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D. António Xavier Pereira Coutinho (Lisboa, Santo Estêvão, 11 de Junho de 1851 — Alcabideche, 27 de Março de 1939) foi um engenheiro agrónomo e professor universitário português que se destacou como botânico e fitossistemata. Formou-se como Engenheiro agrónomo pela Escola Politécnica de Lisboa. Leccionou primeiramente no Instituto Geral de Agricultura (futuro Instituto Superior de Agronomia) e depois, até à sua aposentação em 1921, na Escola Politécnica, a partir de 1911 Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. António Xavier Pereira Coutinho foi um taxonomista de renome, autor de Flora de Portugal (Plantas Vasculares): Disposta em Chaves Dicotómicas (1.ª ed. Lisboa: Aillaud, 1913; 2.ª ed. Lisboa: Bertrand, 1939) e de inúmeros outros trabalhos de Botânica e Silvicultura. Entre as suas primeiras obras publicadas, destaque-se A Silvicultura no Distrito de Bragança (Lisboa: Viúva Sousa Neves, 1882) e o Curso de Silvicultura : Esboço de uma Flora Lenhosa Portuguesa (Lisboa : Academia Real das Ciências, 1887; 2.ª ed. actualizada Lisboa: Direcção-Geral dos Serviços Florestais, 1936). Foi também um grande especialista da filoxera, tendo integrado em 1878 uma comissão de estudo daquela doença da vinha e publicado, entre outras, a obra Tratado Elementar da Cultura da Vinha : Cepas Europeias e Cepas Americanas, Grangeios, Doenças da Videira (Lisboa: Liv. José António Rodrigues, 1903).
O abade José Francisco Correia da Serra (Serpa, 6 de junho de 1750 — Caldas da Rainha, 11 de setembro de 1823), em 1775 ordenado presbítero, foi um cientista, diplomata, filósofo e polímata português. Investigou designadamente nas áreas da botânica e geologia. O género botânico Correa recebeu o seu nome. Correia da Serra fez inúmeras investigações no ramo da Botânica e da Paleontologia, tendo na sua bibliografia publicações prestigiadas para a sua época, tais como Philosophical Transactions, da Royal Society, sociedade da qual era membro. O método de anatomia comparada (aplicando termos de classificação da Zoologia para a Botânica) que Abade Serra adotou, permitiu que este agrupasse plantas em famílias (logo foi uma das personagens que introduziu a sistemática nas plantas), trabalho que foi aprofundado mais tarde por Candolle. Para além disso, Abade Serra participou num dos mais relevantes estudos da época, com os seus trabalhos no ramo da Carpologia, auxiliando no conhecimento das características funcionais e estruturais das plantas, e logo na sua classificação. António Rodrigo Pinto da Silva (Porto, 13 de Março de 1912 — Lisboa, 28 de Setembro de 1992), geralmente abreviado para A. R. Pinto da Silva ou P.Silva, foi um botânico português que se destacou como taxonomista e fitossociólogo. Formou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia, em 1937. Dos seus estudos no âmbito da taxonomia e da florística resultou número apreciável de novos taxa e um melhor conhecimento da área de inúmeras plantas e da sua nomenclatura. Organizou o herbário da Estação Agronómica Nacional, que passou de pouco mais de 3000 a perto de 100 000 exemplares. Foi pioneiro nos estudos de etnobotânica em Portugal, tendo publicado contribuições sobre nomenclatura vernácula da flora portuguesa, de plantas cultivadas e sobre a utilização popular de plantas espontâneas na alimentação. Colaborou com Josias Braun-Blanquet e Pierre Dansereau. Durante meio século deu apoio a arqueólogos, tendo publicado numerosos trabalhos na área da paleoetnobotânica entre os mais de 300 artigos, comunicações e notas em publicações nacionais e estrangeiras publicados ao longo da sua vida. Gonçalo António da Silva Ferreira Sampaio (São Gens de Calvos (Póvoa de Lanhoso), 29 de Março de 1865 — Porto, 27 de Julho de 1937), mais conhecido por Gonçalo Sampaio, foi um naturalista que se notabilizou na área da botânica. Professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), dedicou-se ao estudo dos líquenes e das plantas vasculares portuguesas, demonstrando na sua obra uma marcada preocupação com a nomenclatura botânica, apresentando alguns princípios divergentes dos seguidos no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, ideias que defendeu acerrimamente. Como investigador notabilizou-se sobretudo como sistemata e nomenclaturista distinto, particularmente na flora de plantas vasculares e de líquenes. Cristóbal Acosta ou Christóbal Acosta ou Cristóvão da Costa (Tânger?, 1515 - Huelva, 1594) foi um médico e naturalista português considerado um pioneiro no estudo de plantas orientais, em especial para uso em farmacologia. Com o seu colega boticário Tomé Pires (1465? -1524 ou 1540) e Garcia de Orta (1490 ou 1502-1568) foi um dos maiores expoentes da medicina Indo-Portuguesa. A Cratera Acosta na Lua foi nomeada em sua honra em 1976. Entre as suas obras destaca-se o Tractado de las drogas y medicinas de las Indias orientales (1578, em castelhano ), comentando sobre as drogas orientais. (Entre outros, menciona o bang, uma mistura feita a partir de cannabis) Outra obra importante é Tractado das ervas, plantas, frutas e animais considerado perdido. O Professor Doutor Rui Teles Palhinha (Angra do Heroísmo, 4 de Janeiro de 1871 — Lisboa, 13 de Novembro de 1957), com o nome por vezes grafado Ruy Telles Palhinha, foi um botânico e professor universitário a quem se deve a exploração sistemática da flora açoriana. Foi director do Jardim Botânico de Lisboa. Formou-se em Filosofia pela Universidade de Coimbra em 1893. Foi professor em liceus de Santarém e Lisboa, e professor e director da Escola Normal Superior de Lisboa, onde ensinou Metodologia Especial das Ciências Histórico-Naturais. Na Universidade de Lisboa, foi professor e director da Faculdade de Farmácia e professor da Escola Politécnica, a actual Faculdade de Ciências, onde foi secretário e dirigiu a Biblioteca e o Jardim Botânico. Muitos dos escritos do Professor Palhinha - resultantes, sobretudo, das excursões botânicas aos Açores realizadas em 1934, 1937 e 1938 sob a sua direcção - incidiram sobre as plantas do arquipélago. Bernardino António Gomes (Paredes de Coura, 1768 – Lisboa, 1823) foi um médico e botânico português que atuou na primeira metade do século XIX. Estudou várias plantas oriundas do Brasil e isolou a cinchonina. Durante as suas longas estadas no Brasil, que na altura era uma colónia portuguesa, Bernardino António Gomes estudou várias espécies de plantas medicinais. No período de 1798 a 1822, publicou (em Portugal e no Brasil) vários relatórios a descrever a morfologia e propriedades farmacêuticas de plantas brasileiras e portuguesas, assim como relatórios sobre a incidência e terapia de doenças infecciosas. Dos seus trabalhos, destaca-se o isolamento por cristalização da denominada cinchonina, a substância ativa presente na casca de quina. A cinchonina foi utilizada, desde o século XVII, como antipirético. Grande parte dos seus trabalhos foi desenvolvida no Laboratório Químico da Casa da Moeda, em Lisboa.