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Jogos de Zombies: Jogos de zumbis
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Jogos de Zombies: Jogos de zumbis
E-book210 páginas2 horas

Jogos de Zombies: Jogos de zumbis

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Sobre este e-book

Uma aventura de um apocalipse zombie de roer as unhas escrito pela autora de bestsellers do New York Times, Kristen Middleton.

Cassandra Wild, de dezassete anos, pensava que viver no caos da casa da mãe e lidar com os seus novos sentimentos por Bryce, o seu instrutor de artes marciais, era uma luta, até o seu mundo se virar do avesso. Quando uma vacina não testada mata mais do que apenas uma gripe virulenta, Cassie aprende a sobreviver num mundo onde os mortos caminham e os vivos... correm!

Por favor tenham em atenção que há um cliffhanger.

Esta história para jovens adultos é uma alegre aventura cheia de zombies, raparigas adolescentes temerárias, um homem obcecado com vídeo jogos, um instrutor de karaté irritante mas GIRO, e humor quando necessário.

Apocalipse zombie? Vamos lá!

Esta é uma história fictícia para jovens adultos que inclui alguma linguagem, violência, e situações um pouco sexuais. É recomendado para idades de dezasseis para cima e fãs de Walking Dead.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento29 de dez. de 2022
ISBN9781071565193
Jogos de Zombies: Jogos de zumbis
Autor

Kristen Middleton

New York Times and USA Today bestselling author Kristen Middleton (K.L Middleton) has written and published over thirty-nine stories. She also writes gritty romance novels under the name, Cassie Alexandra.

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    Jogos de Zombies - Kristen Middleton

    Jogos de Zombies

    Kristen Middleton

    ––––––––

    Traduzido por Isabel Moisão Lopes 

    Jogos de Zombies

    Escrito por Kristen Middleton

    Copyright © 2022 Kristen Middleton

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Isabel Moisão Lopes

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    Jogos

    De

    Zombies

    1

    (Origens)

    ––––––––

    De

    Kristen Middleton

    Os personagens e eventos descritos neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é uma coincidência e não foi intenção da autora.

    Copyright ©2012 por Kristen Middleton

    Copyediting por: C.J. Pinard

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, ou guardada num sistema de recuperação ou transmitida sob qualquer forma ou meio, electrónico, mecânico, fotocopiada, gravada, ou outra sem o consentimento expresso por escrito da autora.

    ISBN 10- 147756117X

    ISBN 13- 978-1477561171

    Capítulo Um

    ― Cassie, leva o lixo para fora.

    ― Porque é que não pode ser Allie a fazê-lo? ― Perguntei, fechando a porta do frigorífico, com um frasco de picles na mão.

    ― Porque é o teu trabalho, ― replicou a minha mãe, que estava sentada ao balcão da cozinha a ver o correio.

    Tirei o maior endro que consegui encontrar e mastiguei. ― Mãe, ― disse entre dentadas, ― vá lá, ela precisa de mais tarefas. Tem doze anos.

    ― Não fales de boca cheia.

    ― Desculpa. ― Ela espreitou por cima dos óculos. ― Fazemos assim... lavas os pratos e eu peço-lhe que leve o lixo.

    ― Ok, eu levo o lixo.

    ― Também pensei que sim, ― respondeu ela com um sorriso atravessado.

    Revirei os olhos e engoli o resto do pickle sumarento. Antes de conseguir tirar outro ela apontou para o caixote do lixo. ― Os picles ainda vão cá estar quando voltares.

    ― Ainda não acredito que me vais obrigar a fazer isto a meio da noite, ―  resmunguei, lançando um olhar à escuridão para lá da janela.

    ― Tem graça, vindo da miúda de dezassete anos que me anda sempre a pedinchar para lhe adiantar a hora de recolher.

    ― Sim, mas não para andar por aí a passear sozinha no escuro.

    Os seus olhos suavizaram-se. ― Querida, não há nada de que ter medo. Vivemos num beco sem saída sossegado nos subúrbios.

    Ainda que a minha mãe me estivesse a tentar confortar, eu não conseguia afastar a sensação de pavor ou calar a voz mesquinha dentro de mim, que murmurava sobre algo malicioso à espreita na escuridão. Mas também podia ser porque tinha estado a ver um filme de terror que me tinha deixado completamente acagaçada. ― Ok, bem, se eu não estiver de volta dentro de dois minutos, manda o pai.

    ― Certo, ― riu-se ela. ― Senhorita Cinturão Negro.

    Não pude evitar um sorriso. Na semana passada tinha recebido o meu Cinturão Negro depois de quatro anos de intensa disciplina e treino. Foi precisa imensa paciência e dedicação, mas ganhar o Cinto tinha valido o esforço.

    Ao sair, uma brisa quente levantou os meus cabelos castanhos, atirando-os para o meu rosto. Levantei os olhos para o céu e afastei a minha ansiedade; estava mesmo uma noite pacífica. As estrelas brilhavam e a lua estava cheia.

    Ao virar a esquina da garagem, Charlie, um dos cães do vizinho, começou a ladrar; o que era uma ocorrência bastante comum. Por mais irritante que fosse normalmente, nesta noite era algo reconfortante saber que não estava sozinha.

    ― Olá, sou só eu, Charlie! ― Chamei, a minha voz ecoando pelo beco escuro. Um candeeiro solitário tremeluzia no seu lado do círculo.

    Os latidos de Charlie aumentaram e acrescentou uns rosnidos horríveis. Pelo que me tocava, este cão tinha problemas sérios de confiança.

    Houve um súbito estrondo vindo de detrás da casa dos Hendrickson e o alarme de detecção de movimento apagou-se. Charlie rosnou na escuridão durante alguns segundos e depois, sem aviso, largou um uivo de furar os tímpanos.

    Oh porra, isto não pode ser nada de bom, pensei.

    Um nó formou-se na boca do meu estômago enquanto começava a entrar em pânico. Na verdade, não queria mais nada senão levar o lixo e regressar rapidamente a casa. Também sabia que se ignorasse Charlie, e ele estivesse ferido, nunca me perdoaria a mim mesma.

    Largando o saco do lixo, comecei a caminhar em direcção à sua casa quando ouvi um gemido profundo e estrangulado. Congelei onde estava; aquilo não era o Charlie.

    Estremeci. ― Olá? Mr. Hendrickson?

    Uma sombra alta emergiu da escuridão e fiquei com o ar preso na garganta. Observei, paralisada, como a figura atravessou o pátio de Charlie na minha direcção. Estava a cerca de cem metros quando a figura se estacou mesmo debaixo do candeeiro da rua. Suspirei de alívio ao reconhecer Scott, um tipo da minha turma de karaté, com quem tinha saído algumas vezes. Mas era certamente estranho que ele andasse a passarinhar pelo pátio do vizinho a meio da noite.

    ― Scott, que estás a fazer aqui? ― Chamei-o.

    Ele limitou-se a olhar fixamente para mim, balançando ao de leve.

    ― Está tudo bem? ― Tentei de novo, perguntando-me se estaria bêbado. Ele é da minha idade, dezassete, e nunca o tinha visto a beber álcool ou a consumir qualquer tipo de drogas, por isso o seu comportamento era estranho. Aproximei-me e reparei que ele trazia Charlie nos braços. Um alarme disparou na minha cabeça, e congelei. ― Hum, o Charlie está ferido?

    Scott rosnou e baixou a cabeça para Charlie, que ali ficou sem se mexer. Quando levantou a cabeça de novo havia uma mancha escura a cobrir-lhe a boca. Ele lambeu os lábios e gemeu com um prazer mórbido. Estremeci horrorizada quando o meu cérebro registou finalmente o que estava a acontecer. Scott estava-se a alimentar do Charlie!

    ― Oh... meu... Deus! ― Engasguei-me, dando um passo atrás. Bílis subiu pela minha garganta enquanto o rapaz que uma vez tinha beijado atacava o cão de novo com aquela mesma boca.

    Virei-me para correr, tropeçando no saco do lixo que tinha deixado cair, o meu tornozelo torcendo-se dolorosamente. Gritei e lutei para me levantar quando algo agarrou firmemente a minha perna. Olhei para trás e congelei em choque; era Scott só que não era mesmo ele. Os seus olhos verdes estavam agora negros como a morte, gélidos e sem vida. A sua pele estava cinzenta e cheia de feridas sangrentas. A sua boca, que ainda pingava com o sangue de Charlie, torcia-se numa careta e ele deu um guincho de outro mundo.

