Papers by Wellington de Carvalho Pereira
Comunicação & Educação, Jun 30, 2023
Revista Educação em Questão, Mar 10, 2022
Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar possíveis correspondências aproximativas entr... more Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar possíveis correspondências aproximativas entre os princípios fundamentais que sustentam a metodologia da Pedagogia da Alternância, com os fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural de Lev Semionovich Vigotski, especialmente no que tange à noção de vivência (perejivanie) e de signos culturais como mediadores das internalizações e formação das funções psíquicas superiores. Fomenta-se tal empreitada à escassez de trabalhos nessa direção. Para tanto, fundamenta-se a argumentação por meio da revisão bibliográfica que trata dos respectivos temas a partir de uma abordagem analítica qualitativa e reflexiva. Com esse propósito, primeiramente contextualiza-se a Pedagogia da Alternância e apresenta-se alguns dos principais fundamentos da Psicologia Histórico-Cultural. Em seguida, apresenta-se algumas possíveis aproximações para concluir-se com a apresentação de aspectos de diferentes teorias educacionais libertárias, que também se aproximam das duas perspectivas em análise. Palavras-chave: Pedagogia da Alternância. Psicologia Histórico-Cultural. Educação socialista. Vigotski.
Comunicação & Educação
Este artigo analisa algumas convergências teóricas entre dois autores que se destacam no campo da... more Este artigo analisa algumas convergências teóricas entre dois autores que se destacam no campo das ciências humanas. Trata-se de estabelecer uma tentativa de diálogo entre as teorias desenvolvidas por Lev Vigotski e Pierre Bourdieu, em torno do papel da mediação social da linguagem na construção da pessoa. Parte-se do pressuposto de que, ainda que tenham se destacado em campos disciplinares distintos, em configurações históricas específicas e com propósitos teóricos diferentes, ambos teceram um edifício conceitual capaz de auxiliar no entendimento da construção da objetividade e subjetividade humanas a partir da linguagem. De início apresentaremos uma breve biografia dos autores e suas especificidades de pensamento para, na parte final, sustentar a hipótese de que os autores podem ser complementares.
Essa pesquisa só foi possível porque na origem, tive uma família de sete, filhos de baiana e mine... more Essa pesquisa só foi possível porque na origem, tive uma família de sete, filhos de baiana e mineiro, que começou em três, depois quatro cômodos, no fundo de um barranco, que, apesar de todos os constrangimentos, resistiu corajosamente a todas as violências socioeconômicas, incomodando a estrutura. Então, é a ela que dedico. Esmiuçando, dedico ao meu pai, José Onofre Pereira, que de tão explorado, foram as mãos mais grossas que conheci. Minha mãe, Ednalva de Carvalho Vieira, com suas duas ou três jornadas de trabalho diárias. Dois nomes, os quais tiveram o acesso à Educação Básica bastante restringidos, que talvez, nunca tenham sequer pisado em uma Universidade pública; e se, por acaso, tenham pisado, certamente foi na condição de subalternizados, como podemos constatar, por exemplo, na terceirização das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados das Universidades Públicas, ou nos trabalhadores que cruzam a cidade universitária Armando de Salles Oliveira, em ônibus cheios e de percursos de mais de uma hora, os quais apenas passam, mas nunca tiveram a oportunidade de conhecer o Centro de Práticas Esportivas, pois o acesso é restrito aos "meritocraticamente" capazes de passar no vestibular. Dedico ainda, a minha irmã Silvia Maria de Carvalho Vieira, que, em decorrência dessa conjuntura de trabalhos precarizados e aprofundamento das explorações, foi obrigada a ser uma segunda mãe, mesmo ainda sendo uma criança. Segunda mãe segundo pai também foram minha madrinha Maria da Penha, a Mariquinha, famosíssima no bairro pela sua importância na construção da creche Nossa Senhora das Dores, e padrinho Valtenir, melhor amigo do meu pai, que em diferentes momentos do percurso acadêmico, também pensei muito neles. Curiosamente, tenho duas madrinhas, Irmã Tereza, que também foi importantíssima no início da minha socialização. Finalmente, dedico ao bairro que nasci e cresci, jardim Vista Alegre, que apesar das dificuldades e problemase a intenção aqui