Apostila - Balanceamento de Rotores
Apostila - Balanceamento de Rotores
Apostila - Balanceamento de Rotores
CURSO
BALANCEAMENTO DE ROTORES
SUMRIO
RESUMO................................................................................................................................ 4 CAPTULO 1. NECESSIDADE DE BALANCEAMENTO........................................................... 5 1.1. Introduo ................................................................................................................ 5 1.2. Necessidade do Balanceamento........................................................................... 5 1.3. Origens do Desbalanceamento ............................................................................. 6 1.4. Algumas Causas de Desbalanceamento.............................................................. 6 1.1.1. Tolerncias de Fabricao............................................................................... 7 1.1.2. Prticas de Oficina ............................................................................................ 7 1.1.3. Operao Normal ............................................................................................. 8 1.1.4. Desgaste e Eroso ............................................................................................. 9 1.1.5. Resumo ............................................................................................................... 9 1.5. Efeitos e Tipos de Desbalanceamento ................................................................... 9 1.6. Rotores Rgidos e Rotores Flexveis ....................................................................... 12 CAPTULO 2. TCNICAS DE BALANCEAMENTO ............................................................... 14 2.1. Balanceamento Dinmico .................................................................................... 14 CAPTULO 3. QUALIDADE DE BALANCEAMENTO ............................................................ 18 3.1. Introduo .............................................................................................................. 18 3.2. Quantificao do Desbalanceamento................................................................ 18 3.3. Exemplo de Uso da Norma ISO 1940/1 ................................................................ 19 3.4. Avaliao do Desbalanceamento pela Vibrao ............................................. 19 CAPTULO 4. BALANCEAMENTO COM BALANCEADORAS............................................. 22 4.1. Introduo .............................................................................................................. 22 4.2. Como especificar?................................................................................................. 22 4.3. Comparao entre Balanceadoras Duras e Moles ............................................ 22 CAPTULO 5. BALANCEAMENTO DE CAMPO .................................................................. 24 5.1. Introduo .............................................................................................................. 24 5.2. Mtodo dos 3 Pontos.............................................................................................. 25 5.3. Mtodo Vetorial de Um Plano ............................................................................... 27 5.4. Balanceamento Vetorial de 2 Planos ................................................................... 32 CAPTULO 6. SOFTWARES DE BALANCEAMENTO DE CAMPO......................................... 35 CAPTULO 7. CARACTERSTICAS DE UNIDADES GERADORAS PARA O BALANCEAMENTO ..................................................................................................................... 36 7.1. Referncias ............................................................................................................. 36 7.2. Introduo .............................................................................................................. 36 7.3. A Correo ............................................................................................................. 39 7.4. Desbalanceamento Magntico............................................................................ 40 7.5. Perturbaes Hidrulicas na Turbina.................................................................... 43 7.6. Limites e Critrios de Vibrao em Turbinas........................................................ 44 7.7. Prticas de Balanceamento de Unidades Geradoras........................................ 47 7.7.1. Instrumentao................................................................................................ 47
Pgina 2 de 66
Pgina 3 de 66
RESUMO
O estudo da vibrao trata das respostas dos sistemas mecnicos s excitaes dinmicas a que submetido. Excitao dinmica qualquer esforo no constante, varia tempo, de modo aleatrio ou regular. O som de uma fanfarra incidindo em um painel, a gua fluindo dentro de um rotor de turbina so exemplos reais de excitaes dinmicas. Dinmicas porque so variveis no tempo e podem ou no ter um contedo de freqncias bem definido. O comportamento vibratrio de uma mquina depende muito de seu projeto e de sua montagem. Na aplicao desta anlise no monitoramento de mquinas, o analista identifica a causa, faz o diagnstico da vibrao, e pela tendncia (amplitude e evoluo) da vibrao se faz a avaliao da severidade das condies mecnica da mquina, ou seja, das condies atuais dos defeitos. Os resultados desta anlise so aplicados diretamente em muitas tcnicas de manuteno, onde coexistem vrias filosofias com nomes sugestivos: Manuteno Preditiva, Monitoramento das Condies, Manuteno Pr-Ativa, Falha Zero e outros que lembram maior Vida til, maior Disponibilidade, menor Estoque, Manuteno Just-in-time, etc. Com qualquer nome, uma das conseqncias diretas mais eloqentes financeira. A reduo significativa dos custos de manuteno, a reduo do imobilizado em estoques, a maior produtividade. No Brasil, o retorno financeiro com a aplicao da Anlise de Vibrao de 10 a 30 vezes, no primeiro ano de implantao. Em alguns outros pases, fala-se em 20 a 50 vezes. Este curso visa estabelecer os principais critrios e parmetros que devero ser observados durante o balanceamento de Unidades Geradoras de eixo vertical, de mdio e grande porte, cujas freqncias de rotao so inferiores s freqncias crticas, o que facilita seu balanceamento e assegura a inexistncia de fenmenos pertinentes s mquinas de alta rotao.
Pgina 4 de 66
Cada erro de massa que ocorre em um rotor provoca mudana de posio do centro de gravidade da seco transversal que contm o erro. O somatrio destes desvios o afastamento do eixo principal de inrcia - EPI, do eixo de rotao - ER, ou seja, a massa do rotor no estar perfeitamente distribuda ao redor do eixo de rotao, como na Ilustrao 1.1.
1.4. Algumas Causas de Desbalanceamento Entender as causas do desbalanceamento importante para poder corrigir o problema.
