Papers by Suelena Werneck Pereira
Devo confessar que sempre me deixei afetar por tudo aquilo que, na teoria psicanalítica, remete a... more Devo confessar que sempre me deixei afetar por tudo aquilo que, na teoria psicanalítica, remete ao mito das origens. A história dos conceitos pareceu-me, desde sempre, o caminho privilegiado para uma compreensão orgânica de nossa disciplina. Entender como um conceito é engendrado, fazer sua genealogia, facilita a tarefa de inseri-lo num todo coerente, aquilo que propriamente define uma teoria. Assim, detive-me, muitas vezes, nas origens, na história, até mesmo na pré-história dos operadores conceituais que fizeram da psicanálise o que hoje se conhece dela. Permiti-me viajar pela radicalidade da experiência freudiana, embarcando em exercícios críticos, problematizantes, que acabaram por dar sentido a questões até então bastante obscuras para mim. Acredito que efetuar um trabalho de resgate histórico das origens nos conduz através de continuidades transitórias e rupturas, à fronteira entre as linguagens prévias e o inédito do novo objeto. Desse modo, torna-se possível acompanhar as primeiras transgressões de Freud em direção à fundação de sua doutrina, sinais de suas primeiras rebeldias diante dos ditames científicos de sua época.. Assim se passou com a leitura de dois pequenos textos de Freud, dos primórdios da psicanálise ou mesmo pré-psicanalíticos. Junto com o Projeto 2 , de 1895, sabidamente rejeitado por seu autor, tanto o artigo "Tratamento psíquico (tratamento da alma)" 3 , de 1890, quanto o estudo sobre as afasias 4 , de 1891, compõem essa experiência liminar de quebra de linha de pensamento, de modulação de paradigmas, de ruptura epistemológica, de primordiais transgressões. Mesmo que sejam dois textos de fundamentação neurológica, assim como o Projeto, neles podemos detectar sinais de que algo se passava com o enfoque que Freud começava dar aos fatos da clínica, com suas costumeiras reverberações teóricas.
Gostaria de propor que dividíssemos nosso encontro de hoje em duas partes.
Estados Gerais da Psicanálise: Segundo Encontro Mundial, 2003
Este texto trabalha com a melancolia e procura estabelecer os parâmetros metapsicológicos dessa a... more Este texto trabalha com a melancolia e procura estabelecer os parâmetros metapsicológicos dessa afecção, considerada por muitos autores como o novo mal social. Seu principal fundamento é o das relações entre eu ideal e ideal de eu na produção da condição examinada. Questiona a atualidade do modelo da histeria como paradigma para a compreensão do melancólico e sua inserção na contemporaneidade.
Trabalho apresentado no V Forum de Psicanálise, Recife., 1999
Desamparo e sublimação são dois conceitos aparentemente díspares e o objetivo deste trabalho é de... more Desamparo e sublimação são dois conceitos aparentemente díspares e o objetivo deste trabalho é de mostrar como se articulam e de que modo se tornam assim indispensáveis à direção da clínica.
Revista de Psicanálise da SPCRJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 21., 2002
O objetivo deste ensaio é o de articular, através da metapsicologia, a noção de mal-estar com o c... more O objetivo deste ensaio é o de articular, através da metapsicologia, a noção de mal-estar com o conceito de pulsão de morte e indicar possíveis explicações para a destrutividade humana. O caminho tomado foi o de acompanhar Freud em sua passagem da primeira para a segunda tória pulsional e o de examinar sua postulação da agressividade como autônoma, fato de notável importância para a teoria psicanalítica e para a compreensão da violência atual.
Palavras-chave: Mal-estar. Pulsão de morte. Destrutividade. Teoria pulsional. Metapsicologia.
Abstract
The aim of this essay is the articulation of the notion of discomfort with the concept of death instinct and the possible explanations for human destructivity through metapsychology. The chosen path was to walk along with Freud from his first to his second instinctual theory and to examine his postulation of autonomous aggressiveness, a fact of extreme importance to psychoanalytical theory and to the understanding of contemporary violence.
