Artur da Távola
Artur da Távola GCIH • ComMM (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008), pseudônimo de Paulo Alberto Moretzsonh Monteiro de Barros, foi um professor, advogado, escritor e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[3] Pelo Rio de Janeiro, foi senador e deputado federal e estadual, ambos por dois mandatos. Pela capital homônima, foi secretário da Cultura durante o mandato de Cesar Maia.
Artur da Távola | |
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Artur da Távola em 1995. | |
Senador pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1º de fevereiro de 1995 a 1º de fevereiro de 2003 |
Secretário Municipal da Cultura do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de março de 2001 a 30 de novembro de 2001 |
Prefeito | Cesar Maia |
Deputado federal pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1º de fevereiro de 1987 a 1º de fevereiro de 1995 (2 mandatos consecutivos) |
Deputado estadual do Rio de Janeiro | |
Período | 1961 a 1964 (2 mandatos consecutivos) |
Presidente Nacional do PSDB | |
Período | 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 1996 |
Antecessor(a) | Pimenta da Veiga |
Sucessor(a) | Teotônio Vilela Filho |
Dados pessoais | |
Nascimento | 3 de janeiro de 1936 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 9 de maio de 2008 (72 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Prêmio(s) | |
Cônjuge | Miriam Ripper Nogueira Lobo |
Partido | PTN (1960–1962) PTB (1962–1965) MDB (1966–1979) PMDB (1980–1988) PSDB (1988–2008) |
Religião | catolicismo romano |
Profissão | professor, advogado, escritor, político |
Assinatura |
Foi um dos fundadores do PSDB.[4]
Iniciou sua vida política em 1960, no PTN, pelo estado da Guanabara. Dois anos depois, elegeu-se deputado constituinte pelo PTB. Cassado pela ditadura militar, viveu na Bolívia e no Chile entre 1964 e 1968. Tornou-se um dos fundadores do PSDB e o líder da bancada tucana na assembleia constituinte de 1988, quando defendeu alterações nas concessões de emissoras de televisão para permitir que fossem criados canais vinculados à sociedade civil. No mesmo ano, concorreu, sem sucesso, à prefeitura do Rio de Janeiro. Posteriormente, foi presidente do PSDB entre 1995 e 1996. Exerceu mandatos de deputado federal de 1987 a 1995 e senador de 1995 a 2003. Em 2001, foi por nove meses secretário da Cultura na cidade do Rio. Em 1999, anunciou sua saída do PSDB devido à nomeação do ex-ministro do governo Médici Pratini de Moraes para o Ministério da Agricultura e à condecoração do presidente peruano Alberto Fujimori, acusado de crimes contra a humanidade, por Fernando Henrique Cardoso.[5] No entanto, não chegou a deixar o partido, permanecendo nele até seu falecimento em 2008.[6]
Como jornalista, atuou como redator e editor em diversas revistas, notavelmente na Bloch Editores e foi colunista de televisão nos jornais Última Hora,[7] O Globo e O Dia, sendo também diretor da Rádio Roquette-Pinto. Publicou diversos livros de contos e crônicas.
Artur da Távola teve livros com prefácios escritos por diversos famosos, tais como: Fernanda Montenegro, Pedro Bial, Carlos Vereza e Beth Faria.
Távola apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita. No encerramento de cada programa, ele marcou seus telespectadores com uma de suas mais célebres frases:
“ | Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão. | ” |
Seu compositor preferido era Vivaldi, a quem dedicou quatro programas especiais apresentando Le quattro stagioni em sua versão completa e executada pela Orquestra Filarmônica de Berlim. Também exibiu com exclusividade execuções da Orquestra Sinfônica Brasileira no Festival de Gramado nos anos de 2003 a 2007. Era apresentador de um programa de música erudita na TV Senado e de um programa sobre música na Rádio MEC.
