Tive uma tia varina
Mas não a recordo à toa
Era a mulher mais bonita
Eu era então pequenita
Quando a ia visitar
Vi a fala das varinas
E o seu modo de estar
Muita discussão havia
Presenciei mil chapadas
Não eram pra brincadeiras
Estas varinas ousadas
Minha tia era perfeita
Negro era seu cabelo
Entrelaçava-o muito bem
Fazia gala em trazê-lo
Vestia aventais bordados
Qual deles o melhor
Trabalhava com o peixe
Uma varina a primor
Varinas da Madragoa
De um bairro bem popular
Mais um da nossa Lisboa
Que aqui estou a recordar...
Clara Mestre
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