Periodo Interbiblico
Periodo Interbiblico
Periodo Interbiblico
ANDRÉ R. E S.
13/06/2007
PERÍODO INTERBÍBLICO
O período interbíblico representa uma era tumultuosa, não apenas para o povo
hebreu, mas para o mundo de então. Depois dos inúmeros governos dos assírios e
caldeus, veio o governo dos persas.
Tão logo Ciro assumiu o poder em Babilônia, lhe foi mostrada a Escritura de
Isaías 45, em que ele é mencionado por nome como o que estava destinado a restaurar
o povo de Israel. Ciro ficou admirado de ver seu nome registrado duzentos anos antes
de nascer, por isso, logo no primeiro ano de seu governo, deram ordens para que os
cativos, que desejassem, voltassem à sua terra, devolveu os vasos de ouro que
Nabucodonozor tinha levado e promoveu todas as medidas para facilitar a volta a Judá.
Assim, em 520, no segundo ano de Dario, sócio de Ciro na conquista da Babilônia, foi
dada ordem aos judeus para que voltassem à Palestina. Poucos voltaram, porque muitos
já estavam estabelecidos na terra, fazendo bons negócios, e preferindo ajudar seus
irmãos que retornavam, a voltar com eles.
Reconstruído o Templo, faltavam os muros da cidade, que estavam derribados. A
história da reconstrução do Templo e dos muros é uma narração que só pôde ser lavada
a cabo graças a boa disposição do governo persa. Artaxerxes (465-425) foi o grande
monarca da restauração dos muros. Os persas dominaram sobre Jerusalém por dois
séculos, e este, foi benéfico para o povo de Deus.
No governo de Artaxerxes Longimanus, verificam – se os seguintes fatos:
• O Egito revoltou-se contra a Pérsia e, em diversos lugares, derrotou as forças de
Artaxerxes.
• Verifica-se um tratado de paz (Calis – 449), pelo qual Chipre retorna à Pérsia e
as colônias gregas da Ásia Menor alcançaram sua liberdade.
• Divisão do Mediterrâneo entre Pérsia e Grécia. Terminam assim os grandes
conflitos entre as duas nações.
• Rebelião da Síria causou sérios transtornos ao império, mas Longimanus
honrosamente pacificou os insurretos.
Filipe – Primeiro rei que brilho à Macedônia. Pouco se sabe de sua origem e
meninice. Encontramo-lo em Tebas, como refém, em casa de Epaminondas, onde
recebeu educação e aprendeu a arte militar e diplomática. Em Tebas, ocultamente,
preparou o jovem Filipe seus planos para o soerguimento de sua pátria.
Na primeira oportunidade, partiu para Macedônia, onde dominou a situação,
sufocou as anarquias, organizou poderoso exército e começou por atacar os Ilírios, os
Trácios e outros povos pela qual organizou a Falange Macedônica. Imediatamente,
mandou explorar as minas de ouro da cidade de Filípos.
Quando Quio, Rodes, Cós e Bizâncio se rebelaram contra Atenas, Filipe valeu-
se do ensejo para estender as fronteiras da Macedônia até o Mar Egeu.
Filipe voltava agora suas vista para a Grécia, seu alvo principal. Era, porém,
oportunista e astucioso. Uma questão religiosa, os focídios terem lavrado um campo
pertencente ao campo de Delfos, obrigou os tessálios a combatê-los. Os gregos e
tebanos foram ajudar os tessálios. Nessa carnificina horrível, gregos , tebanos, focídios
e tessálios se dizimaram,se enfraqueceram. Os focídios foram derrotados. Filipe tomou
assento no conselho dos anfitriões e apoderou-se da praça de Olinto.
“A partir desta vitória sobre os focídios (346), Filipe redobrara em audácia e
atividade, ameaçando Megara, percorrendo vitoriosamente a Tessália e o Épiro, sitiando
Bizâncio, desembarcando em Eubéia, e combatendo sobre as margens do Danúbio, nos
países dos Citas e Tribálios.”
Suas enfermidades (era coxo e perdera na guerra um olho), as numerosas feridas
obrigaram-no a afrouxar o ritmo acelerado de suas conquistas. Os Atenienses desatentos
e negligentes, assistiram impávidos a todas estas façanhas de Filipe. Seus generais se
mantinham indiferentes; seus oradores eram assalariados pelo macedônio.
Dois homens apenas, Demóstenes e Focion, conseguiram sacudir a consciência
de Atenienses e tebanos. Reuniu-os e uniu-os sob um entusiasmo de patriotismos
comuns para marcharem contra Filipe, que há bem pouco acrescentara aos seus
domínios o estratégico ponto – o Termóphilas.
Conseguiram organizar um exército de 32 mil homens e tratava-se entre gregos e
macedônicos, a batalha de Queronéia (338), em que foi sepultada a liberdade da Grécia.
O conselho dos anfitriões nomeou Filipe seu general contra os Persas. Filipe
preparava-se para combater a Ásia, quando foi assassinado, não se sabe se por
influência dos persas ou mando de sua esposa Olímpia que há pouco fora repudiada.
