Maragatos

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 Nota: Não confundir com o etnónimo que deu origem à região espanhola da Maragateria

Maragatos foram os sulistas que iniciaram a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, no ano de 1893, em protesto contra a política exercida pelo governo federal, representada na província por Julio de Castilhos. Os maragatos eram identificados pelo uso de um lenço vermelho no pescoço, simbolizando sua oposição.[1]

Tropa de Gumercindo Saraiva (sentado, segundo da esquerda para a direita) , que deu início à Revolução Federalista Riograndense, em 1893
Gumercindo Saraiva
Gaspar da Silveira Martins, líder maragato

O termo tinha uma conotação pejorativa, atribuída pelos legalistas aos revoltosos liderados por Gaspar da Silveira Martins, eminente tribuno, e o caudilho estrategista Gumercindo Saraiva, que deixaram o exílio no Uruguai e entraram no Rio Grande do Sul à frente de um exército de lenços vermelhos.[2]

Como o exílio havia ocorrido em região do Uruguai, colonizada por pessoas originárias da Maragateria (na Espanha), os republicanos, então chamados Pica-paus, os apelidaram de Maragatos, buscando caracterizar uma identidade estrangeira aos federalistas.

Com o tempo, o termo perdeu a conotação pejorativa e assumiu significado positivo, aceito e defendido pelos federalistas e seus sucessores políticos.

Na Revolução de 1923, desencadeada contra a permanência de Borges de Medeiros no governo do estado, novamente a corrente maragata rebelou-se, liderada pelo diplomata e pecuarista Assis Brasil. Seus antagonistas que detinham o governo, eram chamados no Rio Grande do Sul, de Ximangos, comparando-os à ave de rapina. O lenço vermelho identificava o Maragato. O lenço branco identificava o Pica-Pau e o Ximango (Situação).

O movimento originou, no Rio Grande do Sul, o Partido Libertador, de grande influência regional.[3]

Referências

Bibliografia

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Ver também

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