Guillaume du Bellay

Guillaume du Bellay (1491-1543) (Castelo de Glatigny, perto de Souday, Perche (Loir-et-Cher) 1491 - Saint-Symphorien-de-Lay, 9 de Janeiro de 1543), historiador francês, conhecido pelas medidas diplomáticas que tomou durante o reinado de Francisco I da França. Foi governador de Turim em 1537 e também vice-rei de Piemonte.

Guillaume du Bellay
Guillaume du Bellay
Senhor de Langey
Nascimento 1491
Castelo de Glatigny, perto de Souday, Perche (Loir-et-Cher) França
Morte 9 de janeiro de 1543 (52 anos)
Saint-Symphorien-de-Lay, França
Nacionalidade francês
Ocupação historiador, literato, humanista e diplomata francês

Biografia

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Era filho de Louis du Bellay, e de Marguerite de La Tour-Landry,[1] e irmão dos cardeais Jean du Bellay e de Martin du Bellay. Seu pai se distinguiu a serviço dos Duques de Anjou e depois sob o protetorado do rei Francisco I da França.

Guillaume entrou para a vida militar ainda jovem, e em 1525 foi aprisionado em Pávia junto com o rei Francisco I. Devido à sua habilidade e dedicação o rei interessou-se por ele. Participou de inúmeras missões diplomáticas na Espanha, Itália, Inglaterra e Alemanha. Enviado três vezes para a Inglaterra entre 1529 e 1530, foi incumbido do tratado de Cambrai (10 de Dezembro de 1508) e também com a questão sobre o divórcio de Henrique VIII da Inglaterra, e com a ajuda do seu irmão, Jean du Bellay, na época Bispo de Paris, ele conseguiu uma decisão favorável a Henrique VIII em Sorbonne em 2 de Julho de 1530.

De 1532 a 1536, embora tivesse ido três vezes para a Inglaterra, ele atuou principalmente para a união dos príncipes alemães contra Carlos V; em 1532, ele assinou o Tratado de Scheyern com os Duques da Bavária[2], o landgrave de Hesse e os eleitores da Saxônia,[3] e em janeiro de 1534 o tratado de Augusburgo. Durante a guerra de 1537, Francisco I o enviou em missões diplomáticas ao Piemonte; foi governador de Turim de dezembro de 1537 até o final de 1539, e subsequentemente substituiu o marechal d'Annebaut[4] como governador de todo o Piemonte, onde demonstrou grande capacidade de organização.

Mas, no final de 1542, vencido pelo trabalho, foi obrigado a retornar para a França, onde morreu perto de Lyons no dia 9 de Janeiro de 1542. Rabelais, testemunha ocular de sua vida, deixou um emocionante relato sobre a sua morte na obra "Gargântua e Pantagruel". Foi sepultado na Catedral de Le Mans, onde um monumento foi erigido em sua memória.

Obras e bibliografia sobre ele

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  • Instructions sur le fait de la guerre, Paris, 1548 ("Instruções sobre os feitos da guerra", 1548, esta obra foi reimpressa em 1554 e 1592 sob o título de "Traité de la discipline militaire" (Tratado sobre a disciplina militar), alguns historiadores não atribuem a ele a autoria desta obra).
  • Epitome de l'antiquité des Gaules et de France, (Compêndio sobre a antiguidade da Gália e da França), 1556, reimpressa em 1587.
  • Les mémoires de messire Martin Du Bellay, seigneur de Langey. (Memórias do Senhor Martin Du Bellay. Contém os discursos de vários acontecimentos ocorridos durante o reino da França desde o ano 1513 até o falecimento do rei Francisco I, que o autor inseriu em três livros, & alguns fragmentos da obra Ogdoades do Senhor Guillaume du Bellay, seu irmão. Paris, Abel l'Angelier, 1585.)
  • Ogdoades.

Irmãos de Guillaume du Bellay

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Outros membros

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Ver também

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Ligações externas

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Referências

  1. Família de La Tour-Landry (em francês)
  2. Luís X, irmão de Guilherme IV, também governou a Baviera nesse período.(em inglês)
  3. Magnus I, Duque da Saxônia e Lauenburg (em inglês).
  4. Claude d'Annebault (1495-1552), foi marechal de França (1538-1552), almirante francês (1543-1552) e governador de Piemonte em 1541. Em 1545, ele ocmandou a invasão da Ilha de Wight. Foi também governador da Normandia e uma figura muito poderosa durante o reinado do rei Francisco I.