A Caverna

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A caverna

Umahistóriadefantasia, quase fantástica.

*Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Rízia Eduarda Andrade

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Ficha catalográfica

ANDRADE, Rízia Eduarda. A caverna: uma história de fantasia,quasefantástica. Frei Paulo, Sergipe. Editora: eu. 2019.

1 Assunto geral: literatura

2 Assuntos específicos: teologia, filosofia, psicologia e qualquer outra ciência.

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Apresentação …………………………………………….10

Capítulo 1 ...............................................................................

Capítulo 2 ................................................................................

Capítulo 3 ................................................................................

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A Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre to - dos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó come - rás todos os dias da tua vida.

Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calca - nhar. (Gênesis 3:14-15)

DedicoameuDeus(Pai,FilhoeEspírito Santo).

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A Caverna por [Rízia Eduarda Andrade] [ 10 ]

A Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

A história que se segue pode facilmente ser considerada irrelevante e de pouco proveito se você procura algum sentido para sua vida. Caso o seu objetivo principal de existência seja compreender o porquê das coisas, dos fatos, dos dramas humanos e tudo isso que filósofos, escritores e poetas procuraram descrever, então, sinto informar que aqui pouco disso se encontrará.

Na história que se segue não há raridade, brilhantismo, heroísmo, amores arrebatadores, paixões mortais ou paradoxos fundamentais, pois nada disso pode se encaixar nesse pequeno mundo de situações banais.

Bom, e onde se passa essa breve irrelevância? Te digo, mas antes, deixe-me dizer quem é que fala, afinal, precisamos nos apresentar. Muito prazer, desocupado leitor. Sim, porque se você se dignou a parar sua vida importante e cheia de significado apenas para ler esta pouco relevante história, então só posso concluir que você é um privilegiado com tempo sobrando e para não ser tomado de desespero perante seu tédio tomou qualquer coisa as mãos e resolveu ler.

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A Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Quem escreve é alguém tão desculpado quando você, por isso é bem fácil que nos entendamos por aqui. Quem sabe até consigamos algum tipo de comunicação, dessas que costumamos ter quando lemos algo e nos sentimos tão próximo da pessoa, que, seja essa alma viva ou morta, chegamos a pensar que conversamos pessoalmente com ela.

O mais importante nesta história é que nós consigamos dividir brevemente nosso excedente de tempo, talvez possamos ficar como que um de frente ao outro. E assim, por um lance de sorte, você perceba algo de quem escreve no mesmo momento em que descobre algo de si próprio, sabendo que em cada palavra aqui escrita a minha presença viva está de algum modo registrada.

Por favor não ria, não pretendo me tornar imortal ao escrever e nem creio que ao ler você consiga atualizar minha presença. Não, nada disso. Escrevo porque entendo a eternidade como algo sentido somente dentro alma, mas expresso apenas nas palavras, por isso escrever é tão bom para mim, é como um remédio que tomo sempre que sinto minha alma se distanciando da eternidade.

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A Caverna por [Rízia Eduarda Andrade]

Não falo da eternidade que só dura no tempo, mas somente daquela que nunca acaba, pois está sempre no começo e cada dia dura mais que antes. Bom, se você não entendeu nada, tudo bem, suplico apenas que não tenha medo de entender, quem sabe um dia possamos nos comunicar de verdade.

Sim, onde eu estava? Ah, certo, onde. Onde se passa esta história? A história se passa numa caverna. Sei que parece ridículo explicar algo que já está no título, mas eu só preciso descrever um pouquinho que caverna é essa.

Na verdade, a caverna não era um lugar simplesmente, como se fosse apenas um espaço onde acontecem algumas coisas. Não. A caverna é a história.

Essa história não acontece no tempo e espaço convencionais. Imagine uma linha de elástico muito fina, e essa linha é esticada até seu limite e rompe-se. Esta história é como uma ruptura, onde tempo e espaço estão quebrados e dissolvidos