Pesquiso no doutorado o movimento denominado como Círculos de Mulheres. Estes Círculos são difíce... more Pesquiso no doutorado o movimento denominado como Círculos de Mulheres. Estes Círculos são difíceis de ser definidos, devido seu possível enquadramento em diversos movimentos como Nova Era, Ecofeminismo e Espiritualidades Femininas. Mas, ainda que sem uma definição estanque, podem ser compreendidos como grupos organizados por mulheres e para mulheres, que se encontram em espaços alternativos às religiões institucionais, articulando-se a partir de referências que emergiram na contracultura, bem como as que emergem vinculadas ao território, com bricolagem de religiões e saberes. Neste trabalho, trago algumas percepções iniciais sobre os sentidos produzidos pelos Círculos de Mulheres de elementos das religiões de matriz africana, especialmente a apropriação de um orixá feminino-Yemanjá, em dois Círculos, um na cidade Salvador, outro na região metropolitana. Refletindo sobre os limites e lógicas de apropriação do movimento a partir da literatura, que diferencia o movimento das práticas de sincretismo presente na América Latina, e com base nas observações iniciais do campo, percebo como os Círculos de Mulheres vão ganhando forma fundamentados em referências da cidade onde eles surgem, no caso de Salvador, as religiões de matriz africana. Para isso, construí um formulário com 10 perguntas e compartilhei nos grupos do WhatsApp dos Círculos, com perguntas referentes ao racismo religioso, diversidade das participantes, conexões com orixás etc. Após as respostas, bem como com as reflexões sobre os limites e lógicas de apropriação do movimento a partir da literatura (ver PADILLA, 2017; MORALES, 2018; MACHADO, 2017), que diferencia o movimento das práticas de sincretismo presente na América Latina, e com base nas observações iniciais do campo, percebo como os Círculos de Mulheres vão ganhando forma fundamentados em referências da cidade onde eles surgem, no caso de Salvador, as religiões de matriz africana. Embora se trate de um movimento que emerge na classe média, no encontro com religiões de matriz africana, as discussões nos Círculos se politizam na luta contra o racismo religioso. Palavras-chave: círculos de mulheres; religiões de matriz africana; racismo religioso
Pesquiso no doutorado o movimento denominado como Círculos de Mulheres. Estes Círculos são difíce... more Pesquiso no doutorado o movimento denominado como Círculos de Mulheres. Estes Círculos são difíceis de ser definidos, devido seu possível enquadramento em diversos movimentos como Nova Era, Ecofeminismo e Espiritualidades Femininas. Mas, ainda que sem uma definição estanque, podem ser compreendidos como grupos organizados por mulheres e para mulheres, que se encontram em espaços alternativos às religiões institucionais, articulando-se a partir de referências que emergiram na contracultura, bem como as que emergem vinculadas ao território, com bricolagem de religiões e saberes. Neste trabalho, trago algumas percepções iniciais sobre os sentidos produzidos pelos Círculos de Mulheres de elementos das religiões de matriz africana, especialmente a apropriação de um orixá feminino-Yemanjá, em dois Círculos, um na cidade Salvador, outro na região metropolitana. Refletindo sobre os limites e lógicas de apropriação do movimento a partir da literatura, que diferencia o movimento das práticas de sincretismo presente na América Latina, e com base nas observações iniciais do campo, percebo como os Círculos de Mulheres vão ganhando forma fundamentados em referências da cidade onde eles surgem, no caso de Salvador, as religiões de matriz africana. Para isso, construí um formulário com 10 perguntas e compartilhei nos grupos do WhatsApp dos Círculos, com perguntas referentes ao racismo religioso, diversidade das participantes, conexões com orixás etc. Após as respostas, bem como com as reflexões sobre os limites e lógicas de apropriação do movimento a partir da literatura (ver PADILLA, 2017; MORALES, 2018; MACHADO, 2017), que diferencia o movimento das práticas de sincretismo presente na América Latina, e com base nas observações iniciais do campo, percebo como os Círculos de Mulheres vão ganhando forma fundamentados em referências da cidade onde eles surgem, no caso de Salvador, as religiões de matriz africana. Embora se trate de um movimento que emerge na classe média, no encontro com religiões de matriz africana, as discussões nos Círculos se politizam na luta contra o racismo religioso. Palavras-chave: círculos de mulheres; religiões de matriz africana; racismo religioso
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