Psychê Revista de Psicanálise, São Paulo., 2000
Desamparo e sublimação são dois conceitos aparentemente muito díspares e, no entanto, intimamente... more Desamparo e sublimação são dois conceitos aparentemente muito díspares e, no entanto, intimamente relacionados entre si. O objetivo deste trabalho é o de mostrar como se articulam e de que maneira se tornam, assim, absolutamente indispensáveis à direção da clínica psicanalítica.
Revista de Psicanálise da SPCRJ, 2007
Artigo publicado na Revista de Psicanálise da SPCRJ, v. 23, n. 26, 2007.
Palestra proferida em novembro de 2007 como aula inaugura da Sociedade de Psicanálise da Cidade d... more Palestra proferida em novembro de 2007 como aula inaugura da Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro.
Cadernos de Psicanálise - CPRJ, Rio de Janeiro, ano 31, n. 22, p. 57-73, 2009
Resumo: O objetivo desse texto é o de examinar de um duplo ponto de vista - teórico e o clínico -... more Resumo: O objetivo desse texto é o de examinar de um duplo ponto de vista - teórico e o clínico - o silêncio na prática psicanalítica. Para alcançar este objetivo, o artigo está fundamentado no conceito metapsicológico da pulsão de morte, adotando como fio condutor o texto freudiano. Parte-se da ideia de que o silêncio é uma característica dessas pulsões descritas por Freud como mudas, procurando-se entender seu sentido transferencial e resistencial.
Palavras-chave: Pulsões de morte e Eros, teoria e clínica, o silêncio e as palavras.
Abstract: The purpose of this text is to examine, from a double point of view-the theoretical and the clinical-silence that occurs in the psychoanalytical practice. In order to reach my goal, I based my work on the metapsychological concept of death instinct and took as a guiding line the Freudian text. I started from the idea that silence is one of the characteristics of these instincts, described as mute ones by Freud, and tried to understand their transferential and resistantial meaning.
Estados Gerais da Psicanálise: Segundo Encontro Mundial, Rio de Janeiro., 2003
Resumo: Este texto trabalha com a melancolia e procura estabelecer os parâmetros metapsicológicos... more Resumo: Este texto trabalha com a melancolia e procura estabelecer os parâmetros metapsicológicos dessa afecção, considerada por muitos autores como o novo mal social. Seu principal fundamento é o das relações entre eu ideal e ideal de eu na produção da condição examinada. Questiona a atualidade do modelo da histeria como paradigma para a compreensão do melancólico e sua inserção na contemporaneidade.
Cadernos de Psicanálise – SPCRJ, v. 32, n. 1, p. 15-24, 2016
Resumo: Este artigo tenta dialogar com o conceito de destinos de pulsão e suas possíveis variaçõe... more Resumo: Este artigo tenta dialogar com o conceito de destinos de pulsão e suas possíveis variações nos dias atuais. Parte da abordagem metapsicológica freudiana e busca estabelecer nexos com as novas teorias surgidas na contemporaneidade, sobretudo com aquelas que estudam as questões de gênero e de identidade.
Palavras-chave: pulsão; destinos de pulsão; contemporaneidade; questões de gênero.
Abstract: This article tries to dialogue with the concept of drive (Trieb) destinies and its possible variations nowadays. It starts from the Freudian metapsychological approach and tries to establish links with some contemporary theories, mainly those that study the gender and identity matters.
