PCLD
PCLD
PCLD
A Proviso para Devedores Duvidosos, tambm chamada de Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa (PCLD), chamada de P.D.D., so constitudas para baixar duplicatas consideradas incobrveis.
O "fato gerador" da proviso no a perda, e sim a venda do bem ou servio a prazo. A possibilidade de perda ocorre no momento da venda. Logo no momento da venda que, teoricamente, a proviso deve ser constituda.
A PCLD provisionada em um perodo (perodo que ocorre as vendas) para ser utilizada no perodo seguinte (quando sero recebidos os valores das vendas). A proviso constituda aplicando-se um percentual sobre a conta Cliente (ou Duplicatas a Receber).
A partir de 01/01/95, o percentual passou a ser a mdia efetivamente apurada nos trs ltimos exerccios, sendo calculada da seguinte forma:
Taxa =
Taxa =
31/12/2007 10.000,00 2008 150,00 31/12/2008 6.000,00 2009 150,00 Totais 36.000,00 900,00 Percentual Mdio = (900,00/36.000,00) x 100 = 2,50%
Para o clculo da Proviso a ser constituda em 31/12/2009, aplicar o percentual de 2,50% dos crditos a receber.
Constituio da PCLD:
D-Despesa com Crditos de Liquidao Duvidosa C-Proviso para Crditos de Liquidao Duvidosa
R$ 2.500,00
C-Duplicatas a Receber
R$ 1.000,00
Reverso do saldo para outras receitas Complemento do saldo at o valor da nova proviso a ser determinada.
b)
D-Proviso p/Crditos de Liquidao Duvidosa C- Outras Receitas Reverso da PCLD D-Despesa com Crdito de Liquidao Duvidosa C-Proviso p/Crditos de Liquidao Duvidosa
I
R$ 1.000,00
II
R$ 1.400,00
I
D-Despesa com Crdito de Liquidao Duvidosa C-Proviso p/Crditos de Liquidao Duvidosa
R$ 1.400,00
D-Proviso p/Crditos de Liquidao Duvidosa D-Despesa (Perdas) c/Crditos de Liquidao Duvidosa C Duplicatas a Receber
31/12/2008 31/12/2009
R$ 1.400.000,00 R$ 2.000.000,00
Sabendo-se que, ao longo do exerccio de 2009, a empresa teve R$ 50.000,00 em ttulos incobrveis e baixados, e que o percentual que a mesma utiliza para PCLD de 5% da conta clientes, indique o lanamento do ajuste a ser efetuado em 31/12/2009. Valor da PCLD em 2009 (provisionado em 31/12/2008):
R$ 1.400.000,00 X 5% = 70.000,00
Representao no BP de 31/12/2009:
ATIVO CIRCULANTE
Crditos Clientes (-) PCLD
R$ 1.330.000,00
R$ 50.000,00
Valor da PCLD para 2010: R$ 2.000.000,00 x 5% = R$ 100.000,00 Valor a complementar para PCLD de 2010: R$ 100.000,00 R$ 20.000,00 = R$ 80.000,00
R$ 80.000,00
Considere o valor de R$ 90.000,00 no ano de 2010 referente a ttulos considerados incobrveis, o lanamento referente a baixa deste se dar da seguinte forma:
D PCLD D Despesas (Perdas) com Crditos de Liquidao Duvidosa C Clientes Duplicatas a Receber R$ 90.000,00 R$ 80.000,00 R$ 10.000,00
ATENO!
Suponha que o saldo inicial da conta PCLD da empresa ALFA seja de $ 40.000,00, no incio do exerccio, e que o saldo inicial de duplicatas a receber seja de $ 800.000,00.
Durante o exerccio ocorreram os seguinte fatos:
a)
Falncia do cliente X, que devia $ 20.000,00. No houve condies de receber qualquer parcela da dvida.
b)
O cliente Y, que devia $ 30.000,00, encerrou suas atividades, pagando $ 27.000,00. O restante da dvida considerado incobrvel.
Um cliente havia sido considerado incobrvel no exerccio anterior, pagou sua dvida total de $ 10.000,00; Diversas dvidas de clientes foram consideradas incobrveis, no montante de R$ 30.000,00.
c)
d)
Crditos com Pessoas Jurdicas de Direito Pblico ou empresa sob seu controle, empresa pblica, sociedade de economia mista ou sua subsidiria.
Vendas com reserva de domnio; Alienao Fiduciria; Operaes com garantia real.
Crditos com coligadas, Crditos com controladas, Crditos com interligadas ou associadas de qualquer forma.
Dupl. a Receber Dupl. a Receber c/Garantia Real Dupl. a Receber (vendas empresa coligada) Emprstimo a Controlada Adiantamento a Fornecedores
Crditos com Pessoas Jurdicas de Direito Pblico (1) ou empresa sob seu controle, empresa pblica (2), sociedade de economia mista (3) ou sua subsidiria (4).
