O recurso à analogia na obra de Aldo Rossi é um tema exaustivamente tratado pelos mais diversos a... more O recurso à analogia na obra de Aldo Rossi é um tema exaustivamente tratado pelos mais diversos autores. O principal argumento crítico em relação a seus projetos diz respeito ao salto subjetivo efetuado na transposição de sua teoria para a prática. Ainda que Rossi procure sempre ancorar seus projetos em um repertório de objetos arquitetônicos retirados da história, isto parece não ser suficiente para sustentar seu jogo analógico. Porém, em uma paisagem bastante distanciada do peso histórico das cidades italianas é possível apreciar quase literalmente a cidade análoga que Rossi tanto cultuava. Mesmo que com inevitáveis comparações, este despretensioso Rio de Janeiro análogo em muito ilumina a transcendência das ideias deste autor, e a necessidade constante de revisitá-las.
Oculum Ensaios: Revista de arquitetura e urbanismo, 2018
O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que têm o desemparo e o mal-estar como impulso criador. Busca-se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal-estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo aí encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietações de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que têm o desemparo e o mal-estar como impulso criador. Busca-se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal-estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo aí encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietações de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, Apr 27, 2018
Re sumo Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates ... more Re sumo Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas "estruturas", que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a aproximação dos dois autores, cujos mundos formais aparentam ser, à primeira vista, tão distintos.
Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos... more Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas “estruturas”, que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a...
O presente texto e parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto e parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que tem o desemparo e o mal‑estar como impulso criador. Busca‑se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal‑estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo ai encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietacoes de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos... more Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas “estruturas”, que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a...
O recurso à analogia na obra de Aldo Rossi é um tema exaustivamente tratado pelos mais diversos a... more O recurso à analogia na obra de Aldo Rossi é um tema exaustivamente tratado pelos mais diversos autores. O principal argumento crítico em relação a seus projetos diz respeito ao salto subjetivo efetuado na transposição de sua teoria para a prática. Ainda que Rossi procure sempre ancorar seus projetos em um repertório de objetos arquitetônicos retirados da história, isto parece não ser suficiente para sustentar seu jogo analógico. Porém, em uma paisagem bastante distanciada do peso histórico das cidades italianas é possível apreciar quase literalmente a cidade análoga que Rossi tanto cultuava. Mesmo que com inevitáveis comparações, este despretensioso Rio de Janeiro análogo em muito ilumina a transcendência das ideias deste autor, e a necessidade constante de revisitá-las.
Oculum Ensaios: Revista de arquitetura e urbanismo, 2018
O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que têm o desemparo e o mal-estar como impulso criador. Busca-se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal-estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo aí encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietações de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que têm o desemparo e o mal-estar como impulso criador. Busca-se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal-estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo aí encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietações de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, Apr 27, 2018
Re sumo Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates ... more Re sumo Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas "estruturas", que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a aproximação dos dois autores, cujos mundos formais aparentam ser, à primeira vista, tão distintos.
Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos... more Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas “estruturas”, que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a...
O presente texto e parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços u... more O presente texto e parte de uma pesquisa mais ampla destinada a decifrar arquiteturas e espaços urbanos que tem o desemparo e o mal‑estar como impulso criador. Busca‑se neste ensaio delinear uma narrativa que acolha esses fenômenos, analisando estudos e autores que trabalham com chaves interpretativas afins. Inicialmente foram tratados os conceitos de Unheimlich (inquitetante) e Unbehagen (mal‑estar) de Sigmund Freud. O suporte teórico momentâneo ai encontrado permitiu também estabelecer certa cumplicidade com algumas inquietacoes de Anthony Vidler, expostas em seus livros The Architectural Uncanny e Warped Spaces. Por fim, foram incluídas as constelações e demais considerações epistemológicas e metodológicas de Walter Benjamin, mais especificamente aquelas tratadas no estudo sobre o Barroco Alemão.
Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos... more Em uma análise do repertório de propostas e projetos de arquitetura que povoaram debates nos anos 1960 e 1970 no cenário internacional, torna-se patente a recorrência dos autores na criação de sistemas, a partir de um repertório formal definido e limitado. Dentre os arquitetos que se inserem nesse momento, destacam-se Aldo Rossi e John Hejduk, cujos mecanismos de trabalho revelam a existência de um universo formal próprio e restrito de figuras e elementos que reaparecem a cada novo desenho. O contato mais estreito dos dois arquitetos acontece em meados da década de 1970, quando Rossi passa uma temporada nos EUA e leciona na Cooper Union de Nova York, então dirigida por Hejduk. Rossi utiliza as formas geométricas puras e o recurso da analogia em seus croquis e desenhos. Hejduk também utiliza as formas geométricas puras na construção de suas inusitadas “estruturas”, que reaparecem a cada projeto. A ideia de coleção, como construção de um sistema, é a chave interpretativa que permite a...
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