Seda
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Sobre este e-book
É a época de Jack o Estripador, a viúva Rainha Vitória senta no trono da Inglaterra. Toda Londres está apreensiva, imaginando quando ou onde Jack fará sua próxima vítima. O Palácio, Parlamento e a imprensa exigem que a polícia faça mais para encontrá-lo.
Em outra parte de Londres, o herói de guerra casca-grossa, Inspetor Detetive Metropolitano Rudyard Bloodstone tem seu próprio assassino em série para encontrar. Rivalidades entre os departamentos, política, e poucas evicências são coisas com as quais ele tem que lidar a cada momento. Em uma batalha de força de vontade, Bloodstone cotinua seguindo seus instintos apesar dos obstáculos.
Acrescentando ainda mais aos seus problemas, longe das investigações, ele se aventura nos altos e baixos de um novo relacionamento com uma adorável chapeleira.
Chris Karlsen
Chris Karlsen is a retired police detective. She spent twenty-five years in law enforcement with two different agencies. The daughter of a history professor and a voracious reader, she grew up with a love of history and books. An internationally published author, Chris has traveled extensively throughout Europe, the Near East, and North Africa satisfying her need to visit the places she read about. Having spent a great deal of time in England, Wales, and Turkey, she has used her love of both places as settings for her books. Heroes Live Forever, which is her debut book, is set in England as are the rest in her Knights in Time series. Other books in the series are Journey in Time, Knight Blindness, Losing Time, and In Time for You. They are historical romances. Golden Chariot and Byzantine Gold are set Turkey, Paris and Cyprus. They are part of her Dangerous Waters series, a contemporary thriller set. She has since started two other series, The Bloodstone Series. It is a historical suspense set in Victorian London. The stories are built around her Victorian detective, Rudyard Bloodstone. Those books are: Silk, Snifter of Death, A Venomous Love, and Choosing Heart or Home. Between new stories for the Bloodstone series, Chris has started another historical romance series the Love & War series. Book one in the series is set in World War 2 England called The Ack Ack Girl. Excerpts, trailers, sample chapters, and newsletter info are available on her website or she can be contacted at: [email protected]. Published by Books to Go Now, her novels are available in digital, ebook, and Android App. and in paperback on most platforms. Several are also available in audio.
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Chris Karlsen
Capítulo Um
Vestir os mortos requer certa destreza e paciência. William avaliou seu trabalho com orgulho. Uma pena que ninguém veria sua realização. Ele duvidou que a empregada de Isabeau pudesse ter feito muito melhor.
O suor cobria sua testa e ele usou o lenço bordado de sua amante para limpar seu rosto e a camada de transpiração de seu peito. O fogo na lareira havia se apagado enquanto faziam amor, mas mesmo nus, a sala parecia um forno. Ele começou a pôr uma taça de vinho quando pensou melhor. Até o corpo ser desovado e o cenário pronto para explicar a morte dela, ele precisava manter a mente sã. Em vez disso, remexeu na cômoda procurando anáguas. Nenhuma mulher de respeito saía de casa sem vestimentas íntimas apropriadas. A gaveta de baixo estava cheia de anáguas de renda e lacinhos. William pegou as que estavam em cima e conseguiu vesti-las e amarrá-las nela com muito menos trabalho do que teve com o vestido.
Graças a Deus,
William resmungou, rindo baixo à inapropriada aplicação da frase. Agora, botas de montaria.
A bota deslizou no seu pequeno pé com facilidade. Ele amarrou o laço e quando já havia colocado a outra bota pela metade, notou a bola de meias no chão. Droga.
Os conceitos de paraíso e inferno não tinham o menor interesse para ele. Em certos feriados, Isabeau me chateava falando sobre religião e como se tornou uma Católica devota. Se a religião dela estava certa, ela provavelmente estava olhando perplexa para esta cena de algum poleiro no Purgatório e rindo. Com este pensamento irritante alimentando cada movimento, ele removeu as botas e começou novamente, as meias primeiro.
