A Ordem Agni

Marco Vazquez

A Ordem Agni

Tradição, magia e encantos

1ª. Edição.

São Paulo

Edição do Autor

2020

A ORDEM AGNI – TRADIÇÃO, MAGIA E ENCANTOS

Catalogação na Publicação (CPI)

Ficha catalográfica feita pelo autor

V393d Vazquez, Marco, 2020.

A Ordem Agni / Marco Aurélio Nophal Vazquez. São Paulo: edição do autor 2020. 182 p.

ISBN 978-65-00-01702-1

1. Experiências religiosas 2. Misticismo 3. Caminho espiritual.

I. Título II. Autor

CDD 248.2

CDU 29

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A ORDEM AGNI – TRADIÇÃO, MAGIA E ENCANTOS

Índice

Introdução....................................................................................... 5

Prefácio............................................................................................ 7

O início............................................................................................ 13

O começo das iniciações............................................................... 53

Um mundo diferente.................................................................... 79

Conhecendo o fogo divino......................................................... 105

Caminhos nos mistérios do fogo............................................... 127

Nos caminhos do mar................................................................. 141

Da terra viemos e voltaremos.................................................... 155

Caminho marcado....................................................................... 171

Conclusão..................................................................................... 181

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A ORDEM AGNI – TRADIÇÃO, MAGIA E ENCANTOS

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A ORDEM AGNI – TRADIÇÃO, MAGIA E ENCANTOS

Introdução

Sejam

bem-vindos

neste

caminho

que

estamos

fundamentando através dos mistérios e da sabedoria do poder do fogo divino.

Um convite ao mundo de magia e encantamentos onde vislumbraremos vivências de nossos personagens através deste lindo conto de romance espiritualista escrito por nós, mas trazido pela espiritualidade como um presente divino de conhecimento e amor.

Através do elemento Fogo podemos chegar a transmutação de novas vidas, mudando estado de consciência, reequilibrando novas energias e potencializando nossos sete corpos para receber toda a mensagem que o Criador traz para nós todos os dias.

Houve um tempo em que o fogo era visto como algo divino, soberano, o rei entre seus fundamentados pois se trata de uma força cardinal de liderança e sabedoria, mas com o passar dos 5

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tempos podemos ver esse elemento sendo usado de forma agressiva e brusca para sobressair entre outras energias e com isso, se tornou um símbolo de dor, sofrimento e angústia.

Nossa obra tem como objetivo principal mostrar o verdadeiro equilíbrio através das forças elementais que envolvem toda a crosta terrestre e como muitas vezes deixamos de assimilar energias divinas que poderiam ser usados como fontes imensuráveis de cura e harmonia para muitos filhos do Criador que sofrem diante de descargas negativas que chegam constantemente até eles.

Aprender sobre os elementos naturais não é uma forma pobre de conhecimento e baixa magia, muito pelo contrário, pois quem conhece o poder e sabe manipular as forças dos elementos em prol de ajudar o próximo terá com certeza o seu cantinho no céu reservado, mas se usa de forma nefasta para atingir objetivos profanos então será aguardado nos campos do Fogo Divino.

Creia que pode ser melhor, mude sua mente para entender que existem outros caminhos mais propícios em chegar na evolução espiritual.

Marco Vazquez

Mago do Fogo Divino

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Prefácio

A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.

Vinícius de Moraes

Nossa caminhar pela vida é uma eterna busca pelos encontros.

Queremos

encontrar

pessoas,

lugares

e

oportunidades. Buscamos encontrar sentimentos, forças e sonhos. Precisamos encontrar alegria, paz e sentido para nossa existência.

O que o meu irmão, mestre e amigo Marco Vazquez fez ao escrever essa obra é, acima de tudo, mostrar que sim, é possível realizar esse encontro. E mais: manter esse encontro mesmo quando as barreiras do tempo se impõem.

A primeira leitura de A Ordem Agni pode dar a errônea impressão que se trata de um romance de época, mas basta entrar na narrativa que logo se vê que se trata de uma obra de 7

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estudo e de revelações – o que, vejam bem, não põe a perder a parte literária em momento algum.

Os que tem algum conhecimento ou iniciados na Magia Divina irão encontrar um vasto material de desmistificação de dogmas e paradigmas. Sim, porquê também a Magia precisa evoluir, precisa se abrir para que, com esta abertura, traga mais pessoas para essa arte.

Como tudo na existência é cíclico, o que irão ler se passa em uma fase de mutação, de passagem da era da Magia para a era da Ciência. E vem à luz nos dias atuais, onde estamos – sem abandonar a Ciência – reiniciando a valorização da Magia (Espero que muitos percebam que uma não é de forma alguma antagônica à outra, mas não somente complementares, como unas... mas acho que isso é assunto para outra obra).

Marco mostra o quanto o contato com as forças elementais existe e é algo que precisa ser retomado para que possamos passar para um novo momento da existência da humanidade. Os elementais sempre estiveram conosco. Apenas se recolheram pela nossa necessidade de sermos mais racionais, de termos explicações, de encontrarmos motivos para as coisas que acontecem ao nosso redor.

E hoje, muito devagar, mas de forma consistente, mostram que as explicações, motivos e razões para tudo está no ato de se encontrar. Se encontrar como pessoa, como ser divino, como elo de uma corrente sem fim chamada vida – e que, de forma alguma se limita ao curtíssimo período de uma encarnação.

