Narses I
Narses (? - 302) foi um rei do Império Sassânida (em persa: ساسانیان). Reinou de 293 até 302.
Narses I | |
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Xainxá de arianos e não-arianos | |
Efígie de Narses num dracma de seu reinado. Sobre sua coroa usa o penteado chamado corimbo | |
Xá do Sacastão | |
Reinado | ca. 262-270 |
Consorte de | Saburductace Narseducte |
Antecessor(a) | Artaxer |
Sucessor(a) | Desconhecido |
Rei da Armênia | |
Reinado | 270-287 |
Predecessor(a) | Hormisda I |
Sucessor(a) | Tirídates III (arsácida) |
Xá do Império Sassânida | |
Reinado | 293-302 |
Predecessor(a) | Vararanes II |
Sucessor(a) | Hormisda II |
Morte | 302 |
Descendência | Hormisda II Ormisductace |
Dinastia | sassânida |
Pai | Sapor I |
Religião | Zoroastrismo |
Nome
editarNarses é a forma helenizada e latinizada do nome. Em armênio, ocorre como Nerses. A atestação mais antiga do nome ocorre nos Feitos do Divino Sapor, uma inscrição trilíngue do reinado do xainxá sassânida Sapor I (r. 240–270). Em parta é registrado como Narsēs e em pálavi como Narsē. O nome deriva do avéstico Nairyō saŋha-, que literalmente significa "o de muitos discursos", ou seja, o mensageiro divino.[1]
Vida
editarNarses foi antecedido por Vararanes III, reinou por dezoito anos e foi sucedido por Hormisda II.[2]
Em 294, Narses[Nota 1] atacou a Arménia e forçou Tirídates III a se refugiar no território romano; em seguida, Narses atacou a Mesopotâmia e a Síria.[3]
Em 301, Narses derrotou o césar romano [Nota 2] Galério Maximiano, que correu diante de Diocleciano usando a roupa púrpura.[4] Nesta batalha, Tirídates III, da Arménia, combateu do lado dos romanos, e só conseguiu escapar porque fugiu através do Rio Eufrates a nado, mesmo com o peso da armadura.[3]
No ano seguinte, Galério derrotou Narses, capturando suas esposas, filhos e irmãs, e foi recebido com honra por Diocleciano.[4] Narses foi obrigado a devolver à Arménia as cinco províncias (Arzanena, Moxoena, Zabdiena, Rimena e Gordiena) que Sapor havia tomado em 297.[3] Em 304, as esposas, filhos e irmãs de Narses desfilaram em Roma no triunfo celebrado pelos augustos Diocleciano e Maximiano.[4]
Notas e referências
Notas
- ↑ Chamado, no texto do historiador arménio Vahan M. Kurkjian (1863 - 1961), de sucessor de Sapor I
- ↑ Diocleciano reorganizou o império formando uma tetrarquia, com dois augustos e dois césares.
Referências
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 395.
- ↑ «Chronographeion Syntomon, O novo reino dos persas» 🔗. Attalus.org
- ↑ a b c «Vahan M. Kurkjian, History of Armenia» 🔗. Capítulo 18, Trdat III and St. Grigor (Gregory). Penelope.uchicago.edu
- ↑ a b c Jerônimo de Estridão, Crônica
Bibliografia
editar- Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard