Sem Filtros: Compreender e Celebrar as Avós
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Sobre este e-book
Ser avó é uma alegria, mas também um desafio. Em “Sem Filtros: Compreender e Celebrar as Avós”, 27 mulheres descrevem –com as suas próprias palavras – a maneira como reagiram às imensas alegrias e exigências do seu novo papel como avós. Revelam, também, como mudou a visão sobre si mesmas e a textura das suas vidas.
O que sentimos quando abraçamos o primeiro neto? O tempo voa quando estamos com os netos? As relações familiares tornam-se mais profundas, ou mais complexas? Nestas histórias, os leitores vão encontrar muitas respostas, mas também muitas questões em aberto.
Este livro é altamente recomendado como um presente original para alguém que se tornou avó recentemente.
“Vem confirmar, de uma maneira simples e deliciosa, que a relação avós-netos é muito especial…Muito interessante e reconfortante.”--Jane Fearnley-Whittingstall, autora of “The Good Granny Guide”
“Uma análise fascinante do que é ser avó hoje em dia: a alegria e o sentimento de realização pessoal contrastando com as desilusões e ansiedades.” --Virginia Ironside, conselheira sentimental e novelista
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Sem Filtros - Ann Richardson
Sem Filtros: Compreender e Celebrar as Avós
Ann Richardson
Traduzido por Elvira Sousa
Sem Filtros: Compreender e Celebrar as Avós
Escrito por Ann Richardson
Copyright © 2020 Ann Richardson
Todos os direitos reservados
Distribuído por Babelcube, Inc.
www.babelcube.com
Traduzido por Elvira Sousa
Design da capa © 2020 Mirna Gilman
Babelcube Books
e Babelcube
são marcas comerciais da Babelcube Inc.
Segunda Edição
Glenmore Press 2017
London, England
ISBN: 9781549654787
Primeira Edição: First New Generation Publishing, 2014
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou disseminada sob qualquer forma eletrónica ou mecânica, incluindo fotocópias, gravação ou por qualquer outro sistema de armazenamento e recuperação de informação sem a autorização do autor.
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Todos os nomes e elementos de identificação foram alterados a fim de proteger a privacidade das pessoas envolvidas.
Fotografia: © Sam Fuglestad
Para
James e Owen
Índice
Prefácio
Capítulo 1: A Alegria de ser Avó
Capítulo 2: Ser Avó
Anúncio da gravidez
Receber a notícia
Os primeiros pensamentos
Envolvimento durante a gravidez
Níveis de envolvimento
Dar conselhos
O nascimento
Dando ajuda
Ver o bebé pela primeira vez
As primeiras semanas
Ajudar a nova mãe
Os primeiros sinais de problemas
Capítulo 3: Fazer Coisas Juntos
Níveis de envolvimento
Visitas regulares
Viver juntos
Netos distantes
Actividades com os netos
Bebés e crianças
Netos pequenos
Os netos mais velhos
Netos adultos
Lidar com muitos netos
Encontros de Família
Férias juntos
Como se manter em contacto
Capítulo 4: O Lado Emocional
Amor: como se manifesta
Ver os netos crescer
Contacto físico
À conversa sobre os netos
Preoucupação
Boas recordações
Favoritos e menos favoritos
Cada neto é um caso
Capítulo 5: Opiniões sobre a educação dos filhos
Aprovação dos pais
Desentendimentos quanto à educação dos filhos
Coisas materiais
Usar o tempo
Outros problemas
Problemas mais complicados
Dar conselhos
Filhas e noras
Mudar de ideias quanto à educação dos filhos
Tomar conta dos netos
Estragar com mimos
Ajudar na disciplina
Ajudar quando há problemas
Discussões ou problemas em casa
Entendimento mútuo
Questões mais amplas
Capítulo 6: A Imagem e o Papel das Avós
A imagem das avós
As avós das avós
As próprias mães como avós e mães
Diferentes tipos de avós
Cuidar dos netos ou não
Avós e seus inúmeros objetivos
Apoiar os pais
Ajudar os netos
Promover o sentido de família
Relações duradouras
Participar financeiramente
Capítulo 7: O Impacto nas Outras Relações
O genro ou a nora (ou parceiro/parceira)
As boas histórias
Relações tensas
Pais ausentes
O filho ou a filha com os netos
A(s) outra(s) avó(s)
Os outros filhos
O papel dos avôs
Avôs ausentes
Capítulo 8: Olhando para o Passado e para o Futuro
Relembrando o seu passado como mães
Os arrependimentos
Emendar os erros
Mães orgulhosas
É mais fácil ser avó do que mãe
É muito frequente ouvir afirmar que é muito mais fácil ser avó do que mãe; principalmente, porque não há uma responsabilidade diária:
Fazer parte de um todo
Reconhecer parenças familiares
Tradições familiares
Olhando para o Futuro
Esperanças para o futuro
Preocupações com o futuro
Sentir-se um fardo
A fragilidade da vida
Capítulo 9: Algumas Reflexões sobre Ser Avó
Encontrar o equilíbrio perfeito
Saber manter a distância
Ter a sua própria vida
Mudar-se para estar perto da família
O estatuto das avós
Sentir-se valorizada
Ser uma matriarca
Sabedoria
Desconhecer o prazer de ser avó
Considerações finais
Caro Leitor
Em louvor de Sem Filtros: Comprender e Celebrar as Avós
Sobre a Autora e outros Livros Publicados
Prefácio
––––––––
Este livro é sobre as vidas e os pensamentos de várias avós, testemunhos valiosos de experiências vividas na primeira pessoa. Dito isto, algumas questões podem surgir. Afinal, quem vai querer ler um monte de opiniões dadas por velhinhas cheias de rugas? Bem, para começar, as próprias velhinhas cheias de rugas, sobejamente ignoradas não só em livros como em todos os meios de comunicação. Depois, as que não têm assim tantas rugas, já que muitas mulheres se tornam avós aos quarenta, ou até mais cedo; por fim, as que ainda não são avós, mas estão interessadas em compreender essa fase da vida que, em breve, vão ter de enfrentar. Além disso, convém não esquecer o caso de potenciais leitoras que podem ter interesse em saber o que vai pela cabeça daquelas mulheres silenciosas que, geralmente, gostam de se sentar a um canto.
A principal razão por que resolvi escrever este livro foi o facto de achar absolutamente fascinante a minha condição de avó. Fascinante e surpreendente, devo acrescentar. Não fazia a minima ideia de como isso seria importante na minha vida. As minhas avós estiveram, de um modo geral, ausentes: uma, porque vivia muito longe e raramente a víamos; a outra, porque não se interessava particularmente pelos netos. Os meus filhos também conviveram pouco com as avós. A mãe do meu marido já tinha morrido quando eles nasceram, e a minha mãe vivia muito longe, dedicando-se quase exclusivamente à sua carreira profissional. Perante isto, será fácil deduzir que, no meu caso, não tive grandes exemplos para esta fase de vida, e os que tive não foram lá grande coisa.
Contudo, senti uma forte conexão emocional logo no dia em que nasceu o meu primeiro neto. Adorava vê-lo crescer e desenvolver-se, o mesmo acontecendo com o primo, que nasceu três anos depois. Senti que ambos faziam parte de mim e dos planos que eu tinha para a minha vida. Não queria afastar-me deles por muito tempo, porque queria acompanhar o seu crescimento com todas as coisas novas que iam acontecendo. Não só adorava os meus netos como todas as brincadeiras que tinha com eles. O que eu gostava mais era o meu novo eu
, a pessoa que passei a ser graças a eles. Percebi que era muito mais fácil ser avó do que mãe e senti que era melhor a desempenhar o papel de avó do que tinha sido no de mãe. Julgo que me tornei uma pessoa maçadora para a minha família e amigos, sempre a falar dos netos e das coisas engraçadas que eles diziam, mas nunca me fizeram qualquer reparo quanto a isso.