    ― Scott?! ― Berrei enquanto os seus dentes me desfaziam a pele.

    ~~~

    Abri os olhos e puxei o cobertor até ao queixo. Lembrando-me de que era apenas um sonho, libertei um suspiro tremelicante e forcei-me a relaxar. Sim, estava definitivamente na altura de parar de ver filmes de terror antes de dormir. Empurrando as últimas imagens perturbantes da minha cabeça, virei-me e dei um grito de gelar o sangue nas veias.

    ― Jed, que estás a fazer no meu quarto!? ― Arquejei. Era a terceira vez esta semana que ele me pregava um susto. Aparentemente era agora um jogo especial.

    Jed, de três anos, riu-se com gosto. ― Olá, Cassie, ― disse ele, lambendo uma camada grossa de ranho do seu nariz. Mesmo no escuro eu sabia que as mangas da sua camisola do Homem-aranha estavam encrustadas de ranho seco. ― Hey, que'es ve' o meu ca'o novo? ― Disse ele. Jed tinha dificuldade em pronunciar os Rs. Ele tirou algo dos seus jeans e levantou-o orgulhosamente no ar; um pequeno conversível azul que já tinha visto melhores dias.

    ― Fixe, ― murmurei, ajeitando a almofada. ― Agora... por favor vai procurar o Kris. Precisas de um lenço.

    Em vez de sair, no entanto, ele abriu a boca e começou a tossir, atirando milhões de germes invisíveis na minha direcção.

    Afastei-me horrorizada e gritei ― Mãe! ― Sim, ele é adorável com os seus olhos azuis enormes e bochechas com covinhas, mas seria a primeira a admitir; tenho uma fobia gigante a germes. O meu quarto está fora dos limites e os miúdos da creche estavam proibidos de entrar; principalmente os pequenos germosos.

    A minha mãe enfiou a cabeça pela porta e encolheu-se. ― Desculpa, Cassie. Não sabia que ele se tinha esgueirado. Anda, Jed, vamos limpar-te.

    Funguei. ― Limpá-lo? E os meus lençóis? Ele acabou de infestar a minha cama toda com os seus germes nojentos da constipação.

    O lábio inferior de Jed começou a tremer e os seus olhos inundaram-se de lágrimas. ― Desculpa, Cassie, ― murmurou.

    O meu coração derreteu-se de imediato. Estiquei a mão e afaguei-lhe o cabelo loiro encaracolado. ― Hey, está tudo bem, Jed. Mas cobre a boca quando tosses.

    O seu rosto iluminou-se. ― Ab'acinho? ― Pediu ele, erguendo os braços crocantes.

    ― Hum, mais tarde, okay? ― Respondi enquanto lançava um olhar à minha mãe.

    Ela agarrou-o e pô-lo à cintura. ― Anda, Jedster. Vamos limpar esses macacos e comer qualquer coisa.

    ― Obrigada. Vê se mais ninguém baila aqui para dentro.

    Ela acenou para o meu despertador. ― Hey, ó Selvagem[1], é altura de te levantares e ires para a escola. Começa a ir mais cedo para a cama que já não acordas tão resmungona.

    Rangi os dentes. ― Não estou resmungona. E pára de me chamar isso.

    O meu apelido é Wild[2] e a minha família acha piada em chamar-me A Selvagem, porque lhes tinha dado tanto trabalho quando era pequena.

    A minha mãe franziu o sobrolho mas saiu do meu quarto sem mais uma palavra. Enquanto fechava a porta eu conseguia ouvir o caos nas outras partes da casa; miúdos a correrem atrás uns dos outros, alguém berrava qualquer coisa sobre um brinquedo perdido, e um bebé começou a uivar. Vivemos em Wolf Creek, uma cidadezinha no Minnesota, e a minha mãe dirige uma creche na nossa casa. O que foi em tempos uma casa calma, é agora um jardim zoológico agitado. Ainda só era segunda-feira e eu já desesperava pelo fim-de-semana.

