Imperial Ordem de Pedro Primeiro

ordem honorífica brasileira

A Imperial Ordem de Pedro Primeiro, Fundador do Império do Brasil foi uma ordem honorífica brasileira criada pelo imperador D. Pedro I para comemorar o reconhecimento da independência do Brasil por outras nações. É considerada por muitos numismatas como a mais rara das ordens imperiais brasileiras.

Imperial Ordem de Pedro Primeiro, Fundador do Império do Brasil
Classificação
País Império do Brasil Império do Brasil
Outorgante Imperador do Brasil
Tipo Ordem Imperial
Descritivo Concedida por reconhecimento da Independência do Brasil por outras nações.
Condição Abolida
Histórico
Origem Independência do Brasil
Criação 16 de abril de 1826
Hierarquia
Inferior a Cruzeiro do Sul
Superior a Ordem da Rosa
Imagem complementar

Barreta

Criação e regulamentação

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O decreto de criação em impresso da Imprensa Nacional. (Acervo: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin)

Criada por meio de curto decreto de 16 de abril de 1826,[1] a ordem foi apenas regularizada pelo decreto n.º 228 de 19 de outubro de 1842, o qual finalmente estabeleceria suas graduações, número de titulares e estabeleceria o desenho das insígnias. Nesse interim, caracterizou-se como um prêmio de cunho estritamente pessoal de D. Pedro I, seu grão-mestre, o qual galardoou apenas uma pessoa: seu sogro Francisco I da Áustria. Foi D. Pedro II quem mais distribuiu a ordem, sendo, ainda assim, a ordem brasileira que menos titulares teve.

A Família imperial brasileira afirma que o criador da insígnia foi Jean-Baptiste Debret, integrante da Missão Artística Francesa ao Brasil.[1] Entretanto, o pintor não sabe descrever com precisão a ordem, em seu Voyage pittoresque, o que implica na possibilidade de ele não ter sido o verdadeiro criador do projeto.[2]

Características

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Muitos autores apontam as semelhanças dessa com a insígnia da Ordem da Coroa de Ferro francesa.

Insígnia

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Grã-cruz
  •  
    Esboço das comendas da Imperial Ordem de Pedro Primeiro, feitos por Jean Baptiste Debret.
    Anverso: encimado por coroa imperial, dragão alado, em referência à Casa de Bragança, linguado de vermelho e sainte de coroa condal (antiga), guarnecido de ramos de café frutados e encimado por fita verde com a inscrição dourada Fundador do Império do Brasil. O dragão carrega ao peito, pendente por correntes azuis, um escudo verde e ouro com a inscrição P.I. A coroa condal, esmaltada de branco e maçanetada d'ouro, não aparece nas insígnias posteriores, completando-se o dragão com sua cauda.
  • Reverso: igual, diferenciando-se pela legenda inscrita no escudo: ora Ao reconhecimento do Império do Brasil ora 16-4-1826.

Fita e banda

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De cor verde, com orlas brancas.

  • Grã-Cruz (com o tratamento de Excelência e limitado a 12 recipientes)
  • Comendador (com o tratamento de Senhor e limitado a 50 recipientes)
  • Cavaleiro (limitado a 100 recipientes)

Titulares

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Oficialmente, Luís Alves de Lima e Silva, então marquês de Caxias, foi o único brasileiro agraciado com a comenda. Há discussões sobre se Felisberto Caldeira Brant, o marquês de Barbacena, teria sido agraciado como cavaleiro ou grã-cruz. Supõe-se, no entanto, que se trata duma confusão, pois o marquês de Barbacena foi na verdade o portador da grã-cruz concedida a Francisco I de Áustria, sendo este o primeiro agraciado. A grã-cruz também foi concedida ao neto do Imperador Dom Pedro II, o príncipe Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança.[3] Pelo que se pôde encontrar em registros oficiais, consideram-se apenas seis os titulares da Ordem:

Notas e referências

  1. a b «Casa Imperial do Brasil». monarquia.org.br. Consultado em 14 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2021 
  2. POLIANO, Luís Marques. Heráldica, pág. 407. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
  3. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. [S.l.]: Insituto Historico e Geografico Brasileiro 

Bibliografia

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  • POLIANO, Luís Marques. Heráldica. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
  • POLIANO, Luís Marques. Ordens honoríficas do Brasil.

Ligações externas

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