O Beijo Da Morte
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O Beijo Da Morte - Vinícius Juliano
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FICHA BIBLIOGRÁFICA
Dados Internacionais de Publicação
J94b Juliano, Vinícius Bianchi.
O Beijo da Morte: História de um Sequestro. / Vinícius
Bianchi Juliano – Campinas/SP: Clube de Autores, 2017.
228 páginas.
ISBN 978-85-5697-313-9
1. Jornalismo. 2. Brasil – Sequestro. 3. Brasil – Crime de
Extorsão. I. Juliano, Vinícius Bianchi. II. Título.
CDD 070.4
CDD 364.15
Índice para Catálogo Sistemático:
1. Jornalismo CDD 070.4
2. Brasil – Crimes contra a Pessoa: Sequestro CDD 364.15
3. Brasil – Crimes contra a Pessoa: Extorsão CDD 364.15
Capa e Diagramação: Vinícius Juliano
Impressão: Clube de Autores
Copyright © 2017
Vinícius Bianchi Juliano
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou
parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização, por
escrito, do editor e do autor.
Impresso no Brasil - Printed in Brazil
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A coerência de dedicar esta obra
às pessoas cuja história é aqui
retratada, obriga-me à infinita e
sincera
gratidão
pela
credibilidade nunca questionada,
apoio e ânsia no orgulho de poder
partilhar de cada sorriso
estampado ao novo capítulo que
deram às suas vidas, ditado pelo
amor verdadeiro.
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O que temos dentro de nós é o
essencial para a felicidade
humana.
Arthur Schopenhauer
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NOTA DO AUTOR
O beijo da morte: história de um sequestro
é a
revisita a um dos casos contados na obra "Reféns (não)
por acaso: o relato de vítimas de crimes de extorsão
mediante sequestro" sob uma visão mais amadurecida
após dez anos do registro da ocorrência.
Infelizmente vivemos condicionados à falsa ideia
de que a violência bate sempre à porta do vizinho. E quase
nunca consideramos a hipótese de sermos nós, o vizinho
de alguém. Estar cara a cara com a violência nos leva a
emoções inimagináveis, a reações impensadas e porque
não, também à fé não acreditada.
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Aqui, tratamos de um crime que, tristemente, tem
se tornado comum à vida dos grandes centros urbanos.
Em questão de segundos, o bem mais precioso do homem
– a vida – torna-se frágil e luta (ainda que em silêncio) por
um grito de paz e cidadania. É quando a simplicidade de
viver dá lugar à complexidade de entender o fato. Não é
simplesmente a ausência, mas a vida que está em risco. É,
por fim, o viver exatamente o mesmo dia todos os dias.
Pode-se calar a voz, mas não a memória. E quem foi
refém tem muito a contar. Vale ressaltar que todos os
envolvidos, de alguma maneira, tornam-se reféns: desde a
vítima em seu sentido literal até a família que está presa
ao amargo universo da incerteza.
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O título é uma analogia à proximidade com que a
vítima encarcerada, por vários momentos, viu-se diante
da morte, como a bebericar com asco de seu sabor e frieza.
Assim, a intenção é poder aproximar o leitor ao mais real
do que é viver um sequestro, por esse motivo, o abuso
indiscreto de adjetivos e advérbios que detalhem com a
maior precisão possível, o relato dado pelos envolvidos. O
desejo foi de manter a estratégia narrativa da obra
inspirada, portanto o caso é contado em simultaneidade
sob as óticas da vítima e da família, pontuando o antes, o
durante e o depois.
Todos os nomes aqui referidos, são fictícios. A
cidade e nem a região onde ocorreu o caso, não são
reveladas. Mais do que a discrição de preservar o
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anonimato daquelas pessoas, o escancarar da sequela que
fica: não ser identificado. São identidades escolhidas pelas
próprias pessoas cuja história, é aqui retratada.
Mas ao contrário, quando condiz com a realidade
vivida, estão os fatos aqui reportados: todos verídicos
(inclusive a discussão que, daqui pode ser levantada,
sobre o benefício da justiça concedido a condenados, como
indultos e saídas temporárias). Da mesma maneira são
com os diálogos, que aqui são reproduzidos exatamente
com as mesmas palavras utilizadas em entrevistas
pessoais e colhidas – devido à grande repercussão na
época - de matérias divulgadas em reconhecidos veículos
de comunicação.
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Assim, convido você, leitor, a adentrar ao cenário
vivido e às emoções reveladas daqueles que protagonizam
as páginas que seguem. Boa leitura!
Vinícius Juliano
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ALGUNS ESCLARECIMENTOS
Sequestro s.m. 1. Retenção ou
encarceramento ilegal de alguém. 2. Depósito em mãos de
terceiro, feito por ordem judicial ou por convenção das
partes; arresto; penhora. 3. Objeto depositado ou
sequestrado. 4. Ação ou efeito de sequestrar.
Sequestrar v.t. 1. Fazer sequestro de. 2.
Reter ou encarcerar ilegalmente alguém. 3. Tomar com
violência e às escondidas; arrebatar.
Durante o tempo de redação da obra inspirada, ainda
em meados de 2007, tivemos (eu e minha colega, a
também jornalista, Daniela Gimene) o apoio da Delegacia
Especializada Anti Sequestro de Campinas, departamento
integrante à Polícia Civil e subordinada ao DEINTER-2
com acesso a dados oficiais e ao contato direto com as
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vítimas retratadas ainda naquele projeto. Foram quase seis
meses entre entrevistas, planilhas, estatísticas, rascunhos e
curtas viagens a cidades da região atendida por aquela
delegacia.
Neste livro, compartilharei com você, leitor, parte
desses dados e dessas conversas, não apenas
esclarecedoras, mas também enriquecedoras se para nós,
leigos, entendermos a complexidade desse tipo de crime e
os seus efeitos colaterais, que vão para além da extorsão
financeira, permeando fortemente ao abismo psicológico.
Os dados aqui divulgados, restringem-se –
propositalmente –