I - a Unio; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territrios; III - os Municpios; IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; (Redao dada pela Lei n 11.107, de 2005) V - as demais entidades de carter pblico criadas por lei.
Unio; Estados; Distrito Federal; Municpios; Autarquias: ex.: INSS, USP, DNIT, IBAMA, INPI, Banco Central, ANATEL, ANVISA, CVM; Associaes Pblicas: ex.: consrcios pblicos; demais entidades de carter pblico criadas por lei: ex.: Ordem dos Advogados do Brasil/OAB; Fundaes Pblicas: FIOCRUZ, FUNAI.
Estados estrangeiros; Pessoas regidas pelo Direito Internacional: Ex.: ONU, UNESCO, UNICEF, OIT, FMI, OMC, FAO, OEA, UE, UA, MERCOSUL, OTAN, etc.
Crditos com coligadas, Crditos com controladas, Crditos com interligadas ou associadas de qualquer forma.
CONTROLADAS
CONTROLADAS
Art. 243 (Lei das S/A): 2 Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
CONTROLE DIRETO
A preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores de modo permanente ocorrem, quando a INVESTIDORA possui o controle acionrio, representado por mais de 50% do capital votante da outra sociedade.
Aps a Lei n. 10.303/2001, do total de aes, no mnimo metade deve ser composta por aes ordinrias, podendo o restante ser composto com aes preferenciais
DE
50%
AT
100%
50%
100%
0
100%
EXEMPLO:
A sociedade ANCHOVA S.A. participa com 51% do capital votante da sociedade BALEIA S.A. e esta, por sua vez, participa com 60% do capital votante da sociedade CAR S.A..
ANCHOVA S.A. CONTROLADORA de BALEIA S.A. de forma DIRETA e da sociedade CAR S.A. de forma INDIRETA.
Controle Direto
Anchova S.A.
Baleia S.A.
Car S.A.
EXEMPLO
A empresa ALFA titular de 70% do capital votante da empresa BETA; logo BETA CONTROLADA DIRETA de ALFA. ALFA titular de 20% do capital votante de CELTA. BETA titular de 40% do capital votante de CELTA.
EXEMPLO:
ALFA tem o poder direto sobre 20% dos votos da empresa CELTA e 40%, indiretamente, atravs da empresa BETA.
Logo, CELTA controlada indiretamente por ALFA.
EXEMPLO
ALFA
Controle Direto (70%) Participao Direta (20%)
CELTA
Participao Direta (40%)
BETA
COLIGADAS
COLIGADAS
Art. 243 (Lei das S/A):
1 So coligadas as sociedades nas quais a INVESTIDORA tenha influncia significativa.
COLIGADAS
Art. 243 (Lei das S/A): 4 Considera-se que h influncia significativa quando a investidora detm ou exerce o poder de participar nas decises das polticas financeira e operacional da investida, sem control-la.
COLIGADAS
Influncia significativa (CPC 18): Se o investidor mantm direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas), 20% ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influncia significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrrio.
COLIGADAS
A existncia de influncia significativa por investidor geralmente evidenciada por um ou mais das seguintes formas: (a) representao no conselho de administrao ou na diretoria da investida; (b) participao nos processos de elaborao de polticas, inclusive em decises sobre dividendos e outras distribuies;
COLIGADAS
Art. 243 (Lei das S/A): 5 presumida a influncia significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem control-la.
So gastos necessrios para manter sua atividade operacional, portanto devem ser considerados como despesas do exerccio social. Esta proviso, de saldo credor, retificadora da conta cliente (ou Duplicata a Receber), debitada pelas baixas consideradas incobrveis e ao final do perodo revertida a resultado (outras receitas operacionais), ou complementada pelo valor da proviso do prximo perodo, se possvel.
Essa proviso deve ser feita para cobrir as perdas estimadas na cobrana das contas a receber, embora as despesas com esta proviso no sejam mais dedutveis da base de clculo do Imposto de Renda e da Contribuio Social.
A partir do ano-calendrio 1997, a legislao fiscal no mais permite a dedutibilidade dessa proviso (Lei n. 9.430/96 e IN SRF n9 93/97), possibilitando, em vez disso, s empresas deduzir as perdas efetivas no recebimento de crditos, na forma e nos prazos previstos na referida legislao fiscal.
OBSERVAES
Outro exemplo so as despesas antecipadas que tambm representam crditos para as empresas, mas no so consideradas como ganhos no resultado.
Crditos relativos a bem arrendados, no caso de entidades que trabalhem com arrendamento mercantil
Operao realizada com caractersticas especiais, onde voc escolhe o bem de sua preferncia, o fornecedor, negocia o preo e ao assinar o contrato, solicita empresa de leasing que compre este bem para sua utilizao.