Pgina 6 de 66
Tolerncias de Fabricao
A construo da mquina no garante o balanceamento de suas partes. Rotores fundidos podem ter materiais no uniformes e ou com falhas internas. Os processos de usinagem no garantem peas circulares nem furos concntricos. Se os desvios no forem grandes, o balanceamento no final da montagem pode corrigir o conjunto dentro das tolerncias exigidas. 1.1.2. Prticas de Oficina
Alguns procedimentos do pessoal de manuteno podem comprometer o balanceamento das partes. Falta de cuidados bsicos criam desbalanceamentos s vezes graves. O acoplamento mostrado abaixo um exemplo terrvel de erros de procedimentos. Na desmontagem, os parafusos antes combinados foram trocados de posio ficando um curto de um lado e um mais longo do outro. Necessitando de mais arruelas.
O resultado com certeza desbalanceamento com vibrao alta. Quando as partes so balanceadas individualmente necessrio usar a meia chaveta para compensar a massa da chaveta que ser usada na montagem final. Lgico que existem diferenas na aplicao desta idia. Alguns admitem que a meia espessura da chaveta deva cobrir a extenso do rasgo. Outros consideram que deve apenas ter o comprimento do cubo do acoplamento.
Pgina 7 de 66
O esquema acima mostra um tipo de roda de balanceamento definitivo instalada em vrias mquinas. Para tentar balancear a mquina, parafusos prisioneiros so colocados em furos apropriados, um procedimento simples. Quando o conjunto est balanceado, os parafusos devem ser travados definitivamente. Pode ser uma deformao na rosca por um puno. Eles no podem mais ser removidos. 1.1.3. Operao Normal
Durante o uso normal, comum a incrustao de p ou detritos nos rotores de ventiladores e bombas. Muitas vezes isso no causa vibrao forte, at que a incrustao se solte e crie um forte desbalanceamento. A Ilustrao 1.4 mostra um ventilador axial de 760 mm e o detalhe abaixo. A inspeo das ps mostra arestas rugosas com depsito de materiais.
A Ilustrao 1.5, em close, mostra a aresta da p. Alm da reduo da eficincia, houve o desbalanceamento do mesmo. O procedimento de limpeza pode ser mais difcil em funo do material incrustado.
Pgina 8 de 66
De vez em quando aparece uma idia criativa. Algum limpou um ventilador de caldeira com cascas de nozes. Outra idia aplicar gua fria pressurizada no rotor incrustado e quente. A incrustao marinha tambm uma causa comum em embarcaes. 1.1.4. Desgaste e Eroso
Desgaste e eroso danificam e provocam o desbalanceamento do rotor, de acordo com as propriedades do material. Principalmente em ambientes corrosivos ou sujeitos cavitao.
1.1.5.
Resumo
So muitas as causas do desbalanceamento. Antes de decidir balancear a mquina, recomendvel efetuar uma inspeo para determinar a causa e definir o procedimento a ser tomado. A inspeo facilita a correo e impede erros futuros, aumentando a confiabilidade da mquina. 1.5. Efeitos e Tipos de Desbalanceamento Os inevitveis erros de massa criam regies de concentrao de massa fora do eixo de rotao do rotor. Ou seja, existiro pontos pesados aleatrios distribudos pelo rotor. Por exemplo:
Pgina 9 de 66
Na Ilustrao 1.7, os pontos pesados geram as resultantes R1 e R2 que o rotor aplica nos mancais. Se o rotor for um rolo batedor ou um eixo de excntricos, as resultantes podero ser calculadas e corrigidas, porm nos casos comuns elas so medidas. As resultantes R1 e R2 atuam sobre os mancais, representam o efeito do desbalanceamento de todo o rotor.
Pgina 10 de 66
lgico, estes dois casos limites no ocorrem na realidade. So situaes limites, porm no impossveis de acontecer. Por exemplo, em uma engrenagem ou polia grande e fina, fixada no centro de um eixo bi-apoiado, quase certeza a ocorrncia do primeiro caso. Quando em rotao, um rotor com o EPI paralelo ao ER (1 caso limite) gera duas resultantes iguais em mdulo e direo, que podem ser combinadas em uma nica Fora Resultante. E o resultado da concentrao de pontos pesados em uma geratriz do rotor. Este rotor tem uma fora resultante e mesmo quando plotado ter uma fora gravitacional, do tipo mg, tentando girar o rotor
Pgina 11 de 66
Pgina 12 de 66
Pgina 13 de 66
Pgina 14 de 66
Pgina 15 de 66
Pgina 16 de 66
Pgina 17 de 66
(3.1)
O desbalanceamento residual permissvel depende da massa do rotor: quanto mais pesado o rotor maior poder ser o residual. Definiu-se ento o Desbalanceamento Residual Especifico que vale o desbalanceamento residual permissvel dividido pela massa do rotor e tem o smbolo e.