Sem dúvida alguma, posso afirmar que ser avó trouxe um novo significado à minha vida. Não me refiro apenas aos novos membros da família a quem amar e com que me preocupar. Também surgiram novas matérias para negociar e territórios para dividir; por exemplo, dar conselhos aos pais sem que estes nos virem as costas. Como já tinha alguma experiência anterior em cuidar de crianças, tive de recordar tudo o que sabia sobre o lado prático e emocional de lidar com elas, sendo que o lado emocional é muito mais difícil e complexo. O mais surpreendente é que aceitei de bom grado a minha nova imagem de avó, reconhecendo, agora, que faço parte da geração mais velha com tudo o que isso possa implicar.
O tema deste livro pareceu-me tão óbvio que estranhei o facto de ainda não ter sido abordado, pelo menos desta maneira. Fiz uma pesquisa e acabei por encontrar um livro escrito por uma avó e um considerável número de obras com títulos relacionados com o tema, cheias de bons conselhos sobre a arte de ser avó. Até cheguei a encontrar um livro, cujo subtítulo prometia de forma sibilante: Como Ser uma Péssima Avó.
Mas eu não estava interessada em dar conselhos; queria, sim, partilhar as minhas emoções. Longe de mim pôr em causa o muito que se pode aprender com estas avós e suas formas de pensar; nos seus livros, podemos encontrar valiosas mensagens que, de um forma ou outra, podemos adaptar às nossas vidas. Contudo, o meu objectivo era convidá-las a falar sobre as suas vidas em conversa amena.
Este livro não é sobre netos nem sobre as coisas maravilhosas que eles dizem ou fazem. É claro que alguns netos , sabendo deste meu projecto, assumiram logo que o livro seria sobre eles, como é o caso de uma neta adolescente que me perguntou: "Mas o que é que querem saber sobre mim?" Por outro lado, as avós não tiveram qualquer dificuldade em perceber que elas próprias - e as suas emoções - seriam o foco da atenção, embora algumas não tivessem resistido à tentação de também falar nos netos.
Durante o processo de escrita, perguntaram-me se eu eu estava a redigir uma tese sobre um tema em particular e se as entrevistas seriam usadas para provar uma teoria. A minha resposta foi um grande e redondo não
. Nunca tive a intenção de provar o que quer que fosse , a não ser partilhar a multiplicidade de perspectivas e experiências de várias avós em diferentes circunstâncias. Devo salientar que não tinha a minima ideia do que iria encontrar quando iniciasse o meu trabalho e confesso que fiquei surpreendida com a variedade de respostas obtidas.
A primeira questão era encontrar as minhas
avós. Quando contei aos amigos sobre os meus planos para este livro e que andava à procura de pessoas para entrevistar, muitas das minhas amigas (elas próprias avós) respondiam alegremente: Eu, eu! Podes entrevistar-me a mim!
Mas, na minha opinião, não seria muito profissional da minha parte entrevistar alguém conhecido; por isso, tive de recusar a generosa oferta. Começei por abordar pessoas no jardim ou no centro comercial, e ainda consegui duas ou três entrevistas. Mas depois, pensei: "Ok, não posso entrevistar os meus amigos, mas posso entrevistar os amigos deles !"Assim, começei a perguntar aos vizinhos por amigos deles, e aos amigos por outro amigos e vizinhos. Pedi a colaboração de pessoas que conhecia de algumas das minhas actividades, inclusive a comerciantes locais. Um dia, recebi o telefonema de uma mulher a pedir-me para participar no projecto sem que eu fizesse a mínima ideia de como ela tinha sabido do assunto. A minha maior preocupação era falar com uma série de mulheres de diferentes backgrounds; antes das entrevistas, tive sempre o cuidado lhes telefonar para saber previamente algo sobre elas, o que dava azo a que também elas me fizessem perguntas sobre o livro.