Origem
editarFilho de Paulo Moretzsohn Monteiro de Barros e Magdalena Koff. Seu avó materno, André Koff, era sírio, tendo imigrado para o Brasil em 1900 e se estabelecido em Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Junto de outros sírios, desenvolveu papel importante no comércio e na vida social daquela cidade.[8] Do lado paterno é descendente da tradicional família Monteiro de Barros, representante da nobiliarquia brasileira e com grande destaque na política e administração do país desde sua era colonial. Arthur da Távola era tetraneto de Romualdo José Monteiro de Barros, o barão de Paraopeba, e trineto de José Cesário de Miranda Ribeiro, Visconde de Uberaba.[9]
- Mevitevendo — 1977
- Alguém Que Já Não Fui — 1978
- Cada Um No Meu Lugar — 1980
- Ser Jovem — 1981
- Leilão do Mim — 1981
- Do Amor, da Vida e da Morte — 1983
- Do Amor, Ensaio de Enigma — 1983
- A Liberdade do Ver (Televisão em Leitura Crítica) — 1984
- O Ator — 1984
- Amor A Sim Mesmo — 1984
- Comunicação é Mito — 1985
- Calentura — 1986
- Maurice Ravel, Um Feiticeiro Sem Deus (livro) — 1988
- Vozes do Rio (opúsculo) — 1991
- Orestes Barbosa (opúsculo) — 1993
- Arte de Ser — 1994
- Notícia, Hiper-Realismo e Ética (opúsculo) — 1995
- A Telenovela Brasileira — 1996
- Diário Doido Tempo — 1996
- Raul de Leôni (opúsculo) — 1996
- Sem Organização Partidária não há Democracia (opúsculo) — 1996
- Olimpíadas de 2004 (opúsculo) — 1996
- Flamengo, 100 Anos de Paixão (opúsculo) — 1996
- O Viço da Leitura (opúsculo) — 1997
- Monteiro Lobato: O imaginário (opúsculo) — 1997
- Rio: Um olhar de amor — 1997
- Centenário da Morte de Brahms (opúsculo) — 1997
- Cem Anos Sem Carlos Gomes (opúsculo) — 1997
- 40 Anos de Bossa Nova — 1998
- A Cruz e Sousa em seu Centenário (opúsculo) — 1998
- Mulher (opúsculo) — 1998
- O Drama da Sexualidade Precoce (opúsculo) — 1998
- Liberdade de Ser — 1999
- Rui Barbosa, A Vitória das Derrotas (opúsculo) — 1999
- Ataulfo Alves 90 anos (opúsculo) — 1999
- TITO MADI — "O Acento Árabe do Canto no Brasil" (opúsculo) — 1999
- Trinta Anos sem Jacob (opúsculo) — 1999
- Nara Leão, o Canto da Resistência (opúsculo) — 1999
- CPIs "Para não acabar em pizza" (opúsculo) — 1999
- Em Flagrante — 2000
- Publicação não Disponível para o Comércio — (?)
- Poema para Palavra — (?)
Prêmios e honrarias
editarEm 1995, como senador, Távola foi admitido já no grau de Grã-Cruz à Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal.[2] No ano seguinte, foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]
- Ordem do Rio Branco Grau de Oficial Brasília, 20 de abril de 1994.
- Ordem de Bernardo O\'Higgins Grau de Gran Cruz Santiago do Chile, 9 de março de 1995.
- Ordem do Mérito Naval Grau de Grande Oficial Brasília, 11 de junho de 1995.
- Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Colar do Mérito Judiciário Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1995.
Em 16 de junho de 2007 o antigo Palacete Garibaldi, na Tijuca, passou a acolher o Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola. [10]
Referências
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1996.
- ↑ a b «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Artur da Távola". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 19 de fevereiro de 2022
- ↑ a b «PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 758/2004». Alerj
- ↑ Artur da Távola morre aos 72 anos no Rio de Janeiro Folha de S.Paulo, 9 de maio de 2008
- ↑ «Arthur da Távola deixa o PSDB». www.senado.gov.br. 18 de agosto de 1999. Consultado em 16 de julho de 2022
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PAULO ALBERTO ARTUR DA TAVOLA M. M. DE BARROS». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 2 de novembro de 2022
- ↑ "Escritor ajudou a fundar PSDB", O Estado de S. Paulo, 10/5/2008, pág. A12
- ↑ CLEMENTE e UNGARETTI (1993). História de Garibaldi. 1870 - 1993. Porto Alegre: EDIPUCRS. pp. 26–27
- ↑ BROTERO, Frederico de Barros (1951). A família Monteiro de Barros. São Paulo: s.n.
- ↑ https://lembrar.espm.edu.br/wp-content/projeto_extensao_Centro_Musica_Carioca_todos_autores.pdf