Quando terminou de vesti-la, William vestiu as mesmas roupas que houvera usado anteriormente, desceu ao andar de baixo silenciosamente e foi em direção ao estábulo. No caminho, olhou para o leste na direção das ruínas do forte da colina que faziam divisa com suas terras. Riscos cor-de-rosa se alinhavam à distância no céu. Ele tinha que se apressar se queria chegar nos penhascos antes que toda Tintagel acordasse.
Ele acendeu uma única lanterna e com cuidado a colocou ao seu lado, aonde não iria derrubá-la.
Senhor?
O garoto do estábulo estava aos pés da escada do sótão, esfregando o sono dos olhos, camisa torta e abotoada errado.
William tomou um pequeno susto. Ele não ouvira o garoto chegar.
Posso cuidar dos cavalos, senhor. O que precisa que eu faça?
Nada, Charles. Volte a dormir. Selarei Rei Arthur e Guinevere. Isabeau e eu pensamos que seria agradável sair para uma cavalgada cedo.
William colocou uma mão firme mas gentil no ombro do rapaz. Durma. Quando eu -
ele se corrigiu, Quando nós retornarmos, os cavalos estarão prontos para se alimentar e escovar.
O garoto assentiu e subiu novamente para sua cama de feno no sótão.
Trabalhando apressadamente contra o sol nascente, William prendeu Guinevere, a égua na qual Isabeau montava, e selou seu grande cavalo baio. Quando terminou, levou os dois cavalos ao outro lado do estábulo e os amarrou em um trilho fora de vista da casa.
William se apressou de volta ao quarto, subindo os degraus para o andar de cima dois de cada vez. Vozes abafadas vinham da cozinha. Dos criados da casa, o cozinheiro era o que acordava mais cedo para começar a preparação do café da manhã. Logo o mordomo e seu valet estariam de pé. Ele considerou sair escondido da casa mas dispensou a ideia para não fazer algo que parecesse suspeito. Uma cavalgada ao amanhecer era fora do comum, mas não tão estranho a ponto de provocar especulações e falatório dos criados, se ele agisse normalmente.
Ele enrolou Isabeau em um manto e a carregou pela escada principal. A cada passo, suspirava palavras doces à sua amante morta e encostava o nariz em sua bochecha fria. Um sorriso se formou em seus lábios. Para qualquer criado que estivesse por ali, parecia um gesto romântico.
Depois de numerosas tentativas, William prendeu o corpo à égua em uma posição quase sentada. Apenas colocá-la em cima do cavalo mostrou-se uma proeza monumental e ele não era nem um pouco fraco. Ele parou um tempo para recuperar o fôlego. O curto espaço de tempo até o amanhecer não permitia mais do que uns poucos minutos. Depois, amarrou as mãos dela na sela e os pés nas cilhas. Isabeau ainda curvava-se para frente, mas para qualquer um que passasse cavalgando, a posição poderia passar por um esforço deliberado da parte dela para aumentar a velocidade. Ele levaria Guinevere guiada por uma longa corda. Tudo o que tinha que fazer era manter os dois cavalos no mesmo passo suave, um agradável e extenso trote, ou talvez um galope comedido.
Castle Beach seria seu destino final, o lugar mais fácil para descarregar sua bagagem sem descobrirem. O caminho, no entanto, trazia diferentes questões. As folhagens do Vale de St. Nectan ofereciam uma proteção excelente e parcas chances de verem outras pessoas. Mas também adicionaria trinta minutos à jornada. O caminho mais rápido o levou ao campo aberto onde corria o maior risco de ser visto. Após um breve debate mental, ele decidiu usar a rota mais rápida e seguir direto para os penhascos do outro lado do pântano.
Guinevere galopava com Rei Arthur enquanto William mantinha um ritmo firme, com a Igreja de St. Materina à vista e na sua direita. A igreja ficava no meio do caminho entre os penhascos sobre Castle Beach e a vila de Tintagel. O sol havia acabado de começar a nascer no horizonte quando ele parou. As aves marinhas já haviam voado de sus ninhos e pairavam sobre os barcos pesqueiros que se preparavam para zarpar. A ausência de gaivotas, papagaios-do-mar, e outras espécies locais barulhentas ampliaram o rugido e o choque das ondas contra o penhasco rochoso.