e=
(3.2)
Pgina 18 de 66
(3.3)
Para atender a grande variedade de rotores foi preciso atribuir para cada tipo de rotor um valor para aquela constante. Por exemplo, um girabrequim de navio tem a constante igual a 4000, um ventilador 4.7 e um giroscpio 0,4. Esta constante foi denominada G e normalizada de 4000 a 0.4 em funo do tipo do rotor e sua aplicao. G chamada de Qualidade de Balanceamento. A tabela 3.1 reproduz a indicao da norma ISO 1940/1 Balance Quality of Rotating Rigid Bodies. 3.3. Exemplo de Uso da Norma ISO 1940/1 Rotor com grau de qualidade 5.2, massa 40 kg e rotao mxima 3550 RPM. SOLUO: Rotao: = Com G
U=
Se o rotor for simtrico, em termos de massa, cada plano de balanceamento ter metade de U, ou seja: U por plano = 280 g.mm. 3.4. Avaliao do Desbalanceamento pela Vibrao O desbalanceamento de rotores e eixos provoca tenses mecnicas e vibraes, com suas conseqncias danosas para as mquinas. As tenses mecnicas por si s no so vistas ou sentidas pelo operador, os responsveis pela mquina vero seus efeitos quando estes acontecerem. As vibraes, porm, do informao imediata da quantidade de desbalanceamento, de modo que o usurio as
Pgina 19 de 66
G Tipos de Rotores - Exemplos Gerais 4000 Conjunto girabrequim de motores martimos lentos com nmero mpar de cilindros;(3,4) 1600 Conjunto girabrequim de grandes motores 2 tempos montados rigidamente; 630 Conjunto girabrequim de grandes motores 4 tempos montados rigidamente; Conjunto girabrequim de motores Diesel martimos com montagem flexvel; 250 Conjunto girabrequim de motores Diesel 4 cilindros, rpidos montados rigidamente; 100 Conjunto girabrequim de motores Diesel rpidos com 6 ou mais cilindros; Motores completos (gasolina ou Diesel) para carros, caminhes ou locomotivas;(5) 40 Roda de carro, aro de roda, conjunto de roda, conjunto de eixos; Conj. Girabrequim de motores rpidos com montagem flexvel, 4 tempos com 6 ou mais cilindros; Conjunto girabrequim para motores de carro, caminhes e locomotivas; 16 Conjunto de eixos (propulso, card) com requisitos especiais; Partes de mquinas de moagem;
Pgina 20 de 66
6.3
2.5
0.4
1 = 2**n/60 n/10 [rd/s] n [RPM] 2 - Em geral para rotores rgidos com 2 planos de balanceamento, metade do desbalanceamento residual recomendado tomado para cada plano; estes valores se aplicam a qualquer plano escolhido, mas o balanceamento pode ser melhorado se forem prximos aos mancais. 3 - Conjunto girabrequim inclui o girabrequim, volante, embreagem, polia, neutralizador de vibrao, pores rotativas das bielas etc. 4 - Para esta norma, motores Diesel lentos so aqueles com velocidade do pisto menor do que 9 m/s. E os rpidos so aqueles com velocidade do pisto maior do que 9 m/s. 5 - No motor completo a massa do rotor a soma de todas as massas anexadas ao conjunto girabrequim.
Pgina 21 de 66
A forma de acionamento tambm deve ser escolhida. A mais tradicional o acionamento por card. mais fcil de trabalhar mantm fcil a rotao de balanceamento, mas preciso fabricar uma luva de adaptao para cada tamanho de ponta de eixo. Existe o acionamento por cinta que no precisa de luva, mas dependendo do dimetro que pegar tem que ajustar a rotao. Tem o pneuzinho que aciona o rotor por contato. E assim muitas opes. Quem balanceia em rotaes maiores rotores que tem fluxo de ar, precisa de cmara de vcuo para reduzir a potncia necessria do motor. 4.3. Comparao entre Balanceadoras Duras e Moles Para mquinas menores, at 12 toneladas, existe preferncia para mquinas duras devido simplicidade de operao. Elas necessitam de roletes perfeitos, que o grande problema das mquinas maiores. Nas mquinas moles, os roletes mesmo facetados no criam problemas.
Pgina 22 de 66
Pgina 23 de 66
CAPTULO 5.
5.1. Introduo
BALANCEAMENTO DE CAMPO
O balanceamento de campo uma tcnica utilizada em vrias situaes para corrigir o desbalanceamento de massa de algum rotor de uma mquina especfica. No vamos discutir aqui se melhor ou pior do que o balanceamento em balanceadoras prprias. Somente vamos considerar que mais um recurso que pode ser usado na soluo dos problemas cotidianos. Dependendo das circunstncias a escolha de qualquer soluo pode ser um grande desafio, muito sujeito a crticas, como tudo na vida. Como j foi comentado e explicado o desbalanceamento essencialmente o resultado de uma coleo de erros de massa, os chamados pontos pesados. Espalhados no rotor de forma aleatria, os resultados se manifestam de modo esttico ou dinmico ou em uma combinao dos dois. De qualquer modo, o desbalanceamento gera foras de massa, em rotao, foras centrfugas que aplicadas nos mancais da mquina desbalanceada esforam os mancais, pontas de eixo e estruturas. Essas foras alm de reduzirem a vida til, provocam vibraes. Como as foras so radiais ao rotor, as vibraes produzidas tambm sero radiais, a no ser em rotores em balano. A vibrao de desbalanceamento tem caractersticas bem definidas que garantem o diagnstico de desbalanceamento e fornecem condies de determinar as correes necessrias. Vibrao bem definida tem a forma de vetor, com direo, amplitude, sentido e defasagem bem definidos. A Figura abaixo mostra um espectro caracterstico de desbalanceamento.
Alm do aspecto do espectro, o diagnstico preciso do desbalanceamento precisa de informaes da fase: a fase do desbalanceamento muito estvel. Tendo certeza que a vibrao devida ao desbalanceamento, possvel usar a vibrao para a correo do rotor. Em qualquer mtodo de balanceamento de campo preciso usar um desbalanceamento conhecido para calibrar a sensibilidade do sistema.
Pgina 24 de 66
A 1 medida a vibrao original e chamada de V0. a ao do desbalanceamento a ser corrigido. A vibrao pode ser medida em qualquer parmetro, ou seja: deslocamento, velocidade ou acelerao. Com qualquer instrumento, em qualquer direo radial. A exigncia manter a forma de medio durante todo o procedimento. Para a soluo grfica, desenha-se em um papel um circulo completo com raio correspondente amplitude de V0.
Pgina 25 de 66
Se a vibrao original for 8 desenha-se um crculo de raio 8, ou 4 ou 2 ou em qualquer escala conveniente. Nesse crculo desenhado no papel, reproduz-se a mesma diviso angular feita no rotor e marcam-se os pontos 1, 2 e 3 sobre o crculo.
