriedades de dureza e resistncia mecnica elevadas. A pea a ser temperada aquecida temperatura de austenitizao e em seguida submetida a um resfriamento brusco, ocorrendo aumento de dureza. Durante o resfriamento, a queda de temperatura promove transformaes estruturais que acarretam o surgimento de tenses residuais internas, necessitando a realizao do processo revenimento aps est operao. Tmpera por chama Aquecimento provm de chama direcionada pea, atravs de maarico ou outro instrumento, podendo assim ser parcialmente temperada.
Tmpera por induo O aquecimento obtido por induo eltrica, seguida de um resfriamento brusco, normalmente em gua. Tmpera superficial Aquecimento somente da superfcie atravs de induo ou chama at a austenitizao, seguida de um resfriamento rpido. Tmpera total Aquecimento total da pea at temperatura de austenitizao seguida de resfriamento, em meio prdeterminado. Recozimento Tratamento trmico que visa restituir ao material suas propriedades normais que foram alteradas por um tratamento mecnico ou trmico anterior. Realizado em fornos com atmosfera controlada.
Recozimento para recristalizao Tratamento trmico, atravs do qual o material recristaliza-se, resultando uma estrutura com novos gros, o tamanho de gro dessa estrutura pode ser maior ou menor que o original em funo do ciclo trmico e do grau de encruamento. Recozimento pleno Tratamento trmico no qual os aos aps austenitizao e homogeneizao qumica, so resfriados lentamente, normalmente dentro do forno, a microestrutra obtida est prevista no diagrama Fe-C. Recozimento para alvio de tenses Este tratamento tem o objetivo de eliminar concentraes de tenses oriundas de processos de usinagem, conformao, solda ou outros processos onde existam acmulo de tenses. Recozimento para esfeirodizao Busca transformar a cementita lamelar ou sua rede em perlita esfeirodizada. Cementao Tratamento trmico de endurecimento superficial, adicionando-se na superfcie da pea uma camada rica em carbono para posterior tmpera, onde necessrio que a pea tenha o ncleo flexvel com dureza baixa. Realiza-se tmpera com resfriamento em leo ou em gua e em fornos de cementao com atmosfera protetora.
Cementao Gasosa O processo realizado em fornos com atmosfera controlada, onde o potencial de carbono est acima de 0,5%. Cementao Lquida O processo realizado em banhos lquidos, com sais fundidos (Banho de Sal). Cementao Slida (Em Caixa) O processo realizado em peas cobertas com material slido, rico em carbono. Nitretao Tratamento trmico de endurecimento superficial atravs da adio de camada de nitretos na superfcie da pea. Confere a pea elevada resistncia abraso e desgaste em camadas centesimais de espessura. O processo se realiza, expondo a pea em uma atmosfera controladora rica em nitrognio.
CARBONITRETAO Tratamento termoqumico, em que se promove o enriquecimento superficial simultneo com carbono e nitrognio. Carbonitretao Tratamento trmico de endurecimento superficial com adio de nitrognio e carbono, onde conseguimos durezas e resistncia abraso elevadas. Realiza-se tmpera com resfriamento em leo ou em gua e em fornos de carbonitretao a gs com atmosfera protetora. Revenimento(Alvio de Tenses) Tratamento trmico de homogeneizao que objetiva reduzir o nvel de tenses residuais, melhorando a ductilidade, reduzindo os valores de dureza e resistncia a trao.Realizado em forno tipo poo com circulao de ar forada Descarbonitretao plena (Para fins eletromagnticos) Tratamento trmico que visa retirar o mximo possvel de carbono presente no ao, prximo de 0,001% de carbono, a fim de que este possa ter o ndice de coercitividade adequado ao trabalho exigido. Realizado em fornos de atmosfera controlada e protetora Normalizao Tratamento trmico que visa obter granulao mais fina e homogeneizao de estrutura dos aos que no necessitam de endurecimento. Realizada em fornos com atmosfera controlada resfriados ao ar. AUSTMPERA Tratamento trmico onde o ao austenitizado resfriado num banho de transformao isotrmica, obtendo-se assim uma microestrutura baintica.