William desmontou e deixou Arthur olhando para a grama áspera. O belo alazão serviu como um excelente escudo enquanto William desamarrava e erguia o corpo de Isabeau das costas de Guinevere. Com pouco esforço, ele rolou a sua falecida amante da beira do penhasco e assistiu, fazendo uma careta, quando o corpo delicado rebatia em uma protuberância rochosa. É verdade, ele planejara mandá-la de volta a França, ou para outro de seus associados. E também verdade, ele não via a morte dela como uma grande perda, mas ele não a queria esmagada nas rochas, mesmo na morte. Entretanto, este era o modo mais oportuno se livrar de uma inconveniente amante morta.
Não deveria ter chegado a este ponto...
#
O fluxo e refluxo da maré, a precipitação da água criando espuma nas pedras cravadas nas margens arenosas o fascinava enquanto os eventos da noite anterior retornavam à sua mente.
Você me ama, William?
Isabeau franziu seus lábios cheios e deslizou sobre o carpete com graciosidade. O vestido fino a seguia por trás como uma névoa de seda. Ela parou entre os joelhos dele e o encarou.
Não, querida. Você não inspira amor. Você me entretém, o que é infinitamente melhor.
Costumava ser assim, no entanto. William tomou um gole do rico vinho tinto e o circulava o líquido em sua boca, esperando a rotina de sempre de Isabeau. A negação dele do amor sempre desencadeava um ataque de cólera.
Já há muito tempo ela testava sua paciência. Primeiro, a pergunta carente, seguida pela resposta honesta dele, depois o drama, a mágoa fingida, o beicinho, a exigência de uma amostra física de desejo. Desejo. Era somente o que havia entre eles. Recentemente, o fio da paixão havia cegado. Até os aspectos mais incomuns do sexo pereciam insípidos, desesperados e forjados.
Ela esfregou sua coxa contra a dele.
Não. Não estou com disposição,
ele disse e moveu sua perna. É uma casa grande, Isabeau. Certamente pode encontrar algo para se entreter além de mim.
Não quero.
Mimada e exigente, ela podia ser uma criança petulante quando negada. Agora ela esfregava a outra perna.
William resmungou. Ele não sentia vontade de comê-la hoje à noite. Ele havia acordado com o sol e passou o dia inteiro com Harold, o gerente da propriedade. Eles cavalgaram o perímetro dos mil acres que pertenciam a Foxleigh Hall. Caçadores, uma irritação constante que havia se tornado atrevida nas últimas semanas, se aventuraram fundo pela propriedade, atirando em texugos e cervos, até as fêmeas, deixando as crias para morrer. Desgraçados.
As armadilhas foram postas – não para atrair vida animal, mas humana. Ele havia ido ao interior, em Launceston, para contratar guardas extras, a precaução da distância era um mal necessário. Por semelhança, os infratores moravam em uma das vilas próximas, o que eliminou o uso de homens da área como possíveis sentinelas.
Apenas deixe-me sentar e aproveitar um pouco de paz e sossego.
Você está de mau humor. Talvez deva comer algo.
As sobrancelhas dela arqueadas e banhadas em falsa preocupação.
Não.
Cansado demais para comer quando retornou, ele rejeitou a bandeja de comida que sua criada havia trazido ao seu quarto particular. Mas Isabeau não tinha como saber que ele houvera rejeitado o jantar pois ele sempre comia sozinho e ela nunca o perturbava. Todos os criados sabiam que ele detestava partilhar uma refeição ou uma mesa com outros, a não ser que uma ocasião social o forçasse. Os sons que as pessoas faziam quando comiam o enojava. Nem achava conversas insípidas ao se alimentar particularmente atrativas. Nenhuma discussão sagaz podia compensar pelos barulhos de mastigar, sugar e engolir. Estas ofensas ainda eram combinadas com o vislumbre de comida meio-devorada de pessoas que sentiam o ímpeto de falar enquanto comiam.
Não estou com fome. Estou cansado. Será que se fosse pelo menos um pouco observadora teria notado?
William ignorou a cara azeda que ela fez e deitou sua cabeça nas almofadas da cadeira e fechou os olhos. Ele sentava imóvel como uma pedra, segurando a taça de vinho pela parte arredondada, não dormindo mas descansando seus olhos.
