ENTREVISTA
EM 2017, UMA DAS MAIS ANTIGAS E respeitadas vinícolas argentina, a Luigi Bosca, selecionou Pablo Cúneo para ser enólogo-chefe. Mesmo jovem, ele já contava com pelo menos 20 safras em sua história. “Comecei no ano de 1997, já são 27 colheitas. Nós, enólogos, contamos as colheitas”, diz.
“Nasci e estudei em Mendoza. Basicamente minha vocação era agronomia, pois gosto da natureza, sou apaixonado, gosto muito de passar o tempo pescando nas montanhas, andando… Antes de me formar como agrônomo, tive a oportunidade de começar a trabalhar na Bodegas Chandon, dentro da vinícola, andando entre os tanques, então lá aprendi de enologia e estive desde a safra de 1997 até 2002, fazendo bases de espumante”, rememora Em 2002, fez a vindima com Terrazas de los Andes, “porque tinha um pouco de vontade e necessidade de aprender a fazer vinhos tintos”. Então passou para Terrazas, onde trabalhou até 2006. “Foram quase 10 anos no grupo Moët & Chandon (do qual fazem parte Chandon e Terrazas) e aí fui a uma pequena vinícola familiar – de duas famílias francesas –, Ruca Malen, fundada por Jean-Pierre Thibauld, ex-presidente de Chandon, e um sócio-amigo, Jacque-Louis Montalembert. Trabalhei com eles por 11 anos, de 2006 até 2017”.
“Em setembro de 2017, Alberto Arizu entrou em contato comigo, me disse qual era o seu projeto em Luigi Bosca (onde estava a acontecer uma mudança geracional). Ele