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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Não É Defeito, É Feitio!

A Prisão dos Devedores vista por Hogarth,
de A Rake´s Progress

Nada admira que o Banco de Portugal tenha palavras de compreensão para com o endividamento das famílias e desvalorize o nível impressionante a que chegou. Ao contrário de outros povos, como o Inglês, em que as dívidas suscitavam repulsa, ao ponto de conduzirem à prisão, como a da célebre Fleet Street, em Portugal sempre houve janelas de contemporização com as fracas contas. Ao ponto de haver disposição legal antiga que permitia a todos os que se estabelecessem em Pereiro, no Concelho de Alcoutim, que se livrassem de ser demandados por quantias de que fossem devedores, embora a isenção não se estendesse a operações posteriores à sua residência na localidade. No estado de Pe(d)reiros Livres que vamos tendo mais não se faz do que prolongar a insensibilidade ao calote. O que reforça o espírito de aproveitamento das facilidades, que, depois, logo se vê.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Quem Bebeu Beberá

Depois de confessar ter na vida conseguido o êxito empresarial à custa de compra de autoridades, será prudente para a verdade desportiva deixar que o Sr. Abramovich seja proprietário de um clube de futebol? Não será confiar demais na firmeza do sistema desportivo deixá-lo à mercê de comprador sem escrúpulo e impenitente?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Lisboa em Camisa

Camisa de Gary Benfield
Tempos houve em que o pudor era usado como cautela contra o calote, mas a mudança hoje visivel nas mentes não permite a mesma força. Uma norma antiga do Estado Norte-Americano de Rhode Island mandava que a viúva de qualquer homem que tivesse deixado dívidas, se quisesse contrair outro matrimónio, fosse obrigada a abandonar aos credores todos os haveres, excepto a camisa. E era apenas com essa diáfana peça que se dirigia à igreja, para ser re-casada, podendo os cobradores, com ou sem fraque, se lhe vissem a conservação de algum outro bem, mesmo que um gancho de cabelo, despi-la em público.
Claro que as antinomias do Puritanismo, querendo servir a dois senhores, os negócios e a ocultação dos apelos eróticos, não funcionariam, hoje por hoje, em que a assunção das fantasias é quase tão bem vista como o endividamento impagável, pelo que o despe & siga! poderia arvorar-se em rotineiro cenário.
Simplesmente, em matéria de contas públicas, vê-se quão premonitório foi o título de Gervásio Lobato, lido à luz da simpática tradição yank...

sábado, 7 de junho de 2008

Quem Se Lixa....

Lendo acerca do desespero do ingénuo vendedor ambulante de Sintra que pensa conseguir retomar a sua actividade, nestes tempos dados às grandes superfícies, armando (outra) barraca em frente ao par(a)lamento, veio-me à ideia uma remota conspiração na Lisboa do Tempo Áureo dos Pregões, de 1850 a 1910, em que foi vítima duns maiorzitos industriais de doçaria um benévolo e barbudo calmeirão que vendia uma pasta doce à criançada, quando não a dava, que o que pretendia, mais que o ganho, era ver a alegria nos rostos infantis. Era aquele que gritava:
- Vá branquinha alféloa, gergelim e amêndoa doce!

