Enguerrand de Monstrelet
Enguerrand de Monstrelet (c. 1400 — 20 de julho de 1453) foi um cronista francês. Nasceu na Picardia, provavelmente em uma família da pequena nobreza.[1]
Enguerrand de Monstrelet | |
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Nascimento | 1390 Fieffes-Montrelet |
Morte | 20 de julho de 1453 (62–63 anos) Cambrai |
Sepultamento | Cambrai |
Cidadania | Reino da França |
Ocupação | historiador, escritor, oficial de justiça |
Em 1436 e posteriormente, ocupou o cargo de tenente da gavenier (isto é, recebedor da gave, uma espécie de taxa da igreja) em Cambrai, e parece ter feito esta cidade seu lugar de residência habitual. Foi durante algum tempo oficial de justiça do cabido da catedral e depois reitor de Cambrai.[2] Era casado e deixou alguns filhos, antes de morrer.
Pouco se sabe sobre Monstrelet, exceto que ele estava presente não na captura, mas no interrogatório posterior de Joana d'Arc, com Filipe, o Bom, duque da Borgonha.[1] Dando continuidade ao trabalho do também cronista Jean Froissart, Monstrelet escrever uma Crônica (Chronique), que se estende a dois livros e abrange o período entre 1400 e 1444, quando, de acordo com outro cronista, Mathieu d'Escouchy, deixou de escrever. Porém seguindo um costume que não era incomum na Idade Média, uma sequela desastrada, estendendo-se até 1516, foi formada a partir de várias crônicas e cruzada com seu trabalho.
Os próprios escritos de Monstrelet, lidando com a última parte da Guerra dos Cem Anos, são valiosos porque contêm um grande número de documentos que são certamente, e relatou discursos que são, provavelmente, autênticos.[1] O autor, no entanto, mostra pouco poder de narração; seu trabalho, apesar de claro, é maçante, e é fortemente tingido com o pedantismo de seu século, o mais pedante na história francesa. Suas afirmações um tanto ostensivas de imparcialidade não disfarçam uma preferência marcada pelos Borguinhões em sua luta com a França.
Entre as muitas edições da Chronique pode ser mencionado a editada pela Société de I'histoire de France de M Douet d'Arcq (Paris, 1857-1862), que, no entanto, não é muito boa. Veja Auguste Molinier, Les Sources de I'histoire de France, volumes iv. e v. (Paris, 1904).
Obras
editar- Buchon, J.-A., ed. (1857). Chroniques d'Enguerrand de Monstrelet: en deux livres, avec pièces justificatives (nouvelle edition). Col: Collection des chroniques nationales françaises. 1. Paris: Mme. Ve J. Renouard
Referências
- ↑ a b c Dacier, Bon-Joseph; Baron Dacier, Joseph Bonaventure. The Chronicles of Enguerrand de Monstrelet. Longman, Hurst, Rees, Orme, and Brown, 1810. pp. 110.
- ↑ Wijsman, Hanno.History in Transition. Enguerrand de Monstrelet’s Chronique in Manuscript and Print (c.1450-c.1600). Academia.edu. Página visitada em 16 de abril de 2015.
Fonte
editar- Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
Ligações externas
editar- Online text of the Chronique in English - tradução do século XIX.
- Chronicles of Enguerrand De Monstrelet full 13 volumes edition in English - traduzido por Thomas Johnes (continuação das Crônicas de Froissart)