Papers by Miguel Torres Marques
RESUMO: O presente artigo pretende analisar a forma como os eventos ajudam as cidades a tornarem-... more RESUMO: O presente artigo pretende analisar a forma como os eventos ajudam as cidades a tornarem-se mais dinâmicas e a forma como as cidades podem desenvolver e gerir os eventos de forma a atingirem uma vasta gama de objectivos culturais, económicos e sociais. O artigo não se debruça sobre a gestão de eventos, nem sobre a gestão operacional de eventos, mas sim sobre a melhor forma de tornar as cidades em " cidades de eventos " com capacidade para, ao mesmo tempo, atrair turistas nacionais e internacionais, e proporcionar às populações locais uma melhor qualidade de vida, transformando-as em centros com capacidade de atracção dos visitantes e onde os residentes sintam prazer em viver. Não é, portanto, um artigo apenas sobre cidades e sobre os eventos que nelas se realizam, mas antes sobre como pôr em prática e como criar verdadeiras " cidades de eventos ". A sua estrutura segue o processo de contextualização, de concepção, de desenvolvimento, de encenação e de gestão de eventos, culminando com um estudo de caso sobre a situação da cidade de Lisboa. Pretende-se contribuir para uma melhor compreensão do relacionamento entre os eventos e as cidades onde estes se realizam e, ainda, saber como os eventos podem ajudar a moldar as cidades e como, por sua vez, as cidades marcam os eventos que nelas se realizam. O artigo começa por analisar as razões que levam as cidades a promover a realização de eventos. De seguida é feita uma analise do relacionamento entre as cidades e os eventos ao longo da história, com o objectivo de enquadrar e contextualizar a temática, partindo-se então para a análise do processo de criação dos eventos, começando por definir o seu conceito, identificando de seguida as fases que estão na base da sua criação e a forma como as cidades escolhem os eventos que pretendem levar a efeito. Tendo presente todos estes aspectos, procura-se então responder à questão de saber se Lisboa pode ou não, ao abrigo dos princípios anteriormente postulados, ser considerada como uma cidade de eventos.
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