Papers by Artur Gomes De Morais
Resumo Examinamos o papel de diferentes habilidades de consciencia fonologica (CF) no processo de... more Resumo Examinamos o papel de diferentes habilidades de consciencia fonologica (CF) no processo de apropriacao da escrita alfabetica, concebida como um sistema notacional. No inicio, no meio e no final do 1o. ano do primeiro ciclo, 41 criancas de meio popular participaram de uma tarefa de escrita de palavras e de dez tarefas de CF. Constatamos que habilidades ligadas a reflexao sobre silabas e a comparacao de palavras quanto ao tamanho, bem como a identificacao de silabas iniciais iguais se mostraram necessarias para as criancas atingirem hipoteses silabicas. A identificacao de palavras com mesmo fonema inicial foi mais frequente entre alunos silabico-alfabeticos e alfabeticos. Ademais, criancas com hipotese alfabetica tinham dificuldade tanto para segmentar palavras em fonemas como para conta-los. Palavras-chave : Alfabetizacao. Consciencia fonologica. Sistema de notacao alfabetica.
Revista Linhas, May 5, 2022
Um mapeamento de dificuldades na escrita de regularidades morfológico-gramaticais Resumo O presen... more Um mapeamento de dificuldades na escrita de regularidades morfológico-gramaticais Resumo O presente estudo teve como objetivo identificar quais são as dificuldades mais recorrentes na escrita de palavras com as regularidades morfológico-gramaticais reveladas por um grupo de alunos de uma escola pública de Recife. A pesquisa foi de caráter quali-quantitativo e participaram dela 30 (trinta) alunos do 4º e 5º anos do ensino fundamental, que escreveram 84 (oitenta e quatro) palavras em um ditado de frases lacunadas. Constatou-se que, mesmo depois de quatro ou cinco anos de ensino formal da escrita, muitas crianças continuavam apresentando diversas dificuldades na notação daquelas regularidades ortográficas.
Educação
Neste artigo, apresentamos os resultados de uma pesquisa que analisou, a partir de escritas espon... more Neste artigo, apresentamos os resultados de uma pesquisa que analisou, a partir de escritas espontâneas com e sem figuras, a apropriação do sistema de escrita alfabética por crianças com deficiência intelectual na fase inicial da alfabetização. No estudo, oito crianças participaram de uma avaliação inicial e final do nível psicogenético da escrita. Verificamos, em ambas as situações, uma frequência importante de variados subníveis de escrita, na produção de uma mesma criança, tanto na condição com figura como na sem figura. Observamos que não ocorreu efeito positivo da testagem com figura sobre a evolução do nível conceitual de escrita das crianças. Pelo contrário, na condição com figuras, identificamos menor percentual de notações do nível alfabético, acompanhada de uma ampliação de escritas “Outras”, cujas características não foram contempladas na teoria da psicogênese da língua escrita, como descrita por Ferreiro e Teberosky (1979). Concluímos que nem sempre a diversificação dos ...
Cadernos de Educação
Este artigo analisa comparativamente as prescrições de currículos nacionais de seis países (Brasi... more Este artigo analisa comparativamente as prescrições de currículos nacionais de seis países (Brasil, Portugal, México, Espanha, Canadá e França) para o ensino da notação alfabética na Educação Infantil. O estudo, desenvolvido por meio da pesquisa documental e da análise de conteúdo, evidenciou que três dos seis currículos (Portugal, França e Canadá) assumem, de modo explícito, o direito de as crianças menores de seis anos viverem, na escola, experiências de reflexão sobre a escrita, a partir das quais possam ampliar seus conhecimentos sobre o sistema de notação alfabética, sem que isto implique antecipar o ensino sistemático de relações fonema-grafema.
Tópicos Educacionais, 1988
Artur Gomes de Morais (2) RESUMO Analisa,pontos de convergência e divergência nas explicações que... more Artur Gomes de Morais (2) RESUMO Analisa,pontos de convergência e divergência nas explicações que Freud e Piaget apresentam para as etapas de desenvolvimento do educando, considerando: a) alguns princípios gerais e postulados que fundamentam as duas teorias; b) o modo como elas empregam a noção de estágio; e, c) o significado que atribuem a certos comportamentos observ•:ldos durante a infância e a adolescência. A seguir, discutem-se as divergências que. a Psicanálise e a Epistemologia Genética apresentam no enfoque aos processos consdentes do pensamento humano e à existência de processos inconscientes no homem. Assinalam-se também as dificuldades que, convergentemente, as duas teorias enfrentam quando buscam explicar a gênese da consciência como construção individual e não social. (1) Apresentado originalmente em 27.01.88 como aula didático-teórica no Concurso Público de Provas e Títulos paro. o cargo de professor assistente do Departamento de Psicologia •e Orientação Educacionais da UFPE. (2} Mestre em Psicologia Cognitiva pela UFPE e professor do Depto, de Psicologia e Orientação Educacionais da UFPE.