Thesis Chapters by Suelena Werneck Pereira
Dissertação de mestrado em Teoria Psicanalítica - IP/UFRJ, 1992
O objeto dessa dissertação é a pré-história do conceito de pulsão na obra de Freud. Por pré-histó... more O objeto dessa dissertação é a pré-história do conceito de pulsão na obra de Freud. Por pré-história do conceito entendemos o período que abrange os primeiros escritos freudianos, até a obra "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", onde a pulsão é tratada por Freud, pela primeira
vez, como um conceito. Nos textos que precedem o artigo mencionado, procuramos identificar as noções que aparecem como indícios do futuro conceito e as problemáticas às quais ele irá responder. Para empreender esse percurso, tomamos como pressuposto metodológico o modelo da sobredeterminação, que considera que a história da psicanálise e de seus conceitos se faz pela articulação de três coordenadas: o contexto cultural, a matriz clínica e a auto-análise de Freud. O modelo da sobredeterminação, psicanalítico da produção psíquica por sua vez, sobredeterminação, remete sempre baseia-se no
segundo o a múltiplos conceito qual toda elementos inconscientes, que se organizam em diferentes seqüências significativas. O objetivo da pesquisa é demonstrar a validade desse modelo para a tarefa a que se propõe.
Tese de doutorado em Teoria Psicanalítica - IP/UFRJ, 2006
O objetivo dessa tese é o de estabelecer distinções metapsicológicas entre os derivados das pulsõ... more O objetivo dessa tese é o de estabelecer distinções metapsicológicas entre os derivados das pulsões de morte, a saber: a pulsão de destruição, a pulsão de agressão e a pulsão de dominação. Trabalharemos também com situações ou estados afetivos em que a presença da pulsão de morte é inconteste: o sadismo e o masoquismo, além da maldade, da crueldade e da violência. Tomando a pulsão de morte como fio condutor e considerando que esse conceito é indispensável à continuidade e à dialetização da teoria psicanalítica, tentaremos mostrar que, a partir do enlace entre as pulsões de morte e Eros, seu opositor conforme estabelecido pela segunda teoria pulsional, teremos diferentes resultados ou produtos. Os derivados em questão diferenciam-se a partir da proporção e da qualidade das mesclas pulsionais: à noção de quantidade, isto é, de quanto de cada pulsão se encontra presente em determinada combinação, se junta a circunstância em que essa intricação se dá. Os diferentes derivados estarão na dependência do momento do desenvolvimento em que se encontra o sujeito quando se estabelece a mistura das pulsões: esse momento leva em consideração a fase de seu desenvolvimento psicossexual, a fase de desenvolvimento de seu eu, os pontos de fixação que determinarão as regressões, os distintos modos de satisfação e as relações de objeto. Palavras-chave: Pulsão de morte. Intricação das pulsões. Sadismo e masoquismo. Pulsões de destruição, agressão e dominação. Maldade, crueldade e violência.
Drafts by Suelena Werneck Pereira
SPCRJ
Há uma realidade, ao menos, que todos apreendemos de dentro, por intuição e não por simples análi... more Há uma realidade, ao menos, que todos apreendemos de dentro, por intuição e não por simples análise. É nossa própria pessoa em seu fluir através do tempo. É nosso eu que dura. Introdução à metafísica, Henri Bergson, 1903. Freud e o tempo O que é o tempo para o homem? Para o senso comum, o tempo nada mais é que a passagem do tempo. E o que é o tempo hoje? Certamente, vivemos uma ordem de temporalidade diferenciada: estamos na era do supérfluo, do superficial, do efêmero e do imediato, a velocidade da informação tudo relativiza. Se tomarmos como metáfora a ampulheta, diremos que ela só passa a mensurar o tempo após sua virada, é como se o tempo só existisse quando tentamos medi-lo. A idéia não-espacializada do tempo, ou seja, a acepção de um tempo não reduzido à dimensão espacial constitui uma importante questão para a filosofia e a física. Não existe uma concepção filosófica homogênea a respeito do que é o tempo: no campo filosófico inexiste uma teoria unitária acerca do tempo. Também na física há uma multiplicidade de posições. 2 A própria etimologia da palavra tempo admite algumas discrepâncias. Há quem defenda a ideia de que sua raiz é tem, precisamente divisão, seção, daí particularmente divisão do tempo, época. E há quem proponha que o sentido primitivo de tempus seria temperatura, calor. Chegar-se-ia assim à ideia abstrata da duração. A primeira acepção, por causa de sua antiguidade e de sua extensão, é a mais adotada. Na Grécia antiga, Cronos, associado à ideia de tempo, seria o deus que realiza, que conduz as coisas ao seu termo. Cronos deriva para Chronos por uma imprecisão etimológica e essa identificação semântica entre termos muito próximos é válida: porque o tempo é aquele que amadurece as coisas e, por extensão, aquele que conduz os seres à sua maturidade e ao seu termo. Diz a narrativa de Hesíodo sobre criação do Universo que no princípio era o Caos, vazio primordial, espaço incomensurável, matéria eterna, informe, rudimentar mas dotada de energia prolífica: a ordem ainda não havia sido imposta aos 1 Psicanalista, doutora e mestre pelo Programa de Pós Graduação em Teoria Psicanalítica (UFRJ). Formada em psicologia pela Universidade Santa Úrsula.
