Mauro Benevides
Carlos Mauro Cabral Benevides GOMM (Fortaleza, 21 de março de 1930) é um advogado e político brasileiro filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi presidente do Congresso Nacional durante os governos Collor e Itamar Franco. Pelo Ceará, foi senador e deputado federal, ambos durante dois mandatos, secretário de Justiça durante o governo Parsifal Barroso e deputado estadual por quatro mandatos, além de vereador da capital Fortaleza.
Mauro Benevides | |
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Senador Mauro Benevides. | |
Deputado federal pelo Ceará | |
Período | 1º de fevereiro de 2007 a 1º de fevereiro de 2015 (2 mandatos consecutivos) |
Senador pelo Ceará | |
Período | 1.º- 1º de fevereiro de 1975 a 1º de fevereiro de 1983 2.º- 1º de fevereiro de 1987 a 1º de fevereiro de 1995 |
55.º Presidente do Senado Federal do Brasil | |
Período | 15 de março de 1991 a 28 de agosto de 1993 |
Antecessor(a) | Nelson Carneiro |
Sucessor(a) | Humberto Lucena |
Deputado estadual do Ceará | |
Período | 1959 a 1º de fevereiro de 1975 (4 mandatos consecutivos) |
Secretário Estadual de Justiça, Educação e Fazenda do Ceará | |
Período | 1961 a 1962 |
Governador | Parsifal Barroso |
Vereador de Fortaleza | |
Período | 1955 a 1959 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Carlos Mauro Cabral Benevides |
Nascimento | 21 de março de 1930 (94 anos) Fortaleza, CE |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Filhos(as) | |
Parentesco |
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Partido | PSD (1955–1965) MDB (1966–1979) MDB (1980–presente) |
Profissão | advogado e professor |
Vida política
editarFilho de Carlos Eduardo Benevides, que fora deputado estadual,[2] Mauro é formado em Letras pela Faculdade Católica de Filosofia e Direito pela Universidade Federal do Ceará. Foi colunista de jornais como Tribuna do Ceará, Correio Braziliense e Jornal de Brasília. Iniciou sua carreira política como vereador de Fortaleza pelo antigo PSD em 1955. Em 1959 elege-se deputado estadual do Ceará, mantendo-se por quatro mandatos seguidos. Foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
Com o bipartidarismo imposto pelo Ato Institucional Número Dois em 1966, filiou-se ao MDB, assumindo a presidência do diretório regional em 1969, após a cassação do então presidente, José Martins Rodrigues. Ocuparia este cargo por 27 anos.
Senado
editarElegeu-se senador em 1974. Candidatou-se ao governo do Ceará em 1982, mas foi derrotado pelo candidato do PDS Gonzaga Mota. Convidado pelo governador Franco Montoro ocupou uma diretoria do Banco do Estado de São Paulo (1983-1985) e presidente do Banco do Nordeste no primeiro ano do governo José Sarney (1985-1986) até que foi eleito para o segundo mandato de senador em 1986. Foi vice-presidente da Constituinte e segundo signatário da nova Carta Magna.
Foi presidente do Senado (1991-1993), período em que ocorreu o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor. Em julho de 1991, Benevides foi admitido por Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Ainda assim, votou a favor de seu afastamento. Em 1994 concorre, mas não obtém a reeleição para senador.
Câmara dos Deputados
editarDisputa uma vaga para a Câmara dos Deputados em 1998, obtendo a suplência. Assume o mandato temporariamente por alguns períodos entre 1999 e 2003. A poucos dias do fim da legislatura, em 16 de janeiro de 2003 foi efetivado no mandato em lugar de Pinheiro Landim. Nas eleições de 2002 concorre e novamente obtém a suplência. Assume o mandato definitivamente em 1º de janeiro de 2005, com a renúncia de Roberto Pessoa, eleito prefeito de Maracanaú.[3] Em 2006 elege-se efetivamente deputado federal do Ceará. Mais uma vez, em 2010, Mauro Benevides elege-se deputado federal.
Em 2014, foi candidato a deputado federal novamente pelo PMDB, em coligação diferente da que lançou seu filho, Mauro Filho, para o Senado pelo PROS. No entanto, ao obter 60.201 votos, ficou como primeiro suplente.[4]
Em 2016, Mauro assumiu provisoriamente o mandato de deputado federal em razão de licenças por motivos de saúde do deputado Aníbal Gomes[5]. Houve, ademais, outras oportunidades para exercício da função de forma provisória e chegou a propor, em conjunto com o deputado Alberto Fraga (DEM/DF) um Projeto de Lei para autorizar porte de arma para Auditores Fiscais Federais Agropecuários (PL 6070/2016). Entre 08 de julho de 2015 e 18 de maio de 2017, foram mais de 120 pronunciamentos na Câmara dos Deputados[6]. Mauro sempre foi conhecido pelo elevado número de pronunciamentos e projetos: no mandato 2010-2014, foram mais de 2 mil pronunciamentos e cerca de 149 projetos propostos[7].
Para as eleições de 2018, Mauro abrirá mão da disputa pela vaga na Câmara pela primeira vez em razão da candidatura de seu filho, Mauro Filho (PDT).
Filhos
editarDos seus seis filhos com sua esposa Maria Regina, três seguiram a carreira política: Régis Benevides, foi vereador em Fortaleza; Carlos Benevides, deputado federal que, por envolvimento no escândalo dos Anões do Orçamento, teve seu mandato cassado em 1994; e Mauro Benevides Filho, deputado estadual.
Ligações externas
editarReferências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 31 de julho de 1991.
- ↑ Entrevista O Povo[ligação inativa]
- ↑ Século Diário, 7/1/2005
- ↑ «Senador e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2014 CE (Fonte: TSE) - UOL Eleições 2014». UOL Eleições 2014. Consultado em 16 de março de 2017
- ↑ «Mauro Benevides assume vaga na Câmara dos Deputados - Blog do Eliomar». Blog do Eliomar. 4 de maio de 2016
- ↑ «Discursos e Notas Taquigráficas». www.camara.leg.br. Consultado em 1 de abril de 2018
- ↑ «Mauro Benevides assume mandato dia 20 - Roberto Moreira». Roberto Moreira. 9 de março de 2016
Precedido por Nelson Carneiro |
Presidente do Senado Federal do Brasil 1991 — 1993 |
Sucedido por Humberto Lucena |