Tudo o que eu posso dizer é que estas avós surgiram em todas as formas e feitios. Algumas eram idosas, outras surpreendentemente jovens; algumas super elegantes e outras, com visíveis dificuldades. No total, vinte e sete avós foram entrevistadas. À excepção de uma avó (entrevistada aquando de uma visita a Londres), todas viviam em Londres, mas em sítios diversificados desta enorme cidade: Este, Oeste, Norte e Sul de Londres. Entrevistámos uma avó que vivia em Kensington (para os que não conhecem a cidade, trata-se de uma das zonas mais caras de Londres) e várias em Tower Hamlet (uma das zonas mais carentes). A maioria tinha nascido no Reino Unido (uma percentagem significativa, em Londres). Contudo, como se trata de uma cidade muito cosmopolita, algumas avós eram oriundas de outros países, que, sem obedecer a nenhuma ordem em particular, passo a enumerar: Austrália, França, Paquistão, Irão, Nigéria, Suécia, Zimbabué, Egito e Barbados. Devo salientar que as avós entrevistadas representavam as principais religiões: Cristã, Judaica, Muçulmana e Hindu.
A faixa etária das entrevistadas variou entre os 46 e 88 anos, mas muitas delas já eram avós há algum tempo, como é o caso de uma que foi avó aos 36 anos. Tiveram inúmeras ocupações: professora, escritora, carteira, funcionária pública, ama, diretora financeira, cantora, empregada de limpeza, só para dar alguns exemplos. Poucas foram donas de casa toda a vida, e algumas ainda estavam a trabalhar. Umas tinham só um neto, enquanto outras tinham montes de netos, tendo o primeiro prémio sido atribuído à avó com onze netos. A idade dos netos variava entre os poucos meses os 29 anos. Três das entrevistadas já eram bisavós e uma parte significativa das restantes estava prestes a conhecer os bisnetos que vinham a caminho. Esta amostra não é de todo representativa
nem pretendia ser. Certamente, haverá estudos que nos dizem qual a percentagem de avós que cuidam dos netos a tempo inteiro ou que vêem os netos apenas uma vez por mês, ou talvez menos. De salientar que esse nunca foi o objectivo deste livro. Com efeito, este projecto pretendia dar a conhecer a textura de vida de uma avó, a complexidade de sentimentos e a diversidade de experiências. Provavelmente, se este mesmo projecto fosse levado a cabo noutra altura ou por outra pessoa, as vinte e sete mulheres entrevistadas seriam muito diferentes. Obviamente, as suas histórias individuais e a maneira como estas seriam contadas registariam muitas diferenças; no entanto, penso que o resultado final seria muito idêntico.
A técnica utilizada nas entrevistas permitiu que estas fossem muito abertas e fluidas; não houve um questionário formal nem tão pouco a tentativa de encaixar as respostas em caixas pré-estabelecidas. Em vez disso, havia uma espécie de tópico-guião
que se ia desenvolvendo durante a entrevista e que ajudava o entrevistador a lembrar-se de todos os assuntos a abordar. Em resumo, cada entrevista era essencialmente uma conversa informal e todas seguiram rumos ligeiramente diferentes. Devo referir que nem todas as mulheres entrevistadas tiveram de responder às mesmas questões; às vezes, simplesmente por falta de tempo uma vez que a entrevistada tinha uma longa história de vida, marcante e comovente, para contar. Em alguns casos, só foi possível delinear perguntas interessantes após as primeiras entrevistas.
Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas integralmente, ou seja, palavra por palavra. Este processo permitiu-me utilizar as entrevistas de forma exaustiva. Fiz sucessivas e atentas leituras de todos os conteúdos antes de editar os textos de forma a poderem ser lidos.Tomei a decisão de melhorar a linguagem daquelas que não eram falantes nativas de Inglês e de corrigir eventuais falhas gramaticais, tendo como objectivos únicos clarificar e dignificar as suas contribuições. Acima de tudo, devemos entender que são as próprias palavras dessas avós e que os textos reflectem a diversidade das suas vozes.
