Alabardas
Alabardas é um romance inacabado de José Saramago, publicado em 2014 pela Porto Editora.[1] Trata-se de uma obra que contém os três primeiros capítulos, do que seria o próximo romance do escritor, acompanhado pelas suas anotações à obra e, ainda, por dois textos de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano, que situam e comentam este romance.[2][3] As ilustrações são de Günter Grass, um escritor que também foi agraciado com o Nobel da Literatura.[3]
Alabardas | |||||
---|---|---|---|---|---|
Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas | |||||
Autor(es) | José Saramago Fernando Gómez Aguilera (posfácio) Roberto Saviano (posfácio) | ||||
Idioma | português | ||||
País | Portugal | ||||
Assunto | Denúncia da guerra e dos seus interesses económicos | ||||
Gênero | romance | ||||
Ilustrador | Günter Grass | ||||
Editora | Porto Editora | ||||
Lançamento | 23 de setembro de 2014 | ||||
Páginas | 136 | ||||
ISBN | 978-972-0-04695-6 | ||||
Cronologia | |||||
|
O livro foi publicado no Brasil no dia 30 de setembro de 2014 pela Companhia das Letras, com o título Alabardas, Alabardas, tendo um texto extra do antropólogo brasileiro Luiz Eduardo Soares.[4]
O título
editarO título original da obra, Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas — que por motivos gráficos foi abreviado para apenas Alabardas —, é uma referência à obra "Exortação da Guerra" de Gil Vicente, um detalhe que foi adiantado nas notas pessoais do próprio José Saramago.[5]
Enredo
editarNa fábrica de armamento das Produções belona (em homenagem da deusa romana da guerra), o protagonista artur paz semedo (escrito em minúsculas) trabalha há duas décadas nos serviços de faturação de armamento ligeiro e munições da empresa. O seu sonho é ser contabilista de uma secção de armas pesadas. A sua ex-companheira, Felícia, é militante pacifista que se afastou de artur devido a divergências óbvias. Depois de ler o romance A Esperança de Malraux e de ter sabido de bombas que não explodiram, artur inicia uma investigação nos arquivos contabilísticos da empresa relativos aos anos 30. Nesta tarefa conhece dois arquivistas peculiares, Arsénio e Sesinando, e um administrador-delegado.
Referências
- ↑ «"Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas" nas livrarias portuguesas – dossier de imprensa». Fundação José Saramago. 23 de setembro de 2015. Consultado em 27 de junho de 2015
- ↑ Sílvia Souto Cunha (20 de setembro de 2014). «Pilar del Río: "Alabardas faz parte do universo saramaguiano em todo o seu esplendor"». Visão. Consultado em 27 de junho de 2015
- ↑ a b Rita Silva Freire (4 de novembro de 2014). «'Alabardas', o último livro de Saramago, é apresentado na Casa da Música, no Porto». Sol. Consultado em 27 de junho de 2015
- ↑ «Setembro, o mês de "Alabardas, alabardas"». Fundação José Saramago. 27 de agosto de 2014. Consultado em 27 de junho de 2015
- ↑ «"Alabardas". O homem continuado». i. 29 de setembro de 2014. Consultado em 27 de junho de 2015