Guantánamo (província)

província de Cuba
 Nota: Para Para a base americana, veja Base Naval da Baía de Guantánamo.

Guantánamo é uma província de Cuba. Sua capital é a cidade de Guantánamo.

Guantánamo
  Província  
Gentílico Guantanamero(a)
Localização
Localização da província de Guantánamo
Localização da província de Guantánamo
Localização da província de Guantánamo
Coordenadas
Capital Guantánamo
Capital Guantánamo
Características geográficas
Área total 6,167,97 km²
População total (2002) 507,118 hab.
Densidade 82,22 hab./km²
Fuso horário UTC-5
Código telefônico +53-21

A população urbana é de 311.597 habitantes, ou seja, 61,4 % da população total.

Guantánamo é onde está situada a Base Naval dos Estados Unidos em Cuba, estabelecida em 1903 na baía de mesmo nome, ponto estratégico do estreito de Barlavento, que liga o oceano Atlântico ao mar das Antilhas.

Base Naval da Baía de Guantánamo

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A base naval de Guantánamo – que ocupa cerca de 116 quilômetros quadrados na costa sudeste de Cuba – foi estabelecida por membros da Marinha americana em 6 de junho de 1898, durante a Guerra Hispano-Norte-Americana. Ao término da guerra, pelo Tratado de Paris, a Espanha reconheceu a independência de Cuba e cedeu as ilhas de Porto Rico e Guam, bem como as Filipinas, aos vencedores.

Após a "independência", Cuba continuou ocupada por tropas norte-americanas até 1903. Sob pressão do ocupante, foi obrigada a incorporar à sua Constituição a Emenda Platt, votada pelo Senado norte-americano em 1901. Segundo essa emenda, Cuba teria que aceitar a intervenção dos Estados Unidos "para preservar a independência cubana", vendendo ou alugando aos Estados Unidos "o território necessário para a instalação de depósitos de carvão ou bases navais em pontos determinados (...)".

Em 2 de julho de 1903, o primeiro presidente de Cuba, Tomás Estrada Palma, cidadão norte-americano colocado no poder pelos vencedores, ofereceu Guantánamo aos Estados Unidos, em arrendamento perpétuo, para uso das forças armadas americanas. Através de um acordo assinado com o presidente Theodore Roosevelt, seriam pagos a Cuba cerca de quatro mil dólares anuais (valor que o atual governo cubano se recusa a receber) a título de aluguel, e os EUA teriam completa jurisdição e controle da área. O terreno só pode ser revertido ao controle cubano caso seja abandonado ou por consentimento mútuo, conforme um acordo renegociado em 1934.

A Baía de Guantanamo margeia três lados da base naval e o quarto lado, que é guardado por militares americanos, fica em frente a uma parede de cactos construída nos anos sessenta para impedir cubanos de pedirem asilo. Durante meados dos anos noventa, milhares de refugiados de Cuba e do Haiti foram temporariamente abrigados na base naval.

Nas últimas décadas, a baía esteve encoberta por uma nuvem de marasmo, mas agora se tornou o epicentro de uma polêmica entre EUA, União Européia, ONU e defensores de direitos humanos. Os EUA utilizam a base de Guantánamo desde janeiro de 2002 para deter prisioneiros da operação militar que derrubou o regime Taleban no Afeganistão, e suspeitos de integrar a rede terrorista Al Qaeda. O governo americano não dá a eles direitos estabelecidos pela Convenção de Genebra, sob o argumento de que não são "prisioneiros de guerra" e, sim, "combatentes inimigos" - uma definição que não existe no mundo jurídico mas que, na prática, colocou os presos num limbo fora das leis internacionais. Guantánamo foi o destino de 158 prisioneiros da Al-Qaeda e do Taleban presos pelas tropas americanas no Afeganistão.

Atualmente, há em Guantánamo cerca de 91 prisioneiros e o Presidente americano Obama teve como promessa desde a sua primeira eleição o seu fechamento pois segundo ele, o Departamento de Defesa americano pode economizar US$ 80 milhões por ano com o fechamento do centro de detenção. - a Prisão de Guantánamo, como é conhecida.

Municípios

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Ligações externas

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http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/02/presidente-da-camara-dos-eua-se-opoe-fechamento-de-guantanamo.html