Otávio Rocha
Otávio Francisco da Rocha (Pelotas, 23 de setembro de 1877 – Porto Alegre, 27 de fevereiro de 1928) foi um militar, engenheiro, educador, político e jornalista brasileiro, prefeito de Porto Alegre de 1924 a 1928.
Otávio Rocha | |
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Nascimento | 23 de setembro de 1877 Pelotas, RS |
Morte | 27 de fevereiro de 1928 (50 anos) Porto Alegre, RS |
Sepultamento | Cemitério da Santa Casa de Misericórdia |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | político |
Realizou seus estudos iniciais em Pelotas e secundários no ginásio Nossa Senhora da Conceição, em São Leopoldo. Ao completar seus estudos ingressou no exército, em 1891, buscando a carreira de engenheiro militar, sendo diplomado, em 1901, pela Escola Militar da Praia Vermelha. De volta ao Rio Grande do Sul, fez estágio na estrada de ferro Rio Grande-Bagé, servindo na guarnição de Rio Grande até 1903. Depois passou à Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo e em 1905 à Escola Militar de Porto Alegre, onde permaneceu até 1909, quando foi eleito deputado estadual.
Enquanto depudato, foi redator do jornal A Federação, membro do Partido Republicano Riograndense e também professor de geometria e aritmética no Colégio Júlio de Castilhos.
Depois eleito deputado federal mudou-se para o Rio de Janeiro, onde permaneceu pouco tempo, retornando ao Rio Grande do Sul e ao exército, em 1914, onde permaneceu até 1918, quando eleito novamente deputado federal. Reeleito em 1921, apoiou a candidatura oposicionista de Nilo Peçanha à presidência.
De volta a Porto Alegre foi indicado para sucessão de José Montaury na prefeitura da capital gaúcha. Nessa época, a população da cidade já chegava a 190 mil pessoas e ele elegeu-se com apenas oito mil votos.
Assumiu a prefeitura (intendência) com a determinação de reformar a cidade, transformando-a em uma "nova Paris". No projeto estavam previstas as construções de avenidas largas, bulevares e rótulas e, para colocá-lo em prática, especialmente na área central, Otávio Rocha mandou derrubar dezenas de casarões e cortiços, que simbolizavam pobreza e atraso. Além disso, providenciou água tratada à população e ampliou a iluminação pública. Esta série de reformas fizeram com que Otávio Rocha ficasse conhecido como o "reformador" da cidade de Porto Alegre.
Tais reformas, no entanto, endividaram a capital e novos impostos foram criados em 1925: sobre as profissões, os divertimentos, o comércio e a indústria, a caridade, a conservação de ruas e estradas, taxas sobre os serviços de coleta de lixo e aferição de pesos e medidas. Em 1927, três mil automóveis já circulavam em Porto Alegre, número inferior apenas ao da frota de São Paulo.
Otávio Rocha morreu durante seu mandato, em 1928, devido a complicações de uma úlcera gástrica. Porto Alegre homenageou seu ex-prefeito com uma praça e uma avenida que levam seu nome, avenida esta construída como parte de seu projeto inicial de reformas. Alberto Bins, então vice-prefeito, foi seu sucessor. Está sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia.[1]
Casado com Inácia Brochado da Rocha, deixou como descendência, entre seus sete filhos, três que se destacaram na política gaúcha e nacional: Antônio Brochado da Rocha, prefeito de Porto Alegre entre 1943 e 1945; Francisco de Paula Brochado da Rocha, primeiro-ministro do Brasil em 1962 e José Diogo Brochado da Rocha.
Referências
Bibliografia
editar- FRANCO, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre, 4a edição, Editora da Universidade (UFRGS), Porto Alegre, 2006.
- GRILL, Igor Gastal. Parentesco, redes e partidos: as bases das heranças políticas no Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, 2003.
Precedido por José Montaury |
Prefeito de Porto Alegre 1924 — 1928 |
Sucedido por Alberto Bins |