Conceito de vedao
Vedao o processo usado para impedir a passagem, de maneira esttica ou dinmica, de lquidos, gases e slidos particulados (p) de um meio para outro. Por exemplo, consideremos uma garrafa de refrigerante lacrada. A tampinha em si no capaz de vedar a garrafa. necessrio um elemento contraposto entre a tampinha e a garrafa de refrigerante impedindo a passagem do refrigerante para o exterior e no permitindo que substncias existentes no exterior entrem na garrafa. Os elementos de vedao atuam de maneira diversificada e so especficos para cada tipo de atuao. Exemplos: tampas, bombas, eixos, cabeotes de motores, vlvulas, etc. importante que o material do vedador seja compatvel com o produto a ser vedado, para que no ocorra uma reao qumica entre eles. Se houver reao qumica entre o vedador e o produto a ser vedado, poder ocorrer vazamento e contaminao do produto. Um vazamento, em termos industriais, pode parar uma mquina e causar contaminaes do produto que, consequentemente, deixar de ser comercializado, resultando em prejuzo empresa.
Elementos de vedao
Os materiais usados como elementos de vedao so: juntas de borracha, papelo, velumide, anis de borracha ou metlicos, juntas metlicas, retentores, gaxetas, selos mecnicos, etc. Juntas de borracha So vedaes empregadas em partes estticas, muito usadas em equipamentos, flanges etc. Podem ser fabricadas com materiais em forma de manta e ter uma camada interna de lona (borracha lonada) ou materiais com outro formato.
Anis de borracha (ring) So vedadores usados em partes estticas ou dinmicas de mquinas ou equipamentos. Estes vedadores podem ser comprados nas dimenses e perfis padronizados ou confeccionados colando-se, com adesivo apropriado, as pontas de um fio de borracha com seco redonda, quadrada ou retangular. A vantagem do anel padronizado que nele no existe a linha de colagem, que pode ocasionar vazamento. Os anis de borracha ou anis da linha ring so bastante utilizados em vedaes dinmicas de cilindros hidrulicos e pneumticos que operam baixa velocidade.
Juntas de papelo So empregadas em partes estticas de mquinas ou equipamentos como, por exemplo, nas tampas de caixas de engrenagens. Esse tipo de junta pode ser comprada pronta ou confeccionada conforme o formato da pea que vai utiliz-la. Juntas metlicas So destinadas vedao de equipamentos que operam com altas presses e altas temperaturas. So geralmente fabricadas em ao de baixo teor de carbono, em alumnio, cobre ou chumbo. So normalmente aplicadas em flanges de grande aperto ou de aperto limitado.
Juntas de teflon Material empregado na vedao de produtos como leo, ar e gua. As juntas de teflon suportam temperaturas de at 260C. Juntas de amianto Material empregado na vedao de fornos e outros equipamentos. O amianto suporta elevadas temperaturas e ataques qumicos de muitos produtos corrosivos.
Juntas de cortia Material empregado em vedaes estticas de produtos como leo, ar e gua submetidos a baixas presses. As juntas de cortia so muito utilizadas nas vedaes de tampas de crter, em caixas de engrenagens, etc.
Retentores
O vedador de lbio, tambm conhecido pelo nome de retentor, composto essencialmente por uma membrana elastomrica em forma de lbio e uma parte estrutural metlica semelhante a uma mola que permite sua fixao na posio correta de trabalho. A funo primordial de um retentor reter leo, graxa e outros produtos que devem ser mantidos no interior de uma mquina ou equipamento. O retentor sempre aplicado entre duas peas que executam movimentos relativos entre si, suportando variaes de temperatura. Recomendaes para a aplicao dos retentores. Para que um retentor trabalhe de modo eficiente e tenha uma boa durabilidade, a superfcie do eixo e o lbio do retentor devero atender aos seguintes parmetros: O acabamento da superfcie do eixo deve ser obtido por retificao, seguindo os padres de qualidade exigidos pelo projeto. A superfcie de trabalho do lbio do retentor dever ser isenta de sinais de batidas, sulcos, trincas, falhas de material, deformao e oxidao. A dureza do eixo, no local de trabalho do lbio do retentor, dever estar acima de 28 HRC.