Os seus direitos e obrigaes esto bem definidos no contrato.
Tendo cumprido todas as obrigaes contratuais, ao final do prazo do arrendamento voc ter o direito a trs opes: comprar o bem, renovar o contrato ou devolver o bem empresa de leasing.
Crditos relativos a bem arrendados, no caso de entidades que trabalhem com arrendamento mercantil
Arrendadora: a empresa de leasing. As arrendadoras so empresas previamente autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, como tambm os Bancos com Carteira de Arrendamento Mercantil. Arrendatria: voc, que necessita de um bem e faz a escolha livremente. Fornecedor: quem voc escolheu para lhe fornecer o bem, pelo preo que vocs ajustaram e que lhe ser entregue aps a emisso da ordem de compra pela arrendadora. Bens a serem arrendados: Bens imveis e mveis, de produo nacional ou estrangeira, tais como veculos, mquinas, computadores, equipamentos, entre outros.
Leasing financeiro
a operao na qual a arrendatria tem a inteno de ficar com o bem ao trmino do contrato, exercendo a opo de compra pelo valor contratualmente estabelecido. A arrendadora receber da arrendatria a totalidade dos valores investidos no contrato de conformidade com o que foi estipulado. O risco da obsolescncia e as despesas de manuteno, assistncia tcnica e servios correlatos operacionalidade do bem arrendado so de responsabilidade da arrendatria.
Leasing operacional
a operao na qual a arrendatria, a princpio, no tem a inteno de adquirir o bem ao final do contrato. Assim, aps a utilizao do bem pelo prazo estabelecido e cumpridas todas as suas obrigaes a arrendatria poder ao final do contrato ter as seguintes opes: devolver o bem arrendadora, prorrogar o prazo do contrato ou exercer a opo de compra do bem pelo seu valor de mercado, poca de tal opo. A manuteno, a assistncia tcnica e os servios correlatos operacionalidade do bem arrendado podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatria, e conforme previso contratual. Em ambas modalidades do leasing, financeiro ou operacional, eliminase a necessidade de imobilizar recursos nos ativos, permitindo que tais recursos sejam canalizados para financiar o processo produtivo.
Crditos relativos a bem arrendados, no caso de entidades que trabalhem com arrendamento mercantil
Os contratos de arrendamento mercantil estabelecem o direito posse provisria do bem pela arrendatria, ficando sempre assegurada a propriedade arrendadora.
Crditos relativos a bem arrendados, no caso de entidades que trabalhem com arrendamento mercantil
MAIORES INFORMAES NO: GUIA PRTICO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL
Clientes em Concordata
Do total de Duplicatas a Receber desse cliente, constituir Proviso para Devedores Duvidosos a diferena entre o que ele se prope a pagar e o total de Duplicatas Receber. Ex.: A empresa possui Duplicatas a Receber do Cliente ABC no valor de R$ 10.000,00. Estando em concordata, ele se prope a pagar 65% do valor. O valor que ir para Proviso para Duvidosos neste caso ser de R$ 3.500,00 j que ele se prope a pagar 65% de R$ 10.000,00 que R$ 6.500,00.
1 Podero ser registrados como perda os crditos (Lei n 9.430, de 1996, art. 9, 1):
I - em relao aos quais tenha havido a declarao de insolvncia do devedor, em sentena emanada do Poder Judicirio; II - sem garantia, de valor: a) at cinco mil reais, por operao, vencidos h mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
b) acima de cinco mil reais, at trinta mil reais, por operao, vencidos h mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porm, mantida a cobrana administrativa; c) superior a trinta mil reais, vencidos h mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;
III - com garantia, vencidos h mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurdica declarada concordatria, relativamente parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no 5.
O carter tcnico contbil correto com relao proviso para crditos de liquidao duvidosa independe da legislao fiscal, e compreende:
Constituio da proviso, conforme os nveis individuais de risco de crdito, no perodo em que os crditos foram originados (regime de competncia) e sua constante atualizao;
Os valores considerados de recebimentos duvidosos podero ser lanados na Contabilidade como despesa do perodo, da seguinte forma: Dbito: Despesas com Devedores Duvidosos (RESULTADO). Crdito: Proviso para Devedores Duvidosos (PATRIMONIAL).
Realizao da proviso pela absoro dos crditos no recebidos, quando a administrao os considerar incobrveis;
Reverso da proviso quando constituda em excesso ao valor efetivamente perdido; e A baixa dos crditos como perdas do perodo quando a proviso for constituda em valor inferior s perdas efetivamente ocorridas.
Complementando essa anlise, importante a contribuio dos elementos ligados aos setores de vendas e crdito e cobrana, com sua experincia e conhecimento dos clientes;