Perto de adormecer, separou mais as pernas para que seus pés ficassem estendidos no chão. O único som vinha do estalar ocasional da madeira no fogo enquanto queimava. O calor do corpo de Isabeau e a seda de seu vestido que roçava nos seus dedos a denunciaram enquanto se ajoelhava na frente dele. Ela removeu as botas de montaria dele e começou a desabotoar sua camisa. Ele abriu os olhos para assistir.
Ela olhava para cima através de seus densos cílios, a pele desforrada do rosto dela brilhava e seus lábios úmidos reluziam. A face de uma penitente e a moral de uma pavoa. Uma combinação prazerosa em muitas noites. Ela deliberadamente usava seus laços frouxos e seu vestido havia caído de seus ombros. Sua vestimenta macia dividia-se abaixo do umbigo, expondo carne branca e rosada. Aquelas coxas, mais curtas e cheias que de uma mulher inglesa, produziam uma força surpreendente quando queriam, auxiliando-o a enterrar-se mais fundo dentro dela.
Eu te amo,
Isabeau disse esticando-se para frente para que o topo de seus seios tocassem as calças de lã dele e seus mamilos em forma de pérolas.
Não seja tola. Você ama minhas libras, meus xelins, e meus centavos, bem, os centavos nem tanto,
deixou claro com um leve risada de desdém. Você ama as joias que lhe dou.
William pegou a mão dela e tocou o anel de camafeu que havia comprado para ela no natal. E, você ama as roupas finas, e o sexo, mas não me ama.
Ela empurrou as pernas dele e levantou com notável rapidez. Com um longo suspiro, ele se endireitou, pronto para a torrente de indignação que ela sem dúvida arremessaria nele.
A chateação voltou, agora mais marcante. Como se atreve a dizer quem ou o que eu amo, por que é tão cruel?
Isabeau pisou forte com seu pé descalço enquanto uma lágrima escorria no seu rosto. Você parte meu coração,
ela acrescentou com um dramático tremer de lábio. Por quê não nos casamos? Poderia ser sua esposa, uma boa mãe. Você poderia aprender a me amar. Já conheço muitos modos de lhe agradar.
Eu também poderia aprender a tocar gaita de foles. E isto não vai acontecer.
Uma vida inteira com a temperamental, possessiva Isabeau – o pensamento quase o fez vomitar. William levantou a palma de uma mão na esperança de frear as declarações emocionais dela. Não.
Faça amor comigo. Deixe-me mostrar o quão devota sou.
Isabeau, quero um banho quente e dormir, nesta ordem.
Faça amor comigo. O farei esquecer seu cansaço.
O vestido amontoava-se aos pés dela enquanto deslizava por seu corpo. Nua, exceto pelas meias e sandálias de cetim, ela se tocou, provocando a pele em movimentos vibrantes. O pau de William involuntariamente se contraiu e deu pequeno pulo àquela visão tentadora. Criatura carnal.
Não, não vai. Você quer apenas joguinhos, como sempre faz,
ele falou baixo, confiante que ela não negaria a acusação.
Ela ergueu um pé no braço da cadeira dele, inclinou a cabeça e enfiou o dedo no ninho de cachos escuros entre as pernas dela. William tomou um gole do vinho e seguiu o caminho dos dedos dela com os olhos. Ele terminou o vinho e pôs a taça na superfície de couro da mesinha ao lado.
Você gosta de jogos.
Isabeau olhou para a frente das calças dele, em fora de tenda. "Você gosta especialmente de mim de quatro, amarrada, contida e à sua mercê, oui cher?"
Seu corpo lutava contra ele. Parte dele não queria mais nada além de deitar quieto, mas outra parte não estava tão gasta como o resto. Havia voltado à vida com a provocação da meretriz atrevida e agora pulsava por libertação.
Verdade, gosto de uma variedade de coisas. No entanto, se fosse esquecer meus ossos cansados, gostaria de fazer algo completamente diferente esta noite.
Ele pausou. Isabeau inclinou a cabeça, com uma expressão de dúvida no rosto. William antecipou a curiosidade dela. Hoje à noite, gostaria de foder como todo Inglês, com você de costas e eu em cima gemendo e enfiando em você por um minuto ou mais, e depois um bom sono.