Pr-lubrificao dos retentores Recomenda-se pr-lubrificar os retentores na hora da montagem. A pr-lubrificao favorece uma instalao perfeita do retentor no alojamento e mantm uma lubrificao inicial no lbio durante os primeiros giros do eixo. O fluido a ser utilizado na pr-lubrificao dever ser o mesmo fluido a ser utilizado no sistema, e preciso que esteja isento de contaminaes.
Cuidados na montagem do retentor no alojamento A montagem do retentor no alojamento dever ser efetuada com o auxlio de prensa mecnica, hidrulica e um dispositivo que garanta o perfeito esquadrejamento do retentor dentro do alojamento.
A superfcie de apoio do dispositivo e o retentor devero ter dimetros prximos para que o retentor no venha a sofrer danos durante a prensagem. O dispositivo no poder, de forma alguma, danificar o lbio de vedao do retentor.
Montagem do retentor no eixo Os cantos do eixo devem ter chanfros entre 15 e 25 para facilitar a entrada do retentor. No sendo possvel chanfrar ou arredondar os cantos, ou o retentor ter de passar obrigatoriamente por regies com roscas, ranhuras, entalhes ou outras irregularidades, recomenda-se o uso de uma luva de proteo para o lbio. O dimetro da luva dever ser compatvel, de forma tal que o lbio no venha a sofrer deformaes.
Sempre que houver desmontagem do conjunto que implique desmontagem do retentor ou do seu eixo de trabalho, recomenda-se substituir o retentor por um novo. Quando um retentor for trocado, mantendo-se o eixo, o lbio do novo retentor no dever trabalhar no sulco deixado pelo retentor velho. Riscos, sulcos, rebarbas, oxidao e elementos estranhos devem ser evitados para no danificar o retentor ou acarretar vazamento. Muitas vezes, por imperfeies no alojamento, usam-se adesivos (colas) para garantir a estanqueidade entre o alojamento e o retentor. Nessa situao, deve-se cuidar para que o adesivo no atinja o lbio do retentor, pois isso comprometeria seu desempenho.
Gaxetas
Gaxetas so elementos mecnicos utilizados para vedar a passagem de um fluxo de fluido de um local para outro, de forma total ou parcial. Os materiais usados na fabricao de gaxetas so: algodo, juta, asbesto (amianto), nilon, teflon, borracha, alumnio, lato e cobre. A esses materiais so aglutinados outros, tais como: leo, sebo, graxa, silicone, grafite, mica etc. A funo desses outros materiais que so aglutinados s gaxetas torn-las autolubrificadas.
Em algumas situaes, o fluxo de fluido no deve ser totalmente vedado, pois necessria uma passagem mnima de fluido com a finalidade de auxiliar a lubrificao entre o eixo rotativo e a prpria gaxeta. A este tipo de trabalho d-se o nome de restringimento. O restringimento aplicado, por exemplo, quando se trabalha com bomba centrfuga de alta velocidade. Nesse tipo de bomba, o calor gerado pelo atrito entre a gaxeta e o eixo rotativo muito elevado e, sendo elevado, exige uma sada controlada de fluido para minimizar o provvel desgaste. A caixa de gaxeta mais simples apresenta um cilindro oco onde ficam alojados vrios anis de gaxeta, pressionados por uma pea chamada sobrepostas. A funo dessa pea manter a gaxeta alojada entre a caixa e o eixo, sob presso conveniente para o trabalho. A seguir mostramos gaxetas alojadas entre um eixo e um mancal e a sobreposta.