não é romantizar a pobreza-, foi onde aprendi mesmo com pouco, ainda se pode dividir; onde se empresta uma panela e se compartilha um punhado de arroz; onde se zelava pelos filhos uns dos outros, crianças estas que passavam os dias inteirinhos nas ruas, porque era a única possibilidade de lazer. AGRADECIMENTOS Agradeço a minha companheira Fabiana Bento do Prado, que acompanhou todo o processo de produção desse trabalho, apoiando e incentivando de diferentes formas, tornando o caminho bastante mais tranquilo, justamente porque, nessa relação, não se trata apenas da produção de um trabalho acadêmico, mas da cumplicidade no compartilhamento de uma vida. Agradeço a minha inestimável orientadora Teresa Cristina Rego, que indubitavelmente, sem seu acompanhamento cuidadoso e afetivo, não existiria aqui um trabalho acadêmico. Ressalto ainda a paciência frente aos meus estranhamentos acerca da produção acadêmica. Certamente, o trabalho científico e respectiva produção, nunca é individual e no caso desta pesquisa, a contribuição, participação e compartilhamento da professora Teresa é a pedra fundamental. Não posso deixar de lembrar o incrível momento da qualificação com as professoras Iracema Santos do Nascimento e Fabiana Augusta Alves Jardim. Juntamente com a orientação, o momento da qualificação é a grande oportunidade de se fazer um bom trabalho. Posteriormente, ainda, fui monitor do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino com a professora Fabiana, em que a intensidade de aprendizagens é inexplicável e, talvez, fundamental. Avalio ter sido momentos imensuráveis. Existe ainda um forte sentimento de agradecimento pela professora Marilia Sposito, não apenas pela disciplina de metodologia que me ajudou sobremaneira, mas pelo cuidado e afetividade no acolhimento de todos os estudantes. Agradeço ainda a professora Maria da Graça Jacintho Setton, na parceria no desenvolvimento de um trabalho paralelo à dissertação, pela paciência e quantidade de ensinamentos. Finalmente, um agradecimento especial ao grupo de orientandas e orientandos da professora Teresa, que talvez tenha sido os momentos, ao longo de dois anos, que mais contribuíram para esse trabalho: Sônia Maria,
Revista Educação em Questão, 2022
O presente artigo tem como objetivo analisar possíveis correspondências aproximativas entre os pr... more O presente artigo tem como objetivo analisar possíveis correspondências aproximativas entre os princípios fundamentais que sustentam a metodologia da Pedagogia da Alternância, com os fundamentos da psicologia histórico-cultural de Lev Semionovich Vigotski, especialmente no que tange à noção de vivência (perejivanie) e de signos culturais como mediadores das internalizações e formação das funções psíquicas superiores. Fomenta-se tal empreitada a escassez de trabalhos nessa direção. Para tanto, fundamenta-se a argumentação por meio da revisão bibliográfica que tratam dos respectivos temas a partir de uma abordagem analítica qualitativa-reflexiva. Com esse propósito, no encadeamento do texto, primeiramente contextualiza-se a Pedagogia da Alternância, assim como apresenta-se algumas das principais características da Psicologia Histórico-Cultural. Em seguida apresenta-se algumas possíveis aproximações, para concluir com a apresentação de aspectos de diferentes teorias educacionais libert...
Configurações, 2021
O trabalho etnográfico: ressignifcando o "ser afetado" de Jeanne Favret-Saada WELLINGTON DE CARVA... more O trabalho etnográfico: ressignifcando o "ser afetado" de Jeanne Favret-Saada WELLINGTON DE CARVALHO PEREIRA* Universidade de São Paulo Resumo O texto trata do conceito antropológico de "ser afetado", correlacionando com as possibilidades da prática etnográfica. M ais especificamente, apresenta-se um entendimento de afetação em contraposição daquele forjado por Jeanne Favret-Saada, em que sugere o "ser afetado" como tornar-se o outro. N osso argumento sustenta-se na defesa de uma etnografia que reconhece os atores sociais enquanto centralidade, não competindo ao etnógrafo interpretar culturas, antes, apreender os significados atribuídos e disponibilizados pelos sujeitos sociais objeto de pesquisa. Defende-se ainda que o conceito de "ser afetado" só se realiza a partir de arcabouço teórico consistente combinado com a bagagem de experiências vivenciadas do sujeito pesquisador.
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