Um leve escárnio tocou o canto da boca dela, então Isabeau riu. Vocês Ingleses, são tão sem inspiração, uma pena para suas mulheres. Minha alma chora por elas.
Sim, somos tão sem inspiração que conseguimos colonizar grande parte do mundo.
Ela o pegou pela mão e o levou para o quarto dela. Ele não fez objeção. No andar de cima, Isabeau desabotoou as calças dele e as puxou para baixo. William as retirou das pernas e permaneceu parado enquanto ela o despia do resto das roupas.
Ela se ajoelhou e puxou lentamente os lados da cueca dele até os tornozelos. Ele olhava para a cabeça inclinada dela e pensava como um cabelo que parecia tão escuro na luz do dia podia refletir tanto dourado e vermelho na luz de lanternas à gás. Ele inclinou-se para frente enquanto ela enrolava uma mão quente no pau dele e brincava com a cabeça. Ela molhou a ponta com a língua e depois chupou com seu hálito quente.
Enlaçando seus dedos nos cabelos dela, ele forçou seu membro entre os lábios abertos dela e gemeu quando ela o chupou mais fundo.
Quando ele não aguentava mais, a puxou pelos braços e a beijou. A superfície dura dos dentes dela pressionava o lado da boca dele, dolorido, quase cortando. Ela caiu de costas na cama, segurando nos braços dele e o puxou para cima dela.
Ela fez o que havia dito: o fez esquecer a exaustão. Perto de explodir, William a penetrou, empurrando, forçando. Isabeau, com seu incrível senso de drama, jogou a cabeça para o lado e saiu depressa como um caranguejo em direção aos travesseiros, expelindo-o. Você sabe o que quero.
Ele arquejou sobre ela, seus braços prendendo os quadris dela. Sim, sei do que gostaria. Disse antes de começarmos que não tinha interesse nenhum em joguinhos hoje. Estou cansado. Vamos acabar com isto.
Como ela se atrevia a fazer isto agora, ele falou consigo mesmo. Se fosse um tipo de homem diferente, um homem menos refinado, ele a forçaria, com violência se necessário. Ele a ensinaria como não era seguro inflamar os desejos de um homem e depois negá-lo a satisfação. Depois de hoje, ele encontraria outra amante e a mandaria de volta a Londres ou Paris, quanto antes, melhor. Acabe!
Ela pegou sua favorita echarpe de seda vermelha da mesinha ao lado da cama e a entregou a ele. Faça isto por mim e nós dois acabaremos gloriosamente.
Ela sacudiu impacientemente a echarpe.
William ponderou se deveria atender a exigência dela ou simplesmente terminar sozinho. Uma recusa o permitiria manter o poder entre eles, mas perderia muita gratificação sexual; ceder significaria abdicar de sua autoridade à bruxa voraz.
Ele suprimiu seu ressentimento e pegou a echarpe da mão dela e se afastou. Ela levantou a cabeça para que ele pudesse dar a volta na atadura de seda pelo pequeno pescoço dela. William teve que dar duas voltas para ficar apertado o suficiente. Ele deu um puxão em cada ponta da echarpe para checar a tensão, a essência do jogo. Isabeau levantou os braços acima da cabeça, como uma escrava amarrada ao poste. Ela fechou os olhos e suspirou. Seus cílios esfumaçados tremiam contra seu rosto.
Ele estudou a beleza vivaz. Seria a próxima amante uma parceira voluntária das artes sexuais mais raras? Isabeau o mostrara coisas que ele ouvira sendo discutidas somente pelos homens de seu clube. Coisas estranhas, eróticas e diferentes, falavam de sexo brusco e desordenado desempenhado por prostitutas caras. Ele havia tido várias amantes ao passar dos anos e numerosos encontros nos intervalos. Nenhum delas chegara perto de Isabeau na imaginação. É a única coisa que ele sentiria falta.
