Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil

A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil é uma denominação Protestante brasileira fundada em 1975 pela fusão de duas igrejas antecessoras, a Igreja Cristã Presbiteriana (dissidente da Igreja Presbiteriana do Brasil) e da Igreja Presbiteriana Independente Renovada (separada da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil). A motivação do surgimento de ambas as denominações anteriores foi a influencia do movimento pentecostal. Em 2016, a denominação tinha 1.140 igrejas e congregações em todo o Brasil, com cerca de 154.048 membros.[4][1][5][6]

Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil
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Logotipo da IPRB
Classificação Protestante
Orientação Protestante
Teologia Confissão de Fé IPRB
Política Presbiteriana
Área geográfica Brasil
Fundador Abel Amaral[1]
Origem 1975 (49 anos)
Maringá[1]
Separado de Igreja Presbiteriana do Brasil,[2] Igreja Presbiteriana Independente[1]
União de Igreja Cristã Presbiteriana (1968-1975) e Igreja Presbiteriana Independente Renovada
Separações 1990: Igreja Cristã Presbiteriana (1990)

2017: Igrejas Presbiterianas da Reforma no Brasil

Congregações 1.140 (estimativa de 2016)[3]
Membros 154.048 (estimativa de 2016)[4]
Site oficial www.iprb.org.br

História

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Após movimento em prol de avivamento que ocorreu no meio presbiteriano brasileiro, na década de 60 do século XX,[7] nasceram duas igrejas com doutrinas, práticas, objetivos e características semelhantes: a Igreja Cristã Presbiteriana (1968-1975), ICP, em 1968, (dissidente da Igreja Presbiteriana do Brasil) e a Igreja Presbiteriana Independente Renovada, a IPIR, em 1972 (dissidente da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil). A maioria dos membros estava nos estados de São Paulo e Paraná.[8][9][10]

A afinidade levou essas igrejas a uma aproximação, que resultou na união das duas denominações, no dia 08 de janeiro de 1975, selada numa memorável assembleia constitutiva, realizada em Maringá, PR, nascendo, assim, a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (IPRB). A primeira assembleia elegeu como seu primeiro presidente o pastor Palmiro Andrade.[11]

A IPRB adotou o Jornal Aleluia, fundado em 1972, como seu órgão oficial. O Instituto Bíblico de Cianorte fora elevado à categoria de seminário.[1]

Sua sede está localizada em Maringá, PR, onde reside seu presidente.

Estatísticas

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Ano Membros
1975 8.335
2000 80.025
2006 100.832
2007 107.335
2008 116.742
2009 120.807
2010 127.968
2011 131.972
2012 139.009
2013 142.043
2014 144.432
2015 152.619
2016 154.048[4]

A IPRB nascera com 8.335 membros, 12.497 alunos nas escolas bíblicas dominicais, 84 igrejas, 94 congregações, 7 campos missionários, 59 pastores, 89 evangelistas, 257 presbíteros, 278 diáconos, 97 templos e salões de cultos, 26 casas pastorais, 34 terrenos, 776 assinantes do Jornal Aleluia e 60 alunos no Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte.[1] De acordo com as estatísticas de 2011, a igreja tinha 132 mil membros e 474 congregações e 50 presbitérios. No final de 2012, a denominação já tinha 139.009 membros em 778 congregações e 694 pontos de pregação e mais de 803 pastores. O número de presbitérios é 53.[12]

Em 2016, a igreja declarou 154.048 membros em 53 presbitérios.[3]

Doutrina

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A denominação possui uma confissão de fé própria. Porém, existem divergências doutrinárias entre os pastores da denominação quanto ao seu conteúdo, de forma que alguns afirmam que não houve amplo debate sobre o texto. A confissão adere a alguns elementos da Confissão de Fé de Westminster (CFW). Todavia, é fortemente influenciada pela doutrina arminiana clássica.