Com uma massa de teste mT = 4.5 g colocada na posio 1 0, a vibrao passou para V1 = 11.05. Retira-se a mT de1 e coloca-se na posio 2 de 120, a vibrao passou para V2 = 3.82. Retira-se a mT de 2 e coloca-se na posio 3 de 240, a vibrao passou para V3 = 15.09. Com essas medidas, volta-se ao grfico e traa-se 3 arcos de crculo.
Pgina 26 de 66
Do centro do crculo de V0 at a interseco ou o centro da pequena rea circunscrita, neste sentido, tem-se a direo de colocao da massa de correo e a dimenso deste vetor proporcional ao efeito da massa de teste mT
Se no ocorrerem erros grosseiros, os 3 crculos determinaro um ponto de interseco, ou uma pequena rea. A massa de correo, mc, ser calculada por:
mC = m T
V0 OP
(5.1)
Visualmente, neste exemplo, o trecho OP ficou menor do que o raio V0. Ento a massa de correo ser maior do que a de teste. Se a pequena rea tivesse ficado fora do crculo V0 a massa de correo seria menor do que a de teste. 5.3. Mtodo Vetorial de Um Plano Esse mtodo precisa medir a vibrao como um vetor, um elemento que tem amplitude e fase. A instrumentao deve possuir recurso de medio de fase. Esta fase em relao a qualquer coisa que gire junto com o rotor. Existem vrios tipos de sensores de fase, os ticos, os magnticos ou capacitivos. Muito comum o uso dos sensores ticos por luz ou laser. Uma marca branca em um eixo escuro, ou uma fita refletiva colocado no rotor e o sensor fixado externamente. Alguns podem ser colocados a 1 m de distncia. A Ilustrao 5.2 abaixo mostra um esquema comum: Mquina; Planos de Balanceamento;
Pgina 27 de 66
Com a instrumentao mostrada acima a medida de vibrao fica com o seguinte aspecto:
V0 = 8 mm/s a 40
Ento convm usar notao vetorial. Assim:
r mm V0 = 8 a 40 s
Procedimento: Primeira coisa garantir desbalanceamento. que a vibrao realmente devida ao
Com o analisador em espectro e com o sensor de fase conectado entrada de trigger, medir a vibrao na freqncia de rotao do rotor a ser balanceado em mdulo e fase. Essa a vibrao original. Sem nenhuma ao no rotor. r chamada de V0 . A soluo grfica consiste em desenhar um papel um conjunto de eixos cartesianos com a marcao de ngulos no mesmo sentido de rotao como olhando para a mquina.
Pgina 28 de 66
Procedimento:
1. Desenhar os eixos ortogonais com a numerao de angular no mesmo sentido da rotao do rotor a balancear
V0 = 8 mm/s a 40
3. Plotar este vetor com uma escala apropriada;
Pgina 29 de 66
4. Colocar uma massa de teste compatvel com o rotor, em uma posio qualquer (raio e ngulo), e marcar esta posio no rotor; 5. Medir a vibrao resultante:
r V1 = 13,54 mm/s a 11 ;
6. Plotar no grfico na mesma escala r de V0 ;
8. Medir no grfico, usando a mesma r escala, o tamanho de Vef ; 9. Medir o ngulo no grfico. Verificar r r o sentido de Vef at V0 . Ateno: observar bem o sentido de r r giro de Vef at V0 .
r
10. Agora preciso virar Vef de para ficar posicionado contra a vibrao
r
Substituir a massa de teste por uma de correo, baseado no tamanho de Vef segundo a equao:
r V0 mC = m T r Vef
(5.2)
11. Depois de colocada a massa de correo, mede-se a vibrao final e se aceita ou no a qualidade do balanceamento feito. Se estiver nos padres, o r servio est encerrado, se no com a nova vibrao V1 refazer todo o
procedimento com o V0 original. Diviso da Massa de Correo: Em algumas situaes coincide que a massa de correo deve ser colocada em alguma posio angular no disponvel. Hlices, girabrequim, rotores eltricos tm lugares especficos para colocao de massas de balanceamento. Se a indicao cair fora delas, a massa deve ser dividida em duas nas posies mais prximas para ter o efeito esperado. As Figuras abaixo mostram alguns exemplos de diviso de massa uma massa de 8 g.
Pgina 31 de 66
5.4. Balanceamento Vetorial de 2 Planos O balanceamento de Campo em 2 Planos semelhante ao de um plano. S que o trabalho manual bem maior, no mais difcil. Princpio Bsico do Mtodo Vetorial: 1. Medir a vibrao original; 2. Aplicar um desbalanceamento conhecido, massa de teste e raio de teste; 3. Medir a vibrao resultante; 4. Determinar o efeito da massa de teste na vibrao da mquina; 5. Calcular a correo necessria para anular a vibrao original. No balanceamento em dois planos o procedimento bsico o mesmo, mas quando a massa de teste colocada em cada um dos planos preciso verificar a sensibilidade da massa nos dois planos. ento conveniente usar dois ndices nas notaes da vibrao: o ndice 1 para o plano 1 e o ndice 2 para o plano 2. Assim tem-se; V10 a vibrao original no mancal 1 prximo do plano 1; V20 a vibrao original no mancal 2 prximo do plano 2; V11 a vibrao resultante no plano 1 com a massa de teste no plano 1; V12 a vibrao resultante no plano 1 com a massa de teste no plano 2; V22 a vibrao resultante no plano 2 com a massa de teste no plano 2; V21 a vibrao resultante no plano 2 com a massa de teste no plano 1;
Pgina 32 de 66
Colocar massa de teste no plano 2 e medir V12 e V22. Plotar esses vetores.