Se a psiquiatria biológica sustenta que a depressão é um dos maiores flagelos de nosso tempo, apo... more Se a psiquiatria biológica sustenta que a depressão é um dos maiores flagelos de nosso tempo, apoiada pela indústria farmacêutica, é preciso dizer, com a psicanálise, que a melancolia é a questão principal do sofrimento contemporâneo. Num mundo onde quase todos nós somos perdedores e apenas a minoria tem êxito, as pessoas não podem perder nada e se agarram a qualquer coisa como migalha para manterem miseravelmente alguma forma de pertencimento e melancoliza em consequência disso. Henri Ey, 1900Ey, /1977Ey, , Études psychiatriques, 1950. Segundo Alain Ehrenberg, sociólogo francês, hoje a maioria dos sofrimentos humanos tende a surgir da abundância de possibilidades e não de uma profusão de proibições, como no passado. A depressão advinda do medo da inadequação substitui a neurose causada pelo terror da culpa e é a mais característica e disseminada aflição psíquica dos membros da sociedade de consumo. Discutido ou ignorado, tema de piadas ou de desabafos: o suicídio é um assunto controverso, mas encarado de forma cada vez mais consciente. Está claro, através de pesquisa feita nas redes sociais, que tirar a própria vida é um tema sério, mais sério do que anteriormente. Essas mudanças foram provocadas principalmente pelo jogo da Baleia Azul, uma série de desafios cujo objetivo é acabar com a própria vida, e a série 13 Reasons Why, que aborda o suicídio de uma adolescente americana. Até então, pouco se falava de suicídio, nem mesmo na imprensa: agora, tornou-se importante reparar como as pessoas estão sofrendo. Suicídios de famosos, como Anthony Bourdain e Kate Spade, chamam atenção para o tema. Nas redes sociais todos querem demonstrar felicidade, o quê pode agravar o sofrimento daqueles que já se sentem tristes. (O Globo) Há cerca de 10 dias, uma adolescente de 13 anos, aluna da oitava série do CapUerj, se matou, jogando-se do prédio da Uerj. O fato não foi noticiado "para 1 Palestra proferida no Instituto Cultural Freud. Outubro de 2018. 2 Psicanalista, doutora e mestre pelo Programa de Pós Graduação em Teoria Psicanalítica (UFRJ). Formada em psicologia pela Universidade Santa Úrsula.