A seguir, as principais diferenças da confissão de fé da IPRB e a Confissão de Fé de Westminster (CFW), adotada por outras denominações presbiterianas (IPB, IPIB, IPFB e IPU):

Confissão Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil Confissão de Fé de Westminster
Arbítrio humano Afirma o livre-arbítrio humano (capítulo 9) Nega que o homem tenha arbítrio livre após a queda (capítulo 9)
Origem da fé salvadora Afirma a fé salvadora como obra humana, potencialmente produzida por Deus (capítulo 11) Afirma que a fé salvadora é obra que o Espírito de Cristo (capítulo 14)
Batismo Por imersão e credobatista, ou seja apenas aos adultos (capítulo 15) Estabelece o batismo por aspersão ou efusão e administrado aos filhos dos crentes, na forma pedobatista (capítulo 28)
Ceia do Senhor Ceia do Senhor como memorial da morte de Cristo, conforme a visão de Ulrico Zuínglio (capítulo 16) Presença espiritual de Cristo na Ceia, comunicada aos eleitos pelo Espírito Santo, conforma a visão de João Calvino
Batismo com o Espírito Santo Segunda benção, posterior a conversão, que habilita os crentes a cumprirem a missão da Igreja, conforme a posição pentecostal (capítulo 19) Não é tratado na confissão, mas visto pelas igrejas reformadas como a própria conversão
Dons Crê na continuidade de todos os dons carismáticos (capítulo 20) Não é tratado na confissão, mas visto por muitas igrejas reformadas como dons temporários, necessários apenas na fundação da igreja
Escatologia Escatologia pré-milenista dispensacionalista (capítulo 22 e 24) Não tratada de forma clara na confissão, mas a visão majoritária nas igrejas reformadas é o Amilenarismo

[13][14]

Governo

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A IPRB adota um sistema de governo misto. Contém elementos do presbiterianismo nas igrejas locais (pastores e presbíteros); tem presbitérios, formados pelos pastores e por um representante de cada igreja local. Porém, não tem sínodos. A Assembleia Geral da Denominação é formada por todos os pastores e por um representante de cada igreja local.

A Igreja tem sua Diretoria Executiva, eleita trienalmente pela Assembleia Geral. A Diretoria Administrativa é formada pela Diretoria Executiva, pelos presidentes dos presbitérios, e pelos presidentes das chamadas "instituições gerais" (Junta de Publicações, Seminários e MISPA, que é o órgão de Missões). A Diretoria Administrativa pode tomar importantes decisões eclesiásticas sem representação das igrejas locais.[15]

Formações Teológicas

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A denominação opera dois seminários: Seminário Presbiteriano Renovado em Anápolis, Goiás e Seminário Presbiteriano Renovado em Cianorte, Paraná.[16]

Referências

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  1. a b c d e f «História da IPRB». Consultado em 12 Jun. 2015. Arquivado do original em 12 de outubro de 2007 
  2. «História da ICP - Origem». Consultado em 12 Jun. 2015. Arquivado do original em 12 de junho de 2015 
  3. a b «Estatísticas da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil em 2016». Consultado em 31 de janeiro de 2018 
  4. a b c «Tabela de Crescimento». Consultado em 31 de janeiro de 2018 
  5. «"Portal Mackenzie: Denominações Presbiterianas no Brasil"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  6. «"História da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  7. «""Portal Mackenzie: O Movimento Carismático na Igreja Reformada"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  8. «""Reformiert Online:Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  9. «"Igreja Presbiteriana Renovada de Maringá"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  10. «"IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO BRASIL"». Consultado em 12 Jun. 2015 
  11. «"História do Presbiterianismo"». Consultado em 12 Jun. 2015. Arquivado do original em 13 de junho de 2015 
  12. «"Estatísticas 2012 - Geral"». Consultado em 12 Jun. 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  13. «Confissão de Fé da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil» (PDF). Consultado em 25 de novembro de 2018 
  14. «Confissão de Fé de Westminster». Consultado em 25 de novembro de 2018 
  15. IPRB. «Sistema Administrativo da IPRB». www.iprb.org.br. Consultado em 22 de abril de 2015. Arquivado do original em 14 de junho de 2015 
  16. «"Igrejas Pentecostais no Brasil"». Consultado em 12 Jun. 2015. Arquivado do original em 26 de maio de 2015 

Bibliografia

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  • MARQUES, Wagner Luiz. História de Cianorte - Sua Criação. Volume 1. São Paulo. Editora Clube de Autores. 1ª Edição 2013. p. 344-345.
  • GINI, Sérgio. Conflitos no campo Protestante: O Movimento Carismático e o surgimento da Igreja Presbiteriana Renovada (1965-1975). Revista Brasileira de História das Religiões. ANPUH, Ano III, n. 8, Set. 2010 - ISSN 1983-2850.

Ligações externas

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