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O que podemos lhe pedir, prezado leitor, é que se permita, que se entregue e que compreenda o momento em que esta obra chega a suas mãos. Por ser uma obra mágica, ela vai te encontrar quando for preciso que você a leia e se abra para um novo momento de magia e encantamentos.

Como dissemos antes, se a vida é a arte do encontro, vamos nos permitir ser encontrados e fazer desse encontro o primeiro passo de nosso novo caminho. Vamos nessa?

Sérgio Lapastina

Mago da Magia Divina e Jornalista

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Buscai primeiro o reino dos céus e todo o demais será entregue a ti

Mateus 6:33

Cada ser humano carrega consigo todo aparato necessário para sua evolução.

É surpreendente como o mago escritor, Marco Vazquez nos conduz nessa jornada envolvente fazendo com que incorporemos os personagens e nos fazendo crer que em tudo há um desígnio perfeito dentro das ordens superiores.

Tudo tem seu início manifesto no plano tridimensional.

E todo grande passo tem seu ponto de partida.

Todo mistério surge de forma inusitada, inesperada e muitas vezes arrebatadora.

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Com os personagens deste livro não foi diferente, pessoas simples com vidas singelas, mas que trazem consigo a missão e o conhecimento adquirido em muitas vidas.

O conhecimento é universal e está intrínseco na alma de cada um de nós, mas é preciso muita entrega e dedicação para que se desperte esse nível de consciência.

Para se adentrar nos planos dos mistérios divinos é preciso amor, dedicação, desapego e um coração puro Quando nos abrimos para os mistérios divinos, somos amparados por forças até então invisíveis, desconhecidas.

Assim, nasce a Ordem de Agni, através da força dos elementos naturais, amparada por seus seres Elementais.

Vivificada no sopro do ar

Transmutada no calor do fogo,

Consagrada na leveza das águas

Manifestada na solidez da Terra.

Léo Veiga

Terapeuta holístico, Master Tantra e Mestre Reiki 11

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O Início

No ano de 1745 foi quando obtive meu primeiro contato magístico com o elemento fogo e pude perceber a grande energia que se transforma todo tempo, com movimentos vibratórios de pulsar e sugar tudo que é de negativismo a sua volta.

Vale dizer que estávamos passando por um momento de grandes mudanças no planeta. Começávamos a trocar a manufatura de produtos para a grande revolução industrial que ocorria na Europa, o que gerava grandes momentos de desequilíbrio energético por todo o mundo devido a aplicação dessas novas tecnologias que estavam surgindo, mudando drasticamente a vida de muitos artesão e carpinteiros daquela época e como tal, também fui avassalado pela modernidade perdendo meus assíduos clientes para a nova era das máquinas.

Pois é, eu trabalhava com a manufatura de peças em cobre, ferro e bronze para todos os tipos de necessidades como reparo 13

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de obras-primas e também a mais rude das peças para cavalaria e cercados e com isso uma grande gama de clientes estavam sempre precisando de todo meu conhecimento e práticas nos afazeres daquela época e, como não poderia deixar ninguém para trás, trabalhava arduamente para atender a todos.

Minha reputação atravessava todas as terras ao redor do continente europeu e ao tentar falar em serviço perfeito, logo se lembravam desse humilde serviçal que atendia a todos buscando sempre a melhor forma possível de assim fazer, isso tudo em virtude da educação recebida dos meus pais que obrigavam sempre fazer tudo da melhor forma possível e com todo o respeito que os clientes merecem e por aí as coisas iam acontecendo e mais uma geração de nossa família estava presente através de minha pessoa na oficina familiar.

Mas, voltando ao assunto, tudo ocorreu em um final de tarde, uma época fria de inverno que castigava as terras de nossos lares e durante um processo de queima da forja comecei a contemplar com outros olhos a força e magnitude do fogo! Que coisa linda, devo dizer; com o passar do tempo fui percebendo os movimentos da chama que dançavam formando espirais de fogo que aumentavam e diminuíam com meu espanto, até que levei um susto ao perceber algo saindo de dentro daquela brasa incandescente. Parecia que uma brasa havia pulado para fora da forja e com um piscar de olhos pude perceber que aquilo que antes parecia um pedaço de carvão em brasa começou a se mexer e pulou novamente para a beira daquela forja e com isso mais um susto passou por todo meu corpo.

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Não consegui conter essa mistura de medo e excitação e fui logo fixando melhor minha visão já enfraquecida pelo tempo, mas mesmo assim consegui focar naquilo que antes parecia ser uma brasa, mas que na realidade acabou por se revelar como um ser elemental divino que sussurrou algo assim:

- Boa noite, mestre ferreiro, como estás?

Levei um tremendo susto ao perceber que uma brasa estava falando comigo e refleti o que, durante todo o meu dia, poderia ter sido feito para que isso acontecesse. Foram os vinhos da taberna ou apenas insolação de um dia inteiro de trabalho ao céu aberto? Bem, insolação não poderia ser por estarmos em época de inverno, mas já o vinho..., mas pensando melhor ainda não tinha me apresentando para a taberna local daquele dia. Com isso, meu medo foi dissipando e comecei, não sem uma certa dificuldade, entender que aquilo que estava na minha