Revista Brasileira de Alfabetização, Dec 31, 2015
Nossa intencao, no presente texto, e discutir o que podemos e precisamos propor como curriculo pa... more Nossa intencao, no presente texto, e discutir o que podemos e precisamos propor como curriculo para a Educacao Infantil, no momento em que o MEC disponibilizou para consulta publica uma primeira versao da Base Nacional Comum Curricular (doravante, BNCC ou Base). Num primeiro momento, faremos breves consideracoes sobre o que levaria, em nossa opiniao, a termos intelectuais e gestores da educacao tao arredios a curriculos, para, em seguida, assumirmos uma explicita posicao de defesa da negociacao e instituicao de bases curriculares nacionais, elencando os principais motivos que nos levam a assim nos posicionarmos. Ao nos dedicarmos a reflexao sobre o que podemos e precisamos ter como curriculo para as criancas da Educacao Infantil, trataremos, inicialmente, de evidencias de pesquisa. Estas atestam, infelizmente, a grande diferenca de conhecimentos sobre a lingua escrita de criancas de meio popular no final daquela etapa de ensino, quando comparadas aos seus pares de classe media. Apresentaremos, tambem, resultados de investigacao e de politica publica que demonstram como esse quadro pode ser revertido, quando os professores e as redes de ensino que atendem as criancas menos favorecidas resolvem, sim, oferecer um ensino que propicie a elas explorar textos e palavras e com eles se deleitar. Discutiremos, entao, um tema controverso: “Ensinar ou nao ensinar a notacao escrita e a linguagem que se usa ao escrever textos na Educacao Infantil?” Como, em nosso pais, isso ainda e objeto de muita polemica, revisaremos as posicoes que temos visto serem adotadas em relacao ao tema, e assumiremos a perspectiva que defendemos. Nosso intuito e esclarecer que nao estamos propugnando a antecipacao de um ensino sistematico e formal de alfabetizacao para criancas com menos de seis anos. Num terceiro momento, analisaremos, criticamente, o que o Referencial Curricular Nacional para a Educacao Infantil- RCNEI (BRASIL-MEC, 1998) e as Diretrizes Nacionais para a Educacao Infantil (CNE; 2010) afirmaram sobre o tratamento escolar da modalidade escrita da lingua antes dos seis anos. Faremos, por fim, criticas aos principios e propostas da primeira versao da BNCC, trazida a publico pelo MEC, em setembro de 2015. Questionaremos nao so aspectos gerais como, por exemplo, a ausencia de conteudos de ensino-aprendizagem para a Educacao Infantil, mas, sobretudo, a ausencia de um tratamento especifico para a linguagem dos generos textuais escritos e para a notacao escrita, em toda a etapa escolar anterior ao Ensino Fundamental. Proporemos, entao, uma perspectiva radicalmente diferente da propugnada pelos que conceberam e redigiram aquela versao inicial. Defenderemos que nosso curriculo nacional precisa assegurar o direito dos meninos e das meninas menores de seis anos a vivenciarem, na escola, intensiva e prazerosamente, praticas de leitura e de producao de generos textuais escritos, assim como de brincarem e refletirem sobre as palavras orais e escritas de nossa lingua. Concluiremos recordando o que e proposto no ordenamento curricular de paises como a Franca, a Gra-Bretanha e Portugal. Sim, julgamos que olhar para o que se faz fora de nossas fronteiras pode ser um saudavel exercicio de reflexao, para que questionemos certa mistica que, entre alguns pesquisadores brasileiros da pequena infância, parece querer enxergar a Educacao Infantil como um paraiso ou refugio de ludicidade a ser preservado e distanciado do territorio de desrespeito a infância que caracterizaria o Ensino Fundamental.
Alfabetização e seus sentidos: o que sabemos, fazemos e queremos?, 2014
Numero Especial: DOSSIE “POLITICA NACIONAL DE ALFABETIZACAO EM FOCO: OLHARES DE PROFESSORES E PES... more Numero Especial: DOSSIE “POLITICA NACIONAL DE ALFABETIZACAO EM FOCO: OLHARES DE PROFESSORES E PESQUISADORES”
Examinamos o papel de diferentes habilidades de consciencia fonologica (CF) no processo de apropr... more Examinamos o papel de diferentes habilidades de consciencia fonologica (CF) no processo de apropriacao da escrita alfabetica, concebida como um sistema notacional. No inicio, no meio e no final do 1o. ano do primeiro ciclo, 41 criancas de meio popular participaram de uma tarefa de escrita de palavras e de dez tarefas de CF. Constatamos que habilidades ligadas a reflexao sobre silabas e a comparacao de palavras quanto ao tamanho, bem como a identificacao de silabas iniciais iguais se mostraram necessarias para as criancas atingirem hipoteses silabicas. A identificacao de palavras com mesmo fonema inicial foi mais frequente entre alunos silabico-alfabeticos e alfabeticos. Ademais, criancas com hipotese alfabetica tinham dificuldade tanto para segmentar palavras em fonemas como para conta-los. Palavras-chave : Alfabetizacao. Consciencia fonologica. Sistema de notacao alfabetica. Abstract We analised the role of different phonological awareness (hence, PA) abilities in the process of le...