Seleo da gaxeta
A escolha da gaxeta adequada para cada tipo de trabalho deve ser feita com base em dados fornecidos pelos catlogos dos fabricantes. No entanto, os seguintes dados devero ser levados em considerao: material utilizado na confeco da gaxeta; dimenses da caixa de gaxeta; fluido lquido ou gasoso bombeado pela mquina; temperatura e presso dentro da caixa de gaxeta; tipo de movimento da bomba (rotativo/alternativo); material utilizado na construo do eixo ou da haste; ciclos de trabalho da mquina; condies especiais da bomba: alta ou baixa temperatura; local de trabalho (submerso ou no); meio (cido, bsico, salino) a que se encontra exposta.
Substituio da gaxeta
A gaxeta deve ser removida com um par de saca-gaxeta com tamanho adequado. O interior da caixa de gaxeta deve ser bem limpo. O grau de limpeza poder ser verificado com o auxlio de um espelho ou
Caso no exista uma gaxeta padronizada, deve-se substitu-la por uma em forma de corda, tomando cuidado em seu corte e montagem. O corte dever ser a 45 para que haja uma vedao. A gaxeta dever ser montada escalonadamente para que no ocorra uma coincidncia dos cortes ou emendas, evitando assim possveis vazamentos.
Caso no exista uma gaxeta padronizada, deve-se substitu-la por uma em forma de corda, tomando cuidado em seu corte e montagem. O corte dever ser a 45 para que haja uma vedao. A gaxeta dever ser montada escalonadamente para que no ocorra uma coincidncia dos cortes ou emendas, evitando assim possveis vazamentos. Caso no exista uma gaxeta padronizada, deve-se substitu-la por uma em forma de corda, tomando cuidado em seu corte e montagem. O corte dever ser a 45 para que haja uma vedao. A gaxeta dever ser montada escalonadamente para que no ocorra uma coincidncia dos cortes ou emendas, evitando assim possveis vazamentos.
Selo mecnico
O selo mecnico um vedador de presso que utiliza princpios hidrulicos para reter fluidos. A vedao exercida pelo selo mecnico se processa em dois momentos: a vedao principal e a secundria.
Vedao principal
A vedao principal feita num plano perpendicular ao eixo por meio do contato deslizante entre as faces altamente polidas de duas peas, geralmente chamadas de sede e anel de selagem. A sede estacionria e fica conectada numa parte sobreposta. O anel de selagem fixado ao eixo e gira com ele. Para que as faces do anel de selagem e da sede permaneam sempre em contato e pressionadas, utilizam-se molas helicoidais conectadas ao anel de selagem.
Vedao secundria
A vedao secundria, aplicada sede e ao anel de selagem, pode ser feita por meio de vrios anis com perfis diferentes, tais como: junta, anel o'ring, anel "V", cunha, fole etc.
Os selos mecnicos so utilizados com vantagens em relao s gaxetas, pois no permitem vazamentos e podem trabalhar sob grandes velocidades e em temperaturas e presses elevadas, sem apresentarem desgastes considerveis. Eles permitem a vedao de produtos txicos e inflamveis.
Reduz o atrito entre o eixo da bomba e o elemento de vedao reduzindo, consequentemente, a perda de potncia. Elimina o desgaste prematuro do eixo e da bucha. A vazo ou fuga do produto em operao mnima ou imperceptvel. Permite operar fluidos txicos, corrosivos ou inflamveis com segurana. Tem capacidade de absorver o jogo e a deflexo normais do eixo rotativo. O selo mecnico usado em equipamentos de grande importncia como bombas de transporte em refinarias de petrleo; bombas de lama bruta nos tratamentos de gua e esgoto; bombas de submerso em construes; bombas de fbricas de bebidas; em usinas termoeltricas e nucleares.