Ela se queixou, e o som o trouxe de volta ao momento. Um dos joelhos dela cutucou as nádegas dele enquanto ela abria as pernas. O aroma da prontidão dela inflamava seu desejo. Ele trilhou seus dedos pelo ventre dela e ela tremeu ao toque, pequenos arrepios passaram pela pele pálida dela. Ela agarrou o pulso dele e colocou a mão em uma ponta da echarpe. Faça.
Ele enrolou uma ponta em cada mão e puxou. Seus dedos buscaram mais um pouco de seda e puxou um pouco mais forte. O tecido apertava mais profundamente na carne do pescoço dela. Uma cor rósea viva ponteava as bochechas dela e radiava em direção ao seu queixo. As veias nas têmporas saltaram e pulsavam no ritmo das batidas do coração dela. Ela gemeu, levantou os quadris e os contorceu contra ele. Os pelos pubianos macios dela faziam cócegas em seus testículos. O modo nada sutil de Isabeau para fazê-lo saber que o queria dentro dela. He obedeceu.
As mãos dela agarravam os pulsos dele. Ela se movia com força para fora, mais do que o normal. Um sussurro engasgado escapou dela. Ele não deu atenção. Isto era padrão. Isabeau sempre insistira para que ele mantivesse a pressão até ela sinalizar para soltar. No passado, quando ela alcançava o ápice da consciência, batia nos braços dele. Desta vez ela agitava a cabeça para frente e para trás, algo que ele não havia visto antes. Os olhos dela incharam de um modo nada atrativo e ela o arranhou com as unhas. Suas unhas fincaram nas mãos dele, tirando sangue.
Ela o feriu e ele quis dar um tapa nela. Ele quase soltou uma das pontas da echarpe para fazer isto. Ao invés disto, puxou mais forte. Isabeau tentou inserir seus dedos no lugar onde o tecido se cruzava. Sua boca abria e fechava, sem som e parecendo um peixe. Ela golpeava o colchão ferozmente. Com o rosto vermelho quase ao ponto de ficar roxo, ela desabou sob ele.
Ela inflamava o sangue dele com sua falta de inibição. Ela nunca houvera respondido com tanta intensidade. Um poder cru surgiu dentro dele, primitivo, animalesco. Ele enfiava com força. Pronto para gozar, William cerrou os punhos, puxando a echarpe uma última vez. Estranho, toques suaves batiam no seu bíceps, pequenos arranhões femininos e sutis, e depois ela amoleceu. Esgotado, ele soltou o tecido e caiu por cima dela, seu coração batendo forte enquanto recuperava o fôlego.
Isabeau não se movia e sua cabeça estava virada para o lado. Ela não havia gritado como normalmente fazia quando satisfeita. Talvez estivesse desapontada com o esforço dele. Mas não deu atenção a tal pensamento. No fim das contas, não importava. Ele organizaria a partida dela logo de manhã cedo.
William rolou para o lado e passou um braço suado por seus olhos. Tentou decidir o que era pior, contá-la agora à noite que o caso havia terminado ou esperar até amanhã. A ideia de fazer isto logo após um empenho sexual tão turbulento parecia de mau gosto, mas queria acabar logo com isto. Ele virou-se de lado, preparado para a histeria, gritaria, muitas lágrimas e abusos verbais.
Isabeau, olhe para mim. Tomei uma decisão e provavelmente lhe perturbará.
Nada. Ela não se moveu. Isabeau?
Ele a sacudiu pelo braço. Ainda sem resposta. William soltou e o braço dela caiu lânguido no colchão. Ele levantou novamente o braço dela e soltou. De novo, caiu lânguido. Ele ficou por cima dela e deu tapinhas leves nas bochechas dela. Nada. A cabeça dela girou sem resistência primeiro para a direita e depois esquerda, dependendo da direção dos tapinhas. Ele deu um tapa mais forte. Nada. Olhos vazios olhavam fixamente para o teto. Ele inclinou um ouvido no peito dela. Nada. William pulou da cama, pegou um espelho de prata da mesinha de cabeceira e o segurou sob o nariz dela. Nada.
Vadia.
William atirou o espelho na parede. Vadia, puta,
dizia furioso enquanto andava ao lado da cama. Não permitirei que faça da minha vida um pesadelo.
#
Você fez isto. Eu disse para me deixar em paz.
