Rio Sabor
O rio Sabor é um rio que nasce na sierra de Gamoneda (final meridional dos Montes de León) na província de Zamora (Espanha), entra logo em Portugal, atravessa a Serra de Montesinho no distrito de Bragança.
Rio Sabor | |
---|---|
Rio Sabor desde o Santuário de Santo Antão | |
Comprimento | 120 km |
Nascente | Serra de Montesinho |
Foz | Rio Douro |
País(es) | Portugal Espanha |
Afluente da margem direita do rio Douro, passa perto da cidade de Bragança de onde recebe as águas do rio Fervença, indo desaguar perto da Torre de Moncorvo a jusante da Barragem do Pocinho, na aldeia da Foz do Sabor. O seu nome pronuncia-se de uma forma peculiar, abrindo mais o "a" e fechando o "o".
Afluentes
editarBarragem do Baixo Sabor
editarA empresa EDP começou em 2008 a construção de uma grande barragem para a geração de eletricidade, no último grande rio da Península Ibérica, sem barragens, desde a sua nascente até à foz do Douro.
Várias associações regionais e grupos ambientalistas posicionaram-se contra o projeto, arguindo que este trabalho representa um impacto irreparável em paisagens ecologicamente importantes que são o lar de espécies-bandeira, aves rupícolas anfíbios, invertebrados de água doce, etc.
O projeto foi relatado para a Comissão Europeia por contradizer várias disposições da legislação ambiental europeia, incluindo as directivas sobre as Aves e os habitats pois a região afetada pela barragem faz parte da Rede Natura 2000, nas áreas específicas "Sabor e Maçãs Rios '(SPA e SIC) e "Morais" (SIC) lar de 19 tipos de habitats, 9 espécies e 5 espécies vegetais de interesse comunitário. Entre elas, três tipos de habitats e de espécies animais (Canis lupus), classificados como prioritários. Quanto à ZPE, foi nomeada pela presença de 34 espécies de aves selvagens, incluindo várias espécies de aves de rapina, muitas das quais nidificam nas margens do rio que ficarão submersas pela barragem.[1]
O trabalho foi paralisado por um longo tempo e, finalmente, arquivou-se a queixa com uma resolução que confirma as acusações, mas afirma que
parece que finalmente a barragem será construída [2]
De acordo com o n. º 4 do artigo 6 º da Directiva 92/43/CEE, este argumento só é válido se
- Relacionados à saúde humana e segurança pública
- Para consequências benéficas primordiais para o ambiente
- Outras razões imperativas de interesse público a fim (após consulta com a Comissão) [3]
Neste caso, o Governo Português argumentou que
A nova albufeira produzirá energia capaz de abastecer 300 mil pessoas por ano, o dobro da população do Distrito de Bragança, aumentará em 20% a capacidade de armazenamento do país e duplicará as reservas de água do Douro.
De acordo ainda com a empresa, esta é a barragem com um dos maiores planos de investimento para minimização de impactes ambientais, ou seja 60 milhões de euros.
Esta foi ainda a primeira barragem a disponibilizar 3% da faturação anual de energia para o fundo de compensação ambiental destinado também a apoiar o desenvolvimento de projetos na área de influência.
A conclusão da barragem estava inicialmente prevista para 2013.[4]
Referências
editar- ↑ a b c Parlamento Europeo. Petición 450/2004, presentada por «Plataforma Sabor Livre», de nacionalidad portuguesa, sobre el proyecto de construcción de una presa en el río Sabor
- ↑ Diario de Tras-os-Montes[ligação inativa];Comissão Europeia deixa construir barragem
- ↑ Directiva 92 / 43/CEE
- ↑ «Barragem do Sabor começa a produzir energia no final do ano»