Atos de Pesquisa em Educação, 2011
RESUMO A fim de investigar como o conhecimento do nome das letras se relacionava à evolução das h... more RESUMO A fim de investigar como o conhecimento do nome das letras se relacionava à evolução das hipóteses de escrita, durante a alfabetização, em cinco ocasiões, durante o ano letivo de 1ª. série, examinamos doze alunos de duas escolas de Recife (pública e particular), oriundos de grupos socioculturais distintos. Em cada ocasião de coleta, os alunos responderam tarefas que avaliavam a evolução da psicogênese e o reconhecimento de letras. Constatamos que em ambas as turmas os aprendizes tendiam mais a reconhecer as letras de imprensa que as cursivas e que eles evoluíam quanto ao reconhecimento dos nomes das letras, sem que isto tivesse uma repercussão direta em seus níveis conceituais de compreensão do princípio fonológico da escrita alfabética. Assim, embora crianças com hipóteses de escrita mais avançadas tendessem a reconhecer mais letras, alguns alunos pré-silábicos reconheciam quase todas as letras do alfabeto, sem poder, ainda, usá-las como objetos substitutos de segmentos sonoros, ao escrever. Nossos dados sugerem que a escrita alfabética não é um simples código e que sua apropriação implica a reconstrução de uma série de propriedades de um sistema notacional. Palavras-chave: Alfabetização-Evolução da escrita-Conhecimento de letras.
Cuadernos De Pedagogia, 1993
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos
Neste artigo, analisa-se o que os currículos de seis diferentes países prescrevem, atualmente, so... more Neste artigo, analisa-se o que os currículos de seis diferentes países prescrevem, atualmente, sobre o ensino de leitura, compreensão e produção de textos escritos durante a etapa de educação infantil. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental que teve como corpus os documentos curriculares nacionais do Brasil, de Portugal, do Canadá – Quebec, da França, do México e da Espanha, os quais foram tratados por meio da análise temática categorial de conteúdo. Os resultados evidenciaram que existe, em todos os currículos examinados, um compromisso com o letramento das crianças menores de 6 anos. Sem assumir o ensino de estratégias de compreensão de leitura e de produção de textos escritos específicas, os documentos prescrevem a promoção do interesse por ler e escrever textos, as habilidades de recontar histórias e de manusear suportes de escrita. Também defendem a produção de textos coletivos, tendo o professor como escriba, além das tentativas infantis de escrita individual, mesmo q...
Revista Brasileira de Alfabetização, 2022
Fazemos uma análise crítica do que temos vivido em nosso país, nas últimas décadas, no campo da a... more Fazemos uma análise crítica do que temos vivido em nosso país, nas últimas décadas, no campo da alfabetização. Revisamos as principais conquistas, que realizamos entre 2003 e 2016, e que culminaram em políticas públicas democráticas como o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Em seguida analisamos lacunas e problemas no novo documento curricular nacional (a BNCC), aprovada sem debate público. Finalmente examinamos como a Política Nacional de Alfabetização (2019) que quer impor o método fônico, parte de falsas premissas científicas e produz péssimos materiais didáticos e de formação de professores. Inspirados em Paulo Freire, conclamamos os educadores a resistir a essa atual combinação de autoritarismo, privatização e tratamento das escolas como empresas.
Resumo Nossa pesquisa investigou a frequência, a diversidade e a progressão no uso de terminologi... more Resumo Nossa pesquisa investigou a frequência, a diversidade e a progressão no uso de terminologia metalinguística, em livros de alfabetização. Examinamos os enunciados dos exercícios propostos aos aprendizes, em seis livros de três línguas (português, francês e catalão). Analisamos o uso de nomes para unidades linguísticas orais e escritas, categorizadas em diferentes tipos: que os termos sublexicais eram os mais usados, embora ao longo dos livros os termos textuais crescessem em frequência. Ao discutirmos as relações entre essas evidências e concepções sobre o aprendizado da leitura e da escrita, sugerimos que o uso daqueles termos, nos livros, não implica que as crianças compreendam os conceitos a que eles se referem. Palavras-chave: psicolinguística, livros didáticos, alfabetização.
Em Aberto, 2020
Este artigo objetiva problematizar os limites e as possibilidades de dois programas de avaliação ... more Este artigo objetiva problematizar os limites e as possibilidades de dois programas de avaliação em âmbito nacional, a Provinha Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), sobre as políticas de alfabetização. As reflexões foram feitas com base na retomada de estudos desenvolvidos pelos autores, que tiveram como estratégias metodológicas: observação de aulas de docentes, avaliação dos desempenhos de alfabetizandos e análise de documentos oficiais do governo federal relativos à Provinha Brasil, à ANA e à Política Nacional de Alfabetização. As conclusões apontam que essas avaliações têm importância para a definição de políticas públicas, mas precisavam ser aperfeiçoadas quanto a: 1) observância de seleção dos itens, respeitando todos os descritores específicos; 2) revisão das escalas e de seus níveis, em função de inconsistências apontadas; e 3) indicação mais clara dos conhecimentos e habilidades esperados ao final de cada ano escolar. Também se conclui que houve uma utiliza...
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