William estava em pé com as mãos nos quadris, olhando uma última vez para a forma feminina quebrada. Ele abriu bem as pernas, inclinou a cabeça para trás e inspirou profundamente várias vezes o ar salgado. Ele adorava morar perto do mar. O amanhecer trazia o começo de um dia agradável de primavera. Era um azar ter que passá-lo e os próximos também confinado em sua propriedade, de luto pela morte de uma mulher que não amava. As expectativas da sociedade refinada o irritava profundamente em situações como esta.
No leste, um sol prateado apareceu. O momento de provocar atenção e gritar por socorro havia chegado. Ele havia alongado sua visita à praia o tanto quanto ousava. Agora, cavalgaria à toda velocidade para a vila pedindo desesperadamente ajuda para resgatar sua amada Isabeau.
O ruído dos dois cavalos galopando ecoou nas pedras redondas da pavimentação das ruas da vila, fazendo parecer que eram quatro cavalos. Velas estavam acesas nas janelas da aldeia, homens e mulheres que ainda não haviam ido para o trabalho saíram para ver a causa da comoção.
Rápido, vocês têm que vir. Aconteceu um terrível acidente.
William soltou a corda que puxava Guinevere e puxou as rédeas de Rei Arthur com força. Os cascos traseiros do alazão derraparam nas pedras cobertas de névoas. William o virou em um círculo até o cavalo achar apoio em uma das pedras do calçamento e parar de derrapar.
Por favor, a égua de minha dama se assustou e a derrubou. Ela caiu da costa de Trebarwith. Temo que esteja seriamente ferida.
Ele dirigiu seu apelo a vários homens que estavam em seus portões.
Crianças curiosas bisbilhotavam atrás das saias de suas mães enquanto os homens pegavam lanternas e cordas. Alguns dos homens correram atrás de Rei Arthur à pé, uns poucos tinham cavalos para o trabalho à mão e foram. Um ou dois outros correram para seus barcos e remariam paralelamente à multidão até o lugar onde a dama caiu. Com frequência as vítimas de quedas dos penhascos tinham que ser resgatadas por água, quando carregar uma pessoa ferida para cima pelas rochas era muito perigoso. As mulheres que não tinham filhos para alimentar seguiram em grupos, tagarelando, ansiosas para testemunhar o acontecido.
#
William pressionou punhos firmes na sua lombar e arqueou. O alongamento diminuía o cansaço que assentou em sua coluna da árdua recuperação do corpo de Isabeau. Ele brevemente considerou ficar uns minutos escrevendo em seu diário mas não achou energia para tanto. A exaustão o consumia. O trabalho na propriedade no dia anterior, e os eventos da noite tiveram seu preço no seu sistema. Enquanto o corpo dela estava no salão onde, pela manhã, seria vestido uma última vez, e antes de se deitar na cama, ele visitou o quarto de Isabeau mais uma vez. Ali, no travesseiro onde tantas vezes havia dormido, estava a echarpe de seda, onde a deixou. Ele a pegou com o intuito de queimá-la na privacidade do seu quarto. A seda deslizou sobre as palmas de suas mãos, enrolando-se entre seus dedos. Um sussurro suave porém mortal, uma combinação incomum. O pensamento o agradou e colocou a echarpe no bolso. Ao invés de destruir a delicada arma, ele a guardaria em seu escritório como uma recordação daquela noite, uma lembrança da amável mas tola Isabeau.
Ele ordenara a criada para limpar o quarto e empacotar tudo. A criada e seu valet, Burton, que o encontrou ao sair do quarto, fizeram o melhor para consolá-lo neste momento sombrio. William os agradeceu por seus esforços. Vestido, ele deitou-se e fechou os olhos, grato por uma criadagem tão atenciosa.
15 de Maio, 1888
Ela deixou seguir por muito tempo. Um punho feminino batendo no meu braço, nosso usual sinal teria sido suficiente. Mas ela aqueceu meu sangue com seus movimentos selvagens. As contorcidas, o pressionar íntimo de suas dobras inchadas contra mim. Inspirador. Não houve gritos, nem reclamações, apenas respiração ofegante, o gemido sensual. A luta. A força de sua luta. O brilho