Cócalo
Cócalo (em grego: Κώκαλος, Kókalos) na mitologia grega, foi um rei siciliano que recebeu Dédalo quando este fugiu de Minos, e em cuja corte Minos foi assassinado.
Cócalo |
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Reinado
editarCócalo era rei de Camici/Camicus[1][2], Inycus[3] ou dos sicanos.[4] A cidade de Camici, segundo Estrabão, já havia sido destruída à sua época.[1]
Dédalo na Sicília
editarQuando Minos descobriu que Dédalo tinha feito a vaca para Pasífae, este fugiu de Creta, com a ajuda de Pasífae, [5] e se refugiou na Sicília, na corte do rei Cócalo.[6]
Dédalo passou um bom tempo trabalhando para o rei Cócalo, construindo várias maravilhas.[7]
Chegada de Minos e seu assassinato
editarMinos, porém, quando soube que Dédalo tinha se refugiado na Sicília, e sendo o senhor dos mares, resolveu fazer uma campanha contra a ilha.[8] Desembarcando com uma grande força na ilha, no local chamado a partir de então de Heracleia Minoa, Minos exigiu a Cócalo que entregasse Dédalo para ele ser punido.[8] Cócalo, porém, trouxe Minos como convidado ao seu palácio, e assassinou Minos durante o banho, fervendo-o em água quente[9] (em 1204 a.C., pelos cálculos de Jerônimo de Estridão[10]). Cócalo devolveu o corpo de Minos aos cretenses, dizendo que ele tinha se afogado no banho;[9] os cretenses o enterraram na Sicília,[11] no lugar onde mais tarde foi fundada a cidade de Acragas, e lá ficaram até que Terone, tirano de Acragas, devolveu seus ossos para os cretenses.[12]
Referências
- ↑ a b Estrabão, Geografia, Livro VI, Capítulo 2, 6
- ↑ Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, Epítome, 1.14
- ↑ Pausânias (geógrafo), Descrição da Grécia, 7.4.6
- ↑ Antíoco de Siracusa, História da Sicília, citado por Diodoro Sículo, Livro XII, 71.2
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.5
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.77.6
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.78.1-5
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.1
- ↑ a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.2
- ↑ Jerônimo de Estridão, Chronicon
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, 4.79.4