Montevidéu ESSA MOÇA ESTÁ DIFERENTE
Todos os adjetivos muy amables usados para definir uma cidade interiorana são para lá de adequados para descrever a uruguaia Montevidéu: aconchegante, acolhedora, charmosa e arborizada. É que, apesar de ser uma capital federal e somar cerca de 1,5 milhão de habitantes, ela segue um ritmo mais tranquilo e pacato que o de outras metrópoles do Mercosul, como São Paulo e Buenos Aires. Por lá, o dia a dia parece pautado por tardes despreocupadas às margens do Rio da Prata, que desenha o contorno da cidade com praias, paredões de pedra e parques à beira d’água.
Por conta dessa rotina intimamente ligada ao rio, os moradores costumam chamá-lo de mar. E o aproveitam como tal: famílias se reúnem na orla para curtir o sol, grupos fazem jogging no calçadão, homens pescam em deques junto às águas e senhoras jogam conversa fora acomodadas em bancos de concreto.
Mesmo ao se afastar das margens do Rio da Prata, Montevidéu ainda se revela tranquila e hospitaleira. Embora ali viva quase metade dos 3,3 milhões de habitantes do país, a capital tem um clima nostálgico, como denota a frota de táxis, que inclui muitos carros dos anos de 1980, a qual oferece corridas a preços camaradas. A fachada clássica das construções de Ciudad Vieja, o centro histórico local, e a miscelânea de prédios e em muitos pontos da cidade também contribuem para o jeitinho de antigamente. O apego ao passado se manifesta, ainda, no jeito de ser dos uruguaios, que não abrem mão do chimarrão e da , sem contar o tango, que dizem ser argentino.
Você está lendo uma prévia, inscreva-se para ler mais.
Comece seus 30 dias grátis