Surdo-cegueira: diferenças entre revisões
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Em termos de senso comum, ao falar de alguém surdo-cego, a referência mundial foram as norte-americanas [[Helen Keller]] e sua professora [[Anne Sullivan]], como história de sucesso ao desafio de viver sem visão e audição.
== Comunicações ==
No caso de uma pessoa surda-cega que tenha perdido a visão na idade adulta, como no caso da pernambucana Maria Olindina Coelho, a comunicação é feita por linguagem de sinais táctil (LIBRAS TÁCTIL no caso do Brasil), que pode ser aprendida em vários níveis, a depender da idade e capacidade cognitiva individual e outros fatores.
== Libras tátil ==
Se trata da Língua Brasileira de Sinais feita de maneira com que a pessoa surda-cega possa sentir a configuração das mãos executando os sinais. É necessário que o vidente (pessoa não cega) faça os sinais normalmente sob as mãos da pessoa surda-cega, que, pelo tato, faz a leitura. A resposta pode ser em LIBRAS comum ou da maneira habitual daquela pessoa surda-cega específica. É sempre bom manter o toque para que a pessoa saiba que está sendo vista / ouvida. A comunicação por sinais tácteis pode ser insuficiente, mediana ou fluente, assim como em qualquer idioma. A única diferença entre a LIBRAS TÁCTIL e a LIBRAS é o lugar onde é feita: sob as mãos da pessoa surda-cega. Olindina mora em Recife, Pernambuco, e faz parte das pessoas surdas-cegas fluentes em LIBRAS TÁCTIL, tendo dado palestras em escolas e livro publicado.
A maior parte das pessoas com surdo-cegueira têm ainda limitações noutros domínios.
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Vários autores (tais como Writer, Freeman, Wheeler & Griffin, McInnes) defendem a surdo-cegueira como única, não como a soma de dois comprometimentos sensoriais.
Segundo o ponto de vista sensorial de Miles e Riggio,
*indivíduos surdos profundos e cegos;
*indivíduos surdos e têm pouca visão;
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*indivíduos com alguma visão e audição.
== História da educação dos
[[Victorine Morriseau]] é apontada como a primeira
[[Julia Brice]], americana, surda e cega, aos quatro anos e meio entrou para o asilo de surdos e mudos de Hartford, em 1822, tendo aprendido a comunicar por gestos (não há, no entanto, registo sobre aprendizagem de leitura e escrita).<ref>Amaral (2002, pág. 121)</ref>
Em
O caso mais conhecido é de Hele
[[Eugenio Malossi]], surdo-cego aos dois anos em decorrência de meningite, foi educado em [[Itália]], por um professor que lhe ensinou [[artesanato]] e [[mecânica]]. Aprendeu ainda vários idiomas e o sistema braile.<ref>
[[Olga Ivanova]] ficou cega, surda e paralítica aos quatro anos. Doutorou-se em Psicologia e Ciências Pedagógicas.
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Por norma, todos os casos de sucesso no processo de educação formal relatados na literatura convencional são de indivíduos que perderam a visão e a audição após a aquisição de linguagem e cuja surdo-cegueira foi decorrente de varíola, meningite, síndromes ou traumatismos.
Na década de 60, van Dijk (1968) iniciou, na Holanda, um programa para crianças
A [[Associação Brasileira de Educação de Deficientes Visuais]] (ABEDEV), em 1977, reativou o programa de atendimento ao surdo-cego. O INES trabalha com crianças
== Causas de surdo-cegueira ==
[[Imagem:HelenKeller.png|thumb|
Antigamente, pensava-se que a principal causa da surdo-cegueira seria a Síndrome da Rubéola Congénita. Hoje em dia, com a tecnologia mais avançada, sabe-se que as principais causas se relacionam com a prematuridade ou com várias anomalias congêtitas, tais como: [[rubéola]], síndromes ([[Síndrome de Down|Down]], [[Síndrome de Usher|Usher]], [[Trissomia 13]], entre outras), anomalias congênitas ([[síndrome CHARGE]], [[hidrocefalia]], [[microcefalia]], síndroma fetal alcoólico, abuso de [[droga]]s pela mãe, entre outras), prematuridade e disfunções pré-natais congênitas ([[SIDA]], [[toxoplasmose]], [[herpes]], [[sífilis]]) e causas pós-natais ([[asfixia]], traumatismo craniano, [[encefalite]], [[meningite]]).
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O tacto desempenha um papel crucial na comunicação e desenvolvimento com estes indivíduos.
Há quem defenda que diversos graus de surdez e deficiência visual gerem quadros específicos de comportamento e de adaptação educacional. Assim sendo, este conceito desencadeia a necessidade de categorização dos
No que toca ao comportamento infantil, ressaltam-se dois grupos: um de crianças que apresentam comportamento hipoativo (distanciando-se do ambiente social, isolando-se, evitando comunicar-se), e outro de crianças com comportamento hiperativo (que nunca param, apresentam contato visual e apresentam defesa táctil). Pesquisadores afirmam que a privação sensorial, no caso das crianças, lhes limita as respostas aos indivíduos ou às atividades do seu ambiente, isto é, interagem de forma artificial, ou estereotipada. Afirmam ainda que essas crianças demonstram uma alteração significativa no desenvolvimento das habilidades de comunicação, mobilidade e acesso à comunicação.<ref>Jurgens, 1977; Freeman, 1991</ref> A criança
*comportamento [[autismo|autista]] (movimentos estereotipados e/ou rítmicos;
*comportamento social imaturo;
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*dificuldade de uso dos sentidos próximos.<ref>Mira e Hoffman, 1974</ref>
{{Referências
{{Commonscat|getwikidata}}
{{Surdos}}
{{Controle de autoridade|colapsar}}{{Portal3|Surdez|}}
{{DEFAULTSORT:Surdo Cegueira}}
[[Categoria:Surdo-cegueira| ]]
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