“Entrei na gastronomia quando percebi o poder que a comida tem de tocar as pessoas, de reunir e mexer com o emocional. Isso é o que me encantou. Procuro agradar as pessoas. Mudar o dia de alguém, fazer com que tenham uma noite especial, uma reunião de família ou um encontro de casal que seja memorável.” Quem acompanha a trajetória profissional do jovem Tuca Mezzomo sabe que ele alcançou seus objetivos. Ao fazer uma refeição no pequeno e charmoso Charco, em São Paulo, sai-se com a sensação de prazer, do conforto de ter degustado pratos que abusam nos bons ingredientes, com técnica perfeita e sem nenhuma invencionice. O chef faz, como poucos, o simples tornar-se sofisticado.
Mas sua missão, agora, é bem desafiadora. Ele está assumindo a chefia de cozinha do Vista, o primeiro na nova unidade que acaba de ser inaugurada no Shops Jardins, no bairro dos Jardins; e, posteriormente, do original no Ibirapuera, que ocupa o disputado terraço do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Além de serem operações maiores, o desafio também é substituir o Marcelo Corrêa Bastos, que foi responsável por sua abertura e todo o sucesso que a casa obteve até hoje. Marcelo, um dos melhores profissionais do Brasil, está saindo para se dedicar às suas outras casas, os restaurantes Jiquitaia e Lobozó, ricos em cozinha brasileira, e sua nova empreitada, o Stasera, com sotaque italiano. Para que o alto padrão continuasse no Vista, Marcelo ajudou no processo de escolha de Tuca e fez a troca de bastão com a classe dos grandes profissionais.