Nada como dar a palavra a Sousa Bastos:
Por aquele tempo havia em Lisboa muitos fabricantes de lindinhos, uma outra goloseima que teve grande voga. Eram feitos em forma, do feitio de chaves, sapatos, corações (urge psicanalisar estas formas, conectadas) e caras. Com qualquer preparo o açúcar ficava cor-de-rosa e transparente. Dentro tinham um líquido gorduroso, a que os fabricantes chamavam licor. Vi-os duma vez no preparo: tinham junto de si uma grande caneca com o repugnante licor, tomavam uma golada e mesmo com a boca iam cuspindo o tal líquido para dentro dos lindinhos. As crianças não pensavam noutra coisa, até que apareceu o homem da alféloa, que arrebanhou toda a freguesia, arrazando a indústria dos fabricantes de lindinhos. Estes juraram vingar-se, e, se bem o pensaram, melhor o fizeram. Meteram nas cabeças das crianças e nas do povinho que a alféloa era feita com os ossinhos tenros das crianças que o homem atraía a casa para as matar, cozer num caldeirão até se derreterem para o criminoso fabrico. Calculem o resultado de tal balela. O desgraçado já nem podia sair de casa: era apedrejado e corrido aos gritos de «morra»!
Como se vê, pouco mudou. Permanece a cor-de-rosa nas mistelas que se tentam impingir, embora, concede-se, haja sido eliminada a transparência. O Povo continua a ser usado, na democrática encenação de lhe dar voz. Para esmagar os pequenos inventou-se a ASAE. E alguém duvida de que, num caso destes, em ela falhando, o homem seria enxovalhado como... pedófilo?
Nada há de novo debaixo do Sol!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ovo de Colombo

Tendo em mente que nos alimentos em que a subida dos preços dos combustíveis mais se repercutiu, à escala da UE, vem à cabeça o leite, aqui fica a maneira de erradicar efeitos tão perversos. Para que se não diga que esta página não alinha prosas construtivas...

terça-feira, 27 de maio de 2008

Indecoroso É o Senhor!

A Evolução do Latrocínio:Por estas e outras rejeito o Liberalismo e não ligo peva aos Socialistas a que temos direito.
(recebido por e-mail agorinha)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Wuthering Hights

Rise de Susan MadsenMuitos ficarão surpresos com a compra de meios de difusão religiosa pela decrépita «Penthause». Não é o meu caso: nem tanto por me entrar pelos olhos adentro ser, na nossa época, o erotismo, como a religiosidade, tido como maneira de atingir o Céu. Antes porque, no sector imobiliário, o conceito de penthouse envia expressamente para as alturas; e por, na pouco rigorosa sociedade em que esbracejamos, ser associado a um estilo de vida luxuoso: é que, reciclando-se a actividade do grupo empresarial citado em populares sites de promoção de encontros, está a prometer altas sociedades, o que, na imaginação dos simples, pode ser tido como a sopro da ascensão à Alta Sociedade, ficando os esses finais justificados por boiarmos numa pretendida estrutura plural...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

As Três Faces do Sofisma

Talvez por terem ouvido dizer que os macacos em questão eram sábios: um erro de Mira evitou que um imitador deles vislumbrasse o que Bob Geldof e toda a gente desinteressada vêem na nomenklatura angolana. Outro fez-se surdo, mostrando ter três letras a mais no apelido. Não esperem declarações do terceiro, lembrem-se de que é o que fez voto de não falar.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ajudem-nos!


Sabe-se como nos Estados Unidos se mudou o Dia do Trabalha-dor para a primeira semana de Setembro, com a justificação de o 1º de Maio ter sido apropriado pelos Socialistas e Comunistas. Aqui entre nós, é uma desculpa algo fajuta, como diriam os Nossos Irmãos Brasileiros. Lembre-se que Regime de Vichy instituiu a data como feriado, o da Festa do Trabalho e da Concórdia, por influência do Secretário de Estado René Béllin. Cá vemos o Marechal no célebre encontro com os Operários do Loire, em que, discursando, lhes pedia, como aos patrões, para não acolherem mais os demagogos, abolindo a Luta de Classes.
Ná, a explicação para a transferência do festejo norte-americano tem de ser outra. Talvez o peso na consciencia de ter dado origem a muito conflito, com os acontecimentos que formaram o mito do dia, no Haymarket de Chicago. Mas o massacre dos polícias, a condenação sem prova suficiente e o apelo dos anarquistas à violência ocorreram nos dias posteriores, a manifestação de dia 1, por um horário equilibrado, tinha sido pacífica.
May Day, juntas as palavras, dá pedido de socorro, em Inglês. Nesta dicotomia de dias celebrativos também é uma questão de espaço que marca a diferença - o da preponderância do Capitalismo selvagem versus o da desconfiança dele.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Que Loucura!?