Por vezes, como o teor das conversas era muito íntimo e o diálogo aberto, algumas avós partilharam pensamentos aos quais não gostariam de ver os seus nomes associados, principalmente por questões familiares. Esta particularidade criou-me um dilema: como poderia usar essas contribuições sem magoar essa pessoa ou a sua família? Embora tivesse garantido que os nomes verdadeiros jamais seriam usados, acabei por também rejeitar o uso de pseudónimos, dado que algumas histórias continham informações tão pessoais e marcantes que seria fácil descobrir quem estava por trás delas. Em casos muito pontuais, tive de alterar ligeiramente alguns detalhes para que nenhuma fosse reconhecida por um familiar ou amigo. Este procedimento pode causar alguma estranheza nos leitores que gostariam de ver um nome associado a um texto, mas tal deve ser entendido como uma forma de proteger as próprias avós que falaram, livre e abertamente, sobre as suas histórias de vida.
Gostaria de exprimir toda a minha gratidão e apreço a Paul Vallance, que conduziu as entrevistas com competência e grande sensibilidade. A sua capacidade de resposta, rápida e cuidadosa, foi notável perante a diversidade de personalidades e circunstâncias. Mais tarde, várias avós comentaram que tinha sido extremamente agradável conversar sobre questões e problemas em que nunca tinham pensado antes. De igual modo, quero expressar os meus agradecimentos aos meus dois transcritores, sempre atentos ao desenrolar das conversas, apesar dos latidos do cão, dos ruídos estridentes da máquina de lavar louça, dos alarmes dos carros, e outros barulhos afins do quotidiano, uma panóplia de ruídos empenhados em distrair os presentes e dificultar-lhes o trabalho. Agradeço muito a todos os meus amigos, conhecidos e vizinhos, que permitiram que eu os incomodasse com as minhas perguntas sobre nomes e contacto de avós que, eventualmente, pudessem conhecer.
Acima de tudo, o meu profundo agradecimento a todas as avós presentes neste livro, que escavaram profundamente nas suas memórias e revelaram os pensamentos mais íntimos sobre a sua presente situação contando as suas experiências, felizes ou dolorosas, mas sempre complexas. Escusado será dizer que este livro nunca seria possível sem a sua ajuda
Capítulo 1
A Alegria de ser Avó
Os programas da televisão começam muitas vezes com pequenos clips sobre o seu conteúdo, uma espécie de aperitivo
para nos aguçar o apetite para o que vem a seguir. Nesta pequena introdução, temos o testemunho de algumas mulheres que nos falam sobre o significado de ser avó, o que, de certa maneira, também funciona como aperitivo
para a essência do livro. De referir que estes pequenos textos não se repetem no corpo da obra.
Em primeito lugar, é-nos revelado que a alegria de ser avó pode ser uma surpresa completamente inesperada:
Durante anos a fio, assisti ao entusiasmo das minhas amigas quando diziam: Sou avó!
E, de todas as vezes, tinha o mesmo pensamento: "Ok. E depois? Tu não fizeste nada de especial. Para quê tanto entusiasmo? Até parece que que foste capaz de algo excepcional. Pronto, és avó, mas não foste tu que tiveste o bebé. Isso sim, é um grande feito!" Por conseguinte, ignorava-as completamente e não me mostrava nada interessada nos seus netinhos.
Até que um dia eu tive os meus próprios netos e fiquei perdidamente apaixonada por eles. São todos lindos; o último a nascer parece-me sempre ainda mais bonito, mais perfeito e maravilhoso do que os anteriores. Com o passar do tempo, sinto-me cada vez mais envolvida, cuidando deles e assistindo ao seu crescimento.
avó de cinco
Em segundo lugar, destacamos o amor e o envolvimento que surgem com o nascimento do novo ser:
Ser avó constitui uma fase de vida absolutamente única. Uma fase de amadurecimento, mas também de muitos desafios. Além disso, trata-se de uma bonita relação de amor sem as restrições inerentes a uma responsabilidade excessiva. Todos os laços familiares se cruzam diante dos nossos olhos. Fios que se entrelaçam formando um magnífico tecido de sorrisos. É então que, todos juntos, começamos a escrever uma nova história, o que, a meu ver, é muito comovente. De repente, começamos a entrelaçar os novos fios e formamos um tecido novo. Tudo isto é surpreendente,maravilhoso e muito enriquecedor. Sem dúvida alguma, uma fase extraordinária!
avó de três
Ser