    Arrastei-me para fora da cama, agarrei na minha t-shirt branca da Henley favorita e num par de calções de jeans, e enfiei-me na casa de banho para tomar um duche. Infelizmente, tenho de a partilhar com os miúdos da creche, por isso tenho de ser furtiva. Se eles se apercebem de que sou eu na casa de banho, fazem coisas para me torturar, como agitar os dedos por debaixo da porta, rodar a maçaneta, ou repetir "Wild" sem parar, irritando-me profundamente. Hoje não foi excepção.

    ― Já chega ― avisei, penteando a minha cabeleira espessa e negra. Puxei-a num rabo-de-cavalo e observei cuidadosamente o meu reflexo no espelho. Olhos castanhos, nariz pequeno e empinado, e lábios extremamente secos. Remexi no armário dos medicamentos e encontrei um lip gloss para encher da minha irmã. Apliquei-o cautelosamente nos meus lábios e franzi o sobrolho. Agora pareciam inchados, como se tivesse levado um murro. Tentei limpá-lo mas não serviu de muito. Arregalei os olhos em choque à medida que continuavam a inchar.

    A sério, pensei, porque iria alguém fazer isto aos seus lábios de propósito? Era embaraçoso e os meus lábios estavam a começar a doer.

    Levantei os braços, derrotada, e lancei-me para a cozinha. Para meu espanto, reparei em mais três crianças, todas constipadas. Todas me sorriram, de ranhoca a pingar dos narizes.

    ― Devem estar a gozar comigo. Porque é que toda a gente larga os miúdos aqui quando estão doentes? Não deviam ficar eles em casa a toma conta deles?

    ― Eu sei, nada que eu possa fazer a não ser que tenham febre, ― respondeu a minha mãe, cansada, ao agarrar em vários lenços e começar a limpar narizes. ― Toda a gente parece estar a apanhar esta constipação horrível. Alguns pais até largaram as crianças só para eles poderem ir para casa descansar.

    ― Imagine-se, ― murmurei.

    Puxei do telemóvel para ver as mensagens quando Daniel, um rapaz de cinco anos que fingia ser a minha sombra, espirrou mesmo para cima dele. Virei-me para a minha mãe horrorizada, que estremeceu e rapidamente me passou uma toalhita antibacteriana.

    ― Daniel, porque não vais fazer um desenho bonito para a Cassie? ― Disse ela, levando-o para longe de mim.

    Doida para me escapar, agarrei numa barra de cereais e nas chaves da minha carrinha. ― Como isto na escola. Tenho aula de karaté hoje à noite.

    A minha mãe assentiu e depois torceu o nariz. ― Megan? Tens a fralda suja?

    Virei-me e fugi da cozinha antes de conseguir cheirar a resposta. O meu pai passou então no seu roupão a caminho da sua "Caverna Masculina no andar de baixo da nossa casa. Ele chama-a o santuário da Creche Infernal". Naquele momento ele é que parecia ter saído do Inferno, com círculos negros debaixo dos olhos e os cabelos espetados em todas as direcções.

    ― Olá pai, ― disse eu. ― Deixa-me adivinhar, estiveste acordado até tarde a dar cabo de zombies?

    Ele sorriu, timidamente. ― Eh. Na verdade acabei o jogo.

    O meu pai era viciado em videojogos. Antes de eu nascer, passou uma vez trinta e seis horas seguidas a jogar Everguild, um jogo na internet bastante viciante, sobrevivendo apenas de cafeína e pretzels amanteigados. Quando a minha mãe engravidou perdeu a paciência com o seu vício inofensivo e juntou um grupo de amigos para uma "Intervenção de Everguild". Agora ele só tem permissão para jogar na Wii ou na PlayStation, na qual ele tem apenas um pouco mais de controlo.

    ― Tens de trabalhar hoje? ― Perguntei-lhe. O meu pai vende carros, o que não é propriamente o seu emprego de sonho. Infelizmente, é algo em que ele é bastante bom por isso, apesar dos seus resmungos constantes, nunca muda de profissão.

    ― Só à tarde. Estás preparada para experimentar a minha nova Beretta? ― Perguntou ele, o seu rosto iluminando-se. O seu outro vício relaciona-se com armas. Quase todos os sábados desde que fiz dezasseis anos, tinha sido passado na carreira de tiro

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