O Manicómio de GoyaJerónimo de Sousa foi visitar o Júlio de Matos para contactar a realidade. Eu sei que não foi esse o sentido que ele quis dar-lhe, mas lendo a declaração como um acto falhado, dá-me gosto ver os Comunistas devolvidos a um dos seus traços mais simpáticos, o da crítica da alienação do Capitalismo, que é a insanidade em que outros nos forçam a mover-nos...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Gavidez da Situação

Leio este alerta contra a retracção em contratar Mulheres, por receios dos empregadores de que a gravidez venha prejudicar a relação laboral. Trata-se de um problema verdadeiro, mas corresponde a uma diminuição do estatudo de gerar vida que se encaixa um regime que concedeu a disponibilidade de matar um ser gerado, como nas ambições de carreira de muitas Senhoras, as quais põem o progresso profissional à frente da vocação maternal. Estes enquadramentos acabam por se pagar; e esta é uma das consequências.
Mas se quiséssemos aliviar um pouco a gravidez da gravidade, poderia dizer que a relutância patronal mencionada residirá em temer que os conhecimentos de informática na óptica do utilizador pedidos às candidatas acarretem este resultado, com grave prejuízo de acesso...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Consummatum Est

Auto-Retrato Com os Objectos da Vaidade de David Baily

A explosão de crédito mal-parado relativa ao consumo mais não é do que o que se verifica nas épocas de decadência, a utilização do dinheiro que se não tem para a ostentação de bens não-duradouros que dêem a ilusão de um estatuto. Quando a Nobreza deixou de ter como desígnio principal o serviço militar do Povo e do Rei também foi criado o seu ramal dito de Corte, em que a pretensão de acompanhar minimamente o fausto de meia dúzia de famílias que o podiam pagar levou muito fidalgo pobretão a contrair empréstimos junto da agiotagem para manter o nível das suas casacas, comilices e perucas.
Da mesma forma com a Sociedade Burguesa: o recurso ao crédito, antes vocacionado para a expansão dos negócios, mais tarde estendido à aquisição de lares próprios, sempre com o fito do progresso familiar, descamba agora num rodopio de obtenção de dinheiro fácil, aquele que não se sabe como poderá ser pago, para saciar a sede de uma imagem melhor, através de exibições de compras evaporáveis em prazo mais do que curto.
É a passada larga para o desastre.
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quinta-feira, 13 de março de 2008

O Pomo da Discórdia

Banana Girl, de Linda ReidHá grandes empresas que não têm emenda. A que comercializa a marca Chiquita confessou em tribunal haver untado a pata de milícias partidárias de ambos os lados no conflito colombiano, entre as quais as FARC, hoje na berra pelos raptos, assassínios e ligações ao narcotráfico. Depois do papel tristemente célebre da United Fruit na Guerra das Bananas que teve lugar na América Central, verifica-se uma degradação do estatuto dos beneficiários das subvenções, no cone Sul do Continente.
O que me faz pensar na injustiça de confundir a maçã com o metal precioso, através dos mitológicos pomos de ouro. A menos que a palavra maçã passe a ser uma imagem da conflitualidade e da desordem.
Teria assim razão, apesar da mensagem de Esperança na Salvação, o Padre João de Sousa Ferreira, na «America Abreviada», de 1693, ao defender que o fruto dado pela cobra a Eva, e que acabou por perder a Espécie, não seria o habitualmente indicado, mas o preferido pelos macacos. Oiçamo-lo.
Com mysterio se tem esta fructa (a banana) pela com que peccou Adão: porque cada folha basta para cobrir um homem; e pela cruz que mostra, cortando-se pelo meio, como para signal do instrumento em que havia de ser redimida aquella culpa.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

