Zalé
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Zalé[1] (em árabe: زحلة), também chamada de Zahlah ou Zahleh) é a capital de Beca, Líbano. Com população estimada em cerca de 120,000 pessoas, em sua maioria cristãos, é a terceira maior cidade do Líbano[carece de fontes]. É considerada uma das principais cidades do vale do Beca e é famosa pelo seu ar puro, seus hotéis e resorts e comida típica de alta qualidade. Trata-se da principal referência gastronômica libanesa.
Zalé | |
Videiras em Zalé, no centro do Vale do Beca | |
Árabe | زحلة |
Governo | |
Coordenadas | 33° 50′ N, 35° 55′ L |
População | 130 000 (2006) |
Jurisdição | 19,8 dunans (19.8 km²) |
Prefeito | Assad Zogaib |
Geral
editarA cidade está situada no centro do vale do Beca, na região mais fértil do país, a 52 quilômetros a leste da capital Beirute. É possível dirigir de carro de Zalé até Beirute em uma hora, dependendo das condições do trânsito.
Possui extensas cavernas subterrâneas, construídas em torno de uma gruta natural conhecida e ampliada pelos romanos.
Zalé é uma cidade com intensa movimentação cultural, tal qual Balbeque. É conhecida também pelo cultivo de vinhedos e pela produção de bons vinhos.
História
editarZalé foi fundada há cerca de 300 anos.[2] No início do século XVIII, a nova cidade foi dividida em três partes, cada qual com seu governo[carece de fontes].
Em meados do século XIX, a cidade passou por um breve período de "Estado Independente", ocasião em que até mesmo uma bandeira própria fora produzida [carece de fontes].
Em 1885, foi construída uma ferrovia que ampliou o comércio, transformando a cidade em um "porto interno" do vale do Beca.[2] Foi também o centro da agricultura e do comércio entre Beirute e Damasco, Mosul e Bagdá. Considerada o local estratégico do exército libanês, Zalé tem ocupado um importante papel na vida política do país.
Restaurantes no rio Barduni em Zalé
editarO rio Barduni nasce no monte Sannine passando por dentro de Zalé. Com águas rasas, especialmente no verão, pela baixa quantidade de chuvas e neve nas montanhas libanesas, é considerado o melhor local da cidade quando se fala em comer ao ar livre[carece de fontes].
A tradição dos restaurantes na região do Bardauni é secular, e começou com simples cafés. Hoje em dia pode-se encontrar os mais sofisticados locais para alimentação, que de forma curiosa são nomeados "cassinos"[carece de fontes]. Estes estabelecimentos oferecem comidas típicas, além do café libanês. Em cima do vale do Bardauni estão restaurantes como EL Reem de Kaa, conhecidos também pela qualidade de seus alimentos e ambientes.
Vinhos e arak
editarA associação de Zalé com a uva é notável, porque encontra-se no coração de uma área que produz vinho de forma secular. Na entrada do sul da cidade a estátua de uma fêmea graciosa personifica o vinho e a poesia.
Os montes no norte da cidade, como Hadi, Harqat, Bir Ghazour e Diz Zeina são cobertos com plantações e vinhedos que fornecem matéria prima para indústrias do vinho e do arak, uma bebida alcoólica aromatizada, destilada de uva e típica da região. Muitos dos vinhos de Zalé foram reconhecidos formalmente no exterior por sua qualidade inigualável, digna dos melhores vinhos europeus[carece de fontes]. Uma excursão pelo interior de Zalé é uma maneira boa ver como o vinho e o arak são feitos.
Celebrações locais
editarTodos os anos entre os dias 10 e 20 de setembro, acontece o famoso Festival do Vinho de Zalé, que se realiza nas montanhas da cidade, coincidindo-se a data, com o Festival das Flores, também bastante popular na região.
Neste festival é eleita a Miss Vinho, e carros fazem carreatas pela cidade coberto de flores, representando um símbolo nacional.
Zalé, como maior cidade cristã do Líbano[carece de fontes], se destaca pelo famoso Festival de Corpus Christi, que teve sua primeira edição em 1825, data esta que coincide com a época em que a cidade passava por sérios problemas de pragas contagiosas.
O Festival de Corpus Christi é comemorado na primeira quinta-feira de junho. Na manhã seguinte, é celebrada uma missa na Igreja de Nossa Senhora de Najat, seguida por uma procissão, na qual boa parte da população da cidade participa carregando o "pão sagrado" através das ruas.
Toponímia
editarEspecula-se que o nome Zalé é derivado do verbo árabe زحل (zahhala), que significa vá em frente, deslocar-se [carece de fontes]. Mas para alguns historiadores, o nome é derivado da palavra árabe zahl, que significa desmoronamento, e remete ao surgimento da cidade, que foi construída sobre os destroços da cidade antiga soterrada por um terremoto.[3]
Referências
- ↑ Enciclopédia Brasileira Mérito - Suplemento. São Paulo: Editora Mérito S. A. 1970. p. 343
- ↑ a b «MiddleEast.com» (html) (em inglês). Consultado em 27 de dezembro de 2008
- ↑ Família D. «História de Zalé». Consultado em 27 de dezembro de 2008. Arquivado do original (html) em 29 de agosto de 2009