Pgina 33 de 66
Deixar no grfico somente os vetores originais e os dois efeitos em cada plano. Alterar simultaneamente os tamanhos e posio das duas massas de testes, para que seus efeitos, Veff11 e Vef21 anulem V10, e Vef22 e Vef12 anulem V20.
Pgina 34 de 66
O P .Vef = V0
(6.1)
Como se l: o operador OP atua sobre o efeito Vef para transform-lo em V0 em sentido oposto. No caso de 1 plano, a soluo grfica para determinar o Operador mais simples do que a soluo matemtica. No balanceamento de 2 planos, a lgica a mesma, s que bi-dimensional. Assim tem-se:
V10 V20
V = ef11 Vef12
Vef 21 O 1 . Vef 22 O 2
(6.2)
Como se l: os operadores O1 e O 2 atuam nos 4 efeitos e criam vetores iguais e opostos s vibraes originais V10 e V20 . Este procedimento pesado para fazer na mo (nossos avs faziam). Para ns muito mais conveniente fazer por software. Existem vrios softwares disponveis. Inclusive com download livre.
Pgina 35 de 66
Pgina 36 de 66
Ilustrao 7.1 - Representao de um rotor girando com rotao e as foras de massa desenvolvidas.
Um rotor real constitudo por infinitas massas pontuais. Em um rotor real desbalanceado, a soma de todas as foras de rotao no nula. A resultante aplica esforos na estrutura da mquina e provoca vibrao. As foras so todas vetoriais com mdulo, direo e sentido. So foras centrfugas, com a seguinte equao:
fC = mi .di . 2
i =1
(7.1)
Onde: Wi ou mi: Massas desbalanceadas; di: Distancias ao eixo de rotao; : Rotao do rotor em [rad/s].
Pgina 37 de 66
Disto sa a principal caracterstica de diagnstico do desbalanceamento: Vibrao em 1x. Os rotores devem ser balanceados na ltima etapa de fabricao (ou montagem). o caso de rodas, ventiladores, bombas, e muitos outros. No caso de mquinas muito grandes, tpicas Unidades Geradoras, no possvel ou vivel ter uma balanceadora. No mximo se faz um equilbrio esttico. Ento se aplica o balanceamento de campo no rotor na poca do comissionamento. Os fabricantes quando vo montar o rotor procurar colocar em posies opostas, partes com mesma massa, visando com isso minimizar o erro de massa final. A fora de desbalanceamento gerada no rotor e ento aplicada no rotor. Ela atua na estrutura do rotor, fora os mancais e flete o eixo. Estas foras de reao equilibram a excitao. A Ilustrao 7.3 mostra as foras atuantes.
Pgina 38 de 66
Se as foras, e a vibrao, forem excessivas, todos os elementos da mquina sero esforados, especialmente os mancais de guia que tem pequenas folgas. 7.3. A Correo O conjunto rotativo de uma Unidade Geradora composto do Gerador, eixo, acoplamento, eixo, e rotor da turbina. O elemento mais acessvel o gerador com seus dois mancais, o superior e o inferior. Ele tambm tem a maior inrcia, chamada GD2 [kg.m2]. Ento as adies de massa para balancear so colocadas no rotor do gerador, para que a vibrao atinja nveis aceitveis. A Ilustrao 7.4 mostra o fundamental do balanceamento. Determinado onde est o ponto pesado, a posio da resultante do desbalanceamento, a massa de correo colocada em uma posio diametralmente oposta (adio de massa). Nas Unidades Geradoras, o eixo fabricado com segundo grande controle de qualidade e o seu dimetro bem menor do que o do gerador.
Pgina 39 de 66
O rotor da turbina est sujeito a desgastes, se acontecer cavitao, por exemplo, ela deve ser corrigida o mais rpido possvel, em outra atuao de manuteno. Alm disso, existem algumas dificuldades inerentes ao rotor da turbina: 1. O acesso ao rotor da turbina quase impossvel; 2. No existem pontos de colocao de massas corretoras; 3. Colocada uma massa, a alterao de posio para refinamento invivel; 4. O rotor da turbina balanceado estaticamente na fabrica. Com estas observaes o balanceamento de campo aplicado em Unidades Geradoras feito no rotor do gerador, mesmo sabendo que o possvel erro possa estar no rotor da turbina. Mas tambm observado que o gerador a principal fonte de desbalanceamento mecnico da Unidade. Ele formado de muitas partes e tem chances de desbalancear e tem muitos locais de colocao de massas de balanceamento, a fixar com solda ou com parafusos. O rotor do Gerador pela sua funo tem ainda outro grupo de grandes foras atuantes: as foras magnticas. 7.4. Desbalanceamento Magntico A interao magntica entre os plos do rotor e do estator de um gerador de Usina desenvolve imensas foras radiais e tangenciais no entreferro. Com as associaes de densidade de fluxo, saturao no circuito magntico, valor do entreferro e foras magnticas de atrao e repulso, vem concluso a vibrao do rotor dentro do estator cria foras magnticas que interagem com a vibrao. A Ilustrao 7.5 mostra um exemplo de variao de entreferro e suas conseqncias.
Pgina 40 de 66
Fempuxo = 20.