Gostaria de começar esse encontro com uma inquietação: será que estamos falando da mesma coisa? O... more Gostaria de começar esse encontro com uma inquietação: será que estamos falando da mesma coisa? O quê vocês entendem por trauma? Tento a seguir organizar algumas ideias sobre o que considero ser o trauma em Freud e tento também estabelecer uma diferença entre o sentido propriamente psicanalítico de trauma e situação traumática daquilo que surge, por vezes, banalizado nessa palavra. Grandes catástrofes, desastres, guerras, violências brutais podem ser classificadas como situações traumáticas, do ponto de vista da teoria psicanalítica? Sabemos que trauma compreende, na psicanálise freudiana, a um acontecimento da vida do sujeito que se define:
O tema da sublimação ocupou grande parte de meus estudos nos últimos dois anos. À medida em que m... more O tema da sublimação ocupou grande parte de meus estudos nos últimos dois anos. À medida em que me dedicava à compreensão do conceito e em contato com as questões que surgiam relativas a ele, tanto em debates com colegas quanto em dúvidas trazidas pelos alunos, fui me deparando com a necessidade de repensar determinados aspectos do tema, até então insuspeitos. Com a força da pulsão que a alimenta, a sublimação foi forçando um olhar diferente na direção de seus fundamentos. Assim é que perguntas surgiram e me vi compelida a tentar respondê-las.
o tema do tempo. Desafio porque me pareceu que o mais importante já vem sendo dito nos encontros,... more o tema do tempo. Desafio porque me pareceu que o mais importante já vem sendo dito nos encontros, nos textos, na revista. Desse modo, ocorreu-me aprofundar um pouco um tempo outro, um outro tempo, ao qual Freud recorre várias vezes ao longo de seu texto, sobretudo quando lhe falta outro tipo de explicação: o tempo originário, primário, primitivo, primordial, primevo, termos que as traduções adotam para dar conta do prefixo Ur, usado sempre que Freud quer apontar para uma anterioridade. Em algumas traduções, opta-se pelo prefixo proto, como veremos adiante. Ur é o prefixo usado na língua alemã para designar, grosso modo, a ancestralidade e o fato de algo ou alguém ser o primeiro de uma linhagem. Segundo Hanns, em Freud os termos assim iniciados têm certa solenidade mítica e seu emprego, em alguns contextos, chega a ser surpreendente. 1 Usado habitualmente na língua alemã, o prefixo encontra-se, por exemplo, em Urahnen, antepassados, Urtext, original de um texto, Urtierchen, protozoário, Urzeit, tempo primitivo, Urzustand, estado primitivo. Freud faz uso desse prefixo em Urvater, o pai primevo da horda, em seu texto Totem e tabu, de 1912; não chega a ser um conceito, apresenta-se como uma expressão no máximo nocional. O mesmo termo é empregado em outras ocasiões, como em artigo de 1915, onde lemos que "se o pecado original foi um insulto contra Deus Pai, o crime mais antigo da humanidade tem que ter sido um parricídio, a morte do pai primordial da horda primitiva." 2 . No texto freudiano, o emprego de Ur já aparece, sob a forma de Urszene e ganhando foros conceituais, em um manuscrito de Freud de 1897. Em A interpretação de sonhos (1900), embora Freud não empregue a expressão "cena originária", destaca a importância da observação do coito parental enquanto geradora de angústia. A ideia retorna, principalmente, nos textos metapsicológicos O recalque e O inconsciente, ambos de 1915, e em Inibição, sintoma e angústia (1925). Nestes últimos, encontram-se também os conceitos de recalque originário, Urverdrängung, e de fantasias originárias ou protofantasias, Urphantasien. Vamos a eles. 1 HANNS, L.A. Dicionário comentado do alemão de Freud. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1996. P. 360. 2 FREUD, S. (1915) De guerra y muerte. Temas de actualidad. Sigmund Freud obras completas. Buenos Aires: Amorrortu Ed., 1991. V. 14, p. 294.
Sobre a esperança, 2008
Palestra proferida como aula inaugural perante a Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Jan... more Palestra proferida como aula inaugural perante a Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro. Em 10 de março de 2008.
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Papers by Suelena Werneck Pereira
Palavras-chave: Mal-estar. Pulsão de morte. Destrutividade. Teoria pulsional. Metapsicologia.
