Pítaco (em grego: Πιττακός, c. 640 a.C.568 a.C.) foi um estadista e legislador[1] da Grécia Antiga, um dos Sete Sábios da Grécia. Filho de Hirrádio, era natural de Mitilene, e foi o general (estratego) daquela cidade que liderou seu exército à vitória na batalha contra os atenienses e seu comandante, Frínon. Como consequência desta vitória, os mitilenos dedicaram a Pítaco as mais altas glórias, e lhe concederam o poder supremo. Após dez anos de reinado se afastou voluntariamente do cargo.

Pítaco
Pítaco
Nascimento década de 650 a.C.
Mitilene
Morte década de 570 a.C.
Metaponto
Cidadania Mytilene
Ocupação filósofo, político, militar

Como general e estadista

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Quando os atenienses estavam prestes a atacar sua cidade, Pítaco desafiou seu general a um combate único, com a condição de que o resultado daquela batalha decidiria a guerra, evitando assim que mais sangue fosse derramado. O desafio foi aceito, e ele matou seu inimigo com uma espada. Foi então escolhido como soberano da cidade, que governou por dez anos, tempo durante o qual promulgou diversas leis na forma de poesia — uma delas dizia que "um crime cometido por uma pessoa ébria deveria receber uma punição duas vezes mais rigorosa do que se o delinquente estivesse sóbrio." Seu grande lema era: "Não faça ao seu vizinho aquilo que você não gostaria que ele fizesse consigo."[2] (A Regra de Ouro).

Alguns autores mencionam que tinha um filho chamado Tirreu. Segundo sua lenda, seu filho teria sido morto e, quando seu assassino foi trazido diante de Pítaco, ele o teria mandado embora, afirmando que "o perdão é melhor que o arrependimento." Já segundo Heráclito o próprio Pítaco teria aprisionado o assassino, porém depois também o soltou, afirmando: "o perdão é melhor que a punição".

Floresceu por volta da 42.ª Olimpíada. Viveu mais de setenta anos, e morreu no terceiro ano da 52.ª Olimpíada (568 a.C.).

No diálogo Protágoras, de Platão, Pródico chama o dialeto eólico do grego de bárbaro, ao se referir a Pítaco de Mitilene:

Ele não conseguia distinguir as palavras corretamente, por ser de Lesbos, e ter sido criado com um dialeto bárbaro.[3]

O poeta Alceu de Mitilene teria sido inicialmente um aliado seu, porém eventualmente tornou-se seu inimigo.[carece de fontes?]

Referências

  1. "Pittacus", Oxford Classical Dictionary.
  2. Pítaco, Fragm. 10.3
  3. PLATÃO (390 a.C.?). Protágoras. [S.l.: s.n.] 341c 

Bibliografia

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  • Diógenes Laércio, Vida dos Filósofos Eminentes, Vida de Pítaco, trad. para o inglês por Robert Drew Hicks (1925)
  • H. W. Burton (1877). The History of Norfolk, Virginia. Norfolk, VA: Norfolk Virginian Job Print. p. 244 
  • Charles Stewart Given (1905). A Fleece of Gold: Five Lessons from the Fable of Jason and the Golden Fleece. Cincinnati, OH: Jennings & Graham 
 
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