O Último Grito

A publicidade tem que se lhe diga, até nas relações com a música. Hoje, avocando sofisticações massificantes, intercala apelos à compra de produtos que é de rigor todos terem, adquiridos em locais de venda indiferenciados, enquanto que na antiga venda ambulante cada transacção punha em confronto Pessoas verdadeiras e a mercadora variava conforme o exemplar. Também a música era, inicialmente, parte integrante do pregão, a forma de anúncio do tempo, que era impagável, porque mais digna.
Aconteceu com esses altissonantes estribilhos algo da decadência da forma que também atingiu a Missa, quando deixou de ser cantada, logo obrigando a revivalismos. Luís Chaves informa-nos que o pregão cantado deu lugar ao gritado, passando a berrado ser. Numa tentativa de não cortar totalmente, alguns ainda entoavam uma ondulação frásica que nem seria carne nem peixe, mas satisfaria qualquer das preferências.
Parece terem sido os ardinas e o cauteleiros os principais artífices da degradação, como as varinas que chegariam a alterar a fonética, de pescada do alto para pescadato, por exemplo...
Sendo que a personalidade indissociável de uma venda que não seja anónima obriga a procurar uma qualquer imitação de arte, com os resultados medíocres que costumam. Donde, alguns vendedores de Sorte Grande enveredaram pelo estilo da quadra popular, onde outrora imperava a melodia...
Mas sobressaía toda uma regularidade que se transformava em muleta ética. Não eram só os habitantes de Koenigsberg que acertavam os relógios pelo passeio de Kant, também muito Lisboeta remediado saía para mais um dia à passagem cronometricamente exacta da Mulher da Fava Rica. Simplesmente, quando um hábito se esvai, deixando de ser factor vital para passar a entretenimento, caímos na sede de pitoresco que marca a decadência nossa e deles, dos protagonistas do Típico.
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O sossego afectuoso e tranquilizante da rotina viria a ver-se substituído pelo inquietante ferrão da saudade, no mesmo intento de preservar a enformação que nos individualiza, contra as normalizações cosmopolitas e metropolitanas. A memória é importante, à falta do genuíno que a encenação não reaviva. Também nesse sentido a frase de Maritain, segundo a qual ser anti-moderno é maneira das melhores de ser ultra-moderno, mantém verdade e actualidade. Breve, em vez de ser apreendida naturalmente, viria toda esta prática a ter de ser ensinada, como no livro de leitura da 3ª Classe de 1942:

Vendedores ambulantes
começam a aparecer.
Vamos lá ver, ó freguesas,
o que trazem para vender.

Oito horas. À nossa porta
passa agora a tia Chica.
Com sua voz compassada,
apregoa: «Fava Rica».

Lá vem também a peixeira
com seu trajo pitoresco,
dizendo: «Oh! viva da costa!»
ou então: «Carapau Fresco».

E agora, de toda a parte
se ouve gente que apregoa,
gritando: «Quem quer´laranja?
Quem compra laranja boa?...»

«Merca o cabaz de morangos...»
«Século. Notícias. Voz...»
«Oh! boa amora da horta!...»
«Quem quer ameijoas p´ra arroz?»

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A Cotação do Pânico

Os Normandos de Astérix não sabiam o que era o medo e queriam encontrá-lo, para voarem. Os homens dos últimos cem anos conhecem-no demais, mas querem estar sempre em posição de aferir o nível dele a que chegaram, para impedir que o seu dinheiro voe.
Com este mote estava criada a atmosfera propícia à deificação das Bolsas de Valores, que, mantendo algum do apelo de outras mesas de jogo, servem, fundamentalmente, para determinar quantitativamente o receio público sobre certo negócio, ou a ausência dele. A memória entranhada do desastre de 1929, contudo muito mais vasto que qualquer mero crash, funciona como o choque pavloviano que amplia o terror da perda, de cada vez que uma baixa abrupta faz soar uma campainha de terror. Só assim se justifica o artificialismo de fazer manchetes jornalísticas um azar que, bem vistas as coisas, deveria ficar circunscrito ao microcosmo dos investidores.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Outro Victorianismo