Abstract
The aim of this essay is the articulation of the notion of discomfort with the concept of death instinct and the possible explanations for human destructivity through metapsychology. The chosen path was to walk along with Freud from his first to his second instinctual theory and to examine his postulation of autonomous aggressiveness, a fact of extreme importance to psychoanalytical theory and to the understanding of contemporary violence.
Palavras-chave: Pulsões de morte e Eros, teoria e clínica, o silêncio e as palavras.
Abstract: The purpose of this text is to examine, from a double point of view-the theoretical and the clinical-silence that occurs in the psychoanalytical practice. In order to reach my goal, I based my work on the metapsychological concept of death instinct and took as a guiding line the Freudian text. I started from the idea that silence is one of the characteristics of these instincts, described as mute ones by Freud, and tried to understand their transferential and resistantial meaning.
Palavras-chave: pulsão; destinos de pulsão; contemporaneidade; questões de gênero.
Abstract: This article tries to dialogue with the concept of drive (Trieb) destinies and its possible variations nowadays. It starts from the Freudian metapsychological approach and tries to establish links with some contemporary theories, mainly those that study the gender and identity matters.
Thesis Chapters by Suelena Werneck Pereira
vez, como um conceito. Nos textos que precedem o artigo mencionado, procuramos identificar as noções que aparecem como indícios do futuro conceito e as problemáticas às quais ele irá responder. Para empreender esse percurso, tomamos como pressuposto metodológico o modelo da sobredeterminação, que considera que a história da psicanálise e de seus conceitos se faz pela articulação de três coordenadas: o contexto cultural, a matriz clínica e a auto-análise de Freud. O modelo da sobredeterminação, psicanalítico da produção psíquica por sua vez, sobredeterminação, remete sempre baseia-se no
segundo o a múltiplos conceito qual toda elementos inconscientes, que se organizam em diferentes seqüências significativas. O objetivo da pesquisa é demonstrar a validade desse modelo para a tarefa a que se propõe.
Drafts by Suelena Werneck Pereira
Palavras-chave: Mal-estar. Pulsão de morte. Destrutividade. Teoria pulsional. Metapsicologia.
Abstract
The aim of this essay is the articulation of the notion of discomfort with the concept of death instinct and the possible explanations for human destructivity through metapsychology. The chosen path was to walk along with Freud from his first to his second instinctual theory and to examine his postulation of autonomous aggressiveness, a fact of extreme importance to psychoanalytical theory and to the understanding of contemporary violence.
Palavras-chave: Pulsões de morte e Eros, teoria e clínica, o silêncio e as palavras.
Abstract: The purpose of this text is to examine, from a double point of view-the theoretical and the clinical-silence that occurs in the psychoanalytical practice. In order to reach my goal, I based my work on the metapsychological concept of death instinct and took as a guiding line the Freudian text. I started from the idea that silence is one of the characteristics of these instincts, described as mute ones by Freud, and tried to understand their transferential and resistantial meaning.
Palavras-chave: pulsão; destinos de pulsão; contemporaneidade; questões de gênero.
Abstract: This article tries to dialogue with the concept of drive (Trieb) destinies and its possible variations nowadays. It starts from the Freudian metapsychological approach and tries to establish links with some contemporary theories, mainly those that study the gender and identity matters.
vez, como um conceito. Nos textos que precedem o artigo mencionado, procuramos identificar as noções que aparecem como indícios do futuro conceito e as problemáticas às quais ele irá responder. Para empreender esse percurso, tomamos como pressuposto metodológico o modelo da sobredeterminação, que considera que a história da psicanálise e de seus conceitos se faz pela articulação de três coordenadas: o contexto cultural, a matriz clínica e a auto-análise de Freud. O modelo da sobredeterminação, psicanalítico da produção psíquica por sua vez, sobredeterminação, remete sempre baseia-se no
segundo o a múltiplos conceito qual toda elementos inconscientes, que se organizam em diferentes seqüências significativas. O objetivo da pesquisa é demonstrar a validade desse modelo para a tarefa a que se propõe.