Exército do Sul do Líbano

Milícia cristã libanesa

O Exército do Sul do Líbano (ESL; em árabe: جيش لبنان الجنوبي, transl. Lubnān Jaysh al - Janūbi; em hebraico: צבא דרום לבנון, צד "ל, transl. Tzvá Dróm Levanón, ou apenas Tzadál) foi uma milícia cristã libanesa criada durante a Guerra Civil do Líbano.[1] Após 1979, as milícias operavam sob a autoridade de Saad Haddad no governo do Líbano Livre. A ESL foi apoiado por Israel durante os conflitos no sul do Líbano, de 1978 a 2000, contra a OLP e o Hezbollah.

Exército do Sul do Líbano
جيش لبنان الجنوبي‎
South Lebanon Army
Participante na Conflito Israel-Líbano
Guerra Civil Libanesa
Conflito no sul do Líbano (1982–2000)
Datas 1977-2000 (como grupo armado no sul do Líbano)
2000-presente (como movimento político exilado em Israel)
Ideologia Nacionalismo cristão
Pró-Israel
Anti-Síria
Sentimento anti-Palestina
Objetivos Expulsão dos grupos palestinianos do sul do Líbano
Defesa dos interesses israelitas no Líbano
Manutenção da influência cristã no Líbano
Impedir o avanço do Hezbollah e aliados sobre o sul do Líbano
Organização
Parte de Líbano Estado Livre do Líbano (1979-1984)
Israel Líbano Ocupação israelita do Sul do Líbano (1985-2000)
Líbano Governo do Líbano Livre no Exílio (a partir de 2000)
Líder Saad Haddad (até 1984)
Antoine Lahad
Orientação
religiosa
Cristianismo
Origem
étnica
Árabes
Sede Marjayoun, Líbano (até 2000)
Metula,  Israel (a partir de 2000)
Área de
operações
Sul do Líbano
Efetivos 2.700 a 3.000
Antecessor(es)
anterior
Exército do Líbano Livre
Relação com outros grupos
Aliados  Israel
Frente Libanesa
Inimigos Síria Síria
Estado da Palestina Organização para a Libertação da Palestina
Hezbollah
Movimento Amal
Partido Social Nacionalista Sírio
Partido Comunista Libanês
Líbano Movimento Nacional Libanês
Líbano Frente Nacional da Resistência Libanesa

História

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Em 1976, como resultado da guerra civil, o exército libanês começou a se dividir. O major Saad Haddad, comandante de um batalhão do exército no sul, rompeu com o exército libanês e fundou um grupo conhecido como Exército do Sul do Líbano. Esta milícia foi inicialmente baseada nas cidades de Marjayoun e Qlayaa, no sul do Líbano e era essencialmente constituída por cristãos libaneses que lutavam contra vários grupos, entre os quais a Organização para a Libertação da Palestina, o Movimento Amal e, após a invasão israelense de 1982, o recém-fundado Hezbollah. Apesar do grupo não estar mais sob o controle direto do exército libanês a partir de 1976 a 1979, os seus membros eram ainda pagos como soldados por parte do governo libanês.

A incursão israelense no Líbano em 1978 permitiu ao Exército do Líbano Livre controlar uma área muito ampla no sul do Líbano. Em 18 de abril de 1979, Haddad proclamou a área invadida pelos israelenses como "Líbano Livre e Independente". No dia seguinte, ele foi chamado de traidor pelo governo libanês e oficialmente demitido do Exército libanês. O Exército Líbano do Líbano foi renomeado para Exército do Sul do Líbano em maio de 1980. Após a morte de Haddad devido a cancro em 1984, Antoine Lahad (um tenente-general aposentado) tornou-se o novo líder do ESL. O ESL era composto por cristãos, xiitas e drusos das áreas por ele controladas, mas os oficiais eram majoritariamente cristãos. Após 1980, a força militar do ESL buscou agregar mais xiitas em sua composição.

O ESL esteve intimamente ligado a Israel. Deu apoio às forças israelitas na luta contra a OLP no sul do Líbano até a invasão israelense ao Líbano em 1982. Depois disso, a milícia cristã-libanesa apoiou os israelenses principalmente na luta contra guerrilhas libanesa lideradas pelo Hezbollah até 2000 na "zona de segurança", uma área de 1.200 km² ao sul do Líbano mantida sob ocupação israelense após a retirada parcial das tropas em 1985, com o propósito de formar um "cordão de segurança" que impedisse ataques ao norte israelense. Em troca, Israel forneceu armas, uniformes, equipamentos e logística ao ESL.

Ver também

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Referências

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  1. «Exército do Sul do Líbano». Biblioteca Nacional da Alemanha (em alemão). Consultado em 1 de janeiro de 2020 

Ligações externas

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