A Faladora, de Jayesh Bhagat

Os empresários orientais que contrataram Beckham para dar o nome a um preservativo que produziram atribuem a um sentimento de ofensa da plateia admiradora do futebolista a abstenção da compra do produto. Parece-me evidente que não foi isso. Acho muito mais plausível que tendo tido conhecimento da gabarolice de Lady Victoria acerca das proporções extraordinárias do músculo do seu Mais Que Tudo, se tenha gerado a ideia de que o artigo que para ele remetia não serviria para gente menos dotada.
Foi por estas e por outras que só em 1950 o Estado Norte-Americano da Pensilvânia revogou uma lei de 1823, que, apesar de há muito em desuso, rezava assim:
As mulheres que em público se mostrarem imoderadas no falar serão amarradas a um tamborete e mergulhadas numa tina com vinagre

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Plagiar Deus

A Criação dos Animais por Rafael

Saiu a certificação de qualidade da carne e leite de animais clonados. Embora opondo-me, por tazões filosóficas, à criação de vida com recurso a um artificialismo essencial, como o da duplicação celular, não já meramente auxiliar, caso da inseminação artificial, calar-me-ia, na eventualidade de o aumento de oferta ser usado para combater a fome nas regiões do Mundo onde ela grassa. Esta conjectura idílica é tão mitológica como o unicórnio que aparece na imagem: a possibilidade vai servir, certamente, apenas para as grandes multinacionais do ramo alimentar maximizarem os lucros da prodição. E assim não há resgate para uma afronta à individualidade de cada ser. Má rés é quem fomenta destas.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Ao Que Isto Chegou!

O facto de alguém pagar uma dívida faz a primeira página de um jornal! E o visado envergonha-se, quer ser como os outros...

O Calcanhar de Achille

A desgraça de uma economia afogada no lixo por recolher em Nápoles fez-me pensar em Achille Lauro. Para os menos atentos ao Passado, o nome evocará talvez apenas o do paquete de luxo onde ocorreu um horrível atentado terrorista. Mas tinha-lhe sido dado por encerrar significado muito maior. O de um armador mítico, respeitado por Mussolini sem nunca se ter chegado demasiado a ele, ao contrário do que a imagem parece demonstrar, que viria, no pós-guerra, a ser encarcerado sob acusação logo provada falsa de compromissos culposos com a acção menos estimável do regime. Libertado, não se coibiu de lutar contra a oligarquia estabelecida em Roma, primeiro num Poujadisme à Italiana, no Partido do Homem Comum, depois no da resistência Monárquica. Contra tudo e todos, menos o proletariado local, conquistou a autarquia Napolitana, provando que empresários e operários podem fazer causa comum em prol da Comunidade. Mesmo aqueles que mais atacam as irregularidades administrativas e financeiras da sua administração, contestadas por outros que as atribuem a inventonas do representante do Governo Central na zona, reconhecem a ordem que pôs na cidade, a conservação do património, a elevação do nível de vida e de serviços e o arrojo arquitectónico nas áreas não-classificadas.
Por tudo isso, deve estar a dar voltas no túmulo ao ver a sua bela Cidade imersa, literalmente, na podridão emergente dos conflitos laborais. E se não morrer da doença, poderá acontecer-lhe da cura, o desajeitado transporte de toneladas de desperdícios e porcarias para outras regiões, nomeadamente a Sardenha, está já a gerar protestos e sentimentos anti-napolitanos, num sistema político arbitrário e insusceptível de conseguir promover a preocupação gregária nas populações.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Golpe d´Asa

Não percebo, Dona T, como pode pensar em prender este bicho num zoo! Já devia saber que certo tipo dele tem maneira de voar: o que, para tanto, usa as orelhas que já estão vermelhas do muito mal que diz de mim, embora aqui enverguem a cor do equipamento alternativo do SLB. Assim como se não percebe os trocos que lhe deita: o animal escreve, como confirma a pena, mas não o faz por dinheiro! Desculpe-Se, digo, desunhe-Se!