Placa tectónica

Santos

Placa tectônica (português brasileiro) ou tectónica (português europeu) é uma porção da litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte", e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas. São reconhecidas 55 placas tectônicas, 15 principais e 40 menores.[1]

Placas tectônicas do globo terrestre

Limites das placas tectônicas

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Existem três tipos principais de limites entre as placas tectónicas: convergentes, divergentes e transformantes.

Limites convergentes

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 Ver artigo principal: Limite convergente
 
Mapa detalhado das divisões entre as placas tectônicas (em inglês)
 
Limite das placas tectônicas

São, de modo geral, zonas de subducção, onde as placas se encontram e explodem. Uma delas mergulha por debaixo da outra (sempre a mais densa) e regressa à astenosfera. Existem três tipos de convergência:

  • Convergência crosta oceânica-crosta continental

Quando isso acontece, normalmente formam-se fossas abissais. Um exemplo é a fossa Peru-Chile, onde a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul-americana. A zona de convergência entre uma placa oceânica e uma placa continental é chamada de margem continental ativa. Isto acontece porque a crosta oceânica é mais densa que a crosta continental, deste modo imerge.

  • Convergência crosta oceânica-crosta oceânica

Nesses casos, formam-se arcos vulcânicos, como nas ilhas Marianas (placa do Pacífico e placa das Filipinas).

  • Convergência crosta continental-crosta continental

Nestes casos é muito difícil que uma placa mergulhe sobre a outra por causa da densidade de alguns elementos. Às vezes uma placa sobrepõe-se sobre a outra, num movimento de obducção. Pode ocorrer também a colisão entre as placas e a formação de cadeias de montanhas. O exemplo mais conhecido é o choque da placa Euro-Asiática com a indiana, que deu origem à cadeia dos Himalaias.

Limites divergentes

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 Ver artigo principal: Limite divergente

Também chamados cristas em expansão ou margens construtivas, porque nesses limites está sendo aumentada a crosta oceânica, a partir de magma vindo do manto, causando o afastamento das placas tectônicas. São exemplos de formações de limites divergentes as cordilheiras submarinas meso-oceânicas.

Movimento das placas

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O movimento pode ser observado[2] e medido usando sistemas GPS,[3] e as bordas das placas podem ser detectadas.[4] Essas placas se movem em relação uma à outra.[5][6] Terremotos e vulcões são os resultados desse movimento de placas.[carece de fontes?] Existem vários mecanismos que os cientistas desenvolveram com base nas observações das placas[7] e em uma compreensão mais profunda das camadas internas da Terra.[8][9] Esses mecanismos operam em diferentes pontos da Terra[10][11] e podem muito bem se complementar,[12] ajudando cada um a mover a placa à sua maneira.[carece de fontes?]

Convecção térmica

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Os cientistas acreditam que uma das principais forças por trás do movimento da placa é a convecção térmica. Convecção térmica é quando o calor do núcleo da Terra é transferido para a superfície da Terra pelo manto. A convecção térmica funciona muito como uma panela de água fervente.[13] No entanto, um estudo de 2019 concluiu que é principalmente a superfície da Terra que impulsiona o manto. Os pesquisadores, baseado em modelos globais de convecção esférica tridimensional do manto, descobriram que dois terços da superfície da Terra se movem mais rápido que o manto subjacente; em outras palavras, é a superfície que arrasta o interior, enquanto os papéis são revertidos para o terço restante. Esse equilíbrio geral de forças muda com o tempo geológico, normalmente durante um ciclo supercontinental. Este último é arrastado principalmente por movimentos profundos no manto durante as fases de construção de um supercontinente.[8]

Lista das principais placas tectônicas

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Placas principais

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Placas menores

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Placas no interior de orógenos

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Alguns modelos identificam mais algumas placas menores no interior de orógenos actuais:

Placas antigas

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Ver também

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Referências

  1. Bird, P. (2003) An updated digital model of plate boundaries
  2. Korenaga, Jun (2013). «Initiation and Evolution of Plate Tectonics on Earth: Theories and Observations». Annual Review of Earth and Planetary Sciences. 41 (1): 117–151. doi:10.1146/annurev-earth-050212-124208 
  3. «GPS And Tectonics | How GPS Works | GPS Spotlight». spotlight.unavco.org. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  4. «New study could explain why volcanoes form far from the edges of tectonic plates». Christian Science Monitor. 2 de junho de 2010. ISSN 0882-7729 
  5. «Explore Plate Tectonics». Science (em inglês). 18 de janeiro de 2017. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  6. «Story Map Journal». www.arcgis.com. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  7. «The Theory of Plate Tectonics | Geology». courses.lumenlearning.com. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  8. a b «What makes the Earth's surface move?». Tech Explorist (em inglês). 31 de outubro de 2019. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  9. «Mantle Convection and Plate Tectonics». Khan Academy (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2019 
  10. «History of plate tectonics». scecinfo.usc.edu. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  11. «Plate (Tectonics) - an overview | ScienceDirect Topics». www.sciencedirect.com. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  12. «Plate Tectonics: The Mechanism». Berkeley.edu 
  13. «Causes of Tectonic Plate Movement - Video & Lesson Transcript». Study.com (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2019 

Bibliografia

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  • Fernando Fláfio Marques de Almeida. Ciência hoje, São Paulo, Sociedade brasileira para o progresso da Ciência-SBPC, Abril, 2002, v.31,n.181.p. 75-77

Ligações externas

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