Morreu aos 47 anos de idade.
Alexandre Magno – era filho de Filipe. Educara-se aos pés de Aristóteles. Sempre ao
lado de seu pai, ajudava-o nos planos bélicos. Admirador apaixonado de Homero;
sonhava com glórias e conquistas. Viram-no chorar um dia ao ouvir das vitórias de
Filipe: “Meu pai não me deixará, pois nada a fazer.” Era homem providencial a derrubar
e levantar impérios. Salvou a vida de seu pai das mãos dos bárbaros no Danúbio.
Atribuíram-lhe a vitória de queronéia.
Aos 20 anos, com a morte de seu pai, assumiu as rédeas do governo do Império
Macedônico. Jovem ainda, as nações subjugadas viram nisso áurea oportunidade para
sacudirem o jugo macedônico. Os tribálios, os getas e os ilírios se levantaram contra
Alexandre. O jovem general, com incrível celebridade, subjuga esses insurretos. Depois
dessas brilhantes vitórias, todos o temeram e respeitaram.
Quando por fim submeteu os ilírios, fora chamado às pressas à Grécia para dar
fim ao movimento de insurreição. Destruiu a cidade de Tebas, reduzindo-a monturos. A
única coisa que se salvou, foi a casa do poeta Píndaro.
Bastou o exemplo. Atenas o recebeu com vivas e aplausos, proclamando-o seu
generalíssimo nas guerras contras os persas.
• Ptolomeu Soter – O Egito, que por tantos anos tinha pretendido dominar o
mundo, via-se agora sob domínio estrangeiro. A princípio, Ptolomeu tratou os
judeus com certa severidade, conhecendo a sua história feita de rebeldias, mas
depois, verificando seu valor cultural, a sua moral e capacidade para o comércio,
foi mudando de atitude. Usou-os em grandes posições no governo das províncias
de Líbia, Sirenaica e outras na África. Mais uma vez os judeus mostraram as
suas qualidades de comerciantes sábios e operosos. Antes das conquistas de
Alexandre, já mantinham relações comerciais com seus irmão do Oriente,
fundando bancos e casas comerciais lá e cá, para a troca de mercadorias e
dinheiro. Como o governo de Ptolomeu Soter, muitos judeus prosperaram, pois
em nada foram molestados em seus negócios e maneiras de viver. A sua religião
estaria a este tempo bastante diluída, mas não tanto para o judaísmo não ser uma
fonte de poder e saber no mundo egípcio.
• Ptolomeu II (Filadelfo) – Sucedeu Ptolomeu Soter, foi notável por seu espírito
de justiça e pendor para as letras. Também soube tratar os judeus, dando- lhes
honras e oportunidades. A universidade de Alexandria se tornou-se o centro de
atividade do mundo literário e científico da época, a biblioteca de Alexandria era
o mais famoso templo do saber, depois de Atenas, e ali se congregavam o que o
mundo tinha conhecido de melhor nos diversos ramos do saber. Ptolomeu II
construiu também o famoso farol de Faros na embocadura no Nilo, para guiar a
navegação que procurava o Egito e outras regiões além. Acredita-se que foi no
seu governo que as Sagradas Escrituras foram vertidas do Hebraico para o
Grego. Há muita discrepância nas informações que nos vêm daqueles dias a
respeito desta versão. Uns acreditam que Ptolomeu, influenciado pela cultura
judaica e pelos judeus, mandou pedir ao sumo-sacerdote em Jerusalém que
especialistas viessem ao Egito fazer a tradução dos livros sagrados. Então o
sumo-sacerdote teria 70 anciãos, que, ao chagarem ao Egito, se dividiram em 35
duplas, para proceder a tradução. Completa esta, verificaram que, as 35
traduções feitas eram absolutamente iguais. Daí o nome “Septuaginta”, que
significa setenta. Esta história não é muito plausível, porquanto a versão parece
que não foi feita toda de uma vez e nem pela mesma pessoa. Há partes fiéis ao
original hebraico, como o Pentateuco; mas há outras que não são. De qualquer
sorte, a versão foi feita e serviu para o mundo de fala grega, através dos anos,
incluindo os tempos de Jesus, quando a Bíblia do povo era a versão dos LXX.
Ptolomeu Filadelfo era doente e morreu antes de terminar sua obra, tanto cultural
como política. Durante o seu governo, começaram as desinteligências entre os
ptolomeus e os selêucidas da Síria. Teve de sustentar duas guerras contra os seus
visinhos do norte. O ápice da contenda era a Palestina, que os selêucidas
queriam para si, contra os termos do acordo inicial. As lutas tiveram seu epílogo
mais tarde, nos governos de Antíoco, o grande, e Ptolomeu Filopator. Ptolomeu
Filadelfo morreu em 247 a. C.
A INTERVENÇÃO ROMANA
CONCLUSÃO:
BIBLIOGRAFIA: