Papers by Julia Trujillo Miras
Revista Pós Ciências Sociais, Mar 6, 2018
como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Antropologia Social.
r@u, Jun 1, 2017
O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza no s... more O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza no sul do estado do Maranhão. A partir de discussão sobre os conceitos de terra, território, territorialidade e (des)territorialização, propõe-se refletir sobre os sentidos e consequências da demarcação de uma Terra Indígena, entendida como um movimento que esquadrinha a T/terra segundo a lógica proprietária característica da perspectiva moderno-ocidental. Por meio de uma etnografia de laudos de identificação presentes no processo realizado pela Funai, pode-se acompanhar as ações engendradas pelos documentos para estabilizar as fronteiras e eclipsar a multiplicidade presente na(s) terra(s) indígena(s). Na análise ganha evidência e importância as ações dos índios (sua política) e seus impactos na constituição dessa(s) T/terra(s). Procura-se compreender o que os processos revelam e, portanto, o que eles ocultam sobre a constituição de uma TI, provocando uma reflexão sobre o papel dos antropólogos nos processos de regularização fundiária.
Revista de Antropologia da UFSCar, 2017
O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza ... more O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza no sul do estado do Maranhão. A partir de discussão sobre os conceitos de terra, território, territorialidade e (des)territorialização, propõe-se refletir sobre os sentidos e consequências da demarcação de uma Terra Indígena, entendida como um movimento que esquadrinha a T/terra segundo a lógica proprietária característica da perspectiva moderno-ocidental. Por meio de uma etnografia de laudos de identificação presentes no processo realizado pela Funai, pode-se acompanhar as ações engendradas pelos documentos para estabilizar as fronteiras e eclipsar a multiplicidade presente na(s) terra(s) indígena(s). Na análise ganha evidência e importância as ações dos índios (sua política) e seus impactos na constituição dessa(s) T/terra(s). Procura-se compreender o que os processos revelam e, portanto, o que eles ocultam sobre a constituição de uma TI, provocando uma ref...
Revista de Antropologia da UFSCAR R@U, 2017
Resumo: O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se local... more Resumo: O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza no sul do estado do Maranhão. A partir de discussão sobre os conceitos de terra, território, territorialidade e (des)territorialização, propõe-se refletir sobre os sentidos e consequências da demarcação de uma Terra Indígena, entendida como um movimento que esquadrinha a T/terra segundo a lógica proprietária característica da perspectiva moderno-ocidental. Por meio de uma etnografia de laudos de identificação presentes no processo realizado pela Funai, pode-se acompanhar as ações engendradas pelos documentos para estabilizar as fronteiras e eclipsar a multiplicidade presente na(s) terra(s) indígena(s). Na análise ganha evidência e importância as ações dos índios (sua política) e seus impactos na constituição dessa(s) T/terra(s). Procura-se compreender o que os processos revelam e, portanto, o que eles ocultam sobre a constituição de uma TI, provocando uma reflexão sobre o papel dos antropólogos nos processos de regularização fundiária. Palavras chave: Terra Indígena; T/terra; Krῖkati; Timbira; demarcação. Abstract: In this article we study the demarcation of the Krῖkati Indigenous Land, located in the Brazilian state of Maranhão. Through a discussion on the concepts of land, territory, territoriality and (de)territorialization, we engage in a reflection on the meanings and consequences of the demarcation of an indigenous land, understood as a movement that scrutinize the land (or Earth) according to the property-led modern-occidental perspective. We develop an ethnographic research on the demarcatory process conducted by the Brazilian indigenous authority (Funai), investigating the actions taken by the State to establish the boundaries and to overshadow the multiplicity of the indigenous land(s). Throughout the research the actions of the indigenous peoples (their politics) themselves emerge as an important factor in the constitution of the(se) land(s). We try to understand what the bureaucratic processes reveal and, thus, what they hide about the constitution of an IL, leading one to think on the role that the anthropologists can play in the demarcation processes.
Books by Julia Trujillo Miras
Makunaima Grita! Terra Indígena Raposa Serra do Sol e os direitos constitucionais no Brasil, 2009
Esta coletânea foi organizada durante o processo de julgamento da TI Raposa Serra do Sol pelo Sup... more Esta coletânea foi organizada durante o processo de julgamento da TI Raposa Serra do Sol pelo Supremo Tribunal Federal iniciado em 2008. O livro reúne artigos, estudos, entrevistas e sustentações orais sobre o caso da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, trazendo inquietações de antropólogos, advogados, índios, políticos, jornalistas e artistas, que partilham de um posicionamento comum: o do respeito ao direito à diversidade.
O coletivo Makunaima Grita surgiu no início de 2008 com um objetivo claro: manifestar publicamente o seu apoio à luta dos povos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol pela garantia de seus direitos e sensibilizar a opinião pública a respeito das questões que estava em jogo nesse caso. Junto com instituições parceiras, o Makunaima Grita lançou em seu site uma campanha de apoio à manutenção da demarcação da TI Raposa Serra do Sol, que contou com mais de 8.600 adesões. O manifesto e as assinaturas eletrônicas foram entregues aos ministros do Supremo Tribunal Federal em agosto de 2008, antes do primeiro julgamento. Nesse mesmo mês, o grupo organizou um encontro em São Paulo que contou com a participação do jurista Dalmo Dallari, da advogada Ana Valéria Araújo, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, do sociólogo Laymert Garcia dos Santos, do cacique guarani Marcos Tupã, da cantora e compositora Marlui Miranda e da fotógrafa Cláudia Andujar. Ali todos manifestaram seu apoio aos povos Wapixana, Makuxi, Taurepang, Patamona e Ingarikó que há mais de trinta anos vêm lutando pela demarcação de suas terras. O nome do coletivo faz homenagem a uma figura central nas cosmologias e mitologias desses povos: Makunaima, o herói criador.
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O coletivo Makunaima Grita surgiu no início de 2008 com um objetivo claro: manifestar publicamente o seu apoio à luta dos povos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol pela garantia de seus direitos e sensibilizar a opinião pública a respeito das questões que estava em jogo nesse caso. Junto com instituições parceiras, o Makunaima Grita lançou em seu site uma campanha de apoio à manutenção da demarcação da TI Raposa Serra do Sol, que contou com mais de 8.600 adesões. O manifesto e as assinaturas eletrônicas foram entregues aos ministros do Supremo Tribunal Federal em agosto de 2008, antes do primeiro julgamento. Nesse mesmo mês, o grupo organizou um encontro em São Paulo que contou com a participação do jurista Dalmo Dallari, da advogada Ana Valéria Araújo, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, do sociólogo Laymert Garcia dos Santos, do cacique guarani Marcos Tupã, da cantora e compositora Marlui Miranda e da fotógrafa Cláudia Andujar. Ali todos manifestaram seu apoio aos povos Wapixana, Makuxi, Taurepang, Patamona e Ingarikó que há mais de trinta anos vêm lutando pela demarcação de suas terras. O nome do coletivo faz homenagem a uma figura central nas cosmologias e mitologias desses povos: Makunaima, o herói criador.
O coletivo Makunaima Grita surgiu no início de 2008 com um objetivo claro: manifestar publicamente o seu apoio à luta dos povos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol pela garantia de seus direitos e sensibilizar a opinião pública a respeito das questões que estava em jogo nesse caso. Junto com instituições parceiras, o Makunaima Grita lançou em seu site uma campanha de apoio à manutenção da demarcação da TI Raposa Serra do Sol, que contou com mais de 8.600 adesões. O manifesto e as assinaturas eletrônicas foram entregues aos ministros do Supremo Tribunal Federal em agosto de 2008, antes do primeiro julgamento. Nesse mesmo mês, o grupo organizou um encontro em São Paulo que contou com a participação do jurista Dalmo Dallari, da advogada Ana Valéria Araújo, da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, do sociólogo Laymert Garcia dos Santos, do cacique guarani Marcos Tupã, da cantora e compositora Marlui Miranda e da fotógrafa Cláudia Andujar. Ali todos manifestaram seu apoio aos povos Wapixana, Makuxi, Taurepang, Patamona e Ingarikó que há mais de trinta anos vêm lutando pela demarcação de suas terras. O nome do coletivo faz homenagem a uma figura central nas cosmologias e mitologias desses povos: Makunaima, o herói criador.