De alimento “condenado” no passado devido a mitos nutricionais até a redenção gloriosa pelo universo fitness, o ovo é, inegavelmente, um alimento presente nas mesas do mundo todo, desde o café da manhã ao jantar, nas cozinhas mais simples e na mais alta gastronomia.
No Brasil, o consumo desse alimento teve um aumento no consumo per capita nos últimos anos: saltou de 120 ovos, em 2007, para 241 em 2023, segundo o Instituto Ovos Brasil (IOB). Isso prova que caiu por terra o antigo mito de que os ovos aumentariam o colesterol e, portanto, deveriam ser evitados.
Edival Veras, presidente do IOB, lembra que um dos maiores desafios enfrentados pelo Instituto foi justamente desmitificar essa ideia. “Foi necessário educar o público consumidor, a classe médica, as universidades e até a imprensa sobre os reais benefícios do consumo de ovos”, diz ele. Além disso, em 2022, o Brasil alcançou a marca de 52 bilhões de ovos produzidos, consolidando sua posição como o quinto maior produtor de ovos do mundo. É volume de ovo para ninguém botar defeito.
Gastronomicamente falando, porém, ainda é comum a frase “não sei nem cozinhar um ovo”, como sinônimo de não saber preparar nada na cozinha. E, de fato, a brincadeira tem um pouco de razão: embora seja um alimento de fácil preparo, o ovo exige alguns truques para ficar perfeito, como contaram a Prazeres da Mesa, em entrevista, os chefs Fred Caffarena e Ygor Lopes, que comandam restaurantes na capital paulista.
“Acho que poucos ingredientes, tirando sal, açúcar, manteiga e óleo, são tão universais na gastronomia quanto o ovo”, diz Caffarena, chef do Make Hommus. Not War, que foca seu atendimento na cozinha do Oriente Médio. “Não existe um estilo de gastronomia em