Onde:
(7.1)
: a variao do entreferro [mm]; g: o valor nominal [mm]; rea Interna do Estator: Permetro x Altura [m2]. Exemplo: rotor com = 12 m, altura h = 1.5 m, entreferro g = 25 mm, o empuxo magntico ser de 45 toneladas fora por mm de desvio radial no gerador. Esse empuxo aparece com a mquina energizada. A freqncia da fora magntica 2x fgerada, de 120 Hz. As causas das foras magnticas podem ser: Desbalanceamento mecnico; No circularidade do rotor; No circularidade do estator; Desvio radial do eixo; No uniformidades no circuito magntico (curto-circuito). Sozinho, o desbalanceamento mecnico pode deslocar o rotor do centro magntico do estator e com isto, gerar foras magnticas no equilibradas. s vezes, o sintoma de erros magnticos causado pelo desbalanceamento mecnico. Portanto, s foras desbalanceadoras por excentricidade de massa j citadas, dever ser somado o empuxo magntico quando o gerador for excitado. Os efeitos do desbalanceamento magntico aumentam com o aumento da potncia gerada, pois o fluxo magntico proporcional corrente de campo. A tentativa de adicionar uma massa de balanceamento em certa condio magntica pode at reduzir a vibrao final, mas se mudar a condio de
Pgina 41 de 66
Ilustrao 7.6.a Vibraes oscilografadas nos mancais de uma mquina antes da adio de massas de correo
Ilustrao 7.6.b Vibraes oscilografadas nos mancais de uma mquina aps a adio de massas de correo sem excitao do gerador
Pgina 42 de 66
Ilustrao 7.6.c - Vibraes oscilografadas nos mancais de uma mquina aps a adio de massas de correo sem excitao do gerador
Em Unidades Geradoras, a correo de desequilbrios magnticos um trabalho complexo, grande que pe a mquina fora de operao por um longo tempo. Ento, a interveno s deve ser decidida se as vibraes estiverem em nveis perigosos. As vibraes mecnicas podem afrouxar as cunhas das bobinas do estator, da fixao dos plos etc. 7.5. Perturbaes Hidrulicas na Turbina O fluxo de gua pelo rotor da turbina gera vibraes em freqncias caractersticas, normalmente maiores que a rotao. O fluxo passando pelo distribuidor e pelo rotor faz aparecer vibraes com freqncia igual rotao vezes nmero de ps do rotor ou do distribuidor ou as duas. As vibraes oriundas de perturbaes hidrulicas da turbina podem ser minimizadas pela injeo de ar comprimido. Ser mostrada agora como uma perturbao hidrulica pode influir numa oscilao de eixo. Outra caracterstica das Unidades Geradoras o run-out do eixo: um passeio em baixa freqncia que um eixo vertical faz devido s folgas radiais dos mancais. Isto acontece porque falta uma fora radial que segura o eixo em certa posio dentro do mancal. A fora gravitacional de um eixo horizontal, uma correia de transmisso, ou at mesmo um desalinhamento proposital entre os mancais. A Figura 7 mostra a influncia deste passeio na vibrao.
Ilustrao 7.7 - Vibrao radial de um eixo vertical. Onde P a vibrao total e D a vibrao sem runout.
Pgina 43 de 66
Outro exemplo, na Ilustrao 7.9 mostra as vibraes radiais do eixo de uma Francis sem aerao natural, durante o aumento de carga. Percebe-se que o eixo passa por regio de instabilidade, nesse caso atribudo ao run-out. isto pode indicar regies crticas de funcionamento.
7.6. Limites e Critrios de Vibrao em Turbinas Os nveis de vibrao devem ser comparados com referencias para fim de comparao e da decidir a aceitao. A Ilustrao 7.10 mostra a Carta de Rathbone, publicada em 1939.
Pgina 44 de 66
Depois foi aceita no mercado outra referncia, a Carta da IRD, a mesma da General Machinery Vibration Severity Chart, mostrada na Ilustrao 7.11.
Pgina 45 de 66
At a dcada de 80, utilizavam-se a carta de Rathbone para a avaliao da vibrao das Unidades Geradoras. Atualmente, os limites de vibrao so associados s folgas radiais dos mancais de guia. So porcentagens das folgas.
Pgina 46 de 66
Caso contrrio, se o run out apresenta (-50 m), evidenciando um afastamento do instrumento medidor, a amplitude real de desbalanceamento ser:
A Real de Desbalanceamento = 150 + 50 = 200 m (7.3)
importante conhecer o run out, pois permite medir a verdadeira amplitude da vibrao da mquina. Ainda sobre particularidades sobre Unidades Geradoras, a Westinghouse orienta que em mquinas de baixa rotao, at 100 RPM, o ngulo de fase da vibrao seria 15. Em mquinas que giram de 120 e 150 RPM, o ngulo de fase de 30 a 35 e em mquinas de alta rotao, 300 RPM, o ngulo de fase ser aproximadamente 50.
7.7. Prticas de Balanceamento de Unidades Geradoras 7.7.1. Instrumentao
Para a execuo do balanceamento, preciso medir a amplitude da vibrao e sua fase. A amplitude da vibrao normalmente medida em deslocamento e expressa em [m]. proporcional quantidade de desbalanceamento, aqui considerada a resultante do desbalanceamento. Deve ser bem medida para avaliar a condio atual do rotor e determinar as correes necessrias.
Pgina 47 de 66
Para qualquer tipo de rotor, sempre existe a questo entre balanceamento esttico e dinmico. O esttico corrige uma fora resultante e o dinmico um momento resultante. Sob todos os aspectos o dinmico melhor do que o esttico. Mas em alguns casos, o esttico suficiente, em outros a estrutura do rotor elimina a ao do momento (ventiladores centrfugos), em outros as rotaes so mais para baixas (roda de carro que vai feira livre no domingo), em outros muito complicado acessar dois planos, em outros s possvel acessar um lado do rotor. Todas estas consideraes so filosficas e cada caso deve ser analisado com cuidado.
7.7.3. Formas de Balanceamento:
Os rotores podem ser balanceados em balanceadoras, mquinas de alta preciso calibradas para grande faixa de massa e dimenses, ou balanceados em campo, usando a prpria estrutura de sua mquina. Cada forma tem suas vantagens e desvantagens. Quando as dimenses so to... (grandes ou pequenas) a s pode usar esse ou aquele. Imagine tirar um rotor de 100 toneladas e transport-lo para uma balanceadora. Existe balanceadora para at 125 toneladas de rotor, melhor balancear em campo. Por outro lado imagine balancear um rotor de 1 grama, nem pensar em balancear em campo. Existe balanceadora para rotores de 1 grama. Imagine balancear em campo um satlite de tele comunicaes (em servio).
