Gaturamo-verdadeiro
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Julho de 2015) |
O gaturamo-verdadeiro (nome científico: Euphonia violacea) é uma ave passeriforme que habita uma larga região na América do Sul. Também é conhecido pelos nomes de guriatã, bonito-lindo, gaturamo-imitador, gaturamo-itê, guriatã-de-coqueiro, tem-tem-de-estrela e tem-tem-verdadeiro.[1][2]
Gaturamo-verdadeiro | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Dados de ocorrência
|
Caracterização
editarA espécie apresenta dimorfismo sexual: os machos são coloridos de preto brilhante com reflexos de azul-violáceo no dorso, enquanto a parte inferior é de um amarelo vivo. Na cauda as penas externas têm manchas brancas e no topo da cabeça, sobre o bico, há uma mancha amarela. As fêmeas e as aves imaturas têm cor olivácea-escura com o ventre mais claro. Medem 12 cm de comprimento, pesando 15 g.[1][3]
Tem uma grande área de ocorrência e foi descrito como uma ave bastante comum, embora sua população total não tenha sido quantificada. Assim, a espécie ainda é considerada em condição pouco preocupante, mas sua população evidencia estar em declínio. Originalmente é nativo nos seguintes países: Argentina, Brasil, Guiana Francesa, Trinidad e Tobago, Venezuela, Guiana, Paraguai e Suriname.[4]
São reconhecidas três subespécies:[5]
- E. v. rodwayi T. E. Penard, 1919 — leste e sul da Venezuela e Trinidad.
- E. v. violacea Linnaeus, 1758 — Guianas, norte do Brasil
- E. v. aurantiicollis A. Bertoni, 1901 — leste do Brasil, leste do Paraguai e nordeste da Argentina (Misiones).
Ecologia e biologia
editarPode viver em áreas de floresta, matas abertas, matas ciliares, plantações e mesmo em jardins e parques de ambiente urbano com vegetação abundante, preferindo regiões úmidas.[2][3] Sua área de ocorrência se estende por grande parte da América do Sul, um território em forma aproximada de arco que cobre toda a sua metade oriental, desde o leste da Venezuela - junto com Trinidad e Tobago - até o sul do Brasil, com um largo hiato em forma de língua que penetra desde o litoral norte do nordeste brasileiro até o norte de Minas Gerais, onde predomina o clima semiárido. Mas na parte litorânea do nordeste está presente desde a Paraíba, seguindo então em uma larga faixa contínua até o norte do Rio Grande do Sul. Este grande arco é largo o bastante para incluir todo o Pará e partes de Goiás, Maranhão, Piauí e Tocantins, além de pequenos trechos do nordeste da Argentina e leste do Paraguai.[6]
São sociais e podem ser vistos em pequenos grupos. Às vezes se misturam com outras espécies nas zonas de forrageio. Alimentam-se de frutos e às vezes insetos, mas possuem uma moela pouco eficiente e baixa capacidade de aproveitamento dos nutrientes, eliminando o alimento pouco depois de ingerido.[2] Os ninhos em forma de esfera são construídos bem escondidos em cavidades em barrancos e troncos de árvores, ou entre vegetação epífita, utilizando musgo, fibras e folhas secas. Ocasionalmente usam ninhos abandonados por outras espécies. Cada postura tem em média quatro ovos brancos, pintalgados de vermelho e incubados pela fêmea, eclodindo em 13 a 14 dias.[1][3] Os filhotes são alimentados pelo casal, e depois de 21 dias alçam voo. São conhecidos pela sua habilidade de imitar o canto de outras aves, como gaviões, o sabiá-laranjeira, a andorinha-serradora e o pardal, embora a imitação seja uma versão miniaturizada pela sua pequena capacidade vocal.[1][2]
Referências
- ↑ a b c d Renctas. "Gaturamo verdadeiro". In: Diagnóstico do Tráfico de Animais Silvestres na Mata Atlântica. Renctas
- ↑ a b c d Sick, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p 863.
- ↑ a b c Gaturamo Verdadeiro. Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo
- ↑ BirdLife International 2012. Euphonia violacea. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.1
- ↑ Violaceous Euphonia (Euphonia violacea) - HBW 16, p. 289. IBC
- ↑ RED List Basemap