Região Autônoma do Tibete

região autônoma da China
 Nota: Este artigo é sobre a subdivisão administrativa chinesa. Para a região histórica, veja Tibete.

A Região Autônoma do Tibete (português brasileiro) ou Região Autónoma do Tibete (português europeu) (em tibetano: ; Wylie: Bod-rang-skyong-ljongs; em chinês simplificado: 西藏自治区; chinês tradicional: 西藏自治區, pinyin: Xīzàng Zìzhìqū) é uma região autônoma com estatuto de província da República Popular da China (RPC), criada em 1965 na região histórica do Tibete.

Região Autónoma do Tibete
西藏自治区 /
Bandeira do Tibete
Bandeira do Tibete
Brasão de Região Autônoma do Tibete
Brasão de Região Autônoma do Tibete
Bandeira Brasão
Hino nacional: Marcha dos Voluntários
Gentílico: tibetano, -na

Localização de Região Autônoma do Tibete
Localização de Região Autônoma do Tibete

Capital Lassa
39°55′N 116°23′L
Cidade mais populosa Lassa
Língua oficial tibetano1
mandarim
Governo Provincial comunista
• Secretário-Geral Chen Quanguo
• Governador Losang Jamcan
• Declarada Província da China 5 de novembro de 1913
Área
  • Total 1 228 400 km²
 • Água (%) 2,8
População
 • Estimativa para 2014 3 180 000[1] hab. ()
 • Densidade 2,59 hab/km² hab./km²
PIB (base PPC) Estimativa de 2013
 • Total US$ 19 017 bilhões *(31.º)
 • Per capita US$ 6 138 (28.º)
IDH (2013) 0.569[2] (81.º) – médio
Moeda renminbi (CNY)
Fuso horário UTC+8
Cód. ISO TIB
Cód. Internet .cn
Cód. telef. +86
Website governamental www.xizang.gov.cn

Dentro da RPC, o Tibete costuma ser identificado com a região autônoma, que inclui praticamente metade da região etnocultural do Tibete, incluindo as tradicionais províncias de Ü-Tsang e a metade ocidental de Kham. Suas fronteiras coincidem aproximadamente com a zona de controle do governo do Tibete antes de 1959. A Região Autônoma do Tibete é a segunda maior divisão administrativa a nível de província do país, ocupando um total de 1 200 000 quilômetros quadrados.

Ao contrário de outras regiões autônomas chinesas, a grande maioria dos habitantes pertence à etnia local; como resultado, existe um amplo debate sobre a extensão da autonomia de fato da região. O governo chinês argumenta que o Tibete goza de autonomia integral, tal como garantida pelos artigos 112-122 da Constituição da República Popular da China, bem como da Lei sobre a Autonomia Étnica Regional da República Popular da China, enquanto diversas organizações de proteção aos direitos humanos acusam o governo chinês de perseguir e oprimir a população local.[3]

A Administração Central Tibetana, comumente descrita como o Governo Tibetano no Exílio, e chefiada pelo Dalai Lama, considera a administração do Tibete pelo governo chinês como uma ocupação militar ilegítima, mantendo que o Tibete é uma nação soberana distinta, com uma longa história de independência. Atualmente, no entanto, o Dalai Lama não afirma buscar a independência completa do Tibete, aceitando-o na condição de ser uma região genuinamente autônoma da República Popular.

Em 2012 estava prevista a construção do aeroporto mais alto do mundo na região, em Nagqu, situado a 4 436 metros de altitude.[4]

Com o mais alto nível de despesa pública per capita na China, a Região Autónoma do Tibete, embora ainda pobre, está a experimentar um rápido desenvolvimento económico (crescimento de 10% em 2018), permitindo a expansão da classe média. Pequim pretende promover o desenvolvimento económico através do turismo e da exploração mineira, e depois construir uma teia de infra-estruturas para chegar ao Nepal e à Índia como parte das Novas Estradas da Seda, e melhorar a integração da população. Apesar de uma política de discriminação positiva no emprego público urbano, os tibetanos estão ainda sub-representados. Assim, embora a região seja oficialmente definida como "autónoma", a grande maioria dos altos funcionários são hans (o grupo étnico maioritário na China) e os projectos são na sua maioria decididos por Pequim. Em 2018, trinta e quatro milhões de turistas (+31,5% em comparação com 2017), na sua maioria chineses, visitaram o Tibete.[5]

A esperança de vida dos habitantes do Tibete aumentou de 35,5 anos em 1951 para 71,1 anos em 2019.[6]

Ver também

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Referências

  1. «National Data» (em inglês). National Bureau of Statistics of China. Arquivado do original em 19 de abril de 2016 
  2. «China National Human Development Report 2013 Sustainable and Liveable Cities: Toward Ecological Civilization» (PDF) (em inglês). United Nations Development Programme China. 2013. Consultado em 2 de agosto de 2021 
  3. «Summary of incidents of protest in Tibet 2009» (em inglês). 2009. Arquivado do original em 27 de agosto de 2009 
  4. «China inicia em 2012 obras do aeroporto mais alto do mundo». Folha de S.Paulo. 21 de dezembro de 2011. Consultado em 2 de agosto de 2021 
  5. «Losing Tibetanness» (em inglês). Le Monde diplomatique. Dezembro de 2019. Consultado em 2 de agosto de 2021 
  6. «Chine. Au Tibet, Xi Jinping affirme sa souveraineté face au rival indien» (em francês). l'Humanité. 26 de julho de 2021. Consultado em 2 de agosto de 2021 

Bibliografia

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  •   Media relacionados com Tibete no Wikimedia Commons
  • Hannue, Dialogues Tibetan Dialogues Han, ISBN 978-988-97999-3-9
  • Sorrel Wilby, Journey Across Tibet: A Young Woman's 1900-Mile Trek Across the Rooftop of the World, Contemporary Books (1988), ISBN 0-8092-4608-2.


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