7.7.4. Mtodos de Clculo de Balanceamento de Campo
O balanceamento de campo exige a medio da vibrao, a aplicao de massas de teste para calibrao, e clculos das correes. Os processos de clculo de balanceamento podem ser: grfico, vetorial e analtico. Existem algoritmos grficos para a soluo matemtica do balanceamento, o mais conhecido o mtodo dos 3 pontos. O mtodo vetorial muito intuitivo e d uma boa exatido. E atualmente com computadores at nos celulares, faz-se o analtico. As formas e mtodos esto detalhados nos Captulos anteriores desta apostila.
Pgina 49 de 66
mT = 30 kg, no ponto 5. A vibrao passou de R0 = 200 m a 30 para R1 = 100 m a 90. Ento o efeito da massa de teste o vetor P na escala = 173 m. Precisando ser girado de 30 para anular R0. A massa de teste deve ser substituda por outra de 35 kg colocada 30 para trs, na posio 6.
b) Balanceamento de 3 Pontos
Vibrao Original, V0 = 110 m; Vibrao com massa de teste de 145 kg no ponto A, VA = 100 m; Com a massa no ponto B, VB = 150 m; Com a massa no ponto C, VC = 120 m; Adota-se uma escala (e.g. 1 cm = 50 kg) para a massa de teste: 1. Traar um crculo com centro em O e raio = escala da massa de teste; 2. Traar as retas AB, BC e CA e dividi-los na proporo de VA/ VB, VB/ VC e VC/ VA interna e externamente; 3. Os pontos de diviso interna e externa definem o raio de um crculo que o lugar geomtrico dos pontos que distam de A e de B na
Pgina 50 de 66
O mtodo a ser utilizado ser o da anlise do diagrama vetorial e as oscilaes medidas simultaneamente nos mancais de guia superior e inferior do gerador, pontos C e B. Foram usados 3 sensores de proximidade, 2 para vibrao e outro para referencia de fase, no ponto A no mancal da turbina. O esquema de medida mostrado na Ilustrao 7.14 abaixo. As medidas originais foram:
VB = 394 m a -270 VC = 402 m a - 246
As fases prximas indicam um desbalanceamento quase esttico. Com uma massa de teste de 9.33 kg no ponto 2, as medidas passaram para
VB1 = 378 m a -191 VC1 = 275 m a - 221
Pgina 51 de 66
Pgina 52 de 66
Para anlise do diagrama vetorial (acima), para atenuar VB e VC, a massa dever ser deslocada no sentido anti-horrio para prximo do ponto I de colocao da massa de teste. As massas requeridas para anular VB e VC so, respectivamente, 7,5 e 19,5 kg.
Depois de colocada a massa de 7.25 kg no ponto I, as vibraes passaram para VB2 = 216 m a - 230 e VC2 = 232 m a 263.
Pgina 53 de 66
Para anlise do diagrama vetorial abaixo, revela que houve uma alterao sensvel do desbalanceamento. Veja que os efeitos esto quase que contrrios s vibraes originais.
Pgina 54 de 66
Outro Exemplo:
Outro exemplo prtico refere-se a dois grupos geradores iguais, com as seguintes caractersticas:
Peso do gerador: 729 ton.; GD2: 70.000 Ton.m2; Rotao: 120 rpm; Dimetro do rotor: 11,3 m; Dimetro do ponto de insero das massas de teste: 9,5 m; Relao L/D: 0,2; Potncia: 350,5 MVA; Acionamento: Turbina Francis.
Medidas nos pontos S (mancal guia do Gerador) e I (mancal guia da turbina), como podem ser observadas na Ilustrao 7.17 abaixo:
Pgina 55 de 66
Ilustrao 7.17 - Medidas nos pontos S (mancal guia do Gerador) e I (mancal guia da turbina)
Os valores de amplitude e posio angular dos vetores antes e depois do balanceamento so os seguintes:
Unidade Geradora 1
0 = 0 I0 = 0
Massa de teste inserida = 115,6 kg no ponto 6 VS1 = 100 m VI1 = 103 m 1 = 120 em atraso I1 = 30 em atraso
Massa de teste inserida = 124 kg entre os pontos 9 e 10 VS1 = 76 m VI1 = 87 m 1 = 46 em atraso I1 = 273,5 em atraso
Pgina 56 de 66
Pgina 57 de 66
Antes e durante um balanceamento, de uma maneira geral, importante a observao dos seguintes itens:
Verificar se a mquina j fora balanceada e, em caso afirmativo, procurar reunir todas as informaes do balanceamento, tais como:
Pgina 58 de 66
Dificuldades encontradas.
Tipo, potncia, rotao nominal e crtica, folgas dos mancais; Dimenses da mquina, principalmente do rotor do gerador (pontos de colocao de pesos, relao L/D).
Alinhamento do eixo (run out); Condies do acoplamento; Verificar o acesso aos pontos de medio da oscilao e em funo disto, estabelecer a instrumentao a ser utilizada; Antes de partir a mquina, inspecionar o gerador e, se possvel, a turbina, de modo a verificar a existncia de peas soltas, mal fixadas e ou qualquer situao que possa provocar vibraes ou atritos desnecessrios; Durante o balanceamento, aumentar a velocidade da mquina gradativamente, observando o comportamento da amplitude do desbalanceamento. Se em alguma velocidade se observarem oscilaes indesejveis, quer seja por desbalanceamento, quer seja por outra causa, procurar corrigir a situao antes de prosseguir no incremento de velocidade; Certificar-se de que a oscilao proveniente de um desbalanceamento mecnico, antes de partir para a insero de massas de correo; Fixar seguramente as massas de correo; Durante a anlise das vibraes, considerar o desalinhamento de eixos. Somente o desbalanceamento por excentricidade de massas poder ser corrigido com a adio de massas de correo; Sempre que adicionar uma massa ou tiver uma dvida quanto intensidade de sua massa, proceder ao aumento da velocidade, analisando a oscilao; Acompanhar tambm as oscilaes junto aos outros mancais e verificar se a reduo da oscilao em um ponto no provocar o aumento da oscilao em outro ponto; Sempre que possvel, medir a oscilao no eixo e no no suporte ou caixa do mancal; Antes de medir ou registrar a amplitude e ngulo da oscilao, os quais serviro de base para o balanceamento, observar se no h a alterao dos mesmos com o aumento das temperaturas da mquina (mancais, estator, etc.). Caso houver alguma alterao, aguardar a estabilizao antes de iniciar a medio. Porm, se a amplitude de oscilao for alta, iniciar a correo e, aps reduzir a amplitude, refazer a medio,
Pgina 59 de 66
Mquina a vazio e sem excitao; Mquina a vazio excitada; Mquina em carga (25, 50, 75 e 100% da potncia nominal); As observaes acima descritas so de mbito geral e, sobre elas, imperam o bom senso e a experincia para situaes que no se enquadrem aos casos expostos acima..
Pgina 60 de 66
Existem no mercado algumas opes de Balanceamento Ativo para aplicao mais dirigida a grandes ventiladores centrfugos sujeitos incrustao, ou seja, que trabalham em ambientes sujos.
2. Correo Automtica do Desbalanceamento
Desde os anos 80 existem sistemas que monitoram a vibrao em 1x e continuamente corrigem o desbalanceamento sem a necessidade de parar o ventilador. Esses sistemas chamados de Balanceamento Ativo ou Balanceamento Automtico so compostos de sensores de vibrao, um sistema de controle, atuadores e anis de correo. Os anis de correo contm massas internas que podem ser reposicionadas para compensar o desbalanceamento de massa do rotor. Eles so presos ao eixo a corrigir. A Ilustrao 1 mostra as partes do sistema.
O principio simples: sentir e ajustar. O monitoramento contnuo e o usurio estabelece a faixa de tolerncia desejada. Atingido o nvel superior desta faixa, o sistema determina a intensidade e a fase da correo necessria, a informao enviada a um atuador que comunica aos anis que reposicionam as massas mveis. At que a vibrao em 1x volte para a faixa estabelecida. A Ilustrao 2 mostra o esquema funcional.
Pgina 61 de 66
Apesar de ser usado em muitos tipos de mquinas, o principal uso em ventiladores centrfugos, os ID fans (induced draft). Nesta categoria, 3 tipos so destacados: 1. Em balano com uma entrada; 2. Bi-apoiado com uma entrada, e 3. Bi-apoiado com duas entradas dupla aspirao. A Ilustrao 3 mostra os croquis e a necessidade de 1 ou 2 planos de correo. Este sistema pode ser linkado rede e comandado distncia. Suas informaes podem ser usadas na otimizao do balanceamento de campo, como estimativa da massa de teste e sua posio.
a) Descrio do Problema
IDF trabalhando com gs quente com partculas de cimento gerando incrustao. Com mudanas de temperatura o material incrustado quebra e solta criando fortes desbalanceamentos. A vibrao atinge 25 mm/s a 1330
Pgina 62 de 66
Ilustrao 4 - IDF
b) Soluo:
Com a instalao do balanceamento ativo, a vibrao se mantm entre 0.6 e 1.3 mm/s e o intervalo entre paradas passou para 6 meses para limpeza. As paradas de emergncia foram eliminadas.
5.2. Siderrgica (USStell)
a) Descrio do Problema
Um exaustor de 3050 mm trabalhando com mistura de ar, gases, cal em um duto de 250 m na coqueria. A vibrao sempre alta aps qualquer parada. O controle desligar quando a vibrao atinge 5.5 mm/s. Para manter o servio o rotor era balanceado 2 vezes por ms a um custo de US$ 1000,00 por vez e um dia de parada. Os rolamentos eram trocados todos os meses.
Ilustrao 5 - Exaustor
Pgina 63 de 66
A instalao do Balanceador Ativo manteve a vibrao em 0.5 mm/s e os rolamentos passaram a suportar mais do que 1 ano de servio. S na troca de rolamentos a USSteel economizou US$80.000,00 em peas e mo de obra. Em horas de manuteno, a empresa estima a reduo de mais de 1000 horas manuteno, equivalente a US$45.000,00.
6. A Tecnologia SKF
A proposta da SKF para o Sistema de Balanceamento Ativo est mostrada na Ilustrao 6 abaixo. O reposicionamento de elementos faz a compensao de massa para corrigir o desbalanceamento de massa de vrios tipos de rotores. Faz coincidir o Centro de Massa com o Centro Geomtrico.
Antes do Balanceamento
Depois do Balanceamento
medida que o desbalanceamento varia, as esferas se movem continuamente e corrigem o desbalanceamento. Um modo de comparar as diversas normas associar a fora dinmica criada pelo desbalanceamento residual como porcentagem da carga esttica aplicada nos mancais. Veja a tabela a seguir:
Pgina 64 de 66
Comparao entre as Normas API, ISO & MIL-STD-167-1 para tolerncias de balanceamento em funo da Mxima Rotao de Operao [RPM]
Pgina 65 de 66
24 21 Velocidade em mm/Sec
18
15
Pgina 66 de 66